Wildcard SSL Certificates
font-size:75;' color=#ffffff

1660
Balthazar Fernandes (1580-1667)
1661
1662
Genealogia (123)   
Registros (385)Cidades  (1161)Pessoas  (1828)Temas  (2307)


123
¨ RASUL

Estima-se que haviam 1.000 moradores em Sorocaba, sendo 300 “brancos”
01/01/1661
4 fontes

1° fonte: “Sorocaba de ontem e de hoje”, jornal Correio Paulistano. Página 17
Existiam no Município 7.051 suínos, 1661 caprinos, 6735 bovinos, 2469 equinos e 2938 asininos. O número de prédios na cidade, atinge a 9.000, e nos distritos o total alcança 5.050.



2° fonte: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XL
Com 30 casais em 1661, casa de Câmara, igreja de Nossa Senhora da Ponte e dois padres beneditinos construindo o seu convento, Sorocaba era bem um oásis de vida civilizada na solidão e já começava a atrair viajantes, com a mira nos currais de gado e nos negócios das entradas em que o pobre carijó descido das selvas era a mercadoria. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XL, 1941. Página 350]



3° fonte: “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)
Com Esteves e Moreira, passamos de Parnaíba a São Paulo donde eles vieram. Os Moreira estavam ligados aos Domingos, de Santo Amaro. Irmão de Pascoal, o alcaide-mor Jacinto Moreira Cabral. Já agora podemos dar não a máxima probabilidade, mas com um documento que, afirmando a presença de Jacinto em 1661, corrobora a dos outros. O alcaide-mor (título honorífico) Jacinto Moreira Cabral casado com Maria Leme da Silva, tia dos irmãos Leme, morava dentro de uma sesmaria de uma légua em quadra, a começar no Supirirí, e à qual servia o que se tornaria o Caminho Fundo. Talvez na Vila Barão.

Cláudio Furquim, nome resumido de Cláudio Furquim de Camargo, paulistano, casado com Catarina Colaço da Costa, era negociante e devia morar no centro da vila em 1661. O primeiro comerciante de Sorocaba. Pascoal Leite Pais, de identificação difícil porque não podia ser o velho irmão de Fernão Dias Pais, e logo morreu em Parnaíba.Domingos Garcia, que seria o filho solteiro de Garcia Rodrigues Velho ou o cunhado de Amador Bueno, ambos ligados por afinidade ao Fernandes. [Página 348]

Afonso d[ E.Taunay, na História antiga da Abadia de São Paulo, prefere 1660, copiando o texto de Marques. Este felizmente dá a fonte:Livro Ide Notas de Parnalba de 1660. Aliás, a crítica do texto é — 350 —décisiva. Lá está paragem e não vila de Sorocaba. O tabelião éde Parnaíba, quando aqui já havia um, se fôsse em 1661. []

Não se conhecem atas dêsse tempo. Sabe-se que o Fundador construiu a casa da Câmara e Cadeia, em frente da qual pôs o pelourinho, na esquina das atuais ruas de São Bento e Barão do Rio Branco, e pelo menos localizou e deixou bem adiantada a matriz. Nessa qualidade e como juiz presidente, sómente êle podia fazer armar a sua querida vila. Tanto a face da Câmara para a atual rua Barão do Rio Branco, como a fachada da matriz formam perpendiculares com a de São Bento, olhando para leste-nordeste, não inteiramente a leste ou nascente para seguirem a-direção longitudinal da lombada. São de 1661 a rua São Bento obtida com uma reta desde a igreja até a Câmara, então localizada, e a rua Barão do Rio Branco e a praça da matriz com a rua Dr. Braguinha até a primeira esquina. [Página 352]



