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 Cunhados: Cunhados: Cunhados: Sobrinhos (): Filhos (18):| História expandida: 279 registros / 117 |  | 
 , Agostinha Dias (1580-1633), André Fernandes (1578-1641), Angela Fernandes (1586-1650), Balthazar Fernandes (1577-1670), Benta Dias Fernandes (n.1590), Catarina Dias (1558-1631), Catharina da Costa (n.1580), Custódia Dias (1581-1650), Custódio Fernandes Dias (n.1587), Domingos Fernandes (1577-1652), Francisco Dias Fernandes (n.1583), Isabel Elisabeth Roiz (1578-1622), Jerônimo André Fernandes (1578-1648), Manuel Dias Machado, Manuel Fernandes Gigante (1575-1656), Margarida Dias (n.1584), Maria Machado (n.1582), Paula Fernandes (1574-1614)Irmãos (11): , Affonso Dias, Ana Isabel Dias Machado, Andresa Dias Machado, Anônima "Dias", Antônio Dias Machado, Belchior Dias Carneiro, Gaspar Dias, Isabel Dias Carneiro, Isabel Nogueira, Isac Dias Carneiro, Jerônima DiasCunhados (6): , Antônio de Macedo (ou Saavedra), Hilaria Luis Grou, Antonio Nogueira, Luís Eanes Grou, Gonçalo Camacho, Gonçalo Camacho| 0 
 
 
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 Biografia de Suzana Dias, consultado em genearc.net19 de fevereiro de 2023, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:20:02• Cidades (3): Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (3): André Fernandes (filho , 1578-1641), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Lopo Dias Machado (pai/mãe , 1515-1609)
 
 
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 Os Campos Bicudos da “Casa” de Suzana Dias. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia n.º 22 (Consultado nesta data)4 de Setembro de 2022, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:19:59• Cidades (8): Araçoiaba da Serra/SP, Avaré/SP, Botucatu/SP, Curitiba/PR, Itapecirica da Serra/SP, Pitangui/MG, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (4): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Catarina Dias (filho , 1558-1631), Custódia Dias (filho , 1581-1650), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (genro/nora , 1575-1611)
 • Temas (9): Caminho do Peabiru, Gentios, Guaranis, Ibiticatu, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Rio Paranapanema, Rio Pardo, Sabarabuçu
  • 39. Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira1553
 Suzana Dias escreveu seu Testamento. Nele podemos perceber até que ponto a colonização portuguesa tinha progredido durante o século XVI. Suzana, uma devota cristã, identificada com a sociedade portuguesa, apesar de sua mãe indígena e sua própria etnia mameluca. Sabemos que usava roupas, que viveu em uma casa, que ela confessou a um sacerdote, que ela se casou em uma cerimônia cristã.
 Podemos supor dos nomes dos seus filhos que eles foram batizados por um sacerdote e na distribuição da Suzana de dote de casamento de suas filhas casaram-se segundo a doutrina cristã. Consciente de sua responsabilidade como uma mulher cristã no deserto [sertão] do Brasil, fundou uma capela. Mas em outros aspectos de sua vida, ela pode ter mantido costumes indígenas. Ela falou, sem dúvida, Tupi [guarani], a língua comum do planalto.
 
 Possivelmente ela dormiu em uma rede, embora sua vontade começa com a frase "doente na cama"; camas eram escassas e valiosas. Muito provavelmente, sua dieta seguia tradições indígenas, em vez de portuguesas. Em seu catolicismo, provavelmente também, penetrou vestígios de sua origem tribal, crenças e superstições".
 
 Assim, Suzana Dias, como seu avô, João Ramalho, dividia-se entre um mundo português e outro indígena. Levar, viver esta herança, tradição dual, ela, com seu marido português, fez seu caminho para o deserto, o sertão brasileiro. Ao fazê-lo, ela começou a colonização da região à Oeste de São Paulo.
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  • 40. Francisco Rodrigues recebeu de D. Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de “Ibapoara”, topônimo desconhecido14 de julho de 1601
 A prática de fundar uma capela é necessária para colocar os indígenas vencidos em guerra em aldeias para serem doutrinados por um padre, que para isto precisa de uma capela, modelo este, tal como, as frentes militares de D. Francisco de Sousa (1601) forçando que “descessem da serra ou do sertão” evivessem em aldeamentos no litoral, sob a administração e doutrina dos jesuítas,e seriam usados como defesa militar e mão de obra. [p.286]  • 41. Dom Francisco mudou o pelourinho, enviou moradores mas somente os "Sardinha" tinha autorização de entrar nas minas de "Obiracoyava"14 de julho de 1601
 A prática de fundar uma capela é necessária para colocar os nativos vencidos em guerra em aldeias para serem doutrinados por um padre, que para isto precisa de uma capela, modelo este, tal como, as frentes militares de D.Francisco de Sousa (1601) forçando que “descessem da serra ou do sertão” estivessem em aldeamentos no litoral, sob a administração e doutrina dos jesuítas,e seriam usados como defesa militar e mão de obra.  • 42. Após a descoberta do ouro em terras brasileiras, Portugal instituiu várias medidas de caráter fiscalizador com o chamado “Primeiro regimento das terras minerais”15 de agosto de 1603
  • 43. Sorocaba (data estimada)1610
 Custódia Dias casou-se com Geraldo Beting, o mineralogista alemão de Geldres que vem a São Paulo na equipe solicitada por D. Francisco de Sousa. Mas foi assassinado pelos paulistas quando retornava de uma de suas pesquisas com muitos metais da região de Sabarabussu, entre 1610-1611. Isto mesmo! [Página 284]  • 44. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil10 de junho de 1611
 No tocante às filhas desta “família fundadora”, em que Metkalf (1990, 283-304) menciona que elas ficavam com a maior parte da riqueza como dote para os genros, Custódia Dias casou-se com Geraldo Beting, o mineralogista alemão de Geldres que vem a São Paulo na equipe solicitada por D. Francisco de Sousa. Mas foi assassinado pelos paulistas quando retornava de uma de suas pesquisas com muitos metais da região de Sabarabussu do Rio das Velhas, entre 1610-1611. Isto mesmo!
 Desde 1602, com a jornada que fez Nicolau Barreto e atingiu as imediações de Pitangui, os sertanistas da Serra Acima já sabiam onde se encontrava o ouro do Sabarabussu. Um dos motivos da morte de D. Francisco de Sousa, registrado pela historiografia, desgostoso e depressivo, abandonado na sua casa na Vila de São Paulo, está ligado a este assassinato.
  • 45. Inventário e Testamento e Antonio Rodrigues, genro de Suzana Dias e Manuel16 de abril de 1616
 O uso costumeiro de mandar os filhos ao sertão obtém persistência de geração em geração. No testamento de Domingos Fernandes, em 24 de janeiro de 1653, ele declara que mandou os filhos Tomé e Felipe ao sertão, ‘donde trouxeram muitas peças, das quais Tomé levou 12 para casa e aos demais dei menos’.18No tocante às filhas desta “família fundadora”, em que Metkalf (1990,283-304) menciona que elas ficavam com a maior parte da riqueza como dote paraos genros, Custódia Dias casou-se com Geraldo Beting, o mineralogista alemãode Geldres que vem a São Paulo na equipe solicitada por D. Francisco de Sousa.Mas foi assassinado pelos paulistas quando retornava de uma de suas pesquisascom muitos metais da região de Sabarabussu do Rio das Velhas, entre 1610-1611.Isto mesmo! Desde 1602, com a jornada que fez Nicolau Barreto e atingiu asimediações de Pitangui, os sertanistas da Serra Acima já sabiam onde seencontrava o ouro do Sabarabussu. Um dos motivos da morte de D. Francisco deSousa, registrado pela historiografia, desgostoso e depressivo, abandonado na suacasa na Vila de São Paulo, está ligado a este assassinato.
 A outra filha de Suzana, Catarina Dias, casou-se com Antônio Rodrigues Velho, o Araá, de cujo ramo provém o Velho da Taipa, de Pitangui, genro de Joséde Campos Bicudo, o Monteiro. Segundo seu testamento, em 1616, (Vol. 11, fls47 a 53,1616) Antônio Rodrigues Velho ‘a segunda vez foi casado com Joana deCastilho [com quem], teve seis filhos. [...] Cita os irmãos: Francisco RodriguesVelho (a quem nomeia testamenteiro e curador dos filhos), Garcia RodriguesVelho, o Padre Jorge Rodrigues, já então falecido’.19
 
 Da “Casa” de Suzana Dias, do clã dos Campos Bicudos, Maria Bicudo –moradora em Juqueri, Santana de Parnaíba, falecida em 1659, filha de Antônio Bicudo Carneiro e de Izabel Rodrigues, mãe de Margarida Bicudo casada com Felipe de Campos Bander Borth – era casada com Manuel Pires. Este sertanistaconquistou no sertão muitos gentios bárbaros que, sendo batizados se tornarampeças administradas trabalhando na agricultura, sob a doutrinação do primeirofilho, Padre Estevão Rodrigues da Companhia de Jesus.20
 
 Em seu testamento, como foi se tornando tradição, também Maria Bicudo‘declarou que mandou o filho Salvador para o sertão com sete negros (grifomeu)[...]. Deixou terça para sua filha Margarina Bicudo casada, em 1643 em S.Paulo, com Felipe de Campos Bander Borth e para Isabel Bicudo casada comFrancisco de Arruda Sá’.21 Este, com sesmaria em Itatiaiuçu, era tesoureiro dos quintos nas Minas22, no período anterior a Guerra dos Emboabas. [Os Campos Bicudos da “Casa” de Suzana Dias. Página 284]
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  • 46. Falecimento de Suzana Dias2 de setembro de 1634
 Dela sabemos que usava roupas, que viveu em uma casa, que ela confessou a um sacerdote, que ela se casou em uma cerimônia cristã. Podemos supor dos nomes dos seus filhos que eles foram batizados por um sacerdote e na distribuição de dote de casamentos que suas filhas casaram-se segundo a doutrina cristã. Consciente de sua responsabilidade como uma mulher cristã no deserto (sertão) do Brasil, fundou uma capela. Mas em outros aspectos de sua vida, ela pode ter mantido costumes indígenas. Ela falou, sem dúvida, Tupi (guarani), a língua comum do planalto. Possivelmente ela dormiu em uma rede, embora sua vontade começa com a frase "doente na cama"; camas eram escassas e valiosas. Muito provavelmente, sua dieta seguia tradições indígenas, em vez de portuguesas. 1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]14/07/1601 - Francisco Rodrigues recebeu de D. Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de “Ibapoara”, topônimo desconhecido [17560]14/07/1601 - Dom Francisco mudou o pelourinho, enviou moradores mas somente os "Sardinha" tinha autorização de entrar nas minas de "Obiracoyava" [9119]15/08/1603 - Após a descoberta do ouro em terras brasileiras, Portugal instituiu várias medidas de caráter fiscalizador com o chamado “Primeiro regimento das terras minerais” [21240]01/06/1610 - Francisco de Souza chega em São Paulo* [26582]1610 - Sorocaba (data estimada) [20093]10/06/1611 - O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil [20084]16/04/1616 - Inventário e Testamento e Antonio Rodrigues, genro de Suzana Dias e Manuel [21107]1620 - Antonio Bicudo ganha destaque / início da colonização das Minas de Pitangui [20085]02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias [20168]1643 - Casamento de Margarida Bicudo e Felipe de Campos Bander Borth [1251]01/12/1681 - Testamento de Felipe de Campos [31957]1759 - Jesuítas são expulsos do Brasil [7216]19/09/2024 - Quais são as 10 MAIORES TRIBOS INDÍGENAS brasileiras? Conhecendo o Brasil (Youtube.com) [3838]
 
 
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 Revista iCorpusjulho de 2022. Atualizado em 24/10/2025 02:17:58• Cidades (5): Itapevi/SP, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (1): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670)
 • Pessoas (3): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Manuel da Nóbrega (1517-1570), João Barcellos
 • Temas (7): Caminho do Peabiru, Jeribatiba (Santo Amaro), Maniçoba, Ouro, Rio Geribatiba, Rio Sorocaba, Serra de Jaraguá
 1580 - Afonso Sardinha (45 anos) adquiriu uma grande fazenda em São Paulo (o nas serras de Iguamimbaba, que agora se chama Mantaguyra, na de Jaraguá, termo de S. Paulo, na de Vuturuna (São Roque), na de “Hybiraçoyaba (Sorocaba)” [7933]
 
 
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 A origem do (antropo) topônimo Betim, Jeander Cristian da Silva2020. Atualizado em 24/10/2025 02:17:56• Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (5): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Custódia Dias (filho , 1581-1650), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (genro/nora , 1575-1611), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589), Maria Betting (neto , 1618-1691)
 • Pessoas (6): Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Cornélio de Arzão (f.0), Francisco de Sousa (1540-1611), Jacques Oalte, José Serrão, Maria Garcia Rodrigues Betting (1642-1676)
  • 211. Falecimento de Thoenis (ou Thonis) Bettinck, em Doesburg29 de maio de 1584
  • 212. D. Francisco voltou ao reino com dois mineiros espanhóis e um nativo, testemunhas do muito que fizera em São Paulojunho de 1602
  • 213. Inventário que, em outubro do ano de 1611, foi vendido por Peter van Belheeim, em nome do mencionado Gerrit Bettinck, por uma certa soma de moedas entregues nas mãos de Art Baerken e Evert van Middachten; depois de ter sido lida em voz alta a procuração mencionada como feita nesta secção, deram os procuradores acima mencionados toda herança paterna e materna de Gerrit Bettinck, acima mencionado, em favor de Johan van Ackeren, Udo Avincx, Frerick Besselinck e Hermen Bettinck e seus herdeiros, com a palavra, mão e pena, como acontece num tribunaloutubro de 1611
  • 214. Perante os vereadores Johan Stendering Henrice e Adriaen Buickenvoert comparaceram os excelentíssimos senhores Johan Stendering Lamberss, Johan Dunsberch e Wolter Schaep, como procuradores de Gerhart Bettinck, vivo nas Índias Ocidentais, perto de São Vicente, numa pequena cidade chamada São Paulo, em conseqüência de uma procuração de São Paulo, escrita em português, datada de 29/12/161314 de dezembro de 1614
 29/05/1584 - Falecimento de Thoenis (ou Thonis) Bettinck, em Doesburg [19930]01/06/1602 - D. Francisco voltou ao reino com dois mineiros espanhóis e um nativo, testemunhas do muito que fizera em São Paulo* [13720]01/10/1611 - Inventário que, em outubro do ano de 1611, foi vendido por Peter van Belheeim, em nome do mencionado Gerrit Bettinck, por uma certa soma de moedas entregues nas mãos de Art Baerken e Evert van Middachten; depois de ter sido lida em voz alta a procuração mencionada como feita nesta secção, deram os procuradores acima mencionados toda herança paterna e materna de Gerrit Bettinck, acima mencionado, em favor de Johan van Ackeren, Udo Avincx, Frerick Besselinck e Hermen Bettinck e seus herdeiros, com a palavra, mão e pena, como acontece num tribunal* [24288]14/12/1614 - Perante os vereadores Johan Stendering Henrice e Adriaen Buickenvoert comparaceram os excelentíssimos senhores Johan Stendering Lamberss, Johan Dunsberch e Wolter Schaep, como procuradores de Gerhart Bettinck, vivo nas Índias Ocidentais, perto de São Vicente, numa pequena cidade chamada São Paulo, em conseqüência de uma procuração de São Paulo, escrita em português, datada de 29/12/1613 [24287]
 
 
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 Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolinafevereiro de 2014. Atualizado em 23/10/2025 17:17:23• Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Itapevi/SP, Itu/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
 • Família (1): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670)
 • Temas (21): Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Caminho até Cotia, Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Carijós/Guaranis, Cruzes, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Jesuítas, Nheengatu, Ouro, Pela primeira vez, Quitaúna, Rodovia Raposo Tavares, Sabarabuçu, Tamoios, Tropeiros, Tupinambás, Tupiniquim
  • 157. Partida da expedição de Bras Cubasjunho de 1560
 "O pequeno cyclo das minas também alli vinha se desdobrando desde as achadas de Luiz Martins, accrescidas pelas do mameluco Affonso Sardinha, o moço, com o mineiro pratico Clemente Alvares, que, além do ouro encontrado em vários sítios ao entorno da Villa de São Paulo, haviam constatado ferro no Araçoiaba, i que lhes valera a construção alli de dois fornos catalães para o seu preparo.
 Assim, D. Francisco de Souza, resolvida a sua viagem, enviou para a Capitania de São Vicente, como administrador das minas e capitão da Villa de S. Paulo a Diogo Gonçalves Laço, o velho, que trouxe consigo dois mineiros e um fundidor. Para capitão-mor da donataria; nomeou a Diogo Arias de Aguirre, que, com trezentos índios e tendo o transporte custeado pelo, porém, de maior vulto realizadas por esse governador geral, nessa sua primeira vinda a São Paulo e attinentes a devassa dos sertões brasileiros, foram as expedições chefiadas (...) [ p. 46]
  • 158. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas1589
 Quando o marido de Suzana Dias falece em 1589 sua fazenda já estava bem desenvolvida e os laços de parentesco distribuídos em amplos territórios que devem ter contribuído muito para que a região aparecesse como produtora de trigo. À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foi fundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654.  • 159. “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275]7 de dezembro de 1589
  • 160. Belchior Dias recebeu terras em Vuturuna (São Roque), caminho de Ibirapuera, onde teria descoberto as minas de Vuturuna12 de dezembro de 1598
 Suzana Dias após a morte de seu primeiro marido casa-se com Belchior da Costa, este traz para a sua vizinhança os filhos de sua primeira mulher e o irmão de Suzana Dias, Belchior Carneiro.
 Recebe desta, quinhentas braças de terra e fixa residência na região. Belchior Carneiro foi o descobridor das minas de ouro do Vuturuna, perto de Parnahiba. Falleceu em 1607 no sertão em descobrimento de metaes. [Páginas 48, 49 e 50]
  • 161. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com  família e 380 escravizadosdezembro de 1654
 À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foi fundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654. 25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]01/06/1560 - Partida da expedição de Bras Cubas* [19975]25/01/1562 - “Ouro que pesava três quartos de dobra e seis grãos” [24070]12/10/1580 - Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro) [20121]1589 - Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas [9075]07/12/1589 - “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275] [26356]12/12/1598 - Belchior Dias recebeu terras em Vuturuna (São Roque), caminho de Ibirapuera, onde teria descoberto as minas de Vuturuna [20077]01/11/1599 - A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza* [20591]1605 - Descobertas das minas paulistas datam em Araçariguama por Afonso Sardinha [21571]02/01/1608 - D. Francisco de Sousa os privilégios que haviam sido concedidos a Gabriel Soares de Sousa, para a exploração das minas [9770]03/11/1609 - D. Francisco registra nos livros da Câmara quatorze provisões régias que lhe davam na Repartição do Sul poderes idênticos ao do Governador-Geral do Brasil [20270]1632 - Gregoria da Silva casou em São Paulo com João Moreira, daí natural, filho de Pedro Alvares Cabral e Suzana Moreira. Foram moradores em Cotia onde tinham seu sitio [21574]01/12/1654 - Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com  família e 380 escravizados* [6604]16/08/1657 - São Roque foi fundada em meados do século XVII, provavelmente no ano de 1657 [21580]27/07/1671 - A palavra “paulista” é empregada pela primeira vez pelo Visconde de Barbacena [8545]21/07/1674 - Partida de Fernão Dias [21578]1700 - A história de Cotia tem início por volta de 1700, quando os viajantes que iam para o interior dos estados, paravam na vila para descansar e alimentar-se por ser um antigo pouso de tropeiros onde circulavam cargas e mantimentos [21563]03/10/1774 - José Custódio de Sá e Faria parte da ponte Pinheiros [21590]2008 - História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, volume 8 [23226]
 
 
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 “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador2014. Atualizado em 23/10/2025 17:17:23• Cidades (19): Araçoiaba da Serra/SP, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Foz do Iguaçu/PR, Guaratinguetá/SP, Iguape/SP, Itu/SP, Lisboa/POR, Mogi das Cruzes/SP, Passo Fundo/RS, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP, Ubatuba/SP
 • Família (17): André Fernandes (filho , 1578-1641), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (tio , 1493-1580), Beatriz Dias Teveriçá ou Ramalho (pai/mãe , 1502-1569), Belchior da Costa (consogro(a) , 1567-1625), Benta Dias de Proença (neto , 1614-1733), Benta Dias Fernandes (filho , n.1590), Catarina Dias II (neto , 1601-1667), Cecília de Abreu (neto , 1638-1698), Diogo do Rego e Mendonça (neto* , 1609-1668), Lopo Dias Machado (pai/mãe , 1515-1609), Manoel Fernandes de Abreu “Cayacanga” (neto , 1620-1721), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589), Maria de Torales y Zunega (genro/nora , n.1585), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (avô(ó) , 1470-1562), Paulo de Proença e Abreu (genro/nora , f.0), Pedro Dias Correa de Alvarenga (neto* , 1620-1698)
 • Temas (56): Algodão, Apiassava das canoas, Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Botocudos, Bugres, Caaçapa, Cachoeiras, Caciques, Caminho de Curitiba, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Capela de Santa Ana de Sorocaba, Capela de São Bento, Carijós/Guaranis, Catedral / Igreja Matriz, Cavalos, Colinas, Cristãos, Curiosidades, Deus, Ermidas, capelas e igrejas, Escolas, Escravizados, Farinha e mandioca, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Guayrá, Ijuí, Inquisição, Jardim Sandra, Jesuítas, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Mulas, Música, Papas e o Vaticano, Pela primeira vez, Pelourinhos, Pontes, Porcos, Redução de Santa Tereza do Ibituruna, Rio Anhemby / Tietê, Rio Araguaia, Rio Sorocaba, Rua XV de Novembro, São Bento, São Paulo de Piratininga, Tapuias, Tordesilhas, Tupis, União Ibérica, Villa Rica del Espírito Santo, Vinho
  • 98. Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay1480
 Baltazar Fernandes era bisneto de Tibiriçá, cacique dos nativos guaianases e uma das mais importantes figuras da História de São Paulo de Piratininga. Foi tão importante que Anchieta o considerava o fundador de São Paulo. Catequizado pelos jesuítas, foi batizado com o nome de Martim Afonso, em homenagem ao português donatário da Capitania de São Vicente. Das filhas de Tibiriçá, duas ganharam destaque nos primeiros tempos da vida paulista: Bartira, que se casou com João Ramalho e Beatriz, que se casou com Lopo Dias, os avós do fundador de Sorocaba.  • 99. Nascimento de Lopo Dias Machado (1515-1609) em Portugal, viria ao Brasil e se casaria com Beatriz, uma das filhas do cacique Tibiriça Foi pai de três filhos Belchior Dias Carneiro, Isaac Dias Carneiro e Gaspar Dias. E três filhas, Isabel, Suzanna, Jerônima e Antônia Dias1515
 Baltazar Fernandes era bisneto de Tibiriçá, cacique dos nativos guaianases e uma das mais importantes figuras da História de São Paulo de Piratininga. Foi tão importante que Anchieta o considerava o fundador de São Paulo. Catequizado pelos jesuítas, foi batizado com o nome de Martim Afonso, em homenagem ao português donatário da Capitania de São Vicente. Das filhas de Tibiriçá, duas ganharam destaque nos primeiros tempos da vida paulista: Bartira, que se casou com João Ramalho e Beatriz, que se casou com Lopo Dias, os avós do fundador de Sorocaba. [Página 21]  • 100. Bertioga22 de janeiro de 1531
  • 101. Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira1553
 Baltazar Fernandes era bisneto de Tibiriçá, cacique dos nativos guaianases e uma das mais importantes figuras da História de São Paulo de Piratininga. Foi tão importante que Anchieta o considerava o fundador de São Paulo. Catequizado pelos jesuítas, foi batizado com o nome de Martim Afonso, em homenagem ao português donatário da Capitania de São Vicente. Das filhas de Tibiriçá, duas ganharam destaque nos primeiros tempos da vida paulista: Bartira, que se casou com João Ramalho e Beatriz, que se casou com Lopo Dias, os avós do fundador de Sorocaba.  • 102. Santo Amaro15 de janeiro de 1560
 Vale a pena abrir um parênteses, nesta narrativa, a fim de registrar um episódio curioso na vida de Suzana, mãe de Balthazar, contado pelos historiadores Mons. Paulo Florêncio da Silveira Camargo (História de Santana de Parnaíba) e Padre Hélio Abranches Viotti (Anchieta, o Apóstolo do Brasil). E, este detalhe, que vou narrar, agora, ganhou grande notoriedade, neste ano de 2014, quando S. S. o Papa Francisco canonizou o Padre José de Anchieta.
 Quando ainda menina, residindo com seus pais em São Vicente, Suzana Dias foi acometida de uma moléstia grave. Esgotados todos os recursos humanos para a sua cura, Suzana recorreu a Deus, prometendo consagrar-se à vida religiosa, caso ficasse livre da doença, que a atormentava.
 
 Miraculosamente, livre do infortúnio, Suzana cumpria a sua promessa, vivendo uma vida de cristã exemplar, com plano de ingressar num convento. Certo dia, quando estava compenetrada em suas orações, acercou-se dela um irmão leigo jesuíta e sussurrou-lhe aos ouvidos: "Você está liberada da promessa que fez ao Senhor".
 
 Suzana levou um susto e, ruborizada e confusa, dirigiu-se ao religioso: - Mas, que promessa, se eu nunca revelei a ninguém, nem a minha mãe, que fiz alguma promessa ou tinha alguma a cumprir?
 
 O irmão leigo insistiu: - Sou apenas um mensageiro da ordem do Senhor. Você está liberada.
 
 Suzana casou-se e teve 17 filhos.
 
 Essa história da mãe de Balthazar Fernandes não é lenda. O irmão citado, na narração anterior é o venerável padre José de Anchieta e essas informações fazem parte do testemunho de Suzana Dias, no processo de santificação do Apóstolo do Brasil em 1621.
 
 Outro livro: "A Causa da Beatificação do Venerável Padre José de Anchieta", de autoria do padre Viotti, traz mais detalhes sobre o depoimento de Suzana:
 
 "Conhece muito bem o Padre Anchieta e o teve por diretor espiritual, abrindo-lhe toda a consciência".
 
 Conhecia-o, deste antes do sacerdócio, e narra o seguinte fato, que deve referir-se ao ano de 1560, quando novamente se encontram, em Piratininga (São Paulo), os padres Luiz da Grã e Manuel da Nóbrega, superiores da Companhia de Jesus.
 
 "Sendo eu menina de poucos anos e indo à igreja desta vila de São Paulo, ouvi muitas vezes das padres Luiz da Grã e Manuel da Nóbrega, outrora provinciais, que o irmão José era santo e, contando alguns sonhos do irmão, afirmavam que eram revelações e que ele os dissimulava, dizendo que eram sonhos".
 
 E reforça mais ainda:
 
 "Sendo eu de 12 anos e estando enferma, desejei morrer, consagrando a Deus a minha virgindade, mas o padre José, sendo que a ninguém eu dissesse, me falou nesse assunto, que só podia saber através de revelação. Não fiz voto!" [Páginas 23 e 24]
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  • 103. Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias1580
 Baltazar Fernandes nasceu por volta de 1580, em São Paulo, nas proximidades do atual Ibirapuera, onde seu pai tinha fazenda. Ou pode ter nascido em Santa Ana de Parnaíba, onde viveu a família dos Fernandes por muitos anos. (...) Outra suposição: era setuagenário, cerca de 74 anos, quando se transferiu para a paragem de Sorocaba, em 1654.  • 104. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas1589
 O pai de Baltazar, Manoel Fernandes, faleceu em 1589 e, em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...)  • 105. “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275]7 de dezembro de 1589
 O pai de Baltazar, Manoel Fernandes, faleceu em 1589 e, em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...)  • 106. O pai de Baltazar, Manoel Fernandes, faleceu em 1589 e, em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...)1594
 (...) em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...)  • 107. Casamento de Balthazar Fernandes e Maria de Zunega1600
 No ano de 1600, já em plena atividade como sertanista, nos sertões de Guairá, conheceu Maria de Zunega, nascida na Vila Rica, com quem se casou e teve uma filha, Maria de Torales. Alguns genealogistas discordam, dizendo que Maria de Torales seria filha adotiva.  • 108. Balthazar se casa com Isabel de Proença em São Paulo, com a qual teria doze filhos1603
 Em 1603, Balthazar está em São Vicente, casando-se com a paulista Izabel de Proença. Desse casamento, teve 12 filhos: Benta, Maria, Izabel, Potência, Anna, Cecília, Custódia, Marina, Verônica, Manoel, Luiz e Antônio [Página 43]. Em 1603, incansável sertanista já se encontrava em São Vicente, realizando o seu segundo casamento, com Izabel de Proença, filha de João de Abreu, almoxarife da Capitania, português da Ilha Terceira e de Izabel de Proença Varela [Página 47].  • 109. Casamento de Suzana Dias e Belchior da Costa1608
  • 110. Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiásnovembro de 1613
 De 1613 a 1615, Baltazar Fernandes foi alferes numa expedição chefiada por seu irmão André, na região do rio Paraupava (trecho inferior do Rio Araguaia), em Goiás. Essa expedição, organizado por Diogo de Quadros, provedor das minas, embora oficialmente enviada com propósitos de mineração, acabou se transformando em expedição de apresamento de nativos.  • 111. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas23 de setembro de 1619
 Nestes limites, à margem esquerda do rio Anhembi, André Fernandes ergueu mais tarde a capela de Santana, e tendo devassado os sertões vizinhos, pesquisando ouro, obteve para si uma sesmaria limítrofe em 23 de setembro de 1619.Antes de ser o homem público ativo e dedicado, Balthazar Fernandes foi, além de lavrador, ferreiro. Essa reveleção é feita por Jeuíno Felicíssimo Junior, autor da "História da Siderurgia de São Paulo - seus personagens, seus feitos".Informa o autor que, em 1619, Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas e levantou, em Parnaíba, um forno para fundição de ferro, que funcionou até 1645, quando foi interditado e desmontado, em consequência de denúncia feita ao juiz ordinário, Paulo do Amaral.Pelas leis de Portugal para o Brasil, na época, as tendas de ferreiros eram proibias, a fim de evitar que as técnicas de preparação e aproveitamento do ferro fossem parar nas mãos dos índios, tornando suas flechas mais perigosas e mortais.Detalha ainda o mesmo autor que a sesmaria de Balthazar era vizinha da de André, no lugar chamado Ibitiruma.|  |  |  | 
  • 112. Quando da destruição do Guairá, nos anos de 1629 e de 1630, os paulistas parnaibanos, chefiados por André Fernandes, certamente passaram pela localização da futura Sorocaba na ida e na volta1629
 *Balthazar está em São Paulo para resolver o "problema" de sua irmã, Benta Dias  Convento do Carmo da Vila de Santana das Cruzes "Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?" p. 42  • 113. Benta6 de março de 1629
 Balthazar está em São Paulo para resolver o "problema" de sua irmã, Benta Dias. "Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?" p. 42  • 114. Gabriel Ponce de Leon chega em Santana de Parnaíba, casado com a filha "índia" de Balthazar1632
 De 1628 a 1632, Balthazar Fernandes, acompanhando o seu irmão André, participou da grande invasão das missões de Guairá, cativando os chamados "nativos missioneiros" e transferindo-os para Santa Ana de Parnaíba.  • 115. Falecimento de Suzana Dias2 de setembro de 1634
 Vale a pena abrir um parênteses, nesta narrativa, a fim de registrar um episódio curioso na vida de Suzana, mãe de Balthazar, contado pelos historiadores Mons. Paulo Florêncio da Silveira Camargo (História de Santana de Parnaíba) e Padre Hélio Abranches Viotti (Anchieta, o Apóstolo do Brasil). E, este detalhe, que vou narrar, agora, ganhou grande notoriedade, neste ano de 2014, quando S. S. o Papa Francisco canonizou o Padre José de Anchieta.
 Quando ainda menina, residindo com seus pais em São Vicente, Suzana Dias foi acometida de uma moléstia grave. Esgotados todos os recursos humanos para a sua cura, Suzana recorreu a Deus, prometendo consagrar-se à vida religiosa, caso ficasse livre da doença, que a atormentava.
 
 Miraculosamente, livre do infortúnio, Suzana cumpria a sua promessa, vivendo uma vida de cristã exemplar, com plano de ingressar num convento. Certo dia, quando estava compenetrada em suas orações, acercou-se dela um irmão leigo jesuíta e sussurrou-lhe aos ouvidos: "Você está liberada da promessa que fez ao Senhor".
 
 Suzana levou um susto e, ruborizada e confusa, dirigiu-se ao religioso: - Mas, que promessa, se eu nunca revelei a ninguém, nem a minha mãe, que fiz alguma promessa ou tinha alguma a cumprir?
 
 O irmão leigo insistiu: - Sou apenas um mensageiro da ordem do Senhor. Você está liberada.
 
 Suzana casou-se e teve 17 filhos.
 
 Essa história da mãe de Balthazar Fernandes não é lenda. O irmão citado, na narração anterior é o venerável padre José de Anchieta e essas informações fazem parte do testemunho de Suzana Dias, no processo de santificação do Apóstolo do Brasil em 1621.
 
 Outro livro: "A Causa da Beatificação do Venerável Padre José de Anchieta", de autoria do padre Viotti, traz mais detalhes sobre o depoimento de Suzana:
 
 "Conhece muito bem o Padre Anchieta e o teve por diretor espiritual, abrindo-lhe toda a consciência".
 
 Conhecia-o, deste antes do sacerdócio, e narra o seguinte fato, que deve referir-se ao ano de 1560, quando novamente se encontram, em Piratininga (São Paulo), os padres Luiz da Grã e Manuel da Nóbrega, superiores da Companhia de Jesus.
 
 "Sendo eu menina de poucos anos e indo à igreja desta vila de São Paulo, ouvi muitas vezes das padres Luiz da Grã e Manuel da Nóbrega, outrora provinciais, que o irmão José era santo e, contando alguns sonhos do irmão, afirmavam que eram revelações e que ele os dissimulava, dizendo que eram sonhos".
 
 E reforça mais ainda:
 
 "Sendo eu de 12 anos e estando enferma, desejei morrer, consagrando a Deus a minha virgindade, mas o padre José, sendo que a ninguém eu dissesse, me falou nesse assunto, que só podia saber através de revelação. Não fiz voto!" [Páginas 23 e 24]
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  • 116. Balthazar e o irmão André sofreram uma derrota no seu ataque às Missões do Uruguai1637
  • 117. André Fernandes chegou a Santa Tereza do Ibituruna23 de dezembro de 1637
 É verdade também, que Balthazar Fernandes, ao lado do irmão André Fernandes e do seu sobrinho, padre Francisco Fernandes de Oliveira,participou, em 23 de dezembro de 1637, da expedição que destruiu a redução de Santa Tereza, na região da atual cidade de Passo Fundo. Foi em consequência dos atos praticados em Santa Tereza, que Baltazar Fernandes e André Fernandes foram relacionados num documento de excomunhão, assinado pelo bispo de Buenos Aires, caso continuassem destruindo as reduções e caso não devolvessem os nativos cativos e pagassem os dados feitos nas reduções. Isso aconteceu em 1637, conforme documentos originais, guardados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Após a destruição da redução de Santa Tereza, Baltazar e André retornam, em novembro de 1639, a São Paulo, ocasião em que já está a caminho da expedição de Fernão Dias Paes e do seu irmão, Pascoal Leite Paes, que vai atacar as reduções dos Apóstolos (Caaçapaguassu), quando, pela primeira vez, os paulistas são derrotados. É nesse combate, que morre o padre, atingido por um tiro no olho. [Página 111]|  |  |  | 
  • 118. Padre Alfaro adverte Balthazar19 de fevereiro de 1638
 A excomunhão de Baltazar Fernandes
 "...excomulgacion y censuras contra los portugueses que acometen a las reduciones de los nativos..." Este é o cabeçalho de um documento de fevereiro de 1638, assinado pelo padre Diego de Alfaro, da Companhia de Jesus, superior das reduções jesuíticas pertencentes ao Paraguai e comissário do Santo Ofício da Inquisição, que adverte "o capitão André Fernandes, Baltazar Fernandes, o capitão fulano Pedroso,o capitão Domingos Álvares e fulano Prieto y otros muchos portugueses y castelhanos, que estão aprisionando nativos cristãos - homens, mulheres, crianças e velhos - destruindo suas cabanas, sua alimentação e até matando-os. Invadem as igrejas e furtam os bens eclesiásticos".
 
 Esse documento, cujo original se encontra na Biblioteca Nacional, foi entregue, na Redução da Candelária, pelos padres Pedro Romero e Juan Batista Hornos, notário apostólico, aos sertanistas Francisco Paiva e Antonio Pedroso, que se negaram a recebê-lo. Nesse momento, o padre Alfaro procedeu a leitura do documento em voz alta e inteligível, como relato o historiador Aurélio Porto, ordenando os sertanistas para que dentro de 24 horas saíssem do território do bispado da Prata e restituíssem os nativos maiores e menores, homens e mulheres que têm cativos, sob pena de excomunhão. Os sertanistas Paiva e Pedroso destruíram as citações, o que levou o padre Alfaro a confirmar a excomunhão.Mas vez compareceram os jesuítas ao acampamento dos sertanistas, anunciando a sua excomunhão, com o que não se preocuparam os paulistas, alegando que iriam recorrer.
 
 Embora citados, no documento de excomunhão, André e Baltazar não se encontravam no local (Candelária). Já tinham iniciado a volta para São Paulo, trazendo grande número de nativos cativos.
 
 Esse episódio é o único que estabelece uma relação entre Baltazar Fernandes e o padre Diego de Alfaro, advindo daí, talvez, o boato de que teria sido ele o matador do padre. Como se vê, esse fato ocorreu, em fevereiro de 1638, e o padre viria a morrer em combate em janeiro de 1639, 11 meses depois, algumas centenas de quilômetros distante dali.
 
 A ausência de André e Baltazar Fernandes, em Candelária, onde fora lido o documento de excomunhão, é explicado por Aurélio Porto, na sua "História das Missões Orientais do Uruguai":
 
 "Terminada a ocupação de Santa Tereza, mandou o caudilho André Fernandes, que um destacamento de 30 a 40 paulistas, apoiado por mais de 1.000 tupis e nativos amigos fossem assolar as reduções do Ijuí. Esse grupo, parece, teria por comandantes os sertanistas capitães Francisco de Paiva e Antonio Pedroso, se bem que outros paulistas de escol dele fizessem parte".
 
 Efetivamente, foram esses dois bandeirantes, Paiva e Pedroso que, segundo documentação jesuítica, receberam a notícia de excomunhão das mãos dos jesuítas. [Páginas 118 e 119]
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  • 119. Bula papal à Companhia de Jesus a direção dos Índiosmarço de 1638
  • 120. Bandeirantes paulistas travam combate com espanhóis e guaranis9 de janeiro de 1639
 Embora citados, no documento de excomunhão, André e Baltazar não se encontravam no local (Candelária). Já tinham iniciado a volta para São Paulo, trazendo grande número de nativos cativos.
 Esse episódio é o único que estabelece uma relação entre Baltazar Fernandes e o padre Diego de Alfaro, advindo daí, talvez, o boato de que teria sido ele o matador do padre. Como se vê, esse fato ocorreu, em fevereiro de 1638, e o padre viria a morrer em combate em janeiro de 1639, 11 meses depois, algumas centenas de quilômetros distante dali.
 
 A ausência de André e Baltazar Fernandes, em Candelária, onde fora lido o documento de excomunhão, é explicado por Aurélio Porto, na sua "História das Missões Orientais do Uruguai":
 
 "Terminada a ocupação de Santa Tereza, mandou o caudilho André Fernandes, que um destacamento de 30 a 40 paulistas, apoiado por mais de 1.000 tupis e nativos amigos fossem assolar as reduções do Ijuí. Esse grupo, parece, teria por comandantes os sertanistas capitães Francisco de Paiva e Antonio Pedroso, se bem que outros paulistas de escol dele fizessem parte".
 
 Efetivamente, foram esses dois bandeirantes, Paiva e Pedroso que, segundo documentação jesuítica, receberam a notícia de excomunhão das mãos dos jesuítas. [Páginas 118 e 119]
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  • 121. Assassinato de Diego de Alfaro, comissário da Inquisição17 de janeiro de 1639
 Nas questões políticas, como representante de Santa Ana de Parnaíba e líder de sua comunidade, está sempre na vanguarda dos acontecimentos a qualquer preço. Por ter participado, em 1640, juntamente com outras lideranças paulistas, do episódio da expulsão dos jesuítas de São Paulo, foi castigado pela Igreja, sofrendo a pena de excomunhão. Os paulistas justificavam a decisão, diante do fato dos padres terem extrapolado as suas funções, indo além do poder espiritual, interferindo nas questões políticas do povoado. Pesou, principalmente, na decisão dos paulistas, a publicação da bula do Papa Urbano VIII, que proibiu a escravização dos nativos, uma causa defendida pelos jesuítas. Em 1647, esclarecidos os fatos, um alvará régio suspendeu a pena de excomunhão. Em 1652, Baltazar está em São Vicente, como representante de Parnaíba, participando do movimento pela volta dos jesuítas expulsos. [Página 44]
 Após a destruição da redução de Santa Tereza, Baltazar e André retornam, em novembro de 1639, a São Paulo, ocasião em que já está a caminho da expedição de Fernão Dias Paes e do seu irmão, Pascoal Leite Paes, que vai atacar as reduções dos Apóstolos (Caaçapaguassu), quando, pela primeira vez, os paulistas são derrotados. É nesse combate, que morre o padre, atingido por um tiro no olho.
 
 As suspeitas apontam para Paschoal Leite Paes
 
 As suspeitas apontam o sertanista Paschoal Leite Paes, irmão de Fernão Dias Paes (Leme), o governador das esmeraldas, como o responsável pela morte do padre Alfaro, durante o combate de Caazapaguassu. Não há documento que afirme, taxativamente, que foi ele quem deu o tiro fatal. Mas, está documentado que Paschoal era o chefe (cabo) da expedição de Caazapaguassu, como também está documentado que foi o chefe da expedição em questão, que acertou o padre. Essas informações estão claras e fazem parte das narrativas dos principais historiadores brasileiros, que trataram do assunto. Confirmando esses fatos, Sorocaba continua fazendo parte da história da morte do padre Diego de Alfaro. Ao lado de Baltazar Fernandes, Pascoal foi o primeiro juiz de Sorocaba, eleito em 3 de março de 1661.
 
 Aluísio de Almeida em seu livro "História de Sorocaba", editado em 1969, ao fazer identificação de cada um dos integrantes da primeira Câmara de Sorocaba, comenta:
 
 "Pascoal Leite Paes, de identificação difícil, porque não podia ser o irmão de Fernão Dias Paes Leme, e logo morreu em Parnaíba".
 
 Em outro livro, "Sorocaba, 3 séculos de História" publicação póstuma do mesmo autor, a informação é totalmente contrária. Observem:
 
 "Pascoal Leite Paes, um dos primeiros vereadores (sic) nomeados, foi velho sertanista a descansar em sua fazenda possivelmente dos lados do Apotribu. Irmão do grande Governador das Esmeraldas, com quem esteve na derrota de 1630, em Caaçapaguaçu, foi prisioneiro no Prata. Voltando alguns anos depois, este grande homem ajudou a nascer Sorocaba, findando-se em sua fazenda, em 1664".
 
 Informações equivocadas à parte (Pascoal foi juiz e não vereador, a derrota foi em 1639), a informação do historiador sorocabano confirma que Pascoal Leite Paes, primeiro juiz de Sorocaba, irmão de Fernão Dias Paes, esteve em Caazapaguassu e foi mantido preso no Prata. Só não afirmou que foi ele quem atirou no padre. [Páginas 115, 116 e 117]
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  • 122. Bula Papal condenando o cativeiros dos índios no Brasil produz graves distúrbios no Rio de Janeiro, em Santos e em São Paulo22 de abril de 1639
 O monsenhor Paulo Florêncio da Silveira Camargo descreve este fato em seu livro "História de Santa Ana de Parnaíba":
 "Repercutiu em Parnaíba, o breve libertador dos nativos, a dita bula do papa Urbano VIII (22 de abril de 1639). Atribuíram aos jesuítas a consecução da referida bula e queria expulsá-los de São Paulo. Na reunião das Câmaras, em São Vicente (24 e 25 de junho de 1640), Baltazar Fernandes representou Parnaíba". Na mesma obra o monsenhor Paulo Florêncio lembra que:
 
 "Baltazar Fernandes foi procurador geral de Parnaíba. Compareceu em São Paulo (6 de agosto de 1641), na reunião coletiva para eleição do representante na visita a D. João IV, em Lisboa".
 
