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Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas 1589. Atualizado em 23/10/2025 17:07:06 • Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Catalunha/ESP, Mairinque/SP, Sorocaba/SP • Família (1): Afonso Sardinha, o Velho (neto* , 1531-1616) • Pessoas (7): Balthazar Fernandes (1577-1670), Clemente Álvares (1569-1641), Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco de Saavedra (n.1555), Juan Sebastián Elcano (1476-1526), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626) • Temas (28): África, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Avenida Itavuvu, Bairro de Aparecidinha, Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Buraco de Prata, Cabo Frio, Cachoeiras, Caminho do Peabiru, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Fazenda Ipanema, Itapeva (Serra de São Francisco), Jaguamimbava, Lagoa Dourada, Marumiminis, Metalurgia e siderurgia, Nossa Senhora do Pilar, Ouro, Ribeirão das Furnas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Ypanema, Sabarabuçu, São Filipe, Sarapuy / Sapucay, Serra da Mantiqueira, Serra de Araçoiaba, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis • No tempo dos bandeirantes. Benedito Carneiro Bastos Barreto, "Belmonte" (1896-1947) 1 de janeiro de 1939, domingo ". . appareceu clemente álveres morador nesta villa por ele foi dito aos ditos ofisiais e declarado de como vinha manifestar sertas minas que tinha descoberto de betas de hüa manta de ouro a saber oslugares primeiramente a de manta em Jaraguá ao sopê da primeira serra" etc. Ou, então, a Afonso Sardinha que, já em 1589 explora minas de ouro, não só no Jaraguá, mas ainda no sítio Lagoas Velhas, no Votoruna e em Biraçoiaba. [p. 105]
• “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga 1 de janeiro de 2010, sexta-feira
• “A Fábrica de Ferro de São João de Ypanema e ao atendimento médico praticado no século 19”, Luiz Ferraz de Sampaio Neto 1 de janeiro de 2003, quarta-feira De fato, houve a constatação de grande quantidade de hematita e magnetita, o que determinou a construção de dois fornos catalães para extração de ferro, contudo, o interesse básico era encontrar ouro e prata. Ao que consta, encontraram algumas pepitas de ouro, próximas à Lagoa Dourada, mas nada de significativo que justificasse uma mineração mais intensa. [Página 1 do pdf]
• Jornal O Paiz 24 de agosto de 1913, domingo
• Ibiúna: no rio da terra negra a certeza do verde futuro. João Barcellos 1 de janeiro de 1993, sexta-feira As andanças do "velho" Sardinha pelo Piabiyu levam dezenas de aventureiros a penetrarem nas regiões oestes e sudeste além de Piratininga e é neste período que a bacia do Una mais recebe europeus. O movimento de colonos e garimpeiros adensa os fogos, transforma-os em fazendas e, logo, escravizados ou mortos, os povos nativos desapareceram. Também, é das primeiras levas de negros de N´gola [Angola] comprados pelo "velho" Sardinha que chegam à bacia do Una os primeiros escravos africanos que trabalharam nas lavouras.