4° fonte: Sorocaba no Império: comércio de animais e desenvolvimento urbano, por Cássia Maria Baddini
Dessa forma, verificamos que a partir dos croquis de 1661, apresentados na página a seguir, a estrutura urbana inicial de Sorocaba estava constituída. Como podemos notar, a partir da leitura de Baddini, nessa época foi aberta a rua Boa Vista, ligando a residência de Baltasar Fernandes à Igreja. Também foi construída a ponte de madeira sobre o rio Sorocaba, abaixo da foz do Ribeirão do Moinho e na direção da capela, a fim de estabelecer a comunicação com as vilas do planalto, como Parnaíba e São Paulo. Em 1750, ela serviria para definir a localização do Registro de Animais, que seria instalado na sua embocadura, na margem direita do rio, em direção da saída para São Paulo. (...) Da capela até a ponte foi aberto um caminho, cujo trecho inicial seguia em linha reta na direção do rio Sorocaba, desviando-se levemente à direita para compor um outro trecho que, também em linha reta, iria alcançar a ponte. Na parte alta, próximo ao Mosteiro, passou a ser conhecido como rua São Bento; a partir de seu desvio para a direita, em direção à ponte, como rua da Ponte. Desde os primórdios da ocupação local, essas duas ruas representaram o [início do] núcleo urbano, a partir do qual se estruturou o traçado da cidade. (Baddini, 2002, ps. 99, 100)






Partida
28/02/1661
1 fontes

1° fonte: “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
Como se fosse coisa de Deus, a oportunidade de se fazer o pedido surgiu "de bandeja", com a visita do capitão Salvador Correa da Sá Ybenavid (e Benavides), governador da Repartição Sul, a que pertencia a São Paulo. Na versão mais correta, ele esteve fugindo de problemas que enfrentaria com os moradores do Rio de Janeiro, sede do governo da Repartição Sul.

Salvador, uma das pessoas mais influentes do Brasil da época, era muito amigos dos Fernandes, desde os tempos do Paraguay. Balthazar não teve dúvidas, encilhou o cavalo e seguiu para São Paulo, levando consigo um pedido para elevação de Sorocaba à Vila.

Alguns historiadores defendem outra versão, mais viável, de que ele não foi, por estar muito idoso e adoentado. Teria mandado uma representação. Afinal, era uma cavalgada de três dias, quase 100 quilômetros, um sacrifício, um heroísmo para um homem de 80 anos. Mas, se ele não foi, pessoalmente, é possível que os seus assessores tenham levado do documento preparado por ele e dirigido ao Administrador Geral da Repartição Sul. [Páginas 84-87]






Após uma cavalgada de três dias, Balthazar solicita a Salvador Correia que Sorocaba seja elevada a categoria de "Vila"
02/03/1661
3 fontes

1° fonte: “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”. João Mendes de Almeida (1831-1898)
Assim desenganado da aceitação de seus tão leais serviços á causa da restauração da ordem pública no Rio de Janeiro, Lourenço Castanho Taques, usando de sua grande influência em São Paulo, ainda fez com que os prelados das religiões ou mosteiros, os cidadãos de primeira nobreza, o, senado da câmara e o povo, em carta, e no nome de El-Rei, ponderassem ao governador geral os perigos de sua resolução.

Essa carta era assinada por todos os principais da vila, mesmo os que traziam conflitos entre si, como por exemplo os da família dos Pires e os da família dos Camargos; pelo vigário da igreja Domingos Gomes Albernaz; pelo ouvidor Antonio Lopes de Medeiros e pelo juiz ordinário D. Simão de Toledo Piza, que, como já ficou referido, haviam sido suspensos pelo próprio governador geral em 15 de novembro de 1660; por Lourenço Castanho Taques, pai e filho; pelo capitão-mór Antonio Ribeiro de Moraes; e por Manuel Alvez de Souza, e outros paulistas de veneração e respeito. Nessa mesma carta, o governador geral é convidado a vir á vila de São Paulo, reconhecendo os signatários os seus grandes serviços e zelo pelo bem comum, e dando-lhe a satisfação pela ofensa que lhe haviam feito em 1660.

