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Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga
10 de julho de 1562, terça-feira, atualizado em 23/10/2025 15:34:12
• Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): Martim Afonso de Melo Tibiriçá (bizavô(ó) , 1470-1562)
• Pessoas (3): Domingos Luís Grou (1500-1590), Jagoanharó, Piqueroby (1480-1552)
• Temas (8): Aldeia de Pinheiros, Carijós/Guaranis, Confederação dos Tamoios, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Tamoios, Tupinambás, Tupiniquim


•  “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
1 de janeiro de 2010, sexta-feira
Em julho de 1562, uma reunião de índios que resistiam à presença portuguesa no planalto, somada a grupos já supostamente catequizados, e bastante insatisfeitos, promoveu violento ataque à vila, colocando, pela primeira vez, em xeque a rede de alianças costuradas pelos colonos com as lideranças indígenas locais.

Do lado dos padres e colonos, o cacique Tibiriçá, aliado de primeira hora, lideraria o exército defensor. Mas, ao final, ele mesmo seria abatido pelo inimigo que não poupou vítimas entre os índios agressores ou defensores da vila: o vírus da varíola. Ao lado do famoso cacique, seu genro, o ressentido João Ramalho, foi decisivo na defesa da vila de São Paulo neste crítico ano de 1562. Ramalho guardava consigo a insatisfação do desmanche da antiga vila de Santo André, onde fora patriarca e peça chave. [Página 83]

•  Cerco Tamoio na Vila de Piratininga, Eduardo Chu, graduando no curso de História da UFF e pesquisador do projeto “Um Rio de Revoltas” – FAPERJ -CNE/2018-2021 (data da consulta)
12 de março de 2023, domingo

•  “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP
1 de janeiro de 2008, terça-feira
A ameaça de morte aos padres e de destruição da igreja da vila de São Paulo concretizou-se em julho de 1562, liderada pelo grupo dissidente de Ururay, entre os quais havia jovens que freqüentaram “a doutrina dos padres”. Como escreveu Simão de Vasconcelos (1597-1671), aqueles nativos “eram filhos da Igreja”, isto é, que já tinham passado pela catequese, sendo que, possivelmente, alguns já tivessem sido batizados.

Os protagonistas deste ataque foram diversamente identificados, sobretudo em obras da história regional mais antigas. Aparecem como Guaianases de Ururaí ou como Carijó. Até o grande estudioso da São Paulo quinhentista, Affonso de Taunay, coloca esta guerra como uma articulação de vários povos, como Guaianases, Carijós e Tupis, repetindo Azevedo Marques. A historiografia recente, com Monteiro, conseguiu recuperar a verdadeira identidade destes guerreiros.

•  Cerco de Piratininga, consultado em Wikipedia
18 de março de 2023, sábado

•  João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1 de janeiro de 1886, sexta-feira
Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby. visto que a cronica não refere senão três, Tebir-içá, Piquiroby e Cayubi, quando Martim Afonso de Souza aportou á Buriqui-óca, ou, por corrupção, Bertioga. Aliás, foi o chefe que "não preservou em lealdade para com os brancos".

Não é licito acusa este chefe de deslealdade em 1562 para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão. Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada.

O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:

"Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão" [P. 337]

•  Piqueriby, consultado em geni.com
27 de fevereiro de 2022, domingo
Em 1560, o padre Anchieta escreveu uma carta para seu superior, o padre Manoel da Nóbrega, informando que havia se encontrado com Piqueroby nas terras de Ururaí.

Em 10 de Julho de 1562, Piqueroby reagiu contra a presença dos portugueses, e enviou seu filho para atacar a vila. Reuniu um grande contingente de índios de diversas tribos da região (guaianás, tamoios, carijós, tupinambás e tupiniquins), subiu com eles a serra e invadiu a aldeia de Pinheiros, para expulsar os portugueses. Um número assustador de índios, pintados e enfeitados para a guerra, gritando a plenos pulmões, atacou logo no início da manhã.

Neste dia e nos dias que se seguiram, a vila de São Paulo foi quase destruída. Segundo o relato do padre Anchieta, "a principal misericórdia de Deus conosco foi mover o coração de muitos nativos, levando-os a nos ajudar a tomar armas contra os seus próprios companheiros". O cacique Tibiriçá, irmão de Piqueroby, foi um dos que se levantaram para proteger os jesuítas, com o apoio dos índios já cristianizados.

Após cinco dias de luta, os atacantes finalmente foram vencidos, e se retiraram. Nos meses seguintes, o outro genro de Piqueroby, o português Antonio Rodrigues, que vivia na aldeia com os índios, por fim conseguiu convencer o Cacique a viver em paz com os portugueses.

Piqueroby faleceu em 1562. Acredita-se que esteja sepultado junto à antiga capela de São Miguel (em São Miguel Paulista). Há um projeto de pesquisa arqueológica para procurar sua sepultura nos arredores da capela. Há uma cidade no estado de São Paulo denominada Piquerobi, em sua homenagem. Situa-se no Pontal do Paranapanema, perto de Presidente Venceslau.

•  “A profecia de Anchieta”, Dalmo Belfort Matos. Correio Paulistano/SP. Página 4
25 de janeiro de 1938, terça-feira
São Paulo de Piratininga, 1562. Entardecer de inverno. Um sol esmaecido lava as taipas do Colégio. E desenha a fila de paliçadas, que dizem para o Anhangabaú. Nuvens fuscas esbatem, ao longe, e Morro da Tabatinguéra e esfumam as várzeas do Tamanduatehy. A sombra cresce no grotão da Boa Vista e se avoluma para as bandas do Porto Geral.

E em torno, para além das malocas guaynazes, divisam-se os primeiros caapões, que precedem a mata. A mata, donde semanas atrás haviam surgido, uivantes, os milhares de bugres - tamoyos e tupiniquins, puris e carijós, ibirajaras e guarulhos, apavorando com o alarido das pocemas guerreiras e agitando as tangapemas de pau ferro...

Paira, no ar, uma tristeza indefinida. Que brota das nuvens cinzentas. Que se irradias das rechás. E vem deprimir, mais ainda, o moral abatido dos guerreiros de Tibiriça e das gentes de Cai-uby. E aumentar a nostalgia dos que vieram de longe, nos caravelões manuelinos, trazendo á capitania a audácia de cruzados e a ambição quinhentista, - sentimentos que parecem lhes tufar os gibões de couro crú.

Tudo é hostil. O bugre e a terra. Os rios, onde dormem carapanás e yaras. A floresta, onde urram corinqueans e guayazies... E, depois de cem léguas, a pobreza da vila, encravada á beira do campo. E o pavor difuso do Desconhecido. E o mistério surdindo das grotas, das praias: - pedras gemedoras do Cubatão, pedrarias a dormirem nas furnas encantadas... E o desconforto. A fadiga. E o amor, que fala do outro lado do mar...

