 
| 
 
 
 erro0 
 Atualizado em 28/10/2025 07:43:05 Maniçoba, porta do Paraguai, Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Jornal Correio Paulistano, 08.09.1940 Cidades (8): Botucatu/SP, Cananéia/SP, Itu/SP, Laguna/SC, Paranapanema/SP, Salto de Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP Pessoas (9): Afonso d´Escragnolle Taunay, Leonardo Nunes, Luís Castanho de Almeida, Manuel da Nóbrega, Quirino Caxa, Ruy Diaz de Guzman, Serafim Soares Leite, Simão de Vasconcelos, Ulrico Schmidl Temas (20): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Guaranis, Guayrá, Léguas, Maniçoba, Rio Anhemby / Tietê, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio Sorocaba, Serra de Paranapiacaba, Tordesilhas, Abarê, Nheengatu, Caminho do Paraguay, Caminho Sorocaba-Botucatu, Serra de Ibotucatu, Rio Paranapanema, Caminho Sorocaba-Paranapanema, Cristãos  Data: 1940 Créditos: Página 13 
 • 1°. Havia indígenas transitando Maniçoba, "junto de um rio donde embarcam para os carijós". A expressão "carijós" designação os nativos que habitavam o sertão imediato a Piratininga e anterior ao Paraguai, tendo por limites, mais ou menos, no litoral de Cananéia até Laguna, onde começavam os Patos, e no interior as bacias do Tietê e Paranapanema até o Uruguai, porém com os guaranis à margem esquerda do segundo destes rios, no Guaíra. • 2°. Chegada a São Vivente* • 3°. Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias • 4°. “Fundada pelos jesuítas provavelmente em 18 de julho de 1554, a aldeia de Bohi, hoje Estância Turística de Embu das Artes” Eis porque, antes de 25 de janeiro de 1554 e depois de 30 de agosto de 1553, Manuel da Nóbrega, após o novo ajuntamento de nativos de Piratininga deixando aí dois irmãos para catequese até a chegada - digamos oficial - de Anchieta, partiu com o irmão Antonio Rodrigues, quatro meninos e alguns nativos para a aldeia de Maniçoba, onde os precedera o irmão Pero Correia. Maniçoba, "junto de um rio donde embarcam para os carijós". A expressão "carijós" designação os nativos que habitavam o sertão imediato a Piratininga e anterior ao Paraguai, tendo por limites, mais ou menos, no litoral de Cananéia até Laguna, onde começavam os Patos, e no interior as bacias do Tietê e Paranapanema até o Uruguai, porém com os guaranis à margem esquerda do segundo destes rios, no Guaíra. Os autores são concordes em colocar Maniçoba, que Simão de Vasconcelos chamada Japiassú, nas cercanias da atual cidade de Itú. Servem-se para isso, de várias fontes, até mesmo do relato de um viajante da poca, Ulrico Schmidel, e da cartografia antiga, porém, a base da argumentação ficam sendo as cartas jesuíticas, que determinavam para Maniçoba 35 léguas e até 50 contando de São Vicente, sertão adentro, e porto de embarque. Ora, para ir ao interior, o primeiro rio que se podia utilizar adiante de Piratininga era o Tietê, abaixo do Salto de Itú. "A fama deste grão zelo de Nóbrea, diz Simão de Vasconcelos, muito conhecido pelos sertões do Paraguai (nos quais era chamado Barcaelué, que vale o mesmo que homem santo) se abalaram grandes levas de Carijós em busca dele, para serem doutrinadores na aldeia já dita, que ficava mais perto; pois não foram tão ditosos que tivessem efeitos os desejos que o padre tivera de ir às suas terras, donde fora chamado por eles tantas vezes". "Os nativos Tupis - continua Serafim Leite - que tinham com eles contas antigas a ajustar, ou porque fossem prevenidos pelos Portugueses para cortar o passo a tais adventícios, saíram-lhes ao caminho, e destroçaram-nos, sem lhes valerem os Padres. Outros nativos vieram depois, com três espanhóis, que foram igualmente mortos, exceto um destes, que pode fugir e acolher-se á proteção dos Jesuítas".Ainda em julho de 1554 estacam em Maniçoba "dois padres e irmãos e irmão Gregório Serrão com escola de gramática". Este irmão Gregório andava doente e não era fácil arranjar-lhe a galinha para o caldo. Com a mudança, que logo se seguiu, dos padres e catecúmenos para São Paulo do Campo, sarou o doente e Maniçoba perdeu até o nome.O nome aparece ainda que desfigurado, no mapa atribuído a Rui Diaz de Gusman, autor da célebre "Argentina", e o qual, segundo Paul Groussac, é de 1606 a 1608. Lá está, à margem esquerda do Anhembi o "puerto de Mandiçoba", pode ver-se essa velha carta sul-americana no volume IX dos "Anales de lla Biblioteca" de Buenos Aires (1914). Foi em 1894 encontrada por Zeballos no Arquivo de las Índias em Sevilha, quando estudava a questão das Missões, completada a sua publicação em 1903, por Felix Outes, quanto à região do Atlântico.São estas as informações que nos