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¨ RASUL


João Domador: candidato de corpo fechado, valentão e assassino assassinado
01/01/1852
2 fontes

1° fonte: Memória Histórica de Sorocaba VII
As eleições foram violentas, mas não correu sangue. Os conservadores toleraram as arruaças de João Peão ou João Domador, sujeito do vale do Paraíba, valentão e assassino, que galopava pelas ruas fazendo mêdo aos outros e a quem, todavia, liquidaram depois da eleição. Uma escolta foi a Aparecida e, de acôrdo com a amásia do pobre homem, matou-o enquanto dormia. Foi enterrado fora dos muros do cemitério velho de São Bento, alturas da atual praça frei Barauna, onde a cruz de João Peão, alumiada por muitas velas de promessa, durou até cêrca de 1890.



2° fonte: Revista A Cidade
João Peão era um bandido valentão. Teria vindo do Vale do Paraíba em 1852 para amedrontar os Liberais nas eleições. Diziam que ele tinha o "corpo fechado" e não recebia ofensa de arma branca ou de fogo. Acabado o período eleitoral, o salteador foi emboscado pela polícia no bairro Aparecidinha. Conta a lenda que as balas utilizadas pelos homens de farda eram de prata e benzidas para perfurarem o inatingível alvo. O bandoleiro morreu assassinado e uma capelinha foi erguida no local do tombo.

Registros do historiador Monsenhor Luiz Castanho de Almeida, cujo pseudônimo era Aluísio de Almeida, retratam João Peão com mais fama do que valentia. O escritor, em seu livro "História de Sorocaba", diz que o bandido foi morto em uma casa e desmente o boato de que o assassinato ocorreu na torre da igreja de Aparecidinha. Os restos mortais de João Peão foram enterrados fora do cemitério situado ao lado do Mosteiro de São Bento, onde hoje é a rua Cesário Mota. Mas a lenda do matador, depois de 160 anos de sua morte, ainda sobrevive em Aparecidinha.

O aposentado Cláudio Reche Martins, 70 anos, mora há 54 anos no bairro e conhece bem as histórias de João Peão. Segundo ele, os "mais antigos" dizem que o bandido caiu próximo à praça localizada em frente ao templo cristão. "Falam que o o João Peão era atingido por tiros vindos da igreja, mas as balas não o matavam", comenta. "A morte veio quando deram uma benzida nos projéteis", completa. A pequena capela erguida para João Peão ficava em um canto da praça da igreja. A sua existência chegou ao fim na década de 1980. Esse tipo de homenagem aos mortos, segundo Martins, fazia parte da tradição do bairro Aparecidinha. "O povo erguia uma capelinha cada vez que uma pessoa caia morta por aqui", relata. [Página 29]






Cemitério e a Igreja da Misericórdia foram transferidos
01/07/1852
1 fontes

1° fonte: Roda dos Expostos: 200 anos de “assistência” à infância pobre e dita abandonada no Brasil. Instituto Bixiga Pesquisa e Formação, institutobixiga.com.br
No segundo quartel do século 19, quando o Rio de Janeiro possuía mais de 200 mil habitantes, o pequeno hospital tornou-se insuficiente para atender a população crescente. Por reivindicação médica, o Cemitério e a Igreja da Misericórdia foram transferidos do local, dando lugar ao imponente prédio que foi inaugurado na Praia de Santa Luzia em julho de 1852, preservando no complexo hospitalar a estrutura da Roda do Expostos.






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