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1902

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Apiaçába - Nome do porto do caminho primitivo de Piratinim para a costa marítima e vice-versa. Este nome é mencionado no título de sesmaria de Ruy Pinto, de 10 de fevereiro de 1533: "... as terras do Porto das Almadias, onde desembarcam quando vão para Piratinim, quando vão desta Ilha de São Vicente, que se chama Apiaçába, que agora novamente chama-se o Porto de Santa Cruz...". Vê-se pela oração seguinte que o nome Apiaçába é do porto.
Apiaçába, corruptela de Y-pià-çaba, "lugar do apartamento do caminho", de y, relativo, piá, "apartar caminho", çába, verbal de particípio, o mesmo que ába, para exprimir lugar, modo, instrumento, causa, fim, intuito, etc., fazendo çaba, segundo a lição do padre Luiz Figueira em sua Arte de gramatica da língua brasílica. [Diccionario Geographico da Provincia de S. Paulo, 1902. João Mendes de Almeida. Página 12]

Bacaetaba - Afluente do rio Sorocaba, pela margem esquerda: no município de Campo Largo de Sorocaba. Este córrego nasce na serra Araçoiaba: tem também o nome Taboão

Bacaetaba, corruptela de Báquâ-itá-ába, por contração Báqua-itá-´ba, "corre em declive e aos degráus": de báqua, "correr", itá, "estante, armação,, pilar, coisa que em outra se estriba", com o sufixo ába, para exprimir modo de correr. Conquanto itá seja substantivo, ficou neste caso como parte do verbo baquá. Os degraus são formados de xistos horizontais. [Página 27]

Cubatão, corruptéla de Gu-bi-itá-ã, contraído em Gu-bi-it-ã, "empinado em escadaria". De gu, reciproco, bi-itá, "escada, degraus", ã, "empinar". O som do primeiro i é gutural, segundo a lição dos gramáticos, quando ha dois ii juntos; e, pois sôa como a fechado. A palavra bi-itá é composta de bi "levantar, alçar", itá, "estante, armação, degraus, pilares, em geral tudo em que outra coisa se estriba". [Diccionario Geographico da Provincia de S. Paulo, 1902. João Mendes de Almeida. Página 77]

Cahêpupú ou Caipupú - Serra, no município da Conceição de Itanhaém. Caipupú, corruptela de Caá-popú, "monte que soa oco". De caá, "monte", popú, "o que soa oco". [Página 91 do pdf]

Guapurá — Dois morros no municipio de Itanhaen; ramificações da serra marítima.Ha o guassú e o mirím,Guapurá, corruptela de Gu-api-rá, "desatado na ponta". De gn, reciproco, api, "ponta, principio ou fim de alguma cousa", rá, "desatar".Allusivo ao derrocamento no cimo desses morros.

Guapurundúba.— Affluente do rioRibeira de Iguape, pela margem esquerda: no municipio de Xiririca. Em suas margens ha vestígios de mineração de ouro. Á sua fóz existe uma capella.Tenho lido também Vapurundúba, e Iraporandúra ; mas, estes são outra forma do nome: em vez de gu, reciproco, foi empregado y, relativo: Y-apóra-ndú-bae, "com saltos estrondosos". De Y, relativo, apor, "salto, saltar, cahir de cima", completado pelo a (breve), por acabar em consoante, ndú, "fazer estrondo", bae (breve), para levar o verbo ao participio[p. 99]

Guaratúba — Rio que nasce na serra marítima, e corre de norte a sudeste, para desaguar no oceano: no municipio de Santos.

Segundo Martius e outros deturpadores da lingua tupi, Guaratúba significaria "abundância de guará". Mas, o indígena era muito inteligente, para que cogitasse disso.

Ha também com o nome Guaratúba, no municipio de Iguape, um pequeno rio que nasce no morro Caiobá, e desagua no rio Ribeira de Iguape, formando á fóz uma lagoa.

Guaratúba, corruptela de Ou-ar-aiybae, "erectas ambas as margens". De gn, reciproco, para exprimir as duas margens, ar "lado", afy, "levantado, erecto, a prumo, em montão", bae (breve), para formar participio. O som áo y é guttural. Allusivo a correr entre barrancas eretas.[p. 102]

Mombaça - Campo próximo ao lugar que o ribeirão Apotribú faz três saltos seguidos, antes de desaguar no rio Tieté. Mombáça, corrupção de Nhu-mbáû, "campo manchado de montes". De Nhu, "campo", mbáû, o mesmo que páû, mas mudado o p em mb por causa do som nasal de nhu, que o antecede, "ilha, coisa intermédia". Mesmo nhu-páû ou nh-mubáû significa "Ilhas de monte em campo". [p. 169]

Passa-três - Afluente do ribeirão Piragibú, pela margem esquerda, no município de Sorocaba. É também conhecido por Piragi-mirim. O Passa-três nasce na serra Inhoahyba, prolongamento da serra São Francisco. Passa-três, corrupção de Páî-ocè-eteî, contraído em Pâî-cè-tei, "inteiramente muito dependurado". De páî, "dependurar", ocè, para exprimir superlativo, eteî, "inteiramente", de todo o ponto", para exprimir a maior ação e a maior extensão do verbo. [p. 191]

Pinheirinhos - Afluente do rio Tieté, pela margem direita: entre os municípios de Conceição dos Guarulhos e de Juquery. Mas, a sua nascente é no município de Nazaré.

Afluente do rio Atibaia, pela margem esquerda: no município de Atibaia.

