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RASULD. Francisco chegou a São Paulo em maio de 1599 com grande comitiva 05/05/1599 6 fontes 1° fonte: Meio Século de Bandeirismo, de Alfredo Ellis Jr. Casou-se com D. Isabel de Gois, e quando D. Francisco chegou a São Paulo, acompanhou-o a serra de Biraçoiaba e Cahativa e Bituruna, com sua pessoa e escravos e depois disto tendo sido avisado que na barra desta capitania andavam alguns inimigos corsários e indo eu de socorro ao porto e vila de Santos me acompanhou sempre com sua pessoa e armas e escravos e tornando eu outra vez de socorro a tomar uma urca holandesa que no dito porto estava, me acompanhou sempre na dita tomada e, outrosim quando voltei terceira vez a fortificar o porto e a vila de Santos entre esta e outras vezes me acompanhou até eu tornar a esta vila de São Paulo.
2° fonte: “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil Mas o intuito de D. Francisco de Sousa vindo a S. Paulo, com mineiros, com ensaiadores de ouro, com fundidores, com imensa comitiva, com trabalhos e despesas enormes, com todos os papéis dos dois irmãos Soares de Sousa, que haviam feito tentativas de descobrimentos pelo norte, foi o de tentar descobrir pelo sul as “minas” nas nascenças do rio S. Francisco, minas que o obcecavam.
Possuindo os roteiros das minas, tendo a sua disposição os elementos sertanistas para execução, tratou de organizar uma expedição que, partindo de S. Paulo, deveria chegar ao ponto desejado. Não obstante a sua habilidade incontestável, a sua atividade perseverante, os seus árduos e esforçados trabalhos, D. Francisco de Sousa não viu a fortuna coroar a empresa a que ele se dedicara inteiramente.
3° fonte: “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981) No Espírito Santo deteve-se o Governador, enviando na direção da Sabarabuçú a Diogo Martim Cão. Parou pouco no Rio. De Santos a Cubatão, viajou em canoa Subiu o péssimo caminho da Paranapiacaba em, rêde. Nos arredores de São Paulo teria cavalgado: Chegou à vila do Planalto em maio de 1599. Foi um alvoroço inclusive. hás Modas masculinas. E sonhando sempre, partiu logo para as,minas dos Sardinha, pelo caminho já descrito. Parte a cavalo, parte em canoa, parte em rêde, estava nas Furnas, triste: sertão: entre campos, no fim do ano. Em data não sabida de 1599 fundou no local a vila de Nossa Senhora de Monte Serrate, erigindo o pelourinho, um esteio de madeira de lei com. uma faca e um gancho de ferro, objetos êsses, nos ricos pelourinhos de pedra, menos grosseiros e coroados com as armas reais.
4° fonte: “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga Em maio deste mesmo ano, Domingos Gomes Pimentel, que viera com o governador, solicitava terras entre os caminhos do Ibirapuera e Pinheiros porque queria trazer a família da Bahia.
5° fonte: “Boa Ventura! A Corrida Do Ouro No Brasil” (1697-1810). Lucas Figueiredo A campanha piratiningana teve um desfecho inusitado:acusado de falsificar documentos, João Pereira de Sousa foi preso quando ainda marchava rumo às minas. As outras duas deram no de sempre: índios escravizados e necas de Sabarabuçu.
Dois anos depois, ainda com o fracasso apesar-lhe os ombros, a tentação veio bater novamente à porta de d. Francisco. Dessa vez, na forma de um pedaço de metal azulado com pintas douradas. O torrão foi oferecido ao governador-geral por “um brasileiro” que dizia que a origem do regalo eram os “montes Sabaroason”.
Aquele minério valia quase nada, mas foi o suficiente para alucinar d. Francisco. Convencido de que o Sabarabuçu ficava mesmo abaixo da Bahia, o governador-geral decidiu se mudar de Salvador, então capital da colônia, para a boca do sertão: a vila de São Paulo de Piratininga.
Trocar Salvador por São Paulo, em 1599, só mesmo por um bom motivo; no caso de d. Francisco, a ganância.Na virada do século XVI para o XVII, Salvador era, junto com Olinda, a vila mais desenvolvida da América Portuguesa. Alavancada pelo dinheiro dos senhores de engenho, a sede do Governo-Geral já experimentava alguns luxos e uma certa movimentação.
