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2006


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  Caminho do Mar
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1 de janeiro de 2006, domingo
Atualizado em 02/11/2025 18:00:47
UMA CIVILIZAÇÃO DO ARROZ - Agricultura, comércio e subsistência no Vale do Ribeira (1800-1880). Autor: Agnaldo Valentin
•  Cidades (10): Jacupiranga/SP, Apiaí/SP, Buenos Aires/ARG, Iguape/SP, Iporanga/SP, Itapetininga/SP, Juquiá/SP, Paranapanema/SP, Rio de Janeiro/RJ, Xiririca (Eldorado)/SP
•  Pessoas (9): José Gonçalves Maia, Maria Angélica Xavier, José Inocêncio Alves Alvim, Francisca Xavier de Paula Almeida, Gonçalo José Gomes, Bartholomeu da Costa de Almeida Cruz, Daniel Pedro Müller (1785-1841), Isidoro Nicolau de Brito, João Garcia Carrasco
•  Temas (11): Vicente Bicudo, Isabel Velho, a filha, Assunguy, Café, Caminhos a Iguape, Dinheiro$, Escravizados, Ouro, Prata, Rio de São Lourenço, Tropeiros





  Caminho do Mar
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REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL
2006. Atualizado em 24/10/2025 02:17:30
Relacionamentos
 Cidades (6): Assunção/PAR, Cananéia/SP, Ilhas Molucas/INDO, Jundiaí/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (13) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Brás Cubas (1507-1592), Caiubi, senhor de Geribatiba, Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Leonardo Nunes, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Mem de Sá (1500-1572), Pedro Lozano (1697-1752), Rodrigo Alvares (f.1598), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), Ulrico Schmidl (1510-1579)
 Temas (35): “o Rio Grande”, Ambuaçava, Caminho até Cananéa, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de Piratininga, Caminho do Ibirapuera/Carro, Caminho do Padre, Caminho do Paraguay, Caminho do Peabiru, Caminho do Piquiri, Caminho SP-Santo Amaro, Carijós/Guaranis, Casas de Fundição, Colinas, Estradas antigas, Guaianase de Piratininga, Guaré ou Cruz das Almas, Habitantes, Inhapambuçu, Jeribatiba (Santo Amaro), Léguas, Ouro, Peru, Piratininga, Ponte Grande, Portos, Rio Anhemby / Tietê, Rio Pinheiros, Rio Piratininga, Rio Tamanduatei, Tabatinguera, Tordesilhas, Tupiniquim, Vila de Santo André da Borda, Ybyrpuêra
Registros mencionados (4)
1. “O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada
15 de junho de 1553

Aliás, cabe assinalar que Nóbrega não levava muito a sério a doutrinação dos índios do planalto. Em carta anterior, datada de 15 de junho de 1553, afirmava com todas as letras que só se ocuparia na conversão desses índios, enquanto estivesse impedido de se internar em definitivo no sertão (LEITE, v.1, p. 496). Na hipótese de ser verdade que foram os índios os únicos responsáveis pela escolha do lugar de sua nova aldeia no planalto – local esse depois plenamente aceito e ratificado pelos jesuítas, podemos supor – fica mais fácil compreender o grande acerto com que desempenharam tal missão.

Com efeito, na condição de silvícolas planaltinos, profundamente familiarizados com a região, eram eles os mais capacitados para determinar o ponto mais favorável para a criação de um novo povoado. Por uma questão de sobrevivência, só poderiam decidir-se por um local em acrópole (o que parece ter sido uma tradição entre os nossos índios antigos), próximo de rios piscosos e de trilhas que os poriam em fácil comunicação terrestre com pontos estratégicos ocupados por aldeias amigas.
2. A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão
5 de abril de 1560

Os historiadores alegam ainda razões de subsistência para justificar a escolha do sítio da nova aldeia. Não devemos nos esquecer que, com a chegada dos europeus transferidos de Santo André, em 1560, os campos planaltinos se mostrariam muito favoráveis à criação de animais domésticos, sobretudo de gado vacum, nas pastagens alagadiças situadas a nordeste, próximas das margens do Tietê e do Tamanduateí (Guaré), e que a pesca foi também uma atividade econômica de grande relevância para a nascente povoação. O próprio Padre Manuel de Nóbrega fazia questão de ressaltar, em carta de 1556, que a aldeia de Piratininga estava provida “de toda abastança que na terra pode aver” (LEITE, v.2, p. 284).

