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1555
Goayaó
1609
1610
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¨ RASUL

Obra do padre Fernão Guerreiro
01/01/1609
1 fontes

1° fonte: “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”. João Mendes de Almeida (1831-1898)
De seu lado, a família dos tupis, considerando-se a nação privilegiada, disputava a todas as outras e hegemonia; e, pois, eil-a dividida em tupi-nà-abá e em tupi-nà-ki, procurando expansões, desde a foz do rio Xingú, no Amazonas, até a serra Ibiapaba, depois de terem atravessado os rios Araguaya e Tocantins, a serra dos Crixás e as chapadas das Mangabeiras. Da serra ibiapaba expulsaram os taba-jaras; e, após anos, dai espalharam-se em tribos para a conquista da costa meridional, até Cananéa, fazendo estações mais ou menos demoradas em lugares abundantes de peixe e de caça.

Foi por isso, que no tempo da descoberta, impelidos para o sertão os taba-jaras e os teremembés, os tupis foram encontrados senhores do litoral, desde Ibiapaba até a foz do rio de São Francisco; e, daí, os tupi-nà-kì haviam continuado a migração até Cananéa. Os carib-óca, seus inimigos, que bem os conheciam, nomeavam por tupi-nà-kì também os goiá-nà (*); sem embargo de alguns cronistas considerarem tapuya os mesmos goiá-nà, alegando para isso falsas razões tiradas da desinência comum á denominação de outras tribos da mesma nação. E tupi-nà-kì foram os que receberam em 1500 o descobridor Pedro Alvares Cabral, segundo o afirma os cronistas em geral.

O padre Fernão Guerreiro, na sua obra supra-citada, correspondente aos anos de 1606 e 1607, edição de Lisboa - 1609, referindo-se a uma carta do padre missionário Jeronymo Rodrigues, menciona a denominação tupinachins como dada pelos carijós aos goiá-nà. Essa denominação é a mesma tupi-n-ikis, que, segundo alguns, significa "tupi vizinho"; e em tal sentido teria sido empregada. Mas, não é aquele significado; sim, o de "tupi parente ruim", porque goiá-nà é produto cruzado com tupi, assim como tupi-nà-kì, "espinho".

De fato,depois de chegarem ao Cabo-Frio, esses tupis, acompanhando o litoral, são encontrados entre Itanhaen e Cananéa, e em Pirá-tininga, como escreveu frei Gaspar da Madre de Deus, Memórias para a história da capitania de S. Vicenete, I, 136.

Alguns cronistas só iam confundir essas denominações e até as tribos indígenas, como vê-se na mesma obra de frei Gaspar da Madre de Deus, I, 137 e 138; mas, neste ponto, coincidem todas as narrações para afirmarem a existência de tupis, no litoral, desde o rio Iriri-piranga até a lagoa dos Patos. A carta-memória de Diogo Garcia, 1527, referindo o encontro de um Bachiller (bacharel) em um lugar aos 24 graus sul, acrescentava: ... "y esta una gente ali con el Bachiller que comen carne umana y es mui buena gente, amigos mucho de los cristianos, que se llman Topies." E com referência aos carib-óca, escreveu adiante: "... un rio que se llama el rio de los Patos que está a 27 grados, que ay una buena generacion que hacen mui buena obra á los cristianos, e llamanse los Carrioces..." [Páginas 298 e 299]






Terras
10/12/1609
1 fontes

1° fonte: “Itaquaquecetuba em tempos coloniais: a função social do aldeamento de Nossa Senhora da Ajuda na ocupação do planalto da Capitania de São Vicente (1560-1640)”. Diana Magna da Costa
No ano seguinte, em 1609, temos um outro registro de carta de sesmaria, onde pouco se lê dos nomes dos suplicantes: “[...] ... Rodrigues ... Gaspar ... [...]”, que alegavam que sempre estiveram dispostos, com suas armas e escravos, a defenderem a coroa, tendo participado em muitas guerras, onde receberam várias flechadas em seus corpos, sendo pessoas honradas 218. E por esta razão solicitavam ao capitão mor:

[...] lhes dê uma legua de terra para eles ambos lavrarem na banda dos campos de Ytacurubitiva no caminho que fez Gaspar Vaz que vae para Boigi mirim a saber partindo da barra dum rio que se chama Guayao por elle arriba até dar em outro rio que se chama ... dahi dará volta a demarcação pelas faldas do outeiro da banda do sudoeste e correrá avante até dar no rio grande de Anhemby e por o rio grande abaixo até dar digo até tornar aonde começou a partir e assim mais meia ... com dois capões que estão defronte da dita dada a saber um capão que se chama de Ytacurubitiva e outro ...assupeva para fazerem suas casas e trazerem suas criações
[...].

A referência aos campos ou capões de Ytacurubitiva surge apenas nesta carta. O que nos chama a atenção, para além da menção “ao caminho que fez Gaspar Vaz que vae para Boigi mirim”, é a indicação precisa da demarcação das terras de interesse seguindo o curso dos rios, o que nos permite algumas inferências sobre a localização de Ytacurubitiva.

O rio Guaió, mencionado em outras cartas de sesmaria, segue seu curso a jusante tendo em seu lado direito os territórios correspondentes aos atuais municípios de Ribeirão Pires e Suzano e, do lado esquerdo, os territórios correspondentes aos atuais municípios de Ferraz de Vasconcelos e Poá. Este caminho é percorrido até sua foz, no rio Tietê, numa região correspondente hoje à uma área limítrofe com o município de Itaquaquecetuba.

Segundo as indicações do próprio suplicante, as terras de interesse seguiam o curso do Guayao na margem de cima, no sentido do caminho de Gaspar Vaz até dar no rio grande de Anhemby, rumando aos campos de Ytacurubitiva, apresentando a referência à um capão de mesmo nome. Num exercício de aproximação, é possível afirmar que, em termos de localização geográfica, esta toponímia se referia à um tipo de vegetação específica da região, ocupando uma significativa extensão do território, localizada no caminho entre São Paulo / Mogi. E, possivelmente, sua localização aproximada poderia compreender parte do território referenciado em outros documentos como sendo a região de Taquaquecetiba.






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