jesus
0
Atualizado em 31/10/2025 00:05:40 O Bacharel de Cananeia, por Elizandra Aparecida Nóbrega, ovaledoribeira.com.br
• 1°. A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia • 2°. Ernesto Guilherme Young (1850-1914), pesquisando os arquivos dos cartórios e do Tombo de Iguape, publicou, em l896, pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, seu clássico “Esboço Histórico da Fundação da Cidade de Iguape” (1895), no qual conseguiu identificar o bacharel como sendo Cosme Fernandes Pessoa • 3°. Capítulo da História Colonial, 1907. Capistrano de Abreu (1853-1923) Sabemos que o Bacharel, após aquela famosa desavença, recolheu-se a São Vicente, onde deve ter permanecido algum tempo, ocasião em que foi contemplado com a sesmaria em questão. É certo que, já em 1536, retornou a Cananeia, pois esse ano a Rainha de Portugal, Izabel, escreveu ao Bacharel pedindo-lhe que prestasse todo o auxílio ao navegador Gregório de Pesquera Rosa, que viria ao Brasil em busca de especiarias. Essa expedição, no entanto, nunca chegou ao seu destino. Capistrano de Abreu nos informa em seus “Capítulos de História Colonial” que os primeiros colonos que vieram ao Brasil subordinavam-se a dois tipos extremos: “uns sucumbiram ao meio, ao ponto de furar lábios e orelhas, matar os prisioneiros segundo os ritos, e cevar-se em sua carne; outros insurgiram-se contra ele e impuseram sua vontade, como o bacharel de Cananeia, que se obrigou a fornecer quatrocentos escravos a Diogo Garcia, companheiro de Solis, um dos descobridores do Prata.” Diz, ainda, mestre Capistrano que, no processo de desbravamento e povoamento de nosso país, existiram três tipos de povoadores, ou seja: “o que não reagia e se submetia, o voluntarioso e indomável e o medíocre ou conciliador, que vivem bem uns com uns e outros, europeus e indígenas.” Segundo esse autor, os jesuítas empregaram seus esforços para que sobrevivesse o segundo tipo. Aquele “que se impunha, dominava, tornava-se verdadeiro régulo, como aquele bacharel de Cananeia.” Tirar o medo aos cristãos, senhorear gentio da terra pela guerra, amedrontá-lo com grandes ameaças, esta foi a conduta do bacharel, coadjuvada pelos jesuítas e adotada especialmente por Mem de Sá. O Bacharel era figura bastante conhecida pelos antigos navegadores. Mantinha com eles laços de amizade e até mesmo intercâmbio comercial. Quando o navegador português Diogo Garcia de Moguer passou por São Vicente em 1527, encontrou um bacharel que ali se achava desterrado. Emm sua “Memória de la Navegación”, Garcia registrou que ali residiam, entre outros, o bacharel Cosme Fernandes e seus genros Gonçalo da Costa e Francisco de Chaves, que receberam os navegantes “de braços abertos”.
Atualizado em 31/10/2025 00:05:41 Consulta em peabirucalunga.blogspot.com
• 1°. “Estas ilhas (São Vicente e Santo Amaro), os portugueses crêem ficar no continente que lhes pertence, dentro da sua linha de partilha; eles porém se enganam Depois da fracassada viagem de Gonçalo da Costa e a Portugal em fins de 1530, nãohouve por parte do rei D. João III respeito ou consideração, aos trinta anos de desterro elutas passadas pelo Bacharel – Fatos mencionados pelo Bacharel, mais tarde, a RuiMosquera, em desabafo, quando buscou refúgio em Iguape, depois de 1532, pressionadopor Martim Afonso, sem considerar o patriotismo revelado durante todos aqueles anos, em que nunca deixara de ser português, mantendo a posse de Portugal, em regiões em que os espanhóis acreditavam pertencer à Espanha, como se pode constatar no depoimento de Alonso de Santa Cruz, de 1530, quando declara no seu “Yslário”: “Estas ilhas (SãoVicente e Santo Amaro), os portugueses crêem ficar no continente que lhes pertence,dentro da sua linha de partilha; eles porém se enganam, segundo está averiguado porcriados de Vossa Majestade com muita diligência... de maneira que a linha não termina no‘puerto de San Vicente’ e sim mais para o oriente, num ponto chamado Sierra de SanSebastian...”“. • 2°. Verificada a recusa não declarada de Gonçalo da Costa às propostas do rei, e a sua retirada para a Espanha, o rei de Portugal se apressou em escrever a Martim Afonso de Sousa • 3°. Diário de Pero Lopes • 4°. Confirmação de terras a “mestre Cosme, bacharel” ANDREA! Sobre o Brasilbook.com.br |