• Correio Paulistano 27 de março de 1935, quarta-feira
• “História e Historiografia de Votorantim”, 2008. Márcia Maria Fogaça de Oliveira; Dissertação apresentada à Banca Examinadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Sorocaba, como exigência parcial para obtenção do título de Mestre em Educação. Orientador: Prof. Dr. José Luis Sanfelice 1 de janeiro de 2008, terça-feira
• “Rio Sorocaba: Políticas Públicas e suas Potencialidades Turísticas”, Stefania Duran Ponce. Trabalho de Conclusão de Curso do Bacharelado em Turismo da Universidade federal de São Carlos, campus Sorocaba, sob orientação da Profa. Dra. Maria Helena Mattos Barbosa dos Santos e do Prof. Dr. Sílvio César Moral Marques 1 de janeiro de 2020, quarta-feira Em fins do século XVI, Afonso Sardinha, “O Velho” e seu filho, “O Moço”, juntamente com Clemente Álvares, estiveram no morro Araçoiaba à procura de ouro. Encontraram minério de ferro e comunicaram o fato ao Governador Geral, que levantou o pelourinho da Vila de Nossa Senhora do Monte Serrat, mandando mineiros explorarem a região. Nada encontrando, transferiu a Vila para Itavuvu, ficando sob a invocação de São Felipe, em homenagem ao Rei da Espanha (OLIVEIRA, 2002). Isso fazia com que, ao denotar a paragem ao longo do rio, os sinais de novas pertenças surtissem interesse nas famílias que residiam de forma dispersa pelas redondezas, em construir ranchos nas proximidades. [Páginas 6 e 7]
• “15 de agosto é uma data para comemorar: Sorocaba surgiu em fins de 1654”, Jornal Diário de Sorocaba 15 de novembro de 2018, quinta-feira Assim, por volta de 1589, deixaram São Paulo, atravessaram Sorocaba (construindo até uma primitiva ponte sobre o rio Sorocaba, nas imediações da atual rua XV de Novembro) e, em seguida, alcançaram o Araçoyaba. Logo que chegaram às imediações do Morro do Araçoyaba, os três batearam algum ouro que até o século passado ainda era encontrado, embora em pequena quantidade, em muitos rios e riachos secundários da região. Viram também um mineiro que, em reflexo metálico, parecia-se mais com a prata e, enfim, "fazendo roçar uma clareira em meio ao ribeirão das Furnas, subiram até as fontes e Afonso Sardinha deu a primeira martelada em minério de ferro no Brasil.Descobertas as minas, pela legisla
• História das bandeiras paulistas - Tomo II, 1975. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) 1 de janeiro de 1975, quarta-feira
• Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
• Estudos Regionais Paulistas: História da Instrução em Sorocaba (1660-1956) Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba. Aluísio de Almeida, Jahyra B. Arrua, Jair T. Veiga, Néglio F. Arruda e Oswaldo Cambiaghi 1 de janeiro de 1989, domingo
• Dagoberto Mebius - A História de Sorocaba para crianças e alunos do Ensino Fundamental I* 1 de novembro de 2003, sábado Em 1589, Afonso Sardinha, um português aventureiro, rico e vereador em São Paulo era dono de uma mina de “faiscar” ouro perto do morro do Jaraguá, veio juntamente com seu filho mameluco (filho de branco com índia), conhecido como “o mameluco do Afonso Sardinha” (mais tarde é que ele assume verdadeiramente o nome do pai). Ambos vieram procurar riquezas nestas terras, porque alguns índios-escravos diziam: “além do Voturuna, depois do Araçaryguama, bem perto do rio que vem do Vuturaty, que passa pelo Itavuvu e chega ao Biraçoiava, há uma imensa “lagoa de ouro” guardada por “nhangá” e aquele que a ela chegar ficará muito rico.”
