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¨ RASUL

Balthazar funda uma capela sob a invocação de “Nossa Senhora da Ponte” / vinda da imagem / transporte do pelourinho (1645/1654)
01/01/1646
3 fontes

1° fonte: “Imagem de Nossa Senhora da Ponte não seria a original”, jornal Cruzeiro do Sul
A imagem de Nossa Senhora da Ponte, que se encontra atualmente no Mosteiro de São Bento de Sorocaba, não é realmente aquela que foi trazida por Balthazar Fernandes e as provas parecem surgir a esse respeito com certa facilidade.

Agora, resta saber onde se encontra a original e estudos já começaram a ser feitos no Museu de Arte Sacra de São Paulo, por orientação do Padre Jamil Abib Nafif, estudioso do assunto, para o qual, uma das peças que se encontra naquele local é a Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba.

Padre Jamil faz sua afirmação, baseando-se no fato de que “no século XVII não era possível pintar uma imagem de roca e aquela que se encontra no Mosteiro de São Bento é de roca”.

Analisando livros de Aluísio de Almeida, o padre Jamil foi fazer uma checagem no Livro Tombo da Catedral, onde o historiador afirmava que havia registrado em 1783 quando a nova imagem, que hoje se encontra na Catedral, chegou o envio das coroas da primeira para serem refundidas e feitas novas para a peça de madeira.

Só que, além de padre Jamil não encontrar qualquer citação no Livro Tombo, ainda ficou sem constatar, na cabeça da imagem que se diz ser primeira, os furos para afixação da coroa. Aí está mais um ponto que o faz crer na falsidade da peça existente no Mosteiro.

“A primeira imagem deve ter desandado quando foi feita, no século XVIII, a grande reforma da Igreja Catedral, visto que uma das que se encontra no altar, está hoje num antiquário em São Paulo”. Outra, que seria a parceira dessa, desapareceu, provavelmente, no transporte de imagens de Catedral para a Igreja de Santa Clara. Era a de Santa Ana.



2° fonte: “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
Os historiadores divergem quanto à data da chegada de Balthazar Fernandes a Sorocaba, se em 1646 ou se em 1654. Existem documentos historiando esses dois momentos. E tem mais: a tal casa do Balthazar... será que era mesmo?



3° fonte: Jornal Diário de Sorocaba
Quem vindo dos lados da Estação Rodoviária, rumo ao Centro, subindo pelas ruas Santa Clara ou Dr. Nogueira Martins, logo depara-se com uma grande Cruz de pedra, afixada no alto da praça existente na bifurcação entre as duas ruas, local justamente conhecido como largo da Santa Cruz. Mas por que largo da Santa Cruz ou da Santa Cruz da Composição?

Os dizeres colocados junto ao monumento quando da afixação da Cruz ali em 3 de maio de 1954, então festa religiosa da Santa Cruz e dentro das celebrações do Ano do III Centenário de Fundação de Sorocaba:

Aqui Balthazar Fernandes erigiu a 1ª Santa Cruz do Senhor Jesus Cristo...” -, representando a tradição cristã do povo sorocabano herdada de seus fundadores, na realidade não esclarecem muito bem, contudo, o por quê daquela Santa Cruz da Composição no meio do caminho.

O certo é que ela também perpetua o primeiro grande imbrólio jurídico registrado em Sorocaba logo após a morte em 1667 do fundador Baltazar Fernandes. Marca também a assinatura do Termo da Santa Cruz da Composição entre os vereadores da época e os monges beneditinos, colocando um ponto final a impasse criado por um dos filhos de Baltazar, Manoel Fernandes de Abreu, que reivindicava a posse das terras doadas pelo pai à Ordem de São Bento.

Os padres ameaçavam, inclusive, deixar Sorocaba. O impasse jurídico-administrativo arrastou-se por quase 50 anos, posto que o Termo da Santa Cruz da Composição só foi assinado a 2 de julho de 1728, pondo fim ao impasse.






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