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1837
Bairro de Aparecidinha
1852
1865
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¨ RASUL

João Domador: candidato de corpo fechado, valentão e assassino assassinado
01/01/1852
3 fontes

1° fonte: Memória Histórica de Sorocaba VII
As eleições foram violentas, mas não correu sangue. Os conservadores toleraram as arruaças de João Peão ou João Domador, sujeito do vale do Paraíba, valentão e assassino, que galopava pelas ruas fazendo mêdo aos outros e a quem, todavia, liquidaram depois da eleição. Uma escolta foi a Aparecida e, de acôrdo com a amásia do pobre homem, matou-o enquanto dormia. Foi enterrado fora dos muros do cemitério velho de São Bento, alturas da atual praça frei Barauna, onde a cruz de João Peão, alumiada por muitas velas de promessa, durou até cêrca de 1890.



2° fonte: Revista A Cidade
João Peão era um bandido valentão. Teria vindo do Vale do Paraíba em 1852 para amedrontar os Liberais nas eleições. Diziam que ele tinha o "corpo fechado" e não recebia ofensa de arma branca ou de fogo. Acabado o período eleitoral, o salteador foi emboscado pela polícia no bairro Aparecidinha. Conta a lenda que as balas utilizadas pelos homens de farda eram de prata e benzidas para perfurarem o inatingível alvo. O bandoleiro morreu assassinado e uma capelinha foi erguida no local do tombo.

Registros do historiador Monsenhor Luiz Castanho de Almeida, cujo pseudônimo era Aluísio de Almeida, retratam João Peão com mais fama do que valentia. O escritor, em seu livro "História de Sorocaba", diz que o bandido foi morto em uma casa e desmente o boato de que o assassinato ocorreu na torre da igreja de Aparecidinha. Os restos mortais de João Peão foram enterrados fora do cemitério situado ao lado do Mosteiro de São Bento, onde hoje é a rua Cesário Mota. Mas a lenda do matador, depois de 160 anos de sua morte, ainda sobrevive em Aparecidinha.

O aposentado Cláudio Reche Martins, 70 anos, mora há 54 anos no bairro e conhece bem as histórias de João Peão. Segundo ele, os "mais antigos" dizem que o bandido caiu próximo à praça localizada em frente ao templo cristão. "Falam que o o João Peão era atingido por tiros vindos da igreja, mas as balas não o matavam", comenta. "A morte veio quando deram uma benzida nos projéteis", completa. A pequena capela erguida para João Peão ficava em um canto da praça da igreja. A sua existência chegou ao fim na década de 1980. Esse tipo de homenagem aos mortos, segundo Martins, fazia parte da tradição do bairro Aparecidinha. "O povo erguia uma capelinha cada vez que uma pessoa caia morta por aqui", relata. [Página 29]



3° fonte: “Notas para a História da Capoeira em Sorocaba (1850 – 1930)”, Carlos Carvalho Cavalheiro
Também aí Pedro Cunha foi muito feliz em seu Prefácio, ao lembrar que a garimpagem que Cavalheiro fez pode e deve ser entendida como mais uma trilha aberta para outros pesquisadores. Figuras como João Peão (ou João Domador), João Domador (ou João Crioulo, João Peão (ou João Domador), Benedicto Ferreira do Amaral (ou Sarongo, chefe da malta de capoeiras “Santa Rita”) e Benedicto Gostoso, para citar só alguns, e suas respectivas circunstâncias, como certamente lembraria Ortega y Gasset, merecem mais pesquisas e publicações. João Domador (ou João Crioulo) e seu “corpo fechado”, por exemplo, poderia ensejar paralelo com os pactos de encruzilhada feitos por capoeiras e, também, bluseiros (Jazz) do passado. Eventos emblemáticos como a Feira de Muares já mereceria um livro próprio. O apanhado sobre as Posturas Municipais, de Sorocaba e de vários outros municípios, é extremamente significativo, não fosse eu um municipalista convicto. A inclusão e as reflexões sobre sociedades, senão secretas, bem intrigantes – como a Associação secreta “A Grande Ordem”, da qual o ex-escravo José Cabinda, era Grão-mestre, é outro mote que vai estimular um bom número de novas pesquisas que, certamente, mergulharão ainda mais fundo:






Romaria em Sorocaba
01/01/1852
2 fontes

1° fonte: Revista A Cidade
Romarias têm origem incertas - Registros históricos apontam que o povoado surgiu 43 anos da fundação de Sorocaba, por volta de 1611, às margens do rio Pirajibu do Meio (rio do Peixe Vermelho). O lugar, segundo historiadores, era pouso nas rotas das expedições dos bandeirantes entre as capitanias e passou a se chamar Aparecidinha no final do século 18. Conta a história que um escravo devoto encontrou uma imagem de Nossa Senhora Aparecida no tronco de uma árvore, que havia sido deixado ali por um tropeiro. Documentos datados de 1791 já revelavam a existência da capela, que passou por várias reformas ao longo desses dois séculos. [Página 28]



2° fonte: Romaria em Sorocaba atrai 90 mil fiéis. Fonte: correiobraziliense.com.br
Um número recorde de fiéis - cerca de 90 mil pessoas, segundo a Polícia Militar - participou hoje da Romaria de Aparecidinha, em Sorocaba, interior de São Paulo. Numa marcha de 15 quilômetros, os romeiros levaram a imagem de Nossa Senhora Aparecida desde a Catedral, no centro da cidade, até o santuário do bairro de Aparecidinha. A tradição se repete há 109 anos, mas há registros da romaria a partir de 1852. A festa religiosa teve início às 5 horas na praça central de Sorocaba, com uma missa campal na frente da Catedral, celebrada pelo bispo dom Eduardo Benes Sales Rodrigues. Muita gente saiu à janela de casas e prédios para venerar a santa. De acordo com o padre José Antonio Leite de Oliveira, pároco do santuário de Aparecidinha, a maioria dos caminhantes era de jovens. A imagem de Nossa Senhora Aparecida permanecerá no santuário até 1º de janeiro, quando em nova romaria será levada de volta à Catedral, conforme a tradição.






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