• “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador 1 de janeiro de 2014, quarta-feira
• Machado, I. F. e Figueirôa, S. F. de M. História da Mineração Brasileira. Curitiba: Editora CRV, p. 43-48, 2020 1 de janeiro de 2020, quarta-feira
• Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina* 1 de fevereiro de 2014, sábado
• Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História 7 de novembro de 1965, domingo Outro problema que se propõe ao desafio da argúcia dos pesquisadores, é a época exata em que a expedição, chefiada por Afonso Sardinha deparou com as terras ferruginosas próximas a Sorocaba. Ainda se tateia no campo das suposições; contudo parece que se poderá delimitar uma data entre 1592 e 1597 e mais possivelmente este último ano. No ano de 1590 vemo-lo novamente vereador, tendo sido o seu termo de juramento em 24 de janeiro. Nesse ano, Afonso Sardinha assinou sua presença em todas as sessões de São Paulo, o que vem contradizer a afirmação de alguns autores que atribuem essa data como a das descobertas das minas de ferro em Biraçoiaba. Entre outros, Calógeras refere-se a "... por volta de 1590 a 1597..." o encontro do metal. Eschewege em Pluto Brasiliensis escreve ... "a história não menciona o nome do descobridor dessa ocorrência, nem do construtor e proprietário da fábrica. Supõe que seja Afonso Sardinha, o qual em 1590 construiu a fábrica de minério de Araçoiaba...". O Senador Vergueiro , com base nas Notas Genealógicas de Pedro Taques, sublinha ... "Afonso Sardinha começou em 1590 uma fábrica de ferro... em Biracoiaba... ". O interessante é que o autor setecentista em Notícias das minas de São Paulo, se contradiz, afirmando que ... "Afonso Sardinha e seu filho do mesmo nome foram os que tiveram a glória de descobrir ouro, prata e ferro... na Biracoiva no sertão do Rio Sorocaba, pelos anos de 1597...". Machado de Oliveira e vários outros que os repetem, como Heitor Ferreira Lima, também são de opinião que as explorações das minas de Araçoiaba começaram em 1590. Carvalho Franco discorda dos historiadores anteriores e afirma: "... tais iniciativas ganharam relativo impulso a partir de 1589, quando Afonso Sardinha, o moço, com Clemente Alvares e uns companheiros descobriram ouro e ferro ... junto ao morro de Araçoiaba..."
• Revista Ponto de Fusão 3 de julho de 2015, sexta-feira Em 1589, uma expedição liderada pelos Afonso Sardinha, pai e filho, sendo o pai português, conhecido como “o Velho”; e o filho mameluco, chamado de “o Moço”, chegou ao morro de Araçoiaba, onde encontrou farta quantidade de magnetita, que chegava a brotar do solo. Hoje o morro é parte integrante da Floresta Nacional de Ipanema (Flona). Contando com a mão de obra vinda de São Paulo, de onde também vinham os Sardinha, foram construídos no morro, na região do Vale das Furnas, dois fornos rústicos de fundição, do tipo catalão, e uma forja. A fábrica começou a funcionar em 1591.
• Nas margens do Rio Infeliz as ruínas centenárias do embrião de V. Redonda, 11.09.1960. Fernando Hossepian de Lima 11 de setembro de 1960, domingo
• História de Sorocaba. Consulta em memorialsorocaba.com.br 19 de novembro de 2024, terça-feira
• “Sorocaba e os castelhanos”, Aluísio de Almeida, codinome de Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Diário de Notícias, página 13 1 de setembro de 1940, domingo É uma fonte interessantíssima para o estudo do povoamento do sul do Brasil. Particularmente vêem aí mencionadas três vilas: São Vicente, São Paulo e São Felipe. Esta última é a antiga Itapebussú, para onde se haviam mudado os primitivos povoadores trazidos ao Araçoiaba por D. Francisco de Souza no fim de 1599. Ao lado está a inscrição: "minas de ouro no Brasil". De fato, sabe-se que a fundação daquele governador geral no Ipanema, obedeceu ao intento de encontrar ouro e prata, nas pegadas de Afonso Sardinha, anterior de 10 anos. O arraial de Monte Serrat, título adotado pela devoção do fidalgo, teve duração efêmera e, enquanto o ambicioso reinol despedido do governo geral, andava na corte madrilenha a solicitar favores para continuar a empresa das minas, os proto-sorocabanos se transferiam para o Itavuvu.
• Consulta em Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cidades.ibge.gov.br 5 de novembro de 2022, sábado Alguns mineradores construíram, então, um forno na margem do ribeirão para melhor explorar as jazidas, formando as bases de uma das primeiras fábricas de beneficiamento de ferro do país, a futura Fábrica de Ferro Ipanema. No início do século XVII, a fábrica passou a ser de propriedade de D. Francisco de Souza, administrador das Minas do Brasil e governador das Capitanias do Sul, ganhando importância e promovendo o desenvolvimento da povoação ainda incipiente. Essa boa fase da fábrica, porém, não durou muito tempo e, como conseqüência do abandono da fábrica, o povoado entrou em decadência. A situação começou a dar sinais de mudança no final do século XVIII, quando por iniciativa de João Manso Pereira foram enviadas amostras dos produtos minerais extraídos do morro de Araçoiaba ao soberano português, que providenciou, então, a construção de nova fábrica.