O que não se via até há pouco suficientemente ressaltado, contudo, como um dos fatores determinantes da escolha do local onde depois se fixaria a nova casa jesuítica – com a grande exceção de Pasquale Petrone (PETRONE, p.140-141) talvez –, era a preexistência nas imediações de um intrincado sistema de trilhas indígenas que cortavam em todos os sentidos a lombada interfluvial. Essas veredas poriam os irmãos da Companhia em comunicação direta com o litoral vicentino, com as aldeias planaltinas dos índios aliados e com o distante Paraguai, cujo fascínio durante muito tempo manteve bem aceso o fervor catequético dos inacinos, sobretudo do Padre Manuel da Nóbrega.

Cumpre, porém, chamar a atenção para um ponto controvertido acerca do modo como se deu a escolha do sítio onde foi erguida a casa jesuítica no planalto piratiningano. Indícios nos levam a pensar que, contrariamente à história oficial divulgada pelos jesuítas, foram os próprios índios desejosos de serem convertidos pelos padres da Companhia que se teriam reunido, sozinhos, numa aldeia, sem contar para a escolha de sua localização com a presença ou, quem sabe, sequer com a orientação de Nóbrega e seus companheiros (AMARAL, 1971,v.1, p. 128-129). [p. 12 e 13]

De acordo com Nóbrega, na carta citada, foi nesse núcleo de João Ramalho que Martim Afonso de Sousa ”primeiro povoou”, ou seja, fundou a efêmera vila de Piratininga no recuado ano de 1532, conforme relata o diário de Pero Lopes, irmão de Martim Afonso. Por outro lado, em missiva escrita por Anchieta em 15 de agosto de 1554, a própria povoação dos padres aparece também chamada de aldeia de Piratininga, onde os jesuítas mantinham “uma grande escola de meninos, filhos de índiosensinados a ler e escrever” (LEITE, v.2, p. 81). Ainda nesse tipo de documentação se faz alusão a um certo porto de Piratinim, localizado à margem esquerda do Rio Grande (Rio Tietê) e a um rio de Piratininga, que deve ser interpretado como sendo também o Anhembi (Tietê), o rio por excelência da região; fala-se igualmente em campos de Piratininga, que abarcavam toda a amplidão dos campos planaltinos; e, finalmente, em São Paulo de Piratininga, que é o nome que a casa jesuítica tomou a partir de 25 de janeiro de 1554 e que depois foi estendido à vila criada em 1560, às vezes denominada São Paulo do Campo. [p. 14]

A primeira Casa de Câmara só foi edificada em 1575 (ATAS, v.1, p. 76-79). Térrea e dispondo de um único cômodo, quando havia alguém encarcerado nela eram os vereadores obrigados a se reunir alhures, em geral na casa do vereador mais velho (ATAS, v.1, p. 125, 135, 158 e 161). Com a construção da Casa de Câmara, São Paulo passou a contar com dois logradouros, funcionando um deles como praça religiosa e o outro, como praça civil, dualidade que remontava em origem à cidade portuguesa medieval: o terreiro jesuítico, onde fora erguido o pelourinho em 1560 e agora se via um cruzeiro em frente da igreja (DEUS, p. 125; ATAS, v.1, p. 322 e 467) – terreiro esse que devia coincidir espacialmente com a praça central da aldeia indígena criada em 1553 –, e a praça pública, para onde foi depois transferido o símbolo de liberdade municipal, o qual não passava de uma rústica peça de madeira falquejada (ATAS, v.1,p. 269, 309 e 310). Posicionando-se entre esses dois espaços, a Casa de Câmara dava,supomos, os fundos para a praça pública e a frente para o adro dos jesuítas (ATAS, v.1,p. 161 e 269). [p. 22]