Nessa época, a capitania do Recôncavo contava com impressionantes 3.000 habitantes brancos e mestiços. Já São Paulo, com suas reles cem casas, a maioria de pau a pique e teto de palha, era uma vila feia, “bem insignificante, quase miserável”.17 Em lugar do clima quente da Bahia, sopravam “grandes frios e geadas”. 18Paupérrimos, seus cerca de 200 moradores livres se vestiam tão miseravelmente que os trajes faustosos usados por d. Francisco quando entrou na vila, em maio de 1599, provocaram comentários. [Paginas 162 a 165 do pdf]
Mal instalou-se em São Paulo, deu início a uma série de providências para limpar e abrir caminhos e erigir vilas e fortes. Ainda naquele ano, o governador vistoriou pessoalmente as malservidas minas de ouro descobertas por Brás Cubas e Luiz Martins quase quatro décadas antes: Jaraguá, Birutuna, Monserrate e Biraçoiaba (região que se estende por cerca de 90 quilômetros entre os atuais municípios de São Paulo e Sorocaba).
O tesouro que d. Francisco buscava, no entanto, não estava ali tão próximo daquela vila molambenta. Escondia se em algum lugar certamente pior, disso ele sabia. O Sabarabuçu devia estar em algum ponto entre São Paulo e a Bahia — o que vale dizer, uma longitude de mais de 1.400 quilômetros em linha reta.
Tudo indicava que a serra resplandecente sonhada por d. Francisco ficava naquela região representada nos mapas da época com um imenso vazio, habitada apenas por índios e, segundo a imaginação de alguns cartógrafos, leões. O ouro estava no vão, no oco, no deserto do Brasil. [Páginas 165, 166 e 167 168 do pdf]
Não havia caminho que ligasse São Paulo ao sertão; apenas trilhas de índios, estreitas e traiçoeiras, por onde era possível passar somente uma pessoa de cada vez. Os homens brancos que se dispunham a embrenhar-se por essas veredas, além de serem desassombrados, precisavam ser fortes e resistentes, já que o itinerário raramente seguia na linha horizontal.
Era um subir e descer constante por serras rochosas que podiam se elevar a quase 3.000 metros acima do nível do mar. Poucos lugares na colônia eram tão altos. 21 O que parecia um problema na verdade eram dois: tendo de subir os morros de quatro, usando as mãos para agarrar raízes e pedras, ficava-se à mercê das flechas dos índios. [Fernão Cardim (1540-1625)]
6° fonte: “O semeador de horizontes”. Revista da Associação Paulista Medicina D. Francisco de Sousa, antes de vir para a América, serviu em Tânger e comandou em 1578 a frota que levaria D. Sebastião à trágica jornada de Alcácer-Quibir. Político hábil e erudito, sabia moldar-se a situações diversas, o que lhe valeu a alcunha de D. Francisco “das manhas”. Esse D. Juan de metas impossíveis dá os primeiros passos do bandeirismo enviando homens nos rumos do Sabarabuçu, Cataguases, Goiás e Mato Grosso.
Protetor dos índios escravizados, efetua a conquista do Rio Grande do Norte e defende a costa brasileira dos ataques corsários franceses, ingleses e holandeses. Foi o propulsor da expedição de Gabriel Soares de Sousa que levaria à morte o autor do Tratado descritivo do Brasil na região situada entre o Jacobina e o Paranamirim do Rio das Contas. Prossegue a saga do cavaleiro andante enamorado de serras resplandecentes.
Antes de sua vinda, segundo depoimentos de Fernão Cardim e Frei Vicente do Salvador, os paulistas vestiam-se de “burel e pelotes pardos e azuis de petrinas compridas”, com “roupões de cacheiras sem capa”. Homens e mulheres se cobriam com o rústico pano de algodão tecido pelas índias, e, se havia alguma capa de baeta, era luxo emprestado aos noivos que adentravam a igreja no dia do casamento. Com D. Francisco de Sousa, os paulistas passam a viver com certo luxo depois que “viram suas galas e de seus criados, e houve tantos librés e mantos de seprilhos que já parecia outra coisa”.
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