Posse da Sesmaria de Geraibatiba no campo de Piratininga Campo de Piratininga, 12 de agosto de 1560:
1. Saibam quantos este instrumento de posse de humas terras de dadas, mandada dar por autorydade de justiça com ho teor do auto da pose vyrem:
2. E loguo, por mim tabelião, foy dado pose da dyta terra e mato, que parte de huma banda por uns pinheiros perto de Bartolomeu Carrasco, parte com ha outra parte vyndo pelo caminho ao longo do mato, caminho da Borda do Campo. [Página 270] 24536*“História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior
Antes vem o mestre Bartolomeu Fernandes, que o Autor apresenta como Bartolomeu Gonçalves e tinha ainda tratado e respondendo pela alcunha de Bartolomeu Carrasco, ferreiro contratado no Reino para atender, por dois anos, os reclamos de obras de ferro da armada e dos integrantes desse primeiro estabelecimento luso em solo brasileiro.
A alcunha de "Carrasco", no ambiente vicentino de então, era designativa do ofício de "ferreiro". Pondo-se à margem a interpretação dada à alcunha de "Carrasco", o certo é que é Américo de Moura (1881-1953) em "Os Povoadores do Campo de Piratininga", escreve: "Um mestre Bartolomeu, cujo apelido era Carrasco, em 1560, era senhor de terras no planalto à beira do Jurubatuba, e em 1571 já era falecido, tendo deixado herdeiros. [Página IV] 24155*Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo
Ao invés disto, e em contraste com os sertanistas que já preferiam o ouro a qualquer outra exploração, quis o administrador geral das minas desenvolver o fabrico do ferro na Capitania de São Vicente. Já eram conhecidas outras minas, como já vimos; e para aproveita-las foi celebrado por escritura de 26 de fevereiro de 1609, em notas do tabelião Simão Borges de Cerqueira, (diz a Chronologia), um contrato de sociedade entre o marques das Minas, o provedor da fazenda Diogo de Quadros e o cunhado deste Francisco Lopes Pinto. Visavam os sócios estabelecer o novo engenho na ilha de Santo Amaro, á margem do rio Geribatuba, fronteiro á ilha de São Vicente e á esquerda do Morro das Neves. Esses termos da escritura identificam esta fábrica nova com as ruínas visitadas por Eschwege em 1810, aproximadamente.
O auto de ereção á freguesia (14 de janeiro de 1680) da capela de Santo Amaro, ereta por João Peres e a sua mulher Suzana Rodrigues, naturais de Portugal e vindos na frota de Martim Afonso, declara que se acha este edifício colocado á margem do Gerybatuba, "nome que o vulgo corrompeu na pronuncia para o de Jerubatuba". É a mesma Chronologia citando Taques, declara, a propósito de carta patente do Capitão-mór João Corrêa, nomeando Sardinho o primeiro descobridor de minas no Brasil, que o sítio de Ubatá, pertencente a este último, estava localizado junto ao rio Jurubatuba, "que agora se diz Rio dos Pinheiros". Não ha dúvida, portanto, que as minas atribuídas pelo Barão de Eschwege, á primeira fábrica de ferro brasileira, e são efetivamente da segunda, que estava colocada nas vizinhanças das terras de Afonso Sardinha, morador no Ubatú enquanto que o engenho se achava "no sítio Borapoeira da outra banda do Rio Jerabatiba", segundo afirma Taques. [Páginas 33 e 34]
“que todos os moradores da banda de Ibirapuera façam o caminho, a saber, da casa de Jorge Moreira pelos matos e capoeiras até chegar ao caminho do conselho desta vila, o qual se fará dentro de doze dias, a partir de hoje”
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27490*Atas da Câmara da cidade de São Paulo: 1562-1596, volume I, 1967. Prefeitura do município de São Paulo
Aos 3 de julho de 1581 nesta vila de São Paulo do campo nas pousadas do vereador Manoel Fernandes estando juntos o vereador do ano passado Go. Fernandes por não estar nesta vila Antonio Bequdo e o juiz Manoel Ribeiro e o procurador do conselho Salvador de Paiva para quem porem em prática para bem e por do povo, digo por desta vila não façam dúvida na entrelinha por que se fez por verdade logo na dita câmara o procurador do conselho Salvador de Paiva deu em rol os que não mandaram a fonte que os senhores vereadores os ouvesse por condenados as pessoas seguintes e sobre o procurador do conselho digo seguintes e mandaram a mim também que carregasse sobre o procurador do conselho e lhe passasse mandado para serem penhorados com a pena que eles puseram a Antônio de Proença, Bertolameu Fernandes Ferreiro, João Masiel, João Soares, Po. de Leão, Amador Gonçalves, Francisco Pereira, os quais pessoas acima declaradas ouveram por condenados a cada um por sim em meio tostão conforme a postura e pregão que nos mandamos ditar no adro desta vila e o assinaram aqui eu Lourenço Vaz que isto escrevi - Manoel Fernandes, Go. † Fernandes - Manoel Ribeiro - Salvador de Paiva.