 Registra também, que a expedição de André Fernandes, da qual Baltazar Fernandes fazia parte, retorna a São Paulo, em dezembro de 1638 ou no início de 1639, após a destruição da Redução de Santa Tereza. O padre foi morto em janeiro de 1639. [Páginas 115 e 116]
  • 123. Carta datada de 23 de julho de 1639, do padre Ruyer para o padre Antonio Ruiz de Montoya, procurador geral das reduções do Paraguai e da Companhia de Jesus23 de julho de 1639
 Vamos ao trecho (já traduzido) da carta do padre Ruyer, que mais interessa a este caso:
 "Vossa Reverendíssima já está sabendo da desgraçada morte repentina do nosso bom padre Diego de Alfaro, superior digníssimo destas reduções, a qual um malvado português matou em Caaçapaguassu, onde estava também o governador do Paraguai, D. Pedro de Lugo, com 60 soldados, por cuja covardia, frouxidão e omissão, o bom padre foi animando os seus filhos (nativos) a que lutassem valorosamente contra os inimigos, que haviam se escondido atrás de um pequeno morro. Acontece que um malvado, escondido em uma choça,a poucos passos dali, conhecendo muito bem o padre, apontou e atirou de frente sobre o olho direito, o que derrubou o pobre padre, que em seguida perdeu a fala e não o sentido. Foi quando um outro padre ali presente, tomando-lhe a mão, disse que a apertasse, para que lhe desse a absolvição e concedesse a indulgência plena. Ele abriu o olho esquerdo, olhou para o padre e lhe apertou a mão, que foi dia de Santo Antonio Abade (17 de janeiro de 1639), pela manhã, depois de ter caminhado todo o exército três léguas de noite". (Carta datada de 23 de julho de 1639, do padre Ruyer para o padre Antonio Ruiz de Montoya, procurador geral das reduções do Paraguai e da Companhia de Jesus). [Páginas 111 e 112]
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  • 124. Retornonovembro de 1639
 Após a destruição da redução de Santa Tereza, Baltazar e André retornam, em novembro de 1639, a São Paulo, ocasião em que já está a caminho da expedição de Fernão Dias Paes e do seu irmão, Pascoal Leite Paes, que vai atacar as reduções dos Apóstolos (Caaçapaguassu), quando, pela primeira vez, os paulistas são derrotados. É nesse combate, que morre o padre, atingido por um tiro no olho.  • 125. Balthazar Fernandes está no atual território do Rio grande do Sul participando da destruição de Santa Tereza do Ibituruna, segundo o livro “Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?” do jornalista Sérgio Coelho de Oliveira24 de dezembro de 1639
 1639 (Natal) - Novamente no sertão, agora no atual território do Rio Grande do Sul, participando da destruição da redução de Santa Tereza. [Página 100]  • 126. Reunião24 de junho de 1640
 O monsenhor Paulo Florêncio da Silveira Camargo descreve este fato em seu livro "História de Santa Ana de Parnaíba":
 "Repercutiu em Parnaíba, o breve libertador dos nativos, a dita bula do papa Urbano VIII (22 de abril de 1639). Atribuíram aos jesuítas a consecução da referida bula e queria expulsá-los de São Paulo. Na reunião das Câmaras, em São Vicente (24 e 25 de junho de 1640), Baltazar Fernandes representou Parnaíba".
  • 127. Jesuítas são expulsos de São Paulo13 de julho de 1640
 Nas questões políticas, como representante de Santa Ana de Parnaíba e líder de sua comunidade, está sempre na vanguarda dos acontecimentos a qualquer preço. Por ter participado, em 1640, juntamente com outras lideranças paulistas, do episódio da expulsão dos jesuítas de São Paulo, foi castigado pela Igreja, sofrendo a pena de excomunhão. Os paulistas justificavam a decisão, diante do fato dos padres terem extrapolado as suas funções, indo além do poder espiritual, interferindo nas questões políticas do povoado. Pesou, principalmente, na decisão dos paulistas, a publicação da bula do Papa Urbano VIII, que proibiu a escravização dos nativos, uma causa defendida pelos jesuítas. Em 1647, esclarecidos os fatos, um alvará régio suspendeu a pena de excomunhão.   • 128. Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba1645
 A história de Sorocaba é cheia de encontros e desencontros, que chega a ser folclórico. O Morro do Ipanema, não é de Ipanema, e sim de Araçoiaba; A igreja de São Bento não é de São Bento, é de Santa Ana; a casa da Marquesa de Santos (Quinzinho de Barros) não é da Marquesa; Brigadeiro Tobias, marido traído, nunca foi traído; o animal do tropeiro era mula, mas no monumento está o cavalo; a casa do Balthazar parece que não é... e assim por diante.   • 129. Rei concede perdão aos paulistas7 de outubro de 1647
 Por ter participado, em 1640, juntamente com outras lideranças paulistas, do episódio da expulsão dos jesuítas de São Paulo, foi castigado pela Igreja, sofrendo a pena de excomunhão. Os paulistas justificavam a decisão, diante do fato dos padres terem extrapolado as suas funções, indo além do poder espiritual, interferindo nas questões políticas do povoado. Pesou, principalmente, na decisão dos paulistas, a publicação da bula do Papa Urbano VIII, que proibiu a escravização dos nativos, uma causa defendida pelos jesuítas. Em 1647, esclarecidos os fatos, um alvará régio suspendeu a pena de excomunhão.   • 130. Falecimento de Izabel Proença de Abreu, filha de Balthazar Fernandes em Santana de Parnaíba1648
  • 131. Restituição dos padres jesuítas aos seis colégios3 de junho de 1652
 Em 1652, Baltazar está em São Vicente, como representante de Parnaíba, participando do movimento pela volta dos jesuítas expulsos.  • 132. Testamento de Isabel de Proença é assinado em Santana de Parnaíba28 de novembro de 1654
 E, para finalizar, os historiadores divergem quanto à data da chegada de Balthazar Fernandes a Sorocaba, se em 1646 ou se em 1654. Existem documentos historiando esses dois momentos. Existem documentos historiando, além desses dois momentos, uma fundação em 1670 E tem mais: a tal casa do Balthazar... será que era mesmo? [Página 12]
 Outra suposição: era setuagenário, cerca de 74 anos, quando se transferiu para a paragem de Sorocaba, em 1654. Até o nome do ilustre sertanista é discutível. Tão diversas são as formas que aparecem nos documentos do século XVII: Balthazar, Balthezar, Baltasar e Baltazar. [Página 19]
 
 O testamento de Izabel de Proença, esposa de Balthazar, fez quando ainda viva, em 28 de novembro de 1654, e os dois inventários dos bens da família que se seguem, após a sua morte, em abril de 1555 - o primeiro em Santa Ana de Parnaíba e o outro em Sorocaba - contém importantes revelações sobre a vida dos Fernandes.
 
 São, portanto, três documentos já citados por Luis Castanho de Almeida, de onde extraímos alguns fatos interessantes. No primeiro documento, de novembro de 1654, Izabel de Proença revela que... "... estando eu, Izabel de Proença, em meu perfeito juízo e entendimento, Nosso Senhor Jesus Cristo me deixou doente de cama temendo a morte... e por não saber o que Deus Nosso Senhor quererá fazer de mim, e quando será servido me levar para si, ordenei fazer este meu testamento."
 
 Esse documento segue com uma profissão de fé na Santíssima Trindade, obediência à Santa Madre Igreja e um pedido de proteção a Deus, Jesus Cristo, Nossa Senhora e a todos os santos e anjos da corte celestial, em especial à santa do seu nome. Seguindo costume da época, pede que seu corpo seja sepultado na igreja do lugar onde falecer. Em seguida, dirige-se a sua família e recomenda:
 
 "E peço por serviço de Deus Nosso Senhor ao padre vigário meu sobrinho, Francisco Fernandes de Oliveira, faça a minha cédula de testamento e peço ao meu marido, Balthazar Fernandes e a meu irmão Paulo de Proença Abreu, sejam meus testamenteiros".
 
 Declara-se casa com Balthazar Fernandes, com quem teve vários filhos e filhas, nomeando seus herdeiros. Nem todos...
 
 "... quanto a, minha filha Benta, que se casou com Pedro Correa não dotamos e nem demos nada por se casar contra as nossas vontades, minha e de seu pai, no que nos tem dado muitos desgostos". [Páginas 28 e 29]
 
 Retornando do Rio Grande do Sul, em1639, já beirando os 60 anos, Balthazar decidiu "pendurar as chuteiras", como bandeirante. Era hora de se dedicar mais aos seus negócios, em Santa Ana do Parnaíba, onde exercia certa liderança política e tinha a sua fazenda. Era hora, também, de iniciar a sua missão de povoador, uma tradição de família. Era hora de pensar em Sorocaba.
 
 Nas suas idas e vindas ao Paraguai, conheceu a Paragem de Sorocaba, onde os bandeirantes costumavam fazer um pouso, antes de chegarem em casa - Parnaíba ou São Paulo. E foi aí
 
 "nessas datas de terras de sesmaria de uma légua de terra em quadra; outra légua de terra nessa mesma paragem de Sorocaba, da outra banda do rio correndo da ponte para cima até a cachoeira", parte doada por sua mãe e por seu irmão André, parte conquistada por ele mesmo, que decidiu se estabelecer com uma fazenda de criação de gado e plantação, o embrião da futura Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba. [Página 65]
 
 Essa ponte a que se refere o documento não foi construída por Balthazar, mas já existia desde o final do século XVI, mandada construir por D. Francisco de Souza, governador geral do Brasil, quando em visita às minas do Morro Araçoiaba. Era uma ponte pequena, estreita, porém no mesmo local da atual, na rua XV de novembro. [Página 66]
 
 Em um outro documento, produzido em 1732, e existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto, a história da origem de Sorocaba é assim contada:
 
 "Esta igreja e mosteiro fundou no alto desta Villa de Sorocaba o capitão-mór Balthazar Fernandes, fundador que foi também da dita Villa, no ano de 1654. Está esta villa situada junto ao rio do Sorocaba, nome que lhe deu o gentio... Este não é muito grande, mas é navegável porque por ele abaixo navegavam os homens antigamente a buscar gentio e hoje o navegam também para ir as minas novamente descobertas do Cuyabá e Cochiponen..." [Página 69]
 
 (...) Nativos pioneiros
 
 Além desses primeiros moradores, procedentes de Santa Ana do Parnaíba, São Paulo e Paraguai, temos o grande contingente de nativos, cuja relação nominal estamos publicando, conforme o testamento de Izabel de Proença. É curioso observar que , quando se trata de bebês e crianças, são identificados como "crias" e não tem nomes, talvez porque ainda não tivessem sido batizados ou registrados. A seguir a lista dos nativos:
 
 José e sua mulher Sabina e uma cria;
 Gabriela solto, com um irmão rapazinho e duas raparigas;
 Pedro solto e seu irmão Bastião;
 Antonia rapariga e sua irmã;
 Pedro e Izabel com um filhinho e sua filhinha;
 Salvador rapaz solto;
 Miguel, solto;
 João e sua mulher Cecília, uma rapariga e três rapadinhos seus filhos;
 Ipólita, solta com dois filhinhos;
 Tomas solto;
 Bras e sua mulher Maria com uma criança;
 Bartholomeu e sua mulher, Andreaza com uma cria;
 Alberto solto;
 PEdro e sua mulher (?) com uma cria;
 Grimaneza solta;
 Baltezar solto;
 Aleixo, solto;
 Cecília solta com duas crias;
 Marinho rapaz solto;
 Felipe rapaz solto;
 Domingos e sua mulher Custódia e sua mulher Mônica;
 Joseph, sua mulher Christina, sua filha Barbosa e uma cria;
 Felipa solta e seu filho André;
 Paula solta;
 América moça, sua filha e 4 filhos pequenos;
 José e sua mulher Maria com três filhos pequenos;
 Manoel solto;
 Pedro e sua mulher Sabina com quatro filhos pequenos;
 José e sua mulher Sabina com quatro filhos;
 Antônia solta com dois filhos e uma filha pequena;
 Pascoal e sua mulher Constança com duas filhas e um filho pequeno;
 Miguel e sua mulher Clemência, com um filho e uma filha pequenos;
 Roque e sua mulher Helena com duas filhas, Catarina e Asença e mais quatro filhos pequenos;
 Gaspar e sua mulher Marqueza e mais quatro filhos pequenos;
 Lourenço e sua mulher Lucrécia;
 Ignocêncio e sua mulher Augustinha, com dois filhos pequenos;
 Luiz solto;
 João e sua mulher "Índia";
 Gregório solto e seu filho João;
 Antonio solto;
 Gabriel e sua mulher Pelonia com quatro filhos pequenos;
 Vicente solto e sua irmã moça por nome Maria e sua mãe também por nome Maria;
 José solto;
 Gabriel e sua filha Anastácia e três filhos pequenos;
 Paulo e sua mulher Joana e seu filho João, moço, e dois filhos pequenos;
 Alonço e sua mulher Paula Angela, seu marido velho com um filho moço por nome Fernando e uma filha pequena;
 Henrique e sua mulher Mônica e uma filha moça por nome Leonor;
 Joana solta com cinco filhos e filhas pequenos e um moço, também seu filho, por nome Francisco;
 Izabel, solta;
 Maria, solta com uma cria;
 José e sua mulher Izabel;
 Fernando e sua mulher (?) com seus filhos pequenos, Pedro e Sebastião;
 Pedroe sua mulher Ana, João, seu filho moço e dois filhos pequenos;
 Alexandre e sua mulher Inácia e uma filha pequena;
 Domingos e sua mulher Cecília com cinco filhos pequenos;
 Pedro e sua mulher;
 Paula e sua filha moça por nome de Catarina e um filho pequeno;
 Luzia e seu marido velho, com dois filhos pequenos;
 Gabriel e sua mulher; Francisca e uma filha moça por nome Izabel e três filhos pequenos;
 Bastião e sua mulher Marina;
 Afonso e sua mulher Marqueza com um rapaz seu filho e outro filho moço por nome José e sua mulher Tiodora;
 Marcos e sua mulher Ambrosia com duas filhas moças por nome Bastiana e Juliana e três filhos pequenos;
 Salvador e sua mulher velha Inocencia;
 Paulo e sua mulher Maria, seu filho moço por nome Miguel e quatro filhos pequenos;
 Camila solta com duas filhas pequenas;
 Domingos e sua mulher Cecília e dois filhos pequenos;
 Henrique e sua mulher Apolonia com um filhinho;
 Garcia e sua mulher Cristina e um filho moço por nome João;
 Antonio e sua mulher Sabina;
 Tomé e sua mulher velha Cecília;
 Felipe solto com seu filho pequeno;
 Felipa solta com filho;
 Branca solta;
 Angela solta;
 Estacia solta;
 Maria solta;
 Constança, solta;
 Antonio solto e sua irmã Serafina, as crias e três irmãos pequenos;
 Andreza solta;
 Ana, solta;
 Merencia solta;
 Cecília solta;
 Marqueza solta;
 Lourença solta;
 Uma raparigona solta por nome de Domingas;
 Tiodozia solta;
 Matia e sua mulher velha;
 Lourenço e sua mulher Andreza com duas crias;
 Bastião e sua mulher Luzia com duas crias;
 Barnabé, solto, rapagão;
 Gonçalo e sua mulher Antonia com duas filhas pequenas;
 Branca solta com seu filhos moço por nome de Amaro e sua filha pequena;
 Asenço e sua mulher Maria e seu irmão por nome Tomé, moço solto e um irmão pequeno e seus pais velhos;
 Potencia solta e um pequeno filho;
 Clemencia solta; Catarina solta e uma irmã pequena e seu pai velho;
 Fernando e sua mulher Izabel, Manoel e seu filho moço e Verônica moça também sua filha;
 Roque solto;
 Luiz e sua mulher Maria, com três filhos pequenos;
 Alonço e sua mulher Mônica e três filhos e uma irmã por nome Paula, solta;
 Luiz e sua mulher Sabina e um filho moço por nome Dionisio e três filhos pequenos;
 Paulo e sua mulher Ignacia e um rapaz por nome Bartolomeu, seu filho e quatro crias;
 Francisco e sua mulher Ursula e seu irmão Belchior;
 Henrique solto;
 Manoel solto e mudo;
 Cristina solta com uma filha;
 Domingas, solta;
 Antonio e sua mulher Andreza;
 Alonço e sua irmã Francisca;
 Bárbara solta e sua irmã Maria e seu filho Custódio, moço solto com dois filhos e a mãe velha;
 Guiomar solta;
 Sabina solta;
 Tomazia solta;
 Bartolomeu e sua mulher Fabiana, seu filho moço por nome Bartolomeu e dois filhos pequenos;
 Cecília solta;
 Generoza solta;
 Marina solta;
 Sabina solta;
 Francisco, rapagão solto;
 Tomé e sua mulher Luzia com dois filhos pequenos e um moço solto, seu irmão por nome João;
 João e sua mulher Ana com dois filhos pequenos.
 
 A relação acima, de 377 nativos, leva-nos a sua conclusões interessantes. A primeira é que uma pessoa para ter essa quantidade de nativos, seja para serviços em suas terras, seja para comércio, teria de ser muito rica, muito abastada, como de fato o era Balthazar Fernandes. Na verdade, ele precisava de mão de obra para plantar e colher, para fazer vinho e farinha de trigo e, finalmente, transportar a sua produção no lombo dos nativos. E ele tinha duas fazendas. O historiador Sérgio Buarque de Holanda observa no seu livro História Geral da Civilização Brasileira:
 
 "Possuir escravizados nativos constitutía índice de abastança e de poder que seriam proporcionais ao número das ´peças´ possuídas".
 
 A segunda sugere que os nativos, que concorreram para a formação do povo sorocabano, não eram, obrigatoriamente, os tupis, que habitavam esta região paulista. A maioria fazia parte das levas de outras tribos de nativas, como os guaranis do Paraguai; os tapes e gês, do Rio Grande do Sul, apreendidos pelas expedições de apresamento.
 
 Para encerrar este capítulo, é importante observar o que escreveu Luiz Castanho de Almeida, sobre este assunto, em sua "História de Sorocaba":
 
 "Provavelmente, passava por estar imediações o habitat da grande tribo dos carijós, que se estendia desde o Itanhaen até o Guairá e Rio Grande do Sul. Pobres criaturas, foram os primeiros escravos e em povoação tão grande que, até o século XVIII, se chamavam carijós os escravizados da raça vermelha de um modo geral. Esses escravizados é que foram os fundadores humildes de Sorocaba, ficando nas fazendas e sesmarias da redondeza, socando as primeiras taipas, aumentando a população entre si e, aqui também, servindo a sensualidade de brancos e mamelucos." [Páginas 76, 77, 78 e 79]
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  • 133. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com  família e 380 escravizadosdezembro de 1654
 E, para finalizar, os historiadores divergem quanto à data da chegada de Balthazar Fernandes a Sorocaba, se em 1646 ou se em 1654. Existem documentos historiando esses dois momentos. Existem documentos historiando, além desses dois momentos, uma fundação em 1670 E tem mais: a tal casa do Balthazar... será que era mesmo? [Página 12]
 Outra suposição: era setuagenário, cerca de 74 anos, quando se transferiu para a paragem de Sorocaba, em 1654. Até o nome do ilustre sertanista é discutível. Tão diversas são as formas que aparecem nos documentos do século XVII: Balthazar, Balthezar, Baltasar e Baltazar. [Página 19]
 
 O testamento de Izabel de Proença, esposa de Balthazar, fez quando ainda viva, em 28 de novembro de 1654, e os dois inventários dos bens da família que se seguem, após a sua morte, em abril de 1555 - o primeiro em Santa Ana de Parnaíba e o outro em Sorocaba - contém importantes revelações sobre a vida dos Fernandes.
 
 São, portanto, três documentos já citados por Luis Castanho de Almeida, de onde extraímos alguns fatos interessantes. No primeiro documento, de novembro de 1654, Izabel de Proença revela que... "... estando eu, Izabel de Proença, em meu perfeito juízo e entendimento, Nosso Senhor Jesus Cristo me deixou doente de cama temendo a morte... e por não saber o que Deus Nosso Senhor quererá fazer de mim, e quando será servido me levar para si, ordenei fazer este meu testamento."
 
 Esse documento segue com uma profissão de fé na Santíssima Trindade, obediência à Santa Madre Igreja e um pedido de proteção a Deus, Jesus Cristo, Nossa Senhora e a todos os santos e anjos da corte celestial, em especial à santa do seu nome. Seguindo costume da época, pede que seu corpo seja sepultado na igreja do lugar onde falecer. Em seguida, dirige-se a sua família e recomenda:
 
 "E peço por serviço de Deus Nosso Senhor ao padre vigário meu sobrinho, Francisco Fernandes de Oliveira, faça a minha cédula de testamento e peço ao meu marido, Balthazar Fernandes e a meu irmão Paulo de Proença Abreu, sejam meus testamenteiros".
 
 Declara-se casa com Balthazar Fernandes, com quem teve vários filhos e filhas, nomeando seus herdeiros. Nem todos...
 
 "... quanto a, minha filha Benta, que se casou com Pedro Correa não dotamos e nem demos nada por se casar contra as nossas vontades, minha e de seu pai, no que nos tem dado muitos desgostos". [Páginas 28 e 29]
 
 Em um outro documento, produzido em 1732, e existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto, a história da origem de Sorocaba é assim contada:
 
 "Esta igreja e mosteiro fundou no alto desta Villa de Sorocaba o capitão-mór Balthazar Fernandes, fundador que foi também da dita Villa, no ano de 1654. Está esta villa situada junto ao rio do Sorocaba, nome que lhe deu o gentio... Este não é muito grande, mas é navegável porque por ele abaixo navegavam os homens antigamente a buscar gentio e hoje o navegam também para ir as minas novamente descobertas do Cuyabá e Cochiponen..." [Página 69]
 
 (...) Nativos pioneiros
 
 Além desses primeiros moradores, procedentes de Santa Ana do Parnaíba, São Paulo e Paraguai, temos o grande contingente de nativos, cuja relação nominal estamos publicando, conforme o testamento de Izabel de Proença. É curioso observar que , quando se trata de bebês e crianças, são identificados como "crias" e não tem nomes, talvez porque ainda não tivessem sido batizados ou registrados. A seguir a lista dos nativos:
 
 José e sua mulher Sabina e uma cria;
 Gabriela solto, com um irmão rapazinho e duas raparigas;
 Pedro solto e seu irmão Bastião;
 Antonia rapariga e sua irmã;
 Pedro e Izabel com um filhinho e sua filhinha;
 Salvador rapaz solto;
 Miguel, solto;
 João e sua mulher Cecília, uma rapariga e três rapadinhos seus filhos;
 Ipólita, solta com dois filhinhos;
 Tomas solto;
 Bras e sua mulher Maria com uma criança;
 Bartholomeu e sua mulher, Andreaza com uma cria;
 Alberto solto;
 Pedro e sua mulher (?) com uma cria;
 Grimaneza solta;
 Baltezar solto;
 Aleixo, solto;
 Cecília solta com duas crias;
 Marinho rapaz solto;
 Felipe rapaz solto;
 Domingos e sua mulher Custódia e sua mulher Mônica;
 Joseph, sua mulher Christina, sua filha Barbosa e uma cria;
 Felipa solta e seu filho André;
 Paula solta;
 América moça, sua filha e 4 filhos pequenos;
 José e sua mulher Maria com três filhos pequenos;
 Manoel solto;
 Pedro e sua mulher Sabina com quatro filhos pequenos;
 José e sua mulher Sabina com quatro filhos;
 Antônia solta com dois filhos e uma filha pequena;
 Pascoal e sua mulher Constança com duas filhas e um filho pequeno;
 Miguel e sua mulher Clemência, com um filho e uma filha pequenos;
 Roque e sua mulher Helena com duas filhas, Catarina e Asença e mais quatro filhos pequenos;
 Gaspar e sua mulher Marqueza e mais quatro filhos pequenos;
 Lourenço e sua mulher Lucrécia;
 Ignocêncio e sua mulher Augustinha, com dois filhos pequenos;
 Luiz solto;
 João e sua mulher "Índia";
 Gregório solto e seu filho João;
 Antonio solto;
 Gabriel e sua mulher Pelonia com quatro filhos pequenos;
 Vicente solto e sua irmã moça por nome Maria e sua mãe também por nome Maria;
 José solto;
 Gabriel e sua filha Anastácia e três filhos pequenos;
 Paulo e sua mulher Joana e seu filho João, moço, e dois filhos pequenos;
 Alonço e sua mulher Paula Angela, seu marido velho com um filho moço por nome Fernando e uma filha pequena;
 Henrique e sua mulher Mônica e uma filha moça por nome Leonor;
 Joana solta com cinco filhos e filhas pequenos e um moço, também seu filho, por nome Francisco;
 Izabel, solta;
 Maria, solta com uma cria;
 José e sua mulher Izabel;
 Fernando e sua mulher (?) com seus filhos pequenos, Pedro e Sebastião;
 Pedro e sua mulher Ana, João, seu filho moço e dois filhos pequenos;
 Alexandre e sua mulher Inácia e uma filha pequena;
 Domingos e sua mulher Cecília com cinco filhos pequenos;
 Pedro e sua mulher;
 Paula e sua filha moça por nome de Catarina e um filho pequeno;
 Luzia e seu marido velho, com dois filhos pequenos;
 Gabriel e sua mulher; Francisca e uma filha moça por nome Izabel e três filhos pequenos;
 Bastião e sua mulher Marina;
 Afonso e sua mulher Marqueza com um rapaz seu filho e outro filho moço por nome José e sua mulher Tiodora;
 Marcos e sua mulher Ambrosia com duas filhas moças por nome Bastiana e Juliana e três filhos pequenos;
 Salvador e sua mulher velha Inocencia;
 Paulo e sua mulher Maria, seu filho moço por nome Miguel e quatro filhos pequenos;
 Camila solta com duas filhas pequenas;
 Domingos e sua mulher Cecília e dois filhos pequenos;
 Henrique e sua mulher Apolonia com um filhinho;
 Garcia e sua mulher Cristina e um filho moço por nome João;
 Antonio e sua mulher Sabina;
 Tomé e sua mulher velha Cecília;
 Felipe solto com seu filho pequeno;
 Felipa solta com filho;
 Branca solta;
 Angela solta;
 Estacia solta;
 Maria solta;
 Constança, solta;
 Antonio solto e sua irmã Serafina, as crias e três irmãos pequenos;
 Andreza solta;
 Ana, solta;
 Merencia solta;
 Cecília solta;
 Marqueza solta;
 Lourença solta;
 Uma raparigona solta por nome de Domingas;
 Tiodozia solta;
 Matia e sua mulher velha;
 Lourenço e sua mulher Andreza com duas crias;
 Bastião e sua mulher Luzia com duas crias;
 Barnabé, solto, rapagão;
 Gonçalo e sua mulher Antonia com duas filhas pequenas;
 Branca solta com seu filhos moço por nome de Amaro e sua filha pequena;
 Asenço e sua mulher Maria e seu irmão por nome Tomé, moço solto e um irmão pequeno e seus pais velhos;
 Potencia solta e um pequeno filho;
 Clemencia solta; Catarina solta e uma irmã pequena e seu pai velho;
 Fernando e sua mulher Izabel, Manoel e seu filho moço e Verônica moça também sua filha;
 Roque solto;
 Luiz e sua mulher Maria, com três filhos pequenos;
 Alonço e sua mulher Mônica e três filhos e uma irmã por nome Paula, solta;
 Luiz e sua mulher Sabina e um filho moço por nome Dionisio e três filhos pequenos;
 Paulo e sua mulher Ignacia e um rapaz por nome Bartolomeu, seu filho e quatro crias;
 Francisco e sua mulher Ursula e seu irmão Belchior;
 Henrique solto;
 Manoel solto e mudo;
 Cristina solta com uma filha;
 Domingas, solta;
 Antonio e sua mulher Andreza;
 Alonço e sua irmã Francisca;
 Bárbara solta e sua irmã Maria e seu filho Custódio, moço solto com dois filhos e a mãe velha;
 Guiomar solta;
 Sabina solta;
 Tomazia solta;
 Bartolomeu e sua mulher Fabiana, seu filho moço por nome Bartolomeu e dois filhos pequenos;
 Cecília solta;
 Generoza solta;
 Marina solta;
 Sabina solta;
 Francisco, rapagão solto;
 Tomé e sua mulher Luzia com dois filhos pequenos e um moço solto, seu irmão por nome João;
 João e sua mulher Ana com dois filhos pequenos.
 
 A relação acima, de 377 nativos, leva-nos a sua conclusões interessantes. A primeira é que uma pessoa para ter essa quantidade de nativos, seja para serviços em suas terras, seja para comércio, teria de ser muito rica, muito abastada, como de fato o era Balthazar Fernandes. Na verdade, ele precisava de mão de obra para plantar e colher, para fazer vinho e farinha de trigo e, finalmente, transportar a sua produção no lombo dos nativos. E ele tinha duas fazendas. O historiador Sérgio Buarque de Holanda observa no seu livro História Geral da Civilização Brasileira:
 
 "Possuir escravizados nativos constitutía índice de abastança e de poder que seriam proporcionais ao número das ´peças´ possuídas".
 
 A segunda sugere que os nativos, que concorreram para a formação do povo sorocabano, não eram, obrigatoriamente, os tupis, que habitavam esta região paulista. A maioria fazia parte das levas de outras tribos de nativas, como os guaranis do Paraguai; os tapes e gês, do Rio Grande do Sul, apreendidos pelas expedições de apresamento.
 
 Para encerrar este capítulo, é importante observar o que escreveu Luiz Castanho de Almeida, sobre este assunto, em sua "História de Sorocaba":
 
 "Provavelmente, passava por estar imediações o habitat da grande tribo dos carijós, que se estendia desde o Itanhaen até o Guairá e Rio Grande do Sul. Pobres criaturas, foram os primeiros escravos e em povoação tão grande que, até o século XVIII, se chamavam carijós os escravizados da raça vermelha de um modo geral. Esses escravizados é que foram os fundadores humildes de Sorocaba, ficando nas fazendas e sesmarias da redondeza, socando as primeiras taipas, aumentando a população entre si e, aqui também, servindo a sensualidade de brancos e mamelucos." [Páginas 76, 77, 78 e 79]
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  • 134. Inventário de Balthazar Fernandes foi feito em Sorocaba1655
 São centenas e centenas de inventários, testamentos e escrituras, guardados pelos cartórios, cúrias, paróquias e Câmaras, formando um fantástico acervo capaz de reconstruir e esclarecer importantes aspectos da história de São Paulo nos tempos coloniais. Pena que o inventário de Balthazar Fernandes, feito antes de morrer, tenha se extraviado.  • 135. Isabel de Procença faleceu em Santana de Parnaíba21 de março de 1655
  • 136. Inventário a avaliação dos bens da família de Isabel Proença12 de abril de 1655
 No segundo documento, elaborado em 12 de abril de 1655, em que Isabel de Proença é tratada como "defunta" e Balthazar Fernandes como viúvo, está o inventário e a avaliação dos bens da família, em Santa Ana de Parnaíba.
 Revela, por exemplo, que em 1655, um ano após a data da fundação de Sorocaba, Balthazar ainda tinha a sua fazenda em Parnaíba. Após citar o dia ano do inventário, detalha:
 
 "nesta vila de Santa Ana da Parnaíba... nas casas de morada do capitão Balthazar Fernandes...".
 
 Outros detalhes que o inventário apresenta: uma casa de taipa de pilão, com corredor e quintal de taipa de pilão, com suas portas e fechaduras. Tem um moinho novo, a fazenda tinha uma roça de mandioca, uma moenda aparelhada, uma casa de palha e outra casa de palha de trigo e tudo isso relacionado e avaliado. Observem: ter uma porta com fechadura era um progresso digno de nota, naqueles tempos, em que as casas eram fechadas com trancas e tramelas.
  • 137. Registro dos bens e propriedades de Isabel de Proença no sítio e paragem chamada Sorocava22 de abril de 1655
 Aparece o nome Sorocaba
 Concluídos o levantamento e as avaliações dos bens da família, em Parnaíba, o juiz, o escrivão e os avaliadores se deslocaram até Sorocaba para registrar os bens e propriedades aqui existentes.
 
 "Aos 22 de abril de 1655, neste sítio e paragem chamada Sorocava, termo e limite da vila de Santa Ana da Parnaíba, fazenda do capitão Balthazar Fernandes..."
 
 Mais informações sobre os bens do casal Izabel e Balthazar: casas de taipa de mão de três lanços, cobertas de telhas com portas. Esta é, sem dúvida, a descrição da primeira casa construída em Sorocaba. Tem mais benfeitorias: uma tenda (oficina) de ferreiro, com foles e outros equipamentos relacionados: torno, bigorna, malho, tenazes, mó, etc.
 
 Tinha 24 foices para roçar e 24 machados para lavrar. Segue o relatório do fazendeiro Balthazar: 40 porcos, muitos nativos escravizados e muitas escrituras de terras em Sorocaba. O inventário é extenso, aborda pertences pessoais e até dívidas; porém, o que nos parece fundamental é citar este trecho da partilha:
 
 "... lhe deram ao viúvo, em Sorocaba, adonde tem o seu sítio e igreja, três mil braças...".
 
 Essa pequena frase é de suma importância pelo tanto que ela informa: cita mais uma vez o nome Sorocaba e informa que já existia, em 1655, a igreja de Nossa Senhora da Ponte, a mesma que está, hoje, ao lado do Mosteiro de São Bento, como existia também a sede da fazenda. [Páginas 30 e 31]
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  • 138. Registro do segundo testamento de Balthazar Fernandes na fazenda de Miguel Bicudo Bejarano na paragem Aputeroby21 de abril de 1660
 A paragem de Sorocaba começa ter vida. O número de casas, moradores e sítios cresce todos os dias, desenhando os primeiros contornos do sonho do povoador. Em 1660, cinco anos após ter deixado Santa Ana do Parnaíba, Balthazar sente a necessidade de dar uma melhor condição de vida aos moradores, que começavam a ocupar as terras em sua volta. Lembrou-se de sua mãe, Suzana Dias e do seu irmão André Fernandes que, para consolidar o povoado de Santa Ana de Parnaíba, atraíram para o local os monges beneditinos, doando-lhes terras e bens.
 Os padres representavam assistência religiosa para os moradores, educação e escola. Decidiu seguir o exemplo da família. Nessa época, 1660, Sorocaba ainda pertencia à Vila de Santa Ana de Parnaíba e, por isso, Balthazar precisou se dirigir até aquela povoação, com o propósito de doar terras e bens aos padres de São Bento de Santa Ana do Parnaíba, a fim de que eles se instalassem em Sorocaba. [Páginas 82 e 83]
  • 139. Partida28 de fevereiro de 1661
 Como se fosse coisa de Deus, a oportunidade de se fazer o pedido surgiu "de bandeja", com a visita do capitão Salvador Correa da Sá Ybenavid (e Benavides), governador da Repartição Sul, a que pertencia a São Paulo. Na versão mais correta, ele esteve fugindo de problemas que enfrentaria com os moradores do Rio de Janeiro, sede do governo da Repartição Sul.
 Salvador, uma das pessoas mais influentes do Brasil da época, era muito amigos dos Fernandes, desde os tempos do Paraguay. Balthazar não teve dúvidas, encilhou o cavalo e seguiu para São Paulo, levando consigo um pedido para elevação de Sorocaba à Vila.
 
 Alguns historiadores defendem outra versão, mais viável, de que ele não foi, por estar muito idoso e adoentado. Teria mandado uma representação. Afinal, era uma cavalgada de três dias, quase 100 quilômetros, um sacrifício, um heroísmo para um homem de 80 anos. Mas, se ele não foi, pessoalmente, é possível que os seus assessores tenham levado do documento preparado por ele e dirigido ao Administrador Geral da Repartição Sul. [Páginas 84-87]
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  • 140. Após uma cavalgada de três dias, Balthazar solicita a Salvador Correia que Sorocaba seja elevada a categoria de "Vila"2 de março de 1661
 Recebida a petição, Salvador Correa a encaminhou ao ouvidor da Capitania, para averiguar a quantidade dos moradores de Sorocaba, a fim de que ele pudesse atender ou não o pedido. Todo o processo deve ter sido encaminhado com urgência urgentíssima, dada a consideração do governador para com o representante de Sorocaba. O pedido feito no dia 2 de março de 1661, foi encaminhado à ouvidoria nesse mesmo dia e retornando com parecer favorável do sr. Antonio Lopes de Medeiros, ouvidor da Capitania de São Vicente.
 "Diz o capitão mór Balthazar Fernandes, morador na nova povoação de Sorocaba, Vila de Nossa Senhora da Ponte, que ele como povoador, em nome dos mais moradores, trata de levantar pelourinho na dita vila, que será meia légua do lugar que levantou o sr. Francisco  que Deus tem, governador deste Estado; como tão bem necessitam de Justiça para se poderem governador, como bons vassalos de V. M.; o que ûa e outra coisa se não pode obrar, nem conseguir sem expressa ordem de V. S., para que - Pede a V. S. lhe faça mercê conceder o deduzido em sua petição visto redundar tudo em aumento desta repartição, e serviço de S. Majestade e aumento dos seus moradores, provendo V. S. Receberá mercê."
 
 O processo retorna à mãos do governador, que dá o despacho final em 3 de março de 1661..
 
 "Vista a justificação feita pelo Ouvidor desta Capitania com alçada, Antonio Lopes de Medeiros, e a bem do dito Foral dos Donatários, e haver o meu antecessor D. Francisco de Sousa levantado pelourinho no dito distrito e ao presente a querem mudar dentro do mesmo termo. Mando se lhes faça provisão na forma que se pede. São Paulo, 3 de março de 1661". [Páginas 84, 85, 86 e 87]
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  • 141. O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila3 de março de 1661
 O processo retorna à mãos do governador, que dá o despacho final em 3 de março de 1661:
 "Vista a justificação feita pelo Ouvidor desta Capitania com alçada, Antonio Lopes de Medeiros, e a bem do dito Foral dos Donatários, e haver o meu antecessor D. Francisco de Sousa levantado pelourinho no dito distrito e ao presente a querem mudar dentro do mesmo termo. Mando se lhes faça provisão na forma que se pede. São Paulo, 3 de março de 1661".
  • 142. Balthazar foi convocado para prestar contas do cumprimento do testamento de sua esposa Isabel6 de junho de 1662
 Em 6 de junho de 1662, ainda estava vivo, conforme está documentado. Nesta data, ele foi convocado e se apresentou à autoridade eclesiástica para prestar contas do cumprimento do testamento de sua esposa, falecida em 1655. [p. 19]  • 143. Documento-petição elaborado pelo filho de Balthazar Fernandes, Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara Municipal4 de junho de 1667
 As obras de construção do mosteiro tiveram início em 1667 e foram concluídas ano ano seguinte. Ainda a respeito do documento de doação, o padre José Carlos Camorim Gatti, atual prior do mosteiro, comenta que alguns historiadores tem publicado que Balthazar Fernandes deixou como obrigação aos padres a celebração de uma missa todos os meses pela sua alma. "No documento original não existe nada a respeito" - afirma taxativo o padre. "Ao pedir a celebração da missa mensal, na capela de Nossa Senhora da Ponte, Balthazar queria garantir a presença constante do sacerdote na povoação". [Página 84]
 Um documento-petição, elaborado pelo filho de Balthazar Fernandes, Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara em 4 de junho de 1667, requerendo a doação de 20 braças de chão para casas e quintais de seus filhos e filhas, contém informações valiosíssimas. Vejam o que diz o filho do fundador:
 
 "Diz Manoel Fernandes de Abreu, morador nesta dita vila de Nossa Senhora da Ponte, que ele haverá doze anos, pouco mais ou menos em companhia de seu pai (QUE DEUS O TENHA EM SUA GLÓRIA), o capitão-mór Balthazar Fernandes começaram a fundar e povoar esta vila com suas pessoas e fazendas e fizeram as suas custas duas igrejas e casas do Conselho nesta vila..."
 
 Na verdade Manoel estava fazendo uso do prestígio e dos empreendimentos do pai para conseguir o benefício de terras para a sua família, terras que já haviam sido doadas aos padres beneditinos. Manoel não se conformava com a decisão do seu pai de doar sua parte em terras aos padres. Ao assumir essa povoação, deixou para a posteridade importantes informações sobre os primeiros anos da história de Sorocaba, dos primeiros prédios - as duas igrejas, de São Bento e a matriz - e as casas do Conselho - Câmara e Cadeia.
 
 Esse documento também é o primeiro e, até agora, o único que faz referência à morte de Balthazar Fernandes (Que Deus o tenha...). Resta saber em que ano se deu a morte, se foi em 1667 ou no ano anterior. Para alguns historiadores, intérpretes da documentação histórica sorocabana, Balthazar morreu em 1666 ou 1667, pois o seu filho Manoel Fernandes de Abreu não esperaria tanto tempo para reivindicar as terras que tanto queria para a criação dos seus filhos. [Página 93]
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  • 144. Chega para tomar posse da igreja doada o Fr. Francisco da Visitação: “Orago da N.S. da Ponte transfere-se para a nova matriz, e a igreja beneditina, daí em diante muda a sua invocação para N.S. da Visitação”4 de julho de 1667
  • 145. Segunda fundação de Sorocaba1670
 “Como se fosse coisa de Deus, a oportunidade de se fazer o pedido surgiu de "bandeja", com a visita do Governador a pronvíncia de São Paulo (Benevides era governador da província do Rio de Janeiro); (..) se Balthazar não foi pessoalmente (já possuiía mais de 80 anos) enviou seus assessores.” (“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”, 2014. Sérgio Coelho de Oliveira)
 A nossa história, oficial e acadêmica, trabalha com probabilidades, quando se trata de Balthazar Fernandes. Aliás, nem se sabe ao certo a grafia do seu nome, se é Baltasar ou Baltasar, se é Balthazar ou Balthezar, tal é a diversidade das informações contidas nos documentos. Apesar do "fundador" de Sorocaba ter sido um cidadão ilustre, na sua época, nem se sabe quando ele nasceu, nem o dia nem o ano, como também não se sabe quando ele morreu.Não se sabe, com certeza, quando ele se casou, nem a primeira e nem a segunda vez. Sempre as datas são acompanhadas do clássico "por volta de". Também, não se sabe se a sua primeira filha, única do primeiro casamento, Maria de Torales, era sua filha biológica ou adotiva.(...) os historiadores divergem quanto à data da chegada do “fundador” a Sorocaba, se em 1646 ou se em 1654. Existem documentos historiando, além desses dois momentos, uma fundação em 1670.
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  • 146. Documento existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto1 de janeiro de 1732
  • 147. Sorocaba: Registro da primeira tropa de muar em Sorocabafevereiro de 1732
 Um dos documentos mais importantes para preencher as lacunas existentes na história de Sorocaba parece passar despercebido pelos historiadores e pesquisadores. No ano de 2014 pelo frei José Carlos Camorim Gatti, prior do Mosteiro de Sorocaba, encontrou entre os guardados do convento um documento que teria sido recebido por D. Tadeu.
 Se trata de um relato histórico do Mosteiro, produzido em 1732, abrangendo o período de 1660 e 1772, pertecente à Biblioteca Real da História Portuguesa, Porto, em Portugal. Ele começa assim:
 
 Notícias que pertencem a este Mosteiro de Nossa Senhora da Visitação da Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba da Ordem do Patriarca de São Bento, as quais ordena o rei, nosso Senhor, se mande a Academia Real da História Portuguesa.
 
 O documento de 14 páginas, encontramos na penúltima delas uma informação definitiva:
 
 "(...) não há capela alguma, nem este mosteiro a tem nesta vila, mais em parte alguma."
  • 148. “História Antiga da Abadia de São Paulo 1598-1772”. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Tipografia Ideal1927
 O historiador Affonso de E. Taunay, no seu livro "História Antiga da Abadia de São Paulo", deixou este registro:
 "Deste casal (o povoador Manuel Fernandes Ramos, português, e Suzanna Dias, mameluca filha de João Ramalho) nasceram três typos de singular robustez e excepcional energia: André, Domingos e Balthazar, os fundadores de Parnahyba, Itu e Sorocaba". [Página 18]
  • 149. Revista Investigaçõesnovembro de 1949
 Com o título "CASAS GRANDES E SENZALAS DE SOROCABA", de artigo publicado na Revista INVESTIGAÇÕES (n° 11/1949), o historiador sorocabano Aluísio de Almeida faz amplo relato da casa que seria de Balthazar Fernandes, no bairro do Lageado. Ele admite que há controvérsias e que uma outra casa teria sido construída, posteriormente, no mesmo local onde existiu a casa do fundador de Sorocaba. Na época em que foi escrito esse artigo, ainda existiam as ruínas do casarão. Foi demolido na década de 50.
 Vale a pena conhecer o que escreveu o ilustre historiador:
 
 "CASA GRANDE DE BALTAZAR FERNANDES. Em 1645, Baltazar Fernandes veio estabelecer-se com fazenda de criar e plantação na paragem de Sorocaba, que já tinha esse nome (terra que esboroa) devido ao rio. Fixou-se à margem esquerda deste, um quilômetro acima da atual ponte (da rua XV de Novembro), que está quase no lugar da primeira, com alguns genros e escravos índios em número de 400, segundo Azevedo Marques. [Página 135]
  • 150. História de Sorocaba1969
 Para encerrar este capítulo, é importante observar o que escreveu Luiz Castanho de Almeida, sobre este assunto, em sua "História de Sorocaba":
 "Provavelmente, passava por estar imediações o habitat da grande tribo dos carijós, que se estendia desde o Itanhaen até o Guairá e Rio Grande do Sul. Pobres criaturas, foram os primeiros escravos e em povoação tão grande que, até o século XVIII, se chamavam carijós os escravizados da raça vermelha de um modo geral. Esses escravizados é que foram os fundadores humildes de Sorocaba, ficando nas fazendas e sesmarias da redondeza, socando as primeiras taipas, aumentando a população entre si e, aqui também, servindo a sensualidade de brancos e mamelucos." [Páginas 76, 77, 78 e 79]
  • 151. História de Santana de Parnaíba, 1971. 372 páginas. Paulo Florêncio da Silveira Camargo1971
  • 152. Rapodo Tavares atacou a redução de Jesus Maria, na margem esquerda do rio Jacuí, e depois de seis horas de luta arrasou a redução1 de janeiro de 2014
 O monsenhor Paulo Florêncio da Silveira Camargo descreve este fato em seu livro "História de Santa Ana de Parnaíba":
 "Repercutiu em Parnaíba, o breve libertador dos nativos, a dita bula do papa Urbano VIII (22 de abril de 1639). Atribuíram aos jesuítas a consecução da referida bula e queria expulsá-los de São Paulo. Na reunião das Câmaras, em São Vicente (24 e 25 de junho de 1640), Baltazar Fernandes representou Parnaíba". Na mesma obra o monsenhor Paulo Florêncio lembra que:
 
 "Baltazar Fernandes foi procurador geral de Parnaíba. Compareceu em São Paulo (6 de agosto de 1641), na reunião coletiva para eleição do representante na visita a D. João IV, em Lisboa".
 