A resposta foi dada, já em São Paulo, a 2 de março de 1661: e, depois de agradecer a mercê que lhe faziam em abonar as suas ações, declarou ter necessidade urgente de chegar ao Rio de Janeiro, a "dar calor á obra dos galeões alo começada". E acrescentou, para aquietar os ânimos quanto ao nenhuns perigos a correr:

"porque considero que os moradores, á vista do banco que já mandei lançar e lhes dava modo do bom governo acomodando-me ás suas desconfianças, espero obrem como leais vassalos, conhecendo que a minha intenção não é mais conservar a jurisdição real; que, suposto com a ajuda de Vmcês. e desta capitania, e zelo dos moradores dela no serviço real, podia eu tratar do castigo, me conformo antes de obrar, em matérias de povo, com toda a prudência, até resolução de Sua Majestade, para com ela obrar o que me mandar".

Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), em Chronologia, dá á esta carta a data de 3 de março de 1661; mas a resposta do governador geral, transcrita por Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) em Nobiliarchia Paulistana, é de 2 de março de 1661. Acreditamos que o erro é do primeiro; porque o governador geral não queria demorar-se. [Páginas 117, 118 e 119]



2° fonte: “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
Recebida a petição, Salvador Correa a encaminhou ao ouvidor da Capitania, para averiguar a quantidade dos moradores de Sorocaba, a fim de que ele pudesse atender ou não o pedido. Todo o processo deve ter sido encaminhado com urgência urgentíssima, dada a consideração do governador para com o representante de Sorocaba. O pedido feito no dia 2 de março de 1661, foi encaminhado à ouvidoria nesse mesmo dia e retornando com parecer favorável do sr. Antonio Lopes de Medeiros, ouvidor da Capitania de São Vicente.

"Diz o capitão mór Balthazar Fernandes, morador na nova povoação de Sorocaba, Vila de Nossa Senhora da Ponte, que ele como povoador, em nome dos mais moradores, trata de levantar pelourinho na dita vila, que será meia légua do lugar que levantou o sr. Francisco que Deus tem, governador deste Estado; como tão bem necessitam de Justiça para se poderem governador, como bons vassalos de V. M.; o que ûa e outra coisa se não pode obrar, nem conseguir sem expressa ordem de V. S., para que - Pede a V. S. lhe faça mercê conceder o deduzido em sua petição visto redundar tudo em aumento desta repartição, e serviço de S. Majestade e aumento dos seus moradores, provendo V. S. Receberá mercê."

O processo retorna à mãos do governador, que dá o despacho final em 3 de março de 1661..

"Vista a justificação feita pelo Ouvidor desta Capitania com alçada, Antonio Lopes de Medeiros, e a bem do dito Foral dos Donatários, e haver o meu antecessor D. Francisco de Sousa levantado pelourinho no dito distrito e ao presente a querem mudar dentro do mesmo termo. Mando se lhes faça provisão na forma que se pede. São Paulo, 3 de março de 1661". [Páginas 84, 85, 86 e 87]



3° fonte: “15 de agosto é uma data para comemorar: Sorocaba surgiu em fins de 1654”, Jornal Diário de Sorocaba
Sabendo da presença em São Paulo do governador e sendo este muito amigo da Família Fernandes, composta de famosos desbravadores e povoadores da época, Baltazar foi até lá e, a 2 de março de 1661, entregava a Salvador Corrêa de Sá y Benavides pedido para que elevasse o povoado seu de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba à categoria de Vila.

A PETIÇÃO - Eis o teor da petição apresentada naquela data pelo capitão Baltazar Fernandes à apreciação do governador Salvador Corrêa de Sá y Benavides, baseada em cópia feita em 1834 pelo historiador Manoel Joaquim d´Oliveira nos livros encontrados no arquivo da Câmara Municipal e do Mosteiro de São Bento, de Sorocaba:

"Diz o capitão Baltazar Fernandes, morador na nova povoação de Sorocaba, Vila de Nossa Senhora da Ponte, que ele como morador em nome dos demais moradores, trata de levantar Pelourinho na dita vila, que será a meia légua do lugar onde se levantou um outro o sr. dom Francisco, que Deus tem, governador desta Capitania; como também necessitam de Justiça para poderem governar, como bons seguidores de Sua Majestade e levando-se em conta que uma ou outra coisa não podem ter, nem conseguir sem expressa ordem de VS., para o que pedem à VS. que lhe faça conceder o deduzido em sua petição, visto redundar tudo em argumento desta repartição, e serviço de S. Majestade e argumento de seus moradores...".

