Para Darcy Ribeiro, a revolução sociocultural consiste no movimento histórico de mudança dos modos de ser e de viver dos grupos humanos, desencadeado pelo impacto de sucessivas revoluções tecnológicas (agrícola, industrial, etc.) sobre sociedades concretas, tendentes a conduzi-las à transição de uma etapa a outra, ou de uma a outra formação sociocultural.
Para Darcy Ribeiro, progressos e regressões são dois mecanismos de configuração histórica que representam o avanço ou retrocesso dos aspectos produtivos, sociais e culturais de uma determinada sociedade em seu percurso evolutivo relativo a outras sociedades e não a um fim específico, que é a nossa sociedade, como os evolucionistas pressupõem.
Num sentido mais amplo e comumente empregado, a civilização designa toda uma cultura de determinado povo e o acervo de seus característicos sociais, científicos, políticos, econômicos e artísticos próprios e distintos.
Darcy Ribeiro, por sua vez, distingue as "Civilizações Regionais" (associadas às revoluções tecnológicas da metalurgia, regadio, pastoreio e escravismo) das "Civilizações Mundiais" (associadas ao mercantilismo, revolução industrial e capitalismo/socialismo). Podem ser desenvolvidos, ainda, critérios da periodicidade histórica e principalmente características de sua cultura material tecnológica.