4º de 40 registros Nossa Senhora do Montesserrate, feita na Bahia entre os anos de 1635 – 1640 e enviada para São Paulo. Barro cozido, 84 cm de altura. Antiga Padroeira do Mosteiro Beneditino de Piratininga
7º de 40 registros A antiga Igreja dos Índios de Pinheiros, outrora dedicada a Nossa Senhora da Conceição foi entregue aos padres bentos, abençoando-a com um novo orago: Nossa Senhora do Montesserrate
11º de 40 registros25 de janeiro de , quarta-feira Frei Francisco dos Santos e outros franciscanos desembarcam em Santos e seguem para a então vila de São Paulo
16º de 40 registros2 de julho de , segunda-feira Em sessão da Câmara os oficiais juntos com as pessoas da governança da terra com o mais povo, resolveram pôr em execução o que em S. Vicente, cabeça da capitania, havia sido resolvido
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1 fonte - *Historia geral das bandeiras paulistas: escripta á vista de avultada documentação inédita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes. Afonso de E. Taunay (1876-1958) Data: 01/01/1927
Vejamos como em S. Paulo se deu o tumulto anti-jesuitico de 1640. A 2 de julho reuniu-se a Camara comoi para tratar de assumptos da vida coramum. Elegeu-se um vereador, João Fernandes de Saavedra, que obteve vinte e sete votos contra quatro, attribuidos a Paulo do Amaral, o conhecido sertanista, um dos mais dedicados auxiliares de Antonio Raposo Tavares.Deu-se posse ao novo official, e depois se tratouda magna questão da ordem do dia. Chegara a SãoPaulo, transportada com todo o cuidado e carinho,uma caixinha em que se encerrara a acta da sessãodos procuradores municipaes de toda a capitania emS. Vicente.Enorme o concurso dos homens de pról, da ^/illa,anciosos pelo desfecho da longa questão por elles eseus paes mantida contra os jesuitas, cerca de centoe trinta homens, entre os quaes os mais notáveis re- presentantes do bandeirismo.Na assembléa não figurava Antonio Raposo Ta-vares, provavelmente occupado na conducta do soc- corro paulista a Pernambuco, mas nella o representavao irmão Diogo Tavares, seu fidus achates Paulo do,Amaral e seu logar tenente da campanha de 1637, Diogo Coutinho de Mello, além de numerosos dos comparticipantes de suas entradas.Amador Bueno, ouvidor, homem do governoi, também ali não se achava; representavam-no, porém, ofilho, Amador Bueno, o moço, e o genro D. Francisco Rendon de Quevedo.
Além destes, quantos nomes notáveis nos annaes do bandeirismo! a começar por Fernão Dias Paes, Domingos Jorge Velho, Sebastião Fernandes Preto, Bartholomeu Fernandes de Faria, Pedro Vaz de Barros, José Ortiz de Camargo, Ascenso de Quadros e tantos mais!
Aberta a caixinha leu o escrivão municipal o documento ao povo, que com estrepitosas acclamaçõesxhouve por bem feito» o que haviam votado os procuradores e estrepitosamente reclamou da Camara asua execução.
Partiram todos, oficias e populares, em direção ao Colégio. Intimado a comparecer perante a turba amotinada de seus adversários ouviu o padre reitor Nicolau Botelho a ordem expressa de despejarem, ele e a sua comunidade, a vila, dentro de seis dias, devendo recolher-se ao Colégio do Rioi de Janeiro. Tal procedimento dos cidadãos de S. Paulo, declarou a Câmara, era ditado pela razão elementar da mais legitima defesa, «para segurança de suas vidas, honras e fazendas contra os levantamentos dos nativos, de que não viviam seguros, como a experiência tinha mostrado e para a segurança e defensão de todos nas vilas da capitania e neles não tivesse o inimigo entrada".
De tudo se daria conta a Sua Magestade e aos seus ministros ou a quem de direito pertencesse. O prazo de seis dias não sofreria dilação alguma a vista da provável subelevação dos nativos e a "calamidade do tempo, em que o inimigo rebelde tinha tantas praças do Estado do Brasil".
Os homens bons de São Paulo, incitados a continua vigilância, resolutos a ser ao rei e a evitar alguma indecência (sic) á vista do tumulto e ajuntamento do povo, requeriam aos reverendos padres se submetessem e partissem logo para o Rio, para o qual teriam toda a ajuda e favor.
Se se mostrassem contumazes, corria tudo por conta dos advertidos, nunca podendo a Câmara ser responsabilizada pelos graves sucessos prováveis que procurava evitar.
17º de 40 registros7 de julho de , sábado Acabado o prazo concedido, o povo requereu a execução da medida
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1 fonte - *Historia geral das bandeiras paulistas: escripta á vista de avultada documentação inédita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes. Afonso de E. Taunay (1876-1958) Data: 01/01/1927
Na sessão de sete, querendo dar a"rrhas" de sua obediência ás leis de S. Magestado, timbrava a Câmara em deixar no livro de suas atar o vestígio de sua ação anti-escravista. Requereu o procurador Saavedra aos juízes ordinários Fernando de Camargo e Bartholomeu Fernandes de Faria o "socresto" (sequestro) das suas fazendas "moves como de raiz" de vários indivíduos, cuja partida para o sertão se anunciava iminente, como os filhos de Pedro Vaz de Barros, Domingos Barboza (Calheiros), Manuel Peres Calhamares, Jacomo Nunes. O nativo devia-lhe ser confiscado e aldeado. Fosse a Parnaíba expedida precatória para repressão dos que já havim partido.
