1645 — O Exército pernambucano, que acampava desde 9 de julhono engenho de Covas, marcha para o monte das Tabocas, onde vai esperaro ataque do inimigo (ver 3 de agosto). O visconde de Porto Seguro diz,com razão, que este monte fica a pequena distância da atual cidade deVitória, primitivamente Santo Antão; no entanto, por inadvertência,salta na transcrição algumas palavras que são decisivas. O que se lê OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO430em Moreau é isto: “Entrincheirados na colina de São Antão, tambémchamada colina Camarão” (p. 71). Outras citações podem ser feitas:Nieuhoff, que também estava no Recife e que é melhor autoridade queMoreau, fala igualmente no monte de Santo Antão – “berg Santantan”(Braziliaense Zeed en land Reyzen, p. 154); Montanus diz “den bergSantantan” (America, p. 510); Commelyn escreve Sancto Antonio(Fred. Hend. Van Nassau, p. 187, v. 2); o Journael de Arnhein diz“Santo Antonio”. Os nossos cronistas contemporâneos dão indicaçãomais precisa. Frei Calado declara que o monte fica perto de uma igrejado glorioso Santo Antão (Val. Lucideno, p. 205); em Rafael de Jesus,lê-se: “Uma légua e meia [cerca de 9,9 km] deste monte, para o norte,existia uma ermida dedicada a Santo Antão” (Cast. Lusit., p. 290); DiogoLopes de Santiago diz mais claramente: “Um monte alto e empinado queestava légua e meia de distância de uma ermida de Santo Antão paraabaixo, para a parte do sul, donde está um tabocal (História da Guerrade Pernambuco, l, II, cap. IX). Em uma das cartas que acompanham aconhecida obra de Barlaeus, está assinalada a posição da ermida de SantoAntão, perto da margem esquerda do Tapacorá. Diremos, de passagem,que os preciosos documentos geográficos, vulgarmente denominadosmapas de Barlaeus, são devidos a George Marcgrav, e não passam defragmentos incompletos de uma magnífica carta, hoje raríssima, ornada decartuchos, brasões, troféus e paisagens, na qual se lê o seguinte “BrasiliaeGeographica & Hydrographica Tabula Nova, continens Praefecturas deCiriji, cum Itapuama de Paranambuco Itamarica Paraiba & Potigi velRio Grande. Quam proprijs observationibus ac demensionibus, diuturnaperegrinationi a se habitis, fundamentaliter superstruebat & delineabatGeorgius Marggraphius, Germanus, anno Christi 1643”. Triste é dizê-lo:ainda hoje, quem quer estudar a zona marítima do Rio Grande do Nortea Sergipe encontra no mapa do ilustre Marcgrav valiosas indicaçõesgeográficas, que debalde procuraria nas cartas brasileiras, mesmo as maisrecentes, todas levantadas em escala muito menor.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!