Em 1590, de acordo com a Câmara municipal, "se juntaram todas as aldeias do sertão desta Capitania" para rechaçar a presença européia na região. Naquela ocasião, uma força aliada de Guianá e Tupiniquim assolou uma expedição de 50 homens, sob a liderança de Domingos Luis Grou e Antonio de Macedo, nas proximidades da futura vila de Mogi das Cruzes. Dando sequência a esta vitória, os aliados nativos lançaram novos ataques aos sítios portugueses localizados ao longo do rio Pinheiros e, com o apoio dos residentes do aldeamento de Pinheiros, fizeram uma rebelião surpreendente contra o controle europeu da região. Da mesma forma, um ano depois, a oeste da vila, no local denominado Parnaíba, os nativos aniquilaram outra expedição escravista no rio Tietê.
O morro, a que modernamente se dá o nome de Araçoiaba, derivado de Araçeyambaê, que lhe deram os índios, e que na primitiva era conhecido com o de Biraçoyava, e pelos portugueses, Morro do Ferro sendo unicamente reconhecida a sua forma exterior e circunjacências pelos primeiros colonos, que, partindo de Piratininga, penetraram as matas que ficavam ao poente do país tomado aos Guayanás, essa formação da natureza de uma bela miragem foi em 1590 visitada, e, no alcance desse tempo, geologicamente analisada pelo paulista Afonso Sardinha, que possuía algumas noções montanísticas, ao fazer ali escavações na procura de metais mais preciosos, no seu entender; conhecendo, porém, que no morro era o ferro o metal dominante, construiu no princípio do século XVII um forno catalão para a preparação do ferro, que lhe serviu por alguns anos, cedendo ao depois d. Francisco de Souza,, administrador geral das minas, indo á Araçoiaba dispôs que se levanta-se ali uma povoação, a que se deu o nome de Itapebuçú, mudada ao depois para o local em que está hoje a cidade de Sorocaba, por melhor posição e prestança para centro de população.
O "velho" Sardinha, desbravador colonial, político e capitalista e minerador, senhor de Ybitátá, Jaraguá, Byraçoiaba e Byturuna, além de escravagista, tomou a Aldeia Carapocuyba dos nativos goayanazes para servir-se ai do porto fluvial e ir na demanda dos confins do Anhamby, pois ouvira os guaranís falar do Piabiyu e do outro no sertão além de São Paulo dos Campos de Piratinin.
Em 1590 mandou "fabricar" Capela na aldeia Carapocuyba e tornou-se o seu fundador luso-católico. Sem a tomada de Carapocuyba, Afonso Sardinha "o Velho" e outros colonizadores não teriam dominado o Pico do Jaraguá, nem as Bandeiras teriam existido! [Página 2]
Em 1590 apesar de existirem ações minerária, na Aldeia Guaru, dos goayanazes, na Serra de Jaguamimbaba, é ele quem opera aqui a maior exploração de ouro. Manda vir de Angola a primeira leva de escravizados para as minas de ferro e de ouro. A encomenda é feita ao mercador judeu de escravizados Gregório Francisco, seu sobrinho, com navio de carreira entre Angola e São Vicente. [Páginas 15 e 16]