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Pedro Sarmiento de Gamboa (1532-1592)
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para romances e dramas, inspirou poetas,pintores e cartógrafos, enfim, frequentou,com uma certa assiduidade, o pensamento Europeu. Os contornos que ganhouaí, torno a repetir, pouco ou quase nadaforam devedores daquilo que sobre ele seescreveu em língua portuguesa. De qualquer modo, as notícias sobre a próspera eextensa colônia lusitana situada abaixo dalinha do Equador circularam, foram repetidas, naturalizaram-se e criaram para oshabitantes do Velho Mundo uma série deimagens, conceitos e expectativas acercado lugar e de sua gente.Os agentes principais deste verdadeiro processo de construção doBrasil pelo europeu foram, semsombra de dúvidas, os viajantes, sobretudo aqueles que, ansiosos para “ilustrar osseus compatriotas”, mas igualmente paracaírem na estima do público, resolveramescrever e publicar as suas impressõesde viagem. Mas quem eram, afinal, esses“construtores” do Brasil na Europa? Em quecondições e com que intuito passaram pelopaís? Que parte dele tiveram diante dosolhos? Quando e onde publicaram seus livros? Que alcance tiveram os seus escritos?Em linhas muitos gerais, entre 1500 e1808, vieram ao Brasil, registraram as suasimpressões e publicaram os seus relatoscerca de uma centena de visitantes, dosquais 11 passaram pela região no séculoXVI, 33 no século XVII, 45 no século XVIIIe 11 nos oito primeiros anos do séculoXIX. Nota-se, pois, que, desde AméricoVespúcio, para tomarmos o navegador que primeiro publicou sobre o ainda desconhecido pedaço de terra situado a suldas ilhas visitadas por Colombo, o númerode visitantes-escritores que passaram pelopaís veio num crescendo, com um saltorealmente expressivo do século XVI parao XVII, seguindo uma tendência extensivaa todo o Novo Mundo.No tocante à proveniência, 42 dos taisviajantes-escritores eram ingleses, 28franceses, oito holandeses, dez germânicos, quatro espanhóis, cinco italianos,dois russos e um sueco. Os visitantesholandeses estão concentrados no séculoXVII – século em que buscaram conhecere, posteriormente, se estabeleceram noNordeste brasileiro –, havendo somenteum testemunho do século XVI, mas publicado no século seguinte, e nenhum doséculo XVIII e início do XIX. Quanto aositalianos, salvo Vespúcio, visitante da primeira hora do século XVI, todos os demaissão do século XVII – quatro capuchinhos acaminho do Congo. Dos poucos espanhóisque deixaram registrada a sua passagempelo Brasil e publicaram tal registro – nãomais do que quatro navegadores, o quereflete o pouco prestígio que as narrativasde viagem tinham na Península Ibérica –,só um deles, Pero Sarmiento de Gamboa,andou pelo Brasil no século XVI, mas suanarrativa veio a público no século XVIII,em 1768 precisamente; os três demaisvisitantes são todos do século XVII, sendoque aquele que mais páginas de seu relatodedicou ao Brasil, Francisco Coreal, pareceter sido inventado por um criativo editor [Página 9 do pdf]

franceses da França Equinocial. Aforaesses grupos, restam, no século XVI, oaventureiro Hans Staden, capturado pelosíndios em Bertioga, Sarmiento e Gamboa,cuja embarcação demorou meses para serconsertada no Rio de Janeiro, e o piratainglês Antony Knivet, que caiu prisioneirodos portugueses próximo a São Sebastião.Depois deles, já no século XVII, o holandês Ruiters, capturado em Angra dos Reis,cumpriu pena no Rio de Janeiro por umbom tempo; o capuchinho da Missão doCongo, Antonio Cavazzi, ficou retido, sem“carona”, em Pernambuco por pouco maisde 12 meses; Martin de Nantes por doisanos andou pela região do rio São Francisco e, quase na virada do século, o misterioso Francisco Coreal supostamente vagoumais de sessenta meses por várias regiõesdo Brasil. O século XVIII não traz nenhumcaso, mas, no início do XIX, deparamoscom outro prisioneiro, o contrabandistade pau-brasil Thomas Lindley, detido naBahia por 12 meses, e com o comerciante John Mawe, visitante tardio e um dosprimeiros, “quiçá” o primeiro, a desfrutarda tolerância com o visitante estrangeiro,que caracterizará o período joanino.Passemos agora os olhos pelas obraspublicadas por estes cem visitantes. Notocante às línguas, 45 vieram a público originalmente em inglês, 29 em francês, oitoem alemão, oito em holandês, quatro emitaliano, três em espanhol, duas em russoe uma em latim – a narrativa de Vespúcio.Em relação ao século de publicação, sãosomente sete relatos no século XVI, namedida em que quatro dos visitantesquinhentistas tiveram suas narrativas publicadas ou no século XVII ou no XVIII. Apartir do século XVII, quando o movimentomarítimo no Atlântico e o interesse peloNovo Mundo estavam em processo de acelerada consolidação, o volume de relatosaumenta substantivamente; tendência queirá, como sabemos, se acentuar ao longodo século XVIII.Tais obras, entre edições e reedições,vieram à luz não menos do que 272 vezesentre os séculos XVI e início do XIX. Ametade delas, número bastante expressivo, veio a público uma única vez. Umaspoucas, ao contrário, as assinadas porAmérico Vespúcio, Duguay-Trouin, GeorgeAnson e Gabriel Dellon, tiveram mais de12 edições, mas constituem exceções.Traduções foram 110, sendo que quasemetade das obras não suscitou interessede nenhum editor estrangeiro. Predominam as traduções para o francês, o inglês,o alemão e, em menor número, as traduções para o holandês.Em termos gerais, considerando que tratamos de um período de três séculos, sãopoucas as narrativas referentes ao Brasil,nada que se compare ao montante que seescreveu sobre a América do Norte, sobrea Índia, sobre as terras austrais ou mesmosobre a América espanhola. Há, no entanto, de se considerar que tais relatos contaram, no que tange à circulação do seuconteúdo referente ao Brasil, com o auxíliodas grandes coletâneas de viagem, dosinúmeros atlas então disponíveis, de uma [Página 13 do pdf]





  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária)
Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!