As palestras descaem. O Padre Manuel de Paiva cochicha com Luis da Grã. Pedro Dias quéda silencioso, aconchegado a Terebé - filha do cacique que, a selvagem airosa, que ele desposara, dias atrás, no egreijó de taipa de pilão. Domingos Luis Grou desabafa temores, com Braz Gonçalves. E Tibiriça cisma, olhando a trilha "que vai para a várzea do Yacuba". - Tudo periga, diz Luis Grou. Ramalho bandeado com os do Parahyba. Os franceses açulando ódios na Guanabara. E o governador-geral, em vez de enviar-nos socorros, só pede centenas de arcos, para tomar Uruçú-mirim...São Paulo de Piratininga, 1562. Entardecer de inverno. Um sol esmaecido lava as taipas do Colégio. E desenha a fila de paliçadas, que dizem para o Anhangabaú. Nuvens fuscas esbatem, ao longe, e Morro da Tabatinguéra e esfumam as várzeas do Tamanduatehy. A sombra cresce no grotão da Boa Vista e se avoluma para as bandas do Porto Geral.

E em torno, para além das malocas guaynazes, divisam-se os primeiros caapões, que precedem a mata. A mata, donde semanas atrás haviam surgido, uivantes, os milhares de bugres - tamoyos e tupiniquins, puris e carijós, ibirajaras e guarulhos, apavorando com o alarido das pocemas guerreiras e agitando as tangapemas de pau ferro...

Paira, no ar, uma tristeza indefinida. Que brota das nuvens cinzentas. Que se irradias das rechás. E vem deprimir, mais ainda, o moral abatido dos guerreiros de Tibiriça e das gentes de Cai-uby. E aumentar a nostalgia dos que vieram de longe, nos caravelões manuelinos, trazendo á capitania a audácia de cruzados e a ambição quinhentista, - sentimentos que parecem lhes tufar os gibões de couro crú.

Tudo é hostil. O bugre e a terra. Os rios, onde dormem carapanás e yaras. A floresta, onde urram corinqueans e guayazies... E, depois de cem léguas, a pobreza da vila, encravada á beira do campo. E o pavor difuso do Desconhecido. E o mistério surdindo das grotas, das praias: - pedras gemedoras do Cubatão, pedrarias a dormirem nas furnas encantadas... E o desconforto. A fadiga. E o amor, que fala do outro lado do mar...

As palestras descaem. O Padre Manuel de Paiva cochicha com Luis da Grã. Pedro Dias quéda silencioso, aconchegado a Terebé - filha do cacique que, a selvagem airosa, que ele desposara, dias atrás, no egreijó de taipa de pilão. Domingos Luis Grou desabafa temores, com Braz Gonçalves. E Tibiriça cisma, olhando a trilha "que vai para a várzea do Yacuba".

- Tudo periga, diz Luis Grou. Ramalho bandeado com os do Parahyba. Os franceses açulando ódios na Guanabara. E o governador-geral, em vez de enviar-nos socorros, só pede centenas de arcos, para tomar Uruçú-mirim...

- Tendes razão, opinam outros. Que será de nós se a vugrada renovar o assalto ás tranqueiras de Piratininga?...

- Só um nos pode valer e guiar assevera Paulo de Proença. O padre Anchieta. Ele tem grande saber. E os nativos narram vários prodígios a que assistiram... E se fossemos consulta-lo?

- Tendes razão, opinam outros. Que será de nós se a vugrada renovar o assalto ás tranqueiras de Piratininga?...

- Só um nos pode valer e guiar assevera Paulo de Proença. O padre Anchieta. Ele tem grande saber. E os nativos narram vários prodígios a que assistiram... E se fossemos consulta-lo?




  Balthazar Fernandes
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Dom Francisco mudou o pelourinho, enviou moradores mas somente os "Sardinha" tinha autorização de entrar nas minas de "Obiracoyava"
14 de julho de 1601, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:38:58
 Família (1): Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (cunhado , 1575-1611)

• Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP
• Pessoas (5): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Custódia Dias (1581-1650), Francisco de Sousa (1540-1611), João Rodrigues de Almeida, Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878)
• Temas (6): Estradas antigas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Pelourinhos, Ribeirão das Furnas, Rio Sarapuy

Fontes (4 de )
•  1 fonte Apontamentos Históricos, Geográficos, Biográficos, Estatísticos e Noticiosos da Província de São Paulo seguidos da Cronologia dos acontecimentos mais notáveis desde a fundação da Capitania de São Vicente até o ano de 1876. Manuel Eufrásio de Azevedo Marques
1 de janeiro de 1876, sábado

•  2 fonte “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior
1 de janeiro de 1969, quarta-feira

•  3 fonte Estudos Regionais Paulistas: História da Instrução em Sorocaba (1660-1956) Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba. Aluísio de Almeida, Jahyra B. Arrua, Jair T. Veiga, Néglio F. Arruda e Oswaldo Cambiaghi
1 de janeiro de 1989, domingo
Já desde 1601 Francisco Rodrigues recebeu de Dom Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de "Ibapoara", topônimo hoje desconhecido mas que corresponde a terras da confluência do Sorocaba e do Sarapuí.

•  4 fonte Os Campos Bicudos da “Casa” de Suzana Dias. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia n.º 22 (Consultado nesta data)
4 de setembro de 2022, domingo
A prática de fundar uma capela é necessária para colocar os nativos vencidos em guerra em aldeias para serem doutrinados por um padre, que para isto precisa de uma capela, modelo este, tal como, as frentes militares de D.Francisco de Sousa (1601) forçando que “descessem da serra ou do sertão” estivessem em aldeamentos no litoral, sob a administração e doutrina dos jesuítas,e seriam usados como defesa militar e mão de obra.




  Balthazar Fernandes
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“mameluco” Domingos Luiz Grou o moço, Belchior Dias e seu tio Antonio de Saavedra lideram uma expedição, que conseguir seguir em "boa paz"
agosto de 1587. Atualizado em 23/10/2025 15:38:09
 Família (1): Belchior Dias Carneiro (tio , 1554-1608)

• Cidades (4): Catalunha/ESP, Mogi das Cruzes/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
• Temas (8): Boigy, Caminho do Paraguay, Ouro, Pirapitinguí, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Rio Jaguari, Serra de Cubatão


•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1 de janeiro de 1957, terça-feira
Belchior Carneiro tomou parte na entrada de Antônio de Macedo e de Domingos Luís Grou, seu sogro, a qual na volta, fora desbaratada perto do rio Jaguari; fora um dos membros da companhia de Nicolau Barreto e, parece, fizera uma entrada por sua própria conta no sertão dos índios temiminós. [Página 331]

•  Biografia de Lopo Dias Machado, consultada em genearc.net
9 de maio de 2022, segunda-feira
Em 1590 Belchior Dias Carneiro participou da bandeira de seu tio, Antonio de Macedo, que atacou os índios tupiães de Mogi.

