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Luiz Martins
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      7 de janeiro de 2022, sexta-feira
Trilha do Peabiru: Conheça caminho que levava nativos do Atlântico par...
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Antes da colonização portuguesa e espanhola, indígenas e povos andinos utilizavam um complexo caminho, cuja rota – transcontinental – surpreende especialistas até hoje.

Muitos são os mistérios sobre como era a vida de nativos brasileiros antes da chegada dos portugueses e espanhóis no território. Um destes mistérios, que aos poucos ganha novos detalhes devido aos registros históricos do século XIX, como cartas e diários, é o Caminho do Peabiru.

Trata-se de uma rota transcontinental pré-cabralina (período anterior à chegada dos portugueses em 1500 ao Brasil) e que ligava o oceano Atlântico ao Pacífico.

O Portal Amazônia relembra esse sistema bastante utilizado pelos nativos indígenas e primitivos povos andinos. Confira:

Com mais de 3 mil quilômetros, sendo 1.200 destes em território brasileiro , a trilha ligavas São Vicente, no litoral de São Paulo até Cusco, no Peru, pertencente à Amazônia Internacional. 

Depois de São Vicente, a rota de Peabiru passava por territórios que hoje são pertencentes ao Paraguai, Argentina, Bolívia e Peru.

Acredita-se que Peabiru signifique “caminho de gramado amassado” derivado da língua tupi “pea” = caminho e “abiru” = gramado amassado.

Intercâmbio cultural 

Além de facilitar a migração dos povos indígenas pelos territórios do continente, promovendo um intercâmbio cultural, o Caminho do Peabiru possibilitava a troca de mercadorias entre os povos.Com a chegada dos europeus, a trilha virou palco de expedições para colonização e exploração por portugueses e espanhóis, o que possibilitou o transporte de riquezas e mercadorias entre estabelecimentos espanhóis ao longo do caminho.Como essa trilha foi encontrada?Após a chegada no Novo Mundo, como era conhecido o atual continente americano, os portugueses se questionavam aonde era o fim, onde terminava a extensa massa continental sul-americana. Então enviaram uma expedição para o norte (com ponto de partida do sul brasileiro) no ano de 1514.Quando chegaram em Punta del Este, cidade do sudeste do Uruguai, os portugueses se depararam – com o que acreditavam ser um grande estreito – com o Rio da Prata, que começaram a chamar de Mar Dulce.Nesse mesmo ano, os portugueses encontraram indígenas charrua, no Uruguai, que deram aos portugueses um machado de prata e disseram que a prata vinha de um lugar, onde o Rio da Prata nascia, com montanhas gigantes, onde vivia uma civilização bastante desenvolvida e rica em ouro e prata.A partir daí, passaram a buscar a “tal” civilização (que era localizada no atual Peru) e outras expedições foram enviadas.

Os principais registros da existência do Peabiru são através da documentação de expedições. Se destacaram as expedições iniciadas pelo português Aleixo Garcia, em 1524 que realizou os primeiros contatos com os povos incas e partiu de Santa Catarina com 2 mil indígenas carijós e chegou à Bolívia cerca de oito anos da conquista do Peru por Francisco Pizarro. 

Um dos nomes mais conhecidos em relação ao Peabiru é o do espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca que foi o primeiro europeu responsável pela descoberta das Cataratas do Iguaçu e a exploração do Rio Paraguai.

Durante todo o século XVI foram constantes os relatos de viagens pelo interior das matas rumo aos Andes ou em direção ao sul e ao Paraguai. Outras expedições foram as de Johan Ferdinando (1549), dos jesuítas como o padre Leonardo Nunes, Brás Cubas e de Luís Martins (1552) e por fim, Ulrich Schmidel (1553).

Fechamento da passagem 

Em meados de 1530, em nome do rei de Portugal, foi ordenado o  fechamento do “caminho do sertão”, sendo proibida, sob pena de morte, sua utilização. A justificativa era que espanhóis se aproveitariam dessa passagem e assim teriam acesso a metais preciosos, estendendo sua colonização por todo continente sul-americano.





  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

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Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

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Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

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