• Apontamentos Históricos, Geográficos, Biográficos, Estatísticos e Noticiosos da Província de São Paulo seguidos da Cronologia dos acontecimentos mais notáveis desde a fundação da Capitania de São Vicente até o ano de 1876. Manuel Eufrásio de Azevedo Marques 1 de janeiro de 1876, sábado • Exploração da reigão compreendida pelas folhas topográficas - Sorocaba, Itapetininga, Bury, Faxina, Itaporanga, Sete Barras, Capão Bonito, Ribeirão Branco e Itararé - Commissão Geographica e Geológica do Estado de S. Paulo 1 de janeiro de 1927, sábado Fallar em Varnhagen, pai ou filho é olhar um poucopara o passado e torna-se então necessario recordar o queforam as primeiras eras do Ipanema e depois evocar osseus dias faustosos e de jubilo. O nosso illustre e erudito patricio snr. Dr. Eugenio Egas com a sua penna cheia de amor patrio conta-nos em algumas paginas de sua brilhante conferencia "O sorocabano Visconde de Porto Seguro" o que era a terra gloriosa onde nasceu esse inesquecivel paulista e o que elle foi e o quanto trabalhou em favor do Brasil esse grande patriota, digno da nossa veneração e respeito. Conhecendo-a, não podemos deixar de transcrever aqui alguns trechos: "A serra da Araçoyaba, (que tambem lhe chamam Biraçoyaba ou Hybiraçoyaba) de pura formação metallurgica, ergue-se na planicie que se dilata ao poente da cidade de Sorocaba, da qual dista cerca de 14 kilometros. Della brotam duas correntes d´agua, que são as mais importantes: Ipanema, que verte para o oriente, Sarapuhy, para o occidente. Araçoyaba significa coberta de sol. Os indios lhe deram esse nome, porque a sua sombra cobre larga extensão de terra. As aguas, que della descem vão ter primeiro, ao rio Sorocaba, e, depois com as deste ao Tieté, incorporando-se, assim, ás do rio sagrado, que encerra nos seus mysterios e na sua historia a epopéa desses ousados exploradores, que dilataram as nossas terras e os nossos sertões tenebrosos. No cume mais alto de Araçoyaba existe a lagõa Dourada, onde a lenda e a poesia fazem habitar os phantasmas defensores e guardas dos thesouros, que os deuses ali esconderam!... Em 1589, Affonso Sardinha sahira para as mattas em busca de ouro, mas encontrou ferro. D. Francisco de Souza, governador geral das Capitanias do Sul, fundou a povoação de Itapeboçú, com o fim de reunir gente, que explorasse o ferro descoberto por Sardinha. A povoação não prosperou, e os seus poucos habitantes recolheram-se a Sorocaba. D. Antonio de Souza, Francisco Lopes Pinto e Diogo de Quadros, (o primeiro era filho do governador geral) tentaram impulsionar o engenho de ferro. Não foram felizes. [p. 11]
• “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil 1 de janeiro de 1957, terça-feira Consultou também as fontes históricas locais, então existentes – Pedro Taques, num manuscrito conservado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, que fala na entrada de André de Leão, e Azevedo Marques nos Apontamentos Cronológicos, que narra que em 1602partiu numerosa bandeira para o sertão sob o comando de NicolauBarreto e formulou a hipótese de que as duas informações se referiama uma só entrada, e que a expedição fora uma única, cabendo a Nicolau Barreto a organização civil e a André de Leão, a parte militar. Foi aexpedição, em que tomou parte Glymmer, que O. Derby identificouno terreno. Na época em que Orville Derhy divulgou o seu estudo não tinham ainda sido publicados pelo Arquivo do Estado de S. Paulo osInventários e Testamentos; e escassas eram as notícias sobre essas entradas;mas desde que teve conhecimento dos inventários, feitos por