Em 1560, por uma questão de segurança, Mem de Sá ordenou a abertura de um novo caminho do mar, conhecido mais tarde pelo nome de Caminho do Padre José (PERALTA, p. 7). A primeira seção desse novo caminho, porém, durante muito tempo parece ter coincidido com a do anterior. Partia da vila pelas atuais Ruas do Carmo e Tabatinguera, passando em seguida pela mesma ponte sobre o Rio Tamanduateí (ATAS, v.1, p. 272-274 e 300). Nas Atas, essa via de comunicação é chamada de Caminho do Ipiranga (1584), porque se distanciava a partir de determinado ponto da velha trilha tupiniquim para atravessar o ribeiro desse nome (ATAS, v.1, p. 237-238). [p. 24]
3. Construída uma guarita
1564

Apesar de extremamente diminuta, a povoação devia estar provida de ao menos duas portas: a mais importante, sobre a qual haviam construído uma guarita em 1564, era a Porta Grande, abertura que talvez desse passagem ao caminho do sertão, de onde provinham em geral os ataques dos índios contrários (ATAS, v.1, p. 38 e 394); a outra porta era, supostamente, a que permitia uma saída cômoda para o Caminho do Mar (ATAS, v.1, p.98).
4. Numa escritura pública, datada de 30 de maio de 1589, em que é feita a descrição dos limites das terras cedidas por Brás Cubas aos frades carmelitas
30 de maio de 1589

Numa escritura pública, datada de 30 de maio de 1589, em que é feita a descrição dos limites das terras cedidas por Brás Cubas aos frades carmelitas, pode-se inferir, de determinado trecho, esse mesmo percurso. Damos abaixo o teor parcial do documento. Entre colchetes iremos comentando por partes os mencionados limites:

o caminho de Santo André para Piratininga vinha do curral de Aleixo Jorge pelo mesmo caminho que vem pela ponte grande em Tabatinguera [como já vimos, e veremos novamente, esse é o caminho velho do mar, trecho do antigo Peabiru, que acompanhava o traçado da Rua da Mooca, passava pela Rua Tabatinguera e seguia pela atual Rua do Carmo] e dahy atravessava pela villa vindo pela rua direita ate onde estava o mosteiro dos padres da companhia [essa rua “direita” parece seguir o trajeto de um segmento de rua sem denominação específica incorporado ao Pátio do Colégio, segmento este que hoje vai da Rua Floriano Peixoto, em frente à Caixa Econômica Federal, sita na Praça da Sé, até ao Pátio do Colégio; na embocadura inicial dessa via estaria localizada a porta da vila transposta por aqueles que chegavam do litoral] e dahy vindo pela porta que foi de Affonso Sardinha [a porta mais importante da vila, que provavelmente estava localizada na altura da esquina da Rua Anchieta com a Rua 15 de Novembro] e da qual rua foi de Rodrigo Álvares e Martim Affonso [essa via, Rua de Martim Afonso, nome de batismo adotado pelo índio Tibiriçá, em nossa opinião, não poderia ser jamais a Rua São Bento, como afirmava Frei Gaspar – porque, como veremos adiante, a Rua São Bento, ao contrário do que dizia o frade beneditino, só teria sido aberta, na verdade, no século XVII –, mas talvez estivesse representada por uma trilha que seguisse pela Rua 15 de Novembro e trecho inicial da atual Avenida São João, antiga ladeira desse nome; isso, se não acompanhasse o traçado, justamente, da Rua Álvares Penteado, orientada, como visto, para o Ribeiro Anhangabaú] e dahy a sahir a aguada do ribeiro e atravessando o ribeiro do Anhangobai pelo mesmo caminho que hoje por elle se servem os moradores daquela banda de Piratininga ate defronte a barra do Piratinin onde dava no rio grande [caminho de Piratiniga, que, após a transposição do Anhangabaú no local chamado Acu, se iniciava na Rua do Seminário, e cujo trajeto, descrito anteriormente, terminava na barra que o ribeiro daquele nome formava ao lançar suas águas no Rio Tietê] (JORGE,1999, p. 41)
Registros mencionados (11)
22/04/1529 - Tratado de Zaragoza discute a posse das Ilhas Molucas entre Portugal e Espanha [10664]
15/06/1553 - “O principal motivo de todos os impedimentos foi o fechamento da estrada por causa dos castelhanos, que estão a pouco mais de cem léguas desta capitania. E eles têm terras, e tanto que dizem que há montanhas deles, e muitas notícias de ouro pelo qual fecharam e bloquearam a estrada [21900]
29/08/1553 - Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues" [8154]
01/10/1553 - Carta do padre Manoel da Nóbrega a rei de Portugal, D. João III [21729]
02/09/1557 - Nóbrega em carta escrita registra o “Colégio de Piratininga” e o porto de “Piratinim” e não “São Paulo de Piratininga” [21807]
05/04/1560 - A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão [21938]
1564 - Construída uma guarita [27958]
01/05/1589 - São Paulo contava 150 a 170 moradores [20527]
30/05/1589 - Numa escritura pública, datada de 30 de maio de 1589, em que é feita a descrição dos limites das terras cedidas por Brás Cubas aos frades carmelitas [23988]
1702 - Chácara dos Morrinhos [1546]
1886 - Registro de Doações em ouro para a alforria de escravos [29417]