DESPACHO: "O ouvidor desta Capitania faça averiguação do conteúdo desta petição e da quantidade moradores casados que há nessa Povoação e de tudo me informe para poder deferir o Foral. São Paulo, 2 de março de 1661 - Sá".VITÓRIA - Já no dia seguinte - para os sorocabanos, o célebre 3 de março de 1661 -, o capitão Baltazar Fernandes conseguia despacho favorável do governador Salvador Corrêa de Sá y Benavides, do Rio de Janeiro e das Capitanias do Sul, que - depois de "pró-forma" e agradando ao Ouvidor do Donatário, além de verificada a verdade do requerimento que recebera no dia anterior, autorizou a mudança do pelourinho de Itavuvu para Sorocaba, com o nome de Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba.O texto do despacho era o seguinte:"Despacho do Governador: Vista a justificação feita pelo ouvidor desta Capitania, com a aprovação do sr. Antonio Lopes de Medeiros e a bem do dito Foral dos donatários, e em virtude de meu antecessor, dom Francisco de Souza, haver levantado o pelourinho no dito Distrito e os presentes o querem mudar dentro do mesmo termo. Mando se lhes passe Provisão na forma que pede. São Paulo, 3 de março de 1661. Sá"






O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila
03/03/1661
5 fontes

1° fonte: Uma reportagem de "carioca" sobre Sorocaba - Revista Carioca
Outro engano, esse "passável", embora não impedindo esclarecimento: Balthazar Fernandes, fundou Sorocaba em 1661 e não em 1654. A primitiva vila, denominada São Felipe, ficava no Itavuvú; nada tem com a cidade de Balthazar e foi começada, aliás, em 1610.



2° fonte: “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)
"Pro forma"- e agradando ao Ouvidor do Donatário, Salvador fê-lo verificar a verdade do requerimento e. autorizou a mudança real ou simbólica (podia-se fazer outro nôvo) a 3 de março de 1661, nomeando, os oficiais da Câmara.A primeira Câmara foi nomeada. [Página 350]

A Câmara Municipal de Sorocaba foi instalada. Eis os nomes dos primeiros vereadores: Baltazar Fernandes (juiz presidente). Pascoal Leite Pais. André de Zúnega. Cláudio Furquim e Domingos Garcia (vereador e procurador), o qual deve ter sido Diogo Domingues Garcia. Trata-se de possível engano de quem publicou o manuscrito. O escrivão era Francisco Sanches de Aguiar. professor de gramática.

No mesmo dia 3 de março de 1661 Salvador Correia de Sá e Benevides, amicíssimo dos Fernandes, nomeou juízes Balthazar e seu genro André de Zunega, vereadores Claúdio Furquim e Pascoal Leite Pais e procurador Domingos Garcia. [Página 351]

Não se conhecem atas dêsse tempo. Sabe-se que o Fundador construiu a casa da Câmara e Cadeia, em frente da qual pôs o pelourinho, na esquina das atuais ruas de São Bento e Barão do Rio Branco, e pelo menos localizou e deixou bem adiantada a matriz. Nessa qualidade e como juiz presidente, sómente êle podia fazer armar a sua querida vila. Tanto a face da Câmara para a atual rua Barão do Rio Branco, como a fachada da matriz formam perpendiculares com a de São Bento, olhando para leste nordeste, não inteiramente a leste ou nascente para seguirem a-direção longitudinal da lombada. São de 1661 a rua São Bento obtida com uma reta desde a igreja até a Câmara, então localizada, e a rua Barão do Rio Branco e a praça da matriz com a rua Dr. Braguinha até a primeira esquina. [Página 352]

