É um título notavel e único no Brasil e em Portugal. Por ser de cor evidentemente local, trata-se uma ponte do rio Sorocaba, onde se fez a igreja a que trouxeram uma imagem de Nossa Senhora. Esta imagem podia ser a Nossa Senhora de Montesserrate, orago do Ipanema, ou outra do próprio Balthazar e é provavel que já se chamasse Nossa Senhora da Ponte antes da mudança do pelourinho para o atual lugar, pois o Itavuvu é à beira-rio e tinha provavelmente a primeira ponte.
Enumerando os serviços de Baltazar a Sorocaba, seu filho Manuel não se refere a construçáo da ponte. Em 1652 havia morrido a segunda mulher de Baltazar, Isabel de Proença. Ele morreu mais,que octog.enário anbs de 1667 e depois de 1662.
Em 1645, ele, os genros e os filhos se transportaram para o lugar chamado Sorocaba, a légua e meia do Itavuvu ou São Felipe, para onde em 1611 D. Francisco de Sousa permitira se transportasse o pelourinho que em 1600 erguera na Araçoiaba.
Em 1610, chegaram à Vila de São Paulo, acompanhados pelo novo governador da Capitania, Dom Francisco de Souza, para construir um mosteiro que seria elevado à abadia em 1635, tendo como padroeira Nossa Senhora de Montesserrate. A partir da capital, as ações dos beneditinos se estenderam posteriormente a regiões como as de São Bernardo do Campo, Santana de Parnaíba, Santos, Sorocaba, Jundiaí e a Fazenda do Parateí, em Mogi das Cruzes (ETZEL, 1971, p. 64).
Com relação às demais imagens apontadas por Frei Agostinho de SantaMaria em localidades ainda hoje pertencentes ao território paulista, observa-se que 18 delas estavam em terras litorâneas e 29 no interior. Entre os exemplares, há uma maior recorrência de imagens de Nossa Senhora da Conceição (Ubatuba; Boissucanga – S. Sebastião; Itanhaém; Jacareí;São Paulo; Araçariguama; Tremembé), de Nossa Senhora de Montsserrat (Santos; São Paulo; Cotia; Salto; Sorocaba); Nossa Senhora do Desterro (Santos; Juqueri, São Paulo, Sorocaba) e Nossa Senhora do Carmo (Guaecá – São Sebastião; Santos, São Paulo, Mogi das Cruzes).