1° fonte: “José Custódio de Sá e Faria e o mapa de sua viagem ao Iguatemi”, Jorge Pimentel Cintra e Rafael Henrique de Oliveira
Após um período de conflito mais ou menos latente, também em função da dificuldade de demarcar o meridiano de Tordesilhas,4 a questão de definir com precisão as fronteiras ganhou força quando Delisle, contando com longitudes observadas, promoveu a reforma da cartografia mundial.
O estopim veio com a publicação de sua dissertação perante a Academia de Ciências de Paris, em 1720, em que denunciou estar Portugal invadindo terras de Espanha, e também daquelas que considerava da França, na região do Amapá. D. João V compreendeu que necessitava renovar os estudos cartográficos e tomou as medidas para isso, culminando com a vinda dos chamados Padres Matemáticos para elaborar mapas com coordenadas precisas, principalmente em longitude.
Iniciava-se uma nova fase da cartografia no Brasil, que pode ser chamada científica, em contraposição com a cartografia de esboços e mapas de sertanistas, com os erros inerentes aos processos possíveis na época que utilizavam astrolábio para a latitude e estimativas de léguas percorridas para a longitude.