responder às usurpações espanholas, ocuparam os portugueses a margem direita do Paraguai, fundando Coimbra, e conservaram a fronteira de Tabatinga. Durante a guerra de 1801, estendemos os nossos domínios no Rio Grande do Sul, até Uruguai, Quaraí e Jaguarão, de sorte que, ao dar-se a independência das colônias espanholas, grande parte da linha das fronteiras estabelecidas pelo Tratado de 1777 estava modificada, ocorrendo mais a circunstância de não ter sido este tratado revalidado pelos de Badajoz e Amiens (1801 e 1802).
“O bandeirismo paulista e o recuo do meridiano”, Alfredo Ellis Júnior (1896-1974) Como dissemos, os cursos do grande rio e de seus numerosíssimos afluentes não foram por Castella aproveitados, para a penetração de suas vastíssimas colonias, ficando a bacia amazônica ao abandono. Por isso não foi difícil aos missionários religiosos, portugueses, no século XVIII, aí penetrar, fundando núcleos, que foram marcos possessórios, que valeram perante o tratado de 1750, que mais ou menos contornou o Brasil de hoje.
“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos Dois séculos e meio depois, o famoso Tratado de 1750, veio desfazer as deficiências do de Tordesilhas. A acção di- plomática do grande santista Alexandre de Gusmão e a ca- pacidade politica de Pombal levaram-no á conclusão entre Portugal e Hespanha, consagrando e mantendo as conquis- tas realizadas pelos paulistas sobre território hespanhól por todos aquelles annos anteriores e desde a época de 1600. Os artigos 13 e 14 do novo Tratado de 1750 estabelece- ram as concessões mutuas feitas entre ambos os paizes e fixaram os novos limites entre os seus territórios, ficando para sempre desfeito o mal concebido Tratado de 1494, cujos erros de apreciação geographica, muito naturáes, em que se baseára, reduziam o Brasil, ou seja a parte portu- gueza naquella época, á pequena proporção indicada. Éra o Tratado de Madrid, celebrado a 13 de Janeiro de 1750 entre D. João V de Portugal e D. Fernando VI de Hespanha, e ractificado por ambas as côrtes em 26 do mesmo mez e em 7 de Fevereiro seguinte.
Publicado “Raposo Tavares e a formação territorial do Brasil” de Jaime Cortesão Jaime Cortesão publicou em 1958 o opúsculo "A Missão dos Padres Matemáticos no Brasil" editado pela Agência Geral do Ultramar em que se refere que os mapas então produzidos eram surpreendentemente rigorosos para os meios da época. Apesar disso, o Mapa das Cortes usado nas negociações do Tratado de Madri por Alexandre de Gusmão foi propositalmente viciado nas longitudes para fins diplomáticos desviando o Brasil meridional para leste, aumentando assim a soberania de Portugal delimitado pelo meridiano de Tordesilhas. A cartografia dos padres matemáticos, por sua vez, foi mantida em segredo pelo reino português.
(...) especialmente após a Restauração em 1688, que imbricavam particularmente com as disputas de fronteiras, especialmente porque, até 1750, os brasileiros empurraram os marcos divisórios muito além do que se continha no Tratado de Tordesilhas.
Em face as dificuldades práticas de reconhecimento que recorrentemente não correspondiam às indicações presentes no Mapa das Cortes, a elaboração de planos individuais por parte dos cartógrafos visava orientar a delimitação de modo mais preciso, cabendo aos profissionais o reconhecimento in loco dos espaços de colonização. Tal trabalho de reconhecimento estava sujeito a ser atravessado pelas realidades locais em que se situavam os indivíduos, onde as condições para a execução dos desígnios metropolitanos por vezes exigiam determinadas manobras retóricas, a exemplo da defesa de Sá e Faria a respeito da conclusão da demarcação de sua partida pois “tal decisão não traria desvantagens para os portugueses, pois o rio Ypané situava-se abaixo do trópico, e não acima, como diziam as instruções, o que significava uma maior extensão de terras para a coroa portuguesa”.
Tratado de Tordesilhas, consultado em Wikipédia Em 1750, o Tratado de Tordesilhas deixou de vigorar com a assinatura do Tratado de Madri – quando novamente ambas as Coroas estabeleceram novos limites fronteiriços para a divisão territorial nas colônias sul-americanas. Concordando que rios e montanhas seriam usados para demarcação dos limites.
Mapa America verfertiget ID: 11992
Mapa dos confins do Brasil ID: 13436
Mapa do Brasil depois do Tratado de Madrid ID: 14072
Mapa ID: 5468
Os Campos Bicudos da “Casa” de Suzana Dias ID: 11170
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