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RASULRodrigo de Castelo Branco encarregou o padre frei João ("Julião", segundo Silva Lisboa) Rangel do descobrimento de umas minas de prata, que lhe constara haver em Itú 13/01/1681 2 fontes 1° fonte: Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas Ainda administrador geral, a 13 de janeiro de 1681, encarregou ao padre frei João ("Julião", segundo Silva Lisboa) Rangel do descobrimento de umas minas de prata, que lhe constava haver em Itú/SP, prometendo ao revelador de tais riquezas, além de mercês honorificas, o alto prêmio de 2.000 cruzados, que o fidalgo daria do seu próprio bolso. Se esta expedição se realizou, foi igualmente inútil. [Página 91]
2° fonte: Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros". Informa Basílio de Magalhães que o encarregado destas pesquisas em Ytú foi um padre. Frei João Rangel, a quem Balthazar da Silva Lisboa chama Julíão) e cuja comissão data de 13 de janeiro de 1681. Entende o autor mineiro que estas pesquisas foram a causa da longa demora de Dom Rodrigo em São Paulo. [Página 186]
Carta de Fernão Dias em que dá diversas informações a respeito da sua viagem, na exploração das minas 27/03/1681 2 fontes 1° fonte: Inventario dos documentos relativos ao Brasil existentes no Archivo de Marinha e Ultramar de Lisboa
2° fonte: Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros". No documento de 27 de março de 1681 ha a este respeito preciosas referencias do próprio Fernão. Numa de suas irradiações do Sumidouro, ao regressar a um de seus pontos de parada, constatou que se haviam ido dalli “Manuel da Costa com seus camaradas, os capitães Manuel de Góes e João Bernal com suas tropas, diziam-lhe que também o capitão Balthazar da Veiga, no que não cria, e o bastardo Belchior da Cunha.” Todas estas deserções insufladas por- Antônio do Prado da Cunha “que fôra seu camarada e antes nunca o houvesse sido”. Haviam permanecido fieis o capitão Diogo Barbosa Leme e seu irmão, Pedro Leme do Prado e Antonio Bicudo de Alvarenga, escrivão do arraial. Estavam estes de caminho para ir buscar Marcellino Telles, que se achava numa grande roça de milho com o capitão Joseph de Castilho. Vendo esta dispersão, declarou Fernão Dias Paes ser-lhe forçoso fazer saber a todos os debandados quanto era nefasto o seu procedimento, agora que se achavam abertas as covas de esmeraldas, outrora descobertas por Marcos de Azeredo Coutinho, o que deveria cobrir as enormes despesas da jornada. A redacção do bandeirante é a mais confusa e queremos crer que a sua letra má fez com que se reproduzisse com erros o documento portuguez, hoje estampado na “Revista do (...) [Página 111]
"
Hoje 27 de março de 1681, mando a todos os capitães que lá se acharem fóra Joseph de Castilho e o capitão Diogo Basbosa que lá não assistirem no dito cerro e não buscar outro gentio, onde quizerem, o que mando em nome de Sua Alteza, sob pena que o dito senhor manda dar aos desobedientes e rebeldes para isso mandei passar dois mandados de um teor assignados por mim”. [112]
Carta de D. Rodrigo felicitando Fernão Dias pelos seus serviços no descobrimento das esmeraldas 04/06/1681 1 fontes 1° fonte: Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros". Nas roças (plantas) do Paraopeba, a que chamou Paraubipeba, arraial de S. Pedro, mandou don Rodrigo de Castel Blanco, aviso de sua presença ao bandeirante, datado de 4 de junho de 1681. Dizia-lhe que lhe escrevera varias cartas desde que chegara ao Brasil, havia tres annos. De nenhuma tivera (...) [Página 113]
Primeira notícia do falecimento 26/06/1681 6 fontes 1° fonte: Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros". Apezar de tudo, .depois do achado das suas pedras verdes, dava agora Fernão Dias Paes por bem empregado todo aquelle terrível esforço, aquella somma prodigiosa de sacrifícios! Estava de posse da golconda sul americana! Pouco lhe devia durar o sonho ; logo depois morria em dia que se não conhece, depois de 27 de março e antes de 26 junho de 1681. Daquella data, como vimos, procede o curioso documento que Feu de Carvalho trouxe a lume na “Revista do Archivo Publico Mineiro”, communicado que lhe foi por Capistrano e a que nos reportámos. Soubera Fernão Dias Paes da próxima chegada, á região onde operava, da expedição official de don Rodrigo de Castel Blanco. Julgava próximo o encontro com o comissario regio das minas e esperava avistai-o com certo receio, quiçá, pois já estavam os brasileiros habituados á pouca lealdade dos delegados da corôa para com elles. [p. 113]
A primeira nova da morte de Fernão Dias Paes nos dá um documento de 26 de junho de 1681 em que vemos perante Dom Rodrigo Castelo Branco comparecer Garcia Rodrigues Paes no "arraial de São Pedro em os matos de Paraíbipeva" e nas pousadas do Administrador Geral.