 Registra também, que a expedição de André Fernandes, da qual Baltazar Fernandes fazia parte, retorna a São Paulo, em dezembro de 1638 ou no início de 1639, após a destruição da Redução de Santa Tereza. O padre foi morto em janeiro de 1639.
  • 153. Apontamentos historiográficos de 1991-92, revistos e ampliados em 2017, por João Barcellos. Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba consultado em 17.06.20222017
  • 154. Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?16 de fevereiro de 2023
 1480 - Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay [22414]22/04/1500 - O “Descobrimento” do Brasil [20175]1515 - Nascimento de Lopo Dias Machado (1515-1609) em Portugal, viria ao Brasil e se casaria com Beatriz, uma das filhas do cacique Tibiriça Foi pai de três filhos Belchior Dias Carneiro, Isaac Dias Carneiro e Gaspar Dias. E três filhas, Isabel, Suzanna, Jerônima e Antônia Dias [20192]22/01/1531 - Bertioga [26243]1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]20/07/1553 - Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias [22499]15/01/1560 - Santo Amaro [27129]1580 - Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias [6760]1589 - Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas [9075]07/12/1589 - “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275] [26356]1594 - O pai de Baltazar, Manoel Fernandes, faleceu em 1589 e, em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...) [27349]23/05/1599 - D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses [6231]1600 - Casamento de Balthazar Fernandes e Maria de Zunega [19870]1603 - Balthazar se casa com Isabel de Proença em São Paulo, com a qual teria doze filhos [19867]1608 - Casamento de Suzana Dias e Belchior da Costa [20083]07/03/1608 - Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi [24117]21/04/1611 - D. Francisco elevou o novo local com o nome de vila de São Filipe: “Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar” [21509]01/11/1613 - Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás* [8962]23/09/1619 - André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas [19190]1629 - Quando da destruição do Guairá, nos anos de 1629 e de 1630, os paulistas parnaibanos, chefiados por André Fernandes, certamente passaram pela localização da futura Sorocaba na ida e na volta [9367]06/03/1629 - Benta [27365]1632 - Gabriel Ponce de Leon chega em Santana de Parnaíba, casado com a filha "índia" de Balthazar [19873]02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias [20168]1637 - Balthazar e o irmão André sofreram uma derrota no seu ataque às Missões do Uruguai [17561]23/12/1637 - André Fernandes chegou a Santa Tereza do Ibituruna [22962]19/02/1638 - Padre Alfaro adverte Balthazar [19854]01/03/1638 - Bula papal à Companhia de Jesus a direção dos Índios* [21937]09/01/1639 - Bandeirantes paulistas travam combate com espanhóis e guaranis [9828]17/01/1639 - Assassinato de Diego de Alfaro, comissário da Inquisição [8963]22/04/1639 - Bula Papal condenando o cativeiros dos índios no Brasil produz graves distúrbios no Rio de Janeiro, em Santos e em São Paulo [8374]23/07/1639 - Carta datada de 23 de julho de 1639, do padre Ruyer para o padre Antonio Ruiz de Montoya, procurador geral das reduções do Paraguai e da Companhia de Jesus [28347]01/11/1639 - Retorno* [28346]24/12/1639 - Balthazar Fernandes está no atual território do Rio grande do Sul participando da destruição de Santa Tereza do Ibituruna, segundo o livro “Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?” do jornalista Sérgio Coelho de Oliveira [19853]24/06/1640 - Reunião [28349]13/07/1640 - Jesuítas são expulsos de São Paulo [8372]1645 - Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba [11082]1646 - Outro parnaibano, Baltazar Carrasco dos Reis iniciava o povoamento de Curitiha [21721]07/10/1647 - Rei concede perdão aos paulistas [19887]1648 - Falecimento de Izabel Proença de Abreu, filha de Balthazar Fernandes em Santana de Parnaíba [9369]03/06/1652 - Restituição dos padres jesuítas aos seis colégios [21985]28/11/1654 - Testamento de Isabel de Proença é assinado em Santana de Parnaíba [6033]01/12/1654 - Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com  família e 380 escravizados* [6604]1655 - Inventário de Balthazar Fernandes foi feito em Sorocaba [19183]21/03/1655 - Isabel de Procença faleceu em Santana de Parnaíba [19869]12/04/1655 - Inventário a avaliação dos bens da família de Isabel Proença [19868]22/04/1655 - Registro dos bens e propriedades de Isabel de Proença no sítio e paragem chamada Sorocava [27946]21/04/1660 - Registro do segundo testamento de Balthazar Fernandes na fazenda de Miguel Bicudo Bejarano na paragem Aputeroby [6050]28/02/1661 - Partida [1359]28/02/1661 - Tayaobi [26416]02/03/1661 - Após uma cavalgada de três dias, Balthazar solicita a Salvador Correia que Sorocaba seja elevada a categoria de "Vila" [6584]03/03/1661 - O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila [8664]06/06/1662 - Balthazar foi convocado para prestar contas do cumprimento do testamento de sua esposa Isabel [21230]04/06/1667 - Documento-petição elaborado pelo filho de Balthazar Fernandes, Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara Municipal [19858]04/07/1667 - Chega para tomar posse da igreja doada o Fr. Francisco da Visitação: “Orago da N.S. da Ponte transfere-se para a nova matriz, e a igreja beneditina, daí em diante muda a sua invocação para N.S. da Visitação” [19859]01/01/1668 - Em 1668, frei Mauro da Trindade Vieira foi ao sertão "e companhia dos sertanistas que costumavam ir todos os anos ao gentio", sua intenção era trazer algumas "peças" para o hospício que os beneditinos tinham em Sorocaba [26709]1670 - Segunda fundação de Sorocaba [20862]01/01/1732 - Documento existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto [27935]01/02/1732 - Sorocaba: Registro da primeira tropa de muar em Sorocaba* [9656]06/05/1758 - Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre [6197]19/01/1888 - Libertados os últimos 460 escravos em Sorocaba [5199]1927 - “História Antiga da Abadia de São Paulo 1598-1772”. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Tipografia Ideal [26792]15/02/1929 - Estrada Real, Koboyama [28297]01/11/1949 - Revista Investigações* [2568]1950 - Paulo de Oliveira Leite Setúbal (1893-1937) - “Ensaios históricos” [2572]1954 - O monumento ao Tropeiro, doado à cidade pelo conde Francisco Matarazzo [8690]1969 - História de Sorocaba [28282]1971 - História de Santana de Parnaíba, 1971. 372 páginas. Paulo Florêncio da Silveira Camargo [24503]01/01/2014 - Rapodo Tavares atacou a redução de Jesus Maria, na margem esquerda do rio Jacuí, e depois de seis horas de luta arrasou a redução [5235]2017 - Apontamentos historiográficos de 1991-92, revistos e ampliados em 2017, por João Barcellos. Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba consultado em 17.06.2022 [19872]16/02/2023 - Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente? [28322]2023 - Avenida Itavuvu [28565]17/11/2023 - O NASCIMENTO DE GUARAPIROCABA, urublues1.blogspot.com [3670]08/02/2024 - A importância da comunicação não-verbal e como é que o estudo de Mehrabian tem vindo a ser mal interpretado. Consulta em objetivolua.com [4168]19/09/2024 - Quais são as 10 MAIORES TRIBOS INDÍGENAS brasileiras? Conhecendo o Brasil (Youtube.com) [3838]04/10/2024 - Distância Sorocaba-São Paulo/SP [4700]
 
 
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 Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk2013. Atualizado em 23/10/2025 17:17:22• Cidades (10): Castro/PR, Ivaiporã/PR, Londrina/PR, Osasco/SP, Salvador/BA, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP, Telêmaco Borba/PR
 • Família (5): André Fernandes (filho , 1578-1641), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Domingos Fernandes (filho , 1577-1652), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (avô(ó) , 1470-1562)
 • Temas (30): Aldeia de Los angeles, Bituruna, vuturuna, Cachoeira do Inferno, Capela de Santa Ana, Cordilheira dos Andes, Ermidas, capelas e igrejas, Gualachos/Guañanas, Itatins, Japão/Japoneses, Mambucaba, Metalurgia e siderurgia, Missões/Reduções jesuíticas, Nossa Senhora de Montserrate, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Nuatinguy, Ouro, Quitaúna, Redução de S Xavier e S Inácio (Itamaracá), Redução Inmaculada Concepción, Rio Anhemby / Tietê, Rio das Velhas, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Paraguay, Serra dos Itatins, Sobrados, Taiati (São Francisco Xavier), Tamboladeiras, Tamoios, Tordesilhas, Ybitiruzú ou Ybiangui
  • 74. A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa avista a costa do Brasil na altura do cabo Percaauri31 de janeiro de 1531
 O português Manuel Fernandes Ramos era natural da região de Moura,Portugal, e casado com Suzana Dias, filha de Lopo Dias, um pioneiro que emigrou com a frota de Martim Afonso de Sousa e se amasiou com uma das filhas de Tibiriçá. João Ramalho também foi casado com outra filha do cacique Tibiriçá e,por conseguinte, Suzana Dias era, por afinidade, sobrinha de Ramalho e neta de Tibiriçá, linhagem respeitada no meio social do planalto.  • 75. Expedição de Mem de Sá / O português Manuel Fernandes Ramos, primeiro marido de Suzana Dias construiu a capela de Santo Antôniodezembro de 1561
 Em 1561, Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil decide realizar uma expedição exploratória pelo Vale do Anhembi (rio dos inhambus ou perdizes), mais tarde conhecido como Tietê, com o intuito de procurar ouro e pedras preciosas. Deste grupo participou Manuel Fernandes Ramos que, em determinado trecho da viagem, explora as matas e corredeiras de uma região conhecida pelos índios com o nome de Parnaíba. [p.186]  • 76. Nascimento de André Fernandes, filho de Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias1578
 Nesta época, Belchior Dias Carneiro (um provável meio-irmão de Suzana Dias) recebe outra sesmaria em Parnaíba, passando a residir juntamente com Suzana e André Fernandes na região. Conforme as leis portuguesas e Ordenações Filipinas, se André nasceu provavelmente em 1578, em 1603 ocorre sua maioridade, pois, todo indivíduo tornava-se maior de idade aos 25 anos ou no momento de seu casamento, recebendo os usos e frutos da herança de seu pai Manuel Fernandes Ramos.49 André Fernandes casa-se com Dona Antônia de Oliveira em data imprecisa, vinculando-se as famílias de Jerônimo Leitão e dos Mendes, todas de cristãos-novos. Ângela, uma das irmãs de André Fernandes também se vincula a este clã. [p. 183, 184]  • 77. Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias1580
 Além das inusitadas relações de habitantes convivendo com as mais variadas etnias e credos, devemos aos aventureiros de Santana de Parnaíba a ideia de expansão territorial do Brasil. Desafiando o Tratado de Tordesilhas e invadindo o imenso território devoluto no centro do continente, os sertanistas dessa localidade foram fundando povoados ao longo de suas expedições. Em bandeiras de reconhecimento por imensos territórios, garantiram as futuras fronteiras do país. Mitificados como heróis por antigos historiadores, a exemplo de Affonso de Taunay, Varnhagen ou Belmonte, hoje são recolocados como bandidos ferozes, reforçando as visões que os jesuítas desenvolveram a respeito dos mamelucos do planalto, no século XVII.
 (...)Em 1580, o então vereador da Câmara de São Paulo, Manuel Fernandes Ramos recebe uma sesmaria nesta área, famosa devido um grande acidente geográfico no Rio Tietê chamado de Cachoeira do Inferno, construindo uma capela em louvor a Santo Antônio e iniciando os preparativos para instalação de uma fazenda. O português Manuel Fernandes Ramos era natural da região de Moura,Portugal e casado com Suzana Dias, filha de Lopo Dias, um pioneiro que emigrou com a frota de Martim Afonso de Souza e que por sua vez amasiou-se com uma das filhas de Tibiriçá. João Ramalho também foi casado com outra filha do Cacique Tibiriçá e, por conseguinte, Suzana Dias era, por afinidade, sobrinha de Ramalho e neta de Tibiriçá, linhagem respeitada no meio social do planalto. [p.181]
 
 Nessas incursões, a família dos Fernandes, povoadores instalados em Santana de Parnaíba, engajou-se em diversas expedições contra as reduções do Guairá (aldeamentos que transpuseram o rio Paraná), Tape (instaladas para além do rio Uruguai) e Itatim (fixadas na parte oriental do rio Paraguai). André Fernandes foi capitão de grandes bandeiras e participou de quase todas as expedições contra as missões jesuíticas na região Sul do país. Era sócio de Raposo Tavares,44 outro grande mestre de campo, chamado de O Conquistador dos Andes e dono de uma fazenda em Quitaúna, situada nos arrabaldes de Parnaíba, hoje município de Osasco (SP).
 
 A grande sesmaria que outrora formava o território parnaibano abrangia terras nos atuais municípios de Araçariguama, Itu, São Roque e Sorocaba. Pertenciam a Suzana Dias e foram desmembrados aos seus familiares, descendentes e agregados. Um dos seus maiores desejos era que seu corpo fosse enterrado na “ermida da gloriosa Santana”, da qual seu filho André Fernandes foi patrono benfeitor. A grande matrona paulista, em testamento realizado no ano de 1628, dividia seus bens com filhos, enteados, netos, escravos forros incorporados à família e com confrarias de irmandades religiosas do seu povoado, manifestando uma preocupação em distribuir os pertences com afeto e a maior equidade possível (Camargo, 1971, p.39-40): “a residência de Suzana Dias era uma casa à margem do rio Tietê. Ficava em frente à antiga Santa Casa, propriedade posterior da família Aquilino de Morais. A tradição fantasiara que seus filhos lhe ofereceram riquíssimo sofá engastado de ouro, prata e pedras preciosíssimas, para repousar sobre os frutos das canseiras de seus descendentes ilustres os bandeirantes parnaibanos notáveis e respeitados. Lá residiu Suzana” (idem, p.32). [p.202 e 203]
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  • 78. Apesar da saúde frágil, Manuel Fernandes Ramos continuava exercendo atividades como vereador na Câmara de São Paulo1588
  • 79. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas1589
  • 80. “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275]7 de dezembro de 1589
 Provavelmente em 1578 nasce André Fernandes o filho primogênito de Manuel Fernandes e Suzana Dias. Ainda em 1588, apesar da saúde frágil, Manuel Fernandes Ramos continuava exercendo atividades como vereador na Câmara de São Paulo, falecendo em 1589. Após sua morte, as terras de Parnaíba são transferidas por herança ao primogênito André Fernandes, que por ser menor deidade, passam a ser administradas sob tutela da matriarca Suzana Dias.  • 81. As terras de Tibiriçá foram doadas em caráter perpétuo aos beneditinos1600
 Em 1600, as terras de Tibiriçá foram doadas em caráter perpétuo aos beneditinos, iniciando as obras do claustro e ampliação da primitiva capela. O fundador, frei Mauro Teixeira, habitou esse local por alguns anos, levando uma vida solitária e eremítica. Ausentando-se da vila por volta de 1610, deixa como procurador e protetor da igreja nada menos que o temível bandeirante Manuel Preto,um dos sertanistas de maior prestígio, dono de uma grande fazenda, núcleo inicial do tradicional bairro da Freguesia do Ó. Ficou encarregado de cuidar da ermida de São Bento e demais bens do mosteiro até que novos religiosos viessem:
 verdade é que também este procurador […] era um dos paulistanos de maior prestigio, nada menos do que o formidável sertanista Manuel Preto, terror das reducções jesuiticas, generalissimo do exercito paulista de 1628, arrazador do domínio ignacino no Guayrá e morto em 1630 em plena actividade de sua vida de “corsario y ladron de yndios” como delle dizia o Pe. Justo Mansilla. Opulento afazendado no Ó, com mais de mil escravos índios “conquistados por suas armas, alli fundara, em suas terras, a capella da Senhora da Expectação, dotando-a com um sitio de meia legua de terras do sertão e matos maninhos, doze escravos administrados e 36 vacas de ventre”. Era um homem de seu tempo, e da America da conquista este Manuel Preto e a sua mentalidade lhe permittia este bifrontismo de caçador de indios e procurador devotado de uma abbadia de S. Bento a quem prestou muitos relevantes serviços. (Taunay, 1927, p.45-6)
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  • 82. Domingos Fernandes (33 anos) funda a cidade de Itu2 de fevereiro de 1610
 Por volta de 1610, outro filho de Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias, o Capitão Domingos Fernandes e seu genro Cristóvão Diniz erguem uma ermida em honra a Nossa Senhora da Candelária no lugar conhecido como Outu-Guassu (grande catadupa, ou salto), núcleo inicial da cidade de Itu. O Capitão Baltasar Fernandes, também filho da matriarca deixa Santana com seus genros e funda Sorocaba. A capela construída nessa região sob invocação de Nossa Senhora da Ponte foi posteriormente doada aos monges beneditinos de Parnaíba. [Página 188]  • 83. Suzana Dias, a matrona bandeirante, representando a família dos Fernandes, doa um terreno na parte mais elevada do núcleo para a construção de uma capela em homenagem à Santana substituindo a anterior dedicada a Santo Antônio26 de julho de 1610
 Suzana Dias une-se em segundas núpcias com Belchior da Costa, do qual não teve filhos e que em 1610 também recebe uma sesmaria na região de Parnaíba. Nesta oportunidade, a matrona bandeirante representando a família dos Fernandes, doa um terreno na parte mais elevada do núcleo para a construção de uma capela em homenagem à Santana substituindo a anterior dedicada a Santo Antônio arruinada na várzea do Rio Tietê. Provavelmente consagrada em 26 de julho, data de comemoração da santa, a nova igreja marca o momento em que o arraial passa a ser conhecido como Santana de Parnaíba.  • 84. Falecimento de Belchior da Costa, filho de Manuel da Costa e Beatriz Diniz1625
 Por vontade da matriarca Suzana Dias, no ano de 1625 foi entregue aos beneditinos um terreno na vila de Parnaíba, originando a construção de um mosteiro, doação formalizada em 1643 por seu filho André Fernandes.  • 85. Capela feita matriz / Criada a vila de Parnaíba por provisão do conde de Monsanto, donatário da capitania14 de novembro de 1625
  • 86. Falecimento de Suzana Dias2 de setembro de 1634
 Suzana Dias faleceu em 2 de setembro de 1634. O vigário de Parnaíba, padre Joan de Ocampo y Medina, sacramentou o corpo da matriarca, acompanhou o enterro, cantou lições e celebrou missas em espanhol, pois ainda não dominava o português. Em 30 de julho de 1635, três herdeiros – capitão André Fernandes, Baltasar Fernandes e Domingos Fernandes – fizeram composição amigável, assinando perante o juiz ordinário João Missel Gigante. O escrivão era Manuel de Alvarenga e testemunhou João de Godói. O prior do Mosteiro de Nossa Senhora do Montesserrate da Vila de São Paulo, frei Álvaro de Caravajal, recebeu dez missas de Baltasar Fernandes pela alma da sua mãe em 21 de fevereiro de 1635.  • 87. Certifico eu Frei Alvaro de Caravajal pior (...) de Nossa Senhora de Monserrate da ordem do Patriarca SP (...) padre nesta vila de São Paulo, que recebi do Cap. Balthazar Fernandes de Parnaíba a esmola de dez missas que eu me obriguei a dizer e são em descargo do testamento de sua mãe defunta que ele como testamenteiro mandou fazer e por ser verdade lhe dei este por mim assinado hoje21 de fevereiro de 1635
 O escrivão era Manuel de Alvarenga e testemunhou João de Godói. O prior do Mosteiro de Nossa Senhora do Montesserrate da Vila de São Paulo, frei Álvaro de Caravajal, recebeu dez missas de Baltasar Fernandes pela alma da sua mãe em 21 de fevereiro de 1635.  • 88. Documento30 de julho de 1635
  Em 30 de julho de 1635, três herdeiros – capitão André Fernandes, Baltasar Fernandes e Domingos Fernandes – fizeram composição amigável, assinando perante o juiz ordinário João Missel Gigante.  • 89. Fundada a vila da Parnaiba, sendo o mosteiro Mosteiro de Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba doação do capitão André Fernandes14 de novembro de 1643
 Os filhos foram crescendo e casando-se na vila da Parnaíba, onde Baltazar teve. além da lavoura. um engenho de ferro seqüestrado em 1643.[p.199]  • 90. “A Matriz de Santana de Parnaíba, reconstruída em 1646 e finalizada por volta de 1650”1646
 Em contrapartida ao patrocínio de obras no mosteiro parnaibano, Frei Agostinho de Jesus vai retribuir generosamente ofertando imagens para uma nova igreja erguida pelos bandeirantes, a Matriz de Santana de Parnaíba, reconstruída em 1646 e finalizada por volta de 1650. Este espaço religioso tornou-se uma extensão do monastério e foi ornado com numerosas terracotas marianas, santos e ícones votivos: Santo Antônio do Suru (uma das obras mais realistas criadas pelo escultor), Nossa Senhora da Purificação (obra-prima do artista), Nossa Senhora dos Prazeres e um São Francisco de Paula. Além destes célebres trabalhos, a matriz parnaibana ostentava outros tesouros culturais, como o fragmento de Nossa Senhora com o Menino, N. Sra. da Piedade e as imagens de Nossa Senhora do Rosário, “a grande e a pequena”, algumas delas utilizadas em procissões. Um de seus últimos trabalhos nesta localidade é o grupo de Santana Mestra, orago de devoção particular do fundador da vila, André Fernandes; peças finalizadas por volta de 1650.|  |  |  | 
  • 91. O mosteiro de São Bento da Parnaíba foi elevado à categoria de Presidência ou Priorado14 de julho de 1659
  • 92. A Câmara de Parnaíba decide demarcar o rocio da vila: “um ribeiro que fica por cima do moinho da vila e subindo por a capoeira deu em um têso que fica por baixo da casa de sobrado que foi de Balthazar Fernandes”10 de janeiro de 1681
 No ano de 1681 a Câmara de Parnaíba decide demarcar o rocio da vila para cobrança de foro devido aos moradores, regularizando os terrenos por meio de marcos e cruzes. Este itinerário foi detalhadamente descrito no “Auto de medição” e faz referências ao mosteiro e igreja dos beneditinos ali existentes. Trata-se de uma rara menção do complexo conventual no século XVII. Neste itinerário proposto, ao atravessar:
 [...] um ribeiro que fica por cima do moinho da vila e subindo por a  capoeira deu em um têso que fica por baixo da casa de sobrado que foi de Baltasar Fernandes e indo corrente o dito rumo  atravessou uma “milharada” de mim Tabelião e descendo por um “mandiocal” foi a dar no ribeiro que serve de aguada aos Padres  Bentos e subindo pelo Convento de Nossa Senhora do Destêrro passou um rumo por o pé de uma paineira a vista do Convento e  atravessou o caminho que vem para o convento distância de dez braças da Igreja e tornou a entrar no capão e indo o dito rumo por  o capão a dentro foi atravessar o ribeiro que está por traz da casa de Gaspar Favacho [...]. (AUTO DE MEDIÇÃO DO ROCIO DESTA VILA, 1681, In: CAMARGO, 1971, p. 338). [p. 275]
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 31/01/1531 - A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa avista a costa do Brasil na altura do cabo Percaauri [10014]01/12/1561 - Expedição de Mem de Sá / O português Manuel Fernandes Ramos, primeiro marido de Suzana Dias construiu a capela de Santo Antônio* [20014]1575 - A história da Freguesia do Ó, bairro da região norte de São Paulo começa com a vinda do português Antônio Preto de São Vicente para São Paulo onde assumiria as funções de juiz Ordinário da Câmara [21784]1578 - Nascimento de André Fernandes, filho de Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias [657]1580 - Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias [6760]01/06/1581 - Oficializou-se a entrega da capela através de uma carta de doação e assinada, inclusive, pelo autor do Tratado Descritivo do  Brasil, Gabriel Soares de Sousa* [21316]1582 - Luís Eanes Grou (1554-1590) obteve, do Cap. Mor Jerônimo Leitão, sesmaria de uma légua de terras em Quitaúna [27482]1588 - Apesar da saúde frágil, Manuel Fernandes Ramos continuava exercendo atividades como vereador na Câmara de São Paulo [740]1589 - Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas [9075]07/12/1589 - “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275] [26356]1600 - As terras de Tibiriçá foram doadas em caráter perpétuo aos beneditinos [21319]1610 - Frei Mauro Teixeira ausentando-se da vila deixa como procurador e protetor da pequena capela de São Bento nada menos que o temível bandeirante Manuel Preto [21320]02/02/1610 - Domingos Fernandes (33 anos) funda a cidade de Itu [6551]01/06/1610 - Francisco de Souza chega em São Paulo* [26582]26/07/1610 - Suzana Dias, a matrona bandeirante, representando a família dos Fernandes, doa um terreno na parte mais elevada do núcleo para a construção de uma capela em homenagem à Santana substituindo a anterior dedicada a Santo Antônio [21299]1622 - Fundação [28215]1625 - Falecimento de Belchior da Costa, filho de Manuel da Costa e Beatriz Diniz [19999]14/11/1625 - Capela feita matriz / Criada a vila de Parnaíba por provisão do conde de Monsanto, donatário da capitania [19191]1627 - Reduções [1111]04/08/1627 - A terceira entrada e a fundação da Redução dos Arcanjos [1113]1628 - “Do lado espanhol” [27597]18/09/1628 - parte de São Paulo a grande bandeira comandada por Raposo Tavares tendo como imediato Manoel Preto que atacou as reduções jesuíticas e aldeias guaranis, com 69 portugueses, 900 mamelucos e 3 mil índios [17700]22/07/1630 - Falecimento de Manoel Preto, filho de Antonio Gomes Preto e Antonia Gonçalves Lage Antunes [1148]02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias [20168]21/02/1635 - Certifico eu Frei Alvaro de Caravajal pior (...) de Nossa Senhora de Monserrate da ordem do Patriarca SP (...) padre nesta vila de São Paulo, que recebi do Cap. Balthazar Fernandes de Parnaíba a esmola de dez missas que eu me obriguei a dizer e são em descargo do testamento de sua mãe defunta que ele como testamenteiro mandou fazer e por ser verdade lhe dei este por mim assinado hoje [22549]30/07/1635 - Documento [26358]1641 - Nossa Senhora do Rosário, uma das primeiras obras do escultor encontradas no Planalto Paulista [21307]14/11/1643 - Fundada a vila da Parnaiba, sendo o mosteiro Mosteiro de Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba doação do capitão André Fernandes [17565]1646 - “A Matriz de Santana de Parnaíba, reconstruída em 1646 e finalizada por volta de 1650” [21333]1654 - Frei Agostinho permanece no território paulista até aproximadamente 1654 [21313]14/07/1659 - O mosteiro de São Bento da Parnaíba foi elevado à categoria de Presidência ou Priorado [21293]1660 - Frei Anselmo Batista passou a residir em Sorocaba [21334]10/01/1681 - A Câmara de Parnaíba decide demarcar o rocio da vila: “um ribeiro que fica por cima do moinho da vila e subindo por a capoeira deu em um têso que fica por baixo da casa de sobrado que foi de Balthazar Fernandes” [21292]26/06/1681 - Primeira notícia do falecimento [23194]04/11/1681 - Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada) [20848]1720 - Os beneditinos substituem a antiga padroeira do Mosteiro de São Bento em São Paulo, Nossa Senhora do Montesserrate, autoria de Frei Agostinho da Piedade por um novo orago [21327]2012 - TEMPLOS, CASAMENTOS E CEMITÉRIOS DE UM GRUPO OUTSIDER. Luiz Cândido Martins, Luciana Fernandes Volpato [28482]
 
 
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 “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”.  Jesuíno Felicíssimo Junior1969. Atualizado em 23/10/2025 15:57:17• Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (3): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (genro/nora , 1575-1611), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Temas (21): Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Dinheiro$, Engenho(s) de Ferro, Fazenda Ipanema, Jesuítas, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Pela primeira vez, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Rio Pinheiros, Rio Pirajibú, Rio Sorocaba, Rio Tamanduatei, São Paulo de Piratininga, Serra de Ibituruna, Ybyrpuêra
  • 89. Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri11 de novembro de 1560
 Mestre Bartholomeu prestou valiosos serviços na fundação de Santos e, afeiçoando-se à nova terra, veio, após cumprir o prazo de sua contratação, fixar-se, para sempre, nos Campos de Piratininga (peixe sêco), tornado-se um dos seus primeiros povoadores e Senhor de grande trato de terras nas bandas de Jeribatuba (sítios dos Jiribás), ás margens do rio deste nome, hoje conhecido por Pinheiros, então encravado nos domínios do grande Cacique Caiubi.
 Tudo indica que Mestre Bartholomeu, falecido em torno de 1566, não só deixou descendência ativa, que também se devotou á sua arte produzindo pequenos artefatos de ferro comerciados ao longo do Jurubatuba, do Anhembi e do Tamanduateí, mas ainda instalou forja á margem esquerda do Jurubatuba, cuja existência, em 1554, foi citada por Anchieta, que mais tarde, em torno de 1560, fundou nas proximidades, a aldeia de Santo Amaro.
  • 90. Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias1580
 E em 1580 Américo de Moura, 1881- 1953) a cominação foi mais forte: era ele obrigado a expulsar de casa o nativo Gaspar". Vê- se que não é fácil deslindar o caso do Mestre Bartholomeu: três pessoas distintas ou uma só, como pretende o Autor, com três nomes diferentes? [História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página V]
 André Fernandes que em 1580, ao lado de seu pai e de sua mãe, participou da fundação de Santa Ana de Parnaíba. [Página 15]
  • 91. O procurador Francisco Sanches soube que Domingos Fernandes forjava no sertão. Os demais vereadores o teriam tranquilizado, alegando que “os Fernandes” eram os primeiros ferreiros de São Paulo e que este havia partido para a selva em companhia do governador Jerônimo Leitão, razão pela qual nada se poderia fazer16 de agosto de 1586
  • 92. Dom Francisco mudou o pelourinho, enviou moradores mas somente os "Sardinha" tinha autorização de entrar nas minas de "Obiracoyava"14 de julho de 1601
  • 93. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas23 de setembro de 1619
 Em 23 de setembro de 1619, André Fernandes, que em 1580, ao lado de seu pai e de sua mãe, participou da fundação de Santa Ana de Parnaíba, obteve do Capitão-Mór de São Vicente, Gonçalo Correia de Sá, uma sesmaria de terras com minas em Ibituruna. Nessa ocasião, seu irmão Balthazar Fernandes também obteve sesmaria no Porto das Canoas, vizinha da de André, e levantou em Parnaíba um forno para fundição de ferro que, em 1645, foi sequestrado e desmontado em consequência de denúncia e representação de Francisco Jorge ao Juiz Ordinário paulo do Amaral. Foi mais um Fernandes e talvez o último, que viu seu pendor de ferreiro e fundidor embaraçado pela autoridade local.  • 94. Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba1645
 Em 23 de setembro de 1619, André Fernandes que em 1580, ao lado de seu pai e de sua mãe, participou da fundação de Santa Ana de Parnaíba, obteve do Capitão-Mór de São Vicente, Gonçalo Correia de Sá, uma sesmaria de terras com minas em Ibituruna. Nessa ocasião seu irmão Balthazar Fernandes também obteve sesmaria no Porto das Canoas, vizinha da de André, e levantou em Parnaíba um forno para fundição de ferro que, em 1645, foi sequestrado e desmontado em consequência de denúncia e representação de Francisco Jorge ao Juiz Ordinário Paulo do Amaral. Foi mais um dos Fernandes e talvez o último, que viu seu pendor de ferreiro e fundidor embaraçado pela autoridade oficial. [História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página 15] 1500 - Nascimento de Bartolomeu Camacho [27377]1505 - Possível nascimento do Mestre Domingos Gonçalves [237]1518 - Possível nascimento [267]03/12/1530 - A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa [12955]22/01/1532 - Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos” [9728]1535 - Meste Bartholomeu frequentara estas paragens  [24541]1540 - Casamento de Rodrigo Alvares e Catarina Ramalho [26931]1553 - Procurador do Concelho [474]1554 - Portugueses romperam o acordo, subiram a Serra do Mar, e fundaram a vila de São Paulo [26207]25/01/1555 - Bras Cubas concede sesmaria ao ferreiro "Mestre Bartolomeu", chamado Domingos, que havia chegando com Martim Afonso em 1531, quando "enganados" pelo "Bacharel" em Cananéia [20150]1559 - Leonardo Nunes e o noviço Mateus Nogueira chegam à São Paulo [32077]12/08/1560 - Registro de terras  [23327]11/11/1560 - Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri [15157]29/01/1561 - Morre em Piratininga o irmão Matheus Nogueira, coadjutor temporal, ferreiro de sua profissão, e primeiro religioso que a Companhia adquiriu nestas partes [20812]14/03/1564 - Carta de Sesmaria: Mestre Bartholomeu e Bartholomeu Carrasco [22713]26/01/1566 - “Tudo indica o falecimento de Mestre Bartholomeu” [21045]03/09/1571 - Documento [27234]04/02/1572 - “confirmando a mudança do nome de Domingos para Bartolomeu” [27233]19/06/1578 - Intimou-se o único ferreiro da vila de São Paulo, para que, sob pena de dez cruzados, abstivesse de ensinar o seu ofício de ferreiro aos indígenas, “porque seria grande prejuízo da terra” [21051]1579 - Mestre Bartholomeu “foi intimado e não ensinar seu ofício a um mameluco ou nativo de sua adoção” [25785]1580 - Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias [6760]16/08/1586 - O procurador Francisco Sanches soube que Domingos Fernandes forjava no sertão. Os demais vereadores o teriam tranquilizado, alegando que “os Fernandes” eram os primeiros ferreiros de São Paulo e que este havia partido para a selva em companhia do governador Jerônimo Leitão, razão pela qual nada se poderia fazer [21053]13/11/1592 - Em seu Testamento descreve seus bens, especialmente uma grande Fazenda em Amboaçava, onde Braz Cubas teria “umas cruzes de pedras” [7944]14/07/1601 - Dom Francisco mudou o pelourinho, enviou moradores mas somente os "Sardinha" tinha autorização de entrar nas minas de "Obiracoyava" [9119]19/03/1605 - Convocação de D. Francisco de Sousa [24537]15/07/1608 - D. Francisco no posto de governador e administrador das minas do Espirito Santo, Rio de Janeiro e S. Paulo, separadas do governo geral da Bahia por provisão régia assinada em Lerma [23204]1610 - Cornélio Arzão teria erguido a matriz de São Paulo [21060]01/06/1610 - Francisco de Souza chega em São Paulo* [26582]31/10/1610 - Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro [20606]1618 - Cornélio de Arzão foi excomungado, encarcerado e seus bens sequestrados [25289]23/09/1619 - André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas [19190]1624 - Clemente [26375]1645 - Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba [11082]1797 - “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800) [22667]1822 - Memória Histórica Sobre a Fundação da Fábrica de Ferro de S. João de Ipanema, 1822. Senador Vergueiro (1778-1859) [25019]1952 - Os Povoadores do Campo de Piratininga. Américo de Moura [2607]
 
 
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 Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP1969. Atualizado em 23/10/2025 15:57:18• Cidades (17): Pirapora do Bom Jesus/SP, Cuiabá/MT, Guareí/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, Mogi das Cruzes/SP, Osasco/SP, Paranapanema/SP, Porto Feliz/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São José dos Pinhais/PR, São Paulo/SP, São Roque/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Família (7): Angela Fernandes (filho , 1586-1650), Antônio Rodrigues Velho ´o Araá´ (genro/nora , f.1616), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Belchior da Costa (consogro(a) , 1567-1625), Catarina Dias (filho , 1558-1631), Manuel Dias Machado (filho), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Temas (38): Açúcar, África, Ambuaçava, Angola, Araritaguaba, Avecuia, “terra que cai”, Bairro Itavuvu, Boigy, Bois e Vacas, Cabusú, Cachoeiras, Caminho do Mar, Caminho São Paulo-Santos, Canôas, Carijós/Guaranis, Convento/Galeria Santa Clara, Cristãos, Dinheiro$, Edifício Perseverança III, Engenho(s) de Ferro, Ermidas, capelas e igrejas, Fazenda Ipanema, Guerra de Extermínio, Jurubatuba, Geraibatiba, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Música, Ouro, Pão d´alho, Pela primeira vez, Pirapitinguí, Porcos, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Rio Itaí, Rio Juquiri, Rio Sorocaba, Rio Tamanduatei, Sabaúma
  • 95. Nascimento de Balthazar Fernandes2 de abril de 1577
  • 96. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas1589
 Da consulta aos Inventários e Testamentos, à Genealogia Paulistana de Silva Leme, aos Apontamentos Históricos de Azevedo Marques, à Nobiliarquia de Pedro Taques, às obras de Américo de Moura e de Carvalho Franco, estão identificados os seguintes filhos do casal Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias, dos quinze filhos vivos em 1589:1 - André Fernandes2 - Balthazar Fernandes3 - Domingos Fernandes4 - Pedro Fernandes5 - Custódia Dias6 - Angela Fernandes7 - Benta Dias8 - Maria Machado9 - Margarida Dias10 - Catarina Dias11 - Francisco Dias12 - Paula Fernandes13 - Agostinha Dias  • 97. Requeria a suas mercês os mandassem tapar e entupir, a saber, mandasse a Susana Dias que entupisse duas covas que estão na praça que seu filho Francisco Dias fez seu filho Francisco Dias fez e um beco que esta junto com ela17 de julho de 1593
 Segundo Américo de Moura, Antônio Rodrigues teria o mesmo nome de seu pai, o que explica os dois nomes Antônio Rodrigues e Garcia Rodrigues em documentos diferentes, referindo-se à mesma pessoa. De qualquer maneira, Antônio Rodrigues estaria identificado como genro de Susana Dias, por uma ata de 17 de julho de 593, e que é empossado como almotacel e citado pelo escrivão Belchior da Costa como "genro de Suzana Dias".
 Francisco Dias está perfeitamente identificado por uma ata de 17 de julho de 1593, a propósito de "bequos e covas destampadas", da seguinte maneira:
 
 "... requeria a suas mercês os mandassem tapar e entupir, a saber, mandasse a Susana Dias que entupisse duas covas que estão na praça que seu filho Francisco Dias fez seu filho Francisco Dias fez e um bequo que esta junto com ela..." [p. 175]
  • 98. Troca entre chãos que Garcia tinha recebido de seu pai e mãe falecidos, com outros de Antonio de Siqueira, morador de Santos10 de junho de 1594
  • 99. Antonio Rodrigues vendeu chãos defronte ao pelourinho a Marcos Sanches de Paredes (Manuel Ramos falecido)30 de junho de 1594
 O mesmo documento que citamos acima, datado 30 de junho de 1594, talvez identifique mais um filho de Manuel Fernandes Ramos e Susana Dias, de nome Manuel Dias Machado. Na carta de venda das casas de Antônio Rodrigues assinam como testemunhas seu cunhado Domingos Fernandes e um outro cunhado, Manuel Dias Machado, morador Rio de Janeiro. [p. 175]  • 100. Falecimento de Suzana Dias2 de setembro de 1634
 Dessa maneira, embora não se sabia a idade exata de cada um deles, ficam identificado treze, dos quinze filhos a que se refere Suzana Dias em seu testamento datado de 1628, ditado na casa de Baltazar Fernandes Alvarenga, como testamenteiro de sua mãe, em Santa Ana de Parnaíba.  • 101. Balthazar Fernandes deixa o Uruguai com cerca de 400 escravizadosjaneiro de 1636
 Balthazar Fernandes foi companheiro de seu irmão André em 1613 na expedição para o sertão goiano, e, como ele também foi para o Rio Grande do Sul de 1637 a 1639, trazendo de suas expedições, centenas de nativos. Tornando-se extremamente rico, de acordo com seu inventário, foi proprietário de doze sesmarias em terras do então município de Parnaíba, ao qual pertenciam as terras que formariam posteriormente os municípios de Itu e Sorocaba. Com grandes plantações de algodão e trigo, tinha a seu serviço, mais de quatrocentos nativos. Em Parnaíba também se dedicou à fundição de ferro, onde tinha um engenho que foi sequestrado em 1645.  • 102. Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba1645
 Tornando-se extremamente rico, de acordo com seu inventário, foi proprietário de doze sesmarias em terras do então município de Parnaíba, ao qual pertenciam as terras que formariam posteriormente os municípios de Itu e Sorocaba. Com grandes plantações de algodão e trigo, tinha a seu serviço, mais de quatrocentos nativos. Em Parnaíba também se dedicou à fundição de ferro, onde tinha um engenho que foi sequestrado em 1645.  • 103. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com  família e 380 escravizadosdezembro de 1654
 Balthazar Fernandes foi companheiro de seu irmão André em 1613 na expedição para o sertão goiano, e, como ele também foi para o Rio Grande do Sul de 1637 a 1639, trazendo de suas expedições, centenas de nativos. Tornando-se extremamente rico, de acordo com seu inventário, foi proprietário de doze sesmarias em terras do então município de Parnaíba, ao qual pertenciam as terras que formariam posteriormente os municípios de Itu e Sorocaba.Com grandes plantações de algodão e trigo, tinha a seu serviço, mais de quatrocentos nativos. Em Parnaíba também se dedicou à fundição de ferro, onde tinha um engenho que foi sequestrado em 1645.  • 104. Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?16 de fevereiro de 2023
 01/12/1532 - Caminho da Serra* [25855]1550 - Casamento de Afonso Sardinha, "o Velho", e Maria Gonçalves (filha do Mestre Bartholomeu Gonçalves e Antônia Rodrigues, “a índia”) [27290]02/04/1577 - Nascimento de Balthazar Fernandes [24606]1589 - Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas [9075]02/05/1592 - Por patente entre a 2 de maio de 1592, foi entregue a Afonso Sardinha, em substituição a Jorge Correa, o lugar de capitão-mór, pois que a vila estava ameaçada pelo nativo [24872]17/07/1593 - Requeria a suas mercês os mandassem tapar e entupir, a saber, mandasse a Susana Dias que entupisse duas covas que estão na praça que seu filho Francisco Dias fez seu filho Francisco Dias fez e um beco que esta junto com ela [26357]13/02/1594 - Oficiais da Câmara e outras pessoas da governança, lembrando o procurador a Afonso Sardinha “o recado do senhor capitão para estarem todos prestes para a guerra". Ao procurador parecia que tendo Afonso Sardinha "ordem para vigiar os nativos”, não fora isso necessário por não se haver “apresentado gente do sertão”, convindo agora fazê-lo “indo vinte homens brancos a ver o que passava até oo Pirapitinguí” partindo outros a “vigiarem até Sabaúma” [25373]10/06/1594 - Troca entre chãos que Garcia tinha recebido de seu pai e mãe falecidos, com outros de Antonio de Siqueira, morador de Santos [21095]30/06/1594 - Antonio Rodrigues vendeu chãos defronte ao pelourinho a Marcos Sanches de Paredes (Manuel Ramos falecido) [21105]05/02/1595 - Diogo de Lara assinou na Câmara [21472]22/05/1595 - Aguardando que o capitão-mór os viesse acompanhar na entrada contra os nativos do sertão do Mogí, ora a indagar se receberiam auxílio dos de Santos e de São Vicente ou de pediriam aos do Rio de Janeiro, reuniram-se mais uma vez a 22 de maio de 1595 aqueles angustiados moradores da vila de São Paulo de Piratininga [25374]1597 - Tem minas de ouro de lavagem nas chamadas de Vuturuna, em cuja terra as descobrio no anno de 1597 o Paulista Afonso Sardinha, como fica referido [20861]08/03/1598 - Acorria o povo a atender a provisão do Governador Geral, D. Francisco de Souza [20524]20/03/1598 - Doze dias após Afonso Sardinha à Câmara, onde novamente tratavam do mesmo assunto e quando, a bem do povo, deliberaram sobre o quanto havia de custar a carne fresca do porco, que tabelaram a "quatorze réis o macho e a fêmea a doze réis e a da vaca fresca a duzentos réis a arroba", confirmando as posturas relativas ao gado e continuando proibida sua venda para Santos, sem licença da Câmara [25380]10/09/1601 - Afonso Sardinha e seu filho Pedro fazem parte do regimento dado ao administrados das minas para que descobrisse as minas [20196]25/11/1601 - sardinha [25381]09/09/1606 - Oficiais da Câmara ainda reclamavam que Afonso Sardinha, o pai [20502]01/09/1607 - Sardinha é eleito vereador* [25383]03/11/1607 - Terras [25382]1615 - Fundição criada por Afonso Sardinha no morro Ipanema para de funcionar [6497]09/07/1615 - Doação da Aldeia de Carapicuíba feita por Afonso Sardinha e sua mulher Maria Gonçalves [20089]02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias [20168]29/01/1636 - Balthazar Fernandes deixa o Uruguai com cerca de 400 escravizados* [6529]1645 - Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba [11082]01/12/1654 - Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com  família e 380 escravizados* [6604]16/02/2023 - Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente? [28322]
 
 
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 Figuras paulistas que povoam as crônicas do passado; Jornal “Diário da Noite”/SP25 de janeiro de 1964, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:57:16• Cidades (3): Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (2): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Temas (2): Mineralogia, Ouro
  • 47. “Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes”14 de setembro de 1583
 Suzana Dias ajuda seu esposo na fundação de Santa Ana de Parnaíba. Um dia acusam Manuel Fernandes Ramos, de estar conluiado com os nativos, com bigorna e forja no sertão. Ora, se os silvícolas já eram tão temíveis com suas flechas de ponta de osso ou de madeira endurecida ao fogo, o que não seriam com armas de ponta de aço?
 A denúncia ganha vulto, Suzana Dias não pode vir, pois está ausente. Não pode comparecer para defender-se. Ela surge na Câmara e declara com digna serenidade: "Meu marido não pode vir, pois está ausente, no sertão, cuidando dos interesses da família. Não tem fundamento a acusação. A bigorna e o malho aqui estão. O fole encontra-se emprestado a um amigo."
 
 E a um gesto seu, dois servos atiram ao chão a bigorna e o malho. E com a mesma discreta e altiva dignidade com que entrou, não espera ouvir palavras de desculpas e retira-se. Vai para Santa Ana de Parnaíba, onde passa a viver cercada de respeito. Dizem que seus filhos lhe ofereceram, quando idosa, um divã com pés de ouro. (Jornal “Diário da Noite”/SP, 25.01.1964. Página 26)
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  • 48. Falecimento de Suzana Dias2 de setembro de 1634
 Suzana Dias ajuda seu esposo na fundação de Santa Ana de Parnaíba. Um dia acusam Manuel Fernandes Ramos, de estar conluiado com os nativos, com bigorna e forja no sertão. Ora, se os silvícolas já eram tão temíveis com suas flechas de ponta de osso ou de madeira endurecida ao fogo, o que não seriam com armas de ponta de aço?
 A denúncia ganha vulto, Suzana Dias não pode vir, pois está ausente. Não pode comparecer para defender-se. Ela surge na Câmara e declara com digna serenidade: "Meu marido não pode vir, pois está ausente, no sertão, cuidando dos interesses da família. Não tem fundamento a acusação. A bigorna e o malho aqui estão. O fole encontra-se emprestado a um amigo."
 
