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¨ RASUL



Segunda fundação de Buenos Aies
11/06/1580
1 fontes

1° fonte: Santos, Heróis ou Demônios? Sobre as relações entre índios, jesuítas e colonizadores na América Meridional (São Paulo e Paraguai/Rio da Prata, séculos XVI-XVII), 2012. Fernanda Sposito. Tese apresentada ao Programa de Pós Graduação em História Social da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutora em História. Orientador: Prof. Dr. Pedro Puntoni






Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro)
12/10/1580
6 fontes

1° fonte: ALMANAK da Provincia de São Paulo para 1873 organisado e publicado por Antonio José Baptista de Luné e Paulo Delfino da Fonseca. São Paulo: Typographia Americana, Ano 1
A administração portuguesa da região oeste da Capitania de São Vicente foi iniciada em 12 de outubro de 1580, com a concessão nessa data, pelo capitão-mor Jerônimo Leitão, de sesmaria, no sítio de Carapicuíba, aos índios da Aldeia de Pinheiros (fundada em 1560). Pouco depois, foram doadas aos jesuítas a fazenda de Carapicuíba em 1615 e a sesmaria M´boy (Embu) em 1624, que fizeram parte dos 12 aldeamentos indígenas da Capitania (depois Província) de São Paulo: Pinheiros, Carapicuíba (desativada em 1698), Barueri, São Miguel, M´Boy, Itariri (fundado em 1837), São João Batista (fundado em 1843), Piraju (fundado em 1860), Queluz, Itaquaquecetuba, Escada e Tijuco Preto (fundado em 1865). [p.68-70]



2° fonte: “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”. João Mendes de Almeida (1831-1898)
A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay.

Alguns chronistas referem que os indigenas desta aldea foram transferidos posteriormente para S. Miguel que por isso foi denominado de Ururay; sendo capitão-mór, loco-tenente do então donatário Lopo de Souza, Jeronymo Leitão, o qual «concedeu-lhes terras por uma só sesmaria lavrada aos 12 de Outubro de 1580, na qual consignou aos Índios dos Pinheiros seis léguas em quadro na paragem chamada Carapicuiva, e outras tantas aos de S. Miguel em Ururay.

Parece que a antiga aldeia de Ururay de 1531, fora fraccionada em duas, logo que João Ramalho edificou a villa de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de S. Paulo, 1554 — 1560; pois que o titulo da sesmaria de 12 de Outubro de 1580 os presuppõe já estabelecidos nos dous lugares, Pinheiros e S. Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos indigenas de não manterem suas aldeãs muitos anos, no mesmo lugar.

Também Pedro Taques, Nobiliarchia Paulistana, na Revista do Instituto Histórico, Geográfico e Ethnographico do Brazil, XXXIV, parte primeira, página 31, referindo-se a João Pires, bisneto de Piqueroby, escreveu:

"Foi abundante em cabedaes, com estabelecimento de uma grandiosa fazenda de terras de cultura em uma légua de testada até o rio Macoroby, que lhe foi concedida de sesmaria em 1610, com o seu sertão para a serra de Juquery."



3° fonte: “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
Apesar de investigações cuidadosas e de minuciosos exames locais, até agora não se sabe onde tal vila foi situada, ou mesmo se foi situada; o rio Piratininga jamais foi identificado, e com esse nome talvez não tivesse existido rio algum.

Piratininga (nenhuma etimologia satisfatória para essa palavra), era uma região situada no planalto. A Câmara da Vila de S. Paulo, que às vezes se denominava “S. Paulo do Campo”, “S. Paulo de Piratininga”, “S. Paulo do Campo de Piratininga”, concedeu datas de terras em “Piratininga, termo desta vila” no “caminho de Piratininga”, “indo para Piratininga”, “no caminho que desta vila vai para Piratininga” etc. (Atas da Câmara de S. Paulo, vol. 3.º, pág. 168, Registro Geral, vol. 1.º, págs. 10, 72, 88, 98, 100, 108, 129, 283).

“Índios de Piratininga”, qualificam as sesmarias de terras concedidas aos índios de Pinheiros e aos de S. Miguel de Ururaí, por Jerônimo Leitão em 12 de outubro de 1580 (Reg. Geral, vol. 1º, pág. 354), o que não deixa a menor dúvida que Piratininga estendia-se desde Carapicuíba, incluindo Pinheiros, até Ururaí. Piratininga era, pois, uma vasta região do campo vagamente indicada no planalto.

É por isso que, em Piratininga, sem que se fizesse menção da qualidade de vila, como era de uso nesses documentos, foi concedida à sesmaria de Pero de Góis, sendo a respectiva posse dada alguns dias depois na ilha de S. Vicente. Martim Afonso teria nessa ocasião chegado até a morada, a povoação de João Ramalho, pela vereda de índios que, então, ligava o planalto ao litoral. Aí nessa zona, nos campos de Piratininga, vizinhos da sesmaria de Ururaí, por Jaguaporecuba, não se sabe bem onde, já afeiçoado aos costumes da terra, João Ramalho vivia maritalmente com filhas de morubixabas, tendo numerosa descendência e dispondo de grande influência sobre Tibiriçá e outros.

