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Peru
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¨ RASUL

D. Francisco partiu para o Sul
01/10/1598
4 fontes

1° fonte: “Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
Segundo o historiador Carvalho Franco em sua obra “Bandeiras e Bandeirantes de SãoPaulo” – São Paulo, 1940, pág. 35/38, foi o mameluco Afonso Sardinha, o Moço, ocontinuador das pesquisas do ouro na capitania. Explorando as regiões próximas a SãoPaulo, acabou descobrindo ouro de lavagem na Serra da Mantiqueira em Guarulhos,Jaraguá e São Roque. Os seus descendentes continuaram na exploração das minas doJaraguá.Outras informações também as localizam nas serras de Paranapiacaba, Guaramumis,Nossa Senhora de Monserrate, Ibituma (Parnaíba) e Ibiraçoiaba (Sorocabana).As primeiras referências a certos “montes de Sabaroason”, vem de 1598, de onde ummameluco teria extraído amostras de metal que, sendo levadas à Bahia, motivaram a vindado governador, D. Francisco de Sousa, a São Vicente. [“Bandeiras e Bandeirantes de SãoPaulo”, 1940. Carvalho Franco. pág. 35/38]



2° fonte: “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)
D. Francisco enviou Martim de Sá em 1597 no rastro de Diogo Soares. Em outubro de 1598, sonhando em atingir Sabarabuçú como pela retaguarda, e avantajando em demasia a pequena mineração dos Sardinha, crendo fazer da capitania de São Vicente um novo Perú, embarcou para o sul, com uma comitiva de soldados portugueses e nativos mansos para o transporte de pessoas e cargas e os primeiros trabalhos, não sem enviar antes, como administrador das minas, Diogo Gonçalves Laço, que chegou à vila de São Paulo em 13 de maio daquele ano. No Espírito Santo deteve-se o Governador, enviando na direção da Sabarabuçú a Diogo Martim Cão. Parou pouco no Rio. De Santos a Cubatão, viajou em canoa. Subiu o péssimo caminho da Paranapiacaba em rêde. Nos arredores de São Paulo teria cavalgado.



3° fonte: “História do Brasil”, Frei Vicente do Salvador (1564-1639)
Muitos anos havia que voava a fama de haver minas de ouro, e de outros metais na terra da capitania de São Vicente, que el-rei d. João o Terceiro doou a Martim Afonso de Souza, e já por algumas partes voava com asas douradas, e havia mostras de ouro; o que visto pelo governador d. Francisco de Souza, avisou a Sua Majestade oferecendo-se para esta empresa, e ele lha encarregou, e mandou para ficar entretanto governando esta cidade da Bahia a Álvaro de Carvalho; o governador se partiu para baixo no mês de outubro de 1598, levando consigo o desembargador Custódio de Figueiredo, que era um dos que vinham com Francisco Giraldes, e servia de provedor-mor de defuntos e ausentes. O ano seguinte de mil quinhentos noventa e nove, véspera da véspera do Natal, entrou nesta Bahia uma armada de sete naus holandesas, cuja capitania se chamava Jardim de Holanda, por um jardim de ervas e flores, que trazia dentro em si; esta armada se senhoreou do porto, e dos navios, que nele estavam, queimando e desbaratando os que lhe quiseram resistir, como foi um galeão de Bailio de Lessa, que veio fretado por mercadores para levar açúcar; pôs Álvaro de Carvalho a gente por suas estâncias na praia e na cidade para a defenderem se quisessem desembarcar; mas eles não se atrevendo, trataram de concerto, pedindo em reféns uma pessoa equivalente ao seu general, que queria vir pessoalmente a este negócio, e assim foi para a sua capitania em reféns Estevão de Brito Freire, e ele se veio meter no Colégio dos Padres da Companhia, onde o capitão-mor Álvaro de Carvalho o esperava, e se tratou sobre o concerto quatro dias, que ali esteve assaz regalado. Porém fui-lhe respondido no fim deles que puxasse pela carta, porque não podia haver outro concerto, com o que ele se embarcou colérico, e se desembarcou Estevão de Brito; com esta cólera mandou uma caravela, que tinha tomado no porto, e alguns patachos, e lanchas, que fossem pelo recôncavo roubar e assolar quanto pudessem, o que logo fizeram no engenho de Bernardo Pimentel de Almeida, que dista desta cidade quatro léguas, e não achando resistência lhe queimaram casas, e igreja, da qual tiraram até o sino do campanário, mas soou, e logo foram castigados por André Fernandes Morgalho, que Álvaro de Carvalho havia mandado com 300 homens por terra, e achando ainda ali os inimigos brigaram com eles animosamente até os fazerem embarcar, ficando-lhes muitos mortos na briga em terra, e alguns no mar ao embarcar, entre os quais se matou um capitão, que eles muito sentiram.



4° fonte: “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga






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