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1599

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 1° fonte   

O Relato de Anthony Knivet, Jornal Correio Paulistano
19 de dezembro de 1875, domingo

Quando chegamos, achava-se o governador a 50 léguas, em um lugar no interior, onde lhe constava haverem muitas minas de ouro. Não tendo achado, porém, coisa que pagasse o trabalho, despachou gente mais para o sertão em busca de um sítio chamado Itapusik. Como eu conhecia esse lugar, tive ordem do governador geral para seguir para ali.

Encontramos em Itapusik minas não vulgares. Trouxemos uma porção de terra aurífera e vários pedacinhos de ouro, que achamos em lugares lavrados pelas águas. Muito folgou com isso o governador geral; deu-nos pelo achado mais do ele valia, e enviou-o ao rei, a quem requereu permissão para averiguar se essas minas eram lavráveis ou não.

Mandou igualmente 40 mil libras em lâminas de prata preparada na mina de São Paulo a 12 léguas de São Vicente. Quando eu me achava em Itapusik, partiu meu amo para casa. Em consequência de sua retirada, tive de servir como soldado até que partissem navios para o Rio de Janeiro. Servi 3 meses, e fui muito bem recompensado pelo governador, que remeteu-me de novo para meu velho amo.



 2° fonte   

Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, Vol. XXXV
de 1894

Da alfândega de Santos vieram 6:000$000 em novembro. Dom Francisco de Sousa levantou num daqueles dias de 1599, chamando à nova povoação Nossa Senhora de Monte Serrate, de quem foi muito devoto. Parece que o governador não encontrou nem ouro nem prata, mas fundou um engenho de ferro. Em novembro retirou-se.



 3° fonte   

“D. Francisco de Souza”. Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957), Jornal Correio Paulistano
10 de outubro de 1904, segunda-feira

As minas de Piraçoyaba pouco ouro tinham; não eram mais que uma montanha de ferro, o nosso Ypanema de hoje, e foram, portanto, uma decepção para d. Francisco de Souza. Apesar disso não esmoreceu; nessas proximidades levantou pelourinho e erigiu uma vila que denominou São Phelippe; do mesmo modo, depois indo examinar as minas de Bituruna, que não corresponderam á sua expectativa, também levantou pelourinho e erigiu outra vila, a vila de Monserrat.*

Com a primeira cortejava o rei e com a segunda a santa de sua especial devoção; e não se esquecia dos moradores de São Paulo, porque prometia procurar-lhes com sua majestade muitos privilégios e mercês e elevar-lhes a vila á cidade, "por ter sido a primeira e principal parte onde, mediante o favor divino, descobriu minas".

Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) equivocou-se dizendo ficar a vila Monserrat próxima ás minas de Biraçoyaba; confundiu Monserrat com São Phelippe supondo ter existido uma có vila. Na coleção de mapas apresentados ao árbitro pelo Barão do Rio Branco, na questão chamada das Missões, ha os mapas n°. 5-A e n°. 6-A, que localizam Monserrat a N.O. de São Paulo, além do Anhamby, e São Phelippe a oeste de São Paulo, na margem de um afluente do Anhamby.

Quando Salvador Correia elevou Sorocaba a vila, diz que d. Francisco de Sousa já lá tinha mandado levantar pelourinho. - Vide em "Azevedo Marques. Apontamentos sobre Sorocaba. Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844) (Jornal de Viagem, por diferentes vilas até Sorocaba - R.I.H.G.R., vol. 45) em 1803 esteve em Parnahyba, e nas proximidades desta vila, examinou as lavras de Bituruna, "Monserrat", Taboão e Santa Fé. O mapa da Comissão Geográfica e Geológica do Estado, situa o município de Parnahyba sua fazenda "Monserrat" e porto "Grupiara", vocabulo usado pelos mineiros daquele tempo.



 5° fonte   

Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas
1915

Pelas narrativas de Knivet se confirma que d. Francisco de Sousa pouco se demorou em S. Vicente. quando veio ao sul, em 1599, a promover a exploração das minas. Em novembro desse ano, quando Salvador Correira chega a Santos, a chamado do governador geral, levando-lhe auxilio de gente e munições para as entradas ao sertão, já o ativo governador estava a muita léguas no interior, distante de S. Paulo, na serra de Araçoiaba, cuja fama, como vimos, a fazia conhecida como montanha de todos os metais.

D. Francisco não se demorou em fazer seguir uma expedição á serra da Mantiqueira, que Anthony Knivet designa como "um sítio chamado Itapusik" e que evidentemente é como uma erronia de Itapucú, que ele, em outra parte da narrativa, assinala como Itapuca, querendo dizer monte de pedras compridas, trecho da Mantiqueira que é hoje o Pucú ou Pedra do Pecú, por onde, dois anos antes, passara a malograda expedição de Martim de Sá, em perseguição dos tamoyos. Anthony Knivet, que já estivera no lugar, teve ordem de seguir na expedição, a qual mui provavelmente se meteu a caminho de novembro e dezembro de 1599.

Knivet não a descreve com as minúcias com que trata de tantas outras em que antes tomara parte; resume-lhe os fatos e muito pouca coisa; diz que se acharam em Itapucú minas não vulgares, e, por prova, trouxeram de lá uma porção de terra aurífera e algumas pepitas de ouro, encontradas em terreno de aluvião, com o que muito se alegrou o governador comunicando o fato para o reino e pedindo permissão para examinar si essas minas eram ou não lavráveis.