•  “Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
1 de janeiro de 1940, segunda-feira
As necessidades obrigaram porem esse valente sertanejo a investir de prompto contra o gentio de Mogy, "pelo rio abaixo de Anhemby, junto a outro rio de Jaguary", tendo soffrido grande revez e ficando a bandeira inteiramente desbaratada na barra do rio Parnahyba.

Era uma léva de cerca de cinquenta homens brancos e muitos índios christianisados e na qual também figurava Antonio de Macedo, filho de João Ramalho, que ia como imediato de Domingos Luiz Grou, o moço, ambos perecendo no embate.

O ultimo citado provinha pelo lado paterno da nobre familia dos Eanes Grou, de Portugal e pelo lado materno de uma filha do cacique de Carapucuhyba, junto a M´boy.

O loco-tenente do donatario ordenou então que se formasse uma bandeira, toda munida de armas de algodão e pondo-se á frente da tropa, penetrou o valle do Tietê, em agosto do mesmo anno, tendo como seus immediatos, Antonio de Saavedra, Diogo de Unhate e Fernão Dias.

Era uma léva de cerca de cinquenta homens brancos e muitos índios christianisados e na qual também figurava Antonio de Macedo, filho de João Ramalho, que ia como imediato de Domingos Luiz Grou, o moço, ambos perecendo no embate. Nos últimos dias de dezembro, regressava com muitos tupyniquins feitos prisioneiros. [p.30;31]

•  História de Carapicuíba. João Barcellos
25 de março de 2013, segunda-feira
Em 1587, Sardinha em parte do Rio Jeribatiba, na Serra do Cubatão, faz mineração de ouro e de ferro. Entre 1587 e 1588, com indicações dos escravizados nativos, parte com o filho ("o mameluco", ou "o Moço") e Clemente Álvares para a região do sertão da Floresta d´Ypanen e descobre ferro no morro de Byraçoiaba, onde vem a instalar fornos do tipo catalão para iniciar a primeira produção industrial siderúrgica do continente americano a partir, talvez, de 1596-1597. [Páginas 15 e 16]




  Balthazar Fernandes
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Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam”
1 de junho de 1553, segunda-feira, atualizado em 23/10/2025 15:32:27
• Cidades (4): Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): Martim Afonso de Melo Tibiriçá (bizavô(ó) , 1470-1562)
• Pessoas (4): João III, "O Colonizador" (1502-1557), João Ramalho (1486-1580), Leonardo Nunes, Tomé de Sousa (1503-1579)
• Temas (9): Caminho do Peabiru, Ermidas, capelas e igrejas, Habitantes, São Paulo de Piratininga, Vila de Santo André da Borda, Caminho do Mar, Léguas, Caminhos até São Vicente, Rio Itapocú


•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1 de janeiro de 1957, terça-feira
Ele era português; mas qual a sua terra de origem? Pedro Taques afirma que ele veio de Barcellos, comarca de Viseu. Tomé de Sousa, na sua já referida carta de 1º de junho de 1553 (Hist. da Col. Port. no Brasil, vol. 3º, pág. 364) relata que ele era natural do termo de Coimbra. Alguns indicam Vouzelas ou Boucelas como o lugar de seu nascimento. [Página 162]

De volta dessa inspeção, em carta dirigida a D. João III, datada de 1º de junho de 1553, já na cidade do Salvador, Bahia, Tomé de Sousa relatou o estado em que encontrou a terra. Nessa carta escrevendo sobre a Capitania de S. Vicente disse:

S. Vicente, capitania de Martim Afonso é uma terra muito honrada e de grandes aguas e serras e campos. Está a vila de S. Vicente situada em uma ilha de três Léguas de comprido e uma de largo na qual ilha se fez outra vila que se chama Santos a qual se fez porque a de Vicente não tinha tão bom porto; e a de Santos, que está a uma légua da de S.Vicente, tem o melhor porto que se pode ver, e todas as naus do mundo poderão estar nele com os proizes dentro em terra.

Esta ilha me parece pequena para duas vilas, parecia-me bem ser uma só e toda a ilha ser termo dela. Verdade é que a vila de São Vicente diz que foi a primeira que se fez nesta costa, e diz verdade, e tem uma igreja muito honrada e honradas casas de pedra e cal e com um colégio dos irmãos de jesus.

Santos precedeu-a em porto e em sítio que são duas grandes qualidades e nela está já a alfandega de V. A. Ordenará V. A. nisto o que lhe parecer bem que eu houve medo de desfazer uma vila a Martim Afonso, ainda que lhe acrescentei tres, s. (isto é) a Bertioga, que me V. A. mandou fazer, que está a cinco leguas de S. Vicente na boca (dum) rio por onde os indios lhe faziam muito mal; eu a tinha já mandado fazer de maneira que tinha escrito a V. A., sem custar nada senão o trabalho dos moradores; mas agora que a vi com os olhos e as cartas de V. A. a ordenei e acrescentei doutra maneira que pareceu a todos bem, segundo V. A. verá por este debuxo; e ordenei outra vila no começo do campo desta vila de S. Vicente de moradores que estavam espalhados por ele e os fiz cercar e ajuntar para se poderem aproveitar todas as povoações deste campo e se chama vila de Santo André porque onde a situei estava uma ermida deste apostolo e fiz capitão dela a João Ramalho, natural do termo de Coimbra, que Martim Afonso já achou nesta terra quando cá veio.

Tem tantos filhos e netos bisnetos e descendentes dele e não ouso de dizer a V. A., não tem cãs na cabeça nem no rosto e anda nove léguas a pé antes de jantar e ordenei outra vila na borda deste campo ao longo do mar que se chama da Conceição, de outros moradores, que estavam derramados por o dito campo e os ajuntei e fiz cercar e viver em ordem e alem destas duas povoações serem mais necessárias para o bem comum desta capitania folguei o fazer
”...

Nesta carta-relatório, algo minuciosa, Tomé de Sousa mencionou as duas vilas já existentes em 1553 na Capitania de S. Vicente, “Santos” e “S. Vicente”, insinuou a extinção desta última e comunicou o acrescentamento, que fez, de mais três outras – Bertioga, Conceição e Santo André –; mas nenhuma referência fez à vila, que dizem fundada por Martim Afonso de Sousa, em 1532, a 9 léguas pelo sertão.

Ao contrário notou que os moradores estavam espalhados pelo campo e que ele os reuniu e os ajuntou para, aproveitando todas as povoações desse campo, formar uma vila. O seu silêncio a respeito mostra que a vila, que se diz feita em 1532, por Martim Afonso, não existiu, ou já não existia em 1553.

Aliás o abandono, a extinção, a mudança de sedes de vilas, nos primeiros tempos coloniais, foi fato vulgar. A própria vila que o Governador-Geral acrescentou, a Bertioga, conforme escreveu, também desapareceu; e da mesma maneira, mais tarde, desapareceriam as que D. Francisco de Sousa criou – Cahativa, Monserrate – junto a lugares, onde se esperava que rica fosse a exploração de minas.

Tomé de Sousa não iria acrescentar mais uma vila no campo, se outra próxima já aí existisse, ele que achava demais duas na ilha de S. Vicente, nem ousaria suprimir uma existente, e substituí-la por outra, ele que “houve medo” de desfazer uma vila a Martim Afonso – a de S. Vicente – por se achar perto da de Santos.

Entendeu ele e ordenou outra vila, no começo do campo de S. Vicente com os moradores que aí estavam espalhados, que chamou Santo André. São palavras textuais na carta, cujo trecho transcrevi. Alguns historiadores e cronistas brasileiros, de incontestável autoridade, levaram muitos dos seus continuadores a concluir que João Ramalho fundara uma vila, a vila de Piratininga, povoação em que estava, onde primeiro Martim Afonso povoou, depois chamada Santo André da Borda do Campo, da qual mais tarde se fez São Paulo do Campo de Piratininga.

Não está aí a verdade. Nessa carta de 1º de junho de 1553, Tomé de Sousa informou ao rei – e da veracidade dessa informação não se pode duvidar – que no começo do campo, na Capitania de S. Vicente, acrescentara ele uma vila a Martin Afonso, em lugar onde reunira moradores, que nesse campo estavam espalhados, a fez cercar, deu-lhe o nome de Santo André, porque onde a situou estava uma ermida sob a invocação desse apóstolo e dela fez capitão João Ramalho, natural do termo de Coimbra, que Martim Afonso já achou que “na terra quando cá veio”. Informou ele claramente:

“ordenei outra vila no começo do campo desta vila de S. Vicente de moradores que estavam espalhados por ele e os fiz cercar e ajuntar para se poderem aproveitar todas as povoações deste campo”...

Está aí expresso que povoação não era vila, pois que para formar uma vila fez ele ajuntar todas as povoações do campo. A informação enviada a D. João III é categórica e circunstanciada, designando o lugar em que ele fundou a vila, dando a razão do nome e indicando o motivo da criação.

•  “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
1 de janeiro de 2005, sábado
João Ramalho era agora o alcaide-mor da Vila de Santo André, cuja população de brancos girava em torno de trezentos habitantes, nos cálculos de Cortesão (1955:189), dos quais ele conseguir identificar nominalmente 39, e 800 nos de Schmidel (1903:285), que lá esteve em junho de 1553. O cálculo de Cortesão parece mais razoável, já que Schmidel tornou-se conhecido por seus exageros de toda natureza, inclusive quantitativos.

A função daqueles habitantes era “vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam”.

•  “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP
1 de janeiro de 2008, terça-feira
A vinda do governador foi um marco importante para os portugueses de São Vicente, pois, nesta ocasião transformou Santo André da Borda do Campo em vila, determinando a construção de um baluarte e estabelecendo João Ramalho como capitãomor, como escreveu ao rei:

hordeney outra villa no começo do campo desta villa de São Vicente de moradores que estavaão espalhados por elle e os fiz cerquar e ayuntar pera se poderem aproveitar todas as povoações deste campo e se chama a villa de Santo André porque honde a cituey estava hûa ermida deste apostollo e fiz capitão della a Iohão Ramalho, naturall do termo de Coimbra, que Martim Afonso ya achou nesta terra quoando ca veyo

•  “Razias”, Celso E Junko Sato Prado
1 de janeiro de 2020, quarta-feira
06.1.5. - Da Peabiru São Vicente - o trecho pelo Vale do Paranapenama

Da estrada, a partir de São Vicente, o governador geral Tomé de Souza proibiu-lhe trânsito, em 1º de junho de 1553, com justificativas ao rei português:

- "Achei que os de São Vicente se comunicavam muito com os castelhanos e tanto que na Alfândega rendeu este ano passado cem cruzados de direitos de coisas que os castelhanos trazem a vender. E por ser com esta gente que parece que por castelhanos não se pode V. A. desapegar deles em nenhuma parte, ordenei com grandes penas que este caminho se evitasse, até o fazer saber a V. A. e por nisso grandes guardas e foi a causa por onde julguei de fazer as povoações que tenho dito no campo de São Vicente de maneira que me parece o caminho estará vedado" (Apud: Donato, 1985: 30).

•  Biografia de Tibiriça (Formiga Velhaca), consultado em osbrasisesuasmemorias.com.br
24 de janeiro de 2021, domingo




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Francisco Rodrigues recebeu de D. Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de “Ibapoara”, topônimo desconhecido
14 de julho de 1601, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:38:58
 Família (1): Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (cunhado , 1575-1611)

• Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP
• Pessoas (4): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Rodrigues Velho (1573-1644), João Rodrigues de Almeida
• Temas (9): Apoteroby (Pirajibú), Ermidas, capelas e igrejas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Pelourinhos, Prata, Rio Sarapuy, Rio Sorocaba, Ybyrpuêra

Fontes (5 de )
•  1 fonte “A cidade de São Paulo em 1900. Impressões de Viagem”. Alfredo Moreira Pinto
1 de janeiro de 1900, segunda-feira
Azevedo Marques diz:

"Á cerca de sua fundação: Em 1600 o Governador Geral das minas, D. Francisco de Souza, em resultado das explorações que fez na Capitania de São Vicente e nas minas de Araçoyaba, resolver fundar uma povoação nas vizinhanças das ditas minas. Este fato se comprova, além de outros fundamentos históricos, com o documento que abaixo transcrevemos e consta do Livro 3° de sesmarias existentes no cartório da Thesouraria de Fazenda:

"Illm. Sr.Governador Geral - Diz Francisco Rodrigues que ele é morador na vila de São Paulo e que está de caminho para o termo de Biraçoyaba, a povoar e lavrar mantimentos como outros moradores que lá vão, e porquanto não tem terras por serem já todas dadas pelo capitães, por isso pede uma légua de terra em quadra pela ribeira de Carapoy, começando a dita data da tapera de Hibapaara, rio abaixo Carapoy, ressalvando as pontas e voltas que o rio fizer, ficando a dita data da banda do sul do dito rio, visto ter muitos filhos e filhas para agasalhar, e haver muitos e haver muitos anos que está na terra, achando-se nela em todos os rebates e guerras que nela se fizeram, á sua custa, e de mais resultar com a sua povoação muito serviço a Sua Majestade e ao descobrimento das minas de ouro e prata e mais metais que por V. S. serão, com ajuda de Deus, descobertar."

Despacho. "Dou ao suplicante as terras que pede. São Paulo, 14 de julho de 1601. - D. Francisco de Souza."

É pois certo que o Governador Geral D. Francisco de Souza (que faleceu em São Paulo em 1611) intentou fundar ali uma povoação e que chegou mesmo a estabelece-la pelos anos decorridos de 1600 a 1610, com o fim de dar desenvolvimento á exploração das minas, mas sobrevindo-lhe a morte, não progrediu a referida povoação, antes decaio rapidamente até extinguir-se de todo: essa povoação chamou-se Itapeboçú. [Páginas 37 e 38]

•  2 fonte “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)
21 de dezembro de 1964, segunda-feira
No ano de 1601 Dom Francisco enviou moradores a Araçoiaba, dando-lhes terras "para lavrar mantimentos". Segundo ele, não foi preciso lotear as terras auríferas, não as havia, mas o povoamento da vila era útil como, em linguagem moderna, nova bôca de sertão.

Francisco Rodrigues "está a caminho para Biraçoiaba (outra forma do topônimo)" com outros que para lá vão "a 14 de julho daquela ano recebe uma légua de terra em quadra além da montanha, Sarapuí abaixo, ao sul, hoje território de Tatuí, por onde passa a estrada de rodagem".

Não se sabem os nomes de outros moradores, mas havia-os. Em julho de 1601 ainda estavam nas Furnas os mineiros, e Dom Francisco tinha esperanças, proibindo os moradores de entrar nas minas, menos os dois Afonso Sardinha. Nunca se corporificou na vila o símbolo do pelourinho.

•  3 fonte Estudos Regionais Paulistas: História da Instrução em Sorocaba (1660-1956) Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba. Aluísio de Almeida, Jahyra B. Arrua, Jair T. Veiga, Néglio F. Arruda e Oswaldo Cambiaghi
1 de janeiro de 1989, domingo
Já desde 1601 Francisco Rodrigues recebeu de Dom Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de "Ibapoara", topônimo hoje desconhecido mas que corresponde a terras da confluência do Sorocaba e do Sarapuí. [p.12]

Hibapaára - Lugar á margem direita do rio Sarapuhy, no Estado de São Paulo, mencionado em um documento de 14 de julho de 1601 como tapera. "Hibapaára, diz o Dr. João Mendes de Almeida, corruptela de Ib-apá-á, ramo torcido e quebrado. De ib, árvore; apá, torcer, torcido; á, quebrar. Alusivo ao costume que os nativos tem de assinalar, por maio de ramos torcidos e quebrados, a rota que seguem nas matas, e mesmo nos campos, quando há árvores para isso; afim de que outros os possam seguir ou eles possam voltar ao mesmo lugar de onde saíram" [Estudos Regionais Paulistas: História da Instrução em Sorocaba; 1660-1956 (1989) Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba p.12]

•  4 fonte “A dúvida dos pelourinhos Pródromos da Fundação e os Beneditinos”. Otto Wey Netto é professor, advogado e ex-redator deste jornal. Membro da Academia Sorocabana de Letras e Instituto Histórico Sorocabano (Jornal Cruzeiro do Sul)
20 de fevereiro de 2014, quinta-feira
(...) Todavia, essa discrepância não vingou, pois as terras dos dois povoados já haviam sido redistribuídas, juntamente com as vilas de Sarapui, Iperó, Piragibu, Pirapitingui e Itu. Tal ocupação de terras ocorreu, principalmente de 1601 a 1646. Entre os beneficiados estavam Domingos Fernandes Mourão e seus irmãos André e Balthazar, que já trabalhavam com currais de gados, em campos de Sorocaba hoje bairros de Santa Rosália e Vila Barão) bem como, Diogo do Rego Mendonça, Braz Teves e seu genro Paschoal Moreira Cabral, além de Jacinto Moreira Cabral.

•  5 fonte Os Campos Bicudos da “Casa” de Suzana Dias. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia n.º 22 (Consultado nesta data)
4 de setembro de 2022, domingo
A prática de fundar uma capela é necessária para colocar os indígenas vencidos em guerra em aldeias para serem doutrinados por um padre, que para isto precisa de uma capela, modelo este, tal como, as frentes militares de D. Francisco de Sousa (1601) forçando que “descessem da serra ou do sertão” evivessem em aldeamentos no litoral, sob a administração e doutrina dos jesuítas,e seriam usados como defesa militar e mão de obra. [p.286]




  Balthazar Fernandes
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O Capitão Balthazar Fernandes doou a Igreja de Nossa Senhora da Ponte, hoje Mosteiro de São Bento, aos frades beneditinos existentes na Vila de Parnaiba.
21 de abril de 1661, quinta-feira, atualizado em 31/08/2025 21:41:23
• Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): Diogo do Rego e Mendonça (genro/nora , 1609-1668)
• Temas (6): Apoteroby (Pirajibú), Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Ermidas, capelas e igrejas, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Mosteiro de São Bento SP, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba


•  Anais do VII Simpósio Nacional dos Professores Universitários de História
1 de janeiro de 1974, terça-feira
Em 1661, Balthazar Fernandes, o fundador de Sorocaba, manda construir a Igreja de Nossa Senhora no local onde é hoje o mosteiro de São Bento, legando-a aos padres Beneditinos do Parnaíba, pois ele era bandeirante que com toda sua família e escravizados veio do Parnaíba para Sorocaba. A nova matriz, teve o início de sua construção em 1770 e em 1773 foi solenemente inaugurada.

•  “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)
21 de dezembro de 1964, segunda-feira
Eis a delimitação do patrimônio em terras, em 1660, da ponte do Sorocaba até o ribeirão do Itapeva, rio acima. Dai pelo campo até mais ou menos a Vossoroca, fazendo ângulo e continuando até Diogo do Rêgo além do Supiriri e, de novo em ângulo, procurando a ponte.

Entre esta e a casa, ficou em uso-fruto para o doador a vinha, situada nesse trecho, havendo mata perto da atual rua Santa Cruz, como a havia, atrás da capela. Os Padres aceitaram o compromisso de edificar o convento, o que não os impedia de estender para isso a mão aos moradores.

O Visitador do Brasil, em nome do abade geral, que residia em Tibães, Portugal, deve ter aceitado a doação, mas não há documento. Um mosteiro beneditino pelos seus benefícios espirituais, atrairia os moradores ao mesmo tempo que, tendo patrimônio em terras, servia de engodo a moradores pobres sem sesmaria, por meio de foro razoável. [Página 348]

•  Ofício do frei Pedro Nolasco da Sacra Família refutando as afirmações da Câmara Municipal de Sorocaba [1]
2 de novembro de 1816, sábado
Que o Capitão Balthazar Fernandes, primeiro povoador desta hoje vila de Sorocaba, na era de 1661, foi á vila de Santa Anna de Parnahyba, donde a povoação de Sorocaba era termo e nos fez doação de uma igreja e suas pertences, dando-nos, para as nossas lavouras, o terreno que principiava de uma roça de mandioca, até sair ao Campo onde morava Braz Esteve, e da largura do Rio Sorocaba até onde estava Diogo do Rego e Mendonça, genro do doador.

•  Importante documento encontrado pelo historiador Manoel Joaquim d´Oliveira, nos livros encontrados no arquivo da Câmara Municipal e do Mosteiro de São Bento, de Sorocaba
1 de janeiro de 1834, quarta-feira
No mesmo anno de 1661, a 21 de abril, o Capm. Balthasar Fernandes fez doação da Igreja de N. S. da Ponte, hoje Mosteiro de S. Bento aos frades Beneditinos existentes na Villa de Parnahiba com terras e mais pertences pela escriptura abaixo transcripta.

"Saibam, quantos este publico instrumento de Escriptura de Doaçam virem, que sendo no anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus christo de mil seis centos e secenta e hum annos, aos vinte e hum dias do mez de Abril da sobre ditta Era, no sitio e Fazenda de Manuel Bicudo Bairro, ou na paragem chamada Poteribu (no original é Potribu; "Termo d´esta Villa de Sant´Anna do Parnahiba da Capitania de São Vicente, parte do Brasil, nesta dita passagem de Potribu", de acordo com Werneck)Termo de Composição feito a 2 de julho de 1728.

depois de haverem hido fazer vestoria nas mesmas terras, na forma e maneira seguinte:

Requeria que da frente do feudo do seu dormitorio, que olha ao poente, se botará hum Rumo, linha direita a uma Cruz que está na Estrada que vai para a Ollaria de Pedro Domingues; e dahi correndo pela Estrada adiante, que vai para a mesma Ollaria; e dahi passada esta, correndo pela mesma Estrada para o Ribeiram chamado o Moinho, tudo o que ficar a mam direita dentro da ditta demarcaçam, fica pertencendo a elle ditto Prezidente, e a seu Convento; e dahi correndo Ribeiram abaixo, athe donde faz barra no Rio Sorocaba, as terras da quem do Rio, para aparte da Ollaria, ficando livres a elles Officiaes da Camera, e Povo: as terras da banda da lem do Ribeiram, ficando pertencendo a elle Padre Prezidente e seu Convento. E tornando a principiar a demarcação na parte do Convento, a Cercado delle que olha ao Occidente pella parte da frente Se fará Rumo direito the a Estrada que vai para Paranapanêma.
[p. 19, 20]

•  “Sorocaba e o Mosteiro de São Bento. Uma visão diacrônica”, 09.09.2009. Ruth Aparecida Bittar Cenci, Mestre e Doutora em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
9 de setembro de 2009, quarta-feira
No mesmo ano de 1661, aos 21 de abril (ou março) o Capitão Balthazar Fernandes doou a Igreja de Nossa Senhora da Ponte, hoje Mosteiro de São Bento, aos frades beneditinos existentes na Vila de Parnaiba. [“Sorocaba e o Mosteiro de São Bento. Uma visão diacrônica”, 09.09.2009. Ruth Aparecida Bittar Cenci, Mestre e Doutora em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo]

•  “Curiosidades Brasileiras”, F. L. d´Abreu Medeiros. Diário de São Paulo
6 de outubro de 1865, sexta-feira
Nos livros antigos livros da Câmara e do mosteiro de São Bento acha-se escrito que a povoação de Sorocaba foi fundada primeiramente no bairro Itavuvu pelo governador D. Francisco de Souza, e que a requerimento do capitão Balthazar Fernandes, com informação do ouvidor da capitania, Antonio Lopes de Medeiros, foi mandada transferir com o título de vila, para o lugar onde se acha presentemente, por provisão do governador geral Salvador Correia de Sá, passada em S. Paulo a 3 de Março de 1661, sendo nomeados nessa occasião: juizes, o dito capitão Balthazar Fernandes e Pascoal Leite Paes; vereadores, André de Zuniga; Claudio Furquim, e Christovão Claro; procurador, Domingos Garcia, e escrivão da camara, Francisco Sanches.

Assim mais que a igreja de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba, hoje mosteiro de S. Bento, foi doada pelo referido capitão Balthazar aos religiosos benedictinos da villa da Parahyba por uma escriptura passada aos 21 de Abril do mesmo anno de 1661 na fazenda de Manoel Bicudo sita no bairro ou paragem chamada - Poterevú - achando-se presentes o Rev. presidente frei Thomé Anselmo da Annunciação e as testemunhas precisas, com a obrigação de aquelles construirem um dormitorio com quatro rellas, despensa, cozinha e refeitorio.

Doou-lhes tambem toda a sua terça, cons- tando de grande porção de terras, pessoas de serviço, animaes e moveis.

Como se vê, descombinam os escritores acerca da fundação de Sorocaba; o que é certo é que esta povoação foi elevada á categoria de cidade pela Lei Provincial N° 5 de 5 de fevereiro de 1842, sendo presidente da assembléia, depois de o ter sido da província por dua vezes, o ilustre sorocabano brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar.




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Nascimento de Tibiriçá
1470, atualizado em 23/10/2025 15:32:18
 Família (2): Cacique Amyipaguana (tataravô(ó) , f.0), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (bizavô(ó) , 1470-1562)
• Temas (4): Caciques, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Tamoios


•  “O Tupi na Geographia Nacional”. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)
1 de janeiro de 1901, terça-feira
Tibireçá (T-yby-re-chá), o chefe da terra, o principal ou maioral. Os nomes de mulher que chegaram até nós trazem um sinete de lenda ou de poesia que talvez não existisse no ânimo do gentio: TIBEREÇÁ corr. T-yby-reçá, contração de tyby-reçaba, a vigilância da terra; o vigia da terra; o maioral ou principal. Não se deve escrever Tebireçá, que tem mau sentido. Nome do maioral do gentio catequizado em São Paulo de Piratininga pelos jesuítas, no século XVI.

•  Cripta da Catedral da Sé faz 100 anos com concertos gratuitos. Por Felipe Resk, em noticias.uol.com.br
6 de julho de 2019, sábado
Também está sepultado lá o Cacique Tibiriçá (1470-1562), primeira pessoa a ser registrada como paulistana.

•  Anno Biographico Brazileiro por Joaquim Manoel de Macedo, volume III
1 de janeiro de 1876, sábado
Ainda assim João Ramalho Tebyreçá poderia pouco, se o não fizesse poder muito o morubixaba, pai de sua consorte. Por João Ramalho, Tebyreçá recebeu, auxiliou os portuguezes, e foi bom amigo de Martim Affonso de Souza; cujos dous primeiros nomes tomou, quando annos mais tarde os jezuitas o baptizarão. O mais valente e respeitado chefe dos guayanazes, ramo da tribo dos tamoyos, Tebyreçá foi em São Paulo o mais forte elemento auxiliar da conquista dos portuguezes.

Em 1553 os jezuitas passarão de S. Vicente para além da Serra do Mar e forão fundar o Collegio de S. Paulo, berço da villa e depois cidade do mesmo nome. Tebyreçá, que então provavelmente tomou com o baptismo o nome de Martim Affonso de Mello ligou se á elles e logo ainda mais amigo daquelles padres, do que do proprio João Ramalho, em 1554 foi principalmente o seu braço de bravo e forte guerreiro, e o seu poder sobre os indios de sua cabilda, que salvarão os jezuitas e o seu collegio de ataque tremendo que contra elles dirigirão muitos colonos portuguezes e mamelucos.

Ultimo e supremo serviço, que veio á custar-lhe a vida, prestou o já velho, mas herculeo indio Martin Affonso de Mello , o Tebyreçá em 1562.

Os tamoyos que erão senhores de todo o paiz desde um pouco além de Cabo- Frio até S. Vicente, formarão poderosa conjuração de muitos chefes e cabildas contra os portuguezes cujo poder no sul do Brazil achou-se consequentemente no maior perigo . Levando a destruição á muitos estabelecimentos ruraes , vencedores em mais de um ponto, animados pelas victorias e pelo numero avultado dos combatentes, avançarão ameaçadoramente sobre S. Paulo. Tebyreçá, velho ; mais ainda herculeo, adevinhára, e pronnunciára o projecto dos tamoyos confederados. O ataque de S. Paulo effectuou-se : foi horrivel e sanguinolenta a peleja, os tamoyos foram rechaçados, um dos seus chefes principaes morreu em combate ás mãos do bravo chefe guayanaz, á quem de accordo todos conferirão as honras da vitória. [p. 589 e 590]

Do heróe portuguez Martin Affonso de Souza dous indios do Brazil tomarão no baptismo os nomes. Um foi Martin Affonso de Mello, o Tabyreçá. Outro foi Martin Affonso de Souza, o Ararigboya, E ambos esses indios forão tambem heroes. [p. 591]




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Casamento de João de Abreu e Isabel de Proença Varella
1583, atualizado em 22/10/2025 20:18:02
 Família (2): Isabel de Proença Varella (sogro , n.1563), João de Abreu (sogro , n.1552)
• Pessoas (1): Isabel de Proença Varella


•  Consulta em genearc.net
16 de outubro de 2023, segunda-feira
Casou-se no Brasil, com Isabel de Proença Varella, filha do português Paulo de Proença Varella e de Inocência Doria, a Neta.

•  Revista Abrasp (data da consulta)
17 de abril de 2022, domingo

•  Revista da ASBRAP nº 10. Genealogia Paulistana - Título Proenças (Adendas às primeiras gerações). H. V. Castro Coelho (data da consulta)
10 de outubro de 2022, segunda-feira
Isabel de Proença Varella casou com João de Abreu (...) filha de Paulo de Proença e de sua segunda esposa, Isabel Cubas.




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O moinho de maior importância na vila de Parnaíba, pertencente a Balthazar Fernandes, foi comprado por seu cunhado Paulo de Proença de Abreu, juntamente com a fazenda de trigo, por apenas 350$000, ou seja, um décimo do valor de um engenho de médio
1658, atualizado em 27/07/2025 03:13:05
• Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 Família (2): Benta Dias Fernandes (cunhado , n.1590), Paulo de Proença e Abreu (cunhado , f.0)
• Temas (1): Dinheiro$


•  https://vitruvius.com.br/revistas
14 de abril de 2014, segunda-feira

•  Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo, 1994. John Manuel Monteiro
1 de janeiro de 1994, sábado
Outro aspecto que separava pequenos produtores dos de grande escala era o acedo a ou posse de moinhos de trigo. Estes, em São Paulo, podiam varias bastante em termos de escala e valor, mas as propriedades com moinho valiam bem mais do que aquelas que não possuíam. Mesmo assim, o moinho de maior importância na vila de Parnaíba, pertencente a Balthazar Fernandes, foi comprado por seu cunhado Paulo de Proença de Abreu, juntamente com a fazenda de trigo, por apenas 350$000, ou seja, um décimo do valor de um engenho de médio porte no Rio de Janeiro da mesma época. Porém, é preciso notar que este preço de venda não incluía os nativos da fazenda, enquanto o valor dos engenhos geralmente incluía escravizados africanos e o capital fixo das instalações. ["Escritura de venda de um sítio com moinho", de Baltasar Fernandes para Paulo de Proença, 1658, ASP-Notas Parnaíba, cx. 6076-28]. [p. 119]

•  Revista da ASBRAP nº 10. Genealogia Paulistana - Título Proenças (Adendas às primeiras gerações). H. V. Castro Coelho (data da consulta)
10 de outubro de 2022, segunda-feira




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Falecimento de Maria "Balthazar" em Sorocaba sendo sepultada na Matriz
28 de fevereiro de 1686, quinta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:53
• Cidades (1): Sorocaba/SP
 Família (3): André de Zuñiga y de Ponce de León (genro/nora , 1628-1687), Gabriel Ponce de Leon y Contreras (consogro(a) , 1605-1655), Maria de Torales y Zunega Fernandes (consogro(a) , 1607-1686)
• Pessoas (2): Bartolomeu de Torales, Pedro Rodrigues Cabral (1580-1621)
• Temas (3): Catedral / Igreja Matriz, Cruzes, Fazenda Ipanema


•  Biografia de Gabriel Ponce de Leon y Contreras, consultada em pt.rodovid.org/wk/Pessoa:1123466
16 de fevereiro de 2023, quinta-feira

•  Biografia de Maria Zunega Torales, consultada em pt.rodovid.org/wk/Pessoa:1123474
16 de fevereiro de 2023, quinta-feira




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Balthazar teria deixado definitivamante “sua casa grande em Parnaíba”. Mas quando exatamente?
9 de dezembro de 1634, sábado, atualizado em 20/10/2025 15:21:19
• Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): Gabriel Ponce de Leon y Contreras (consogro(a) , 1605-1655)
• Temas (3): Bairro Itavuvu, Fazendas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba


•  “Sorocaba de ontem e de hoje”, jornal Correio Paulistano. Página 17
26 de junho de 1940, quarta-feira

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XLII
1 de janeiro de 1944, sábado




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João Ramalho chegou no Brasil e tornou amigo de Tibiriçá, avô de Baltazar Fernandes
1515, atualizado em 23/10/2025 15:32:19
• Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): Martim Afonso de Melo Tibiriçá (bizavô(ó) , 1470-1562)
• Pessoas (2): João Ramalho (1486-1580), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589)
• Temas (1): Tupiniquim





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Em data não sabida. por volta de 1650, estabelece-se no Apotribu, a meio caminho de Sorocaba, sua filha Potência de Abreu. casada com Manuel Bicudo Bezarano
1650, atualizado em 02/09/2025 04:55:49
• Cidades (1): Sorocaba/SP
 Família (1): Manuel Bicudo Bejarano (genro/nora)
• Temas (5): Apoteroby (Pirajibú), Bairro de Aparecidinha, Bairro Itavuvu, Putribú, Rio Pirajibú


•  Estudos Regionais Paulistas: História da Instrução em Sorocaba (1660-1956) Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba. Aluísio de Almeida, Jahyra B. Arrua, Jair T. Veiga, Néglio F. Arruda e Oswaldo Cambiaghi
1 de janeiro de 1989, domingo
Em data não sabida. por volta de 1650, estabelece-se no Apotribu, a meio caminho de Sorocaba, sua filha Potência de Abreu. casada com Manuel Bicudo Bezarano. Seguindo o Piragibu abaixo, 1641, havia ele dado como dote de casamento à filha Suzana, as terras do Taquarivaí, não longe da atual Aparecida. Parece que, antes de mudarem se, ele e seus parentes estabeleceram currais de gado, e que ainda no sul do Estado se chamam "retiros". longe da sede da fazenda.

•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXXV*
1 de dezembro de 1938, quinta-feira
Estava-se em 1650 e tantos. Com o sossego e o vagar das obras duradouras, vieram vindo outros habitantes do Ipanema,do Itavovú e de alhures, congregando-se em volta do poderoso senhor, em pobres casinhas de palha.

A ponte, lá embaixo, era um esforço notavel, naturalmente iniciativa dele. Uma picada subia ao campo da Boa Vista, descia entre a atual Aparecida e Brigadeiro Tobias, afundava-se no Mato Dentro, deixava à direita São Roque, entrava no terreno de Bezarano, em Apotubú, e surgia em Parnaiba. Muitos anos depois, seria esta a estrada geral para São Paulo, evitando os pontos mais altos de São Francisco e de São João.

A capelinha, onde se reuniam fundador e moradores, já não bastava mais. Então, certo com a mira num projeto muito elevado, quasi um sonho, localiza a igreja de Nossa Senhora, com o tamanho atual de São Bento, frente para o nascer do sol, no ponto que ele julgava seria sempre o mais alto da povoação. Terra vermelha para a taipa estava quasi à mão. Os carijós levantavam o grande soquete de cabreuva. Pum! Pum! Subiam as paredes. Dos matos próximos, traziam as madeiras de lei.

A igreja ia se aprontando devagarinho. Estava coberta, sem forro e sem soalho. Fizeram-lhe um retábulo decente. A imagem de Nossa Senhora, pequenina, acompanhava-o sempre. De- via de ter um menino nos braços. Mas, qual seria o título litúrgico? Talvez nem o soubesse o humilde artífice que a fizera. E lá está, no altar novo, a imagem da Virgem. Os raros sitiantes da redondeza vêm alí rezar o terço, ou talvez ouvir uma missa do vigario de Parnaiba, sobrinho do fazendeiro. Vão admirar a ponte, o rio. Voltam para as roças: tinham estado na igreja de Nossa Senhora da Ponte. Assim nasce um orago. [p. 139, 140]




  Balthazar Fernandes
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Falecimento de Izabel Proença de Abreu, filha de Balthazar Fernandes em Santana de Parnaíba
1648, atualizado em 25/02/2025 04:40:29
• Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): Isabel de Proença Miranda (filho , 1605-1648)


•  “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
1 de janeiro de 2014, quarta-feira




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João Ramalho teria sido novamente eleito vereador de São Paulo, porém, já velho (por volta dos setenta anos), recusou o posto, como consta da ata da Câmara Municipal
15 de fevereiro de 1564, sábado, atualizado em 23/10/2025 15:36:40
• Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Família (1): Lopo Dias Machado (avô(ó) , 1515-1609)
• Pessoas (3): João Ramalho (1486-1580), Luiz Martins, Manuel da Nóbrega (1517-1570)


•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
1 de janeiro de 1957, terça-feira
Em 1564, em S. Paulo, quando recusou o cargo de vereador, os seus companheiros de governança vão à casa da Luís Martins, onde ele se achava pousado, insistir pela aceitação do cargo; e, entre outras razões, que ele apresenta para persistir na recusa, dá a de que se achava em terra de contrários dessa vila, dos contrários da Paraíba.




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Inventário e testamento
16 de abril de 1610, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:07:25
 Família (1): Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (cunhado , 1575-1611)

• Cidades (1): Sorocaba/SP
• Pessoas (3): Custódio de Paiva, Francisco de Sousa (1540-1611), Pedro Taques (1560-1644)

Fontes (2 de )
•  1 fonte Consulta em projetocompartilhar.org
27 de fevereiro de 2023, segunda-feira

•  2 fonte Observações sobre Balthazar Fernandes
28 de agosto de 2025, quinta-feira
Custódia Dias casou-se com Geraldo Beting, o mineralogista alemão de Geldres que vem a São Paulo na equipe solicitada por D. Francisco de Sousa. Mas foi assassinado pelos paulistas quando retornava de uma de suas pesquisas com muitos metais da região de Sabarabussu, entre 1610-1611. Isto mesmo!




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Nascimento de Brígida Machado, filha de Manuel Fernandes Gigante e Agostinha Rodrigues
1606. Atualizado em 24/10/2025 04:33:26
 Família (1): Agostina Rodrigues "Gigante" (cunhado)

• Pessoas (2): Brígida Machada “A Neta” (1606-1643), Manuel Fernandes Gigante (1575-1656)

Fontes (1 de )
•  1 fonte Brígida Machado. Consulta em Geni.com
8 de julho de 2024, segunda-feira
Registros mencionados (1)
15/07/1941 - Projeto da Igreja de Santa Rita [28061]




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Testamento
17 de abril de 1619, quarta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:54
 Família (1): Belchior Fernandes ou Gonçalves (cunhado)

• Pessoas (1): Izabel Fernandes (1584-1619)

Fontes (0 de )



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Observações sobre Balthazar Fernandes
28 de agosto de 2025, quinta-feira

02/09/2025 21:12:21

• Cidades (1): Sorocaba/SP
• Pessoas (2): Adriano César Koboyama (n.1982), Cláudio Furquim "Francês" (1590-1665)
• Temas (1): Rio Latipagiha



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Falecimento de Ambrosio Mendes
1642. Atualizado em 24/10/2025 04:30:17
 Família (1): Ambrósio Mendes (cunhado , f.1642)

Fontes (1 de )
•  1 fonte Consulta em projetocompartilhar.org
9 de julho de 2024, terça-feira


  


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