Exibiu a Dom Rodrigo, ao seu lugar-tenente Mathias de Cardoso e ao escrivão da Administração João da Maia, umas pedras verdes as quais disse serem esmeraldas que o Governador Fernão Dias Paes, seu pai, que Deus houve, havia mandado "tirar de uns cerros que antigamente tinham tirado os Azeredos em reinos dos patachós as quais ditas esmeraldas as fizesse presentes á Sua Alteza por duas vias para que no reino se viesse se tinham dureza e fineza e que entretanto vinha em resposta do dito senhor administrador mandasse tomar posse em nome de Sua Alteza dos ditos cerros adonde se tiraram as ditas plantas digo pedras para que nenhum pessoa pudesse ter direito nelas visto que ele dito have-las manifestado nesta administração para que o dito administrador desse conta a Sua Alteza de como ele dito as manifestava." (cf. Reg. Geral da Câmara de São Paulo, 3, 308). [p. 128]
Seguiu também um ról de indios fugidos para ser entregue ao thesoureiro Manuel Vieira e outro de indios requisitados. “Não se podem estar sem elles lá.” O ajudante só tinha licença para se demorar em S. Paulo 20 dias. Em carta, posterior a esta, de tres dias, pedia D. Rodrigo aos officiaes que mandassem as mulheres, de seus indios ao arraial. “Creio que assim estarão mais seguros.”
Solicitava também milho e datava a missiva das “Plantas de Parahibipava”, ao passo que na primeira escrevera Parabipeva.
A 26 de junho de 1681, “nos mattos de Paraibipeva, e arraial de S. Pedro” fazia Garcia Rodrigues Paes nas pousadas do administrador geral publico manifesto relativo ás descobertas de seu recem fallecido pae (R. G. III, 307) Presente estava, a tão importante acto, Mathias Cardoso. Salvaguardando direitos sobre direitos obteve publico manifesto do Administrador Geral de que lhe confiara umas tantas pedras verdes “que o Governador seu Pae, que Deus houvesse, mandara tirar de uns cerros que antigamente tinham tirado os Azeredos em reinos dos Patachós as quaes ditas esmeraldas se manifestava em esta administração para que o dito administrador as fizesse presentes a Sua Alteza por duas vias para que no reino se visse e tinham a dureza e fineza e que entretanto que vinha resposta do dito senhor administrador mandasse tomar posse em nome de Sua Alteza os ditos cerros adonde se tiraram as ditas pedras para, que nenhuma pessoa descobrindo-as poudesse ter direito nellas visto elle dito havei-as manifestado nesta administração para que o dito administrador desse conta a Sua Alteza de como elle dito as manifestara e de como se manifestaram ditas pedras.” E mais (cf. P. Taques, Inform., 144) : “D. Rodrigo tomasse posse em nome de S. Alteza dos ditos Serros, prohibindo que pessoa a^ua fosse a elles; e ao mesmo tempo D. Rodrigo fez entrega da Feitoria do Arrayal [p. 197]
2° fonte: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXXII, 1937. Diretor: Paulo Duarte. Textos: Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) Entrou Fernando Dias a sua custa, 14 anos gastou nessa expedição; passou nove no arraial de Rossa Grande primeira povoação de Minas Gerais, a espera de fundidores que tinha pedido a Portugal donde se trabalhava então em como se fundiria o Rei D. Affonso e seu retissimo Ministro. Até que desenganado que lhe não mandavam, seguiu dali ao sertão do Caeté a descobrir as Esmeraldas. Donde trouxe uma raríssima que pesava oitava e meia de duas cores azul e verde a qual conserva em nossa Casa e a possui a Manna D. Maria, pendente do seu relógio.