morte deBrás Gonçalves, o moço, e de Manuel de Chaves, e verificou que a hipótese sugerida de uma expedição única não tinha cabimento, apressou-seele mesmo em bani-la como se pode ver em um estudo aditivo naR.I.H.G. de S. Paulo, v. 8º, pág. 400.Aliás a hipótese da unidade da expedição só poderia interessarao renome dos seus comandantes, nenhum valor tendo para identificação do roteiro de W. Glymmer, que era o objetivo essencial para fixarpontos do devassamento e ocupação do sertão, identificação que continua, pois, com o seu mérito próprio. O vale do Paraíba já estava domado pelos portugueses nas lutas que sustentaram com os Tamoios e pelo abandono do Rio de Janeiropelos franceses. Relativamente fácil foi à expedição de André de Leão ocaminhar por esse rio, vales e montes. Vai transcrita a identificação feita,por Orville Derby, no terreno e nos rios tornando por base a descriçãode W. Glymmer. [p. 295] Em 1902, segundo vejo do meu caderno, tomei a seguinte nota: “Em 27 de novembro de 1600, por um termo de vereança, vê-se que nessa data sepreparava, com consentimento de D. Francisco de Sousa, uma entrada ao sertão,que não era o da capitania, da qual faziam parte moradores da terra e de fora dela.Era sem dúvida a de André de Leão, que partida era dezembro de 1600 (pág. 403),ainda estava no sertão em 1601, tendo voltado por agosto ou setembro, assimcompletando os nove meses de que fala Glymmer. Este tomou parte em umabandeira quando D. Francisco de Sousa, vindo da Bahia, chegou a S. Paulo paradescobrir as minas de metal que continham prata extraída dos montesSabarousom”. No vol. 2º das Atas, em que foram publicadas as vereanças de 1600, não seencontra essa de 27 de novembro de 1600, a que se refere à nota transcrita. Comose vê no vol. 2º, das Atas às págs. 82 e 83 com que termina o ano de 1600 há umavereança a 27 de novembro que não se refere ao preparo dessa entrada. Há depoisum termo (pág. 83) de seis linhas que nada diz. Provavelmente quando ManuelAlves de Sousa copiou esse livro já as páginas correspondentes à vereança de 27dc novembro, de que foi copiada a nota transcrita, haviam desaparecido,consumidas pelo manuseio ou por outra qualquer razão. Para tal informação sóresta a nota por mim tomada, que pouco valor tem, quanto à autoridade doextrato, que ficou acima transcrito. “Partindo de S. Miguel1, nas margens do Tietê, perto de S.Paulo, a bandeira passou para um afluente do Parayba, ganhou esterio, navegou por ele abaixo, até a sua secção encachoeirada, galgou aSerra, da Mantiqueira, passou diversos rios atribuídos correctamenteao sistema platino e penetrou até próximo ao alto S. Francisco. Atéentrar na bacia do S. Francisco, este caminho deve corresponder muitoproxima, se não exactamente, com o da Bandeira de Fernão DiasPais Leme, ‘uns setenta anos mais tarde, e com o que depois da descoberta de ouro se tornou célebre como o caminho para as Minas Gerais. Sobre a derrota de Fernão Dias, não temos detalhes, senão doRio Grande para o norte, onde diverge da do atual roteiro; mas paraa dos mineiros existe o precioso roteiro dado por Antonil, na suaobra, intitulada Opulência e cultura do Brasil publicada em Lisboa,em 1711. Pela comparação desses dois roteiros e levando em consideração a probabilidade de que a derrota de ambas fosse determinadapor caminhos já existentes dos Índios, sendo, portanto, provavelmenteidênticos, é possível reconstruir grande parte do caminho da Bandeirade 1601. Os dois rios que deram acesso ao Parayba eram indubitavelmenteo Paratehy e o Jaguary. A serra de Guarimunis, ou Marumiminis, é a