  Caminho do Mar
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“São Vicente Primeiros Tempos”. Secretaria de Turismo e Cultura da Prefeitura de São Vicente
2006. Atualizado em 31/10/2025 19:31:02
Relacionamentos
 Cidades (10): Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Iguape/SP, Laguna/SC, Paranaguá/PR, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sevilha/ESP, Sorocaba/SP
 Pessoas (17) Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), André Gonçalves, Bacharel de Cananéa, Christovam Jacques (1480-1531), Diogo Garcia de Moguér, Domingos Gomes Albernás, Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), Gonçalo da Costa, Gonçalo Monteiro, Henrique Montes, Jerônimo Rodrigues (f.1631), João III, "O Colonizador" (1502-1557), Pedro Annes, Pedro de Mendoza, Pero Capico
 Temas (11): Caminho do Peabiru, Capitania de Itamaracá, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Guaianás, Guerra de Iguape, Jesuítas, Jurubatuba, Geraibatiba, Rio da Prata, Rio Paraguay, Tordesilhas
Registros mencionados (7)
1. Segundo alguns historiadores, a prova da traição de Henrique Montes seria a “pressa” com que o rei D. João o nomeou Provedor dos Mantimentos da armada
16 de novembro de 1530

Segundo alguns historiadores, a prova da traição de Henrique Montes seria a “pressa” com que o rei D. João o nomeou Provedor dos Mantimentos da armada de 3 de dezembro de 1530, visto que a sua nomeação foi feita em carta de 16 de novembro desse ano, assinada em Lisboa, dias antes da nomeação do próprio Martim Afonso para chefe da mesma armada, o que só se daria pelas cartas de D. João datadas de 20 de novembro de 1530, da Vila de Castro Verde. [“São Vicente Primeiros Tempos”, 2006. Página 44]
2. Primeira expedição
junho de 1531
3. Mestre retira-se para Iguape
julho de 1531

Intimado por Martim Afonso, que fundeara em Bertioga, o Bacharel Mestre Cosme abandonou São Vicente aproximadamente em julho de 1531, dirigindo-se para a região de Cananéia, aonde veio a encontrar a armada de Martim Afonso em 12 de agosto, segundo descrição do Diário de Pero Lopes. Ainda não foi provado, não havendo suficientes provas documentais com relação à passagem de Martim Afonso por Bertioga e o seu encontro com João Ramalho naquele ponto, cuja referência já se fez tradição.

