mente a carestia extrema da prata vinda do Peru por BuenosAires, dois males com dano gravissimo para a economia do Brasil,onde até então predominára a circulação da moeda de prata deorigem espanhola.Na segunda metade do século, a tão grave crise econômicofinanceira somou-se a decadência da indústria açucareira do Brasil decorrente da concorrência antilhana.Também em crise nessa época o apresamento do índio pelospaulistas, como já se observou, tomariam vulto os empreendimentos de iniciativa as pesquisas de minerais preciosos.Durante o século XVII, vários sertanistas de São Paulo percorreram os sertões goiano e mato-grossense, entre os quais*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, LXIXLourenço Castanho Taques, o velho, em 1668, que abriu o caminho na região de Cataguases, Luís Castanho de Almeida, em1671, Manuel de Campos Bicudo, em 1675. ao norte de MatoGrosso e Bartolomeu Bueno da Silva, em 1676, na região goiana.E, ainda mais adiante iriam, como Antônio Castanho daSilva que faleceu no Peru, em 1622, Antônio Rapôso Tavares queentre 1648 e 1652 internou-se pelo Paraguai, atingiu os contrafortes dos Andes em busca de minas e navegou o Amazonas atéBelém do Pará. Luís Pedroso de Barros, em 1656, que chegou aoPeru, onde morreu às mãos dos índios serranos. E muitos outrosque se aventuraram em busca de riquezas minerais em ignoto eindeterminado sertão.Pelo vale do Paraíba e pela garganta do Embaú, na Mantiqueira, rumo a região mineira, pelos caminhos do Norte, um que,por Mogi-Mirim atingia Goiás e outro que, pela região de Atibaiae Bragança atingia o sul de Minas, e, pelo caminho fluvial doTietê, que levava ao interior mato-grossense, por essas rotasbandeirantes que convergiam para São Paulo de Piratiningaseguiram as expedicóes pesquisadoras em busca dos lendáriostesouros do sertão. Devassaram o interior, abriram caminhos,prepararam a descoberta do ouro em fins do século XVII e noséculo seguinte em Minas Gerais. Goiás e Mato Grosso, expandindo cada vez mais para oéste as terras da ~méricd lusitana.Dentre tôdas as expedições pesquisadoras de minerais preciosos destacou-se a de Fernáo Dias Pais que partiu de São Pauloem 1674 (21 de Julho), a procura de esmeraldas e de prata, explorou durante sete anos grande área na região centro-sul do Brasil - das cabeceiras do rio das Velhas, iumo norte, até a zona doSêrro Frio, onde jazia o ouro logo depois revelado pelos paulistas.Nula quanto às riquezas que procurava, foi, todavia, importantíssima pelo contacto que estabeleceu entre o período das entradas pesquisadoras e o descobrimento dos mananciais aunferosalgum tempo depois, prelúdio da idade do ouro no Brasil quecomeçará ao correr do último lustro do século XVII. [p. 119]
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!