Martim Afonso, quando de S. Vicente subiu ao Planalto, reconheceu talvez que a povoação de João Ramalho constituiria um posto avançado de importância no caminho, que por ela passava, trilhado pelos índios, e que ia até o Paraguai, onde se imaginavam situadas as fabulosas minas que ele procurava, pelo sertão adentro, desde o Rio de Janeiro e de Cananéia. Por esse caminho transitaria mais tarde Ulrico Schmidt. Foi a pretensa vila a que se referiu a complacência de Pero Lopes, foi o lugar que Martim Afonso primeiro povoou segundo se escreveu mais tarde. [100 e 101]

O Padre Manuel da Nóbrega, na carta de 31 de agosto de 1553 ao Padre Luís Gonçalves da Câmara, diz que João Ramalho era parente do Padre Manuel de Paiva, o celebrante da missa no planalto, a 25 de janeiro de 1554. (Páginas de História do Brasil, pelo Padre Serafim Leite, págs. 92 a 94).

Não estará longe da verdade quem disser que João Ramalho fazia parte da feitoria, estabelecida por iniciativa particular no porto de São Vicente, e, sem perder o contacto com essa feitoria, estabeleceu-se no planalto. Morou em lugar chamado Jaguaporecuba, próximo a Ururaí, como se vai ver.

Na carta de sesmaria, concedida por Jerônimo Leitão aos índios de Piratininga em 1580 (Registro Geral, vol. 1º, pág. 354) escreve-se a palavra Jaguaporecuba cuja penúltima sílaba está roída por traças. Mas no mesmo 1º volume desse Registro, pág. 150, se encontra a transcrição da provisão em que João Soares, em 1607, é nomeado capitão-mor dos índios da aldeia de Guarapiranga, da aldeia-nova de Guanga e de Jaguaporecuba.



Por outro lado, no inventário de Francisco Ramalho, casado com a índia Justina, inventário iniciado a 7 de novembro de 1618 (vol.5º, pág. 255) há uma declaração de Francisco Ramalho, em que este, em 1604, se obriga .....“a levar e a sustentar a sua custa até minha casa, que é na aldeia de Guanga”....

Este Francisco Ramalho, segundo os genealogistas, era filho ou neto de João Ramalho, em todo o caso era deste descendente. A Aldeia de Guanga, do que se depreende da nomeação de João Soares, estaria, talvez, próxima a Jaguaporecuba, onde morava a descendência de João Ramalho. Como quer que seja, houve em S. Paulo, além de outras, as aldeias de Guanga e de Jaguaporecuba cuja palavra “Jaguaporecuba” é completada pela menção na sesmaria, concedida por Jerônimo Leitão aos índios de Piratininga, e que ia desde Carapicuíba a Ururaí, ficando esta no único caminho, do planalto para o litoral, que então havia.

As terras dos índios de Ururaí confrontavam com as de João Ramalho, onde chamavam Jaguaporecuba, pelo menos na época da concessão feita por Jerônimo Leitão. Assim se verifica no trabalho de Toledo Rendom. [Na capitania de São Vicente, 1957. Washington Luís. Páginas 162 e 163] [Página 152]



4° fonte: Dos Campos de Piratininga ao Morro da Saudade: a presença indígena na história de São Paulo, 2004. John Monteiro
Por mais que houvesse enorme resistência por parte dos povos indígenas, as aldeias tomavam cada vez mais um caráter de assentamentos coloniais. Assim, ficava explícita a diferença entre os sujeitos do “sertão” e aqueles sob domínio religioso, iniciados na doutrina cristã. Todas as aldeias eram amparadas com terras, e antes de reconhecer algum direito aos indígenas, a doação significava uma relação de sujeição. De todo modo, o estabelecimento das primeiras aldeias não foi instantâneo. Ele foi marcado por um período de intenso conflito. Por exemplo, as aldeias de Pinheiros e de São Miguel, apesar de terem sido fundadas junto com a Vila de São Paulo, só se configuraram territorialmente cerca de 20 anos depois, em 1580. É explícito que a “porta do sertão” não foi imediatamente descortinada pelos colonizadores.



5° fonte: História de Carapicuíba. João Barcellos
A importante Sesmaria de 12 de outubro de 1580 - Sabendo da existência de ouro no Pico do Jaraguá, tenta a mineração, mas é impedido pelos nativos, e só depois de 10 anos de guerra consegue a extração do metal precioso, além de instalar no local um arraial-fazenda.

A pedido dos jesuítas e de políticos poderosos como Affonso Sardinha - o Velho, e Domingos Luiz Grou, o capitão Jerônymo Leitão, da Capitania de São Vicente, que possui fazenda em Barueri, perto da Fazenda e Porto de Carapocuyba, determina a doação de uma Sesmaria aos nativos do Pinheiros e de São Miguel de Ururay, em 12 de outubro de 1580.

A canetada político-administrativa visa assegurar os direitos dos jesuítas e dos colonos luso-paulistas em termos de terras, negócio rural e mineiro, quando a Espanha toma para si os destinos de Portugal.

A sesmaria dupla, a formar um feudo enorme, tem base nas fazendas de Ybitátá e Carapocuyba e daí toma os cursos do Jeribatiba (rio Pinheiros) ou do Anhamby (rio Tietê), dependendo da jornada a empreender. A sesmaria-dupla é um território imenso e as aldeias nativas, ainda sem capela, ficam enquadradas assim no mapa colonial português... apesar de Castela! [Página 16]



6° fonte: Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina
Um dos primeiros aldeamentos (MONTEIRO, 1994) foram São Miguel e Pinheiros, no ano de 1580, “ocasião na qual o capitão-mor em São Vicente, concedeu seis léguas em quadra – aproximadamente 1.100km2”. Segundo John Manoel Monteiro o aldeamento de Carapicuíba na realidade não era bem um aldeamento, era uma fazenda. [Página 44]






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