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Caminho do Mar
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  Caminho do Mar
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2019
Atualizado em 02/11/2025 04:48:25
Estrada do Padre Dória (1832-1842): estudo de geografia histórica nos caminhos da Serra do Mar, 2019. Alexandre da Silva. USP. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Geografia
•  Cidades (4): Cubatão/SP, São José do Paraitinga (Salesópolis)/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (3): José de Anchieta (1534-1597), Padre Manoel de Faria Dória (1791-1842), Valério da Silva de Alvarenga
•  Temas (11): Calçada de Lorena, Caminho de Cubatão, Caminho do Padre, Caminho do Peabiru, Cavalos, Estrada da Maioridade, Estradas antigas, Maria Leme da Silva, Rio Una, Tamoios, Trilha dos Tupiniquins
Estrada do Padre Dória (1832-1842)
Data: 2019
Estudo de geografia histórica nos caminhos da Serra do Mar, 2019. Alexandre da Silva. USP. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Geografia. Página 39
    Registros relacionados
5 de abril de 1560, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:34:09
1°. A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão
Trilha dos Tupiniquins
Trajeto: Vertente esquerda do Vale do Rio Mogi
Tipo: Picada
Rampa Máxima: Muito variável
Largura média: 0,60m
Conceito tecnológico básico: Chão batido
Grau de interferência nas encostas: Nenhum
Período: Até 1500
Principal meio de transporte: A pé
Aportes tecnológicos: Empirismo
Principal objetivo: Acesso ao litoral

Caminho do Padre José
Trajeto: Vertente direita do Vale do Rio Perequê
Tipo: Picada
Rampa Máxima: Muito variável
Largura média: 1,00m
Conceito tecnológico básico: Chão batido
Grau de interferência nas encostas: Muito baixo
Período: 1560-1770
Principal meio de transporte: A pé
Aportes tecnológicos: Empirismo indígena
Principal objetivo: Evitar contato com os tamoios

Novo Caminho de Cubatão
Trajeto: Vertente direita do Vale do Rio das Pedras
Tipo: Picadão
Rampa Máxima: 20%
Largura média: 2,00mConceito tecnológico básico: Pequenos cortes, arrimos e estivasGrau de interferência nas encostas: Médio
Período: 1770-1790
Principal meio de transporte: A pé e mula
Aportes tecnológicos: Experiência europeia. Mestres de obras portugueses
Principal objetivo: Abastecimento das expedições para o sertão

Calçada de Lorena
Trajeto: Espigão - Pedras/Perequê
Tipo: Estrada calçada
Rampa Máxima: 20% - 25%
Largura média: 3,00mConceito tecnológico básico: Pequenos cortes e arrimosGrau de interferência nas encostas: BaixoPeríodo: 1790-1841
Principal meio de transporte: Tropa de mulas
Aportes tecnológicos: Real Corpo de Engenheiros de Portugal
Principal objetivo: Escoamento do açucar [Página 39]
1636. Atualizado em 07/10/2025 18:06:28
2°. Carta de Manuel Juan Morales ao rei Filipe IV (1605- 1665), “O Grande”
1770. Atualizado em 25/02/2025 04:47:22
3°. Caminho do Padre
Caminho do Padre José
Trajeto: Vertente direita do Vale do Rio Perequê
Tipo: Picada
Rampa Máxima: Muito variável
Largura média: 1,00m
Conceito tecnológico básico: Chão batido
Grau de interferência nas encostas: Muito baixo
Período: 1560-1770
Principal meio de transporte: A pé
Aportes tecnológicos: Empirismo indígena
Principal objetivo: Evitar contato com os tamoios.
Setembro de 1790. Atualizado em 25/02/2025 04:47:22
4°. Calçada de Lorena*
Calçada de Lorena
Trajeto: Espigão - Pedras/Perequê
Tipo: Estrada calçada
Rampa Máxima: 20% - 25%
Largura média: 3,00mConceito tecnológico básico: Pequenos cortes e arrimosGrau de interferência nas encostas: BaixoPeríodo: 1790-1841
Principal meio de transporte: Tropa de mulas
Aportes tecnológicos: Real Corpo de Engenheiros de Portugal
Principal objetivo: Escoamento do açúcar
1841. Atualizado em 25/02/2025 04:45:49
5°. Daniel Pedro Müller (1785-1841)
21 de abril de 1842, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 03:34:01
6°. Sua obstrução em 1842 foi ordenada por seu antagonista, o padre Pinto que, “como pretexto para tão impatriotico commetimento, allegou que Raphael Tobias poderia com suas tropas invadir a cidade…”
A personalidade central que contribui para o grande número de pontos de interrogação acerca dos acontecimentos atinentes a Estrada que levou seu nome foi o Padre Manoel de Faria Dória. Que nasceu na então Vila de São Sebastião, Litoral Norte Paulista, noano de 1781, tendo sido batizado no em 24 de novembro do referido ano, filho do CapitãoAmaro Alvares e Maria Barbosa do Amaral. Foi vigário de São Sebastião entre os anos de 1816 e 1837, tendo sido inscrito, nas ordens diocesanas no ano de 1816. Foi também deputado provincial por quatro legislaturas entre os anos de 1835 a 1842, citado como ano de sua morte por Almeida (1959).

