Este é o único ano (1803) que encontramos informação sobre o comércio por via terrestre. Não descartamos a possibilidade do tráfego comercial por via terrestre, porém acreditamos que seu volume represente parcela inexpressiva da quantidade total, a julgar pela recorrência de reclamações acerca da qualidade dos caminhos, com a que reproduzimos, redigida pelo diretor da Mesa de Rendas de Iguape, em 1856:
“O comércio interno com a povoação de serra acima é quase nenhum, apenas um ou outro lavrador chega a esta cidade para vender os gêneros de sua lavoura, a saber, toucinho, cevadas e algum gado; pouco, estes gêneros são aqui consumidos e sempre reputados por altos preços e mal chegam para o consumo da população da cidade e destes há falta contínua, falta esta devida a não existirem estradas a comunicar esta com aquelas povoações, pois que as picadas que existem (...) não animam aos tropeiros a arriscarem seus gêneros e animais; são essas picadas: uma que segue desta cidade à vila de Xiririca e dali à Freguesia de Paranapanema e outros pontos vizinhos; outra que de Santo Antonio de Juquiá vai a Itapetininga e seu arredores e uma outra chamada do Travessão, no rio Ipiranga, que também comunica para Paranapanema e Itapetininga” (AESP, Ofícios diversos de Iguape, ordem n.º 1.043a).
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