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1606
Clemente Álvares (1569-1641)
1607
1609
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Com seu sogro construiu, em Santo Amaro, um engenho de ferro sob a invocação de Nossa Senhora de Agosto
15/08/1607
4 fontes

1° fonte: “Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” de Francisco de Assis Carvalho Franco
Com seu sogro construiu no ano de 1606, em Santo Amaro, um engenho de ferro sob a invocação de Nossa Senhora de Agosto, engenho esse que, por herança, veio a pertencer a Luiz Fernandes Folgado.



2° fonte: Anais do III Simpósio dos Professores Universitários de História
Contudo no mesmo ano, novamente os vereadores de São Paulo reportam-se a dois engenhos que Diogo Quadros pretende abandonar, ausentando-se para o sertão; e como um dos engenhos estivesse "em bom estado de se acabar", os representantes do povo" requeriam mandar notificar "Diogo Quadros não largar o dito engenho..." (94).

E de fato, certamente o administrador das minas terminou a forja, pois o início dos trabalhos de fundição é fixado em 1607, como comprova o texto do Livro de Assentos, de Martim Rodrigues Tenório, morador em Ibirapuera: "... el enjl:!fio de hierro começo a moler quinta fera a 16 de agousto de mil y seiscientos y siete afios aI qual enjefio pusieron por nombre nuestra sefiora de aguosto quis la assuncion bendita y du dia a 15 deI dicho mes ... " (95).

Podemos extrair dessa documentação algumas informações claras:

1. - Diogo Quadros, para receber as ferramf:ntas e ajuda financeira de S. Magestade, compromete-se a erigir dois engenhos na capitania de São Vicente;

2. - de fato, o administrador das minas inicia a construção dos dois engenhos; contudo, somente um dêles parece chegar a seu término, começando os trabalhos de fundição a 15 de agosto de 1607 e recebendo por isso, em honra à fêsta litúrgica, a denominação de Nossa Senhora da Assunção;

3. - a localização dêsse engenho é próxima a São Paulo e, portanto, identifica-se com a forja de Santo Amaro, em Emboaçava, muito bem focalizada pelo Prof. Sérgio Buarque de Holanda em artigo sôbre o assunto;

4. - em tôda a documentação, o texto que fêz alusão à serra de Biraçoiaba é confuso, não esclarecendo se há engenho ou apenas metal de ferro em abundância. [Páginas 191 e 192]



3° fonte: “A fábrica de ferro no morro da Barra da barra de Santo Antônio - Século XVII - Uma indagação”
Fatos históricos contados e averbados por documentos são marcantes para desvendar mistérios que ficam por vezes obscuros. Ao possuir maiores informações da história transmitida, surge uma série de indagações presumíveis, da qual pode resultar uma dedução.

Ao descortinar a história, nos aproximamos de uma citação a um rio denominado Geribatiba, o atual Rio Pinheiros, que por certo não possui nenhuma semelhança ao Rio Jurubatuba, com sua nascente na Serra do Paranapiacaba. O Rio Pinheiros teve sua sinuosidade alterada, contornando a margem de Santo Amaro que, diga-se também é a mais antiga vila do planalto, anterior até a São Paulo de Piratininga.

À beira do rio, a madeira, combustível básico das forjas, e o minério a céu aberto, eram transportados rapidamente do litoral de Santos, com vilas prósperas, construídas às margens de rios ou litorâneas.

A implantação da forja foi a passos lentos, pois parte do equipamento perdeu-se na viagem marítima, talvez provindo da metrópole portuguesa ou de seus consórcios com holandeses ou ingleses. Citava-se que Diogo de Quadros era provedor das minas, tinha poucas posses e ia devagar com o projeto, mas acabá-lo era importante, pois ali havia muito metal de ferro.

Não havia mão de obra especializada, e era tudo lento, demorando quase dois anos para sua implantação. A produção tornou-se dispendiosa, o ferro era produzido a custo de 4 mil réis o quintal, quando valia só a metade.