 E a um gesto seu, dois servos atiram ao chão a bigorna e o malho. E com a mesma discreta e altiva dignidade com que entrou, não espera ouvir palavras de desculpas e retira-se. Vai para Santa Ana de Parnaíba, onde passa a viver cercada de respeito. Dizem que seus filhos lhe ofereceram, quando idosa, um divã com pés de ouro. (Jornal “Diário da Noite”/SP, 25.01.1964. Página 26)
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 14/09/1583 - “Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes” [21052]02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias [20168]
 
 
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 Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969)1956. Atualizado em 23/10/2025 15:57:15• Cidades (5): Assunção/PAR, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Família (1): Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (tio , 1493-1580)
 • Temas (17): Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Canibalismo, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Jeribatiba (Santo Amaro), Jesuítas, Maniçoba, Metalurgia e siderurgia, Ouro, Rio Geribatiba, Rio Pinheiros, São Paulo de Piratininga, Vila de Santo André da Borda
 09/08/1549 - “procissão com grande música, a que os respondiam os trombetas. Ficaram os índios espantados de tal maneira, que depois pediam ao Pe. Navarro que lhes cantasse assim como na procissão fazia” (2000:41). [21901]29/08/1553 - Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues" [8154]18/07/1554 - Carta de Pero Correa ao Pe. Braz Lourenço [22303]06/10/1554 - Por isso deixou aí um Irmão para os ensinar, e ele, indo mais longe, partiu para outras nações a 6 de Outubro de 1554. Tanto o queriam seguir os Índios, mesmo em território inimigos, que quiserem cortar o cabelo à maneira dos cristãos e ir com ele como servos [27083]15/03/1555 - Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola [26939]1557 - “Pois que direi de suas filhas, duas, a qual melhor cristã! Que direi da fé do grão velho Cayobi, que deixou sua aldeia e suas roças e se veio morrer de fome em Piratininga por amor de nós cuja vida e costumes e obediência a amostra bem ha fé do coração” [27127]1558 -  Manoel da Nóbrega convenceu o governador Mem de Sá a baixar "leis de proteção aos índios", impedindo a sua escravização [8158]08/05/1558 - Carta do Padre Manuel da Nóbrega ao Padre Miguel de Torres [21910]12/08/1560 - Registro de terras  [23327]27/08/1562 - Manuel da Nóbrega solicita uma légua de terras próximas ao Rio Jeribatiba [20546]1563 - Aberto caminho [27497]14/03/1564 - Carta de Sesmaria: Mestre Bartholomeu e Bartholomeu Carrasco [22713]
 
 
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 Inventários e testamentos, vol. XXXIII, 1946. Documentos da seção do arquivo histórico1946. Atualizado em 23/10/2025 15:57:13• Cidades (5): Barueri/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (3): André Fernandes (filho , 1578-1641), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Custódia Dias (filho , 1581-1650)
 • Pessoas (6): Gaspar de Brito, João Pimentel, Jorge Moreira (n.1525), Gabriel de Lara (f.1694), Luís Eanes Grou (1573-1628), Juan del Campo y Medina
 • Temas (1): Jurubatuba, Geraibatiba
  • 8. Nascimento de Balthazar Fernandes2 de abril de 1577
  • 9. Este treslado de testamento eu, Manoel de Alvarenga, também tirei por austeridade de Justiça do próprio livro do também Luis Ianes que Deus tem por o deixar de tirar das notas do seu livro de que me reporto em todo e por todo, em 24 de agosto de 1634.24 de agosto de 1634
  • 10. “Digo Jhoan de Campos e Medina presentes nesta aldeia de Santa Ana da parnaíba que é verdade que foi reservado ao Capitão Baltazar Fernandes Alvarenga e testamentário de sua falecida mãe que Deus nos deixou, no sepultamento e missa cantada e ofício de nove lições e Assim, mais de três ofícios de nove classes, e uma missa cantada de sacramento e para ser verdade e sempre para registrar, dei-lhe isso de acordo com meu nome em 7 de setembro de 1634 anos”7 de setembro de 1634
 Digo Yo Jhoan de Campos Y Medina presente nesta vila de Santa Ana da parnaiba que é verdade que se resevi del Capitão Baltazar Fernandes Alvarenga Y testamentario de sua madre já defunta que Deos aja salimos, na de entierro y misa cantada y ofisio de nueves liciones y asi mas de tres ofisios de nueve liciones, y misa cantada de saymento y por ser verdade y en todo tienpo constar le di esta en conformidade de mi nombre oy siete de septienbre de 1634 anos.
 Tradução: Digo Jhoan de Campos e Medina presentes nesta aldeia de Santa Ana da parnaíba que é verdade que foi reservado ao Capitão Baltazar Fernandes Alvarenga e testamento de sua falecida mãe que Deus nos deixou, sepultamento e missa cantada e ofício de nove lições e Assim, mais de três ofícios de nove classes, e uma missa cantada de sacramento e para ser verdade e sempre para registrar, dei-lhe isso de acordo com meu nome em 7 de setembro de 1634 anos. [Inventários e testamentos, vol. XXXIII, 1946. Documentos da seção do arquivo histórico. Página 16]
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  • 11. Inventário que por morte e falecimento de Susana Dias, dona viúva que mandou fazer o Juiz João Mendes Giraldo18 de setembro de 1634
 Inventário e testamento de Susana Dias (1628-1648)Inventário que por morte e falecimento de Susana Dias, dona viúva que mandou fazer o Juiz João Mendes Giraldo
 18 de setembro de 1634 - Nesta vila de Santa Ana de Pernaiba, Capitania de São Vicente, partes do Brasil etc., nas pousadas do Capitão André Fernandes digo Balthezar Fernandes, aonde o Juiz Ordinário desta vila João Mendes Giraldo veio comigo também a fazer inventário dos bens que ficaram por morte e falecimento de Suzana Dias, dona viúva, defunta que Deus tem em sua presença e logo deu juramento dos Santos Evangelhos a Balthezar Fernandes como testamenteiro e herdeiro, e que juntando-se declara-se todos os herdeiros que haviam e de como assim o prometeu mandou a mim também fazer termo, e mandou a mim também lançasse neste Inventário toda a Fazenda que declarassem ficar e de como assim o mandou fazer este auto e assento em que ambos assinaram e eu Manoel de Alvarenga também e escrivão dos órfãos o escrevi. [Inventários e testamentos, vol. XXXIII, 1946. Documentos da seção do arquivo histórico. Página 11]
 
 (...) ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, de mil seiscentos e vinte oito anos, nas pousadas de morada do Capitão André Fernandes, onde eu também fui chamado e logo e mim foi dito por Suzana Dias dona viúva enferma em sua cama por quanto não sabia o que Deus Nosso Senhor podia dela ordenar, fez este testamento  por quanto estava em seu juízo perfeito, dispunha na forma seguinte:
 
 (...) disse ela testadora que foi casada com Manoel Fernandes Ramos seu legítimo marido em face da Igreja, qual teve dezessete filhos e por morte dele ficaram quinze vivos os quais todos serão herdeiros de seus bens, salvo André Fernandes e Balthezar Fernandes seu irmão que se lhe não satisfez suas legítimas; mando que de minha fazenda como meus herdeiros lhe sejão pagos.  [Inventários e testamentos, vol. XXXIII, 1946. Documentos da seção do arquivo histórico. Página 12]
 
 A Custódia Dias minha filha, Angela Fernandes e a Benta Dias e Augustinha Dias e Maria Machada lhes não deixo nada, porque nos dotes que lhes fiz dei-lhes e satisfiz suas legitimas que de seu pai e de mim podiam herdar.
 
 Só declaro que a Benta Dias devo uma cavalgadura e se lhes satisfará a minha filha Augustinha Dias por festas, cabeças de perús e se lhes dará mil reis em satisfação.
 
 Declaro que a meu filho André Fernandes das peças e serviços que tenho, por lhe estar obrigada, os cinco que me deu, poderá tomar outras cinco as quais quero que logo se entre e assim mais lhe entregará um moço por nome Manoel por outro que deu a Manoel da Costa, por minha ordem, e  meu filho Balthezar Fernandes se lhe entregue um nativo por nome Antônio, por outro que me deu, para dar a sua irmã Custódia Dias, em casamento e um moço que se tem em sua casa por nome Belchior declaro que lhe pertence e ele com seus filhos, por ser assim vontade do nativo que é forro e livre.
 
 Mando, digo quero que o meu corpo seja enterrado na ermida da gloriosa Santa Ana de que meu filho é padroeiro. E se me fará um oficio de nove lições onde corpo estiver enterrado e se me dirá trinta missas rezadas por minha alma para que Deus Nosso Senhor tenha misericórdia com ela, ás confrarias de Nossa Senhora do Rosário e da Conceição, e cada uma deixo um cruzado; a Santo Antônio deixo dois cruzados de esmola; [Páginas 13 e 14]
 
 e por aqui e com estas declarações atras ei este meu testamento por serrado e peso as justiças de Sua Magestade lhe devem inteiro comprimento, por ser esta minha ultima vontade e de rogo a todos os testamentos que se acharem antes deste os quais ei por nulos e de nenhum vigor e pedio ao Reverendo Padre Vigário João Pimentel que o assinasse por mim não saber escrever e as mais testemunhas que se achavam presentes Gaspar de Brito, Thomé Martins, João Fernandes [Página 15]
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 02/04/1577 - Nascimento de Balthazar Fernandes [24606]24/08/1634 - Este treslado de testamento eu, Manoel de Alvarenga, também tirei por austeridade de Justiça do próprio livro do também Luis Ianes que Deus tem por o deixar de tirar das notas do seu livro de que me reporto em todo e por todo, em 24 de agosto de 1634. [26354]07/09/1634 - “Digo Jhoan de Campos e Medina presentes nesta aldeia de Santa Ana da parnaíba que é verdade que foi reservado ao Capitão Baltazar Fernandes Alvarenga e testamentário de sua falecida mãe que Deus nos deixou, no sepultamento e missa cantada e ofício de nove lições e Assim, mais de três ofícios de nove classes, e uma missa cantada de sacramento e para ser verdade e sempre para registrar, dei-lhe isso de acordo com meu nome em 7 de setembro de 1634 anos” [26353]18/09/1634 - Inventário que por morte e falecimento de Susana Dias, dona viúva que mandou fazer o Juiz João Mendes Giraldo [26355]
 
 
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 Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXXII, 1937. Diretor: Paulo Duarte. Textos: Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)1937. Atualizado em 23/10/2025 15:54:11• Cidades (5): Caeté/MG, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Família (6): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Beatriz Dias Teveriçá ou Ramalho (pai/mãe , 1502-1569), Custódia Dias (filho , 1581-1650), Garcia Rodrigues Velho (neto* , 1600-1671), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (avô(ó) , 1470-1562)
 • Pessoas (6): Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Braz Teves, Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), João Ramalho (1486-1580), Maria Garcia Rodrigues Betting (1642-1676), Rodrigo de Castelo Branco
 • Temas (6): Cachoeiras, Diamantes e esmeraldas, Léguas, Ouro, Pela primeira vez, Rio Anhemby / Tietê
  • 94. Casamento: Arrisco dizer que foi este é o ano de nascimento de Suzanna Dias, filha de Lopo e Beatriz Dias / Luzia?1540
 P.s. Custodia Dias acima referida era filha de Manoel Fernandes Ramos, natural de Moura em Alentejo e Guardador da Capela de Santa Anna de Parnaíba, que depois vigairaria, é hoje vila, e de s. mer. Suzana Dias filha do referido João Ramalho, e de sua mer. Beatris Dias, filha do Cacique Teberisa, que batizando-se se chamou Martim Affonso. [Página 27]  • 95. Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira1553
 Custódia Dias, que foi filha de João Ramalho, primeiro europeu que pisou naquelas terras por um naufrágio. Era filha de Manoel Fernandes Ramos, natural de Moura em Alentejo e Guardador da Capela de Santa Anna de Parnaíba, que depois vigairaria, é hoje vila, e de s. mer. Suzana Dias filha do referido João Ramalho, e de sua mer. Beatris Dias, filha do Cacique Teberisa, que batizando-se se chamou Martim Affonso. 1540 - Casamento: Arrisco dizer que foi este é o ano de nascimento de Suzanna Dias, filha de Lopo e Beatriz Dias / Luzia? [20000]1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]26/06/1681 - Primeira notícia do falecimento [23194]04/11/1681 - Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada) [20848]
 
 
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 S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay1920. Atualizado em 23/10/2025 15:54:08• Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Família (2): Antônio de Macedo (ou Saavedra) (primo , 1531-1590), Cristovão Diniz (neto* , f.0)
 • Temas (14): Algodão, Almotacel, Café, Caminho do Mar, Caminho do Padre, Caminhos até São Vicente, Curral do Conselho, Ermidas, capelas e igrejas, Escravizados, Estradas antigas, Gados, Metalurgia e siderurgia, Tamoios, Ybyrpuêra
  • 55. Houve problemas com esse mesmo ferreiro, mestre Bartolomeu Fernandes, denominado por Taunay de “Tubalcaim paulistano”. Este foi intimado para que mandasse seus aprendizes à vila, sob pena de mil réis de multa15 de abril de 1588
 Subiram os abusos ao ponto, porêm, de provocar a intervenção municipal. Na sessão de 15 de abril de 1588, chamava o procurador do conselho, Gonçalo Pires, a atenção de seus colegas de vereança para os abusos cometidos pelos mesteirais: "O povo clamava da pouca justiça, mórmente se agravava da grande carestia e desordem do mestre ferreiro", motivo pelo qual mandou a Câmara ao almotacel Antonio de Saavedra que abrisse severo inquérito. 04/01/1521 - Falecimento de Gonçalo Rodrigues [288]26/08/1522 - Domingos Luis Grou “adquiriu” terras vizinhas as concedidas nativos de Piratininga, junto ao rio Carapicuíba [20337]10/10/1532 - Martim Afonso concede sesmarias [21966]1551 - Conflito entre o Padre Leonardo Nunes e «um homem que havia quarenta annos estava na terra já tinha bisnetos e sempre viveu em peccado mortal e andava excommungado" [20731]01/01/1553 - Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei [25214]20/07/1553 - Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias [22499]05/04/1560 - A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão [21938]1572 - Caminho do Mar [25213]1575 - Domingos Grou, membro do Conselho da Vila, verberou o ex-vereador Antonio Fernandes que, sem a menor cerimônia surrupiara as portas do muro que defendia Piratininga e as vendera por 250 réis a André Burgos [20539]15/04/1588 - Houve problemas com esse mesmo ferreiro, mestre Bartolomeu Fernandes, denominado por Taunay de “Tubalcaim paulistano”. Este foi intimado para que mandasse seus aprendizes à vila, sob pena de mil réis de multa [21054]28/05/1588 - Intimação ao ferreiro, Domingos Fernandes, que mandasse seus aprendizes á vila, sob pena de mil réis de multa "para com eles fazer o concelho certas diligências" [21297]05/06/1593 - Também compareceram à câmara oficiais mecânicos, entre eles, o ferreiro Clemente Álvares [21055]30/05/1598 - “auto de concerto que fizeram os oficiais da câmara com Domingos Luiz e Luiz Alvares” para fazerem "corpo de igreja" e capela matriz. Obrigaram-se esses empreiteiros a executar “obra de taipa de pilão a razão de quatro reais o taipal, com tal condição que os taipaes fossem de cutelo ou pedaço para serem também contados.” [23986]14/06/1598 - Convocaram os paulistanos para que ouvissem o público pregão de que se pagariam quatro reais pelo serviço da igreja: “Se houvesse quem o fizesse mais barato; dissesse que era caro o dito preço”, apregoou alto e detidamente o meirinho [23987]25/06/1598 - Ata [28479]14/11/1598 - Declarava a Câmara que sabia pensarem os empreiteiros abandonar a obras, intimando-os a que “dela não largassem sob pena de multa de seis mil réis” [21037]29/04/1600 - Obras atrasadas [28480]03/06/1600 - Cidadãos são multados em dois mil réis por se negarem a auxiliar a construção da igreja [827]
 
 
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 Registro geral da câmara municipal de SP: 1745-1747 vol VIII1919. Atualizado em 23/10/2025 15:54:08• Cidades (3): Cotia/Vargem Grande/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (1): Garcia Rodrigues (consogro(a) , 1510-1590)
 • Pessoas (3): Antônio Rodrigues "Dias" (f.1616), Fernão d’Álvares (n.1500), Marcos Sanches de Paredes
 
 
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 Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP (1898-1899)1899. Atualizado em 23/10/2025 15:54:06• Cidades (4): Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (4): André Fernandes (filho , 1578-1641), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (avô(ó) , 1470-1562)
 • Pessoas (8): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Anthony Knivet (1560-1649), Clemente Álvares (1569-1641), Gonçalo Correia de Sá (n.1540), Jean de Laet (1571-1649), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
 • Temas (10): Ambuaçava, Bituruna, vuturuna, Itapeva (Serra de São Francisco), Nossa Senhora da Luz, Ouro, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Rio Tamanduatei, Ybyrpuêra, Apiassava das canoas
  • 42. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas23 de setembro de 1619
 Parnahyba, sendo ainda do termo de São Paulo, principiava a povoar-se no ano de 1619. O descobrimento de minas chamou para aquele lugar muitos povoadores. André Fernandes pediu sesmaria alegando que era lavrador de posses, que andava em serviços de Sua Majestade no descobrimento das minas e que tinha necessidade de terras junto a elas. Concederam-lhe duas léguas aos 23 de setembro de 1619. Balthazar Fernandes, alegando os mesmos serviços, pediu no mesmo lugar uma légua, que se lhe concedeu no mesmo dia e ano. Clemente Alvaro, pelas mesmas e idênticas razões, pediu no dito lugar, junto as minas, sesmaria em Bituruna, águas vertentes para o rio Anhemby, e lhe concederam duas léguas aos 23 de setembro do dito ano. Todas estas sesmarias foram concedidas por Gonçalo Correa e fazem já menção de alguns moradores no dito lugar. As minas era de Bituruna e acham-se as sesmarias registradas no livro 4.°, desde fls. 24, 28 até 30.
 André Fernandes foi o fundador de Parnahyba, Balthazar Fernandes fundou Sorocaba e Domingos Fernandes fundou Ytú: todos três eram filhos de Manoel Fernandes Ramos, fidalgo português, e de Suzana Dias, neta de João Ramalho e bisneta de Tebiriçá. [Página 813 do pdf]
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 23/09/1619 - André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas [19190]
 
 
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 Falecimento de Suzana Dias8 de dezembro de 1634, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:51:02• Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (3): André Fernandes (filho , 1578-1641), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Domingos Fernandes (filho , 1577-1652)
 • Pessoas (1): Gabriel de Lara (f.1694)
 • Temas (2): Ermidas, capelas e igrejas, Espanhóis/Espanha•  Apontamentos historiográficos de 1991-92, revistos e ampliados em 2017, por João Barcellos. Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba consultado em 17.06.2022
 1 de janeiro de 2017, domingo
 Nascida cerca de 1553 e morta em 8 de dezembro de 1634, Suzana Dias. [Apontamentos historiográficos de 1991-92, revistos e ampliados em 2017. por João Barcellos. Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba consultado em 17.06.2022]
 
 
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 Inventário que por morte e falecimento de Susana Dias, dona viúva que mandou fazer o Juiz João Mendes Giraldo18 de Setembro de 1634, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:51:01• Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (7): Agostinha Dias (filho , 1580-1633), André Fernandes (filho , 1578-1641), Angela Fernandes (filho , 1586-1650), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Benta Dias Fernandes (filho , n.1590), Custódia Dias (filho , 1581-1650), Maria Machado (filho , n.1582)
 • Pessoas (2): João Mendes Geraldo, Manoel de Alvarenga
 • Temas (1): Cavalos•  Inventários e testamentos, vol. XXXIII, 1946. Documentos da seção do arquivo histórico
 1 de janeiro de 1946, terça-feira
 Inventário e testamento de Susana Dias (1628-1648)Inventário que por morte e falecimento de Susana Dias, dona viúva que mandou fazer o Juiz João Mendes Giraldo
 18 de setembro de 1634 - Nesta vila de Santa Ana de Pernaiba, Capitania de São Vicente, partes do Brasil etc., nas pousadas do Capitão André Fernandes digo Balthezar Fernandes, aonde o Juiz Ordinário desta vila João Mendes Giraldo veio comigo também a fazer inventário dos bens que ficaram por morte e falecimento de Suzana Dias, dona viúva, defunta que Deus tem em sua presença e logo deu juramento dos Santos Evangelhos a Balthezar Fernandes como testamenteiro e herdeiro, e que juntando-se declara-se todos os herdeiros que haviam e de como assim o prometeu mandou a mim também fazer termo, e mandou a mim também lançasse neste Inventário toda a Fazenda que declarassem ficar e de como assim o mandou fazer este auto e assento em que ambos assinaram e eu Manoel de Alvarenga também e escrivão dos órfãos o escrevi. [Inventários e testamentos, vol. XXXIII, 1946. Documentos da seção do arquivo histórico. Página 11]
 
 (...) ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, de mil seiscentos e vinte oito anos, nas pousadas de morada do Capitão André Fernandes, onde eu também fui chamado e logo e mim foi dito por Suzana Dias dona viúva enferma em sua cama por quanto não sabia o que Deus Nosso Senhor podia dela ordenar, fez este testamento  por quanto estava em seu juízo perfeito, dispunha na forma seguinte:
 
 (...) disse ela testadora que foi casada com Manoel Fernandes Ramos seu legítimo marido em face da Igreja, qual teve dezessete filhos e por morte dele ficaram quinze vivos os quais todos serão herdeiros de seus bens, salvo André Fernandes e Balthezar Fernandes seu irmão que se lhe não satisfez suas legítimas; mando que de minha fazenda como meus herdeiros lhe sejão pagos.  [Inventários e testamentos, vol. XXXIII, 1946. Documentos da seção do arquivo histórico. Página 12]
 
 A Custódia Dias minha filha, Angela Fernandes e a Benta Dias e Augustinha Dias e Maria Machada lhes não deixo nada, porque nos dotes que lhes fiz dei-lhes e satisfiz suas legitimas que de seu pai e de mim podiam herdar.
 
 Só declaro que a Benta Dias devo uma cavalgadura e se lhes satisfará a minha filha Augustinha Dias por festas, cabeças de perús e se lhes dará mil reis em satisfação.
 
 Declaro que a meu filho André Fernandes das peças e serviços que tenho, por lhe estar obrigada, os cinco que me deu, poderá tomar outras cinco as quais quero que logo se entre e assim mais lhe entregará um moço por nome Manoel por outro que deu a Manoel da Costa, por minha ordem, e  meu filho Balthezar Fernandes se lhe entregue um nativo por nome Antônio, por outro que me deu, para dar a sua irmã Custódia Dias, em casamento e um moço que se tem em sua casa por nome Belchior declaro que lhe pertence e ele com seus filhos, por ser assim vontade do nativo que é forro e livre.
 
 Mando, digo quero que o meu corpo seja enterrado na ermida da gloriosa Santa Ana de que meu filho é padroeiro. E se me fará um oficio de nove lições onde corpo estiver enterrado e se me dirá trinta missas rezadas por minha alma para que Deus Nosso Senhor tenha misericórdia com ela, ás confrarias de Nossa Senhora do Rosário e da Conceição, e cada uma deixo um cruzado; a Santo Antônio deixo dois cruzados de esmola; [Páginas 13 e 14]
 
 e por aqui e com estas declarações atras ei este meu testamento por serrado e peso as justiças de Sua Magestade lhe devem inteiro comprimento, por ser esta minha ultima vontade e de rogo a todos os testamentos que se acharem antes deste os quais ei por nulos e de nenhum vigor e pedio ao Reverendo Padre Vigário João Pimentel que o assinasse por mim não saber escrever e as mais testemunhas que se achavam presentes Gaspar de Brito, Thomé Martins, João Fernandes [Página 15]
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 Falecimento de Suzana Dias2 de Setembro de 1634, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:51:01• Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (1): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670)
 • Pessoas (1): Juan del Campo y Medina•  “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
 1 de janeiro de 2014, quarta-feira
 Vale a pena abrir um parênteses, nesta narrativa, a fim de registrar um episódio curioso na vida de Suzana, mãe de Balthazar, contado pelos historiadores Mons. Paulo Florêncio da Silveira Camargo (História de Santana de Parnaíba) e Padre Hélio Abranches Viotti (Anchieta, o Apóstolo do Brasil). E, este detalhe, que vou narrar, agora, ganhou grande notoriedade, neste ano de 2014, quando S. S. o Papa Francisco canonizou o Padre José de Anchieta.
 Quando ainda menina, residindo com seus pais em São Vicente, Suzana Dias foi acometida de uma moléstia grave. Esgotados todos os recursos humanos para a sua cura, Suzana recorreu a Deus, prometendo consagrar-se à vida religiosa, caso ficasse livre da doença, que a atormentava.
 
 Miraculosamente, livre do infortúnio, Suzana cumpria a sua promessa, vivendo uma vida de cristã exemplar, com plano de ingressar num convento. Certo dia, quando estava compenetrada em suas orações, acercou-se dela um irmão leigo jesuíta e sussurrou-lhe aos ouvidos: "Você está liberada da promessa que fez ao Senhor".
 
 Suzana levou um susto e, ruborizada e confusa, dirigiu-se ao religioso: - Mas, que promessa, se eu nunca revelei a ninguém, nem a minha mãe, que fiz alguma promessa ou tinha alguma a cumprir?
 
 O irmão leigo insistiu: - Sou apenas um mensageiro da ordem do Senhor. Você está liberada.
 
 Suzana casou-se e teve 17 filhos.
 
 Essa história da mãe de Balthazar Fernandes não é lenda. O irmão citado, na narração anterior é o venerável padre José de Anchieta e essas informações fazem parte do testemunho de Suzana Dias, no processo de santificação do Apóstolo do Brasil em 1621.
 
 Outro livro: "A Causa da Beatificação do Venerável Padre José de Anchieta", de autoria do padre Viotti, traz mais detalhes sobre o depoimento de Suzana:
 
 "Conhece muito bem o Padre Anchieta e o teve por diretor espiritual, abrindo-lhe toda a consciência".
 
 Conhecia-o, deste antes do sacerdócio, e narra o seguinte fato, que deve referir-se ao ano de 1560, quando novamente se encontram, em Piratininga (São Paulo), os padres Luiz da Grã e Manuel da Nóbrega, superiores da Companhia de Jesus.
 
 "Sendo eu menina de poucos anos e indo à igreja desta vila de São Paulo, ouvi muitas vezes das padres Luiz da Grã e Manuel da Nóbrega, outrora provinciais, que o irmão José era santo e, contando alguns sonhos do irmão, afirmavam que eram revelações e que ele os dissimulava, dizendo que eram sonhos".
 
 E reforça mais ainda:
 
 "Sendo eu de 12 anos e estando enferma, desejei morrer, consagrando a Deus a minha virgindade, mas o padre José, sendo que a ninguém eu dissesse, me falou nesse assunto, que só podia saber através de revelação. Não fiz voto!" [Páginas 23 e 24]
 •  Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP|  |  | 
 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
 Dessa maneira, embora não se sabia a idade exata de cada um deles, ficam identificado treze, dos quinze filhos a que se refere Suzana Dias em seu testamento datado de 1628, ditado na casa de Baltazar Fernandes Alvarenga, como testamenteiro de sua mãe, em Santa Ana de Parnaíba.•  Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk 1 de janeiro de 2013, terça-feira
 Suzana Dias faleceu em 2 de setembro de 1634. O vigário de Parnaíba, padre Joan de Ocampo y Medina, sacramentou o corpo da matriarca, acompanhou o enterro, cantou lições e celebrou missas em espanhol, pois ainda não dominava o português. Em 30 de julho de 1635, três herdeiros – capitão André Fernandes, Baltasar Fernandes e Domingos Fernandes – fizeram composição amigável, assinando perante o juiz ordinário João Missel Gigante. O escrivão era Manuel de Alvarenga e testemunhou João de Godói. O prior do Mosteiro de Nossa Senhora do Montesserrate da Vila de São Paulo, frei Álvaro de Caravajal, recebeu dez missas de Baltasar Fernandes pela alma da sua mãe em 21 de fevereiro de 1635.•  Os Campos Bicudos da “Casa” de Suzana Dias. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia n.º 22 (Consultado nesta data) 4 de setembro de 2022, domingo
 Dela sabemos que usava roupas, que viveu em uma casa, que ela confessou a um sacerdote, que ela se casou em uma cerimônia cristã. Podemos supor dos nomes dos seus filhos que eles foram batizados por um sacerdote e na distribuição de dote de casamentos que suas filhas casaram-se segundo a doutrina cristã. Consciente de sua responsabilidade como uma mulher cristã no deserto (sertão) do Brasil, fundou uma capela. Mas em outros aspectos de sua vida, ela pode ter mantido costumes indígenas. Ela falou, sem dúvida, Tupi (guarani), a língua comum do planalto. Possivelmente ela dormiu em uma rede, embora sua vontade começa com a frase "doente na cama"; camas eram escassas e valiosas. Muito provavelmente, sua dieta seguia tradições indígenas, em vez de portuguesas.•  Figuras paulistas que povoam as crônicas do passado; Jornal “Diário da Noite”/SP 25 de janeiro de 1964, sábado
 Suzana Dias ajuda seu esposo na fundação de Santa Ana de Parnaíba. Um dia acusam Manuel Fernandes Ramos, de estar conluiado com os nativos, com bigorna e forja no sertão. Ora, se os silvícolas já eram tão temíveis com suas flechas de ponta de osso ou de madeira endurecida ao fogo, o que não seriam com armas de ponta de aço?
 A denúncia ganha vulto, Suzana Dias não pode vir, pois está ausente. Não pode comparecer para defender-se. Ela surge na Câmara e declara com digna serenidade: "Meu marido não pode vir, pois está ausente, no sertão, cuidando dos interesses da família. Não tem fundamento a acusação. A bigorna e o malho aqui estão. O fole encontra-se emprestado a um amigo."
 
 E a um gesto seu, dois servos atiram ao chão a bigorna e o malho. E com a mesma discreta e altiva dignidade com que entrou, não espera ouvir palavras de desculpas e retira-se. Vai para Santa Ana de Parnaíba, onde passa a viver cercada de respeito. Dizem que seus filhos lhe ofereceram, quando idosa, um divã com pés de ouro. (Jornal “Diário da Noite”/SP, 25.01.1964. Página 26)
 •  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XLII|  |  | 
 1 de janeiro de 1973, segunda-feira
 Também o padre João de1 Campo y Medina, que, se aparece escrevendo em puro espanhol em fins de 1634, no testamento da matrona dos Fernandes, é porque acabava de chegar,o padre Juan de1 Campo y Medina também foi honrosamente incluído naquela ordem de prisão. "Clerigo castellano que fué clerigo cura de Guairá", diz o documento citado acima. Mas a prisão seria "usando de manha e recato possível, afim de evitar autoridades".•  O extremo oeste, Sergio Buarque de Holanda (1902-1982) 1 de janeiro de 1986, quarta-feira
 Depoís de assinalar a presença desses elementos castelhanos na Vacaría, que está no caminho de Xerez, faz referencia, o genealogista, a suspeita de que passariam eles a ser objeto, na capitania paulista, de estar incursos em algum crime de lesa-majestade, que os obrigaria a semelhante transmigração. É fora de dúvida, no entanto, que rapidamente passariam a integrar-se na vida local, como sucedeu igualmente com muitos paraguaios do Guairá, alguns dos quais vão aparecer pouco depois metidos no episódio da aclamação de Amador Bueno.
 Característico, por exemplo, é o caso do beneditino Juan de Ocampo y Medina, que tendo sido vigário de Vila Rica do Espírito Santo antes de 1632, ano em que a destruiriam os paulistas, aparece em 1633 como vigário de Sant´Ana de Parnaíba, em São Paulo. Ainda não tivera tempo de aprender português, pois escreve em castelhano no inventário de Suzana Dias, mãe de André, Domingos e Baltazar Fernandes. Nem era necessário a rigor esse aprendizado, pois se faria entender dos seus fregueses recorrendo a língua geral da terra que, com pouca diferença, era a mesma em São Paulo, no Guairá, e em todo o Paraguai castelhano.
 •  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XLII*|  |  | 
 1 de julho de 1943, quinta-feira
 Em 2 de setembro de 1634, Joáo del Campo y Bledina, redigiu em puro castelhano o termo de testamenteiro a favor de Baltazar Fernandes, "testamentero de su madre defunta que Dias aya . ..por ser verdad y en todo el tiempo constar, firmo este de my nombre. . . ". [p. 211]
 
 
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 Distante 35 km do Piratininga, sob protestos de São Paulo, oficializou um novo núcleo de pressão e concorrência sobre os gentios do sertão, o povoado que cresceu ao redor da capela foi elevado à categoria de vila com a denominação de Santana de Parnaíba14 de novembro de 1625, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:55• Cidades (1): Santana de Parnaíba/SP
 • Família (1): André Fernandes (filho , 1578-1641)
 • Pessoas (3): Francisco de Saavedra (n.1555), Gabriel de Lara (f.1694), Luís de Castro, 5º Conde de Monsanto (1560-1612)
 • Temas (13): Apoteroby (Pirajibú), Bituruna, vuturuna, Capela de Santa Ana, Capitania de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, Capitania de Santo Amaro, Ermidas, capelas e igrejas, Fazendas, Léguas, Ouro, Santa Ana, Santo Antônio (Sorocaba), Vila de Itanhaém, Vila Nossa Senhora do Rosário
 
 
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 Falecimento de Belchior da Costa, filho de Manuel da Costa e Beatriz Diniz1625. Atualizado em 23/10/2025 15:41:55• Cidades (3): Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (1): Belchior da Costa (consogro(a) , 1567-1625)
 • Temas (2): Beneditinos, Mosteiro de São Bento SP•  arvore.net.br
 6 de julho de 2025, domingo•  Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk
 1 de janeiro de 2013, terça-feira
 Por vontade da matriarca Suzana Dias, no ano de 1625 foi entregue aos beneditinos um terreno na vila de Parnaíba, originando a construção de um mosteiro, doação formalizada em 1643 por seu filho André Fernandes.
 
 
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 Depoimento, em São Paulo, de Suzana Dias nos “Processos Anchietanos”5 de abril de 1622, terça-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:55• Cidades (5): Itu/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (1): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670)
 • Pessoas (3): Baltazar Gonçalves, velho (1544-1620), José de Anchieta (1534-1597), Leonor Leme (f.0)
 • Temas (1): Jesuítas•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. LXXI
 8 de agosto de 2022, segunda-feira
 Em 1570, na Igreja de São Paulo de Piratininga, mais uma vez preservada por Anchieta dois anos antes, de um possível ataque de selvagens, realizava-se o matrimônio cristão de Manuel Fernandes Ramos, português de Moura, com Suzana Dias, mameluca nascida em São Vicente. Suzana, por Beatriz sua mãe, descendia de Tibiriça, neta quiçá de João Ramalho. Nesta igreja do Colégio, Anchieta, diretor do catecismo, lhe modelara à jovem Suzana a consciência religiosa. Venerava-o ela. E deu a respeito de sua santidade belo depoimento, a 5 de abril de 1622, no Processo Informativo para sua beatificação.
 Batizou-lhe anos depois o padre José de Anchieta um dos numerosos filhos... Teria sido André, o cofundador de Santana do Parnaíba? Seria Balthazar, o fundador de Sorocaba? E por que não Domingos, o fundador da cidade de Itu? Se foi este, eis um vínculo histórico a mais que, através do Apóstolo do Brasil, viria ligar Itú à Companhia de Jesus. Pelas mãos de um provável bisneto de João Ramalho, quando menos de um primo daqueles temíveis |Ramalhos destruidores de Maniçoba, reimplantava-se nestes lugares predestinados a vida e a civilização. [Páginas 400 e 401]
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 Belchior da Costa aumenta suas terras, “alega ter as filhas Beatriz Diniz e Vicência da Costa para casar. Pede terras em frente às de Suzana Dias, defronte à capela de Santana do Pernaiba, na banda do além Anhembi”26 de dezembro de 1610, domingo. Atualizado em 23/10/2025 15:41:07• Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (3): André Fernandes (filho , 1578-1641), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Belchior da Costa (consogro(a) , 1567-1625)
 • Pessoas (5): Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Gaspar Gonçalves Conqueiro, Jorge Correa, Lopo de Souza (f.1610), Simão Borges Cerqueira (1554-1632)
 • Temas (6): Ermidas, capelas e igrejas, Itapeva (Serra de São Francisco), Mapaxós, Rio Anhemby / Tietê, Rio Goyaó, Rio Juquiri•  Supplemento aos apontamentos para o diccionario geographico do Brazil. Alfredo Moreira Pinto
 1 de janeiro de 1935, terça-feira
 PARNAHYBA. Não se trata de Paranahyba; nem com este nome ha affluente algum do rio Tietê no mun. do Parnahyba, como o pretendeu Azevedo Marques, em seus Apontamentos Históricos, Geographicos, Biographicos, Estatísticos e Noticiosos da Promncia de S. Paulo, á força de querer explicar o nome Parnahyba.•  Sesmarias de 1602-1642, Publicação Oficial do Arquivo do Estado de São Paulo, impresso pela Tipografia Piratininga
 Ao principio suppuz que fosse corruptela de Piâ-nát-bo, logar do porto do caminho: de piâ, caminho; fiái, porto; bo (breve), para exprimir logar.
 
 Com effeito, defronte da banda do rio Juquery, como reza um documento antigo, em que Melchior da Costa pediu uma sesmaria de terras para suas duas filhas, quando já casado com Suzana Dias, devia existir um porto: e alli era estabele- cida com fazenda a dita Suzana Dias, ao passo que o pedido de Melchior da Costa, em 1610, foi para o logar da actual villa.
 
 Sem duvida era ahi o logar da passagem do rio Tietê, de uma para outra margem. Mas, o nome Parnahyba tem outra verdadeira explicação.
 1 de janeiro de 1921, sábado
 Traslado de uma carta de dada de terras de sesmaria de Belchior da Costa e que elle tinha duas filhas para que para ellas tem necessidade de uns maltos maninhos pedindo-me que em nome do senhor Lopo de Sousa e pelos poderes que delle tenho lhe fizesse mercê de uma legua de terra meia para cada uma dellas que se chamam Beatriz Diniz e outra Vicencia da Costa de terra será defronte da fazenda Suzana Dias fez em Parnaiba do rio Juquiri e começava na parte pedaço de terra que a dita Suzana Dias tem carta do capitão Jorge Corrêa de Parahiba digo de Parnahiba defronte da igreja da Senhora Santa Anna da banda de além do rio Anhamby e sendo dada no mais perto logar e será em quadra e que receberia mercê como tudo mais larga mente na dita petição é conteudo e declarado.
 Visto por mim seu pedir ser justo puz na dita petição por meu despacho o seguinte ! Dou ao supplicante em nome do senhor Lopo de Sousa a legua de terra que pede para suas filhas assim e da maneira que em sua petição declara e sendo dada atrás ou adiante para onde houver lo gar Simão Borges tabellião desta villa lhe passe a carta. São Paulo vinte e seis de dezembro de mil e seiscentos e dez annos. Gaspar Conqueiro.
 •  Biografia de André Fernandes, consultado em Wikipedia|  |  | 
 20 de janeiro de 2023, sexta-feira
 André Fernandes (...) Órfão de pai em 1589, acompanhou a mãe e o tio Belchior Dias Carneiro para as terras virgens de Parnaiba onde o capitão-mor Jorge Correia deu sesmaria aos ditos povoadores - doação aumentada com as sesmarias requeridas pelo segundo marido de Susana, Belchior da Costa, em 26 de dezembro de 1610.•  Consulta em projetocompartilhar.org 30 de abril de 2025, quarta-feira
 
 
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 Sorocaba (data estimada)1610. Atualizado em 23/10/2025 15:41:07• Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Caeté/MG, Carapicuiba/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (5): Brás Gonçalves, o velho (consogro(a) , 1524-1606), Cristovão Diniz (neto* , f.0), Custódia Dias (filho , 1581-1650), Domingos Fernandes (filho , 1577-1652), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (genro/nora , 1575-1611)
 • Pessoas (7): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Clemente Álvares (1569-1641), Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Francisco de Sousa (1540-1611), Gaspar Gonçalves Conqueiro, Henrique da Costa (1573-1616), Simão Álvares Martins (Jorge) (1573-1636)
 • Temas (17): Alemães, Bairro Itavuvu, Beneditinos, Carijós/Guaranis, Fortes/Fortalezas, Léguas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Pelourinhos, Pirapitinguí, Pontes, Portos, Rio Anhemby / Tietê, Rio Sorocaba, Rio Ypané, Sabarabuçu, São Filipe•  Os Campos Bicudos da “Casa” de Suzana Dias. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia n.º 22 (Consultado nesta data)
 4 de setembro de 2022, domingo
 Custódia Dias casou-se com Geraldo Beting, o mineralogista alemão de Geldres que vem a São Paulo na equipe solicitada por D. Francisco de Sousa. Mas foi assassinado pelos paulistas quando retornava de uma de suas pesquisas com muitos metais da região de Sabarabussu, entre 1610-1611. Isto mesmo! [Página 284]•  História de Carapicuíba. João Barcellos 25 de março de 2013, segunda-feira
 E, na prática colonial, os jesuítas seguem os passos do político e minerador que, ao morrer em 1616, lhes deixa tudo em doação, com exceção do Sítio Embuaçava, que coube como herança em vida ao filho (mameluco) Affonso Sardinha - o Moço, que morre em 1604 no meio de uma batalha com nativos. É assim que a Aldeia & Porto Carapocuyba tem, entre 1557 e 1610, tanto valor estratégico quanto a Santa Anna de Parnaíba, que cresce despovoando São Paulo.•  Inventario dos documentos relativos ao Brasil existentes no Archivo de Marinha e Ultramar de Lisboa 1 de janeiro de 1913, quarta-feira
 “(...) o sucesso que teve D. Francisco de Souza, quando foi aquela Capitania, pois acompanhando os Paulistas ao mineiro que mandou á serra de Sabarabussú, para saberem a parte donde ela ocultava as minas, depois de achadas, de que se fez aviso ao dito D. Francisco, e tiradas muitas cargas de pedra, que o mineiro trazia com grande contentamento, ponderando eles a mesma escravidão, que agora temem seus netos, mataram no caminho ao mineiro, e esconderam a pedra, disseram a D. Francisco que morrera no caminho, e se enganava no que havia escrito a S. Senhoria, de que resultou morrer o dito D. Francisco em breves dias e se perpetuar a suspensão daquelas minas, a tradição de haver muito ricas (...)” [Páginas 198 e 199]•  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI 1 de janeiro de 1895, terça-feira
 O trabalho da fabrica real de Biraçoyaba, e o transporte do ferro, dos materiaes e do pessoal entre esse logar e a villa de S. Paulo não tinham conseguido estabelecer uma estrada permanente, ao longo da qual os pouzos balisassem o centro das futuras povoações. Sorocaba, por exemplo a cujo termo pertenciam as minas, só em 1610 foi fundada. Não é de estranhar, portanto, que pouco a pouco se perdesse a noção dessas jazidas metalliferas, em uma epocha na qual as vistas se voltavam preferencialmente para as pesquizas do ouro, que ia sendo descoberto em quantidades cada vez mais crescentes.
 É muito explicável, portanto, que, por 1680, Luiz Lopes Carvalho, Capitao-mór de N. S. da Conceição de Itanhaem, por provisão de Príncipe D. Pedro, insinuasse a este a conveniência de ser verificado a procedência dos dizeres vagos que corriam sobre o valor dessa região. Essa exposição de Pedro Taques parece mais exacta do que a narrativa do Senador Vergueiro, pela qual Lopes de Carvalho se teria inculcado como descobridor da minas de ferro (5), entregando-as em 14 de Março de 1681 á Camará da villa de Sorocaba.
 •  “Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” de Francisco de Assis Carvalho Franco|  |  | 
 1 de janeiro de 1954, sexta-feira
 (..) para encontrar metais nobres na Sabaráboçú e no morro do Araçoiaba, D. Francisco determinou, para o primeiro efeito uma expedição chefiada por Simão Álvares, o velho, conforme verifica do torno de "Concêrto que houve entre Simão Álvarez e a viúva Custódia Lourença", no inventário de Henrique da Costa, em 1616 e que partiu de São Paulo em 1610 e atingiu o sertão "denominado" "Cahaetee", o qual se no formos cingir exclusivamente à toponímia, era o sertão da Casca, em plena Minas Gerais.
 Conseguiu, também, pelo Espírito Santo, visando a mesma Sabarábocú, uma expedição cujo cabo foi Marcos de Azevedo, o velho, que trouxe, em 1611, amostrar de esmeraldas.
 
 Em São Paulo continuava na faina de buscar prata no Araçoiaba, que até então e sempre apenas revelou possuir ferro. Curiosa, sobre tal ponto, a notícia que dava em 1612 e portanto contemporaneamente, o escritor Rui Diás de Gusman, na sua "Argentina".
 
 
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 Sorocaba é citada: as primeiras terras fruto das desapropriações dos homens da “Casa” de Suzana Dias começam a serem concedidas em sesmarias10 de novembro de 1609, terça-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:06• Cidades (6): Botucatu/SP, Mauá/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP, Tucumán/ARG
 • Família (1): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670)
 • Pessoas (8): Antônio de Oliveira (1510-1580), Antônio de Siqueira, Diogo de Unhate (1535-1617), Francisco Luís Carneiro de Sousa (1640-1708), Gaspar Vaz Guedes (n.1560), Lopo de Souza (f.1610), Luís Carneiro de Sousa (1610-1653), Tomé de Lara de Almeida (Moraes) (1643-1710)
 • Temas (19): Caaguacu, Caaguacu, Caminho do Paraguay, Caminho Sorocaba-Botucatu, Caminho velho, Canguera, Carmelitas, Cemitérios, Ciclo da Paraupava, Estradas antigas, Léguas, Ouro, Paiol Velho, Paranaitú, Rio da Prata, Rio Goyaó, Rio Paraguay, Rio Paranapanema, Ytacurubitiba•  Descobrindo o Brasil, por Manoel Rodrigues Ferreira. Jornal da Tarde, Caderno de Sábado. Página 4
 4 de dezembro de 1993, sábado
 Após a expedição de Grou-Macedo teve início, na vila de São Paulo, um imenso movimento de expedições em direção ao Sertão do Paraupava, o que é natural, considerando as notícias que foram trazidas à existência de ouro à esquerda dos Martírios, na hoje região de Serra Pelada, dominada pelos ferozes e guerreiros Bilreiros (hoje Caiapós). Houve até tentativa de famílias de São Paulo mudarem-se para lá, o que não se efetivou devido à belicosidade desses nativos.•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXV, 1927
 Mas, após a expedição de Grou-Macedo (1590-1593), e até 1618, portanto durante 24 anos, dez expedições se dirigiram ao Sertão do Paraupava, explorando-o intensamente, chegando à conclusão de que a célebre Lagoa Paraupava não existia, era um mito nativo, e que os rios Paraguai, São Francisco e Paraupava (hoje Araguaia) não nasciam em lagoa alguma, tendo os três suas nascentes independentes entre sí.
 1 de janeiro de 1927, sábado
 O mais remoto documento, que conseguimos descobrir, foi a carta de sesmaria concedida, em 10 de novembro de 1609 pelo Conde da Ilha do Príncipe, por seu procurador Thomé de Almeida Lara, sendo aquele donatário da capitania de São Vicente. Essa concessão foi feita a João de Campos e ao seu genro Antonio Rodrigues e nela se lê:
 - ... seis léguas de terras, no distrito de vila de Nossa Senhora da Ponte (Sorocaba) na paragem denominada Ribeirão de Tatuí, com todos os campos e restingas para pastos de seu gado, como também Tatui-mirim até o Canguera, com a largura que tiver, com mais três léguas em quadra no Tauty-guassú e Canguary, três léguas para a banda do caminho de Intucatú, seis léguas correndo Paraguay abaixo para a parte do Paranapanema, com a condição de pagar os dízimos a Deus Nosso Senhor dos produtos que delas colherem".
 
 Este precioso documento está registrado no livro do tombo do Hospício do Carmo de Itú, por apresentação de frei Pedro do Nascimento, como procurador da Província Carmelita, o que quer dizer que os frades de Itú houveram tais terras, assim como foi registrado no livro do respectivo cartório, em Sorocaba, folhas 36 e 37.
 
 Compreende todas as terras do Paiol, assim denominado, posteriormente, porque era aqui o celeiro de todos os retiros que constituíam a vasta propriedade agrícola posteriormente.
 
 Nos seus arredores estavam as sesmarias de Pederneiras Pretas, tirada por Antonio Bicudo de Barros, em 19 de julho de 1768, cuja carta assim começa: - "D. José, por graça de Deus El-rei de Portugal e dos Algarves d´aquem e d´além mar, em Africa, Senhor de Guiné e das Conquista, Navegação Comercio Etiopia, Arabias, Persia, e da India. Faço saber..." [Página 138]
 •  “Razias”, Celso E Junko Sato Prado|  |  | 
 1 de janeiro de 2020, quarta-feira
 Atalho pela Serra Botucatu à Paranan-Itu (Salto Grande) no Paranapename
 Júlio Manoel Domingues, em sua obra A História de Porangaba (2008: 21), transcreve levantamento histórico sobre a primeira concessão sesmarial em Tatutí, publicado pelo advogado e historiador Laurindo Dias Minhoto, onde a primeira menção de um caminho para Botucatu - citado Intucatu, no ano de 1609:
 
 - "O mais remoto documento, que conseguimos descobrir, foi a carta de sesmaria concedida em 10 de novembro de 1609, pelo Conde da Ilha do Príncipe, por seu procurador Thomé de Almeida Lara, sendo aquele donatário da Capitania de São Vicente. Essa concessão foi feita a João de Campos e ao seu genro Antônio Rodrigues e nela se lê: "seis léguas de terras no distrito da vila de Nossa Senhora da Ponte (Sorocaba), na paragem denominada RIbeirão de Tatuí, com todos os campos e restingas para pastos de seu gado, como também Tatuí-mirim até o Canguera, com largura que tiver, com mais três léguas em quadra no Tatuí-guassú e Canguary, três léguas para o caminho de Intucatú, seis léguas correndo Paraguary abaixo pra a parte do Paranapanema, com condição de pagar os dízimos a Deus Nosso Senhor dos produtos que delas colherem"."
 