"Salvador Correia, a quem se deve a oficialização dos esforços anteriores, tem retrato verdadeiro, mas não se pode reduzir a um esquema único o motivo da fundação de Sorocaba.
1. Não nasceu a atual cidade da mineração, que tinha acabado em nada.
2. Não nasceu da pecuária e lavoura de mantimentos em si, que eram pequenas e nunca foram grandes.
3. Não nasceu da feira, mas deu origem à feira de animais ou pecuária transportada.
4. Não nasceu da ponte, por uma parada obrigatória de viajantes ao transpor o rio, porque morava pouca gente além do mesmo.
5. Não veio do rio como caminho andante, navegação fluvial, inexistente antes de 1654.
6. Nem procedeu do desejo dos sertanistas de abandonarem as terras velhas para abrirem fazenda de lavoura na mata virgem.

Todos esses motivos influíram, alguns com sugestões para o futuro, como o caminho, a ponte e a pecuária."
[Página 353]



3° fonte: “Sorocaba e o Mosteiro de São Bento. Uma visão diacrônica”, 09.09.2009. Ruth Aparecida Bittar Cenci, Mestre e Doutora em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Para tanto, peticionou, na qualidade de povoador, em nome dos demais moradores – cerca de 30 (trinta) casais -, a S. Magestade representada pelo Administrador Geral da Repartição do Sul – Salvador Correa de Sá Ibenavid, que lhe permitiu levantar Pelourinho meia légua distante daquele levantado pelo antigo Governador – Dom Francisco -, em sítio mais acomodado, dentro do mesmo limite, mudando desta forma a Villa para suas terras, atual cidade de Sorocaba. O pedido foi acolhido por Salvador Correa de Sá Ibenavid em 03 de março de 1661, ocasião em que o Administrador Geral nomeou provisoriamente até que se desse eleição, nos termos dos Foraes, para juízes: o próprio Capitão Balthazar Fernandes e Paschoal Leite Pais; para Vereadores: André de Zuniga e Claudio Furquim; para Procurador: Domingos Garcia e para Escrivão da Câmara: Francisco Sanches.



4° fonte: “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
O processo retorna à mãos do governador, que dá o despacho final em 3 de março de 1661:

"Vista a justificação feita pelo Ouvidor desta Capitania com alçada, Antonio Lopes de Medeiros, e a bem do dito Foral dos Donatários, e haver o meu antecessor D. Francisco de Sousa levantado pelourinho no dito distrito e ao presente a querem mudar dentro do mesmo termo. Mando se lhes faça provisão na forma que se pede. São Paulo, 3 de março de 1661".



5° fonte: “15 de agosto é uma data para comemorar: Sorocaba surgiu em fins de 1654”, Jornal Diário de Sorocaba
Porém, certamente um detalhe intrigava a todos: para um Povoado ser elevado à condição de Vila, certamente já existia anteriormente. Assim, Sorocaba naquele ano já existia e sua fundação datava, pelo menos, de alguns anos antes. Aliás, o próprio documento entregue ao governador Salvador Corrêa por Baltazar Fernandes no dia anterior e a lei por ele firmada a 3 de março reconhecia isto ao destacar: “Diz o capitão Baltazar Fernandes, morador da nova Povoação de Sorocaba, Vila de Nossa Senhora da Ponte, que ele como povoado, em nome dos mais moradores, trata de levantar pelourinho...”. “O Ouvidor desta Capitania faça averiguação do conteúdo na petição e da quantidade dos moradores casados que há nesta Povoação e de tudo me informe, para poder deferir o foral”...