Foi depois da chegada de Martim Afonso a Cananéia, que se teria verificado, segundo alguns historiadores, a primeira vingança do Bacharel, oculta sob o que poderia parecer uma infelicidade normal. Francisco de Chaves, genro do Bacharel, informa a Martim Afonso que, não muito longe dali, havia ouro em quantidade, a ponto de o novo capitão de São Vicente acreditar na informação, confiando-lhe 80 dos seus melhores homens, além do chefe (Pero Lobo).
4. Pedro Agnez é enviado a terra pafra buscar o Bacharel de Cananéia
12 de agosto de 1531

Intimado por Martim Afonso, que fundeara em Bertioga, o Bacharel Mestre Cosme abandonou São Vicente aproximadamente em julho de 1531, dirigindo-se para a região de Cananéia, aonde veio a encontrar a armada de Martim Afonso em 12 de agosto, segundo descrição do Diário de Pero Lopes. Ainda não foi provado, não havendo suficientes provas documentais com relação à passagem de Martim Afonso por Bertioga e o seu encontro com João Ramalho naquele ponto, cuja referência já se fez tradição.

A denominação CANANOR que aparece no perfil geográfico de Ptolomeu deve ser interpretada como CANANÉIA (F 34) que significa “lugar dos judeus ou judeu”, de Cananeu, como eram chamados os judeus, o que quer dizer que o Bacharel deixado podia realmente ser judeu ou judaizante e de real importância. Com esse batismo André Gonçalves e Vespúcio firmavam e positivavam o fato da sua deixada naquele lugar predeterminado, que Pero Lopes, em seu “Diário”, revela já saber que se chamava Cananéia.

O “Diário” de Pero Lopes é muito claro quanto à vinda do Bacharel ao lugar de degredo. “E fazendo o caminho de sudoeste demos com hua ilha. Quis a Nossa Senhora e a bemaventurada Santa Clara, cujo dia era, que alimpou a néboa, e reconhecemos ser a Ilha de Cananéia... Por este rio arriba mandou o Capitam J. hum bergantim, e a Pedro Annes, que era língua da terra, que haver falla dos índios. Quinta-feira, dezessete dias do mez d’agosto (1531) veo Pedro Annes piloto no bergantim, e com elle veo Francisco de Chaves e o Bacharel, e cinco ou seis castelhanos. Este Bacharel havia trinta annos que estava degredado nesta terra”.
5. Diário de Pero Lopes
17 de agosto de 1531

A denominação CANANOR que aparece no perfil geográfico de Ptolomeu deve ser interpretada como CANANÉIA (F 34) que significa “lugar dos judeus ou judeu”, de Cananeu, como eram chamados os judeus, o que quer dizer que o Bacharel deixado podia realmente ser judeu ou judaizante e de real importância. Com esse batismo André Gonçalves e Vespúcio firmavam e positivavam o fato da sua deixada naquele lugar predeterminado, que Pero Lopes, em seu “Diário”, revela já saber que se chamava Cananéia.

O “Diário” de Pero Lopes é muito claro quanto à vinda do Bacharel ao lugar de degredo.“E fazendo o caminho de sudoeste demos com hua ilha. Quis a Nossa Senhora e a bemaventurada Santa Clara, cujo dia era, que alimpou a néboa, e reconhecemos ser a Ilha de Cananéia... Por este rio arriba mandou o Capitam J. hum bergantim, e a Pedro Annes, que era língua da terra, que haver falla dos índios. Quinta-feira, dezessete dias do mez d’agosto (1531) veo Pedro Annes piloto no bergantim, e com elle veo Francisco de Chaves e o Bacharel, e cinco ou seis castelhanos. Este Bacharel havia trinta annos que estava degredado nesta terra”.
6. A sua morte, ocorrida em 1534, quando do ataque das forças de Iguape a São Vicente é apresentada como prova final da sua traição ao Bacharel,
1534

A sua morte (Henrique Montes, ocorrida em 1534, quando do ataque das forças de Iguape a São Vicente é apresentada como prova final da sua traição ao Bacharel, sem que os acusadores levem em conta o combate entre as forças de Mosqueira e os moradores da Vila.