e logo na mesma câmara os senhores vereadores condenaram os que não vieram a procissão de Santa Isabel conforme a ordenação del rei em duzentos réis cada uma das pessoas seguintes, Gil Fernandes, seu genro Manoel Correa, moradores no Pequeri, Miguel Alvez moço, Antônio de Proença, João de Quadros, Baltezar Gonçalvez, Marcos Fernandes o moço, Miguel Fernandes, Jerônimo Roiz, Paulo Roiz, Francisco Pereira, todos moradores nesta dita vila os quais os oficiais mandaram que se carregassem sobre o procurador do conselho Salvador de Paiva e como assim houveram por condenados e assinaram aqui eu Lourenço Vaz que isto escrevi - Manoel Fernandes - Go. † Fernandes - Manoel Ribeiro - Salvador de Paiva.
e logo acordaram em câmara que todos os moradores que vier da banda de virapoeira farão o caminho convém a saber de casa de Jorge Moreira pelo matos e capoeiras até chegar o caminho do conselho desta vila o qual se fara doze a oito dias e São doze dias este presente mês convém a saber Manoel Ribeiro três machos e Manoel Fernandes vereador outros três machos, Jorge Moreira três machos, Saiavedra um escravo e pedraves outro escravo, Jerônimo Roiz outro macho, Braz Gonçalvez uma peça, Marcos Fernandes uma peça, João do Canho um escravo, Baltezar Gonçalvez duas peças, um macho e uma fêmea, Diogo Teixeira um macho, Go. Fernandes uma peça, Baltezar Roiz uma peça, as pessoas acima nomeadas todo o que não mandar ao caminho pagara cem réis para o conselho desta vila em quje os hão por condenados e isto por seres ereos e andarem por o dito caminho e assim acordaram os ditos oficiais que toda a pessoa que deribar rosa ou pão no dito caminho o ... e mandara consertar a sua custa afim de que possam andar nele para esta vila e isto com pena de 500 réis para o conselho em que o hão por condenado e de como assim o mandaram todos o assinaram aqui eu Lourenço Vaz que isto escrevi - Manoel Fernandes - Go. † Fernandes - Manoel Ribeiro - Salvador de Paiva. [p. 179, 180, 181]
“Tres irmãos convém saber o dito Baltazar Gonçalves e Braz Gonçalves e Marcos Fernandes...” Pediram terras vizinhas a Bartolomeu Fernandes, na rua que vai para a Cruz
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27485Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia nº 16, Povoadores de São Paulo - Marcos Fernandes, velho (Adendas às primeiras gerações), consultado em 18.10.2022
Em 1583, pouco depois da morte do pai, obteve chãos em São Paulo, no caminho da Cruz, de parceria com Baltazar Gonçalves e Brás Gonçalves, todos ditos “irmãos” (RGCSP, I, 4); por esses anos, em assentamentos gerais, eram chamados irmãos os primos ou parentes próximos. 29374CARTAS DE DATAS DE TERRAS, consulta em Projeto Compartilhar
Baltazar Gonçalves, Braz Gonçalves e Marcos Fernandes – 1 de julho de de 1583 (ou 4) – “Tres irmãos convém saber o dito Baltazar Gonçalves e Braz Gonçalves e Marcos Fernandes...” Pediram terras vizinhas a Bartolomeu Fernandes, na rua que vai para a Cruz. 20141*A REPRESENTAÇÃO DO IMIGRANTE ALEMÃO NO ROMANCE SUL-RIO-GRANDENSE: A DIVINA PASTORA, FRIDA MEYER, UM RIO IMITA O RENO, O TEMPO E O VENTO E A FERRO E FOGO
Serviu nessa vila, depois de 1583, na tutoria dos órfãos de Marcos Fernandes, o velho (INV. E TEST., IV, 455) e, de 1600 em diante, dos filhos de Antão Pires, seu sobrinho, casado com Bárbara Mendes (INV. ETEST., I, 324).
“os oficiais ordenaram que sejam feitos serviços de manutenção do caminho do Ipiranga, que é no rumo do caminho do mar”
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24646“Peabiru” de Hernâni Donato (1922-2012) do IHGSP*
Serviu nessa vila, depois de 1583, na tutoria dos órfãos de Marcos Fernandes, o velho (INV. E TEST., IV, 455) e, de 1600 em diante, dos filhos de Antão Pires, seu sobrinho, casado com Bárbara Mendes (INV. ETEST., I, 324).
Houve problemas com esse mesmo ferreiro, mestre Bartolomeu Fernandes, denominado por Taunay de “Tubalcaim paulistano”. Este foi intimado para que mandasse seus aprendizes à vila, sob pena de mil réis de multa
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23985*S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay
Subiram os abusos ao ponto, porêm, de provocar a intervenção municipal. Na sessão de 15 de abril de 1588, chamava o procurador do conselho, Gonçalo Pires, a atenção de seus colegas de vereança para os abusos cometidos pelos mesteirais: "O povo clamava da pouca justiça, mórmente se agravava da grande carestia e desordem do mestre ferreiro", motivo pelo qual mandou a Câmara ao almotacel Antonio de Saavedra que abrisse severo inquérito.
CARTAS DE DATAS DE TERRAS, consulta em Projeto Compartilhar
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