 Os autores SatoPrado contestam a data de 10 de novembro de 1609 para o documento analisado por Dias Minhoto, sem prejuízos quanto as demais citações. Ora, o título nobiliárquico de Conde da Ilha do Príncipe somente foi criado pelo Rei D. Felipe IV da Espanha e III de Portugal e Algarves, por Carta Régia de 4 de fevereiro de 1640, a favor de Luís Carneiro de Sousa.
 
 Para o estudioso jesuíta, monsenhor Aluísio de Almeida, entre os anos 1608 e 1628 eram comuns as viagens subindo a Serra e daí ao baixo Paranapanema, tendo o rio Pardo como referência (Memória Histórica de Sorocaba - I, Revistas USP, 2016: 342). Também o estudioso, igualmente jesuíta, Luiz Gonzaga Cabral, ao mencionar Aleixo Garcia informa que os padres abriram estradas desde o litoral a São Paulo e outras rumo ao interior, inclusa aquela, que pela Serra Botucatu levava ao aldeamento no Paranapanema, com comunicação fluvial para o Paraná e Mato Grosso (Apud Donato, 1985: 35); sendo certo que os padres, no início colonial, foram usuários e reformadores de estradas e trilheiras nativas preexistentes, valendo-se de nativos pacificados que bem conheciam os feixes de caminhos, de onde saíam e para qual destino.
 
 Aluísio de Almeida, explica o melhor curso deslocado da Peabiru, em Botucatu:
 
 "A tal estrada subiu a serra, ganhou as cabeceiras do Pardo (Pardinho) antigo Espírito Santo do rio Pardo e desceu aquele rio até as alturas de Santa Cruz do rio Pardo, donde passou para o afluente Turvo e saiu nos Campos Novos do Paranapanema (nome mais novo)" - (O Vale do Paranapanema, Revista do Instituto Histórico e Geográfico - RJ, volume 247 - abril/junho de 1960: 41), sem prejuízos ao trecho prosseguinte ao Salto das Canoas (Paranan-Itu), desde onde possível a navegabilidade do Paranapanema em direção às Reduções Jesuíticas (1608/1628), e ao Rio Paraná.
 
 Os autores, SatoPrado, apontam que o antigo caminho jesuítica, rumo aos aldeamentos no Paranapanema, era pelo Tietê desde onde a trilha rumo às cabeceiras do paulista Cuiabá (AESP, BDPI: Cart325602), daí a margeá-lo até o Paranapanema. Somente após 1620, com a expedição de Antonio Campos Bicudo no alto da serra e os detalhamentos das nascentes do rio Pardo, então Capirindiba, se fez comum o trecho desde a Serra ao Paranapanema, onde o Salto das Canoas (também Quebra Canoas, Paranitu, Yucumã e Salto do Dourado), em atual município Salto Grande, pela mesma cartografia, caminho dos expedicionários e sertanistas.
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 Casamento de Suzana Dias e Belchior da Costa1608. Atualizado em 23/10/2025 15:41:05• Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (2): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Belchior da Costa (consogro(a) , 1567-1625)•  “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
 1 de janeiro de 2014, quarta-feira
 
 
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 Ebirapoeira, na qual se fabricavam coisas para resgate: Testamento de “Belchior casado com Hilária Luís Grou, tio de Domingos Fernandes”8 de março de 1607, quinta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:04• Cidades (3): Guaíra/PR, Santo Amaro/SP, Sorocaba/SP
 • Família (4): Antônio de Macedo (ou Saavedra) (primo , 1531-1590), Belchior da Costa (consogro(a) , 1567-1625), Domingos Fernandes (filho , 1577-1652), Lopo Dias Machado (pai/mãe , 1515-1609)
 • Pessoas (8): Andreza Dias (1607-1681), Antonio Raposo, o Velho (1557-1633), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Jaques Felix, o velho (n.1570), Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco de Saavedra (n.1555), Francisco de Sousa (1540-1611), Luís Eanes Grou (1573-1628)
 • Temas (5): Metalurgia e siderurgia, Ouro, Pirapitinguí, Temiminós, Ybyrpuêra•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
 1 de janeiro de 1957, terça-feira
 
 
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 Belchior Dias recebeu terras em Vuturuna (São Roque), caminho de Ibirapuera, onde teria descoberto as minas de Vuturuna12 de dezembro de 1598, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:41:03• Cidades (5): Pirapora do Bom Jesus/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santo Amaro/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (3): Baltazar Gonçalves, o moço (1544-1619), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Baltazar Gonçalves, velho (1544-1620)
 • Temas (9): Bituruna, vuturuna, Cachoeiras, Caminho do Ibirapuera/Carro, Caminho SP-Santo Amaro, Itapeva (Serra de São Francisco), Morro Negro, Ouro, Ybyrpuêra, Estradas antigas•  Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina*
 1 de fevereiro de 2014, sábado
 Suzana Dias após a morte de seu primeiro marido casa-se com Belchior da Costa, este traz para a sua vizinhança os filhos de sua primeira mulher e o irmão de Suzana Dias, Belchior Carneiro.
 Recebe desta, quinhentas braças de terra e fixa residência na região. Belchior Carneiro foi o descobridor das minas de ouro do Vuturuna, perto de Parnahiba. Falleceu em 1607 no sertão em descobrimento de metaes. [Páginas 48, 49 e 50]
 
 
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 Antonio Rodrigues vendeu chãos defronte ao pelourinho a Marcos Sanches de Paredes (Manuel Ramos falecido)30 de junho de 1594, quinta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:02• Cidades (1): Sorocaba/SP
 • Família (6): Antônio Rodrigues Velho ´o Araá´ (genro/nora , f.1616), Catarina Dias (filho , 1558-1631), Domingos Fernandes (filho , 1577-1652), Garcia Rodrigues (consogro(a) , 1510-1590), Manuel Dias Machado (filho ,  , 1510-1590), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Pessoas (3): Antônio Rodrigues "Dias" (f.1616), Fernão d’Álvares (n.1500), Marcos Sanches de Paredes
 • Temas (1): Pelourinhos•  Consulta em projetocompartilhar.org
 13 de janeiro de 2024, sábado
 Antonio Rodrigues – 30 de junho de 1594 - Filho de Garcia Rodrigues (defunto) e irmão de Garcia Rodrigues vendeu chãos defronte ao pelourinho a Marcos Sanches de Paredes. Tinha recebido de sua sogra Suzana Dias, mulher de Manuel Fernandes, defunto. Manuel Dias era seu cunhado e morador do R.J. Presente também Domingos Fernandes, cunhado do vendedor.•  Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP
 Nota: Os originais destas três ultimas cartas estavam no meio de uns papéis pertencentes a livro de tabelião público de São Paulo quinhentista. Augusto de Siqueira Cardoso os deu a A. Taunay, dizendo que os recebera de uma parenta de Pedro Taques. Isto é mais um registro de que papéis públicos foram, desde data remota, parar em mãos de particulares, devidamente “retirados” dos cartórios e arquivos públicos.
 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
 O mesmo documento que citamos acima, datado 30 de junho de 1594, talvez identifique mais um filho de Manuel Fernandes Ramos e Susana Dias, de nome Manuel Dias Machado. Na carta de venda das casas de Antônio Rodrigues assinam como testemunhas seu cunhado Domingos Fernandes e um outro cunhado, Manuel Dias Machado, morador Rio de Janeiro. [p. 175]
 
 
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 Requeria a suas mercês os mandassem tapar e entupir, a saber, mandasse a Susana Dias que entupisse duas covas que estão na praça que seu filho Francisco Dias fez seu filho Francisco Dias fez e um beco que esta junto com ela17 de julho de 1593, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:41:02• Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (4): Antônio Rodrigues Velho ´o Araá´ (genro/nora , f.1616), Catarina Dias (filho , 1558-1631), Garcia Rodrigues (consogro(a) , 1510-1590), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Pessoas (2): Antônio Rodrigues "Dias" (f.1616), Francisco Dias Velho (f.1689)•  Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP
 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
 Segundo Américo de Moura, Antônio Rodrigues teria o mesmo nome de seu pai, o que explica os dois nomes Antônio Rodrigues e Garcia Rodrigues em documentos diferentes, referindo-se à mesma pessoa. De qualquer maneira, Antônio Rodrigues estaria identificado como genro de Susana Dias, por uma ata de 17 de julho de 593, e que é empossado como almotacel e citado pelo escrivão Belchior da Costa como "genro de Suzana Dias".
 Francisco Dias está perfeitamente identificado por uma ata de 17 de julho de 1593, a propósito de "bequos e covas destampadas", da seguinte maneira:
 
 "... requeria a suas mercês os mandassem tapar e entupir, a saber, mandasse a Susana Dias que entupisse duas covas que estão na praça que seu filho Francisco Dias fez seu filho Francisco Dias fez e um bequo que esta junto com ela..." [p. 175]
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 1515 - Nascimento de Lopo Dias Machado (1515-1609) em Portugal, viria ao Brasil e se casaria com Beatriz, uma das filhas do cacique Tibiriça Foi pai de três filhos Belchior Dias Carneiro, Isaac Dias Carneiro e Gaspar Dias. E três filhas, Isabel, Suzanna, Jerônima e Antônia Dias [20192]
 
 
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 “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275]7 de dezembro de 1589, quinta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:39:23• Cidades (3): Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (13): Agostinha Dias (filho , 1580-1633), André Fernandes (filho , 1578-1641), Angela Fernandes (filho , 1586-1650), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Belchior da Costa (consogro(a) , 1567-1625), Benta Dias Fernandes (filho , n.1590), Catarina Dias (filho , 1558-1631), Custódia Dias (filho , 1581-1650), Domingos Fernandes (filho , 1577-1652), Francisco Dias Fernandes (filho , n.1583), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589), Margarida Dias (filho , n.1584), Maria Machado (filho , n.1582)
 • Pessoas (9): Américo de Moura (18 anos), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Diogo Fernandes (1543-1610), Francisco de Assis Carvalho Franco (13 anos), Gonçalo Madeira (1552-1636), Jorge Madeira (f.1644), Jorge Moreira (n.1525), Luís Gonzaga da Silva Leme (47 anos), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878)
 • Temas (12): Almotacel, Ambuaçava, Caminho do Ibirapuera/Carro, Estradas antigas, Ipiranga, Piqueri, Ponte Grande, Pontes, República, Rio Ypiranga, Teju-guassu, Ybyrpuêra•  “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
 1 de janeiro de 2014, quarta-feira
 O pai de Baltazar, Manoel Fernandes, faleceu em 1589 e, em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...)•  Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina* 1 de fevereiro de 2014, sábado•  Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk
 1 de janeiro de 2013, terça-feira
 Provavelmente em 1578 nasce André Fernandes o filho primogênito de Manuel Fernandes e Suzana Dias. Ainda em 1588, apesar da saúde frágil, Manuel Fernandes Ramos continuava exercendo atividades como vereador na Câmara de São Paulo, falecendo em 1589. Após sua morte, as terras de Parnaíba são transferidas por herança ao primogênito André Fernandes, que por ser menor deidade, passam a ser administradas sob tutela da matriarca Suzana Dias.•  Atas da Câmara da cidade de São Paulo: 1562-1596, volume I, 1967. Prefeitura do município de São Paulo 1 de janeiro de 1967, domingo
 Ao 7 dias do mês de dezembro de 1589 se ajuntaram em câmara os juízes a saber Manoel Ribeiro e Diogo Fernandes e Gonçalo Madeira "pdor." do conselho para acordarem coisas pertencentes para o bem da república e não se acharam mais que Jorge Moreira vereador desta vila por ser falecido Manoel Fernandes, seu parceiro // e logo assentaram que service de almotacel este presente mês de dezembro Estevão Ribeiro, o moço ao que deram logo juramento nesta dita câmara sobre a cruz da vara de Manoel Ribeiro juiz ordinário e o vereador Jorge Moreira lhe deu o dito juramente perante mim escrivão adiante nomeado para que ele bem e verdadeiramente sirva o dito ofício de almotacel e ele prometeu fazer segundo nosso senhor lhe desce a entender o que assinou com os ditos oficiais / e assim assentaram os ditos oficiais a requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de ipiranga e birapoeira e pinheiros e da ambuasava e a fonte se alimpasse e que cada um dos moradores que tiverem chãos perto desta vila alimpen cada um suas testadas dentro e fora dos muros e isto com pena de cen rés cada um que o contrário fizer para o conselho desta dita vila e que por isso o proceder com brevidade "mãde" fazer o ... que é o que os moradores fação os caminhos e pontes como dito é e que quando o mesmo farão e assim mais os mais para a ponte grande e mandarão que todos os moradores de tejuguasu e pequiri e os de piratiningua e os que trazem guado nos campos do conselho estarão ao fazer da dita ponte sob a dita pena e que para isso esta posta em rol ao procurador do conselho e se lançasse pregão por o dito rol e se fizesse a saber os ditos moradores de que obedecerão sem (...) (...) e de como assim o mandaram e assentaram assinaram aqui eu Belchior da Costa tabelião por não haver escrivão da câmara o escrevi - Jorge Moreira - Manoel Ribeiro - Manoel Fernandes - Fernão Dias - Gonçalo Madeira. [Páginas 374 e 375] •  Novos elementos para a história de São Paulo Paulistas cristãos-novos contra os jesuítas - Anita Novinsky Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas|  |  | 
 1 de janeiro de 2005, sábado•  Biografia de André Fernandes, consultado em Wikipedia
 20 de janeiro de 2023, sexta-feira
 Órfão de pai em 1589, acompanhou a mãe e o tio Belchior Dias Carneiro para as terras virgens de Parnaiba onde o capitão-mor Jorge Correia deu sesmaria aos ditos povoadores - doação aumentada com as sesmarias requeridas pelo segundo marido de Susana, Belchior da Costa, em 26 de dezembro de 1610.
 
 
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 “Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes”14 de Setembro de 1583, quarta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:38:08• Cidades (4): Assunção/PAR, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (2): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Pessoas (2): Gaspar Fernandes Dias, Gonçalo Madeira (1552-1636)
 • Temas (4): Gentios, Guayrá, Metalurgia e siderurgia, Mineralogia•  “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
 1 de janeiro de 2010, sexta-feira
 Um Gaspar Fernandes, acusado de traficar gentios do Paraguai para São Vicente na década de 1580, e um Manuel Fernandes, casado com uma integrante da família Adorno de São Vicente, que tinha um representante vivendo em Assunção e também frequentava o Guairá nesta década, mostram que mesmo uma incursão mais regular era possível nestes tempos.•  Figuras paulistas que povoam as crônicas do passado; Jornal “Diário da Noite”/SP 25 de janeiro de 1964, sábado
 Suzana Dias ajuda seu esposo na fundação de Santa Ana de Parnaíba. Um dia acusam Manuel Fernandes Ramos, de estar conluiado com os nativos, com bigorna e forja no sertão. Ora, se os silvícolas já eram tão temíveis com suas flechas de ponta de osso ou de madeira endurecida ao fogo, o que não seriam com armas de ponta de aço?
 A denúncia ganha vulto, Suzana Dias não pode vir, pois está ausente. Não pode comparecer para defender-se. Ela surge na Câmara e declara com digna serenidade: "Meu marido não pode vir, pois está ausente, no sertão, cuidando dos interesses da família. Não tem fundamento a acusação. A bigorna e o malho aqui estão. O fole encontra-se emprestado a um amigo."
 
 E a um gesto seu, dois servos atiram ao chão a bigorna e o malho. E com a mesma discreta e altiva dignidade com que entrou, não espera ouvir palavras de desculpas e retira-se. Vai para Santa Ana de Parnaíba, onde passa a viver cercada de respeito. Dizem que seus filhos lhe ofereceram, quando idosa, um divã com pés de ouro. (Jornal “Diário da Noite”/SP, 25.01.1964. Página 26)
 •  Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo|  |  | 
 1 de janeiro de 2012, domingo
 Em 1583 ainda persistia essa preocupação. O procurador Gonçalo Madeira apresentou denúncia na sessão de 14 de setembro de 1583 de que Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes. [Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema, 2012. Eduardo Tomasevicius Filho. Página 40]•  Araçoiaba e Ipanema. José Monteiro Salazar 1 de janeiro de 1997, quarta-feira
 Assim, o ofício de ferreiro ia sendo mantido em pequena escala pelos povoadores. Havia o medo de que esse ofício fosse ensinado aos nativos os quais poderiam produzir armas de ferro, em substituição às rústicas que usavam, de pedra, madeira ou osso. E isso era fundado pois que, até 1583, os Procurador da Justiça do Rei, Gonçalo Madeira, havia acusado um tal Manoel Fernandes de conviver com os nativos no sertão fabricando armas de ferro para eles, e acrescentava que "isso era de muito prejuízo para a terra".•  “Sorocaba: Cidade Industrial” Geraldo Bonadio 1 de janeiro de 2004, quinta-feira
 
 
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 Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias1580. Atualizado em 23/10/2025 15:38:06• Cidades (5): Itaguara/MG, Osasco/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (2): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Pessoas (5): Américo de Moura (18 anos), Bartholomeu Fernandes Cabral (1518-1594), Bartholomeu Fernandes Mourão (f.1650), Domingos Luís Grou (1500-1590), Pedro Rodrigues Cabral (1580-1621)
 • Temas (14): Cachoeira do Inferno, Cachoeiras, Ermidas, capelas e igrejas, Guaianase de Piratininga, Guayrá, Léguas, Mandiy, Metalurgia e siderurgia, Quitaúna, Rio Anhemby / Tietê, Santa Ana, Santo Antônio (Sorocaba), Tordesilhas, Ybyrpuêra•  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
 12 de agosto de 2004, quinta-feira•  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), consultado em biblioteca.ibge.gov.br
 20 de fevereiro de 2022, domingo
 A Igreja Matriz da Cidade, é considerada o marco mais importante do município, de acordo com os registros históricos, em meados de 1560, foi erguida na cidade a primeira capela, dedicada a Santo Antônio. A pequena igreja era feita de pau-a-pique e coberta de folhagens. No ano de 1580, a segunda capela, dedicada a Sant´Ana, foi construída. Em 1610 uma terceira capela foi construída, também por André Fernandes, e, em 1625, foi elevada a Matriz, hoje conhecida como Paróquia de Sant´Ana. A edificação atual data de 1882, e seu estilo é eclético, possuindo piso em canela preta e altares que acompanham a liturgia. É tombada pelo CONDEPHAAT.•  “Edição de documentos oitocentistas e estudo da variedade linguística em Santana de Parnaíba”. Camila Mota 1 de janeiro de 2007, segunda-feira
 Em sua fazenda, mandou construir uma capela em louvor a Santo Antônio, cuja estrutura frágil não resistiu às constantes enchentes do rio Tietê e ruiu. Em 1580, surge a fazenda denominada Parnaíba (em tupi, lugar de muitas ilhas), comandada por Manoel Fernandes Ramos e suas esposa Suzana Dias que, por esse tempo, mandou construir uma segunda capela, agora em louvor a Sant´ana, a avó de Jesus Cristo. Conta uma lenda que Suzana, sendo uma mulher bastante religiosa, ao rezar, certa vez começou a ouvir uma voz suave, pronunciando-lhe o nome de Sant´ana, com Ana separado em alusão ao seu próprio nome, sendo Sant-Ana alusivo a Suz-Ana. Fez-se a capela que existe até hoje, ficando a Santa como padroeira da cidade.•  Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros". 1 de janeiro de 1930, quarta-feira
 Cometendo a mais grosseira das cincadas confunde o Dr. Lomonaco Parnahyba, a 36 quilômetros de Sorocaba, com Parahyba do Norte. Ao falar da fundação de Sorocaba, realizada pelo parnahybano Balthazar Fernandes, também chegando Balthazar Fernandes Ramos, filho de Manuel Fernandes Ramos, o Povoador, e fundador de Parnahyba, deixou o Dr. Lomonaco esta preciosidade (...)•  “Red Gold: The Conquest of the Brazilian Indians”. John Hemming, Cambridge: Harvard University Press 1 de janeiro de 1978, domingo
 Em 1580, Manoel Fernandes Ramos [...] seguiu o rio Tietê jusante algumas sete léguas a Oeste (cerca de 40 quilômetros). Lá ele alcançou uma Cachoeira dos nativos conhecida como "paranaiba."•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo: “Nossos Bandeirantes - Baltazar Fernandes” (1967) Luiz Castanho de Almeida
 Não viriam os bandeirantes escolher porto logo acima do grande obstáculo do Salto, quando se sabe que a sua navegação começava abaixo do Salto algumas léguas, a jusante e mais tarde muito além em Porto Feliz, na antiga Araraytaguaba.
 
 Plínio Ayrosa (1930: 267), em um parecer para o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, contestou a origem indígena do vocábulo, afirmando que o nome Tietê não fora atribuído por índios, mas por portugueses, mesmo porque, nem pelo seu volume, nem pela comparação com outros cursos d´água, os índios seriam levados a atribuir-lhe o significado de rio grande. Ayrosa defendia esta posição devido ao fato que o Tupi foi língua falada no século XVI e XVII por todos os habitantes, indígenas, brancos e mamelucos. [27939]
 1 de janeiro de 1967, domingo
 Sob o título “Nossos Bandeirantes - Baltazar Fernandes”, na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo:•  Estudos Regionais Paulistas: História da Instrução em Sorocaba (1660-1956) Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba. Aluísio de Almeida, Jahyra B. Arrua, Jair T. Veiga, Néglio F. Arruda e Oswaldo Cambiaghi
 "Nascido em 1579 ou no máximo 1580, Baltazar Fernandes estava pois com 65 anos de idade em 1654. Era ainda um homem forte, por sem dúvida. Fundador na idade em que merecia o descanso."
 1 de janeiro de 1989, domingo
 Balthazar Fernandes era filho de Manuel Fernandes Ramos, português, e de Suzana Dias, paulistana, bisneta de Tibiriçá. Teria nascido no Ibirapuera e acompanhada a família a Parnaíba. Mesmo que aí nascesse, antes de 1624, tinha de ser paulistano. Não há assentamento de batismo. Um cálculo aproximado dá o ano de 1580 para o natal do homem que fundou Sorocaba. Octagenário.•  Adolfo Frioli, em palestra proferida no Instituto Genealógico Brasileiro, em São Paulo 1 de janeiro de 1986, quarta-feira
 Baltazar Fernandes, nascido em 1580, no Ibirapuera, acompanhou sua mãe e os irmãos na mudança para o sertão. Deveria estar menino, pelo menos com 9 anos e, no contato com a vida agreste, formou a sua mentalidade sertanista, esperando seguir, um dia, para o oeste desconhecido, na trilha dos seus parentes mais velhos. Na mocidade, participou do chamado bandeirismo escravagista.•  Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk 1 de janeiro de 2013, terça-feira
 Além das inusitadas relações de habitantes convivendo com as mais variadas etnias e credos, devemos aos aventureiros de Santana de Parnaíba a ideia de expansão territorial do Brasil. Desafiando o Tratado de Tordesilhas e invadindo o imenso território devoluto no centro do continente, os sertanistas dessa localidade foram fundando povoados ao longo de suas expedições. Em bandeiras de reconhecimento por imensos territórios, garantiram as futuras fronteiras do país. Mitificados como heróis por antigos historiadores, a exemplo de Affonso de Taunay, Varnhagen ou Belmonte, hoje são recolocados como bandidos ferozes, reforçando as visões que os jesuítas desenvolveram a respeito dos mamelucos do planalto, no século XVII.
 (...)Em 1580, o então vereador da Câmara de São Paulo, Manuel Fernandes Ramos recebe uma sesmaria nesta área, famosa devido um grande acidente geográfico no Rio Tietê chamado de Cachoeira do Inferno, construindo uma capela em louvor a Santo Antônio e iniciando os preparativos para instalação de uma fazenda. O português Manuel Fernandes Ramos era natural da região de Moura,Portugal e casado com Suzana Dias, filha de Lopo Dias, um pioneiro que emigrou com a frota de Martim Afonso de Souza e que por sua vez amasiou-se com uma das filhas de Tibiriçá. João Ramalho também foi casado com outra filha do Cacique Tibiriçá e, por conseguinte, Suzana Dias era, por afinidade, sobrinha de Ramalho e neta de Tibiriçá, linhagem respeitada no meio social do planalto. [p.181]
 
 Nessas incursões, a família dos Fernandes, povoadores instalados em Santana de Parnaíba, engajou-se em diversas expedições contra as reduções do Guairá (aldeamentos que transpuseram o rio Paraná), Tape (instaladas para além do rio Uruguai) e Itatim (fixadas na parte oriental do rio Paraguai). André Fernandes foi capitão de grandes bandeiras e participou de quase todas as expedições contra as missões jesuíticas na região Sul do país. Era sócio de Raposo Tavares,44 outro grande mestre de campo, chamado de O Conquistador dos Andes e dono de uma fazenda em Quitaúna, situada nos arrabaldes de Parnaíba, hoje município de Osasco (SP).
 
 A grande sesmaria que outrora formava o território parnaibano abrangia terras nos atuais municípios de Araçariguama, Itu, São Roque e Sorocaba. Pertenciam a Suzana Dias e foram desmembrados aos seus familiares, descendentes e agregados. Um dos seus maiores desejos era que seu corpo fosse enterrado na “ermida da gloriosa Santana”, da qual seu filho André Fernandes foi patrono benfeitor. A grande matrona paulista, em testamento realizado no ano de 1628, dividia seus bens com filhos, enteados, netos, escravos forros incorporados à família e com confrarias de irmandades religiosas do seu povoado, manifestando uma preocupação em distribuir os pertences com afeto e a maior equidade possível (Camargo, 1971, p.39-40): “a residência de Suzana Dias era uma casa à margem do rio Tietê. Ficava em frente à antiga Santa Casa, propriedade posterior da família Aquilino de Morais. A tradição fantasiara que seus filhos lhe ofereceram riquíssimo sofá engastado de ouro, prata e pedras preciosíssimas, para repousar sobre os frutos das canseiras de seus descendentes ilustres os bandeirantes parnaibanos notáveis e respeitados. Lá residiu Suzana” (idem, p.32). [p.202 e 203]
 •  “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador|  |  | 
 1 de janeiro de 2014, quarta-feira
 Baltazar Fernandes nasceu por volta de 1580, em São Paulo, nas proximidades do atual Ibirapuera, onde seu pai tinha fazenda. Ou pode ter nascido em Santa Ana de Parnaíba, onde viveu a família dos Fernandes por muitos anos. (...) Outra suposição: era setuagenário, cerca de 74 anos, quando se transferiu para a paragem de Sorocaba, em 1654.•  Biografia de Pedro Rodrigues Cabral, consultado em pt.rodovid.org/wk/Pessoa:1123471 12 de fevereiro de 2022, sábado
 Nascimento de Pedro Rodrigues Cabral em São Paulo filho do ferreiro Bartholomeu Fernandes Cabral e Anna Rodrigues. Bartholomeu era ferreiro.Veio para o Brasil nos primeiros anos da colonização.Em 1578, residia em São Paulo, onde "tinha chãos no Caminho da Cruz e fazenda na banda do Ipiranga".•  “História Antiga da Abadia de São Paulo 1598-1772”. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Tipografia Ideal 1 de janeiro de 1927, sábado
 “Desde casal (Manuel Fernandes Ramos, português, e de Suzanna Dias, mameluca filha de João Ramalho) nasceram três tipos de singular robustes e excepcional energia: André, Domingos e Balthazar, os fundadores de Parnaíba, Itu e Sorocaba”.•  Biografia de Manuel Fernandes Ramos, consultada em pt.rodovid.org/wk/Pessoa:70169 19 de fevereiro de 2023, domingo
 Fundada a povoação de Parnaíba pelos anos de 1580 (cuja primitiva capela foi levantada sob a invocação de Santo Antonio numa ilha do rio Anhembi ou Tietê, e mais tarde mudada para a colina e construída sob a invocação de Santa Anna) por André Fernandes, segundo uns, por Manoel Fernandes Ramos com o concurso de sua mulher e filhos, segundo outros, passou Suzanna Dias a residir nessa povoação onde vivia no princípio do século 17.º com seus filhos.•  “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”.  Jesuíno Felicíssimo Junior 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
 E em 1580 Américo de Moura, 1881- 1953) a cominação foi mais forte: era ele obrigado a expulsar de casa o nativo Gaspar". Vê- se que não é fácil deslindar o caso do Mestre Bartholomeu: três pessoas distintas ou uma só, como pretende o Autor, com três nomes diferentes? [História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página V]•  Dagoberto Mebius - A História de Sorocaba para crianças e alunos do Ensino Fundamental I*
 André Fernandes que em 1580, ao lado de seu pai e de sua mãe, participou da fundação de Santa Ana de Parnaíba. [Página 15]
 1 de novembro de 2003, sábado
 Filho de Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias, era bisneto por parte de mãe do famoso João Ramalho e da índia Bartira. Baltasar Fernandes, nasceu em São Paulo, onde hoje está situado o bairro do Ibirapuera, em 1580. Fez várias entradas nos sertões em busca de nativos. Mão de obra escrava de alto valor naqueles tempos.•  João Ramalho e Bartira: Os Patriarcas da Paulistânia e do Brasil Meridional - Facebook/Paulistânia Tradicional 23 de maio de 2025, sexta-feira
 
 
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 Nascimento de Balthazar Fernandes2 de abril de 1577, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:38:04• Cidades (3): Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (3): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Domingos Fernandes (filho , 1577-1652), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Pessoas (2): Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)•  Consulta em gw.geneanet.org
 4 de abril de 2024, quinta-feira•  Inventários e testamentos, vol. XXXIII, 1946. Documentos da seção do arquivo histórico
 1 de janeiro de 1946, terça-feira•  Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP
 1 de janeiro de 1969, quarta-feira•  O extremo oeste, Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)
 1 de janeiro de 1986, quarta-feira•  “A dúvida dos pelourinhos Pródromos da Fundação e os Beneditinos”. Otto Wey Netto é professor, advogado e ex-redator deste jornal. Membro da Academia Sorocabana de Letras e Instituto Histórico Sorocabano (Jornal Cruzeiro do Sul)
 20 de fevereiro de 2014, quinta-feira•  Biografia de Maria de Zunega Ponce de Leon y Contreras, consultado em My Heritage
 12 de fevereiro de 2022, sábado
 MyHeritage é uma plataforma de genealogia online. Usuários da plataforma podem criar árvores genealógicas, subir fotos e visualizá-las, bem como pesquisar 9 bilhões de registros históricos globais, entre outras funções. Atualmente a empresa conta com 6.2 bilhões de perfis e 54 milhões de árvores genealógicas. Milhões de famílias no mundo inteiro usam o MyHeritage para explorar suas histórias.
 
 
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 Casamento de Suzanna Dias e Manuel Fernandes Ramos1570. Atualizado em 23/10/2025 15:36:42• Cidades (3): Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (4): Belchior da Costa (consogro(a) , 1567-1625), Custódia Dias (filho , 1581-1650), Isabel Fernandes Cabral (consogro(a) , 1565-1634), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Pessoas (1): Bartholomeu Fernandes Cabral (1518-1594)
 • Temas (2): Ermidas, capelas e igrejas, Jesuítas•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. LXXI
 8 de agosto de 2022, segunda-feira
 
 
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 Primeira Missa em São Vicente1567. Atualizado em 23/10/2025 15:36:41• Cidades (2): São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (4): Inácio de Azevedo, José de Anchieta (1534-1597), Leonor Leme (f.0), Pedro Leitão
 • Temas (3): Capitania de São Vicente, Colégios jesuítas, Pela primeira vez•  Depoimento, em São Paulo, de Suzana Dias nos “Processos Anchietanos”
 5 de abril de 1622, terça-feira•  "Milagres de São José de Anchieta" Jornal O São Paulo (03/04/2014)
 3 de abril de 2014, quinta-feira•  JOSÉ DE ANCHIETA - Padre Jesuita - San Cristóbal de La Laguna - Espanha - Peixes. recantodasletras.com.br
 15 de março de 2015, domingo
 
 
 AtualizadosAntigosRecentes|  |  | Suzana Dias imagens  41º de 279
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 O Milagre de Suzanna Dias 12 anos de idade (s/ dia confirmada)junho de 1563. Atualizado em 23/10/2025 15:36:39• Cidades (5): Ilhéus/BA, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (1): Martim Afonso de Melo Tibiriçá (avô(ó) , 1470-1562)
 • Pessoas (1): José de Anchieta (1534-1597)
 • Temas (2): Gentios, Iperoig•  Papa Francisco assina decreto que torna santo o padre José de Anchieta. Eduardo Carvalho, G1 (Globo)
 3 de abril de 2014, quinta-feira
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 Biografia de Suzana Dias, consultado em genearc.net19 de fevereiro de 2023, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:20:02• Cidades (3): Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (3): André Fernandes (filho , 1578-1641), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Lopo Dias Machado (pai/mãe , 1515-1609)
 
 
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 Os Campos Bicudos da “Casa” de Suzana Dias. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia n.º 22 (Consultado nesta data)4 de Setembro de 2022, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:19:59• Cidades (8): Araçoiaba da Serra/SP, Avaré/SP, Botucatu/SP, Curitiba/PR, Itapecirica da Serra/SP, Pitangui/MG, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (4): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Catarina Dias (filho , 1558-1631), Custódia Dias (filho , 1581-1650), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (genro/nora , 1575-1611)
 • Temas (9): Caminho do Peabiru, Gentios, Guaranis, Ibiticatu, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Rio Paranapanema, Rio Pardo, Sabarabuçu
  • 39. Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira1553
 Suzana Dias escreveu seu Testamento. Nele podemos perceber até que ponto a colonização portuguesa tinha progredido durante o século XVI. Suzana, uma devota cristã, identificada com a sociedade portuguesa, apesar de sua mãe indígena e sua própria etnia mameluca. Sabemos que usava roupas, que viveu em uma casa, que ela confessou a um sacerdote, que ela se casou em uma cerimônia cristã.
 Podemos supor dos nomes dos seus filhos que eles foram batizados por um sacerdote e na distribuição da Suzana de dote de casamento de suas filhas casaram-se segundo a doutrina cristã. Consciente de sua responsabilidade como uma mulher cristã no deserto [sertão] do Brasil, fundou uma capela. Mas em outros aspectos de sua vida, ela pode ter mantido costumes indígenas. Ela falou, sem dúvida, Tupi [guarani], a língua comum do planalto.
 
 Possivelmente ela dormiu em uma rede, embora sua vontade começa com a frase "doente na cama"; camas eram escassas e valiosas. Muito provavelmente, sua dieta seguia tradições indígenas, em vez de portuguesas. Em seu catolicismo, provavelmente também, penetrou vestígios de sua origem tribal, crenças e superstições".
 
 Assim, Suzana Dias, como seu avô, João Ramalho, dividia-se entre um mundo português e outro indígena. Levar, viver esta herança, tradição dual, ela, com seu marido português, fez seu caminho para o deserto, o sertão brasileiro. Ao fazê-lo, ela começou a colonização da região à Oeste de São Paulo.
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  • 40. Francisco Rodrigues recebeu de D. Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de “Ibapoara”, topônimo desconhecido14 de julho de 1601
 A prática de fundar uma capela é necessária para colocar os indígenas vencidos em guerra em aldeias para serem doutrinados por um padre, que para isto precisa de uma capela, modelo este, tal como, as frentes militares de D. Francisco de Sousa (1601) forçando que “descessem da serra ou do sertão” evivessem em aldeamentos no litoral, sob a administração e doutrina dos jesuítas,e seriam usados como defesa militar e mão de obra. [p.286]  • 41. Dom Francisco mudou o pelourinho, enviou moradores mas somente os "Sardinha" tinha autorização de entrar nas minas de "Obiracoyava"14 de julho de 1601
 A prática de fundar uma capela é necessária para colocar os nativos vencidos em guerra em aldeias para serem doutrinados por um padre, que para isto precisa de uma capela, modelo este, tal como, as frentes militares de D.Francisco de Sousa (1601) forçando que “descessem da serra ou do sertão” estivessem em aldeamentos no litoral, sob a administração e doutrina dos jesuítas,e seriam usados como defesa militar e mão de obra.  • 42. Após a descoberta do ouro em terras brasileiras, Portugal instituiu várias medidas de caráter fiscalizador com o chamado “Primeiro regimento das terras minerais”15 de agosto de 1603
  • 43. Sorocaba (data estimada)1610
 Custódia Dias casou-se com Geraldo Beting, o mineralogista alemão de Geldres que vem a São Paulo na equipe solicitada por D. Francisco de Sousa. Mas foi assassinado pelos paulistas quando retornava de uma de suas pesquisas com muitos metais da região de Sabarabussu, entre 1610-1611. Isto mesmo! [Página 284]  • 44. O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil10 de junho de 1611
 No tocante às filhas desta “família fundadora”, em que Metkalf (1990, 283-304) menciona que elas ficavam com a maior parte da riqueza como dote para os genros, Custódia Dias casou-se com Geraldo Beting, o mineralogista alemão de Geldres que vem a São Paulo na equipe solicitada por D. Francisco de Sousa. Mas foi assassinado pelos paulistas quando retornava de uma de suas pesquisas com muitos metais da região de Sabarabussu do Rio das Velhas, entre 1610-1611. Isto mesmo!
 Desde 1602, com a jornada que fez Nicolau Barreto e atingiu as imediações de Pitangui, os sertanistas da Serra Acima já sabiam onde se encontrava o ouro do Sabarabussu. Um dos motivos da morte de D. Francisco de Sousa, registrado pela historiografia, desgostoso e depressivo, abandonado na sua casa na Vila de São Paulo, está ligado a este assassinato.
  • 45. Inventário e Testamento e Antonio Rodrigues, genro de Suzana Dias e Manuel16 de abril de 1616
 O uso costumeiro de mandar os filhos ao sertão obtém persistência de geração em geração. No testamento de Domingos Fernandes, em 24 de janeiro de 1653, ele declara que mandou os filhos Tomé e Felipe ao sertão, ‘donde trouxeram muitas peças, das quais Tomé levou 12 para casa e aos demais dei menos’.18No tocante às filhas desta “família fundadora”, em que Metkalf (1990,283-304) menciona que elas ficavam com a maior parte da riqueza como dote paraos genros, Custódia Dias casou-se com Geraldo Beting, o mineralogista alemãode Geldres que vem a São Paulo na equipe solicitada por D. Francisco de Sousa.Mas foi assassinado pelos paulistas quando retornava de uma de suas pesquisascom muitos metais da região de Sabarabussu do Rio das Velhas, entre 1610-1611.Isto mesmo! Desde 1602, com a jornada que fez Nicolau Barreto e atingiu asimediações de Pitangui, os sertanistas da Serra Acima já sabiam onde seencontrava o ouro do Sabarabussu. Um dos motivos da morte de D. Francisco deSousa, registrado pela historiografia, desgostoso e depressivo, abandonado na suacasa na Vila de São Paulo, está ligado a este assassinato.
 A outra filha de Suzana, Catarina Dias, casou-se com Antônio Rodrigues Velho, o Araá, de cujo ramo provém o Velho da Taipa, de Pitangui, genro de Joséde Campos Bicudo, o Monteiro. Segundo seu testamento, em 1616, (Vol. 11, fls47 a 53,1616) Antônio Rodrigues Velho ‘a segunda vez foi casado com Joana deCastilho [com quem], teve seis filhos. [...] Cita os irmãos: Francisco RodriguesVelho (a quem nomeia testamenteiro e curador dos filhos), Garcia RodriguesVelho, o Padre Jorge Rodrigues, já então falecido’.19
 
 Da “Casa” de Suzana Dias, do clã dos Campos Bicudos, Maria Bicudo –moradora em Juqueri, Santana de Parnaíba, falecida em 1659, filha de Antônio Bicudo Carneiro e de Izabel Rodrigues, mãe de Margarida Bicudo casada com Felipe de Campos Bander Borth – era casada com Manuel Pires. Este sertanistaconquistou no sertão muitos gentios bárbaros que, sendo batizados se tornarampeças administradas trabalhando na agricultura, sob a doutrinação do primeirofilho, Padre Estevão Rodrigues da Companhia de Jesus.20
 
 Em seu testamento, como foi se tornando tradição, também Maria Bicudo‘declarou que mandou o filho Salvador para o sertão com sete negros (grifomeu)[...]. Deixou terça para sua filha Margarina Bicudo casada, em 1643 em S.Paulo, com Felipe de Campos Bander Borth e para Isabel Bicudo casada comFrancisco de Arruda Sá’.21 Este, com sesmaria em Itatiaiuçu, era tesoureiro dos quintos nas Minas22, no período anterior a Guerra dos Emboabas. [Os Campos Bicudos da “Casa” de Suzana Dias. Página 284]
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  • 46. Falecimento de Suzana Dias2 de setembro de 1634
 Dela sabemos que usava roupas, que viveu em uma casa, que ela confessou a um sacerdote, que ela se casou em uma cerimônia cristã. Podemos supor dos nomes dos seus filhos que eles foram batizados por um sacerdote e na distribuição de dote de casamentos que suas filhas casaram-se segundo a doutrina cristã. Consciente de sua responsabilidade como uma mulher cristã no deserto (sertão) do Brasil, fundou uma capela. Mas em outros aspectos de sua vida, ela pode ter mantido costumes indígenas. Ela falou, sem dúvida, Tupi (guarani), a língua comum do planalto. Possivelmente ela dormiu em uma rede, embora sua vontade começa com a frase "doente na cama"; camas eram escassas e valiosas. Muito provavelmente, sua dieta seguia tradições indígenas, em vez de portuguesas. 1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]14/07/1601 - Francisco Rodrigues recebeu de D. Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de “Ibapoara”, topônimo desconhecido [17560]14/07/1601 - Dom Francisco mudou o pelourinho, enviou moradores mas somente os "Sardinha" tinha autorização de entrar nas minas de "Obiracoyava" [9119]15/08/1603 - Após a descoberta do ouro em terras brasileiras, Portugal instituiu várias medidas de caráter fiscalizador com o chamado “Primeiro regimento das terras minerais” [21240]01/06/1610 - Francisco de Souza chega em São Paulo* [26582]1610 - Sorocaba (data estimada) [20093]10/06/1611 - O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil [20084]16/04/1616 - Inventário e Testamento e Antonio Rodrigues, genro de Suzana Dias e Manuel [21107]1620 - Antonio Bicudo ganha destaque / início da colonização das Minas de Pitangui [20085]02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias [20168]1643 - Casamento de Margarida Bicudo e Felipe de Campos Bander Borth [1251]01/12/1681 - Testamento de Felipe de Campos [31957]1759 - Jesuítas são expulsos do Brasil [7216]19/09/2024 - Quais são as 10 MAIORES TRIBOS INDÍGENAS brasileiras? Conhecendo o Brasil (Youtube.com) [3838]
 
 
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 Revista iCorpusjulho de 2022. Atualizado em 24/10/2025 02:17:58• Cidades (5): Itapevi/SP, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (1): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670)
 • Pessoas (3): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Manuel da Nóbrega (1517-1570), João Barcellos
 • Temas (7): Caminho do Peabiru, Jeribatiba (Santo Amaro), Maniçoba, Ouro, Rio Geribatiba, Rio Sorocaba, Serra de Jaraguá
 1580 - Afonso Sardinha (45 anos) adquiriu uma grande fazenda em São Paulo (o nas serras de Iguamimbaba, que agora se chama Mantaguyra, na de Jaraguá, termo de S. Paulo, na de Vuturuna (São Roque), na de “Hybiraçoyaba (Sorocaba)” [7933]
 
 
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 A origem do (antropo) topônimo Betim, Jeander Cristian da Silva2020. Atualizado em 24/10/2025 02:17:56• Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (5): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Custódia Dias (filho , 1581-1650), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (genro/nora , 1575-1611), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589), Maria Betting (neto , 1618-1691)
 • Pessoas (6): Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Cornélio de Arzão (f.0), Francisco de Sousa (1540-1611), Jacques Oalte, José Serrão, Maria Garcia Rodrigues Betting (1642-1676)
  • 211. Falecimento de Thoenis (ou Thonis) Bettinck, em Doesburg29 de maio de 1584
  • 212. D. Francisco voltou ao reino com dois mineiros espanhóis e um nativo, testemunhas do muito que fizera em São Paulojunho de 1602
  • 213. Inventário que, em outubro do ano de 1611, foi vendido por Peter van Belheeim, em nome do mencionado Gerrit Bettinck, por uma certa soma de moedas entregues nas mãos de Art Baerken e Evert van Middachten; depois de ter sido lida em voz alta a procuração mencionada como feita nesta secção, deram os procuradores acima mencionados toda herança paterna e materna de Gerrit Bettinck, acima mencionado, em favor de Johan van Ackeren, Udo Avincx, Frerick Besselinck e Hermen Bettinck e seus herdeiros, com a palavra, mão e pena, como acontece num tribunaloutubro de 1611
  • 214. Perante os vereadores Johan Stendering Henrice e Adriaen Buickenvoert comparaceram os excelentíssimos senhores Johan Stendering Lamberss, Johan Dunsberch e Wolter Schaep, como procuradores de Gerhart Bettinck, vivo nas Índias Ocidentais, perto de São Vicente, numa pequena cidade chamada São Paulo, em conseqüência de uma procuração de São Paulo, escrita em português, datada de 29/12/161314 de dezembro de 1614
 29/05/1584 - Falecimento de Thoenis (ou Thonis) Bettinck, em Doesburg [19930]01/06/1602 - D. Francisco voltou ao reino com dois mineiros espanhóis e um nativo, testemunhas do muito que fizera em São Paulo* [13720]01/10/1611 - Inventário que, em outubro do ano de 1611, foi vendido por Peter van Belheeim, em nome do mencionado Gerrit Bettinck, por uma certa soma de moedas entregues nas mãos de Art Baerken e Evert van Middachten; depois de ter sido lida em voz alta a procuração mencionada como feita nesta secção, deram os procuradores acima mencionados toda herança paterna e materna de Gerrit Bettinck, acima mencionado, em favor de Johan van Ackeren, Udo Avincx, Frerick Besselinck e Hermen Bettinck e seus herdeiros, com a palavra, mão e pena, como acontece num tribunal* [24288]14/12/1614 - Perante os vereadores Johan Stendering Henrice e Adriaen Buickenvoert comparaceram os excelentíssimos senhores Johan Stendering Lamberss, Johan Dunsberch e Wolter Schaep, como procuradores de Gerhart Bettinck, vivo nas Índias Ocidentais, perto de São Vicente, numa pequena cidade chamada São Paulo, em conseqüência de uma procuração de São Paulo, escrita em português, datada de 29/12/1613 [24287]
 