envia Sergio Buarque de Holanda, na identificação de Maniçoba, é importantíssima na confirmação dos pontos de vista de outros historiadores paulistas desde Gentil de Moura e Teodoro Sampaio até Afonso de Taunay e Serafim Leite.Gostamos, porém, de sua hipótese, que fez descer um pouco mais a aldeia, entre as atuais cidades de Itú e Porto Feliz. Vê-se, por aí, ainda, uma vez a persistência da tradição nativa nos costumes dos bandeirantes, os primeiros dos quais eram meio guaranis de sangue e de língua. Pois o porto de Araritaguabam, donde partiram as monções e que o pincel de Almeida Junior celebrizou, dista máximo cinco léguas do "puerto de Maniçoba", "Por onde se vai aos Carijós". Que raízes profundas na terra e no homem americano tema nossa História! Morador de Sorocaba, o autor destas linhas vê todos os dias o rio do mesmo nome a correr para o oeste, como ao cair da tarde pode sonhar com as regiões imensas de campos e matas que se estendem além do Ipanema, rumo do Guairá antigo. Nascido à margem de um afluente do Paranapanema, contemplando ao norte a serra de Botucatu e palmilhando em crença aquele mesmo caminho selvagem, pre-colonial, o chamado "peabiru" que ligava o Guairá a São Paulo, passando por Sorocaba, e o que é mais, trazendo no sangue o atavismo de tataravó uruguaia e mestiça, julga o autor deste artigo, se não de todo compreender, ao menos sentir estas coisas tão belas no fundo de sua alma, o tanto para ousar transmitir ao papel essas queridas impressões. Se pecado for, é pecado de muito amor". • 5°. “Historia de la fundación del Colegio del Rio de Enero”, Quirino Caxa (1538-1599) Maniçoba, "junto de um rio donde embarcam para os carijós". A expressão "carijós" designação os nativos que habitavam o sertão imediato a Piratininga e anterior ao Paraguai, tendo por limites, mais ou menos, no litoral de Cananéia até Laguna, onde começavam os Patos, e no interior as bacias do Tietê e Paranapanema até o Uruguai, porém com os guaranis à margem esquerda do segundo destes rios, no Guaíra. • 6°. A região limítrofe das colonias portuguesas vicentinas era então chamada Guayrá, do nome de um famoso cacique, e correspondia a este vasto território ocidental do nosso Estado do Paraná, a que servem de limites o Paranapanema, o Paraná e o Iguassú Que raízes profundas na terra e no homem americano tema nossa História! Morador de Sorocaba, o autor destas linhas vê todos os dias o rio do mesmo nome a correr para o oeste, como ao cair da tarde pode sonhar com as regiões imensas de campos e matas que se estendem além do Ipanema, rumo do Guairá antigo. Nascido à margem de um afluente do Paranapanema, contemplando ao norte a serra de Botucatu e palmilhando em crença aquele mesmo caminho selvagem, pre-colonial, o chamado "peabiru" que ligava o Guairá a São Paulo, passando por Sorocaba, e o que é mais, trazendo no sangue o atavismo de tataravó uruguaia e mestiça, julga o autor deste artigo, se não de todo compreender, ao menos sentir estas coisas tão belas no fundo de sua alma, o tanto para ousar transmitir ao papel essas queridas impressões. Se pecado for, é pecado de muito amor". • 7°. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas Maniçoba, "junto de um rio donde embarcam para os carijós". A expressão "carijós" designação os nativos que habitavam o sertão imediato a Piratininga e anterior ao Paraguai, tendo por limites, mais ou menos, no litoral de Cananéia até Laguna, onde começavam os Patos, e no interior as bacias do Tietê e Paranapanema até o Uruguai, porém com os guaranis à margem esquerda do segundo destes rios, no Guaíra. • 8°. Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre • 9°. Inventário e Testamento de Cristóvão Diniz, consultado em rojetocompartilhar.org Que raízes profundas na terra e no homem americano tema nossa História! Morador de Sorocaba, o autor destas linhas vê todos os dias o rio do mesmo nome a correr para o oeste, como ao cair da tarde pode sonhar com as regiões imensas de campos e matas que se estendem além do Ipanema, rumo do Guairá antigo. Nascido à margem de um afluente do Paranapanema, contemplando ao norte a serra de Botucatu e palmilhando em crença aquele mesmo caminho selvagem, pre-colonial, o chamado "peabiru" que ligava o Guairá a São Paulo, passando por Sorocaba, e o que é mais, trazendo no sangue o atavismo de tataravó uruguaia e mestiça, julga o autor deste artigo, se não de todo compreender, ao menos sentir estas coisas tão belas no fundo de sua alma, o tanto para ousar transmitir ao papel essas queridas impressões. Se pecado for, é pecado de muito amor". ANDREA! 
 Sobre o Brasilbook.com.br 
 |