atualmente conhecida pelo nome de Itapety, perto de Mogy dasCruzes, sendo possível que estes nomes antigos ainda sejam conservados no uso local. A referência a minas de ouro nesta serra talvez sejaum acréscimo na ocasião de redigir o roteiro; mas é certo que em1601, havia, desde uns dez ou doze anos, mineração nas vizinhanças de S. Paulo, e que antes de 1633, quando foi publicada a ediçãolatina da obra de João de Láet, em que vem a enumeração das minaspaulistas, a houve na localidade aqui mencionada. A referência aoscampos, ao longo do primeiro destes rios, é, talvez, um caso de confusão com os do rio Parayba, visto que, conforme informações dos ajudantes da Comissão Geográphica e Geologica, que ultimamente levantaram a planta do vale do Pararehy, ali não existem campos notáveis. O rio então conhecido pelo nome de rio de Sorobis, bem que asua identidade com o Parahyba do litoral já era suspeitada, foi alcançado na foz do Jaguary, em frente da actual cidade de São Josédos Campos. Nota-se que, já nessa época, era conhecido o curso excêntrico do alto Parahyba. Depois de 15 ou 16 dias de viagem o riofoi abandonado no começo da secção encachoeirada, perto da actualcidade da Cachoeira, e a bandeira galgou a Serra da Mantiqueira,seguindo um pequena rio que, muito provavetmente, era o PassaVinte, que desce da garganta que depois serviu para a passagem daestrada dos mineiros e hoje para a da estrada de ferro Minas e Rio.Passando o alto da Serra, a bandeira entrou na região dos pinheiros,que os naturalistas holandeses (que evidentemnente não conheceram aAraucária, desconhecida no Norte do Brasil) julgaram, pela descrição de Glimmer, que eram Sapucaias. Deste ponto em diante, o roteiro torna-se um tanto obscuro, dandoa suspeitar o ter havido alguma confusão na redeção... Os dados topográficos são; o rumo de noroeste e as passagens de três rios, dos quaisdois maiores, navegáveis e vindos do norte, com a distância de 4 ou 5léguas entre um e outro. Os únicos rios em caminho das cachoeiras doParahyba para a região do alto S. Francisco, que corresponder a estadescrição destes dois rios, são o Rio Grande e Rio das Mortes, pertoda sua confluencia. Ahi o Rio Grande cujo curso geral é para o oestecorre, por alguns kilômetros, do norte, num grande saco que sempretem sido um ponto de passagem, e, a quatro ou cinco léguas adiante, o Rio das Mortes tambem vem um pequeno trecho do Norte2. Este trecho é junto à estação de Aureliano Mourão, na estrada de ferro Oestede Minas e poucos kilômetros abaixo da povoação de Ibituruna, ondeFernão Dias estabeleceu um dos seus postos, talvez por encontrar pertoa grande aldeia de índios amigos, rica em mantimentos, de que fala onosso Glymmer. Se porem, este for o ponto de passagem do Rio dasMortes, não se encontra, a três dias de viagem, dos Pinheiros e a quatorze do Rio Grande, rio algum que pareça digno de menção numanarrativa em que não vem mencionado o Angahy. Este, pelo roteiro deAntonil, está a 22 ou 24 dias de viagem dos Pinheiros e a 4 a 5 doRio Grande. Para pôr os dons roteiros de acordo, identificando o primeiro rio de Glymmer com o Angahy, seria necessário inverter os termos dos três e dos quatorze dias de viagem, supondo um outro caso deconfusão na redação, como o já apontado com os campos do Paratehy eParahyba. Da passagem do Angahy o caminho dos mineiros dado por Antonil tomou mais para a direita, procurando São João d’El-Rei, viaCarrancas. É para notar que as marchas diárias do roteiro de Antonil são pequenas, sendo geralmente “até o jantar”, o que explica, talvez, a discordância, do