 
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 Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolinafevereiro de 2014. Atualizado em 23/10/2025 17:17:23• Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Itapevi/SP, Itu/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
 • Família (1): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670)
 • Temas (21): Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Bacaetava / Cahativa, Bituruna, vuturuna, Caminho até Cotia, Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Carijós/Guaranis, Cruzes, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Jesuítas, Nheengatu, Ouro, Pela primeira vez, Quitaúna, Rodovia Raposo Tavares, Sabarabuçu, Tamoios, Tropeiros, Tupinambás, Tupiniquim
  • 157. Partida da expedição de Bras Cubasjunho de 1560
 "O pequeno cyclo das minas também alli vinha se desdobrando desde as achadas de Luiz Martins, accrescidas pelas do mameluco Affonso Sardinha, o moço, com o mineiro pratico Clemente Alvares, que, além do ouro encontrado em vários sítios ao entorno da Villa de São Paulo, haviam constatado ferro no Araçoiaba, i que lhes valera a construção alli de dois fornos catalães para o seu preparo.
 Assim, D. Francisco de Souza, resolvida a sua viagem, enviou para a Capitania de São Vicente, como administrador das minas e capitão da Villa de S. Paulo a Diogo Gonçalves Laço, o velho, que trouxe consigo dois mineiros e um fundidor. Para capitão-mor da donataria; nomeou a Diogo Arias de Aguirre, que, com trezentos índios e tendo o transporte custeado pelo, porém, de maior vulto realizadas por esse governador geral, nessa sua primeira vinda a São Paulo e attinentes a devassa dos sertões brasileiros, foram as expedições chefiadas (...) [ p. 46]
  • 158. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas1589
 Quando o marido de Suzana Dias falece em 1589 sua fazenda já estava bem desenvolvida e os laços de parentesco distribuídos em amplos territórios que devem ter contribuído muito para que a região aparecesse como produtora de trigo. À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foi fundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654.  • 159. “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275]7 de dezembro de 1589
  • 160. Belchior Dias recebeu terras em Vuturuna (São Roque), caminho de Ibirapuera, onde teria descoberto as minas de Vuturuna12 de dezembro de 1598
 Suzana Dias após a morte de seu primeiro marido casa-se com Belchior da Costa, este traz para a sua vizinhança os filhos de sua primeira mulher e o irmão de Suzana Dias, Belchior Carneiro.
 Recebe desta, quinhentas braças de terra e fixa residência na região. Belchior Carneiro foi o descobridor das minas de ouro do Vuturuna, perto de Parnahiba. Falleceu em 1607 no sertão em descobrimento de metaes. [Páginas 48, 49 e 50]
  • 161. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com  família e 380 escravizadosdezembro de 1654
 À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foi fundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654. 25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]01/06/1560 - Partida da expedição de Bras Cubas* [19975]25/01/1562 - “Ouro que pesava três quartos de dobra e seis grãos” [24070]12/10/1580 - Domingos Grou consegue a restituição de suas terras: São Miguel, então chamada aldeia de Ururaí, no sítio de Carapicuíba, foi doada aos índios de Pinheiros (6 léguas em quadro) [20121]1589 - Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas [9075]07/12/1589 - “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275] [26356]12/12/1598 - Belchior Dias recebeu terras em Vuturuna (São Roque), caminho de Ibirapuera, onde teria descoberto as minas de Vuturuna [20077]01/11/1599 - A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza* [20591]1605 - Descobertas das minas paulistas datam em Araçariguama por Afonso Sardinha [21571]02/01/1608 - D. Francisco de Sousa os privilégios que haviam sido concedidos a Gabriel Soares de Sousa, para a exploração das minas [9770]03/11/1609 - D. Francisco registra nos livros da Câmara quatorze provisões régias que lhe davam na Repartição do Sul poderes idênticos ao do Governador-Geral do Brasil [20270]1632 - Gregoria da Silva casou em São Paulo com João Moreira, daí natural, filho de Pedro Alvares Cabral e Suzana Moreira. Foram moradores em Cotia onde tinham seu sitio [21574]01/12/1654 - Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com  família e 380 escravizados* [6604]16/08/1657 - São Roque foi fundada em meados do século XVII, provavelmente no ano de 1657 [21580]27/07/1671 - A palavra “paulista” é empregada pela primeira vez pelo Visconde de Barbacena [8545]21/07/1674 - Partida de Fernão Dias [21578]1700 - A história de Cotia tem início por volta de 1700, quando os viajantes que iam para o interior dos estados, paravam na vila para descansar e alimentar-se por ser um antigo pouso de tropeiros onde circulavam cargas e mantimentos [21563]03/10/1774 - José Custódio de Sá e Faria parte da ponte Pinheiros [21590]2008 - História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, volume 8 [23226]
 
 
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 “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador2014. Atualizado em 23/10/2025 17:17:23• Cidades (19): Araçoiaba da Serra/SP, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Foz do Iguaçu/PR, Guaratinguetá/SP, Iguape/SP, Itu/SP, Lisboa/POR, Mogi das Cruzes/SP, Passo Fundo/RS, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP, Ubatuba/SP
 • Família (17): André Fernandes (filho , 1578-1641), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (tio , 1493-1580), Beatriz Dias Teveriçá ou Ramalho (pai/mãe , 1502-1569), Belchior da Costa (consogro(a) , 1567-1625), Benta Dias de Proença (neto , 1614-1733), Benta Dias Fernandes (filho , n.1590), Catarina Dias II (neto , 1601-1667), Cecília de Abreu (neto , 1638-1698), Diogo do Rego e Mendonça (neto* , 1609-1668), Lopo Dias Machado (pai/mãe , 1515-1609), Manoel Fernandes de Abreu “Cayacanga” (neto , 1620-1721), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589), Maria de Torales y Zunega (genro/nora , n.1585), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (avô(ó) , 1470-1562), Paulo de Proença e Abreu (genro/nora , f.0), Pedro Dias Correa de Alvarenga (neto* , 1620-1698)
 • Temas (56): Algodão, Apiassava das canoas, Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Botocudos, Bugres, Caaçapa, Cachoeiras, Caciques, Caminho de Curitiba, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Capela de Santa Ana de Sorocaba, Capela de São Bento, Carijós/Guaranis, Catedral / Igreja Matriz, Cavalos, Colinas, Cristãos, Curiosidades, Deus, Ermidas, capelas e igrejas, Escolas, Escravizados, Farinha e mandioca, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Guayrá, Ijuí, Inquisição, Jardim Sandra, Jesuítas, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Mulas, Música, Papas e o Vaticano, Pela primeira vez, Pelourinhos, Pontes, Porcos, Redução de Santa Tereza do Ibituruna, Rio Anhemby / Tietê, Rio Araguaia, Rio Sorocaba, Rua XV de Novembro, São Bento, São Paulo de Piratininga, Tapuias, Tordesilhas, Tupis, União Ibérica, Villa Rica del Espírito Santo, Vinho
  • 98. Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay1480
 Baltazar Fernandes era bisneto de Tibiriçá, cacique dos nativos guaianases e uma das mais importantes figuras da História de São Paulo de Piratininga. Foi tão importante que Anchieta o considerava o fundador de São Paulo. Catequizado pelos jesuítas, foi batizado com o nome de Martim Afonso, em homenagem ao português donatário da Capitania de São Vicente. Das filhas de Tibiriçá, duas ganharam destaque nos primeiros tempos da vida paulista: Bartira, que se casou com João Ramalho e Beatriz, que se casou com Lopo Dias, os avós do fundador de Sorocaba.  • 99. Nascimento de Lopo Dias Machado (1515-1609) em Portugal, viria ao Brasil e se casaria com Beatriz, uma das filhas do cacique Tibiriça Foi pai de três filhos Belchior Dias Carneiro, Isaac Dias Carneiro e Gaspar Dias. E três filhas, Isabel, Suzanna, Jerônima e Antônia Dias1515
 Baltazar Fernandes era bisneto de Tibiriçá, cacique dos nativos guaianases e uma das mais importantes figuras da História de São Paulo de Piratininga. Foi tão importante que Anchieta o considerava o fundador de São Paulo. Catequizado pelos jesuítas, foi batizado com o nome de Martim Afonso, em homenagem ao português donatário da Capitania de São Vicente. Das filhas de Tibiriçá, duas ganharam destaque nos primeiros tempos da vida paulista: Bartira, que se casou com João Ramalho e Beatriz, que se casou com Lopo Dias, os avós do fundador de Sorocaba. [Página 21]  • 100. Bertioga22 de janeiro de 1531
  • 101. Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira1553
 Baltazar Fernandes era bisneto de Tibiriçá, cacique dos nativos guaianases e uma das mais importantes figuras da História de São Paulo de Piratininga. Foi tão importante que Anchieta o considerava o fundador de São Paulo. Catequizado pelos jesuítas, foi batizado com o nome de Martim Afonso, em homenagem ao português donatário da Capitania de São Vicente. Das filhas de Tibiriçá, duas ganharam destaque nos primeiros tempos da vida paulista: Bartira, que se casou com João Ramalho e Beatriz, que se casou com Lopo Dias, os avós do fundador de Sorocaba.  • 102. Santo Amaro15 de janeiro de 1560
 Vale a pena abrir um parênteses, nesta narrativa, a fim de registrar um episódio curioso na vida de Suzana, mãe de Balthazar, contado pelos historiadores Mons. Paulo Florêncio da Silveira Camargo (História de Santana de Parnaíba) e Padre Hélio Abranches Viotti (Anchieta, o Apóstolo do Brasil). E, este detalhe, que vou narrar, agora, ganhou grande notoriedade, neste ano de 2014, quando S. S. o Papa Francisco canonizou o Padre José de Anchieta.
 Quando ainda menina, residindo com seus pais em São Vicente, Suzana Dias foi acometida de uma moléstia grave. Esgotados todos os recursos humanos para a sua cura, Suzana recorreu a Deus, prometendo consagrar-se à vida religiosa, caso ficasse livre da doença, que a atormentava.
 
 Miraculosamente, livre do infortúnio, Suzana cumpria a sua promessa, vivendo uma vida de cristã exemplar, com plano de ingressar num convento. Certo dia, quando estava compenetrada em suas orações, acercou-se dela um irmão leigo jesuíta e sussurrou-lhe aos ouvidos: "Você está liberada da promessa que fez ao Senhor".
 
 Suzana levou um susto e, ruborizada e confusa, dirigiu-se ao religioso: - Mas, que promessa, se eu nunca revelei a ninguém, nem a minha mãe, que fiz alguma promessa ou tinha alguma a cumprir?
 
 O irmão leigo insistiu: - Sou apenas um mensageiro da ordem do Senhor. Você está liberada.
 
 Suzana casou-se e teve 17 filhos.
 
 Essa história da mãe de Balthazar Fernandes não é lenda. O irmão citado, na narração anterior é o venerável padre José de Anchieta e essas informações fazem parte do testemunho de Suzana Dias, no processo de santificação do Apóstolo do Brasil em 1621.
 
 Outro livro: "A Causa da Beatificação do Venerável Padre José de Anchieta", de autoria do padre Viotti, traz mais detalhes sobre o depoimento de Suzana:
 
 "Conhece muito bem o Padre Anchieta e o teve por diretor espiritual, abrindo-lhe toda a consciência".
 
 Conhecia-o, deste antes do sacerdócio, e narra o seguinte fato, que deve referir-se ao ano de 1560, quando novamente se encontram, em Piratininga (São Paulo), os padres Luiz da Grã e Manuel da Nóbrega, superiores da Companhia de Jesus.
 
 "Sendo eu menina de poucos anos e indo à igreja desta vila de São Paulo, ouvi muitas vezes das padres Luiz da Grã e Manuel da Nóbrega, outrora provinciais, que o irmão José era santo e, contando alguns sonhos do irmão, afirmavam que eram revelações e que ele os dissimulava, dizendo que eram sonhos".
 
 E reforça mais ainda:
 
 "Sendo eu de 12 anos e estando enferma, desejei morrer, consagrando a Deus a minha virgindade, mas o padre José, sendo que a ninguém eu dissesse, me falou nesse assunto, que só podia saber através de revelação. Não fiz voto!" [Páginas 23 e 24]
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  • 103. Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias1580
 Baltazar Fernandes nasceu por volta de 1580, em São Paulo, nas proximidades do atual Ibirapuera, onde seu pai tinha fazenda. Ou pode ter nascido em Santa Ana de Parnaíba, onde viveu a família dos Fernandes por muitos anos. (...) Outra suposição: era setuagenário, cerca de 74 anos, quando se transferiu para a paragem de Sorocaba, em 1654.  • 104. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas1589
 O pai de Baltazar, Manoel Fernandes, faleceu em 1589 e, em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...)  • 105. “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275]7 de dezembro de 1589
 O pai de Baltazar, Manoel Fernandes, faleceu em 1589 e, em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...)  • 106. O pai de Baltazar, Manoel Fernandes, faleceu em 1589 e, em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...)1594
 (...) em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...)  • 107. Casamento de Balthazar Fernandes e Maria de Zunega1600
 No ano de 1600, já em plena atividade como sertanista, nos sertões de Guairá, conheceu Maria de Zunega, nascida na Vila Rica, com quem se casou e teve uma filha, Maria de Torales. Alguns genealogistas discordam, dizendo que Maria de Torales seria filha adotiva.  • 108. Balthazar se casa com Isabel de Proença em São Paulo, com a qual teria doze filhos1603
 Em 1603, Balthazar está em São Vicente, casando-se com a paulista Izabel de Proença. Desse casamento, teve 12 filhos: Benta, Maria, Izabel, Potência, Anna, Cecília, Custódia, Marina, Verônica, Manoel, Luiz e Antônio [Página 43]. Em 1603, incansável sertanista já se encontrava em São Vicente, realizando o seu segundo casamento, com Izabel de Proença, filha de João de Abreu, almoxarife da Capitania, português da Ilha Terceira e de Izabel de Proença Varela [Página 47].  • 109. Casamento de Suzana Dias e Belchior da Costa1608
  • 110. Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiásnovembro de 1613
 De 1613 a 1615, Baltazar Fernandes foi alferes numa expedição chefiada por seu irmão André, na região do rio Paraupava (trecho inferior do Rio Araguaia), em Goiás. Essa expedição, organizado por Diogo de Quadros, provedor das minas, embora oficialmente enviada com propósitos de mineração, acabou se transformando em expedição de apresamento de nativos.  • 111. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas23 de setembro de 1619
 Nestes limites, à margem esquerda do rio Anhembi, André Fernandes ergueu mais tarde a capela de Santana, e tendo devassado os sertões vizinhos, pesquisando ouro, obteve para si uma sesmaria limítrofe em 23 de setembro de 1619.Antes de ser o homem público ativo e dedicado, Balthazar Fernandes foi, além de lavrador, ferreiro. Essa reveleção é feita por Jeuíno Felicíssimo Junior, autor da "História da Siderurgia de São Paulo - seus personagens, seus feitos".Informa o autor que, em 1619, Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas e levantou, em Parnaíba, um forno para fundição de ferro, que funcionou até 1645, quando foi interditado e desmontado, em consequência de denúncia feita ao juiz ordinário, Paulo do Amaral.Pelas leis de Portugal para o Brasil, na época, as tendas de ferreiros eram proibias, a fim de evitar que as técnicas de preparação e aproveitamento do ferro fossem parar nas mãos dos índios, tornando suas flechas mais perigosas e mortais.Detalha ainda o mesmo autor que a sesmaria de Balthazar era vizinha da de André, no lugar chamado Ibitiruma.|  |  |  | 
  • 112. Quando da destruição do Guairá, nos anos de 1629 e de 1630, os paulistas parnaibanos, chefiados por André Fernandes, certamente passaram pela localização da futura Sorocaba na ida e na volta1629
 *Balthazar está em São Paulo para resolver o "problema" de sua irmã, Benta Dias  Convento do Carmo da Vila de Santana das Cruzes "Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?" p. 42  • 113. Benta6 de março de 1629
 Balthazar está em São Paulo para resolver o "problema" de sua irmã, Benta Dias. "Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?" p. 42  • 114. Gabriel Ponce de Leon chega em Santana de Parnaíba, casado com a filha "índia" de Balthazar1632
 De 1628 a 1632, Balthazar Fernandes, acompanhando o seu irmão André, participou da grande invasão das missões de Guairá, cativando os chamados "nativos missioneiros" e transferindo-os para Santa Ana de Parnaíba.  • 115. Falecimento de Suzana Dias2 de setembro de 1634
 Vale a pena abrir um parênteses, nesta narrativa, a fim de registrar um episódio curioso na vida de Suzana, mãe de Balthazar, contado pelos historiadores Mons. Paulo Florêncio da Silveira Camargo (História de Santana de Parnaíba) e Padre Hélio Abranches Viotti (Anchieta, o Apóstolo do Brasil). E, este detalhe, que vou narrar, agora, ganhou grande notoriedade, neste ano de 2014, quando S. S. o Papa Francisco canonizou o Padre José de Anchieta.
 Quando ainda menina, residindo com seus pais em São Vicente, Suzana Dias foi acometida de uma moléstia grave. Esgotados todos os recursos humanos para a sua cura, Suzana recorreu a Deus, prometendo consagrar-se à vida religiosa, caso ficasse livre da doença, que a atormentava.
 
 Miraculosamente, livre do infortúnio, Suzana cumpria a sua promessa, vivendo uma vida de cristã exemplar, com plano de ingressar num convento. Certo dia, quando estava compenetrada em suas orações, acercou-se dela um irmão leigo jesuíta e sussurrou-lhe aos ouvidos: "Você está liberada da promessa que fez ao Senhor".
 
 Suzana levou um susto e, ruborizada e confusa, dirigiu-se ao religioso: - Mas, que promessa, se eu nunca revelei a ninguém, nem a minha mãe, que fiz alguma promessa ou tinha alguma a cumprir?
 
 O irmão leigo insistiu: - Sou apenas um mensageiro da ordem do Senhor. Você está liberada.
 
 Suzana casou-se e teve 17 filhos.
 
 Essa história da mãe de Balthazar Fernandes não é lenda. O irmão citado, na narração anterior é o venerável padre José de Anchieta e essas informações fazem parte do testemunho de Suzana Dias, no processo de santificação do Apóstolo do Brasil em 1621.
 
 Outro livro: "A Causa da Beatificação do Venerável Padre José de Anchieta", de autoria do padre Viotti, traz mais detalhes sobre o depoimento de Suzana:
 
 "Conhece muito bem o Padre Anchieta e o teve por diretor espiritual, abrindo-lhe toda a consciência".
 
 Conhecia-o, deste antes do sacerdócio, e narra o seguinte fato, que deve referir-se ao ano de 1560, quando novamente se encontram, em Piratininga (São Paulo), os padres Luiz da Grã e Manuel da Nóbrega, superiores da Companhia de Jesus.
 
 "Sendo eu menina de poucos anos e indo à igreja desta vila de São Paulo, ouvi muitas vezes das padres Luiz da Grã e Manuel da Nóbrega, outrora provinciais, que o irmão José era santo e, contando alguns sonhos do irmão, afirmavam que eram revelações e que ele os dissimulava, dizendo que eram sonhos".
 
 E reforça mais ainda:
 
 "Sendo eu de 12 anos e estando enferma, desejei morrer, consagrando a Deus a minha virgindade, mas o padre José, sendo que a ninguém eu dissesse, me falou nesse assunto, que só podia saber através de revelação. Não fiz voto!" [Páginas 23 e 24]
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  • 116. Balthazar e o irmão André sofreram uma derrota no seu ataque às Missões do Uruguai1637
  • 117. André Fernandes chegou a Santa Tereza do Ibituruna23 de dezembro de 1637
 É verdade também, que Balthazar Fernandes, ao lado do irmão André Fernandes e do seu sobrinho, padre Francisco Fernandes de Oliveira,participou, em 23 de dezembro de 1637, da expedição que destruiu a redução de Santa Tereza, na região da atual cidade de Passo Fundo. Foi em consequência dos atos praticados em Santa Tereza, que Baltazar Fernandes e André Fernandes foram relacionados num documento de excomunhão, assinado pelo bispo de Buenos Aires, caso continuassem destruindo as reduções e caso não devolvessem os nativos cativos e pagassem os dados feitos nas reduções. Isso aconteceu em 1637, conforme documentos originais, guardados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Após a destruição da redução de Santa Tereza, Baltazar e André retornam, em novembro de 1639, a São Paulo, ocasião em que já está a caminho da expedição de Fernão Dias Paes e do seu irmão, Pascoal Leite Paes, que vai atacar as reduções dos Apóstolos (Caaçapaguassu), quando, pela primeira vez, os paulistas são derrotados. É nesse combate, que morre o padre, atingido por um tiro no olho. [Página 111]|  |  |  | 
  • 118. Padre Alfaro adverte Balthazar19 de fevereiro de 1638
 A excomunhão de Baltazar Fernandes
 "...excomulgacion y censuras contra los portugueses que acometen a las reduciones de los nativos..." Este é o cabeçalho de um documento de fevereiro de 1638, assinado pelo padre Diego de Alfaro, da Companhia de Jesus, superior das reduções jesuíticas pertencentes ao Paraguai e comissário do Santo Ofício da Inquisição, que adverte "o capitão André Fernandes, Baltazar Fernandes, o capitão fulano Pedroso,o capitão Domingos Álvares e fulano Prieto y otros muchos portugueses y castelhanos, que estão aprisionando nativos cristãos - homens, mulheres, crianças e velhos - destruindo suas cabanas, sua alimentação e até matando-os. Invadem as igrejas e furtam os bens eclesiásticos".
 
 Esse documento, cujo original se encontra na Biblioteca Nacional, foi entregue, na Redução da Candelária, pelos padres Pedro Romero e Juan Batista Hornos, notário apostólico, aos sertanistas Francisco Paiva e Antonio Pedroso, que se negaram a recebê-lo. Nesse momento, o padre Alfaro procedeu a leitura do documento em voz alta e inteligível, como relato o historiador Aurélio Porto, ordenando os sertanistas para que dentro de 24 horas saíssem do território do bispado da Prata e restituíssem os nativos maiores e menores, homens e mulheres que têm cativos, sob pena de excomunhão. Os sertanistas Paiva e Pedroso destruíram as citações, o que levou o padre Alfaro a confirmar a excomunhão.Mas vez compareceram os jesuítas ao acampamento dos sertanistas, anunciando a sua excomunhão, com o que não se preocuparam os paulistas, alegando que iriam recorrer.
 
 Embora citados, no documento de excomunhão, André e Baltazar não se encontravam no local (Candelária). Já tinham iniciado a volta para São Paulo, trazendo grande número de nativos cativos.
 
 Esse episódio é o único que estabelece uma relação entre Baltazar Fernandes e o padre Diego de Alfaro, advindo daí, talvez, o boato de que teria sido ele o matador do padre. Como se vê, esse fato ocorreu, em fevereiro de 1638, e o padre viria a morrer em combate em janeiro de 1639, 11 meses depois, algumas centenas de quilômetros distante dali.
 
 A ausência de André e Baltazar Fernandes, em Candelária, onde fora lido o documento de excomunhão, é explicado por Aurélio Porto, na sua "História das Missões Orientais do Uruguai":
 
 "Terminada a ocupação de Santa Tereza, mandou o caudilho André Fernandes, que um destacamento de 30 a 40 paulistas, apoiado por mais de 1.000 tupis e nativos amigos fossem assolar as reduções do Ijuí. Esse grupo, parece, teria por comandantes os sertanistas capitães Francisco de Paiva e Antonio Pedroso, se bem que outros paulistas de escol dele fizessem parte".
 
 Efetivamente, foram esses dois bandeirantes, Paiva e Pedroso que, segundo documentação jesuítica, receberam a notícia de excomunhão das mãos dos jesuítas. [Páginas 118 e 119]
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  • 119. Bula papal à Companhia de Jesus a direção dos Índiosmarço de 1638
  • 120. Bandeirantes paulistas travam combate com espanhóis e guaranis9 de janeiro de 1639
 Embora citados, no documento de excomunhão, André e Baltazar não se encontravam no local (Candelária). Já tinham iniciado a volta para São Paulo, trazendo grande número de nativos cativos.
 Esse episódio é o único que estabelece uma relação entre Baltazar Fernandes e o padre Diego de Alfaro, advindo daí, talvez, o boato de que teria sido ele o matador do padre. Como se vê, esse fato ocorreu, em fevereiro de 1638, e o padre viria a morrer em combate em janeiro de 1639, 11 meses depois, algumas centenas de quilômetros distante dali.
 
 A ausência de André e Baltazar Fernandes, em Candelária, onde fora lido o documento de excomunhão, é explicado por Aurélio Porto, na sua "História das Missões Orientais do Uruguai":
 
 "Terminada a ocupação de Santa Tereza, mandou o caudilho André Fernandes, que um destacamento de 30 a 40 paulistas, apoiado por mais de 1.000 tupis e nativos amigos fossem assolar as reduções do Ijuí. Esse grupo, parece, teria por comandantes os sertanistas capitães Francisco de Paiva e Antonio Pedroso, se bem que outros paulistas de escol dele fizessem parte".
 
 Efetivamente, foram esses dois bandeirantes, Paiva e Pedroso que, segundo documentação jesuítica, receberam a notícia de excomunhão das mãos dos jesuítas. [Páginas 118 e 119]
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  • 121. Assassinato de Diego de Alfaro, comissário da Inquisição17 de janeiro de 1639
 Nas questões políticas, como representante de Santa Ana de Parnaíba e líder de sua comunidade, está sempre na vanguarda dos acontecimentos a qualquer preço. Por ter participado, em 1640, juntamente com outras lideranças paulistas, do episódio da expulsão dos jesuítas de São Paulo, foi castigado pela Igreja, sofrendo a pena de excomunhão. Os paulistas justificavam a decisão, diante do fato dos padres terem extrapolado as suas funções, indo além do poder espiritual, interferindo nas questões políticas do povoado. Pesou, principalmente, na decisão dos paulistas, a publicação da bula do Papa Urbano VIII, que proibiu a escravização dos nativos, uma causa defendida pelos jesuítas. Em 1647, esclarecidos os fatos, um alvará régio suspendeu a pena de excomunhão. Em 1652, Baltazar está em São Vicente, como representante de Parnaíba, participando do movimento pela volta dos jesuítas expulsos. [Página 44]
 Após a destruição da redução de Santa Tereza, Baltazar e André retornam, em novembro de 1639, a São Paulo, ocasião em que já está a caminho da expedição de Fernão Dias Paes e do seu irmão, Pascoal Leite Paes, que vai atacar as reduções dos Apóstolos (Caaçapaguassu), quando, pela primeira vez, os paulistas são derrotados. É nesse combate, que morre o padre, atingido por um tiro no olho.
 
 As suspeitas apontam para Paschoal Leite Paes
 
 As suspeitas apontam o sertanista Paschoal Leite Paes, irmão de Fernão Dias Paes (Leme), o governador das esmeraldas, como o responsável pela morte do padre Alfaro, durante o combate de Caazapaguassu. Não há documento que afirme, taxativamente, que foi ele quem deu o tiro fatal. Mas, está documentado que Paschoal era o chefe (cabo) da expedição de Caazapaguassu, como também está documentado que foi o chefe da expedição em questão, que acertou o padre. Essas informações estão claras e fazem parte das narrativas dos principais historiadores brasileiros, que trataram do assunto. Confirmando esses fatos, Sorocaba continua fazendo parte da história da morte do padre Diego de Alfaro. Ao lado de Baltazar Fernandes, Pascoal foi o primeiro juiz de Sorocaba, eleito em 3 de março de 1661.
 
 Aluísio de Almeida em seu livro "História de Sorocaba", editado em 1969, ao fazer identificação de cada um dos integrantes da primeira Câmara de Sorocaba, comenta:
 
 "Pascoal Leite Paes, de identificação difícil, porque não podia ser o irmão de Fernão Dias Paes Leme, e logo morreu em Parnaíba".
 
 Em outro livro, "Sorocaba, 3 séculos de História" publicação póstuma do mesmo autor, a informação é totalmente contrária. Observem:
 
 "Pascoal Leite Paes, um dos primeiros vereadores (sic) nomeados, foi velho sertanista a descansar em sua fazenda possivelmente dos lados do Apotribu. Irmão do grande Governador das Esmeraldas, com quem esteve na derrota de 1630, em Caaçapaguaçu, foi prisioneiro no Prata. Voltando alguns anos depois, este grande homem ajudou a nascer Sorocaba, findando-se em sua fazenda, em 1664".
 
 Informações equivocadas à parte (Pascoal foi juiz e não vereador, a derrota foi em 1639), a informação do historiador sorocabano confirma que Pascoal Leite Paes, primeiro juiz de Sorocaba, irmão de Fernão Dias Paes, esteve em Caazapaguassu e foi mantido preso no Prata. Só não afirmou que foi ele quem atirou no padre. [Páginas 115, 116 e 117]
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  • 122. Bula Papal condenando o cativeiros dos índios no Brasil produz graves distúrbios no Rio de Janeiro, em Santos e em São Paulo22 de abril de 1639
 O monsenhor Paulo Florêncio da Silveira Camargo descreve este fato em seu livro "História de Santa Ana de Parnaíba":
 "Repercutiu em Parnaíba, o breve libertador dos nativos, a dita bula do papa Urbano VIII (22 de abril de 1639). Atribuíram aos jesuítas a consecução da referida bula e queria expulsá-los de São Paulo. Na reunião das Câmaras, em São Vicente (24 e 25 de junho de 1640), Baltazar Fernandes representou Parnaíba". Na mesma obra o monsenhor Paulo Florêncio lembra que:
 
 "Baltazar Fernandes foi procurador geral de Parnaíba. Compareceu em São Paulo (6 de agosto de 1641), na reunião coletiva para eleição do representante na visita a D. João IV, em Lisboa".
 
 Registra também, que a expedição de André Fernandes, da qual Baltazar Fernandes fazia parte, retorna a São Paulo, em dezembro de 1638 ou no início de 1639, após a destruição da Redução de Santa Tereza. O padre foi morto em janeiro de 1639. [Páginas 115 e 116]
  • 123. Carta datada de 23 de julho de 1639, do padre Ruyer para o padre Antonio Ruiz de Montoya, procurador geral das reduções do Paraguai e da Companhia de Jesus23 de julho de 1639
 Vamos ao trecho (já traduzido) da carta do padre Ruyer, que mais interessa a este caso:
 "Vossa Reverendíssima já está sabendo da desgraçada morte repentina do nosso bom padre Diego de Alfaro, superior digníssimo destas reduções, a qual um malvado português matou em Caaçapaguassu, onde estava também o governador do Paraguai, D. Pedro de Lugo, com 60 soldados, por cuja covardia, frouxidão e omissão, o bom padre foi animando os seus filhos (nativos) a que lutassem valorosamente contra os inimigos, que haviam se escondido atrás de um pequeno morro. Acontece que um malvado, escondido em uma choça,a poucos passos dali, conhecendo muito bem o padre, apontou e atirou de frente sobre o olho direito, o que derrubou o pobre padre, que em seguida perdeu a fala e não o sentido. Foi quando um outro padre ali presente, tomando-lhe a mão, disse que a apertasse, para que lhe desse a absolvição e concedesse a indulgência plena. Ele abriu o olho esquerdo, olhou para o padre e lhe apertou a mão, que foi dia de Santo Antonio Abade (17 de janeiro de 1639), pela manhã, depois de ter caminhado todo o exército três léguas de noite". (Carta datada de 23 de julho de 1639, do padre Ruyer para o padre Antonio Ruiz de Montoya, procurador geral das reduções do Paraguai e da Companhia de Jesus). [Páginas 111 e 112]
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  • 124. Retornonovembro de 1639
 Após a destruição da redução de Santa Tereza, Baltazar e André retornam, em novembro de 1639, a São Paulo, ocasião em que já está a caminho da expedição de Fernão Dias Paes e do seu irmão, Pascoal Leite Paes, que vai atacar as reduções dos Apóstolos (Caaçapaguassu), quando, pela primeira vez, os paulistas são derrotados. É nesse combate, que morre o padre, atingido por um tiro no olho.  • 125. Balthazar Fernandes está no atual território do Rio grande do Sul participando da destruição de Santa Tereza do Ibituruna, segundo o livro “Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?” do jornalista Sérgio Coelho de Oliveira24 de dezembro de 1639
 1639 (Natal) - Novamente no sertão, agora no atual território do Rio Grande do Sul, participando da destruição da redução de Santa Tereza. [Página 100]  • 126. Reunião24 de junho de 1640
 O monsenhor Paulo Florêncio da Silveira Camargo descreve este fato em seu livro "História de Santa Ana de Parnaíba":
 "Repercutiu em Parnaíba, o breve libertador dos nativos, a dita bula do papa Urbano VIII (22 de abril de 1639). Atribuíram aos jesuítas a consecução da referida bula e queria expulsá-los de São Paulo. Na reunião das Câmaras, em São Vicente (24 e 25 de junho de 1640), Baltazar Fernandes representou Parnaíba".
  • 127. Jesuítas são expulsos de São Paulo13 de julho de 1640
 Nas questões políticas, como representante de Santa Ana de Parnaíba e líder de sua comunidade, está sempre na vanguarda dos acontecimentos a qualquer preço. Por ter participado, em 1640, juntamente com outras lideranças paulistas, do episódio da expulsão dos jesuítas de São Paulo, foi castigado pela Igreja, sofrendo a pena de excomunhão. Os paulistas justificavam a decisão, diante do fato dos padres terem extrapolado as suas funções, indo além do poder espiritual, interferindo nas questões políticas do povoado. Pesou, principalmente, na decisão dos paulistas, a publicação da bula do Papa Urbano VIII, que proibiu a escravização dos nativos, uma causa defendida pelos jesuítas. Em 1647, esclarecidos os fatos, um alvará régio suspendeu a pena de excomunhão.   • 128. Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba1645
 A história de Sorocaba é cheia de encontros e desencontros, que chega a ser folclórico. O Morro do Ipanema, não é de Ipanema, e sim de Araçoiaba; A igreja de São Bento não é de São Bento, é de Santa Ana; a casa da Marquesa de Santos (Quinzinho de Barros) não é da Marquesa; Brigadeiro Tobias, marido traído, nunca foi traído; o animal do tropeiro era mula, mas no monumento está o cavalo; a casa do Balthazar parece que não é... e assim por diante.   • 129. Rei concede perdão aos paulistas7 de outubro de 1647
 Por ter participado, em 1640, juntamente com outras lideranças paulistas, do episódio da expulsão dos jesuítas de São Paulo, foi castigado pela Igreja, sofrendo a pena de excomunhão. Os paulistas justificavam a decisão, diante do fato dos padres terem extrapolado as suas funções, indo além do poder espiritual, interferindo nas questões políticas do povoado. Pesou, principalmente, na decisão dos paulistas, a publicação da bula do Papa Urbano VIII, que proibiu a escravização dos nativos, uma causa defendida pelos jesuítas. Em 1647, esclarecidos os fatos, um alvará régio suspendeu a pena de excomunhão.   • 130. Falecimento de Izabel Proença de Abreu, filha de Balthazar Fernandes em Santana de Parnaíba1648
  • 131. Restituição dos padres jesuítas aos seis colégios3 de junho de 1652
 Em 1652, Baltazar está em São Vicente, como representante de Parnaíba, participando do movimento pela volta dos jesuítas expulsos.  • 132. Testamento de Isabel de Proença é assinado em Santana de Parnaíba28 de novembro de 1654
 E, para finalizar, os historiadores divergem quanto à data da chegada de Balthazar Fernandes a Sorocaba, se em 1646 ou se em 1654. Existem documentos historiando esses dois momentos. Existem documentos historiando, além desses dois momentos, uma fundação em 1670 E tem mais: a tal casa do Balthazar... será que era mesmo? [Página 12]
 Outra suposição: era setuagenário, cerca de 74 anos, quando se transferiu para a paragem de Sorocaba, em 1654. Até o nome do ilustre sertanista é discutível. Tão diversas são as formas que aparecem nos documentos do século XVII: Balthazar, Balthezar, Baltasar e Baltazar. [Página 19]
 
 O testamento de Izabel de Proença, esposa de Balthazar, fez quando ainda viva, em 28 de novembro de 1654, e os dois inventários dos bens da família que se seguem, após a sua morte, em abril de 1555 - o primeiro em Santa Ana de Parnaíba e o outro em Sorocaba - contém importantes revelações sobre a vida dos Fernandes.
 
 São, portanto, três documentos já citados por Luis Castanho de Almeida, de onde extraímos alguns fatos interessantes. No primeiro documento, de novembro de 1654, Izabel de Proença revela que... "... estando eu, Izabel de Proença, em meu perfeito juízo e entendimento, Nosso Senhor Jesus Cristo me deixou doente de cama temendo a morte... e por não saber o que Deus Nosso Senhor quererá fazer de mim, e quando será servido me levar para si, ordenei fazer este meu testamento."
 
 Esse documento segue com uma profissão de fé na Santíssima Trindade, obediência à Santa Madre Igreja e um pedido de proteção a Deus, Jesus Cristo, Nossa Senhora e a todos os santos e anjos da corte celestial, em especial à santa do seu nome. Seguindo costume da época, pede que seu corpo seja sepultado na igreja do lugar onde falecer. Em seguida, dirige-se a sua família e recomenda:
 
 "E peço por serviço de Deus Nosso Senhor ao padre vigário meu sobrinho, Francisco Fernandes de Oliveira, faça a minha cédula de testamento e peço ao meu marido, Balthazar Fernandes e a meu irmão Paulo de Proença Abreu, sejam meus testamenteiros".
 
 Declara-se casa com Balthazar Fernandes, com quem teve vários filhos e filhas, nomeando seus herdeiros. Nem todos...
 
 "... quanto a, minha filha Benta, que se casou com Pedro Correa não dotamos e nem demos nada por se casar contra as nossas vontades, minha e de seu pai, no que nos tem dado muitos desgostos". [Páginas 28 e 29]
 
 Retornando do Rio Grande do Sul, em1639, já beirando os 60 anos, Balthazar decidiu "pendurar as chuteiras", como bandeirante. Era hora de se dedicar mais aos seus negócios, em Santa Ana do Parnaíba, onde exercia certa liderança política e tinha a sua fazenda. Era hora, também, de iniciar a sua missão de povoador, uma tradição de família. Era hora de pensar em Sorocaba.
 
 Nas suas idas e vindas ao Paraguai, conheceu a Paragem de Sorocaba, onde os bandeirantes costumavam fazer um pouso, antes de chegarem em casa - Parnaíba ou São Paulo. E foi aí
 
 "nessas datas de terras de sesmaria de uma légua de terra em quadra; outra légua de terra nessa mesma paragem de Sorocaba, da outra banda do rio correndo da ponte para cima até a cachoeira", parte doada por sua mãe e por seu irmão André, parte conquistada por ele mesmo, que decidiu se estabelecer com uma fazenda de criação de gado e plantação, o embrião da futura Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba. [Página 65]
 
 Essa ponte a que se refere o documento não foi construída por Balthazar, mas já existia desde o final do século XVI, mandada construir por D. Francisco de Souza, governador geral do Brasil, quando em visita às minas do Morro Araçoiaba. Era uma ponte pequena, estreita, porém no mesmo local da atual, na rua XV de novembro. [Página 66]
 
 Em um outro documento, produzido em 1732, e existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto, a história da origem de Sorocaba é assim contada:
 
 "Esta igreja e mosteiro fundou no alto desta Villa de Sorocaba o capitão-mór Balthazar Fernandes, fundador que foi também da dita Villa, no ano de 1654. Está esta villa situada junto ao rio do Sorocaba, nome que lhe deu o gentio... Este não é muito grande, mas é navegável porque por ele abaixo navegavam os homens antigamente a buscar gentio e hoje o navegam também para ir as minas novamente descobertas do Cuyabá e Cochiponen..." [Página 69]
 
 (...) Nativos pioneiros
 
 Além desses primeiros moradores, procedentes de Santa Ana do Parnaíba, São Paulo e Paraguai, temos o grande contingente de nativos, cuja relação nominal estamos publicando, conforme o testamento de Izabel de Proença. É curioso observar que , quando se trata de bebês e crianças, são identificados como "crias" e não tem nomes, talvez porque ainda não tivessem sido batizados ou registrados. A seguir a lista dos nativos:
 
 José e sua mulher Sabina e uma cria;
 Gabriela solto, com um irmão rapazinho e duas raparigas;
 Pedro solto e seu irmão Bastião;
 Antonia rapariga e sua irmã;
 Pedro e Izabel com um filhinho e sua filhinha;
 Salvador rapaz solto;
 Miguel, solto;
 João e sua mulher Cecília, uma rapariga e três rapadinhos seus filhos;
 Ipólita, solta com dois filhinhos;
 Tomas solto;
 Bras e sua mulher Maria com uma criança;
 Bartholomeu e sua mulher, Andreaza com uma cria;
 Alberto solto;
 PEdro e sua mulher (?) com uma cria;
 Grimaneza solta;
 Baltezar solto;
 Aleixo, solto;
 Cecília solta com duas crias;
 Marinho rapaz solto;
 Felipe rapaz solto;
 Domingos e sua mulher Custódia e sua mulher Mônica;
 Joseph, sua mulher Christina, sua filha Barbosa e uma cria;
 Felipa solta e seu filho André;
 Paula solta;
 América moça, sua filha e 4 filhos pequenos;
 José e sua mulher Maria com três filhos pequenos;
 Manoel solto;
 Pedro e sua mulher Sabina com quatro filhos pequenos;
 José e sua mulher Sabina com quatro filhos;
 Antônia solta com dois filhos e uma filha pequena;
 Pascoal e sua mulher Constança com duas filhas e um filho pequeno;
 Miguel e sua mulher Clemência, com um filho e uma filha pequenos;
 Roque e sua mulher Helena com duas filhas, Catarina e Asença e mais quatro filhos pequenos;
 Gaspar e sua mulher Marqueza e mais quatro filhos pequenos;
 Lourenço e sua mulher Lucrécia;
 Ignocêncio e sua mulher Augustinha, com dois filhos pequenos;
 Luiz solto;
 João e sua mulher "Índia";
 Gregório solto e seu filho João;
 Antonio solto;
 Gabriel e sua mulher Pelonia com quatro filhos pequenos;
 Vicente solto e sua irmã moça por nome Maria e sua mãe também por nome Maria;
 José solto;
 Gabriel e sua filha Anastácia e três filhos pequenos;
 Paulo e sua mulher Joana e seu filho João, moço, e dois filhos pequenos;
 Alonço e sua mulher Paula Angela, seu marido velho com um filho moço por nome Fernando e uma filha pequena;
 Henrique e sua mulher Mônica e uma filha moça por nome Leonor;
 Joana solta com cinco filhos e filhas pequenos e um moço, também seu filho, por nome Francisco;
 Izabel, solta;
 Maria, solta com uma cria;
 José e sua mulher Izabel;
 Fernando e sua mulher (?) com seus filhos pequenos, Pedro e Sebastião;
 Pedroe sua mulher Ana, João, seu filho moço e dois filhos pequenos;
 Alexandre e sua mulher Inácia e uma filha pequena;
 Domingos e sua mulher Cecília com cinco filhos pequenos;
 Pedro e sua mulher;
 Paula e sua filha moça por nome de Catarina e um filho pequeno;
 Luzia e seu marido velho, com dois filhos pequenos;
 Gabriel e sua mulher; Francisca e uma filha moça por nome Izabel e três filhos pequenos;
 Bastião e sua mulher Marina;
 Afonso e sua mulher Marqueza com um rapaz seu filho e outro filho moço por nome José e sua mulher Tiodora;
 Marcos e sua mulher Ambrosia com duas filhas moças por nome Bastiana e Juliana e três filhos pequenos;
 Salvador e sua mulher velha Inocencia;
 Paulo e sua mulher Maria, seu filho moço por nome Miguel e quatro filhos pequenos;
 Camila solta com duas filhas pequenas;
 Domingos e sua mulher Cecília e dois filhos pequenos;
 Henrique e sua mulher Apolonia com um filhinho;
 Garcia e sua mulher Cristina e um filho moço por nome João;
 Antonio e sua mulher Sabina;
 Tomé e sua mulher velha Cecília;
 Felipe solto com seu filho pequeno;
 Felipa solta com filho;
 Branca solta;
 Angela solta;
 Estacia solta;
 Maria solta;
 Constança, solta;
 Antonio solto e sua irmã Serafina, as crias e três irmãos pequenos;
 Andreza solta;
 Ana, solta;
 Merencia solta;
 Cecília solta;
 Marqueza solta;
 Lourença solta;
 Uma raparigona solta por nome de Domingas;
 Tiodozia solta;
 Matia e sua mulher velha;
 Lourenço e sua mulher Andreza com duas crias;
 Bastião e sua mulher Luzia com duas crias;
 Barnabé, solto, rapagão;
 Gonçalo e sua mulher Antonia com duas filhas pequenas;
 Branca solta com seu filhos moço por nome de Amaro e sua filha pequena;
 Asenço e sua mulher Maria e seu irmão por nome Tomé, moço solto e um irmão pequeno e seus pais velhos;
 Potencia solta e um pequeno filho;
 Clemencia solta; Catarina solta e uma irmã pequena e seu pai velho;
 Fernando e sua mulher Izabel, Manoel e seu filho moço e Verônica moça também sua filha;
 Roque solto;
 Luiz e sua mulher Maria, com três filhos pequenos;
 Alonço e sua mulher Mônica e três filhos e uma irmã por nome Paula, solta;
 Luiz e sua mulher Sabina e um filho moço por nome Dionisio e três filhos pequenos;
 Paulo e sua mulher Ignacia e um rapaz por nome Bartolomeu, seu filho e quatro crias;
 Francisco e sua mulher Ursula e seu irmão Belchior;
 Henrique solto;
 Manoel solto e mudo;
 Cristina solta com uma filha;
 Domingas, solta;
 Antonio e sua mulher Andreza;
 Alonço e sua irmã Francisca;
 Bárbara solta e sua irmã Maria e seu filho Custódio, moço solto com dois filhos e a mãe velha;
 Guiomar solta;
 Sabina solta;
 Tomazia solta;
 Bartolomeu e sua mulher Fabiana, seu filho moço por nome Bartolomeu e dois filhos pequenos;
 Cecília solta;
 Generoza solta;
 Marina solta;
 Sabina solta;
 Francisco, rapagão solto;
 Tomé e sua mulher Luzia com dois filhos pequenos e um moço solto, seu irmão por nome João;
 João e sua mulher Ana com dois filhos pequenos.
 
 A relação acima, de 377 nativos, leva-nos a sua conclusões interessantes. A primeira é que uma pessoa para ter essa quantidade de nativos, seja para serviços em suas terras, seja para comércio, teria de ser muito rica, muito abastada, como de fato o era Balthazar Fernandes. Na verdade, ele precisava de mão de obra para plantar e colher, para fazer vinho e farinha de trigo e, finalmente, transportar a sua produção no lombo dos nativos. E ele tinha duas fazendas. O historiador Sérgio Buarque de Holanda observa no seu livro História Geral da Civilização Brasileira:
 
 "Possuir escravizados nativos constitutía índice de abastança e de poder que seriam proporcionais ao número das ´peças´ possuídas".
 
