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Sabarabuçu ()
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O semeador de horizontes Paulo Bomfim Ibrahim Nobre foi quem me apresentou o sobrado onde viveu José Bonifácio, o moço, mestre amado pela geração de Castro Alves e Ruy. A rua deixou de ser do Ouvidor e passou a ostentar seu nome.

No passado, chamou-se Rua da Cadeia Velha e do Governador, em homenagem a outro morador ilustre, D. Francisco de Sousa que, antes de vir para a América, serviu em Tânger e comandou em 1578 a frota que levaria D. Sebastião à trágica jornada de Alcácer-Quibir.

Político hábil e erudito, sabia moldar-se a situações diversas, o que lhe valeu a alcunha de D. Francisco “das manhas”. Esse D. Juan de metas impossíveis dá os primeiros passos do bandeirismo enviando homens nos rumos do Sabarabuçu, Cataguases, Goiás e Mato Grosso.

Protetor dos índios escravizados, efetua a conquista do Rio Grande do Norte e defende a costa brasileira dos ataques corsários franceses, ingleses e holandeses.Foi o propulsor da expedição de Gabriel Soares de Sousa que levaria à morte o autor do Tratado descritivo doBrasil na região situada entre o Jacobina e o Paranamirim do Rio das Contas.Prossegue a saga do cavaleiro andante enamorado deserras resplandecentes. Chega a São Paulo em 1558,acompanhado de pequena corte.

Antes de sua vinda, segundo depoimentos de Fernão Cardim e Frei Vicente do Salvador, os paulistas vestiam-se de “burel e pelotes pardos e azuis de petrinas compridas”, com “roupões de cacheiras sem capa”. Homens e mulheres se cobriam com o rústico pano de algodão tecido pelas índias, e, se havia alguma capa de baeta, era luxo emprestado aos noivos que adentravam a igreja no dia do casamento.

Com D. Francisco de Sousa, os paulistas passam a viver com certo luxo depois que “viram suas galas e de seus criados, e houve tantos librés e mantos de seprilhos que já parecia outra coisa”.

Comanda pessoalmente expedições à Serra de Araçoiaba, lançando no Vale das Furnas, onde encontra Afonso Sardinha fundindo ferro, fundamentos da Vila de Nossa Senhora do Monte Serrat, madona de sua devoção. Percorre também as minas de Bocaitava, Vuturana, Caatiba e Jaraguá.

Responsável pelas primeiras bandeiras, envia em 1601André de Leão em busca da prata e, no ano seguinte, fazpartir a tropa comandada por Nicolau Barreto, com trezentos homens brancos e mamelucos e centenas de índiosflecheiros que, deixando o arraial do sertanista na Mooca,vai pelo Tamanduateí ao Tietê, prosseguindo rumo ao Baixo Paraná, em demanda do ouro e da prata do Vice-Reinodo Peru. Abria-se, com um século de antecedência, o ciclodas Monções.Sob a capa de uma legenda dourada, iniciava-se também a demanda do Guairá que teria em Manuel Preto eRaposo Tavares seus cabos maiores.

Quando a bandeira de Nicolau Barreto regressa a São Paulo em 1604, já não encontra D. Francisco, que só voltaria ao Brasil em 1608 como governador da repartição do sul e superintendente das minas com jurisdição das capitanias do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Vicente.

Em 1609, liga-se o Diogo de Quadros e Francisco Lopes Pinto na exploração de engenho de ferro em Santo Amaro. Declina a partir daí a existência errante daquele quedespertou nos paulistas a tentação das serras de prata, dos morros cobertos de pedras preciosas e das lagoas douradas.

Vem a falecer em São Paulo, pobre e desamparado, em11 de junho de 1611, o conviva de reis, de sertanistas e debugres. Setenta anos mais tarde, seu sonho de esmeraldas arrebataria, nas margens do Rio das Velhas, a vidade Fernão Dias.No sumidouro do Anhangabaú, apenas uma viela lembra à desmemória da cidade o nome de D. Francisco deSousa, semeador de horizontes. [Página 6]





  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária)
Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!