Saindo dali faleceu de peste que lhe chamavam carneiradas, navegando pelo Rio Tietê sobre a Cachoeira que distante uma ou duas léguas dá o nome á vila de Itú, que quer ou de ser salto ou estrondo de Águas, e assim é que na dita vila se ouve o seu Estrondo sendo o tempo sereno. Nesta digressão descobriu por todas aquelas terras, e ribeiros que por entre as suas áreas havia ouro, e se achava com facilidade e geralmente, e por isso depois de povoados se chamaram Minas Gerais.
Em pompa fúnebre foi conduzido o seu cadáver embalsamado desde a vila de Itú até São Paulo nos ombros dos seus soldados e parentes, que o armavam para o seu Jazigo da Capela mór do Mosteiro de São Vicente (sic) que edificou e dotou com Fazendas próprias e hoje fazem o rico patrimônio daquele Mosteiro.
Casou com D. Maria Garcia Rodrigues Velho, filha de Garcia Rodrigues Velho e de s. mer. D. Maria Biting, aquele fo. de Garcia Rodrigues e de D. Isabel Velho nes. e vindos da cidade do Porto, nobres povoadores de São Paulo: a esta de Giraldo Biting. Alemão que passou na companhia d Armada de Martim Afonso, e de s. mer. Custódia Dias, que foi filha de João Ramalho, primeiro europeu que pisou naquelas terras por um naufrágio. [Página 21]
3° fonte: Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk Graças às doações generosas do bandeirante Fernão Dias Paes Leme, conhecido como “governador das esmeraldas”, foi possível viabilizar a construção de um novo Mosteiro de São Bento em São Paulo finalizado em 1650. Em contrapartida, os padres ofertam a capela-mor para sua família e descendentes serem sepultados. Sérgio Buarque de Holanda nos lembra deste acordo ao afirmar:
[...] tão à risca foi cumprida a cláusula que, morrendo Fernão Dias Paes no sertão do rio das Velhas [1681], [...] cuidou logo o filho primogênito, Garcia Rodrigues Paes, de fazer embalsamar seu corpo e [...] trazê-lo do lugar do sumidouro, onde se encontrava, para vir sepultá-lo no jazido que lhe foi designado na capela-mor de São Bento. [Ao seu lado repousa sua esposa Maria Garcia Betim, falecida em 1691. Os restos mortais dos benfeitores da abadia foram transladados para a nova basílica em 1922]. (SOUZA, 2004, p. 54 e 55).
4° fonte: cidades.ibge.gov.br, consultado em 05.08.2022 Várias outras se sucederam, aumentando a frequência no decorrer dos tempos. Não se sabe ao certo quando os primeiros exploradores alcançaram a região de Sabará. Muitos foram os personagens na corrida pelas riquezas que os rincões do Brasil escondiam. A "bandeira" organizada por Fernão Dias partiu de São Paulo em 1674 e tinha como finalidade alcançar Sabarabuçu, o eldorado. Fernão Dias morreu em 1681, nas proximidades de Caeté, cidade vizinha. Seu genro, Borba Gato, continuaria seu trabalho e se tornaria uma das figuras mais importantes da história de Sabará e da descoberta do ouro em Minas Gerais.
5° fonte: Memória Paulistana: Os antropônimos quinhentistas na vila de São Paulo do Campo, Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick, professora associada de Toponímia Geral e do Brasil do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, da FFLCH - USP O episódio da expedição do Sabarabussu, em busca das esmeraldas, foi dissecado em seus pormenores não só por Taunay mas por outros estudiosos, aos quais se remete; os dissabores da empresa vivificam-se, contudo, na narrativa em que se depreende que, destituído da ajuda oficial, abandonado à própria sorte, o sertanista, já idoso, só pode contar com os recursos próprios e da família; nem por isso esmoreceu, continuou obstinadamente, acompanhado por alguns, Mathias Cardoso de Almeida, primo e "nome dos maiores do bandeirantismo", seu filho Garcia Rodrigues Paes, o genro Manuel de Borba Gato, Antonio do Prado Cunha, além de José Paes, o mameluco que reconhecera como filho e que, afinal, acabou tramando contra a vida do pai e por ele morto. Falecendo Fernão Dias no sertão, seu filho Garcia Paes intentou a longa viagem de volta do Sumidouro para sepultá-lo, conforme sua vontade, no Colégio de São Bento, que ajudara a reformar e onde tinha jazigo perpétuo; isto ocorreu a 30 de dezembro de 1681:
"e ainda depois de morto o perseguiram as calamidades ordinárias do sertão porque o seu cadáver, e as amostras (das pedras) padeceram o naufrágio do rio que chama das Velhas, em que se perderam as armas e tudo quanto trazia de seu uso e se afogou gente porque os nativos nadadores se ocuparam em salvar as vidas, e acudir às amostras das esmeraldas como em sua vida lhes tinha recomendado o defunto seu Senhor cujo corpo se achou depois de muitos dias a diligência de seu filhos Garcia Rodrigues Paes que o tinha ido a socorrer; e chegara ali depois de sua morte e naufrágio." [Memória Paulistana: Os antropônimos quinhentistas na vila de São Paulo do Campo, Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick, professora associada de Toponímia Geral e do Brasil do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, da FFLCH - USP. Consultado em 21.10.2022. Páginas 10 e 11 do pdf]
6° fonte: OS MARCOS GEOGRÁFICOS COMO REFERÊNCIAS NA OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO PAULISTA. Data da consulta
Já defunto 01/09/1681 1 fontes 1° fonte: Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros". A primeiro de setembro de 1681, reunidos os officiaes da Camara em vereação, perante elles compareceu o Padre João Leite da Silva, pedindo registro de um protesto escripto, com vehemencia e nulla grammatica. “Eu o Padre João Leite da Silva, por mim e como irmão do defunto, o capitam Fernão Dias Paes, descobridor das esmeraldas, e em nomeada viúva, sua mulher, Maria Garcia, como seu procurador, e de seus filhos, requeiro a suas merces hua e muitas vezes da parte de Sua Alteza que deus gde. e das nossas atalhem e proivão, pellos meios mais combenientes, a dom Rodrigo Castell Branquo os ententos que consta tem de mandar apoderarçe das minas das esmeraldas que o dito meu irmão descobriu.” Insinua o protesto grave accusação de deslealdade e velhacaria a Mathias Cardoso, ingrato para com o seu grande primo e antigo chefe. Escrevera elle ao irmão Salvador, contando que, das esmeraldas esperava “tirar os gastos da jornada” e ainda ao (...) [Página 199]
Expedia Diogo Pinto do Rego, capitão maior e governador das Capitanias de São Vicente e São Paulo um bando a propósito da descoberta atribuída a Fernão Dias Paes 03/09/1681 1 fontes 1° fonte: Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros". A 3 de setembro de 1681 expedia Diogo Pinto do Rego, capitão maior e governador das Capitanias de São Vicente e São Paulo um bando a propósito da descoberta atribuída a Fernão Dias Paes.
"Porquanto por notícia certa que tenho haver descoberto Fernão Dias Paes as minas de esmeraldas, onde foi enviado por Sua Alteza, que Deus guarde, vindo a dar parte ao dito senhor faleceu da vida presente deixando as notícias de amostrar de tais esmeraldas com que estão hoje públicas e se saber certamente onde é a paragem delas com que facilmente se poderá ir a elas, e tirarem-se quantidade o que será em grande prejuízo da fazenda real e para se atalhar este dano em nome do príncipe nosso senhor ordeno e mando a toda a pessoa de qualquer qualidade que seja não faça jornada áquela paragem." [Página 129]
Já defunto 08/09/1681 1 fontes 1° fonte: Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros". Tão importante era o caso que três dias depois mandava a Câmara de São Paulo afixar o bando do capitão-mór. A 8 de setembro de 1681 passava Dom Rodrigo "del Serton del Sumidoro" uma atestação interessante, a Garcia Rodrigues Paes, contando que visitara o arraial de Fernão Dias e recebera de seu filho pedras verdes que tinha como esmeraldas.
Registravam os officiaes um mandado do desembargador syndicante da Repartição do Sul dr. João da Rocha Pitta 27/09/1681 1 fontes 1° fonte: Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros". Informa Basiho de Magalhães que o encarregado destas pesquizas em Ytú foi um padre. Frei João Rangel, a quem Balthazar da Silva Lisboa chama Julíão) e cuja commissâo data de 13 de janeiro de 1681. Entende o autor mineiro que estas pesquizas foram a causa da longa demora de Dom Rodrigo em S. Paulo.
A 27 de setembro seguinte registravam os officiaes um mandado do desembargador syndicante da Repartição do Sul dr. João da Rocha Pitta. Ordenava o magistrado ás Camaras de S. Paulo, Santos e mis vilas do Sul que entregassem ao administrador geral todos os efeitos dos donativos reunidos, ou que se fossem vencendo
mediante recibo que eile lhes passaria. A ordem estendia-se ao
producto dos quintos e o desembargador significava muito es- trictamente aos camaristas quizessem pôr todo o empenho em
auxiliar a empresa de d. Rodrigo. “Favoreçam este negocio (síc) pois nelle tem o Príncipe Nosso .Senhor empenhada a sua fazenda e o seu gosto que é mais que tudo. Fico com a esperança de que Vossas Mercês
não hão de faltar nesta occasião com aquelles soccorros que
estiverem em seu poder.”[Página 186]
Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada) 04/11/1681 6 fontes 1° fonte: Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros".
2° fonte: "O Romance do Prata" de Paulo Setúbal (Sabarabuçu, serra Sabarabussú)
3° fonte: Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXXII, 1937. Diretor: Paulo Duarte. Textos: Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) Entrou Fernando Dias a sua custa, 14 anos gastou nessa expedição; passou nove no arraial de Rossa Grande primeira povoação de Minas Gerais, a espera de fundidores que tinha pedido a Portugal donde se trabalhava então em como se fundiria o Rei D. Affonso e seu retissimo Ministro. Até que desenganado que lhe não mandavam, seguiu dali ao sertão do Caeté a descobrir as Esmeraldas. Donde trouxe uma raríssima que pesava oitava e meia de duas cores azul e verde a qual conserva em nossa Casa e a possui a Manna D. Maria, pendente do seu relógio. Saindo dali faleceu de peste que lhe chamavam carneiradas, navegando pelo Rio Tietê sobre a Cachoeira que distante uma ou duas léguas dá o nome á vila de Itú, que quer ou de ser salto ou estrondo de Águas, e assim é que na dita vila se ouve o seu Estrondo sendo o tempo sereno. Nesta digressão descobriu por todas aquelas terras, e ribeiros que por entre as suas áreas havia ouro, e se achava com facilidade e geralmente, e por isso depois de povoados se chamaram Minas Gerais.
Em pompa fúnebre foi conduzido o seu cadáver embalsamado desde a vila de Itú até São Paulo nos ombros dos seus soldados e parentes, que o armavam para o seu Jazigo da Capela mór do Mosteiro de São Vicente (sic) que edificou e dotou com Fazendas próprias e hoje fazem o rico patrimônio daquele Mosteiro.
Casou com D. Maria Garcia Rodrigues Velho, filha de Garcia Rodrigues Velho e de s. mer. D. Maria Biting, aquele fo. de Garcia Rodrigues e de D. Isabel Velho nes. e vindos da cidade do Porto, nobres povoadores de São Paulo: a esta de Giraldo Biting. Alemão que passou na companhia d Armada de Martim Afonso, e de s. mer. Custódia Dias, que foi filha de João Ramalho, primeiro europeu que pisou naquelas terras por um naufrágio. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXXII, 1937. Diretor: Paulo Duarte. Textos: Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Página 21]
4° fonte: Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk Graças às doações generosas do bandeirante Fernão Dias Paes Leme, conhecido como “governador das esmeraldas”, foi possível viabilizar a construção de um novo Mosteiro de São Bento em São Paulo finalizado em 1650. Em contrapartida, os padres ofertam a capela-mor para sua família e descendentes serem sepultados. Sérgio Buarque de Holanda nos lembra deste acordo ao afirmar:
[...] tão à risca foi cumprida a cláusula que, morrendo Fernão Dias Paes no sertão do rio das Velhas [1681], [...] cuidou logo o filho primogênito, Garcia Rodrigues Paes, de fazer embalsamar seu corpo e [...] trazê-lo do lugar do sumidouro, onde se encontrava, para vir sepultá-lo no jazido que lhe foi designado na capela-mor de São Bento. [Ao seu lado repousa sua esposa Maria Garcia Betim, falecida em 1691. Os restos mortais dos benfeitores da abadia foram transladados para a nova basílica em 1922]. (SOUZA, 2004, p. 54 e 55).
5° fonte: cidades.ibge.gov.br, consultado em 05.08.2022 Várias outras se sucederam, aumentando a frequência no decorrer dos tempos. Não se sabe ao certo quando os primeiros exploradores alcançaram a região de Sabará. Muitos foram os personagens na corrida pelas riquezas que os rincões do Brasil escondiam. A "bandeira" organizada por Fernão Dias partiu de São Paulo em 1674 e tinha como finalidade alcançar Sabarabuçu, o eldorado. Fernão Dias morreu em 1681, nas proximidades de Caeté, cidade vizinha. Seu genro, Borba Gato, continuaria seu trabalho e se tornaria uma das figuras mais importantes da história de Sabará e da descoberta do ouro em Minas Gerais.
6° fonte: Memória Paulistana: Os antropônimos quinhentistas na vila de São Paulo do Campo, Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick, professora associada de Toponímia Geral e do Brasil do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, da FFLCH - USP O episódio da expedição do Sabarabussu, em busca das esmeraldas, foi dissecado em seus pormenores não só por Taunay mas por outros estudiosos, aos quais se remete; os dissabores da empresa vivificam-se, contudo, na narrativa em que se depreende que, destituído da ajuda oficial, abandonado à própria sorte, o sertanista, já idoso, só pode contar com os recursos próprios e da família; nem por isso esmoreceu, continuou obstinadamente, acompanhado por alguns, Mathias Cardoso de Almeida, primo e "nome dos maiores do bandeirantismo", seu filho Garcia Rodrigues Paes, o genro Manuel de Borba Gato, Antonio do Prado Cunha, além de José Paes, o mameluco que reconhecera como filho e que, afinal, acabou tramando contra a vida do pai e por ele morto. Falecendo Fernão Dias no sertão, seu filho Garcia Paes intentou a longa viagem de volta do Sumidouro para sepultá-lo, conforme sua vontade, no Colégio de São Bento, que ajudara a reformar e onde tinha jazigo perpétuo; isto ocorreu a 30 de dezembro de 1681:
"e ainda depois de morto o perseguiram as calamidades ordinárias do sertão porque o seu cadáver, e as amostras (das pedras) padeceram o naufrágio do rio que chama das Velhas, em que se perderam as armas e tudo quanto trazia de seu uso e se afogou gente porque os nativos nadadores se ocuparam em salvar as vidas, e acudir às amostras das esmeraldas como em sua vida lhes tinha recomendado o defunto seu Senhor cujo corpo se achou depois de muitos dias a diligência de seu filhos Garcia Rodrigues Paes que o tinha ido a socorrer; e chegara ali depois de sua morte e naufrágio." [Memória Paulistana: Os antropônimos quinhentistas na vila de São Paulo do Campo, Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick, professora associada de Toponímia Geral e do Brasil do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, da FFLCH - USP. Consultado em 21.10.2022. Páginas 10 e 11 do pdf]
O espolio mineralógico de Fernão Dias, cuidadosamente "cosido" e lacrado em um saquinho, foi solenemente aberto pela câmara de S. Paulo 11/12/1681 1 fontes 1° fonte: Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros". O espolio mineralógico de Fernão Dias, cuidadosamente "cosido" e lacrado em um saquinho, foi solenemente aberto pela câmara de S. Paulo em n de dezembro de 1681, e do auto que se lavrou nada constia além das suppostas esmeraldas. A expedição transitou por muitas léguas por terrenos que depois foram reconhecidos como ricamente auríferos, mas, com a preoccupação de prata e pedras preciosas, parece que não foi lembrado o expediente de levar na comitiva alguns faiscadores de ouro de lavagem, que nesta epoca não faltavam em S. Paulo. [131]
Viera este executar uma comissão especial com a qual nada tinha. Assim o deixasse a Camara em paz que não iria de modo algum. E não foi! “non segiu viaje”, que era mais amigo da integridade de sua rica pele do que do serviço real. A intimação relativa ás esmeraldas sonegadas surtiu efeito. Compareceram perante a Camara vários indivíduos “para manifestarem” as que possuíam. Exibiu Luiz Porrate Penedo três pedras pesando menos de 5 grammas; Diogo Bueno uma deste peso, Domingos Cardoso duas que declarou pertencerem ao thesoureiro Vieira, tão pequenas que mal pesavam gramma e meia. Supomos que a ausência do thesoureiro denuncia alguma
pressão sobre elle exercida pelos officiaes. Teria partido pa- ra a selva a cumprir com a sua obrigação? Provavelmente, mais que provavelmente, não! Com certe- za se retirara para o littoral. Mandou a Camara que os dfec’a- rantes conservassem as pedras até chegar ordem especial de Sua Alteza a tal respeito. Depois destes factos silenciam as Actas e o Registo Geral
sobre as passadas de Dom Rodrigo de Castel Blanco em São Paulo. A onze de dezembro de 1681 se deu um acontecimento do maior vulto na vida paulistana. Exhibia Garcia Rodrigues Paes, á Camara, quarenta e sete pedras verdes, grandes e equenas, algumas delias transparentes pesando uma arratel e cinco oitavas (47Ógrs.930) ; um sacco de agulhas finas pesando 552grs.23Ó; outro de pedras meudas, e mais nove grandes imperfeitas com quasi kilo e meio, outro das meudas com quasi um kilo. Uma das peças principaes da colecção, vinha a ser certa “pedra seistavada, comprida, branca, de seis oitavas.” Explicava o moço bandeirante : Aceitassem Suas Mercês as esmeraldas que “apresentava e manifestava descubertas por seu pay, o governador Fernão Dias Pais, as quais lhe restarão das que tinha oferecido ao administrador geral dom Rodrigo [206]
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