1580 — Nesta data soube-se em Santos que quatro navios de guerra franceses tinham sido repelidos pelos fortes do Rio de Janeiro: “No dia [18 de fevereiro] o capitão de Santos veio a bordo do nosso navio, e por ele soubemos que quatro grandes navios de guerra franceses tinham estado no Rio de Janeiro e haviam tomado três canoas, sendo, porém, repelidos pelos seus castelos e fortes...
No dia 22, duas das canoas que os franceses tomaram no Rio de Janeiro chegaram a Santos e referiram que os quatro navios franceses tinham passado para o sul, dirigindo-se, segundo supunham, para o estreito de Magalhães” (Griggs, in Hackluyt, III, 705; Porto Seguro, História geral, 337, onde se enganou na data, escrevendo 18 de maio).
Um ano depois, três outros navios franceses, portadores de cartas do Prior do Crato, foram recebidos como inimigos pela artilharia das fortalezas e não puderam se comunicar com a terra.
Salvador Correia de Sá era capitão-mor governador do Rio de Janeiro
(1578-1598). Nesse tempo, o único forte que havia na barra era o de
Nossa Senhora da Guia (depois Santa Cruz). Dentro do porto havia, à
beira-mar, o de Santa Cruz, no lugar onde hoje está a igreja da Cruz dos
Militares, e no morro da cidade, o castelo de São Sebastião. Em 1601,
começou-se a fortificar a ponta ocidental da barra. Em 1618, além dos
três fortes citados, havia o de São João, na Barra, e o de Santiago, na
ponta em que está hoje o Arsenal de Guerra.