Na obra de Almeida (1959), intitulado “Memória histórica sobre São Sebastião”, oautor indica, no capítulo sobre os vigários sebastianenses, uma pequena biografia do PadreDória, trazido na íntegra:

Padre Manuel de Faria Dória. - Também esforçado sebastianense como os seus antecessores, era filho legítimo do Capitão Amaro Alves da Silva e de d. Maria Barbosa do Amaral. Nasceu a 24 de novembro de 1791, ordenando-se no ano de 1816. Desempenhou vários cargos de eleição em sua terra natal, servindo-a com verdadeira abnegação por longos anos.

Por sua iniciativa foi aberta no ano de 1832 a estrada que de São José do Paraitinga [hoje Salesópolis] se dirigia para São Sebastião, e que ficou paralisada desde sua morte. Como disse um escritor, o padre Dória era cioso do progresso de sua terra e político de real valor.

A estrada que tomou seu nome galgava a Serra do Mar, mesmo em frente à cidade e ia ter à freguesia de São José do Paraitinga. Sua obstrução em 1842 foi ordenada por seu antagonista, o padre Pinto que, “como pretexto para tão impatriotico commetimento, allegou que Raphael Tobias poderia com suas tropas invadir a cidade”.


O padre Manuel de Faria Dória faleceu no dia 21 de abril de 1842, e“o partido contrario, que em vida não conseguira embaraçar-lhe o prestimo e offuscarlhe o merito, aproveitou-se para unitilisar a estrada tão custosamente rasgada noâmago dessa Serrania, uma vez que circumstancias os favoreciam não só com a morteinesperada desse batalhador emerito como também por já se achar ella vedada aotransito como medida de precaução ao levante de 1842, por ser de mais facil acesso”.“Depois de sua morte, seus adversários não mais consentiram que apllicassem verbaalguma em benefício da mesma, porquanto se oppunham interesses particulares” (59).O padre Dória foi deputado Provincial Constituinte do Partido Liberal e amigo íntimodo Padre Feijó.” (ALMEIDA, 1959, P. 164-165)(59) - “A estrada de Rodagem”, Ano 1.º, n.º 7, 192119

Para além do tom heroico, várias lacunas se colocam com os parênteses abertos por Almeida (1959), e que envolve o que é ser padre e Para além do tom heroico, várias lacunas se colocam com os parênteses abertos por Almeida (1959), e que envolve o que é ser padre e o que é ser um político no século XIX, e quais jogos de interesses foram mediados no enlace dos acontecimentos.

E trata-se de uma Estrada que existiu por 10 anos, Campos (2000) também faz referência ao fechamento da Estrada, indicando que

[...] após sua morte [do Padre Dória] em 1842, um de seus inimigos políticos, o Padre Pinto, obstruiu a estrada Dória [...], alegando que São Sebastião poderia ser invadida pelas tropas de Rafael Tobias de Aguiar, da Revolução Liberal de 1842, que seguiriam por esta estrada. (CAMPOS, 2000, p.173).

A mencionada Revolução Liberal, ou levante de 1842, como nos dizeres de Almeida (1959), guarda relação, como indicado por Marinho (2015), com o início do segundo reinado, a partir da manobra da antecipação da maioridade do Imperador, manobra atribuída aos liberais. Após as eleições parlamentares, vencidas em sua maioria pelos liberais, que foram dissolvidas dois dias antes de tomarem posse a partir de articulação do Gabinete Conservador num processo de convencimento junto ao Imperador de que o pleito eleitoral teria tido abusos.

Tal ocorrência incitou a revolta (embora não armada inicialmente) em especial em São Paulo e Minas Gerais. Em São Paulo, o maior foco de movimentação residiu em Sorocaba, em que foi proclamado como presidente interino da província Rafael Tobias de Aguiar, com intenções de ataque à capital. Havia várias frentes de tropas organizadas tanto em Minas Gerais quanto em São Paulo, procurando adesão da população contra a situação imposta pelo Governo Imperial.

A Vila de São Sebastião era uma das frentes possíveis para atacar a capital da Província, sendo citado o caminho que parte deste para o alto da serra como caminho possível para o dito ataque (MARINHO, 2015).

Além disso, conforme indicado por Hörner (2010), um dos focos da revolta teria sido em Paraibuna, comandados pelo Padre Valério da Silva de Alvarenga, assim como em outras vilas do Vale do Paraíba. Portanto, pela literatura consultada, não é possível estabelecer se o caminho para o alto da Serra mencionado seria mesmo a Estrada Dória, ou a Estrada de Paraibuna, já que lá já havia ocupação por revoltosos. Inclusive o Padre Dória era do Partido Liberal, mas não há menção de sua posição durante essa Revolução.