Por outro lado, ninguém relaciona a sua morte com a fuga de Paulo Adorno para a Bahia, acusado de matar um português nesse mesmo ano. Os acusadores parecem não duvidar.A resolução do rei era de destruir a quem quer que se atrevesse a fazer oposição à suavontade ou às ordens que Martim Afonso levaria, visto que mandou armar fortemente aexpedição, em que “van quatrocientos hombres, sin otros muchos que voluntariamente se embarcaron, para poblar y edificar algunas fortalezas em los puertos, para eso llevaronmucha artilleria, y que desde el puerto de San Vicente, que era de su distrito pensavanentrar por tierra, ao Rio de la Plata...y que ivã em ella Enrique Montes, que havia muchosaños que estava em aquellas partes...” (Antonio Herrera – “
7. Caminho do Padre Albernaz
1647
Registros mencionados (22)
01/05/1500 - Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás [7461]
1503 - Bacharel [28475]
1510 - Fundação do primeiro povoado de São Vicente [22639]
01/01/1516 - Cristóvão Jacques, no comando de duas caravelas, foi encarregado do patrulhamento da costa brasileira, a fim de desestimular incursões de corsários franceses [22407]
1520 - Caminho do Peabiru [22398]
1527 - Pero Capico deixa o Brasil [22648]
01/01/1527 - Chegada de Diogo Garcia de Moguer [21461]
1530 - Resolve voltar a Portugal e para isso obtém passagem a bordo da “Nossa Senhora do Rosário”, nau capitânia de Diogo Garcia de Moguér [22399]
01/08/1530 - Gonçalo da Costa chega a San Lucas de Barrameda em fins de agosto* [22400]
16/11/1530 - Segundo alguns historiadores, a prova da traição de Henrique Montes seria a “pressa” com que o rei D. João o nomeou Provedor dos Mantimentos da armada [22405]
01/06/1531 - Primeira expedição* [27838]
01/07/1531 - Mestre retira-se para Iguape* [22646]
12/08/1531 - Pedro Agnez é enviado a terra pafra buscar o Bacharel de Cananéia [6634]
17/08/1531 - Diário de Pero Lopes [11623]
1534 - A sua morte, ocorrida em 1534, quando do ataque das forças de Iguape a São Vicente é apresentada como prova final da sua traição ao Bacharel, [22406]
01/09/1534 - Armada parte para fundar Buenos Aires [22401]
17/09/1537 - “Gonçalo Monteiro, capitão, com poder de reger e governar esta Capitania de São Vicente, terra do Brasil pelo mui Ilmo.sr. Martim Afonso de Sousa, governador da dita Capitania... [22411]
1540 - “En la isla de Cananea en la tierra firme della ay pobló el Bachiller dexó muchas naranjeras y limones y zidras y otros muchas arboles y hizo muchas casas [21462]
1605 - “Abaixo ficava a costa dos carijós, ou entre o território dos Arachãs (litoral do Rio Grande) e Santa Catarina, dos Patos, com Paranaguá e São Francisco do Sul, baías freqüentadas pelos barcos castelhanos, e Laguna, onde chegavam os traficantes à procura do índio Tubarão, péssimo sujeito” [22412]
24/08/1605 - No dia de São Bartolomeu, 24 de agosto de 1605, celebraram a primeira missa naquela terra. E escreve o Padre Jerônimo: "Tomou-se posse, da parte de Deus, de gente que o demônio tantos mil anos tinha em seu poder." [27145]
1647 - Caminho do Padre Albernaz [26802]
1886 - “Cronografia Histórica” Mello Moraes [2174]






