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18/10No dia 18 de outubro, partimos de São Paulo para Jundiaí. Faziatempo bom. Deixamos a cidade às 10h da manhã. Poucas horas depois,chegamos ao rio Tietê, num ponto onde ele é bastante caudaloso. Encontramos uma ponte razoavelmente boa, mas que, quando as águasdo rio sobem, deve ser perigosa de se atravessar.Três léguas e meia adiante, chegamos a um grande rancho,construído, com recursos do Governo, para facilitar e promover o comércio. O local se chama Capão das Pombas. Em época de chuvas, éum alívio para os tropeiros e comerciantes de açúcar, que freqüentementepassam por essa estrada a caminho de Santos, encontrarem abrigo aqui.A região é acidentada; o caminho está bom, apesar das chuvas in¬ tensas dos últimos dias. Parece que a água, em um momento, escoasobre o leito pisado e barrento do caminho e é absorvida. Vêem-secapões aqui e ali. A esquerda eleva-se o morro Jaraguá, onde o antigoGovernador Horta tinha uma rica mina de ouro e uma fazenda.Entre as plantações de trigo, encontrei uma nova espécie deConvolvulus e de Conyza. Entre os pássaros, abateu-se uma grande ebela andorinha com colarinho branco; Muscicapa, Picus campestris,Tanagra, Cardinal. Curioso nesse pássaro é que o macho é de cor ver¬melho-púrpura, e a fêmea, bem amarela.Como o tempo hoje estava bom, vimos várias tropas acampadas acéu aberto, na grande estrada. Passamos por bem umas mil mulas, todaslevando açúcar para Santos. Nesta estação, os tropeiros preferem acampar a céu aberto do que em pousadas ou ranchos, por causa da grandedisponibilidade de pastos. Não ficamos no rancho de Capão das Pombas, porque ali faltava milho. Por volta das 4h da tarde, alcançamos umapousada às margens do rio Juquiri, que dizem ser rico em ouro e que,neste ponto, fica a 4½ léguas de São Paulo. Aqui encontramos um abrigo espaçoso numa cabana de palha, onde fomos recebidos amigavelmente por um velho bondoso. Normalmente aqui há aguardente e milho; é disso que vivem os pobres habitantes do local.Os Srs. Rubtsov e Riedel ficaram para trás: o primeiro chegouperto do fim do dia, e o segundo ficou ainda na cidade, de forma queresolvi esperá-lo hoje aqui e sair para conhecer um pouco a região. OSr. Taunay recebeu permissão para permanecer ainda de 8 a 10 dias emSão Paulo: a pedido do Sr. Presidente, ele deveria pintar o retrato doImperador, em tamanho natural, para o Governo.Ontem à noite, fomos alertados para ver um grande cometa que,diziam, estava visível já há cerca de três semanas. Como não conhecía-mos a nossa posição, pois, nos últimos dias, por causa das chuvas, nãopudemos fazer observações, tivemos que nos contentar em apreciar ofenômeno com o pensamento e a visão de um observador comum.O Picus campestris é conhecido aqui pelo nome de pico-chanchã2.Ele vive sempre em bandos; quando vê uma pessoa se aproximar, gritamuito e alto. Os habitantes daqui fazem seus bebês comerem da carnedesses pássaros, tão logo comecem a falar, pois acreditam que assim elesaprendem a falar mais cedo. Os pássaros Procnias do gênero Novus Inquiréfazem seus ninhos em árvores altas, com brotos de plantas e musgos.





  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária)
Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!