 A segunda sugere que os nativos, que concorreram para a formação do povo sorocabano, não eram, obrigatoriamente, os tupis, que habitavam esta região paulista. A maioria fazia parte das levas de outras tribos de nativas, como os guaranis do Paraguai; os tapes e gês, do Rio Grande do Sul, apreendidos pelas expedições de apresamento.
 
 Para encerrar este capítulo, é importante observar o que escreveu Luiz Castanho de Almeida, sobre este assunto, em sua "História de Sorocaba":
 
 "Provavelmente, passava por estar imediações o habitat da grande tribo dos carijós, que se estendia desde o Itanhaen até o Guairá e Rio Grande do Sul. Pobres criaturas, foram os primeiros escravos e em povoação tão grande que, até o século XVIII, se chamavam carijós os escravizados da raça vermelha de um modo geral. Esses escravizados é que foram os fundadores humildes de Sorocaba, ficando nas fazendas e sesmarias da redondeza, socando as primeiras taipas, aumentando a população entre si e, aqui também, servindo a sensualidade de brancos e mamelucos." [Páginas 76, 77, 78 e 79]
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  • 133. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com  família e 380 escravizadosdezembro de 1654
 E, para finalizar, os historiadores divergem quanto à data da chegada de Balthazar Fernandes a Sorocaba, se em 1646 ou se em 1654. Existem documentos historiando esses dois momentos. Existem documentos historiando, além desses dois momentos, uma fundação em 1670 E tem mais: a tal casa do Balthazar... será que era mesmo? [Página 12]
 Outra suposição: era setuagenário, cerca de 74 anos, quando se transferiu para a paragem de Sorocaba, em 1654. Até o nome do ilustre sertanista é discutível. Tão diversas são as formas que aparecem nos documentos do século XVII: Balthazar, Balthezar, Baltasar e Baltazar. [Página 19]
 
 O testamento de Izabel de Proença, esposa de Balthazar, fez quando ainda viva, em 28 de novembro de 1654, e os dois inventários dos bens da família que se seguem, após a sua morte, em abril de 1555 - o primeiro em Santa Ana de Parnaíba e o outro em Sorocaba - contém importantes revelações sobre a vida dos Fernandes.
 
 São, portanto, três documentos já citados por Luis Castanho de Almeida, de onde extraímos alguns fatos interessantes. No primeiro documento, de novembro de 1654, Izabel de Proença revela que... "... estando eu, Izabel de Proença, em meu perfeito juízo e entendimento, Nosso Senhor Jesus Cristo me deixou doente de cama temendo a morte... e por não saber o que Deus Nosso Senhor quererá fazer de mim, e quando será servido me levar para si, ordenei fazer este meu testamento."
 
 Esse documento segue com uma profissão de fé na Santíssima Trindade, obediência à Santa Madre Igreja e um pedido de proteção a Deus, Jesus Cristo, Nossa Senhora e a todos os santos e anjos da corte celestial, em especial à santa do seu nome. Seguindo costume da época, pede que seu corpo seja sepultado na igreja do lugar onde falecer. Em seguida, dirige-se a sua família e recomenda:
 
 "E peço por serviço de Deus Nosso Senhor ao padre vigário meu sobrinho, Francisco Fernandes de Oliveira, faça a minha cédula de testamento e peço ao meu marido, Balthazar Fernandes e a meu irmão Paulo de Proença Abreu, sejam meus testamenteiros".
 
 Declara-se casa com Balthazar Fernandes, com quem teve vários filhos e filhas, nomeando seus herdeiros. Nem todos...
 
 "... quanto a, minha filha Benta, que se casou com Pedro Correa não dotamos e nem demos nada por se casar contra as nossas vontades, minha e de seu pai, no que nos tem dado muitos desgostos". [Páginas 28 e 29]
 
 Em um outro documento, produzido em 1732, e existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto, a história da origem de Sorocaba é assim contada:
 
 "Esta igreja e mosteiro fundou no alto desta Villa de Sorocaba o capitão-mór Balthazar Fernandes, fundador que foi também da dita Villa, no ano de 1654. Está esta villa situada junto ao rio do Sorocaba, nome que lhe deu o gentio... Este não é muito grande, mas é navegável porque por ele abaixo navegavam os homens antigamente a buscar gentio e hoje o navegam também para ir as minas novamente descobertas do Cuyabá e Cochiponen..." [Página 69]
 
 (...) Nativos pioneiros
 
 Além desses primeiros moradores, procedentes de Santa Ana do Parnaíba, São Paulo e Paraguai, temos o grande contingente de nativos, cuja relação nominal estamos publicando, conforme o testamento de Izabel de Proença. É curioso observar que , quando se trata de bebês e crianças, são identificados como "crias" e não tem nomes, talvez porque ainda não tivessem sido batizados ou registrados. A seguir a lista dos nativos:
 
 José e sua mulher Sabina e uma cria;
 Gabriela solto, com um irmão rapazinho e duas raparigas;
 Pedro solto e seu irmão Bastião;
 Antonia rapariga e sua irmã;
 Pedro e Izabel com um filhinho e sua filhinha;
 Salvador rapaz solto;
 Miguel, solto;
 João e sua mulher Cecília, uma rapariga e três rapadinhos seus filhos;
 Ipólita, solta com dois filhinhos;
 Tomas solto;
 Bras e sua mulher Maria com uma criança;
 Bartholomeu e sua mulher, Andreaza com uma cria;
 Alberto solto;
 Pedro e sua mulher (?) com uma cria;
 Grimaneza solta;
 Baltezar solto;
 Aleixo, solto;
 Cecília solta com duas crias;
 Marinho rapaz solto;
 Felipe rapaz solto;
 Domingos e sua mulher Custódia e sua mulher Mônica;
 Joseph, sua mulher Christina, sua filha Barbosa e uma cria;
 Felipa solta e seu filho André;
 Paula solta;
 América moça, sua filha e 4 filhos pequenos;
 José e sua mulher Maria com três filhos pequenos;
 Manoel solto;
 Pedro e sua mulher Sabina com quatro filhos pequenos;
 José e sua mulher Sabina com quatro filhos;
 Antônia solta com dois filhos e uma filha pequena;
 Pascoal e sua mulher Constança com duas filhas e um filho pequeno;
 Miguel e sua mulher Clemência, com um filho e uma filha pequenos;
 Roque e sua mulher Helena com duas filhas, Catarina e Asença e mais quatro filhos pequenos;
 Gaspar e sua mulher Marqueza e mais quatro filhos pequenos;
 Lourenço e sua mulher Lucrécia;
 Ignocêncio e sua mulher Augustinha, com dois filhos pequenos;
 Luiz solto;
 João e sua mulher "Índia";
 Gregório solto e seu filho João;
 Antonio solto;
 Gabriel e sua mulher Pelonia com quatro filhos pequenos;
 Vicente solto e sua irmã moça por nome Maria e sua mãe também por nome Maria;
 José solto;
 Gabriel e sua filha Anastácia e três filhos pequenos;
 Paulo e sua mulher Joana e seu filho João, moço, e dois filhos pequenos;
 Alonço e sua mulher Paula Angela, seu marido velho com um filho moço por nome Fernando e uma filha pequena;
 Henrique e sua mulher Mônica e uma filha moça por nome Leonor;
 Joana solta com cinco filhos e filhas pequenos e um moço, também seu filho, por nome Francisco;
 Izabel, solta;
 Maria, solta com uma cria;
 José e sua mulher Izabel;
 Fernando e sua mulher (?) com seus filhos pequenos, Pedro e Sebastião;
 Pedro e sua mulher Ana, João, seu filho moço e dois filhos pequenos;
 Alexandre e sua mulher Inácia e uma filha pequena;
 Domingos e sua mulher Cecília com cinco filhos pequenos;
 Pedro e sua mulher;
 Paula e sua filha moça por nome de Catarina e um filho pequeno;
 Luzia e seu marido velho, com dois filhos pequenos;
 Gabriel e sua mulher; Francisca e uma filha moça por nome Izabel e três filhos pequenos;
 Bastião e sua mulher Marina;
 Afonso e sua mulher Marqueza com um rapaz seu filho e outro filho moço por nome José e sua mulher Tiodora;
 Marcos e sua mulher Ambrosia com duas filhas moças por nome Bastiana e Juliana e três filhos pequenos;
 Salvador e sua mulher velha Inocencia;
 Paulo e sua mulher Maria, seu filho moço por nome Miguel e quatro filhos pequenos;
 Camila solta com duas filhas pequenas;
 Domingos e sua mulher Cecília e dois filhos pequenos;
 Henrique e sua mulher Apolonia com um filhinho;
 Garcia e sua mulher Cristina e um filho moço por nome João;
 Antonio e sua mulher Sabina;
 Tomé e sua mulher velha Cecília;
 Felipe solto com seu filho pequeno;
 Felipa solta com filho;
 Branca solta;
 Angela solta;
 Estacia solta;
 Maria solta;
 Constança, solta;
 Antonio solto e sua irmã Serafina, as crias e três irmãos pequenos;
 Andreza solta;
 Ana, solta;
 Merencia solta;
 Cecília solta;
 Marqueza solta;
 Lourença solta;
 Uma raparigona solta por nome de Domingas;
 Tiodozia solta;
 Matia e sua mulher velha;
 Lourenço e sua mulher Andreza com duas crias;
 Bastião e sua mulher Luzia com duas crias;
 Barnabé, solto, rapagão;
 Gonçalo e sua mulher Antonia com duas filhas pequenas;
 Branca solta com seu filhos moço por nome de Amaro e sua filha pequena;
 Asenço e sua mulher Maria e seu irmão por nome Tomé, moço solto e um irmão pequeno e seus pais velhos;
 Potencia solta e um pequeno filho;
 Clemencia solta; Catarina solta e uma irmã pequena e seu pai velho;
 Fernando e sua mulher Izabel, Manoel e seu filho moço e Verônica moça também sua filha;
 Roque solto;
 Luiz e sua mulher Maria, com três filhos pequenos;
 Alonço e sua mulher Mônica e três filhos e uma irmã por nome Paula, solta;
 Luiz e sua mulher Sabina e um filho moço por nome Dionisio e três filhos pequenos;
 Paulo e sua mulher Ignacia e um rapaz por nome Bartolomeu, seu filho e quatro crias;
 Francisco e sua mulher Ursula e seu irmão Belchior;
 Henrique solto;
 Manoel solto e mudo;
 Cristina solta com uma filha;
 Domingas, solta;
 Antonio e sua mulher Andreza;
 Alonço e sua irmã Francisca;
 Bárbara solta e sua irmã Maria e seu filho Custódio, moço solto com dois filhos e a mãe velha;
 Guiomar solta;
 Sabina solta;
 Tomazia solta;
 Bartolomeu e sua mulher Fabiana, seu filho moço por nome Bartolomeu e dois filhos pequenos;
 Cecília solta;
 Generoza solta;
 Marina solta;
 Sabina solta;
 Francisco, rapagão solto;
 Tomé e sua mulher Luzia com dois filhos pequenos e um moço solto, seu irmão por nome João;
 João e sua mulher Ana com dois filhos pequenos.
 
 A relação acima, de 377 nativos, leva-nos a sua conclusões interessantes. A primeira é que uma pessoa para ter essa quantidade de nativos, seja para serviços em suas terras, seja para comércio, teria de ser muito rica, muito abastada, como de fato o era Balthazar Fernandes. Na verdade, ele precisava de mão de obra para plantar e colher, para fazer vinho e farinha de trigo e, finalmente, transportar a sua produção no lombo dos nativos. E ele tinha duas fazendas. O historiador Sérgio Buarque de Holanda observa no seu livro História Geral da Civilização Brasileira:
 
 "Possuir escravizados nativos constitutía índice de abastança e de poder que seriam proporcionais ao número das ´peças´ possuídas".
 
 A segunda sugere que os nativos, que concorreram para a formação do povo sorocabano, não eram, obrigatoriamente, os tupis, que habitavam esta região paulista. A maioria fazia parte das levas de outras tribos de nativas, como os guaranis do Paraguai; os tapes e gês, do Rio Grande do Sul, apreendidos pelas expedições de apresamento.
 
 Para encerrar este capítulo, é importante observar o que escreveu Luiz Castanho de Almeida, sobre este assunto, em sua "História de Sorocaba":
 
 "Provavelmente, passava por estar imediações o habitat da grande tribo dos carijós, que se estendia desde o Itanhaen até o Guairá e Rio Grande do Sul. Pobres criaturas, foram os primeiros escravos e em povoação tão grande que, até o século XVIII, se chamavam carijós os escravizados da raça vermelha de um modo geral. Esses escravizados é que foram os fundadores humildes de Sorocaba, ficando nas fazendas e sesmarias da redondeza, socando as primeiras taipas, aumentando a população entre si e, aqui também, servindo a sensualidade de brancos e mamelucos." [Páginas 76, 77, 78 e 79]
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  • 134. Inventário de Balthazar Fernandes foi feito em Sorocaba1655
 São centenas e centenas de inventários, testamentos e escrituras, guardados pelos cartórios, cúrias, paróquias e Câmaras, formando um fantástico acervo capaz de reconstruir e esclarecer importantes aspectos da história de São Paulo nos tempos coloniais. Pena que o inventário de Balthazar Fernandes, feito antes de morrer, tenha se extraviado.  • 135. Isabel de Procença faleceu em Santana de Parnaíba21 de março de 1655
  • 136. Inventário a avaliação dos bens da família de Isabel Proença12 de abril de 1655
 No segundo documento, elaborado em 12 de abril de 1655, em que Isabel de Proença é tratada como "defunta" e Balthazar Fernandes como viúvo, está o inventário e a avaliação dos bens da família, em Santa Ana de Parnaíba.
 Revela, por exemplo, que em 1655, um ano após a data da fundação de Sorocaba, Balthazar ainda tinha a sua fazenda em Parnaíba. Após citar o dia ano do inventário, detalha:
 
 "nesta vila de Santa Ana da Parnaíba... nas casas de morada do capitão Balthazar Fernandes...".
 
 Outros detalhes que o inventário apresenta: uma casa de taipa de pilão, com corredor e quintal de taipa de pilão, com suas portas e fechaduras. Tem um moinho novo, a fazenda tinha uma roça de mandioca, uma moenda aparelhada, uma casa de palha e outra casa de palha de trigo e tudo isso relacionado e avaliado. Observem: ter uma porta com fechadura era um progresso digno de nota, naqueles tempos, em que as casas eram fechadas com trancas e tramelas.
  • 137. Registro dos bens e propriedades de Isabel de Proença no sítio e paragem chamada Sorocava22 de abril de 1655
 Aparece o nome Sorocaba
 Concluídos o levantamento e as avaliações dos bens da família, em Parnaíba, o juiz, o escrivão e os avaliadores se deslocaram até Sorocaba para registrar os bens e propriedades aqui existentes.
 
 "Aos 22 de abril de 1655, neste sítio e paragem chamada Sorocava, termo e limite da vila de Santa Ana da Parnaíba, fazenda do capitão Balthazar Fernandes..."
 
 Mais informações sobre os bens do casal Izabel e Balthazar: casas de taipa de mão de três lanços, cobertas de telhas com portas. Esta é, sem dúvida, a descrição da primeira casa construída em Sorocaba. Tem mais benfeitorias: uma tenda (oficina) de ferreiro, com foles e outros equipamentos relacionados: torno, bigorna, malho, tenazes, mó, etc.
 
 Tinha 24 foices para roçar e 24 machados para lavrar. Segue o relatório do fazendeiro Balthazar: 40 porcos, muitos nativos escravizados e muitas escrituras de terras em Sorocaba. O inventário é extenso, aborda pertences pessoais e até dívidas; porém, o que nos parece fundamental é citar este trecho da partilha:
 
 "... lhe deram ao viúvo, em Sorocaba, adonde tem o seu sítio e igreja, três mil braças...".
 
 Essa pequena frase é de suma importância pelo tanto que ela informa: cita mais uma vez o nome Sorocaba e informa que já existia, em 1655, a igreja de Nossa Senhora da Ponte, a mesma que está, hoje, ao lado do Mosteiro de São Bento, como existia também a sede da fazenda. [Páginas 30 e 31]
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  • 138. Registro do segundo testamento de Balthazar Fernandes na fazenda de Miguel Bicudo Bejarano na paragem Aputeroby21 de abril de 1660
 A paragem de Sorocaba começa ter vida. O número de casas, moradores e sítios cresce todos os dias, desenhando os primeiros contornos do sonho do povoador. Em 1660, cinco anos após ter deixado Santa Ana do Parnaíba, Balthazar sente a necessidade de dar uma melhor condição de vida aos moradores, que começavam a ocupar as terras em sua volta. Lembrou-se de sua mãe, Suzana Dias e do seu irmão André Fernandes que, para consolidar o povoado de Santa Ana de Parnaíba, atraíram para o local os monges beneditinos, doando-lhes terras e bens.
 Os padres representavam assistência religiosa para os moradores, educação e escola. Decidiu seguir o exemplo da família. Nessa época, 1660, Sorocaba ainda pertencia à Vila de Santa Ana de Parnaíba e, por isso, Balthazar precisou se dirigir até aquela povoação, com o propósito de doar terras e bens aos padres de São Bento de Santa Ana do Parnaíba, a fim de que eles se instalassem em Sorocaba. [Páginas 82 e 83]
  • 139. Partida28 de fevereiro de 1661
 Como se fosse coisa de Deus, a oportunidade de se fazer o pedido surgiu "de bandeja", com a visita do capitão Salvador Correa da Sá Ybenavid (e Benavides), governador da Repartição Sul, a que pertencia a São Paulo. Na versão mais correta, ele esteve fugindo de problemas que enfrentaria com os moradores do Rio de Janeiro, sede do governo da Repartição Sul.
 Salvador, uma das pessoas mais influentes do Brasil da época, era muito amigos dos Fernandes, desde os tempos do Paraguay. Balthazar não teve dúvidas, encilhou o cavalo e seguiu para São Paulo, levando consigo um pedido para elevação de Sorocaba à Vila.
 
 Alguns historiadores defendem outra versão, mais viável, de que ele não foi, por estar muito idoso e adoentado. Teria mandado uma representação. Afinal, era uma cavalgada de três dias, quase 100 quilômetros, um sacrifício, um heroísmo para um homem de 80 anos. Mas, se ele não foi, pessoalmente, é possível que os seus assessores tenham levado do documento preparado por ele e dirigido ao Administrador Geral da Repartição Sul. [Páginas 84-87]
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  • 140. Após uma cavalgada de três dias, Balthazar solicita a Salvador Correia que Sorocaba seja elevada a categoria de "Vila"2 de março de 1661
 Recebida a petição, Salvador Correa a encaminhou ao ouvidor da Capitania, para averiguar a quantidade dos moradores de Sorocaba, a fim de que ele pudesse atender ou não o pedido. Todo o processo deve ter sido encaminhado com urgência urgentíssima, dada a consideração do governador para com o representante de Sorocaba. O pedido feito no dia 2 de março de 1661, foi encaminhado à ouvidoria nesse mesmo dia e retornando com parecer favorável do sr. Antonio Lopes de Medeiros, ouvidor da Capitania de São Vicente.
 "Diz o capitão mór Balthazar Fernandes, morador na nova povoação de Sorocaba, Vila de Nossa Senhora da Ponte, que ele como povoador, em nome dos mais moradores, trata de levantar pelourinho na dita vila, que será meia légua do lugar que levantou o sr. Francisco  que Deus tem, governador deste Estado; como tão bem necessitam de Justiça para se poderem governador, como bons vassalos de V. M.; o que ûa e outra coisa se não pode obrar, nem conseguir sem expressa ordem de V. S., para que - Pede a V. S. lhe faça mercê conceder o deduzido em sua petição visto redundar tudo em aumento desta repartição, e serviço de S. Majestade e aumento dos seus moradores, provendo V. S. Receberá mercê."
 
 O processo retorna à mãos do governador, que dá o despacho final em 3 de março de 1661..
 
 "Vista a justificação feita pelo Ouvidor desta Capitania com alçada, Antonio Lopes de Medeiros, e a bem do dito Foral dos Donatários, e haver o meu antecessor D. Francisco de Sousa levantado pelourinho no dito distrito e ao presente a querem mudar dentro do mesmo termo. Mando se lhes faça provisão na forma que se pede. São Paulo, 3 de março de 1661". [Páginas 84, 85, 86 e 87]
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  • 141. O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila3 de março de 1661
 O processo retorna à mãos do governador, que dá o despacho final em 3 de março de 1661:
 "Vista a justificação feita pelo Ouvidor desta Capitania com alçada, Antonio Lopes de Medeiros, e a bem do dito Foral dos Donatários, e haver o meu antecessor D. Francisco de Sousa levantado pelourinho no dito distrito e ao presente a querem mudar dentro do mesmo termo. Mando se lhes faça provisão na forma que se pede. São Paulo, 3 de março de 1661".
  • 142. Balthazar foi convocado para prestar contas do cumprimento do testamento de sua esposa Isabel6 de junho de 1662
 Em 6 de junho de 1662, ainda estava vivo, conforme está documentado. Nesta data, ele foi convocado e se apresentou à autoridade eclesiástica para prestar contas do cumprimento do testamento de sua esposa, falecida em 1655. [p. 19]  • 143. Documento-petição elaborado pelo filho de Balthazar Fernandes, Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara Municipal4 de junho de 1667
 As obras de construção do mosteiro tiveram início em 1667 e foram concluídas ano ano seguinte. Ainda a respeito do documento de doação, o padre José Carlos Camorim Gatti, atual prior do mosteiro, comenta que alguns historiadores tem publicado que Balthazar Fernandes deixou como obrigação aos padres a celebração de uma missa todos os meses pela sua alma. "No documento original não existe nada a respeito" - afirma taxativo o padre. "Ao pedir a celebração da missa mensal, na capela de Nossa Senhora da Ponte, Balthazar queria garantir a presença constante do sacerdote na povoação". [Página 84]
 Um documento-petição, elaborado pelo filho de Balthazar Fernandes, Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara em 4 de junho de 1667, requerendo a doação de 20 braças de chão para casas e quintais de seus filhos e filhas, contém informações valiosíssimas. Vejam o que diz o filho do fundador:
 
 "Diz Manoel Fernandes de Abreu, morador nesta dita vila de Nossa Senhora da Ponte, que ele haverá doze anos, pouco mais ou menos em companhia de seu pai (QUE DEUS O TENHA EM SUA GLÓRIA), o capitão-mór Balthazar Fernandes começaram a fundar e povoar esta vila com suas pessoas e fazendas e fizeram as suas custas duas igrejas e casas do Conselho nesta vila..."
 
 Na verdade Manoel estava fazendo uso do prestígio e dos empreendimentos do pai para conseguir o benefício de terras para a sua família, terras que já haviam sido doadas aos padres beneditinos. Manoel não se conformava com a decisão do seu pai de doar sua parte em terras aos padres. Ao assumir essa povoação, deixou para a posteridade importantes informações sobre os primeiros anos da história de Sorocaba, dos primeiros prédios - as duas igrejas, de São Bento e a matriz - e as casas do Conselho - Câmara e Cadeia.
 
 Esse documento também é o primeiro e, até agora, o único que faz referência à morte de Balthazar Fernandes (Que Deus o tenha...). Resta saber em que ano se deu a morte, se foi em 1667 ou no ano anterior. Para alguns historiadores, intérpretes da documentação histórica sorocabana, Balthazar morreu em 1666 ou 1667, pois o seu filho Manoel Fernandes de Abreu não esperaria tanto tempo para reivindicar as terras que tanto queria para a criação dos seus filhos. [Página 93]
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  • 144. Chega para tomar posse da igreja doada o Fr. Francisco da Visitação: “Orago da N.S. da Ponte transfere-se para a nova matriz, e a igreja beneditina, daí em diante muda a sua invocação para N.S. da Visitação”4 de julho de 1667
  • 145. Segunda fundação de Sorocaba1670
 “Como se fosse coisa de Deus, a oportunidade de se fazer o pedido surgiu de "bandeja", com a visita do Governador a pronvíncia de São Paulo (Benevides era governador da província do Rio de Janeiro); (..) se Balthazar não foi pessoalmente (já possuiía mais de 80 anos) enviou seus assessores.” (“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”, 2014. Sérgio Coelho de Oliveira)
 A nossa história, oficial e acadêmica, trabalha com probabilidades, quando se trata de Balthazar Fernandes. Aliás, nem se sabe ao certo a grafia do seu nome, se é Baltasar ou Baltasar, se é Balthazar ou Balthezar, tal é a diversidade das informações contidas nos documentos. Apesar do "fundador" de Sorocaba ter sido um cidadão ilustre, na sua época, nem se sabe quando ele nasceu, nem o dia nem o ano, como também não se sabe quando ele morreu.Não se sabe, com certeza, quando ele se casou, nem a primeira e nem a segunda vez. Sempre as datas são acompanhadas do clássico "por volta de". Também, não se sabe se a sua primeira filha, única do primeiro casamento, Maria de Torales, era sua filha biológica ou adotiva.(...) os historiadores divergem quanto à data da chegada do “fundador” a Sorocaba, se em 1646 ou se em 1654. Existem documentos historiando, além desses dois momentos, uma fundação em 1670.
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  • 146. Documento existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto1 de janeiro de 1732
  • 147. Sorocaba: Registro da primeira tropa de muar em Sorocabafevereiro de 1732
 Um dos documentos mais importantes para preencher as lacunas existentes na história de Sorocaba parece passar despercebido pelos historiadores e pesquisadores. No ano de 2014 pelo frei José Carlos Camorim Gatti, prior do Mosteiro de Sorocaba, encontrou entre os guardados do convento um documento que teria sido recebido por D. Tadeu.
 Se trata de um relato histórico do Mosteiro, produzido em 1732, abrangendo o período de 1660 e 1772, pertecente à Biblioteca Real da História Portuguesa, Porto, em Portugal. Ele começa assim:
 
 Notícias que pertencem a este Mosteiro de Nossa Senhora da Visitação da Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba da Ordem do Patriarca de São Bento, as quais ordena o rei, nosso Senhor, se mande a Academia Real da História Portuguesa.
 
 O documento de 14 páginas, encontramos na penúltima delas uma informação definitiva:
 
 "(...) não há capela alguma, nem este mosteiro a tem nesta vila, mais em parte alguma."
  • 148. “História Antiga da Abadia de São Paulo 1598-1772”. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Tipografia Ideal1927
 O historiador Affonso de E. Taunay, no seu livro "História Antiga da Abadia de São Paulo", deixou este registro:
 "Deste casal (o povoador Manuel Fernandes Ramos, português, e Suzanna Dias, mameluca filha de João Ramalho) nasceram três typos de singular robustez e excepcional energia: André, Domingos e Balthazar, os fundadores de Parnahyba, Itu e Sorocaba". [Página 18]
  • 149. Revista Investigaçõesnovembro de 1949
 Com o título "CASAS GRANDES E SENZALAS DE SOROCABA", de artigo publicado na Revista INVESTIGAÇÕES (n° 11/1949), o historiador sorocabano Aluísio de Almeida faz amplo relato da casa que seria de Balthazar Fernandes, no bairro do Lageado. Ele admite que há controvérsias e que uma outra casa teria sido construída, posteriormente, no mesmo local onde existiu a casa do fundador de Sorocaba. Na época em que foi escrito esse artigo, ainda existiam as ruínas do casarão. Foi demolido na década de 50.
 Vale a pena conhecer o que escreveu o ilustre historiador:
 
 "CASA GRANDE DE BALTAZAR FERNANDES. Em 1645, Baltazar Fernandes veio estabelecer-se com fazenda de criar e plantação na paragem de Sorocaba, que já tinha esse nome (terra que esboroa) devido ao rio. Fixou-se à margem esquerda deste, um quilômetro acima da atual ponte (da rua XV de Novembro), que está quase no lugar da primeira, com alguns genros e escravos índios em número de 400, segundo Azevedo Marques. [Página 135]
  • 150. História de Sorocaba1969
 Para encerrar este capítulo, é importante observar o que escreveu Luiz Castanho de Almeida, sobre este assunto, em sua "História de Sorocaba":
 "Provavelmente, passava por estar imediações o habitat da grande tribo dos carijós, que se estendia desde o Itanhaen até o Guairá e Rio Grande do Sul. Pobres criaturas, foram os primeiros escravos e em povoação tão grande que, até o século XVIII, se chamavam carijós os escravizados da raça vermelha de um modo geral. Esses escravizados é que foram os fundadores humildes de Sorocaba, ficando nas fazendas e sesmarias da redondeza, socando as primeiras taipas, aumentando a população entre si e, aqui também, servindo a sensualidade de brancos e mamelucos." [Páginas 76, 77, 78 e 79]
  • 151. História de Santana de Parnaíba, 1971. 372 páginas. Paulo Florêncio da Silveira Camargo1971
  • 152. Rapodo Tavares atacou a redução de Jesus Maria, na margem esquerda do rio Jacuí, e depois de seis horas de luta arrasou a redução1 de janeiro de 2014
 O monsenhor Paulo Florêncio da Silveira Camargo descreve este fato em seu livro "História de Santa Ana de Parnaíba":
 "Repercutiu em Parnaíba, o breve libertador dos nativos, a dita bula do papa Urbano VIII (22 de abril de 1639). Atribuíram aos jesuítas a consecução da referida bula e queria expulsá-los de São Paulo. Na reunião das Câmaras, em São Vicente (24 e 25 de junho de 1640), Baltazar Fernandes representou Parnaíba". Na mesma obra o monsenhor Paulo Florêncio lembra que:
 
 "Baltazar Fernandes foi procurador geral de Parnaíba. Compareceu em São Paulo (6 de agosto de 1641), na reunião coletiva para eleição do representante na visita a D. João IV, em Lisboa".
 
 Registra também, que a expedição de André Fernandes, da qual Baltazar Fernandes fazia parte, retorna a São Paulo, em dezembro de 1638 ou no início de 1639, após a destruição da Redução de Santa Tereza. O padre foi morto em janeiro de 1639.
  • 153. Apontamentos historiográficos de 1991-92, revistos e ampliados em 2017, por João Barcellos. Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba consultado em 17.06.20222017
  • 154. Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?16 de fevereiro de 2023
 1480 - Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay [22414]22/04/1500 - O “Descobrimento” do Brasil [20175]1515 - Nascimento de Lopo Dias Machado (1515-1609) em Portugal, viria ao Brasil e se casaria com Beatriz, uma das filhas do cacique Tibiriça Foi pai de três filhos Belchior Dias Carneiro, Isaac Dias Carneiro e Gaspar Dias. E três filhas, Isabel, Suzanna, Jerônima e Antônia Dias [20192]22/01/1531 - Bertioga [26243]1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]20/07/1553 - Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias [22499]15/01/1560 - Santo Amaro [27129]1580 - Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias [6760]1589 - Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas [9075]07/12/1589 - “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275] [26356]1594 - O pai de Baltazar, Manoel Fernandes, faleceu em 1589 e, em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...) [27349]23/05/1599 - D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses [6231]1600 - Casamento de Balthazar Fernandes e Maria de Zunega [19870]1603 - Balthazar se casa com Isabel de Proença em São Paulo, com a qual teria doze filhos [19867]1608 - Casamento de Suzana Dias e Belchior da Costa [20083]07/03/1608 - Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi [24117]21/04/1611 - D. Francisco elevou o novo local com o nome de vila de São Filipe: “Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar” [21509]01/11/1613 - Balthazar e seu irmão, André Fernandes, rumam ao sertão de Paraupava, em Goiás* [8962]23/09/1619 - André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas [19190]1629 - Quando da destruição do Guairá, nos anos de 1629 e de 1630, os paulistas parnaibanos, chefiados por André Fernandes, certamente passaram pela localização da futura Sorocaba na ida e na volta [9367]06/03/1629 - Benta [27365]1632 - Gabriel Ponce de Leon chega em Santana de Parnaíba, casado com a filha "índia" de Balthazar [19873]02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias [20168]1637 - Balthazar e o irmão André sofreram uma derrota no seu ataque às Missões do Uruguai [17561]23/12/1637 - André Fernandes chegou a Santa Tereza do Ibituruna [22962]19/02/1638 - Padre Alfaro adverte Balthazar [19854]01/03/1638 - Bula papal à Companhia de Jesus a direção dos Índios* [21937]09/01/1639 - Bandeirantes paulistas travam combate com espanhóis e guaranis [9828]17/01/1639 - Assassinato de Diego de Alfaro, comissário da Inquisição [8963]22/04/1639 - Bula Papal condenando o cativeiros dos índios no Brasil produz graves distúrbios no Rio de Janeiro, em Santos e em São Paulo [8374]23/07/1639 - Carta datada de 23 de julho de 1639, do padre Ruyer para o padre Antonio Ruiz de Montoya, procurador geral das reduções do Paraguai e da Companhia de Jesus [28347]01/11/1639 - Retorno* [28346]24/12/1639 - Balthazar Fernandes está no atual território do Rio grande do Sul participando da destruição de Santa Tereza do Ibituruna, segundo o livro “Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?” do jornalista Sérgio Coelho de Oliveira [19853]24/06/1640 - Reunião [28349]13/07/1640 - Jesuítas são expulsos de São Paulo [8372]1645 - Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba [11082]1646 - Outro parnaibano, Baltazar Carrasco dos Reis iniciava o povoamento de Curitiha [21721]07/10/1647 - Rei concede perdão aos paulistas [19887]1648 - Falecimento de Izabel Proença de Abreu, filha de Balthazar Fernandes em Santana de Parnaíba [9369]03/06/1652 - Restituição dos padres jesuítas aos seis colégios [21985]28/11/1654 - Testamento de Isabel de Proença é assinado em Santana de Parnaíba [6033]01/12/1654 - Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com  família e 380 escravizados* [6604]1655 - Inventário de Balthazar Fernandes foi feito em Sorocaba [19183]21/03/1655 - Isabel de Procença faleceu em Santana de Parnaíba [19869]12/04/1655 - Inventário a avaliação dos bens da família de Isabel Proença [19868]22/04/1655 - Registro dos bens e propriedades de Isabel de Proença no sítio e paragem chamada Sorocava [27946]21/04/1660 - Registro do segundo testamento de Balthazar Fernandes na fazenda de Miguel Bicudo Bejarano na paragem Aputeroby [6050]28/02/1661 - Partida [1359]28/02/1661 - Tayaobi [26416]02/03/1661 - Após uma cavalgada de três dias, Balthazar solicita a Salvador Correia que Sorocaba seja elevada a categoria de "Vila" [6584]03/03/1661 - O processo retorna com parecer favorável do ouvidor da Capitania de São Vicente sr. Antônio Lopes de Medeiros e o povoado ao redor da capela de Sorocaba foi elevado à categoria de vila [8664]06/06/1662 - Balthazar foi convocado para prestar contas do cumprimento do testamento de sua esposa Isabel [21230]04/06/1667 - Documento-petição elaborado pelo filho de Balthazar Fernandes, Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara Municipal [19858]04/07/1667 - Chega para tomar posse da igreja doada o Fr. Francisco da Visitação: “Orago da N.S. da Ponte transfere-se para a nova matriz, e a igreja beneditina, daí em diante muda a sua invocação para N.S. da Visitação” [19859]01/01/1668 - Em 1668, frei Mauro da Trindade Vieira foi ao sertão "e companhia dos sertanistas que costumavam ir todos os anos ao gentio", sua intenção era trazer algumas "peças" para o hospício que os beneditinos tinham em Sorocaba [26709]1670 - Segunda fundação de Sorocaba [20862]01/01/1732 - Documento existente na Biblioteca da História Real Portuguesa, na cidade do Porto [27935]01/02/1732 - Sorocaba: Registro da primeira tropa de muar em Sorocaba* [9656]06/05/1758 - Nascimento de Maximilien François Marie Isidore de Robespierre [6197]19/01/1888 - Libertados os últimos 460 escravos em Sorocaba [5199]1927 - “História Antiga da Abadia de São Paulo 1598-1772”. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Tipografia Ideal [26792]15/02/1929 - Estrada Real, Koboyama [28297]01/11/1949 - Revista Investigações* [2568]1950 - Paulo de Oliveira Leite Setúbal (1893-1937) - “Ensaios históricos” [2572]1954 - O monumento ao Tropeiro, doado à cidade pelo conde Francisco Matarazzo [8690]1969 - História de Sorocaba [28282]1971 - História de Santana de Parnaíba, 1971. 372 páginas. Paulo Florêncio da Silveira Camargo [24503]01/01/2014 - Rapodo Tavares atacou a redução de Jesus Maria, na margem esquerda do rio Jacuí, e depois de seis horas de luta arrasou a redução [5235]2017 - Apontamentos historiográficos de 1991-92, revistos e ampliados em 2017, por João Barcellos. Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba consultado em 17.06.2022 [19872]16/02/2023 - Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente? [28322]2023 - Avenida Itavuvu [28565]17/11/2023 - O NASCIMENTO DE GUARAPIROCABA, urublues1.blogspot.com [3670]08/02/2024 - A importância da comunicação não-verbal e como é que o estudo de Mehrabian tem vindo a ser mal interpretado. Consulta em objetivolua.com [4168]19/09/2024 - Quais são as 10 MAIORES TRIBOS INDÍGENAS brasileiras? Conhecendo o Brasil (Youtube.com) [3838]04/10/2024 - Distância Sorocaba-São Paulo/SP [4700]
 
 
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 Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk2013. Atualizado em 23/10/2025 17:17:22• Cidades (10): Castro/PR, Ivaiporã/PR, Londrina/PR, Osasco/SP, Salvador/BA, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP, Telêmaco Borba/PR
 • Família (5): André Fernandes (filho , 1578-1641), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Domingos Fernandes (filho , 1577-1652), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (avô(ó) , 1470-1562)
 • Temas (30): Aldeia de Los angeles, Bituruna, vuturuna, Cachoeira do Inferno, Capela de Santa Ana, Cordilheira dos Andes, Ermidas, capelas e igrejas, Gualachos/Guañanas, Itatins, Japão/Japoneses, Mambucaba, Metalurgia e siderurgia, Missões/Reduções jesuíticas, Nossa Senhora de Montserrate, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Nuatinguy, Ouro, Quitaúna, Redução de S Xavier e S Inácio (Itamaracá), Redução Inmaculada Concepción, Rio Anhemby / Tietê, Rio das Velhas, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Paraguay, Serra dos Itatins, Sobrados, Taiati (São Francisco Xavier), Tamboladeiras, Tamoios, Tordesilhas, Ybitiruzú ou Ybiangui
  • 74. A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa avista a costa do Brasil na altura do cabo Percaauri31 de janeiro de 1531
 O português Manuel Fernandes Ramos era natural da região de Moura,Portugal, e casado com Suzana Dias, filha de Lopo Dias, um pioneiro que emigrou com a frota de Martim Afonso de Sousa e se amasiou com uma das filhas de Tibiriçá. João Ramalho também foi casado com outra filha do cacique Tibiriçá e,por conseguinte, Suzana Dias era, por afinidade, sobrinha de Ramalho e neta de Tibiriçá, linhagem respeitada no meio social do planalto.  • 75. Expedição de Mem de Sá / O português Manuel Fernandes Ramos, primeiro marido de Suzana Dias construiu a capela de Santo Antôniodezembro de 1561
 Em 1561, Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil decide realizar uma expedição exploratória pelo Vale do Anhembi (rio dos inhambus ou perdizes), mais tarde conhecido como Tietê, com o intuito de procurar ouro e pedras preciosas. Deste grupo participou Manuel Fernandes Ramos que, em determinado trecho da viagem, explora as matas e corredeiras de uma região conhecida pelos índios com o nome de Parnaíba. [p.186]  • 76. Nascimento de André Fernandes, filho de Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias1578
 Nesta época, Belchior Dias Carneiro (um provável meio-irmão de Suzana Dias) recebe outra sesmaria em Parnaíba, passando a residir juntamente com Suzana e André Fernandes na região. Conforme as leis portuguesas e Ordenações Filipinas, se André nasceu provavelmente em 1578, em 1603 ocorre sua maioridade, pois, todo indivíduo tornava-se maior de idade aos 25 anos ou no momento de seu casamento, recebendo os usos e frutos da herança de seu pai Manuel Fernandes Ramos.49 André Fernandes casa-se com Dona Antônia de Oliveira em data imprecisa, vinculando-se as famílias de Jerônimo Leitão e dos Mendes, todas de cristãos-novos. Ângela, uma das irmãs de André Fernandes também se vincula a este clã. [p. 183, 184]  • 77. Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias1580
 Além das inusitadas relações de habitantes convivendo com as mais variadas etnias e credos, devemos aos aventureiros de Santana de Parnaíba a ideia de expansão territorial do Brasil. Desafiando o Tratado de Tordesilhas e invadindo o imenso território devoluto no centro do continente, os sertanistas dessa localidade foram fundando povoados ao longo de suas expedições. Em bandeiras de reconhecimento por imensos territórios, garantiram as futuras fronteiras do país. Mitificados como heróis por antigos historiadores, a exemplo de Affonso de Taunay, Varnhagen ou Belmonte, hoje são recolocados como bandidos ferozes, reforçando as visões que os jesuítas desenvolveram a respeito dos mamelucos do planalto, no século XVII.
 (...)Em 1580, o então vereador da Câmara de São Paulo, Manuel Fernandes Ramos recebe uma sesmaria nesta área, famosa devido um grande acidente geográfico no Rio Tietê chamado de Cachoeira do Inferno, construindo uma capela em louvor a Santo Antônio e iniciando os preparativos para instalação de uma fazenda. O português Manuel Fernandes Ramos era natural da região de Moura,Portugal e casado com Suzana Dias, filha de Lopo Dias, um pioneiro que emigrou com a frota de Martim Afonso de Souza e que por sua vez amasiou-se com uma das filhas de Tibiriçá. João Ramalho também foi casado com outra filha do Cacique Tibiriçá e, por conseguinte, Suzana Dias era, por afinidade, sobrinha de Ramalho e neta de Tibiriçá, linhagem respeitada no meio social do planalto. [p.181]
 
 Nessas incursões, a família dos Fernandes, povoadores instalados em Santana de Parnaíba, engajou-se em diversas expedições contra as reduções do Guairá (aldeamentos que transpuseram o rio Paraná), Tape (instaladas para além do rio Uruguai) e Itatim (fixadas na parte oriental do rio Paraguai). André Fernandes foi capitão de grandes bandeiras e participou de quase todas as expedições contra as missões jesuíticas na região Sul do país. Era sócio de Raposo Tavares,44 outro grande mestre de campo, chamado de O Conquistador dos Andes e dono de uma fazenda em Quitaúna, situada nos arrabaldes de Parnaíba, hoje município de Osasco (SP).
 