número de dias (de 14 a 22 ou 24) que se ‘nota na hypothese de ser o Angahy o primeiro rio do presente roteiro. Partindo da aldeia sobre o terceiro rio, a Bandeira caminhou durante um mes em rumo de noroeste, sem passar rio algum, até achar-seperto da confluência de dous rios de diversas grandezas, que romperampara o norte, entre montanhas que foram identificados com a desejadaSerra de Sabarábussú. Aqui, foi encontrada uma estrada larga e trilhada, que nesta época não podia ser senão dos Índios e cuja existência confirma a hipótese já lançada da que a derrota, desta e de subseqüentes bandeiras era por estes caminhos fá existentes. A estrada seguida da aldeia por diante era pelo alto de um espigão, e, admitindoque o ponto de partida era nas vizinhanças de Ibituruna, temos trêshipóteses a considerar: 1º O espigão entre o Rio Grande e as cabeceiras dos rios Pará eS. Francisco.2º O entre os rios Pará e S. Francisco.3º O entre os rios Pará e Paraopeba.O caminho pelo primeiro destes espigões, passando por Oliveira,Tamanduá e Formiga, até o alto S. Francisco, corresponde regularmente com o rumo dado, tendendo, porém, mais para o oeste do quepara o noroeste, e cruzando o rio Jacaré que, conquanto não seja grande, parece de bastante importância para ser mencionado. Por este espigão, porém, é difícil identificar os dois rios do fim da jornada e a serracortada por eles, porque as serras de Piumhy ou a de Canastra malcorrespondem à descrição do roteiro. O segundo espigão daria para cairna forquilha entre o Pará e o Itapecerica, ou entre o Pará e o Lambary, ou finalmente, entre o Pará e o S. Francisco. As duas primeirasparecem demasiado perto para a jornada de um mez, e na do Pará eSão Francisco os dois rios devem figurar como tendo proximamente amesma grandeza. O terceiro espigão daria, na hipótese de accompanhar de perto a margem direita do Pará, para cahir na forquilha entreeste rio e seu afluente o rio de S. João, na passagem das serras na vizinhança da atual cidade de Pitanguy; e, sem poder pronunciar-me positivamente a respeito, sou inclinado a considerar esta como a hipótesemais provável. Até aqui o estudo do O. Derby (R.I.H.G. de S. Paulo, vol. 4º,pág. 338), sobre a identificação do Roteiro de Glymmer no terreno.Fácil também é agora identificar o cabo da expedição mandada por D. Francisco de Sousa, e na qual tomou parte GuilhermeGlymmer.Essa identificação está baseada nos documentos do ArquivoPúblico do Estado de S. Paulo e do Arquivo da Câmara da vila de S.Paulo, apoiada em alheios estudos precedentes.As entradas de Antônio de Macedo e de Domingos LuísGrou foram começadas antes de 1583, as de Jerônimo Leitão até 1590,foram todas anteriores à nomeação de D. Francisco de Sousa para Governador-Geral do Brasil. A de Jorge Correia em 1595, a de ManuelSoeiro (?), em 1596 e a de João Pereira de Sousa em 1597 se realizaram [p. 297, 299]
Ata: Sardinha ausente 19 de janeiro de 1589, quinta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:39:22 • Cidades (3): Itanhaém/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Família (1): Afonso Sardinha, o Velho (neto* , 1531-1616) • Pessoas (3): Antônio de Macedo (ou Saavedra) (1531-1590), Jerônimo Leitão, Lopo de Souza (f.1610) • Temas (5): Bairro Itavuvu, Capitania de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, Capitania de São Vicente, Lagoa Dourada, Vila de Nossa Senhora da Conceição
