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RASUL“Fábula do ribeirão do Carmo”, publicada primeiro no volume de suas Obras, impresso longe, em Coimbra, em 1768 01/01/1768 2 fontes 1° fonte: Fábula de Cláudio Manuel da Costa: mineração e poesia em situação colonial, 2019. Sérgio Alcides. Universidade Federal de Minas Gerais livros de poesia nas áreas ameaçadas por barragens inseguras em todo o Brasil, a fi m de prevenir desabamentos. Seriam as maiores tiragens do gênero já feitas no país, chegando às centenas de milhares de exemplares...
As letras e a lama são velhas parceiras em países ex-coloniais ou quase, como o Brasil. É mesmo um tipo de joint venture, como a que administra a Samarco Mineração, responsável pelo desastre de Mariana, reunindo as multinacionais Vale SA (ex-Vale do Rio Doce, privatizada pelo Brasil em 1997) e BHP Billiton.
Quanto a Cláudio Manuel, pode-se dizer – sem medo de anacronismos – que a catástrofe da mineração é o próprio contexto de sua obra, bem como de sua vida. A barragem que estourou em Mariana estava situada no Fundão, área que já era explorada por mineradores no tempo dele, pouco acima do arraial de Bento Rodrigues.
Ficava junto do Gualaxo do Norte, afluente da margem esquerda do rio do Carmo, que corta a cidade de Mariana e é o “pátrio ribeirão” celebrado por Cláudio Manuel em seus versos. Coincidentemente, à margem direita, corre o Gualaxo do Sul, que passa atrás da Serra do Itacolomi e banhava em território marianense outro sítio do Fundão, onde o poeta nasceu em 1729.
2° fonte: Temporalidades - Revista de História 04.2019 A partir dos poemas do poeta Claudio Manoel da Costa (1729-1789), o Itacolomi recebeu maior destaque como referência para se localizar as Minas de Cataguases. Referência retomada a partir dos movimentos de exaltação de Ouro Preto na história regional. (TORRES, 2014; 2016)
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