Respondeu Cespedes que o caso era grave: ia consultar a real audiência e por ela á coroa, determinava, neste ínterim, a Tayaoba e Mbaendy que esperassem a decisão real e que, quanto isto, continuassem a frequentar, com todos os seus nativos, a doutrinação dos jesuítas. Tal recado lhes deu verbalmente na praça pública de Santo Ignácio, a 29 de janeiro, traduzindo-lhe as palavras Felippe Romero.
(...) No ano imediato voltaria ao Guayrá com duzentas famílias espanholas para desenvolver a colonização; se achasse nativos fóra de seus "pueblos", saberia castiga-los severamente. Acatassem todos e muito a autoridade do padre Montoya. Ao despachar os dois caciques móres e os demais provenientes da região de Ybitirembá, deu-lhes muitos abraços, retribuídos efusivamente pelos nativos, que lhe prometeram seguir á risca as instruções.
De Santo Ignácio mandou tirar os mitayos que estavam devendo serviços. De cerca de 350 nativos, nestas condições, apartaram-se 57, que, por sua ordem, acompanharam os respectivos encomendadores. Ainda no momento de partir, reiterou especialmente a Tayaoba e Mbaendy: Nada façam enquanto el-rei não decidir sobre o seu caso. "Criem os seus filhos e fabriquem as suas fazendas". [Historia geral das bandeiras paulistas: Tomo II - Ciclo da caça ao nativos, lutas com os jesuítas e os espanhóis, invasão do Guayrá, do Itatim e do Tape, conquista do sul e do sudoeste do Brasil pelos paulistas (1628-1641), 1925. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) Páginas 53, 54 e 55]