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São Tomé esteve aqui - revista.istoe.com.br
9 de agosto de 2006, quarta-feira. Atualizado em 26/08/2025 04:24:44
Relacionamentos
 Cidades (2): Capão Bonito/SP, Iguape/SP
 Pessoas (1) Apóstolo Tomé Judas Dídimo
 Temas (3): Caminho do Peabiru, Estradas antigas, Léguas
Registro mencionado
1. Relatos da presença de São Tomé
1502

Caminho feito no Brasil por santo dover para crer vira rota de peregrinos.

O Brasil já tem a sua versão do célebre Caminho de Santiago de Compostela na Espanha. Um novo roteiro de peregrinação, envolto por lendas religiosas, une-se à oferta de aventuras em meio às trilhas na Mata Atlântica, entre pastagens, plantações, bosques e a nascente do rio Paranapanema. São 200 quilômetros dentro do Estado de São Paulo, que liga Capão Bonito a Iguape, no litoral. O percurso, batizado de Caminho de São Tomé, foi inaugurado por uma comitiva de 30 pessoas. É feito, na média, em cinco dias. Há uma lenda recorrente de que São Tomé, o apóstolo que duvidou da ressurreição de Jesus Cristo – vem daí o bordão “ver para crer” – teria andado pela região para catequizar os índios e se tornado um dos primeiros “homens brancos” a chegar nas Américas. Em vez de participar de missões na Europa e no Oriente, ele teria optado por desbravar novos mundos. A presença de São Tomé na região vem de relatos escritos por jesuítas portugueses que chegaram entre 1502 e 1506. Os religiosos encontraram os índios guaranis com idéias monoteístas e noções de catolicismo. Os ensinamentos eram atribuídos pelos guaranis a um tal de Pai Sumé, descrito por eles como um homem alto de barbas brancas e roupas de linho e cinto de couro. Seria, segundo jesuítas, o apóstolo Tomé.

Outros atrativos do caminho dizem mais sobre a história do Brasil. O roteiro passa pela Serra da Macaca, no Vale do Ribeira, onde durante a ditadura o revolucionário Capitão Lamarca escapou de um cerco de milhares de militares. Abriga também cavernas que serviram de esconderijos para combatentes paulistas na revolução de 32. Segundo o secretário de Turismo de Capão Bonito, Gilson Kurtz, a idéia é utilizar a trilha para incrementar o turismo na região, que não foi incentivado, em parte, pela idéia de preservar a Mata Atlântica. Para se tornar um peregrino oficial, basta comprar um passaporte no Museu de Arte Sacra de Capão Bonito. Custa R$ 5. Como as pousadas da região são baratas, não se gasta mais do que R$ 100 com hospedagem e alimentação em todo o trajeto. Quem tiver mais pressa, pode ir de jipe ou a cavalo. O resto é reunir fôlego. E andar com fé.
Registros mencionados (1)
1502 - Relatos da presença de São Tomé [22659]