Restituído a Salvador Correia, que tornara ao Rio sem aguardar os resultados da expedição de Itapucú, voltou o prisioneiro inglês aos seus misteres antigos, na lavoura da cana. Perece, porém, que pouco tempo se demorou no engenho de açúcar de seu amo, porque foi por este mandado para as bandas da serra dos Órgãos, que o narrador chama Orgelen, talvez acompanhando a Martim de Sá na sua expedição contra os tomiminós do baixo Parahyba. [Páginas 387 e 388] [1]



 6° fonte   

Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escripta á vista de avultada documentação inedita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Quinto - Jornadas nos sertões bahianos - Os inventarios da selva - Primordios da mineração - O cyclo do ouro de lavagem - As esmeraldas e a prata, 1929. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)
1929

Em novembro de 1599, fazia sacar do Almoxarifado da Fazenda de Santos mais de seis contos de réis, soma no tempo avultadíssima, para o pagamento da tropa que o seguia "em meio das minas". Depois de "ocularmente as ter examinado e adiantado o estabelecimento delas, que denominou de Nossa Senhora de Monserrate, onde mandou levantar o pelourinho, voltou a São Paulo.



 7° fonte   

“Os companheiros de D. Francisco de Souza”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
1929

Após a expedição de Itapucú, a que já nos referimos, Antonio Knivet regressou para a Europa em companhia de Salvador Corrêa de Sá, em agosto de 1601. De seu compatriota, Henrique Barraway, que o acompanhou em quase todas suas peregrinações, sabe-se que ficou em São Paulo, onde se casou com Francisca Alvares, filha de Marcos Fernandes, e dele procede o apelido de Baruel. Faleceu anos após, na vila de São Paulo.



 8° fonte   

Supplemento aos apontamentos para o diccionario geographico do Brazil. Alfredo Moreira Pinto
1935

Itapucú - Composto de itá-pucú, pedra comprida, rocha extensa, penha longa; barra de ferro (Dr. Theodoro Sampaio). O Dr. J. M. de Almeida, que escreve que também Itapucú, diz, em relação a cachoeira do rio Paranapanema: "Ytá-pucú, pedra larga. De ytá, pedra; pucú, larga". Itapuvú. Lugar á margem direita do rio Sorocaba, ao Norte do município. É o mesmo Itapebussú. "Itapuví, diz o Dr. J. M. de Almeida, corruptela de Ytá-pé-ibiy, morro plano, baixo. De ytá, pedra, penha; "pé", plano, chato, "ibiy", baixo. Alusivo a ser esse lugar um planalto pouco elevado, vide "Itavuvú".



 9° fonte   

“Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
1940

Dom Francisco de Sousa por suas vez, chegou á vila em maio de 1599, seguido de considerável comitiva. Jornadeou logo para as minas do Araçoyaba, onde Affonso Sardinha, o moço, lhe fez doação dum dos fornos catalães para o preparo do ferro, passando depois a visitar as minas de Bacaetava, São Roque e Jaraguá. Pouco meses depois retornava ao Araçoyaba e dali enviava uma expedição ao Itapucú, da qual fez parte Antonio Knivet.



 11° fonte   

“São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
2010

Em novembro, o mineiro Gaspar Gomes Moalho requeria terras no caminho de Pinheiros e Piratininga, defronte às de Domingos Dias, este também soldado de D. Francisco de Souza.



 12° fonte   

História da Terra e do Homem no Planalto Central. Paulo Bertran
2011

Sem mais esperar, D. Francisco, ainda no ano de 1599, envia ao sertão Anthony Knivet – ex-pirata inglês e criado relutante dos Correia de Sá do Rio de Janeiro – de onde volta com amostras de ouro. Rodrigues Ferreira acha ter ele atingido o São Francisco, onde já estivera em 1596.



 13° fonte   

Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina
fevereiro de 2014

Poucos mezes depois retornava ao Araçoiaba e dalli enviava uma bandeira, mais para o interior, da qual fez parte Antonio Knivet. As empresas, porém, de maior vulto realizadas por esse governador geral, nessa sua primeira vinda a São Paulo e attinentes a devassa dos sertões brasileiros, foram as expedições chefiadas por André de Leão e Nicolau Barreto.



 15° fonte   

As Incríveis Aventuras e Estranhos Infortúnios de Anthony Knivet: Memórias de um aventureiro inglês que em 1591 saiu de seu país com o pirata Thomas Cavendish e foi abandonado no Brasil, entre índios canibais e colonos selvagens
2023

Knivet embrenha-se pelo sertão, por lugares nunca antes pisados por um europeu, entrando em contato com tribos desconhecidas e negociando escravos que serão usados nos engenhos e em trabalhos domésticos. Suas outras entradas pelo interior do Brasil, seguindo rotas indígenas e caminhos desconhecidos, são viagens de exploração em busca de minas de ouro e de pedras preciosas, que se incrementaram no governo de d. Francisco de Sousa.

O que movia essas entradas era principalmente a recente descoberta da gigantesca montanha de prata em Potosí, na atual Bolívia, e também os mitos de indígenas brasileiros sobre uma montanha de metais preciosos, a lendária Sabarabuçu. Percorrendo o interior de Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, Knivet e seus companheiros deparam, em vários lugares, com pepitas de ouro, ouro em pó e uma grande variedade de pedras preciosas, como diamantes, rubis, safiras, e com a mitológica montanha resplandecente, segundo ele, tão brilhante que chega a cegar a vista dos viajantes, e tão alta que se perde entre as nuvens.




UM TEXTO DE CARDIM INÉDITO EM PORTUGUÊS
Data: 01/09/2022
Página 458, consultado em...


ID: 13304





  


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