No trecho da biografia indicada por Almeida (1959), parece um tanto escuso a motivação do fechamento da estrada a partir de uma vontade política de somente “ofuscar o mérito” de uma pessoa já falecida (já que para o autor o falecimento do Padre veio antes do fechamento da estrada) em detrimento de uma via de comunicação que traria benefícios econômicos para a localidade. Como pensar qual o nível dessa força de adversários que atravessa a morte? Quais os interesses envolvidos nessas escolhas? Considerando que também existia a Estrada que ligava São Sebastião, via Caraguatatuba, à Paraibuna, havia, portanto, interesse nessa estrada em detrimento da Estrada Dória? Por quê?

Quanto ao foco da citada Revolução em Paraibuna e sob o comando de Padre Valério, citado por Hörner (2010), vale menção quanto a contemporainedade deste com Padre Dória, o alinhamento liberal, além de um alinhamento quanto a questão da busca de melhorias na infraestrutura de estradas, já que leva seu nome uma Estrada, a “Estrada do Padre Valério”.

Essa, teria partido da Estrada Dória em direção à Paraibuna, cuja referência encontra-se no Decreto 5.384/32 (SÃO PAULO, 2019) na demarcamação de terras da gleba denominada Boracéa para o serviço florestal do Estado. Até onde beirava esses alinhamentos dos referidos Padres? Haverá alguma aproximação que a História não conta?

O citado por Almeida (1959) como opositor político de Padre Dória, o Padre Pinto teria sido o mandante do fechamento da Estrada frente a possibilidade de uso desta pelos revolucionários do levante de 1842. Mesmo sendo um nome recorrente no que se refere quanto a ser este um mandante do fechamento da Estrada, carece dados do referido padre, o que limita o entendimento do seu papel nesse contexto. A justificativa do fechamento da estrada frente a Revolução liberal de 1842 se mostra plausível, mas em que termos isso teria acontecido? Derrubando pontes? Fechando fisicamente os acessos? Por quais causas não teria sido reaberta após o fim da Revolução?

Inclusive, quanto a data da morte apresentada por Almeida (1959), tão precisa, 21 de abril de 1842, poucos antes de eclodir a Revolução Liberal, alguma coincidência? No entanto, ressalta-se a incoerência da data de morte, pois há, no Arquivo da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (1842a), documento datado de dezembro do mesmo ano, assinado pelo Padre Dória. Por qual motivo a incoerência das datas?

Com mais perguntas que respostas, pouco se sabe da trajetória da vida dessa personalidade enquanto Padre e enquanto Vereador em São Sebastião para além do trabalho de Almeida (1959), e a assinatura do Padre em documentos da Câmara Municipal no período estudado, mais especificamente a partir de 1834, mesmo Almeida (1959) indicando que o mesmo teria exercido vários cargos de eleição. O autor cita que o Dória foi vigário de São Sebastião entre sua ordenação, em 1816, e o ano de 1837, portanto a construção da estrada deu se enquanto ele ainda era vigário da referida localidade. Havia será algum interesse da Igreja Católica com a construção da estrada? Ou um interesse pessoal da referida figura nesse contexto? [Páginas 18, 19 e 20]




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“A Guerra de Iguape”, Eduardo Bueno, youtube.com/watch?v=vqUklpmKSiA
15 de maio de 2019, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (3): Cananéia/SP, Iguape/SP, São Vicente/SP
 Pessoas (8) Bacharel de Cananéa, Brás Cubas (1507-1592), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Rui Garcia de Moschera, Isabel de Portugal, Imperatriz Romano-Germânica (1503-1539), Eduardo Bueno, Sebastião Caboto (1476-1557), Carlos V (1500-1558)
 Temas (5): Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Tordesilhas, Descobrimento do Brazil, Peru
Registro mencionado
1. Diário de Pero Lopes
17 de agosto de 1531

Junto ao "Bacharel" estava um homem chamado Francisco de Chaves, confirma a existência da trilha do Peabiru que chegava a "El Dorado", e fez uma proposta: Me de uma tropa, com 50 soldados, saio daqui,vou até o "El Dorado" e volto em 10 meses “Volto com 400 escravos nativos com cada um som um cesto de ouro”. Oitenta besteiros e arcabuzeiros e segue com Pero Lobo.
Registros mencionados (3)
17/08/1531 - Diário de Pero Lopes [11623]
1535 - Buenos [26870]
1537 - Não se sabe sobre seu fim, após a Guerra o Bacharel de Cananeia voltou a Cananéia expandindo seu poder na região, em outra versão acredita que pode ter sido assassinado pelos Carijós em 1537 [24748]



FIM KANO
  


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