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1589
Pontes
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¨ RASUL

Afonso Sardinha no Araçoyaba
01/01/1590
4 fontes

1° fonte: Nossa Senhora da Ponte, Padroeira de Sorocaba. Por Valdis Grinsteins na Revista Catolicismo (fonte: salvemariaimaculada.com.br)
Em 1590, foi construída uma ponte na região de Sorocaba, Estado de São Paulo, para dar passagem à expedição de Afonso Sardinha, a qual visava explorar as minas de ferro do morro de Ipanema. A expedição acabou fundando uma cidade que não vingou. Mas a ponte ficou, e lá estava quando veio Baltazar Fernandes, de Sant’Ana do Parnaíba, com sua família, colonos e escravos. Ele fixou-se na região, surgindo então a atual cidade de Sorocaba.

Baltazar Fernandes levou uma imagem de Nossa Senhora. Para a cultuar devidamente, construiu uma capela dedicada a Nossa Senhora da Ponte. Talvez seja a mesma capela que ainda existia em 1820, junto a uma velha ponte de madeira que atravessava o rio Tietê, perto do salto de Itu.

Por que essa imagem intitulava-se da Ponte? Por estar junto à ponte de madeira? Ou possuía Baltazar Fernandes uma cópia da imagem portuguesa de Ponte de Lima? Nada ficou registrado. Pode também ser ela cópia da imagem paraguaia, pois o vigário da cidade de Villarica era muito amigo do fundador de Sorocaba, cuja esposa era oriunda de família espanhola.

Seja como for, a invocação a Nossa Senhora da Ponte ficou conhecida e permanece até nossos dias. Quem ainda hoje visita a atual Catedral da cidade, encontra uma imagem barroca do século XVIII, muito provavelmente de origem portuguesa, que representa Nossa Senhora de pé, tendo o Menino Jesus em seu braço esquerdo.

Quantas pessoas já invocaram a Virgem Santíssima diante dessa imagem! E a quantas ela terá ajudado a transpor a ponte da eternidade! Uma caraterística das obras católicas é de serem belas e práticas. E se uma ponte nos lembra Nossa Senhora, o que pode haver de mais belo e mais prático?



2° fonte: “Transcatolicidades: contribuições à sociodiversidade brasileira”, Doutorado em Ciências Sociais, 2013. Sílvio Luiz Sant´Anna.
Em 1590 a bandeira de Afonso Sardinha construiu uma ponte sobre o Rio Sorocaba para ter acesso às suas minas no Ipanema. Baltazar Fernandes posteriormente fez questão de ter N. Sra. da Ponte como padroeira da vila e trouxe para capela uma réplica da original que está em Barcelos, em Portugal numa capela que foi construída ao lado de uma ponte gótica no início do século XIV.

Abrigo dos peregrinos no Caminho de Santiago de Compostela. Mas a capela original, onde foi enterrado Baltazar, depois passou a ter como padroeira Sant’Anna que também faz referencia a origem da família Fernandes em Santana do Parnaíba. A capela hoje é dedicada a Santana... O corpo de seu fundador está enterrado lá. (Página 62)



3° fonte: História de Carapicuíba. João Barcellos
O "velho" Sardinha, desbravador colonial, político e capitalista e minerador, senhor de Ybitátá, Jaraguá, Byraçoiaba e Byturuna, além de escravagista, tomou a Aldeia Carapocuyba dos nativos goayanazes para servir-se ai do porto fluvial e ir na demanda dos confins do Anhamby, pois ouvira os guaranís falar do Piabiyu e do outro no sertão além de São Paulo dos Campos de Piratinin.

Em 1590 mandou "fabricar" Capela na aldeia Carapocuyba e tornou-se o seu fundador luso-católico. Sem a tomada de Carapocuyba, Afonso Sardinha "o Velho" e outros colonizadores não teriam dominado o Pico do Jaraguá, nem as Bandeiras teriam existido! [Página 2]

Em 1590 apesar de existirem ações minerária, na Aldeia Guaru, dos goayanazes, na Serra de Jaguamimbaba, é ele quem opera aqui a maior exploração de ouro. Manda vir de Angola a primeira leva de escravizados para as minas de ferro e de ouro. A encomenda é feita ao mercador judeu de escravizados Gregório Francisco, seu sobrinho, com navio de carreira entre Angola e São Vicente. [Páginas 15 e 16]



4° fonte: A vila de São Paulo de Piratininga revisitada: Governo e elites (1562-1600), 2021. Andrei Álvaro Santos Arrua. Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História. Programa de Pós-Graduação em História
Por outro viés, se o ano de 1589 não contém qualquer referência explícita a conflitos, 1590 apresenta onze. Obviamente, as querelas estavam acontecendo, ainda que de forma intermitentemente. Nesse sentido, a câmara, em outubro de 1589, alertava para a imprudência que certos moradores praticavam, ao fazerem caminhos por si mesmos:

...foi requerido aos sobreditos e logo pelo procurador do conselho Gonçalo Madeira requereu se fizesse câmara se fez com os sobreditos e logo pelo procurador do conselho foi requerido aos sobreditos oficiais que os moradores de São Miguel abriram um caminho novo à sua aldeia em ruim invenção e era prejuízo aos moradores desta vila assim para socorrer e qualquer necessidade que suceder a esta vila...






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