O Capitão Balthazar Fernandes doou a Igreja de Nossa Senhora da Ponte, hoje Mosteiro de São Bento, aos frades beneditinos existentes na Vila de Parnaiba.
21/04/1661
6 fontes

1° fonte: Ofício do frei Pedro Nolasco da Sacra Família refutando as afirmações da Câmara Municipal de Sorocaba [1]
Que o Capitão Balthazar Fernandes, primeiro povoador desta hoje vila de Sorocaba, na era de 1661, foi á vila de Santa Anna de Parnahyba, donde a povoação de Sorocaba era termo e nos fez doação de uma igreja e suas pertences, dando-nos, para as nossas lavouras, o terreno que principiava de uma roça de mandioca, até sair ao Campo onde morava Braz Esteve, e da largura do Rio Sorocaba até onde estava Diogo do Rego e Mendonça, genro do doador.



2° fonte: “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)
Eis a delimitação do patrimônio em terras, em 1660, da ponte do Sorocaba até o ribeirão do Itapeva, rio acima. Dai pelo campo até mais ou menos a Vossoroca, fazendo ângulo e continuando até Diogo do Rêgo além do Supiriri e, de novo em ângulo, procurando a ponte.

Entre esta e a casa, ficou em uso-fruto para o doador a vinha, situada nesse trecho, havendo mata perto da atual rua Santa Cruz, como a havia, atrás da capela. Os Padres aceitaram o compromisso de edificar o convento, o que não os impedia de estender para isso a mão aos moradores.

O Visitador do Brasil, em nome do abade geral, que residia em Tibães, Portugal, deve ter aceitado a doação, mas não há documento. Um mosteiro beneditino pelos seus benefícios espirituais, atrairia os moradores ao mesmo tempo que, tendo patrimônio em terras, servia de engodo a moradores pobres sem sesmaria, por meio de foro razoável. [Página 348]



3° fonte: Anais do VII Simpósio Nacional dos Professores Universitários de História, 1974
Em 1661, Balthazar Fernandes, o fundador de Sorocaba, manda construir a Igreja de Nossa Senhora no local onde é hoje o mosteiro de São Bento, legando-a aos padres Beneditinos do Parnaíba, pois ele era bandeirante que com toda sua família e escravizados veio do Parnaíba para Sorocaba. A nova matriz, teve o início de sua construção em 1770 e em 1773 foi solenemente inaugurada.



4° fonte: “José Custódio de Sá e Faria e o mapa de sua viagem ao Iguatemi”, Jorge Pimentel Cintra e Rafael Henrique de Oliveira
Cruzaram também o riacho Putribu, pouco distante da sede da fazenda de mesmo nome. Em 21 de abril de 1660, nessa fazenda de Manuel Bicudo Bejarano, compareceram o tabelião de Santana de Parnaíba para registrar que Baltazar Fernandes doava aos beneditinos de Parnaíba a capela de Nossa Senhora da Ponte. Esse ato, presentes as partes interessadas, deu origem à cidade de Sorocaba.



5° fonte: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXXV
Cem anos durou a primeira igreja de Sorocaba, começada cerca de 1661 pelos moradores chefiados pelos filhos, genros e parentes de Balthazar Fernandes. Estes fizeram as duas igrejas: a de Nossa Senhora da Ponte, que ficou pertencendo a São Bento em 21 de abril de 1660, e a matriz para a qual se mudou a mesma Senhora, e que, em 1667, segundo o documento da Câmara, de que tiramos estes informes, estava pronta, pelo menos coberta.



6° fonte: “Sorocaba e o Mosteiro de São Bento. Uma visão diacrônica”, 09.09.2009. Ruth Aparecida Bittar Cenci, Mestre e Doutora em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
No mesmo ano de 1661, aos 21 de abril (ou março) o Capitão Balthazar Fernandes doou a Igreja de Nossa Senhora da Ponte, hoje Mosteiro de São Bento, aos frades beneditinos existentes na Vila de Parnaiba. [“Sorocaba e o Mosteiro de São Bento. Uma visão diacrônica”, 09.09.2009. Ruth Aparecida Bittar Cenci, Mestre e Doutora em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo]







Brasilbook.com.br
Desde 27/08/2017
27868 registros, 14,570% de 191.260 (meta mínima)
655 cidades
3218 pessoas
temas

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoes
Contato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP