Foi bem no início do século XVIII que a região das minas começou a sofrer uma verdadeira invasão, na procura do ouro. Dessa época existem referências mencionando que mineradores se instalaram em volta de uma lagoa, rica em ouro e por isso a batizaram de “Lagoa Dourada”.Além da exploração do ouro, o fato mais marcante para o povoamento de Lagoa Dourada foi a construção de um caminho mais direto ligando São João del Rei até Congonhas do Campo. Este caminho foi aberto pelo coronel Antônio de Oliveira Leitão, como seus próprios recursos, como se pode verificar na carta de sesmaria que ele recebeu em 20-12-1713.Nessas duas primeiras décadas do século XVIII a maioria da população era constituída por solteiros, que movidos pela atividade mineradora se locomoviam com maior rapidez para a busca de novos descobertos do ouro. Somente em 1731 é que as famílias começaram a se fixar no solo mineiroA preocupação com a segurança da população incipiente e a solução de possíveis conflitos consolidou-se na nomeação, em 18-10-1726, do sargento mor João Alves Preto, que se radicou em Lagoa Dourada. Ele era português e filho de João Preto e Anna Alves. Mais tarde foram criadas diversas companhias de ordenanças em localidades identificadas como centros mineradores da Vila de São José (atual Tiradentes). A primeira delas parece ter sido criada no início da década de 1730, quando Antônio Rocha foi confirmado no posto de Capitão de Cavalos de Lagoa Dourada e Carandaí.Em 1734, foi fundada a Capela de Santo Antônio de Lagoa Dourada. Em 1750, a cidade foi elevada à condição de Distrito de Paz (circunscrição administrativa cuja autoridade máxima é o Juiz de Paz).O aparecimento do ouro foi o fator preponderante no surgimento do então arraial de Lagoa Dourada. No início, sob a forma de faisqueiras e depois de lavras, exploradas inclusive por empresas estrangeiras, o solo lagoense foi sulcado em busca de precioso metal.Na passagem do século XIX para o século XX, o arraial primitivo de Lagoa Dourada foi crescendo em função, quase que exclusivamente, da atividade relacionada à extração do ouro, principalmente em torno da lagoa que lhe deu nome. Porém, as fazendas disseminadas no seu território, já se dedicavam à agropecuária, de maneira incipiente, mas contínua, transformando-se em verdadeiros celeiros dos mineradores. No início, as casas do povoado ficavam dispostas em torno dessa lagoa, e aos poucos acabaram se expandindo para morro acima.Lagoa Dourada foi subordinada administrativamente como distrito de Prados aos 29-02-1892, tornando-se cidade pela lei nº 556 de 30-08-1911. No documento da Diretoria do Serviço de Estatística com a Divisão Administrativa em 1911, publicado no Rio de Janeiro, em 1913, temos informações da população e número de moradias nas diversas freguesias. Na Lagoa Dourada a população era de 2012 habitantes em 820 moradias.Após a instalação do município, aos 06-06-1912, a cidade começou a se modificar. Gradativamente, se observou a chegada do progresso e as mudanças nas diversas áreas, principalmente em termos administrativos, de serviços públicos, instrução, saúde, hotelaria e vias de transporte. Referência: BUZZATI, Dauro J. Lagoa Dourada 300 anos -Síntese Histórica. Belo Horizonte: Edição Limitada do Autor, 2011.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!