(...) Ouçamos Ulrico Schimdel que segundo Robert Southey, o poeta historiador que nunca pôs os pés do lado de cá do Atlântico, autor no entanto, de uma história do Brasil considerada até hoje como obra clássica, palavras do íntegro historiador coronel Luiz Tenório de Brito, é ele um aventureiro, na opinião do nosso grande poeta indianista, Gonçalves Dias, em tese que proferiu no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sobre as Amazonas, Schmidel é referto de inverissimilhanças, como em todas as relações de viagem daquele tempo:
"Rumamos, após, para uma localidade pertencente a cristãos. O chefe que estava na vila, chamava-se João Ramalho (Johann Reinmelle, Jean Reinuille, JUan de Reinville). A este povoado eu queria designar como casa de latrocínio. Foi nossa sorte o chefe não estar em casa, achando-se com outros cristãos que moram em São Vicente, pois eles, os cristãos realizaram, há tempos um convênio entre si. Os que vivem em São Vicente (e em outros povoados das cercanias) são mais de cerca de oitocentos homens, que são (todos cristãos) e súditos do rei de Portugal. E este João Ramalho (não quer ficar submetido ao rei de Portugal ou ao lugar-tenente do mesmo nessa circunscrição, pois ele diz) e declara que faz quarenta anos que estava nesta terra, nas Índias, que a habita e que adquiriu, porque não devia governar ele a terra como qualquer outro? Por isso fazem a guerra entre si, pois este João Ramalho querendo reunir cinquenta mil nativos, pode juntá-los em um dia, tão grande é seu poder nesta terra, ao passo que nem o rei, nem seus lugar-tenentes conseguem reunir dois mil nativos". [Página 19]
Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira Séculos XVI - XVII Data: 01/01/2013 Créditos/Fonte: SCHUNK, Rafael Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira Séculos XVI - XVII. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013. (Coleção PROPG Digital - UNESP). ISBN 9788579834301 página 181
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!