Na sessão seguinte, porém, no dia 17, aparecem na Câmara, empunhando um vasto requerimento, trinta e cinco dos mais respeitáveis moradores da vila, para fazerem esta queixa: que Antão Roiz Pacheco fora expulso da vila, de acordo com os desejos dos moradores. Mas, ostensivamente, voltára! Voltára e por alí andava, a "embaraçar a terra" o que lhes parecia um abuso e um desafio. Se o homem "fôra botado fóra" e voltára, que "o botassem fóra de novo".
O homenzinho, porém, não parece disposto a respirar outros ares. Gosta de São Paulo e, por nada deste mundo, quer sair. Tanto que, ao ter notícia de que ha ordem terminante para a sua re-expulsão, esconde-se em casa de um amigo, de onde o vão arrancar os oficiais da Câmara, com grande desespero seu e do seu hospedeiro Clemente Alves.
Obteve Clemente Albares alvará de concessão de todas essas minas, explorando-as alguns anos, até que a politicagem regional que o perseguia, conseguisse sua expulsão da vila, com determinações severas para não ser permitido o seu regresso. Isso foi em 1633. Dois anos mais tarde, foi ele readmitido no convívio dos seus conterrâneos. [p. 73, 74]
Resultado do gesto acolhedor e humanitário do amigo Clemente: na sessão da Câmara do dia 1 de outubro, o procurador levanta-se para requerer
"que se condenassem a Clemente Alves porquanto fora notificado não recolhesse a sua casa Antão Roiz Pacheco por mandado deles ditos oficiais da Câmara e não quisera obedecer pelo que requeria o condenassem"... [p. 91]