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Falecimento de Francisco Lopes Pinto, fidalgo e cavaleiro, da Ordem de Cristo, paralisa fábrica
26/02/1629
2 fontes

1° fonte: Memória Histórica Sobre a Fundação da Fábrica de Ferro de S. João de Ipanema, 1822. Senador Vergueiro (1778-1859)
Principiarei este período transcrevendo, o que se lê nas Notícias Genealógicas de Pedro Taques: "Afonso Sardinha começou em 1590 uma Fábrica de Ferro de dois engenhos para a fundição do ferro, e aço em Biraçoiaba, que laborou até o tempo, que o dito Sardinha doou um destes engenhos ao Fidalgo D. Francisco de Sousa, quando em pessoa passou a Biraçoiaba no ano de 1600, e, como era Governador do Estado, ali fundou pelourinho, que muitos anos depois passou para a Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba: e recolhendo-se ao Reyno em 1602, em que chegou á Bahia o seu sucessor Diogo Botelho despachado por Filippe III, Rey de Castella, ficou o dito engenho a seu filho D. Antonio de Sousa, a quem Sardinha tinha feito a graciosa dadiva, e deste passou a Francisco Lopes Pinto, Cavaleiro Fidalgo, e Professo na Ordem de Cristo, por morte do qual (em São Paulo a 26 de fevereiro de 1629) se extinguio o dito engenho, e cessou a fundição de ferro de Biraçoiaba, em que com o dito Pinto era interessado seu cunhado Diogo de Quadros, e tudo consta do testamento do dito Francisco Lopes.

Em 1602, voltando o governador para Portugal deixou a fundição a seu filho D. Antonio de Sousa a quem propriamente Sardinha fizera o presente. Deste recebeu-a Francisco Lopes Pinto, fidalgo e cavaleiro, da Ordem de Cristo.

Morrendo este a 26 de fevereiro de 1629, todos os serviços foram paralisados embora o seu sogro, Diogo de Quadros, também fosse um dos proprietários da fábrica. Os citados documentos antigos dizem que Afonso Sardinha, após ter dado de presente essa fábrica, construiu uma nova, que trabalhou, então, por conta do Rei”.



2° fonte: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXVII
Sorocaba dos tempos idos - Ao findar-se o século XVI, lá pelos anos de 1598, inaugurava o paulista Afonso Sardinha, com sucesso, os trabalhos de mineração nas montanhas do Araçoyaba, visitado pouco depois pelo governador geral D. Francisco de Sousa, o ambicioso preposto de Sua Majestade El Rey D. Phelippe III de Castella e II de Portugal.

E para que não deixasse de ser satisfeita a cobiça do valido do magnata castelhano, dava-lhe Sardinha um dos dois fornos catalães com que explorara as riquezas avaramente guardadas no seio da terra.

De nada, entretanto, valera a avidez do senhor D. Francisco para o progredimento dos trabalhos, e, já em 1629, estava extinta a exploração das minas, cujos preciosos minérios eram guardados, segundo a crendice nativa, por fabulosos duendes que povoavam a "lagoa dourada", assente no cume do Araçoyaba. [Página 99]






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