Estava a esgotar-se o prazo de seis dias e os jesuítas ainda se mantinham no Colégio e sem dar sinal de retirada. Quiz a Câma conceder-lhe um suplemento de tempo, três dias mais e o povo alvorotato, exaltadíssimo, acudiu o Conselho, "requerendo não desse aos ditos padres mais tempo algum, nem dilação alguma". E tal a sua atitude, que o escrivão, redator da Ata, consigna que se pretendeu "fazer força" para que a Câmara puzesse em imediata execução o que deliberara na reunião em São Vicente. Aquilatando esses reclamos exaltados, declararam os oficiais que se afastariam "do decreto na dita junta". Pertinazmente reclamavam os paulistanos a expulsão dos seus adversários ferrenhos.
18º de 40 registros10 de julho de , terça-feira Terceira notificação, em nome das duas capitanias de S. Vicente e da Vila de Conceição, dando mais dois dias peremptórios
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1 fonte - *Historia geral das bandeiras paulistas: escripta á vista de avultada documentação inédita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes. Afonso de E. Taunay (1876-1958) Data: 01/01/1927
Á sessão de 10 de julho, compareceu novamente grande concurso de cidadãos para fazer a entrega de uma representação que se realizou debaixo de grande "clamor e muita estância muitas vezes da parte de sua magestade para bem desta villa paz e quietação dela e bem comum".
Não se deferisse a decisão tomada na junta dos procuradores. Já se esgotara o segundo prazo e os jesuítas não se iam! Mais dois dias, ahora desta terceira vez, era quanto se podia dar "perentórios do terceiro termo".
A esta assembléia assistiu muita gente e muita lhe assinou a Ata; cerca de sessenta paulistas de prol entre os quais muitos nomes de grandes bandeirantes. Entre eles Bartholomeu Fernandes de Faria, Fernando Camargo, Garcia Rodrigues Velho, José Ortiz de Camargo, Matheus Grou, Antonio Bicudo de Mendonça, Dom Francisco de Lemos, Paulo do Amaral, Pedro Vaz de Barros, Diogo Coutinho de Mello, Antonio Pedroso de Barros, Balthazar de Godoy Moreira.O manuscrito divulgado por Antonio Piza dá grande importância á ação dos dois irmãos Rendon, D. Francisco e D. José Matheus nos sucessos desse dia. Saindo de tão grave sessão seguiram incorporados, Câmara e povo, ao terreiro do Colégio. Presentes estavam os seis representantes do poder municipal; os dois juízes, o procurador e três vereadores.Aos brados do povo enfurecido, apareceu á portaria o padre Antonio Ferreira que noticiou a ausência do Reitor, de que se disse substituto.Foi ele quem ouviu a última e petoresca intimação: Despejassem S. Reverências da Companhia "está villa e capitânia e não no querendo fazer sem violência protestavam de não encorrer na ex-comunhão, nem em outras censuras".E ficassem s.s. r.r. sabendo que ninguém os lançava fora "por persuação do demônio ou ódio ou maquerança nem vingança mais que somente por defenderem suas fazendas, honras e vidas e de suas mulheres e filhos como tudo provaria largamente ante juiz competente a qual fazenda vida e honra de outra maneira não podiam defender".Aludia o pretexto á necessidade de se manter o prestígio da raça dominante ameaçdo pelas possível revolta geral dos nativos escravizados. Em alta voz leu a intimação o tabelião Domingos da Mota "que o dito padre bem ouviu" constatou em seu termo o escrivão municipal Manuel Fernandes Velho.
Na primeira ATA declarava o escrivão municipal que o vereador José Fernandes Saavedra lhe ordenara deixasse duas meia folhas de papel para assinar o povo "autor de se aver de botar os reverendos padres fora desta vila".
E era preciso muito espaço mesmo, porque 226 assinaturas vieram testemunhas a solidariedade do povo paulistano com os seus edis. Representaram muitas os mais ilustres nomes do bandeirismo dos anais da capitania vicentina.Citemos entre os mais famosos, além dos mencionados da apresentação de 10 de julho Luiz Dias Leme, Ascendo de Quadros, Alvaro Netto, Fernão Dias Paes Leme, Domingos Barboza Calheiros, Diogo da Costa Tavares, Henrique da Cunha Gago, Alvaro Rodrigues do Prado.
O velho Amador Bueno, até então esquivo, não se escusou agora a acompanhar a corrente triunfante da opinião paulista, quse uânime. Não há dúvida de que exceções notáveis se reparam na lista de opoentes aos ignacinos. Assim, não vemos entre os signatarios Pedro Taques e seus irmãos Lourenço Castanho Taques e Guilherme Pompeu de Almeida, homens de alta posição, nem os dos Pires mais tarde tão afeiçoados aos expulsos. Quer parecer-nos que já ai se desenham os primeiros lances da terrível contenda dos Pires e Camargos, mostrando-se aqueles infensos á expulsão dos jesuítas ou talvez a ela se opondo porque os Camargo eram dos seus mais ardentes propugnadores. [Página 28]
19º de 40 registros11 de julho de , quarta-feira No dia 11 chegaram a São Paulo os procuradores da câmaras de Parnayba e Mogy, Gonçalo Ferreira e João Homem da Costa para cooperar, em nome dos seus munícipes na obra erradicatória da Companhia em terras paulistas
20º de 40 registros12 de julho de , quinta-feira No dia 12 passava o padre reitor do Colégio de São Paulo procuração ao vigário da vila, padre Manuel Nunes, afim de que ficasse na administração dos bens de sua casa
27º de 40 registros28 de dezembro de , sexta-feira Manuel Lourenço de Andrade recebeu uma Sesmaria nos arredores da Vila de São Paulo dos Campos de Piratininga, por concessão do Capitão-Mor João Luiz Mafra
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