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Eletricidade
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2015


O bonde elétrico, primeiro transporte coletivo de Sorocaba, completa cem anos (urbes.com.br)
30/12/201513/02/2025 06:42:31

  
  



Sorocaba sempre esteve ligada à história, participando de forma ativa e dinâmica dos principais acontecimentos mundiais. Seja nos tempos atuais ou há cem anos, a cidade é reconhecida como referência em modernidade, recebendo inclusive a alcunha de “Manchester Paulista” no período da Revolução Industrial no Brasil. Conta a história que em 30/12/1915 o primeiro meio de transporte coletivo, um bonde elétrico, trazido pela São Paulo Elétric Company, circulou em Sorocaba. Giotto Pannunzio, avô do prefeito Antonio Carlos Pannunzio era o chefe de tráfego da São Paulo Elétric Company e foi designado pela empresa para acompanhar todas as obras de instalação e o funcionamento do bonde elétrico na cidade. “Giotto Pannunzio já prático nesse mister, é que foi, por essa razão, transferido de São Paulo para Sorocaba, na qualidade de chefe de tráfego, com a incumbência de dirigir e completar os serviços de instalação dos nossos bondes”, cita Antonio Francisco Gaspar em sua monografia “Os Bondes elétricos de Sorocaba - Homenagem ao quadragésimo aniversário de sua inauguração”, de 1955. A São Paulo Elétric Company foi responsável também por construir a ponte sobre o Rio Sorocaba que viria a interligar o Centro ao aos bairros do “além-ponte”, onde estavam as vilas operárias, cuja população era composta por imigrantes, notadamente espanhóis.Primeira viagemA primeira viagem aconteceu às 5 horas do dia 30/12/15, conforme noticiou o Jornal Cruzeiro do Sul, sob o comando de Roberto Battaglia, primeiro motorneiro que veio de São Paulo para ensinar os motorneiros locais a pilotarem o bonde. A passagem custava 200 réis, valor este revertido à Santa Casa de Sorocaba. Mesmo embaixo de chuva, a população acordou cedo para ver a passagem do bonde, narra o jornal. “Os bondes são belíssimos, fechados, com cadeiras estofadas, de palhinha, com pedal apenas à entrada, que fica próxima ao condutor. Este faz a condução e a cobrança, pois os riquíssimos carros são arranjados para isso”, reporta o texto publicado. Assim, os bondes passaram a operar de 20 em 20 minutos, das 5 da manhã às 22 horas.Avaliado como um transporte barato, passou a ser utilizado pela população operária, e em geral. “Para Sorocaba, onde naqueles tempos não havia ônibus, peruas e outras conduções, além dos carros de praça, coupés, charretes e trolys, os bondes elétricos vieram a calhar, ligando os bairros de Além-Ponte com o alto da Rua da Penha”, explica Gaspar em sua publicação. Bonde aos bairrosSegundo estudos de Gaspar, “os pontos finais das linhas situavam-se no largo da Independência (atual praça 9 de Julho) e no alto da rua dos Morros (hoje Rua Cel. Nogueira Padilha). Segundo Rosalina Burgos em seu estudo denominado ‘Produção do espaço urbano na “era dos bondes”: modernização social e seus efeitos na cidade de Sorocaba (início do século XX)’: até 1928 pouco se alterou o traçado das linha de bondes em Sorocaba. Porém, em 1927, falava-se na construção da denominada “linha de bondes aos bairros”. “As linhas foram levadas pela avenida General Carneiro até o bairro do Cerrado; e além-Ponte seguiu as ruas Newton Machado, e faziam assim um circuito pelo bairro do Bom Jesus. A São Paulo Elétric estabeleceu também, desvios na rua da Penha e rua Souza Pereira, frente praça Dr. Arthur Fajardo, e levou um ramal até a frente do edifício da Estação da Estrada de Ferro Sorocabana. Nota curiosa foi que os pobres carros de bois “monstros chiantes” segundo a gíria de antanho, tiveram que só trafegar pelas ruas onde não existiam os trilhos dos bondes elétricos”, cita Gaspar. Ainda segundo Burgos, entre as décadas de 30 e 40 os bondes serviram ao transporte sob a concessão então estabelecida entre Prefeitura Municipal e a São Paulo Eletric Company. Porém, em meados da década de 50, a referida empresa anunciava à prefeitura a proposta de transferência de todo maquinário relativo ao funcionamento dos bondes elétricos, passando a cobrar pelo fornecimento da energia para a movimentação dos mesmos e também o aluguel do uso dos postes sustentadores dos fios “trolley”, como já acontecia na capital. Caso não fosse do interesse da prefeitura, a Companhia cessaria a prestação dos serviços e alocaria os equipamentos para outras finalidades. A municipalidade assumiu o serviço do transporte com bondes, após uma série de serviços de restauro, tanto dos carros quanto dos trilhos, indicando claramente que a São Paulo Elétric Company havia entregue aquele sistema de transporte completamente sucateado. Em 1959 os bondes foram extintos em Sorocaba.



  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária)
Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!