  Caminho do Mar
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Dezembro de 2006
Atualizado em 02/11/2025 04:48:31
Arqueologia de uma Fábrica de Ferro: Morro de Araçoiaba Séculos XVI-XVII. Autora: Anicleide Zequini, Universidade de São Paulo, Museu de Arqueologia e Etnologia, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUEOLOGIA*
•  Cidades (11): Araçoiaba da Serra/SP, Santo Amaro/SP, Sorocaba/SP, Capela do Alto/SP, Iperó/SP, São Vicente/SP, Curitiba/PR, Brasília/DF, Iguape/SP, Cananéia/SP, São Francisco do Sul/SC
•  Pessoas (9): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Diogo Flores Valdez (1530-1595), José de Anchieta (1534-1597), Nuno Manoel (1469-1531), Juan Diaz de Solís, Pero Correia (f.1554), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Brás Cubas (1507-1592), Jerônimo Leitão
•  Temas (11): Peru, Léguas, Caminho de Curitiba, Arqueologia, Sabarabuçu, Rio da Prata, Charruas, Carijós/Guaranis, Gentios, Bacaetava / Cahativa, Geografia e Mapas
MAPA DE LOCALIZAÇÃO DA FLONA
Data: 1985
Créditos: CENEA- Centro Nacional de Engenharia Agrícola
Floresta Nacional de Ipanema, Escala: 1:250 000
    1 fonte
  0 relacionadas
    Registros relacionados
1391. Atualizado em 01/11/2025 02:24:40
1°. Artefato
O outro vasilhame cerâmico encontrado na área B, identificada como de procedência local ou regional (neo-brasileira), apresenta características semelhantes e, também a mesma datação do vasilhame de cerâmica anteriormente descrito. (Figura 57, 58). Este artefato foi encontrado a 0,30 cm da superfície e foi em parte, reconstituído e levado para o exame de datação pelo processo de termoluminscência ao Laboratório de Vidros e Datação da Faculdade de Tecnologia de São Paulo - FATEC. O resultado do ensaio apontou a idade de 540 +/- 75 anos, correspondendo a possíveis datas de fabricação daquele artefato entre 1391 e 1541, sendo esta última data a mais provável.(Relatório de Ensaio, Anexo 1).
1411. Atualizado em 01/11/2025 06:25:24
2°. Artefato
12 de outubro de 1514, segunda-feira. Atualizado em 25/10/2025 04:44:47
3°. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel
Em 1514, Portugal enviou uma outra expedição ao sul, desta vez, chefiada por João de Lisboa e Estevão Frois, financiada D. Nuno Manuel e Cristóvão de Haro, em cujo trajeto estava Cananéia e a Ilha de São Francisco do Sul (Santa Catarina). Esta expedição descobriu o estuário do rio que denominaram de Rio da Prata. Os resultados dessa expedição foram informações dadas pelos nativos(Charruas) sobre a existência de uma “Serra de Prata”, fato que deve ter impulsionado o envio da expedição espanhola para o sul de Cananéia, em 1515,chefiada por Juan Diaz de Sólis (VIANNA, 1972, p. 54).
1 de setembro de 1531, sexta-feira. Atualizado em 11/10/2025 01:43:11
4°. De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada?
1541. Atualizado em 25/02/2025 04:40:18
5°. Artefato
O outro vasilhame cerâmico encontrado na área B, identificada como deprocedência local ou regional (neo-brasileira), apresenta característicassemelhantes e, também a mesma datação do vasilhame de cerâmica anteriormente descrito. (Figura 57, 58). Este artefato foi encontrado a 0,30 cm da superfície e foi em parte, reconstituído e levado para o exame de datação pelo processo de termoluminscência ao Laboratório de Vidros e Datação da Faculdade de Tecnologia de São Paulo - FATEC. O resultado do ensaio apontou a idade de540 +/- 75 anos, correspondendo a possíveis datas de fabricação daquele artefato entre 1391 e 1541, sendo esta última data a mais provável.(Relatório de Ensaio, Anexo 1). [Página 147]
1545. Atualizado em 25/02/2025 04:41:35
6°. Descoberta das minas de Potosí
1 de setembro de 1554, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:04
7°. Carta: Ir. José de Anchieta ao Padre Inácio de Loyola, São Paulo de Piratininga
Dezembro de 1561. Atualizado em 25/02/2025 04:42:53
8°. Expedição de Mem de Sá / O português Manuel Fernandes Ramos, primeiro marido de Suzana Dias construiu a capela de Santo Antônio*
2006. Atualizado em 25/10/2025 01:49:06
9°. Hélio Vianna
2006. Atualizado em 25/02/2025 04:40:16
10°. Marcelino Pereira Cleto


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