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Papas e o Vaticano
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O ex-presidente norte-americano Franklin Roosevelt certa vez teorizou sobre a importância pouco evidente das pontes:

"Sem dúvida que em muitos aspectos a história da construção de pontes é a história da civilização. Através dela podemos medir uma parte importante do progresso de um povo", disse ele.

Desde tempos imemoriais, a humanidade percebeu que precisaria transpor obstáculos rios, despenhadeiros e vales em sua jornada por alimento, refúgio e, consequentemente, uma vida melhor. A resposta racional a esse desafio convencionou-se chamar de ponte. Construindo-as e cruzando-as, o homem foi cada vez mais longe e conquistou o planeta.

Não tardou ainda na história humana para o objeto da engenharia se transformar em símbolo da passagem de um estado inferior a um superior. Os antigos romanos, por exemplo, chamavam seus sacerdotes de pontifex construtor de pontes, literalmente.

Afinal, eram eles que faziam a conexão entre homens e deuses, entre o humano e o divino. O título de pontífice máximo acabou sendo apropriado pelos ditadores e imperadores de Roma como alerta de que tinham autoridade não apenas temporal sobre seus territórios, mas também espiritual.

Ao pontífice supremo cabia, entre outras atribuições, regular o tempo: incluir ou excluir dias do impreciso calendário romano para acertá-lo de acordo com o correr das estações. Foi como pontifex maximus que Júlio César fez uma profunda reforma no calendário de Roma, em 44 a.C.

O Ocidente usou essa forma de medir dias, meses e anos até 1582, quando novamente se fez necessário consertar o tempo humano para acertá-lo com o relógio cósmico. E quem fez isso foi outro pontífice: o Papa Gregório 13 herdeiro do simbolismo romano de que o líder religioso é um construtor de pontes entre os céus e a terra.

Daqui a uma semana, a humanidade celebrará novamente essa tradição ao iniciar o 431.º ano regido pelo calendário gregoriano. Por sinal, mais que qualquer outra época, o réveillon pode também ser visto como uma ponte simbólica entre o passado e o futuro.

E, quando os fogos de artifício estouram, os estampidos despertam a esperança que dorme dentro de cada um de transpor obstáculos e chegar a um novo tempo. Como se houvesse uma ponte sobre o rio de dificuldades, aflições e medos.

A cada qual, porém, sempre resta a escolha de consertar o próprio tempo e de construir pontes em vez de aguardar que elas apareçam à frente. De ser um pouco pontifex, afinal. Foi assim que a civilização se fez. No mundo material, como diria Roosevelt. E também no simbólico, como conceberam os antigos romanos. É assim que todos podem fazer.





  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária)
Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!