Queixava-se Diogo de Quadros da baixa produtividade dos “índios maramomís” na produção de carvão e o serviço não se desenvolvia como “Sua Majestade” pretendia, perdendo seus reais quintos, imposto da produção efetiva.



4° fonte: Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), genearc.net
"Este livro, hize por quietud de mi memória, para por ele saber na verdad lo que debo e o que me devem".

Entre as contas: Deu 10 arretéis de cera a Baltazar Gonçalves, mordomo de Santo Amaro.

Em 15 de Agosto de 1601, assentou-se como confrade de Nossa Senhora do Carmo e tomou o batismo. (Nota: este fato tem sido tomado como prova de que Martim seria judeu, tendo recebido o batismo "de pé", isto é, em adulto. No entanto, aqui Martim se refere ao batismo da ordem, quando o novo irmão é recebido como parte da congregação, após os ritos de iniciação).

Contas com Clemente Álvares "lhe devo sete cruzados em dinheiro, menos aquilo que no traslado do inventário de seu pai se achar que paguei a Antonio de Siqueira, de o buscar e trasladar".

Com Baltazar Gonçalves tinha contas de feitio de sapatos que Baltazar fizera.

Contas com José Planta eram freqüentes e as últimas datam de 29 de Maio de 1608. (Dá a impressão que José Planta fazia as vezes de secretário, comprador e pagador de Martim).

Com Damião Simões tinha anotado despesas que fizera com educação, vestuário, com carta de emancipação datada de 2 de Maio de 1602, para tratamento de saúde que Damião fez em casa de Pascoal Leite. Com Gaspar Conqueiro tinha tráfego de mercadorias, entregues por Gaspar, para Martim dar à gente de Conqueiro. Neste manuscrito, constam também algumas lembranças:

"El engeño de hierro começo a moler quinta fera a 16 de aguosto de mil y quinientos y siete años, al qual engeño pusieram por nombre Nuestra Señora de Aguosto, qués la assuncion bendita y su dia a 15 del dito mes."

"Tenho gasto em duas vezes que tenho mandado buscar esta gente que dizem estar em este mato: a primeira vez, 34 dias a 3 negros cada dia, que são perto dos 102; mais outra vez, 46 dias a 3 negros cada dia, que são perto de 148, e juntando-se todas 240 peças às que tenho gastado em esta demanda até hoje, 6 de Junho de 1607 anos, são por todo 207 serviços os que hei gastado em buscar esta gente encantada".

"Tenho gasto de vinho desde que cheguei até agora [...] mais 3$800 réis que comprei em a vila de São Paulo, de casa de Rafael de Oliveira, por dois couros [...] e tenho gasto em vinho desde que vim do sertão até agora, primeiro de junho de 1607 anos, 9$800 réis.

Mais meia pataca, mais duas patacas, até hoje, 13 de Setembro de 1607 anos, são treze mil réis os que tenho gasto.






Iniciado inventário
10/09/1607
1 fontes

1° fonte: Consulta em projetocompartilhar.org
Pedro Nunes casou primeira vez com Izabel Fernandes falecida com testamento redigido aos 22-04-1607 quando estava doente (SAESP 5º, neste site). Nele, além de determinações pias e recomendações ao marido, à filha e ao genro, comprou com sua meação a alforria de Lourenço, filho de Pedro Nunes. Viveu ainda uns meses e veio a falecer em agosto do mesmo ano. Por sua morte se fez o inventário dos bens do casal, iniciado aos 10-09-1607 no sitio em que moravam na paragem Ipiranga. Pedro e Izabel tiveram apenas uma filha, Maria Nunes, que foi casada com André Fernandes. Maria faleceu antes do pai e teve o filho único, Pedro Fernandes que herdou diretamente no inventário do avô materno. Pedro Fernandes casou com Ana Tenório, filha Clemente Alvares e Maria Tenório, com geração em SL VI, 432 e seguintes.






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