Numa escritura pública, datada de 30 de maio de 1589, em que é feita a descrição dos limites das terras cedidas por Brás Cubas aos frades carmelitas 30 de maio de 1589, terça-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:35:41 • Cidades (3): Santo André/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Família (2): Afonso Sardinha, o Velho (neto* , 1531-1616), Rodrigo Alvares (neto* , f.1598) • Pessoas (2): Aleixo Jorge (1580-1642), Brás Cubas (1507-1592) • Temas (9): “o Rio Grande”, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Pontes, Quatro Encruzilhadas, Rio Anhemby / Tietê, Vale do Anhangabaú, Tabatinguera • REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL 1 de janeiro de 2006, domingo o caminho de Santo André para Piratininga vinha do curral de Aleixo Jorge pelo mesmo caminho que vem pela ponte grande em Tabatinguera [como já vimos, e veremos novamente, esse é o caminho velho do mar, trecho do antigo Peabiru, que acompanhava o traçado da Rua da Mooca, passava pela Rua Tabatinguera e seguia pela atual Rua do Carmo] e dahy atravessava pela villa vindo pela rua direita ate onde estava o mosteiro dos padres da companhia [essa rua “direita” parece seguir o trajeto de um segmento de rua sem denominação específica incorporado ao Pátio do Colégio, segmento este que hoje vai da Rua Floriano Peixoto, em frente à Caixa Econômica Federal, sita na Praça da Sé, até ao Pátio do Colégio; na embocadura inicial dessa via estaria localizada a porta da vila transposta por aqueles que chegavam do litoral] e dahy vindo pela porta que foi de Affonso Sardinha [a porta mais importante da vila, que provavelmente estava localizada na altura da esquina da Rua Anchieta com a Rua 15 de Novembro] e da qual rua foi de Rodrigo Álvares e Martim Affonso [essa via, Rua de Martim Afonso, nome de batismo adotado pelo índio Tibiriçá, em nossa opinião, não poderia ser jamais a Rua São Bento, como afirmava Frei Gaspar – porque, como veremos adiante, a Rua São Bento, ao contrário do que dizia o frade beneditino, só teria sido aberta, na verdade, no século XVII –, mas talvez estivesse representada por uma trilha que seguisse pela Rua 15 de Novembro e trecho inicial da atual Avenida São João, antiga ladeira desse nome; isso, se não acompanhasse o traçado, justamente, da Rua Álvares Penteado, orientada, como visto, para o Ribeiro Anhangabaú] e dahy a sahir a aguada do ribeiro e atravessando o ribeiro do Anhangobai pelo mesmo caminho que hoje por elle se servem os moradores daquela banda de Piratininga ate defronte a barra do Piratinin onde dava no rio grande [caminho de Piratiniga, que, após a transposição do Anhangabaú no local chamado Acu, se iniciava na Rua do Seminário, e cujo trajeto, descrito anteriormente, terminava na barra que o ribeiro daquele nome formava ao lançar suas águas no Rio Tietê] (JORGE,1999, p. 41)
Bras Cubas doa terras para o convento do Carmo 31 de agosto de 1589, quinta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:39:23 • Cidades (2): Santos/SP, São Paulo/SP • Família (1): Mestre Bartolomeu Gonçalves (genro/nora , 1500-1566) • Pessoas (1): Brás Cubas (1507-1592) • Temas (1): Nossa Senhora da Expectação do Ó / Carmo • Domingos Gonçalves, Mestre Bartolomeu, consultada em geni.com 11 de março de 2023, sábado
“Manoel Fernandes Ramos defunto” 23 de dezembro de 1589, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:38:30 • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Família (1): Afonso Sardinha, o Velho (neto* , 1531-1616) • Pessoas (5): Diogo Fernandes (1543-1610), Fernão Dias Paes Leme (1º) (1550-1605), Jorge Moreira (n.1525), Manoel Ribeiro, Manuel Fernandes Ramos (1525-1589) • Temas (2): Bairro Itavuvu, Guerra de Extermínio ANDREA! Sobre o Brasilbook.com.br |