Em 1606 segue pelo caminho proibido. Em Villa Rica do Espirito Santo, conforme processo de 1607, um escravo da Guiné que levava consigo foi confiscado e leiloado em praça pública, sendo arrematado por ele mesmo. (AGI, Contadoria) Neste mesmo ano de 1606, é preso em Assunção, tendo seus bens sido inventariados. Pesou sobre ele a acusação de ter feito o caminho proibido sem licença da Casa de Contratação, com contrabando de mercadorias variadas, ouro extraído das minas de São Paulo e uma centena de negros escravizados. O réu alegou possuir uma autorização para ir à Nova Granada, que só levava mercadoria para seu próprio consumo e que não contrabandeava ouro e negros escravizados. As testemunhas que o conheciam o chamavam de tratante e comerciante. (ANA, CyC, 1549 [2]
Manoel Pinheiro Azurara, mineiro-mor e perito em ouro, descambou, em 1606, para o Paraguai, onde foi preso e processado por usar a via de São Paulo. Sobre ele ainda recaíram as denúncias de ter passado mais de cem escravos negros e carregar uma quantidade razoável de ouro. As suspeitas parecem ter sido infundadas, mas o fato foi que Azurara carregou muitos tecidos e adquiriu muita erva no trajeto até Assunção.
Em 1606, evadiu-se para o Paraguai pelo “caminho proibido de San pablo” (dizia ele para chegar a Nova Granada), onde comerciou tecidos e erva-mate. Foi acusado, na ocasião, de levar pelo caminho dezenas de escravos negros e algum ouro contrabandeado de São Paulo. Preso, teve seus bens inventariados. Dentre os arrolados, há muito tecido, facas e objetos miúdos para provável resgate com os índios, e muita erva-mate adquirida na passagem pelo Guairá. Uma de suas testemunhas de defesa o chama abertamente de “tratante”. Entre seus outros bens, estava uma carta de marear, um astrolábio e uma balestilha. Óculos, caixas de diversos tamanhos, relógio de sol e utensílios variáveis talvez revelem um perito mineral, meio mercador, meio mascate.
Em 1606 segue pelo caminho proibido. Em Villa Rica do Espirito Santo, conforme processo de 1607, um escravo da Guiné que levava consigo foi confiscado e leiloado em praça pública, sendo arrematado por ele mesmo. (AGI, Contadoria) Neste mesmo ano de 1606, é preso em Assunção, tendo seus bens sido inventariados. Pesou sobre ele a acusação de ter feito o caminho proibido sem licença da Casa de Contratação, com contrabando de mercadorias variadas, ouro extraído das minas de São Paulo e uma centena de negros escravizados. O réu alegou possuir uma autorização para ir à Nova Granada, que só levava mercadoria para seu próprio consumo e que não contrabandeava ouro e negros escravizados. As testemunhas que o conheciam o chamavam de tratante e comerciante. Permaneceu na região paraguaia, envolvido com o negócio da erva mate em Maracayu, até pelo menos 1612, pois esteve envolvido em cobraças de dívidas entre 1609 e 1612 (ANA, Civil y Criminal, 1944, 4, 1609 e ANA, Civil y Criminal, 1946, 7, 1612).
Em 1606, em processo movido em Assunção, afirma ter chegado há mais de 30 anos em Nova Granada, onde vivia.
[26129] As controvertidas minas de São Paulo: 1550-1650. José Carlos Vilardaga. Departamento de História. Universidade Estadual de Londrina. Londrina (PR). Brasil. Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo. Professor na Universidade Estadual de Londrina 01/01/2012 [25016] O Brasil na Monarquia Hispânica (1580-1668) Novas Interpretações* 01/12/2016 [4794] Consulta em brasilhis.usal.es 26/11/2024
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Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
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Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
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