Uma das cabaceiras do ribeirão Potribú: no município de São Roque. Á sua margem direita há uma pequena povoação com o nome Pinheirinhos, próximo á estrada de ferro Sorocabana. [p. 203 e 204]

Piragibú - Afluente do rio Sorocaba, pela margem esquerda: nos municípios de São Roque e de Sorocaba. Piragibú, corruptela de Pi-rá-igi-ibiy, "leito desigual, granítico, gretado". De pi, "centro, fundo", , "desigual, não nivelado", igi, "duro, forte", ibiy, "concavidade, abertura, greta, ôco". Contraído em Pi-rá-ig´-ibiy.

Alusivo a ter saltos, cascatas, cachoeiras, poços e caldeirões. A formação geológica da região, que este ribeirão atravessa, de xistos inclinados, mais ou menos metamorfizados, e grandes manchas de granito, presta-se a essas depressões e poços no leito, formando as águas aí fortes redemoinhos, ou voltas espirais. [Páginas 205 e 206]

Potribú - Afluente do rio Tieté, pela margem esquerda: no município de São Roque. Alguns são também este nome a um morro escalvado no cume, ladeado por aquele ribeirão. (Vide o nome Apotribú). [p. 214]

São Roque - Cidade, á margem esquerda do ribeirão Aracahy, e á barra do córrego Carambehy, que aflue naquele pela mesma margem. Sua denominação primitiva era Capela de São Roque de Carambehy. O nome São Roque é denominação religiosa. Vi em um mapa da Comissão Geográfica de São Paulo o nome São Roque dado ao ribeirão Potribú. Mas é erro. [p. 235]

Rio formado por duas cabeceiras: o Sorocabussú e o Sorocá-Mirm. O primeiro nasce nos morros Itatúba e Chiqueiro. O segundo, no morro Cahucáia. Aflui no rio Tietê, pela margem esquerda. Estas duas cabeceiras, depois de reunirem-se, recebem pela margem esquerda o ribeirão Una, á cuja margem direita está a villa deste nome.

Pequeno rio que deságua no "Mar Pequeno" no município de Iguape. (...) A corruptéla é somente no som; e, sem dúvida, existindo "Sorocaba", em serra acima, os portugueses entenderam ser o mesmo nome também na varzea. A corruptéla deveria ser "Surucába". Com efeito, ao sul da cidade de Iguape, litoral do "Mar Pequeno", estende-se uma varzea imensa, cortada por vários rios, ribeirões, córregos e sangas. (Diccionario Geographico da Provincia de S. Paulo, 1902. João Mendes de Almeida. Página 241)

Taboão - (...) Afluente do ribeirão Potribú, pela margem direita: no município de São Roque.

Afluente do rio Sorocaba, pela margem esquerda: no município de Piedade. [p. 244]

Tavacahy - Afluente do rio Sorocaba, pela margem direita: no município de Sorocaba. Corrupção de T-abáquâ-i, "perseverantemente muito corrente". De t, relativo, abáquâ, "correr muito", i, posposição de perseverança. Alusivo a ter forte correnteza. O indígena diz cabaquâ, ou simplesmente báquâ, para exprimir a velocidade da correnteza. [p. 252]


IMGSM: 1


Diccionario geographico da provincia de S. Paulo: precedido de um estudo sobre a estructura da Província de São Paulo
Data: 01/01/1902
Créditos/Fonte: João Mendes de Almeida (1831-1898)
Página 127


ID: 11238


Diccionario Geographico da Provincia de S. Paulo
Data: 01/01/1902
Créditos/Fonte: Joa~o Mendes de Almeida (1831-1898)
Página 23


ID: 11239


Diccionario Geographico da Provincia de S. Paulo
Data: 01/01/1902
Créditos/Fonte: João Mendes de Almeida
Página 133


ID: 11380


Diccionario Geographico da Provincia de S. Paulo
Data: 01/01/1902
Créditos/Fonte: João Mendes de Almeida (1831-1898)
Página 27


ID: 11381


Diccionario Geographico da Provincia de S. Paulo
Data: 01/01/1902
Créditos/Fonte: João Mendes de Almeida (1831-1898)
Página 206


ID: 11382


Diccionario Geographico da Provincia de S. Paulo
Data: 01/01/1902
Créditos/Fonte: Joa~o Mendes de Almeida (1831-1898)
Página 205


ID: 11383


Diccionario Geographico da Provincia de S. Paulo
Data: 01/01/1902
Créditos/Fonte: João Mendes de Almeida (1831-1898)
Página 241


ID: 11384


Diccionario Geographico da Provincia de S. Paulo
Data: 01/01/1902
Créditos/Fonte: João Mendes de Almeida (1831-1898)
Página 266


ID: 11385


Diccionario Geographico da Provincia de S. Paulo
Data: 01/01/1902
Créditos/Fonte: João Mendes de Almeida (1831-1898)
Página 45


ID: 11388


Diccionario Geographico da Provincia de S. Paulo
Data: 01/01/1902
Página 199


ID: 12488


Diccionario Geographico da Provincia de S. Paulo
Data: 01/01/1901
Créditos/Fonte: João Mendes de Almeida
Página 201


ID: 12727


Cadernos da divisão do arquivo histórico e pedagógico municipal
Data: 01/01/1988
Página 4


ID: 5889


Diccionario Geographico da Provincia de S. Paulo
Data: 01/01/1902
Créditos/Fonte: João Mendes de Almeida
Página 228


ID: 5896





  


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