 A grande sesmaria que outrora formava o território parnaibano abrangia terras nos atuais municípios de Araçariguama, Itu, São Roque e Sorocaba. Pertenciam a Suzana Dias e foram desmembrados aos seus familiares, descendentes e agregados. Um dos seus maiores desejos era que seu corpo fosse enterrado na “ermida da gloriosa Santana”, da qual seu filho André Fernandes foi patrono benfeitor. A grande matrona paulista, em testamento realizado no ano de 1628, dividia seus bens com filhos, enteados, netos, escravos forros incorporados à família e com confrarias de irmandades religiosas do seu povoado, manifestando uma preocupação em distribuir os pertences com afeto e a maior equidade possível (Camargo, 1971, p.39-40): “a residência de Suzana Dias era uma casa à margem do rio Tietê. Ficava em frente à antiga Santa Casa, propriedade posterior da família Aquilino de Morais. A tradição fantasiara que seus filhos lhe ofereceram riquíssimo sofá engastado de ouro, prata e pedras preciosíssimas, para repousar sobre os frutos das canseiras de seus descendentes ilustres os bandeirantes parnaibanos notáveis e respeitados. Lá residiu Suzana” (idem, p.32). [p.202 e 203]
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  • 78. Apesar da saúde frágil, Manuel Fernandes Ramos continuava exercendo atividades como vereador na Câmara de São Paulo1588
  • 79. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas1589
  • 80. “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275]7 de dezembro de 1589
 Provavelmente em 1578 nasce André Fernandes o filho primogênito de Manuel Fernandes e Suzana Dias. Ainda em 1588, apesar da saúde frágil, Manuel Fernandes Ramos continuava exercendo atividades como vereador na Câmara de São Paulo, falecendo em 1589. Após sua morte, as terras de Parnaíba são transferidas por herança ao primogênito André Fernandes, que por ser menor deidade, passam a ser administradas sob tutela da matriarca Suzana Dias.  • 81. As terras de Tibiriçá foram doadas em caráter perpétuo aos beneditinos1600
 Em 1600, as terras de Tibiriçá foram doadas em caráter perpétuo aos beneditinos, iniciando as obras do claustro e ampliação da primitiva capela. O fundador, frei Mauro Teixeira, habitou esse local por alguns anos, levando uma vida solitária e eremítica. Ausentando-se da vila por volta de 1610, deixa como procurador e protetor da igreja nada menos que o temível bandeirante Manuel Preto,um dos sertanistas de maior prestígio, dono de uma grande fazenda, núcleo inicial do tradicional bairro da Freguesia do Ó. Ficou encarregado de cuidar da ermida de São Bento e demais bens do mosteiro até que novos religiosos viessem:
 verdade é que também este procurador […] era um dos paulistanos de maior prestigio, nada menos do que o formidável sertanista Manuel Preto, terror das reducções jesuiticas, generalissimo do exercito paulista de 1628, arrazador do domínio ignacino no Guayrá e morto em 1630 em plena actividade de sua vida de “corsario y ladron de yndios” como delle dizia o Pe. Justo Mansilla. Opulento afazendado no Ó, com mais de mil escravos índios “conquistados por suas armas, alli fundara, em suas terras, a capella da Senhora da Expectação, dotando-a com um sitio de meia legua de terras do sertão e matos maninhos, doze escravos administrados e 36 vacas de ventre”. Era um homem de seu tempo, e da America da conquista este Manuel Preto e a sua mentalidade lhe permittia este bifrontismo de caçador de indios e procurador devotado de uma abbadia de S. Bento a quem prestou muitos relevantes serviços. (Taunay, 1927, p.45-6)
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  • 82. Domingos Fernandes (33 anos) funda a cidade de Itu2 de fevereiro de 1610
 Por volta de 1610, outro filho de Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias, o Capitão Domingos Fernandes e seu genro Cristóvão Diniz erguem uma ermida em honra a Nossa Senhora da Candelária no lugar conhecido como Outu-Guassu (grande catadupa, ou salto), núcleo inicial da cidade de Itu. O Capitão Baltasar Fernandes, também filho da matriarca deixa Santana com seus genros e funda Sorocaba. A capela construída nessa região sob invocação de Nossa Senhora da Ponte foi posteriormente doada aos monges beneditinos de Parnaíba. [Página 188]  • 83. Suzana Dias, a matrona bandeirante, representando a família dos Fernandes, doa um terreno na parte mais elevada do núcleo para a construção de uma capela em homenagem à Santana substituindo a anterior dedicada a Santo Antônio26 de julho de 1610
 Suzana Dias une-se em segundas núpcias com Belchior da Costa, do qual não teve filhos e que em 1610 também recebe uma sesmaria na região de Parnaíba. Nesta oportunidade, a matrona bandeirante representando a família dos Fernandes, doa um terreno na parte mais elevada do núcleo para a construção de uma capela em homenagem à Santana substituindo a anterior dedicada a Santo Antônio arruinada na várzea do Rio Tietê. Provavelmente consagrada em 26 de julho, data de comemoração da santa, a nova igreja marca o momento em que o arraial passa a ser conhecido como Santana de Parnaíba.  • 84. Falecimento de Belchior da Costa, filho de Manuel da Costa e Beatriz Diniz1625
 Por vontade da matriarca Suzana Dias, no ano de 1625 foi entregue aos beneditinos um terreno na vila de Parnaíba, originando a construção de um mosteiro, doação formalizada em 1643 por seu filho André Fernandes.  • 85. Capela feita matriz / Criada a vila de Parnaíba por provisão do conde de Monsanto, donatário da capitania14 de novembro de 1625
  • 86. Falecimento de Suzana Dias2 de setembro de 1634
 Suzana Dias faleceu em 2 de setembro de 1634. O vigário de Parnaíba, padre Joan de Ocampo y Medina, sacramentou o corpo da matriarca, acompanhou o enterro, cantou lições e celebrou missas em espanhol, pois ainda não dominava o português. Em 30 de julho de 1635, três herdeiros – capitão André Fernandes, Baltasar Fernandes e Domingos Fernandes – fizeram composição amigável, assinando perante o juiz ordinário João Missel Gigante. O escrivão era Manuel de Alvarenga e testemunhou João de Godói. O prior do Mosteiro de Nossa Senhora do Montesserrate da Vila de São Paulo, frei Álvaro de Caravajal, recebeu dez missas de Baltasar Fernandes pela alma da sua mãe em 21 de fevereiro de 1635.  • 87. Certifico eu Frei Alvaro de Caravajal pior (...) de Nossa Senhora de Monserrate da ordem do Patriarca SP (...) padre nesta vila de São Paulo, que recebi do Cap. Balthazar Fernandes de Parnaíba a esmola de dez missas que eu me obriguei a dizer e são em descargo do testamento de sua mãe defunta que ele como testamenteiro mandou fazer e por ser verdade lhe dei este por mim assinado hoje21 de fevereiro de 1635
 O escrivão era Manuel de Alvarenga e testemunhou João de Godói. O prior do Mosteiro de Nossa Senhora do Montesserrate da Vila de São Paulo, frei Álvaro de Caravajal, recebeu dez missas de Baltasar Fernandes pela alma da sua mãe em 21 de fevereiro de 1635.  • 88. Documento30 de julho de 1635
  Em 30 de julho de 1635, três herdeiros – capitão André Fernandes, Baltasar Fernandes e Domingos Fernandes – fizeram composição amigável, assinando perante o juiz ordinário João Missel Gigante.  • 89. Fundada a vila da Parnaiba, sendo o mosteiro Mosteiro de Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba doação do capitão André Fernandes14 de novembro de 1643
 Os filhos foram crescendo e casando-se na vila da Parnaíba, onde Baltazar teve. além da lavoura. um engenho de ferro seqüestrado em 1643.[p.199]  • 90. “A Matriz de Santana de Parnaíba, reconstruída em 1646 e finalizada por volta de 1650”1646
 Em contrapartida ao patrocínio de obras no mosteiro parnaibano, Frei Agostinho de Jesus vai retribuir generosamente ofertando imagens para uma nova igreja erguida pelos bandeirantes, a Matriz de Santana de Parnaíba, reconstruída em 1646 e finalizada por volta de 1650. Este espaço religioso tornou-se uma extensão do monastério e foi ornado com numerosas terracotas marianas, santos e ícones votivos: Santo Antônio do Suru (uma das obras mais realistas criadas pelo escultor), Nossa Senhora da Purificação (obra-prima do artista), Nossa Senhora dos Prazeres e um São Francisco de Paula. Além destes célebres trabalhos, a matriz parnaibana ostentava outros tesouros culturais, como o fragmento de Nossa Senhora com o Menino, N. Sra. da Piedade e as imagens de Nossa Senhora do Rosário, “a grande e a pequena”, algumas delas utilizadas em procissões. Um de seus últimos trabalhos nesta localidade é o grupo de Santana Mestra, orago de devoção particular do fundador da vila, André Fernandes; peças finalizadas por volta de 1650.|  |  |  | 
  • 91. O mosteiro de São Bento da Parnaíba foi elevado à categoria de Presidência ou Priorado14 de julho de 1659
  • 92. A Câmara de Parnaíba decide demarcar o rocio da vila: “um ribeiro que fica por cima do moinho da vila e subindo por a capoeira deu em um têso que fica por baixo da casa de sobrado que foi de Balthazar Fernandes”10 de janeiro de 1681
 No ano de 1681 a Câmara de Parnaíba decide demarcar o rocio da vila para cobrança de foro devido aos moradores, regularizando os terrenos por meio de marcos e cruzes. Este itinerário foi detalhadamente descrito no “Auto de medição” e faz referências ao mosteiro e igreja dos beneditinos ali existentes. Trata-se de uma rara menção do complexo conventual no século XVII. Neste itinerário proposto, ao atravessar:
 [...] um ribeiro que fica por cima do moinho da vila e subindo por a  capoeira deu em um têso que fica por baixo da casa de sobrado que foi de Baltasar Fernandes e indo corrente o dito rumo  atravessou uma “milharada” de mim Tabelião e descendo por um “mandiocal” foi a dar no ribeiro que serve de aguada aos Padres  Bentos e subindo pelo Convento de Nossa Senhora do Destêrro passou um rumo por o pé de uma paineira a vista do Convento e  atravessou o caminho que vem para o convento distância de dez braças da Igreja e tornou a entrar no capão e indo o dito rumo por  o capão a dentro foi atravessar o ribeiro que está por traz da casa de Gaspar Favacho [...]. (AUTO DE MEDIÇÃO DO ROCIO DESTA VILA, 1681, In: CAMARGO, 1971, p. 338). [p. 275]
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 31/01/1531 - A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa avista a costa do Brasil na altura do cabo Percaauri [10014]01/12/1561 - Expedição de Mem de Sá / O português Manuel Fernandes Ramos, primeiro marido de Suzana Dias construiu a capela de Santo Antônio* [20014]1575 - A história da Freguesia do Ó, bairro da região norte de São Paulo começa com a vinda do português Antônio Preto de São Vicente para São Paulo onde assumiria as funções de juiz Ordinário da Câmara [21784]1578 - Nascimento de André Fernandes, filho de Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias [657]1580 - Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias [6760]01/06/1581 - Oficializou-se a entrega da capela através de uma carta de doação e assinada, inclusive, pelo autor do Tratado Descritivo do  Brasil, Gabriel Soares de Sousa* [21316]1582 - Luís Eanes Grou (1554-1590) obteve, do Cap. Mor Jerônimo Leitão, sesmaria de uma légua de terras em Quitaúna [27482]1588 - Apesar da saúde frágil, Manuel Fernandes Ramos continuava exercendo atividades como vereador na Câmara de São Paulo [740]1589 - Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas [9075]07/12/1589 - “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275] [26356]1600 - As terras de Tibiriçá foram doadas em caráter perpétuo aos beneditinos [21319]1610 - Frei Mauro Teixeira ausentando-se da vila deixa como procurador e protetor da pequena capela de São Bento nada menos que o temível bandeirante Manuel Preto [21320]02/02/1610 - Domingos Fernandes (33 anos) funda a cidade de Itu [6551]01/06/1610 - Francisco de Souza chega em São Paulo* [26582]26/07/1610 - Suzana Dias, a matrona bandeirante, representando a família dos Fernandes, doa um terreno na parte mais elevada do núcleo para a construção de uma capela em homenagem à Santana substituindo a anterior dedicada a Santo Antônio [21299]1622 - Fundação [28215]1625 - Falecimento de Belchior da Costa, filho de Manuel da Costa e Beatriz Diniz [19999]14/11/1625 - Capela feita matriz / Criada a vila de Parnaíba por provisão do conde de Monsanto, donatário da capitania [19191]1627 - Reduções [1111]04/08/1627 - A terceira entrada e a fundação da Redução dos Arcanjos [1113]1628 - “Do lado espanhol” [27597]18/09/1628 - parte de São Paulo a grande bandeira comandada por Raposo Tavares tendo como imediato Manoel Preto que atacou as reduções jesuíticas e aldeias guaranis, com 69 portugueses, 900 mamelucos e 3 mil índios [17700]22/07/1630 - Falecimento de Manoel Preto, filho de Antonio Gomes Preto e Antonia Gonçalves Lage Antunes [1148]02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias [20168]21/02/1635 - Certifico eu Frei Alvaro de Caravajal pior (...) de Nossa Senhora de Monserrate da ordem do Patriarca SP (...) padre nesta vila de São Paulo, que recebi do Cap. Balthazar Fernandes de Parnaíba a esmola de dez missas que eu me obriguei a dizer e são em descargo do testamento de sua mãe defunta que ele como testamenteiro mandou fazer e por ser verdade lhe dei este por mim assinado hoje [22549]30/07/1635 - Documento [26358]1641 - Nossa Senhora do Rosário, uma das primeiras obras do escultor encontradas no Planalto Paulista [21307]14/11/1643 - Fundada a vila da Parnaiba, sendo o mosteiro Mosteiro de Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba doação do capitão André Fernandes [17565]1646 - “A Matriz de Santana de Parnaíba, reconstruída em 1646 e finalizada por volta de 1650” [21333]1654 - Frei Agostinho permanece no território paulista até aproximadamente 1654 [21313]14/07/1659 - O mosteiro de São Bento da Parnaíba foi elevado à categoria de Presidência ou Priorado [21293]1660 - Frei Anselmo Batista passou a residir em Sorocaba [21334]10/01/1681 - A Câmara de Parnaíba decide demarcar o rocio da vila: “um ribeiro que fica por cima do moinho da vila e subindo por a capoeira deu em um têso que fica por baixo da casa de sobrado que foi de Balthazar Fernandes” [21292]26/06/1681 - Primeira notícia do falecimento [23194]04/11/1681 - Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada) [20848]1720 - Os beneditinos substituem a antiga padroeira do Mosteiro de São Bento em São Paulo, Nossa Senhora do Montesserrate, autoria de Frei Agostinho da Piedade por um novo orago [21327]2012 - TEMPLOS, CASAMENTOS E CEMITÉRIOS DE UM GRUPO OUTSIDER. Luiz Cândido Martins, Luciana Fernandes Volpato [28482]
 
 
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 “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”.  Jesuíno Felicíssimo Junior1969. Atualizado em 23/10/2025 15:57:17• Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (3): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (genro/nora , 1575-1611), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Temas (21): Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Dinheiro$, Engenho(s) de Ferro, Fazenda Ipanema, Jesuítas, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Pela primeira vez, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Rio Pinheiros, Rio Pirajibú, Rio Sorocaba, Rio Tamanduatei, São Paulo de Piratininga, Serra de Ibituruna, Ybyrpuêra
  • 89. Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri11 de novembro de 1560
 Mestre Bartholomeu prestou valiosos serviços na fundação de Santos e, afeiçoando-se à nova terra, veio, após cumprir o prazo de sua contratação, fixar-se, para sempre, nos Campos de Piratininga (peixe sêco), tornado-se um dos seus primeiros povoadores e Senhor de grande trato de terras nas bandas de Jeribatuba (sítios dos Jiribás), ás margens do rio deste nome, hoje conhecido por Pinheiros, então encravado nos domínios do grande Cacique Caiubi.
 Tudo indica que Mestre Bartholomeu, falecido em torno de 1566, não só deixou descendência ativa, que também se devotou á sua arte produzindo pequenos artefatos de ferro comerciados ao longo do Jurubatuba, do Anhembi e do Tamanduateí, mas ainda instalou forja á margem esquerda do Jurubatuba, cuja existência, em 1554, foi citada por Anchieta, que mais tarde, em torno de 1560, fundou nas proximidades, a aldeia de Santo Amaro.
  • 90. Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias1580
 E em 1580 Américo de Moura, 1881- 1953) a cominação foi mais forte: era ele obrigado a expulsar de casa o nativo Gaspar". Vê- se que não é fácil deslindar o caso do Mestre Bartholomeu: três pessoas distintas ou uma só, como pretende o Autor, com três nomes diferentes? [História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página V]
 André Fernandes que em 1580, ao lado de seu pai e de sua mãe, participou da fundação de Santa Ana de Parnaíba. [Página 15]
  • 91. O procurador Francisco Sanches soube que Domingos Fernandes forjava no sertão. Os demais vereadores o teriam tranquilizado, alegando que “os Fernandes” eram os primeiros ferreiros de São Paulo e que este havia partido para a selva em companhia do governador Jerônimo Leitão, razão pela qual nada se poderia fazer16 de agosto de 1586
  • 92. Dom Francisco mudou o pelourinho, enviou moradores mas somente os "Sardinha" tinha autorização de entrar nas minas de "Obiracoyava"14 de julho de 1601
  • 93. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas23 de setembro de 1619
 Em 23 de setembro de 1619, André Fernandes, que em 1580, ao lado de seu pai e de sua mãe, participou da fundação de Santa Ana de Parnaíba, obteve do Capitão-Mór de São Vicente, Gonçalo Correia de Sá, uma sesmaria de terras com minas em Ibituruna. Nessa ocasião, seu irmão Balthazar Fernandes também obteve sesmaria no Porto das Canoas, vizinha da de André, e levantou em Parnaíba um forno para fundição de ferro que, em 1645, foi sequestrado e desmontado em consequência de denúncia e representação de Francisco Jorge ao Juiz Ordinário paulo do Amaral. Foi mais um Fernandes e talvez o último, que viu seu pendor de ferreiro e fundidor embaraçado pela autoridade local.  • 94. Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba1645
 Em 23 de setembro de 1619, André Fernandes que em 1580, ao lado de seu pai e de sua mãe, participou da fundação de Santa Ana de Parnaíba, obteve do Capitão-Mór de São Vicente, Gonçalo Correia de Sá, uma sesmaria de terras com minas em Ibituruna. Nessa ocasião seu irmão Balthazar Fernandes também obteve sesmaria no Porto das Canoas, vizinha da de André, e levantou em Parnaíba um forno para fundição de ferro que, em 1645, foi sequestrado e desmontado em consequência de denúncia e representação de Francisco Jorge ao Juiz Ordinário Paulo do Amaral. Foi mais um dos Fernandes e talvez o último, que viu seu pendor de ferreiro e fundidor embaraçado pela autoridade oficial. [História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página 15] 1500 - Nascimento de Bartolomeu Camacho [27377]1505 - Possível nascimento do Mestre Domingos Gonçalves [237]1518 - Possível nascimento [267]03/12/1530 - A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa [12955]22/01/1532 - Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos” [9728]1535 - Meste Bartholomeu frequentara estas paragens  [24541]1540 - Casamento de Rodrigo Alvares e Catarina Ramalho [26931]1553 - Procurador do Concelho [474]1554 - Portugueses romperam o acordo, subiram a Serra do Mar, e fundaram a vila de São Paulo [26207]25/01/1555 - Bras Cubas concede sesmaria ao ferreiro "Mestre Bartolomeu", chamado Domingos, que havia chegando com Martim Afonso em 1531, quando "enganados" pelo "Bacharel" em Cananéia [20150]1559 - Leonardo Nunes e o noviço Mateus Nogueira chegam à São Paulo [32077]12/08/1560 - Registro de terras  [23327]11/11/1560 - Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri [15157]29/01/1561 - Morre em Piratininga o irmão Matheus Nogueira, coadjutor temporal, ferreiro de sua profissão, e primeiro religioso que a Companhia adquiriu nestas partes [20812]14/03/1564 - Carta de Sesmaria: Mestre Bartholomeu e Bartholomeu Carrasco [22713]26/01/1566 - “Tudo indica o falecimento de Mestre Bartholomeu” [21045]03/09/1571 - Documento [27234]04/02/1572 - “confirmando a mudança do nome de Domingos para Bartolomeu” [27233]19/06/1578 - Intimou-se o único ferreiro da vila de São Paulo, para que, sob pena de dez cruzados, abstivesse de ensinar o seu ofício de ferreiro aos indígenas, “porque seria grande prejuízo da terra” [21051]1579 - Mestre Bartholomeu “foi intimado e não ensinar seu ofício a um mameluco ou nativo de sua adoção” [25785]1580 - Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias [6760]16/08/1586 - O procurador Francisco Sanches soube que Domingos Fernandes forjava no sertão. Os demais vereadores o teriam tranquilizado, alegando que “os Fernandes” eram os primeiros ferreiros de São Paulo e que este havia partido para a selva em companhia do governador Jerônimo Leitão, razão pela qual nada se poderia fazer [21053]13/11/1592 - Em seu Testamento descreve seus bens, especialmente uma grande Fazenda em Amboaçava, onde Braz Cubas teria “umas cruzes de pedras” [7944]14/07/1601 - Dom Francisco mudou o pelourinho, enviou moradores mas somente os "Sardinha" tinha autorização de entrar nas minas de "Obiracoyava" [9119]19/03/1605 - Convocação de D. Francisco de Sousa [24537]15/07/1608 - D. Francisco no posto de governador e administrador das minas do Espirito Santo, Rio de Janeiro e S. Paulo, separadas do governo geral da Bahia por provisão régia assinada em Lerma [23204]1610 - Cornélio Arzão teria erguido a matriz de São Paulo [21060]01/06/1610 - Francisco de Souza chega em São Paulo* [26582]31/10/1610 - Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro [20606]1618 - Cornélio de Arzão foi excomungado, encarcerado e seus bens sequestrados [25289]23/09/1619 - André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas [19190]1624 - Clemente [26375]1645 - Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba [11082]1797 - “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800) [22667]1822 - Memória Histórica Sobre a Fundação da Fábrica de Ferro de S. João de Ipanema, 1822. Senador Vergueiro (1778-1859) [25019]1952 - Os Povoadores do Campo de Piratininga. Américo de Moura [2607]
 
 
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 Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP1969. Atualizado em 23/10/2025 15:57:18• Cidades (17): Pirapora do Bom Jesus/SP, Cuiabá/MT, Guareí/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, Mogi das Cruzes/SP, Osasco/SP, Paranapanema/SP, Porto Feliz/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São José dos Pinhais/PR, São Paulo/SP, São Roque/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Família (7): Angela Fernandes (filho , 1586-1650), Antônio Rodrigues Velho ´o Araá´ (genro/nora , f.1616), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Belchior da Costa (consogro(a) , 1567-1625), Catarina Dias (filho , 1558-1631), Manuel Dias Machado (filho), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Temas (38): Açúcar, África, Ambuaçava, Angola, Araritaguaba, Avecuia, “terra que cai”, Bairro Itavuvu, Boigy, Bois e Vacas, Cabusú, Cachoeiras, Caminho do Mar, Caminho São Paulo-Santos, Canôas, Carijós/Guaranis, Convento/Galeria Santa Clara, Cristãos, Dinheiro$, Edifício Perseverança III, Engenho(s) de Ferro, Ermidas, capelas e igrejas, Fazenda Ipanema, Guerra de Extermínio, Jurubatuba, Geraibatiba, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Música, Ouro, Pão d´alho, Pela primeira vez, Pirapitinguí, Porcos, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Rio Itaí, Rio Juquiri, Rio Sorocaba, Rio Tamanduatei, Sabaúma
  • 95. Nascimento de Balthazar Fernandes2 de abril de 1577
  • 96. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas1589
 Da consulta aos Inventários e Testamentos, à Genealogia Paulistana de Silva Leme, aos Apontamentos Históricos de Azevedo Marques, à Nobiliarquia de Pedro Taques, às obras de Américo de Moura e de Carvalho Franco, estão identificados os seguintes filhos do casal Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias, dos quinze filhos vivos em 1589:1 - André Fernandes2 - Balthazar Fernandes3 - Domingos Fernandes4 - Pedro Fernandes5 - Custódia Dias6 - Angela Fernandes7 - Benta Dias8 - Maria Machado9 - Margarida Dias10 - Catarina Dias11 - Francisco Dias12 - Paula Fernandes13 - Agostinha Dias  • 97. Requeria a suas mercês os mandassem tapar e entupir, a saber, mandasse a Susana Dias que entupisse duas covas que estão na praça que seu filho Francisco Dias fez seu filho Francisco Dias fez e um beco que esta junto com ela17 de julho de 1593
 Segundo Américo de Moura, Antônio Rodrigues teria o mesmo nome de seu pai, o que explica os dois nomes Antônio Rodrigues e Garcia Rodrigues em documentos diferentes, referindo-se à mesma pessoa. De qualquer maneira, Antônio Rodrigues estaria identificado como genro de Susana Dias, por uma ata de 17 de julho de 593, e que é empossado como almotacel e citado pelo escrivão Belchior da Costa como "genro de Suzana Dias".
 Francisco Dias está perfeitamente identificado por uma ata de 17 de julho de 1593, a propósito de "bequos e covas destampadas", da seguinte maneira:
 
 "... requeria a suas mercês os mandassem tapar e entupir, a saber, mandasse a Susana Dias que entupisse duas covas que estão na praça que seu filho Francisco Dias fez seu filho Francisco Dias fez e um bequo que esta junto com ela..." [p. 175]
  • 98. Troca entre chãos que Garcia tinha recebido de seu pai e mãe falecidos, com outros de Antonio de Siqueira, morador de Santos10 de junho de 1594
  • 99. Antonio Rodrigues vendeu chãos defronte ao pelourinho a Marcos Sanches de Paredes (Manuel Ramos falecido)30 de junho de 1594
 O mesmo documento que citamos acima, datado 30 de junho de 1594, talvez identifique mais um filho de Manuel Fernandes Ramos e Susana Dias, de nome Manuel Dias Machado. Na carta de venda das casas de Antônio Rodrigues assinam como testemunhas seu cunhado Domingos Fernandes e um outro cunhado, Manuel Dias Machado, morador Rio de Janeiro. [p. 175]  • 100. Falecimento de Suzana Dias2 de setembro de 1634
 Dessa maneira, embora não se sabia a idade exata de cada um deles, ficam identificado treze, dos quinze filhos a que se refere Suzana Dias em seu testamento datado de 1628, ditado na casa de Baltazar Fernandes Alvarenga, como testamenteiro de sua mãe, em Santa Ana de Parnaíba.  • 101. Balthazar Fernandes deixa o Uruguai com cerca de 400 escravizadosjaneiro de 1636
 Balthazar Fernandes foi companheiro de seu irmão André em 1613 na expedição para o sertão goiano, e, como ele também foi para o Rio Grande do Sul de 1637 a 1639, trazendo de suas expedições, centenas de nativos. Tornando-se extremamente rico, de acordo com seu inventário, foi proprietário de doze sesmarias em terras do então município de Parnaíba, ao qual pertenciam as terras que formariam posteriormente os municípios de Itu e Sorocaba. Com grandes plantações de algodão e trigo, tinha a seu serviço, mais de quatrocentos nativos. Em Parnaíba também se dedicou à fundição de ferro, onde tinha um engenho que foi sequestrado em 1645.  • 102. Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba1645
 Tornando-se extremamente rico, de acordo com seu inventário, foi proprietário de doze sesmarias em terras do então município de Parnaíba, ao qual pertenciam as terras que formariam posteriormente os municípios de Itu e Sorocaba. Com grandes plantações de algodão e trigo, tinha a seu serviço, mais de quatrocentos nativos. Em Parnaíba também se dedicou à fundição de ferro, onde tinha um engenho que foi sequestrado em 1645.  • 103. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com  família e 380 escravizadosdezembro de 1654
 Balthazar Fernandes foi companheiro de seu irmão André em 1613 na expedição para o sertão goiano, e, como ele também foi para o Rio Grande do Sul de 1637 a 1639, trazendo de suas expedições, centenas de nativos. Tornando-se extremamente rico, de acordo com seu inventário, foi proprietário de doze sesmarias em terras do então município de Parnaíba, ao qual pertenciam as terras que formariam posteriormente os municípios de Itu e Sorocaba.Com grandes plantações de algodão e trigo, tinha a seu serviço, mais de quatrocentos nativos. Em Parnaíba também se dedicou à fundição de ferro, onde tinha um engenho que foi sequestrado em 1645.  • 104. Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?16 de fevereiro de 2023
 01/12/1532 - Caminho da Serra* [25855]1550 - Casamento de Afonso Sardinha, "o Velho", e Maria Gonçalves (filha do Mestre Bartholomeu Gonçalves e Antônia Rodrigues, “a índia”) [27290]02/04/1577 - Nascimento de Balthazar Fernandes [24606]1589 - Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas [9075]02/05/1592 - Por patente entre a 2 de maio de 1592, foi entregue a Afonso Sardinha, em substituição a Jorge Correa, o lugar de capitão-mór, pois que a vila estava ameaçada pelo nativo [24872]17/07/1593 - Requeria a suas mercês os mandassem tapar e entupir, a saber, mandasse a Susana Dias que entupisse duas covas que estão na praça que seu filho Francisco Dias fez seu filho Francisco Dias fez e um beco que esta junto com ela [26357]13/02/1594 - Oficiais da Câmara e outras pessoas da governança, lembrando o procurador a Afonso Sardinha “o recado do senhor capitão para estarem todos prestes para a guerra". Ao procurador parecia que tendo Afonso Sardinha "ordem para vigiar os nativos”, não fora isso necessário por não se haver “apresentado gente do sertão”, convindo agora fazê-lo “indo vinte homens brancos a ver o que passava até oo Pirapitinguí” partindo outros a “vigiarem até Sabaúma” [25373]10/06/1594 - Troca entre chãos que Garcia tinha recebido de seu pai e mãe falecidos, com outros de Antonio de Siqueira, morador de Santos [21095]30/06/1594 - Antonio Rodrigues vendeu chãos defronte ao pelourinho a Marcos Sanches de Paredes (Manuel Ramos falecido) [21105]05/02/1595 - Diogo de Lara assinou na Câmara [21472]22/05/1595 - Aguardando que o capitão-mór os viesse acompanhar na entrada contra os nativos do sertão do Mogí, ora a indagar se receberiam auxílio dos de Santos e de São Vicente ou de pediriam aos do Rio de Janeiro, reuniram-se mais uma vez a 22 de maio de 1595 aqueles angustiados moradores da vila de São Paulo de Piratininga [25374]1597 - Tem minas de ouro de lavagem nas chamadas de Vuturuna, em cuja terra as descobrio no anno de 1597 o Paulista Afonso Sardinha, como fica referido [20861]08/03/1598 - Acorria o povo a atender a provisão do Governador Geral, D. Francisco de Souza [20524]20/03/1598 - Doze dias após Afonso Sardinha à Câmara, onde novamente tratavam do mesmo assunto e quando, a bem do povo, deliberaram sobre o quanto havia de custar a carne fresca do porco, que tabelaram a "quatorze réis o macho e a fêmea a doze réis e a da vaca fresca a duzentos réis a arroba", confirmando as posturas relativas ao gado e continuando proibida sua venda para Santos, sem licença da Câmara [25380]10/09/1601 - Afonso Sardinha e seu filho Pedro fazem parte do regimento dado ao administrados das minas para que descobrisse as minas [20196]25/11/1601 - sardinha [25381]09/09/1606 - Oficiais da Câmara ainda reclamavam que Afonso Sardinha, o pai [20502]01/09/1607 - Sardinha é eleito vereador* [25383]03/11/1607 - Terras [25382]1615 - Fundição criada por Afonso Sardinha no morro Ipanema para de funcionar [6497]09/07/1615 - Doação da Aldeia de Carapicuíba feita por Afonso Sardinha e sua mulher Maria Gonçalves [20089]02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias [20168]29/01/1636 - Balthazar Fernandes deixa o Uruguai com cerca de 400 escravizados* [6529]1645 - Tomada da fundição de Balthazar Fernandes e sua possível chegada a Sorocaba [11082]01/12/1654 - Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com  família e 380 escravizados* [6604]16/02/2023 - Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente? [28322]
 
 
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 Figuras paulistas que povoam as crônicas do passado; Jornal “Diário da Noite”/SP25 de janeiro de 1964, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:57:16• Cidades (3): Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (2): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Temas (2): Mineralogia, Ouro
  • 47. “Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes”14 de setembro de 1583
 Suzana Dias ajuda seu esposo na fundação de Santa Ana de Parnaíba. Um dia acusam Manuel Fernandes Ramos, de estar conluiado com os nativos, com bigorna e forja no sertão. Ora, se os silvícolas já eram tão temíveis com suas flechas de ponta de osso ou de madeira endurecida ao fogo, o que não seriam com armas de ponta de aço?
 A denúncia ganha vulto, Suzana Dias não pode vir, pois está ausente. Não pode comparecer para defender-se. Ela surge na Câmara e declara com digna serenidade: "Meu marido não pode vir, pois está ausente, no sertão, cuidando dos interesses da família. Não tem fundamento a acusação. A bigorna e o malho aqui estão. O fole encontra-se emprestado a um amigo."
 
 E a um gesto seu, dois servos atiram ao chão a bigorna e o malho. E com a mesma discreta e altiva dignidade com que entrou, não espera ouvir palavras de desculpas e retira-se. Vai para Santa Ana de Parnaíba, onde passa a viver cercada de respeito. Dizem que seus filhos lhe ofereceram, quando idosa, um divã com pés de ouro. (Jornal “Diário da Noite”/SP, 25.01.1964. Página 26)
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  • 48. Falecimento de Suzana Dias2 de setembro de 1634
 Suzana Dias ajuda seu esposo na fundação de Santa Ana de Parnaíba. Um dia acusam Manuel Fernandes Ramos, de estar conluiado com os nativos, com bigorna e forja no sertão. Ora, se os silvícolas já eram tão temíveis com suas flechas de ponta de osso ou de madeira endurecida ao fogo, o que não seriam com armas de ponta de aço?
 A denúncia ganha vulto, Suzana Dias não pode vir, pois está ausente. Não pode comparecer para defender-se. Ela surge na Câmara e declara com digna serenidade: "Meu marido não pode vir, pois está ausente, no sertão, cuidando dos interesses da família. Não tem fundamento a acusação. A bigorna e o malho aqui estão. O fole encontra-se emprestado a um amigo."
 
 E a um gesto seu, dois servos atiram ao chão a bigorna e o malho. E com a mesma discreta e altiva dignidade com que entrou, não espera ouvir palavras de desculpas e retira-se. Vai para Santa Ana de Parnaíba, onde passa a viver cercada de respeito. Dizem que seus filhos lhe ofereceram, quando idosa, um divã com pés de ouro. (Jornal “Diário da Noite”/SP, 25.01.1964. Página 26)
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 14/09/1583 - “Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes” [21052]02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias [20168]
 
 
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 Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969)1956. Atualizado em 23/10/2025 15:57:15• Cidades (5): Assunção/PAR, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Família (1): Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (tio , 1493-1580)
 • Temas (17): Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho de Piratininga, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Canibalismo, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Jeribatiba (Santo Amaro), Jesuítas, Maniçoba, Metalurgia e siderurgia, Ouro, Rio Geribatiba, Rio Pinheiros, São Paulo de Piratininga, Vila de Santo André da Borda
 09/08/1549 - “procissão com grande música, a que os respondiam os trombetas. Ficaram os índios espantados de tal maneira, que depois pediam ao Pe. Navarro que lhes cantasse assim como na procissão fazia” (2000:41). [21901]29/08/1553 - Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues" [8154]18/07/1554 - Carta de Pero Correa ao Pe. Braz Lourenço [22303]06/10/1554 - Por isso deixou aí um Irmão para os ensinar, e ele, indo mais longe, partiu para outras nações a 6 de Outubro de 1554. Tanto o queriam seguir os Índios, mesmo em território inimigos, que quiserem cortar o cabelo à maneira dos cristãos e ir com ele como servos [27083]15/03/1555 - Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola [26939]1557 - “Pois que direi de suas filhas, duas, a qual melhor cristã! Que direi da fé do grão velho Cayobi, que deixou sua aldeia e suas roças e se veio morrer de fome em Piratininga por amor de nós cuja vida e costumes e obediência a amostra bem ha fé do coração” [27127]1558 -  Manoel da Nóbrega convenceu o governador Mem de Sá a baixar "leis de proteção aos índios", impedindo a sua escravização [8158]08/05/1558 - Carta do Padre Manuel da Nóbrega ao Padre Miguel de Torres [21910]12/08/1560 - Registro de terras  [23327]27/08/1562 - Manuel da Nóbrega solicita uma légua de terras próximas ao Rio Jeribatiba [20546]1563 - Aberto caminho [27497]14/03/1564 - Carta de Sesmaria: Mestre Bartholomeu e Bartholomeu Carrasco [22713]
 
 
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 Inventários e testamentos, vol. XXXIII, 1946. Documentos da seção do arquivo histórico1946. Atualizado em 23/10/2025 15:57:13• Cidades (5): Barueri/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (3): André Fernandes (filho , 1578-1641), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Custódia Dias (filho , 1581-1650)
 • Pessoas (6): Gaspar de Brito, João Pimentel, Jorge Moreira (n.1525), Gabriel de Lara (f.1694), Luís Eanes Grou (1573-1628), Juan del Campo y Medina
 • Temas (1): Jurubatuba, Geraibatiba
  • 8. Nascimento de Balthazar Fernandes2 de abril de 1577
  • 9. Este treslado de testamento eu, Manoel de Alvarenga, também tirei por austeridade de Justiça do próprio livro do também Luis Ianes que Deus tem por o deixar de tirar das notas do seu livro de que me reporto em todo e por todo, em 24 de agosto de 1634.24 de agosto de 1634
  • 10. “Digo Jhoan de Campos e Medina presentes nesta aldeia de Santa Ana da parnaíba que é verdade que foi reservado ao Capitão Baltazar Fernandes Alvarenga e testamentário de sua falecida mãe que Deus nos deixou, no sepultamento e missa cantada e ofício de nove lições e Assim, mais de três ofícios de nove classes, e uma missa cantada de sacramento e para ser verdade e sempre para registrar, dei-lhe isso de acordo com meu nome em 7 de setembro de 1634 anos”7 de setembro de 1634
 Digo Yo Jhoan de Campos Y Medina presente nesta vila de Santa Ana da parnaiba que é verdade que se resevi del Capitão Baltazar Fernandes Alvarenga Y testamentario de sua madre já defunta que Deos aja salimos, na de entierro y misa cantada y ofisio de nueves liciones y asi mas de tres ofisios de nueve liciones, y misa cantada de saymento y por ser verdade y en todo tienpo constar le di esta en conformidade de mi nombre oy siete de septienbre de 1634 anos.
 Tradução: Digo Jhoan de Campos e Medina presentes nesta aldeia de Santa Ana da parnaíba que é verdade que foi reservado ao Capitão Baltazar Fernandes Alvarenga e testamento de sua falecida mãe que Deus nos deixou, sepultamento e missa cantada e ofício de nove lições e Assim, mais de três ofícios de nove classes, e uma missa cantada de sacramento e para ser verdade e sempre para registrar, dei-lhe isso de acordo com meu nome em 7 de setembro de 1634 anos. [Inventários e testamentos, vol. XXXIII, 1946. Documentos da seção do arquivo histórico. Página 16]
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  • 11. Inventário que por morte e falecimento de Susana Dias, dona viúva que mandou fazer o Juiz João Mendes Giraldo18 de setembro de 1634
 Inventário e testamento de Susana Dias (1628-1648)Inventário que por morte e falecimento de Susana Dias, dona viúva que mandou fazer o Juiz João Mendes Giraldo
 18 de setembro de 1634 - Nesta vila de Santa Ana de Pernaiba, Capitania de São Vicente, partes do Brasil etc., nas pousadas do Capitão André Fernandes digo Balthezar Fernandes, aonde o Juiz Ordinário desta vila João Mendes Giraldo veio comigo também a fazer inventário dos bens que ficaram por morte e falecimento de Suzana Dias, dona viúva, defunta que Deus tem em sua presença e logo deu juramento dos Santos Evangelhos a Balthezar Fernandes como testamenteiro e herdeiro, e que juntando-se declara-se todos os herdeiros que haviam e de como assim o prometeu mandou a mim também fazer termo, e mandou a mim também lançasse neste Inventário toda a Fazenda que declarassem ficar e de como assim o mandou fazer este auto e assento em que ambos assinaram e eu Manoel de Alvarenga também e escrivão dos órfãos o escrevi. [Inventários e testamentos, vol. XXXIII, 1946. Documentos da seção do arquivo histórico. Página 11]
 
 (...) ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, de mil seiscentos e vinte oito anos, nas pousadas de morada do Capitão André Fernandes, onde eu também fui chamado e logo e mim foi dito por Suzana Dias dona viúva enferma em sua cama por quanto não sabia o que Deus Nosso Senhor podia dela ordenar, fez este testamento  por quanto estava em seu juízo perfeito, dispunha na forma seguinte:
 
 (...) disse ela testadora que foi casada com Manoel Fernandes Ramos seu legítimo marido em face da Igreja, qual teve dezessete filhos e por morte dele ficaram quinze vivos os quais todos serão herdeiros de seus bens, salvo André Fernandes e Balthezar Fernandes seu irmão que se lhe não satisfez suas legítimas; mando que de minha fazenda como meus herdeiros lhe sejão pagos.  [Inventários e testamentos, vol. XXXIII, 1946. Documentos da seção do arquivo histórico. Página 12]
 
 A Custódia Dias minha filha, Angela Fernandes e a Benta Dias e Augustinha Dias e Maria Machada lhes não deixo nada, porque nos dotes que lhes fiz dei-lhes e satisfiz suas legitimas que de seu pai e de mim podiam herdar.
 
 Só declaro que a Benta Dias devo uma cavalgadura e se lhes satisfará a minha filha Augustinha Dias por festas, cabeças de perús e se lhes dará mil reis em satisfação.
 
 Declaro que a meu filho André Fernandes das peças e serviços que tenho, por lhe estar obrigada, os cinco que me deu, poderá tomar outras cinco as quais quero que logo se entre e assim mais lhe entregará um moço por nome Manoel por outro que deu a Manoel da Costa, por minha ordem, e  meu filho Balthezar Fernandes se lhe entregue um nativo por nome Antônio, por outro que me deu, para dar a sua irmã Custódia Dias, em casamento e um moço que se tem em sua casa por nome Belchior declaro que lhe pertence e ele com seus filhos, por ser assim vontade do nativo que é forro e livre.
 
 Mando, digo quero que o meu corpo seja enterrado na ermida da gloriosa Santa Ana de que meu filho é padroeiro. E se me fará um oficio de nove lições onde corpo estiver enterrado e se me dirá trinta missas rezadas por minha alma para que Deus Nosso Senhor tenha misericórdia com ela, ás confrarias de Nossa Senhora do Rosário e da Conceição, e cada uma deixo um cruzado; a Santo Antônio deixo dois cruzados de esmola; [Páginas 13 e 14]
 
 e por aqui e com estas declarações atras ei este meu testamento por serrado e peso as justiças de Sua Magestade lhe devem inteiro comprimento, por ser esta minha ultima vontade e de rogo a todos os testamentos que se acharem antes deste os quais ei por nulos e de nenhum vigor e pedio ao Reverendo Padre Vigário João Pimentel que o assinasse por mim não saber escrever e as mais testemunhas que se achavam presentes Gaspar de Brito, Thomé Martins, João Fernandes [Página 15]
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 02/04/1577 - Nascimento de Balthazar Fernandes [24606]24/08/1634 - Este treslado de testamento eu, Manoel de Alvarenga, também tirei por austeridade de Justiça do próprio livro do também Luis Ianes que Deus tem por o deixar de tirar das notas do seu livro de que me reporto em todo e por todo, em 24 de agosto de 1634. [26354]07/09/1634 - “Digo Jhoan de Campos e Medina presentes nesta aldeia de Santa Ana da parnaíba que é verdade que foi reservado ao Capitão Baltazar Fernandes Alvarenga e testamentário de sua falecida mãe que Deus nos deixou, no sepultamento e missa cantada e ofício de nove lições e Assim, mais de três ofícios de nove classes, e uma missa cantada de sacramento e para ser verdade e sempre para registrar, dei-lhe isso de acordo com meu nome em 7 de setembro de 1634 anos” [26353]18/09/1634 - Inventário que por morte e falecimento de Susana Dias, dona viúva que mandou fazer o Juiz João Mendes Giraldo [26355]
 
 
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 Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXXII, 1937. Diretor: Paulo Duarte. Textos: Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958)1937. Atualizado em 23/10/2025 15:54:11• Cidades (5): Caeté/MG, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Família (6): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Beatriz Dias Teveriçá ou Ramalho (pai/mãe , 1502-1569), Custódia Dias (filho , 1581-1650), Garcia Rodrigues Velho (neto* , 1600-1671), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (avô(ó) , 1470-1562)
 • Pessoas (6): Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Braz Teves, Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), João Ramalho (1486-1580), Maria Garcia Rodrigues Betting (1642-1676), Rodrigo de Castelo Branco
 • Temas (6): Cachoeiras, Diamantes e esmeraldas, Léguas, Ouro, Pela primeira vez, Rio Anhemby / Tietê
  • 94. Casamento: Arrisco dizer que foi este é o ano de nascimento de Suzanna Dias, filha de Lopo e Beatriz Dias / Luzia?1540
 P.s. Custodia Dias acima referida era filha de Manoel Fernandes Ramos, natural de Moura em Alentejo e Guardador da Capela de Santa Anna de Parnaíba, que depois vigairaria, é hoje vila, e de s. mer. Suzana Dias filha do referido João Ramalho, e de sua mer. Beatris Dias, filha do Cacique Teberisa, que batizando-se se chamou Martim Affonso. [Página 27]  • 95. Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira1553
 Custódia Dias, que foi filha de João Ramalho, primeiro europeu que pisou naquelas terras por um naufrágio. Era filha de Manoel Fernandes Ramos, natural de Moura em Alentejo e Guardador da Capela de Santa Anna de Parnaíba, que depois vigairaria, é hoje vila, e de s. mer. Suzana Dias filha do referido João Ramalho, e de sua mer. Beatris Dias, filha do Cacique Teberisa, que batizando-se se chamou Martim Affonso. 1540 - Casamento: Arrisco dizer que foi este é o ano de nascimento de Suzanna Dias, filha de Lopo e Beatriz Dias / Luzia? [20000]1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]26/06/1681 - Primeira notícia do falecimento [23194]04/11/1681 - Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada) [20848]
 
 
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 S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay1920. Atualizado em 23/10/2025 15:54:08• Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Família (2): Antônio de Macedo (ou Saavedra) (primo , 1531-1590), Cristovão Diniz (neto* , f.0)
 • Temas (14): Algodão, Almotacel, Café, Caminho do Mar, Caminho do Padre, Caminhos até São Vicente, Curral do Conselho, Ermidas, capelas e igrejas, Escravizados, Estradas antigas, Gados, Metalurgia e siderurgia, Tamoios, Ybyrpuêra
  • 55. Houve problemas com esse mesmo ferreiro, mestre Bartolomeu Fernandes, denominado por Taunay de “Tubalcaim paulistano”. Este foi intimado para que mandasse seus aprendizes à vila, sob pena de mil réis de multa15 de abril de 1588
 Subiram os abusos ao ponto, porêm, de provocar a intervenção municipal. Na sessão de 15 de abril de 1588, chamava o procurador do conselho, Gonçalo Pires, a atenção de seus colegas de vereança para os abusos cometidos pelos mesteirais: "O povo clamava da pouca justiça, mórmente se agravava da grande carestia e desordem do mestre ferreiro", motivo pelo qual mandou a Câmara ao almotacel Antonio de Saavedra que abrisse severo inquérito. 04/01/1521 - Falecimento de Gonçalo Rodrigues [288]26/08/1522 - Domingos Luis Grou “adquiriu” terras vizinhas as concedidas nativos de Piratininga, junto ao rio Carapicuíba [20337]10/10/1532 - Martim Afonso concede sesmarias [21966]1551 - Conflito entre o Padre Leonardo Nunes e «um homem que havia quarenta annos estava na terra já tinha bisnetos e sempre viveu em peccado mortal e andava excommungado" [20731]01/01/1553 - Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei [25214]20/07/1553 - Carta escrita por João de Salazar ao Conselho das Índias [22499]05/04/1560 - A vila de São Paulo ficou completamente fundada e reconhecida, data da respectiva provisão [21938]1572 - Caminho do Mar [25213]1575 - Domingos Grou, membro do Conselho da Vila, verberou o ex-vereador Antonio Fernandes que, sem a menor cerimônia surrupiara as portas do muro que defendia Piratininga e as vendera por 250 réis a André Burgos [20539]15/04/1588 - Houve problemas com esse mesmo ferreiro, mestre Bartolomeu Fernandes, denominado por Taunay de “Tubalcaim paulistano”. Este foi intimado para que mandasse seus aprendizes à vila, sob pena de mil réis de multa [21054]28/05/1588 - Intimação ao ferreiro, Domingos Fernandes, que mandasse seus aprendizes á vila, sob pena de mil réis de multa "para com eles fazer o concelho certas diligências" [21297]05/06/1593 - Também compareceram à câmara oficiais mecânicos, entre eles, o ferreiro Clemente Álvares [21055]30/05/1598 - “auto de concerto que fizeram os oficiais da câmara com Domingos Luiz e Luiz Alvares” para fazerem "corpo de igreja" e capela matriz. Obrigaram-se esses empreiteiros a executar “obra de taipa de pilão a razão de quatro reais o taipal, com tal condição que os taipaes fossem de cutelo ou pedaço para serem também contados.” [23986]14/06/1598 - Convocaram os paulistanos para que ouvissem o público pregão de que se pagariam quatro reais pelo serviço da igreja: “Se houvesse quem o fizesse mais barato; dissesse que era caro o dito preço”, apregoou alto e detidamente o meirinho [23987]25/06/1598 - Ata [28479]14/11/1598 - Declarava a Câmara que sabia pensarem os empreiteiros abandonar a obras, intimando-os a que “dela não largassem sob pena de multa de seis mil réis” [21037]29/04/1600 - Obras atrasadas [28480]03/06/1600 - Cidadãos são multados em dois mil réis por se negarem a auxiliar a construção da igreja [827]
 
 
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 Registro geral da câmara municipal de SP: 1745-1747 vol VIII1919. Atualizado em 23/10/2025 15:54:08• Cidades (3): Cotia/Vargem Grande/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (1): Garcia Rodrigues (consogro(a) , 1510-1590)
 • Pessoas (3): Antônio Rodrigues "Dias" (f.1616), Fernão d’Álvares (n.1500), Marcos Sanches de Paredes
 
 
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 Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP (1898-1899)1899. Atualizado em 23/10/2025 15:54:06• Cidades (4): Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (4): André Fernandes (filho , 1578-1641), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (avô(ó) , 1470-1562)
 • Pessoas (8): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Anthony Knivet (1560-1649), Clemente Álvares (1569-1641), Gonçalo Correia de Sá (n.1540), Jean de Laet (1571-1649), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
 • Temas (10): Ambuaçava, Bituruna, vuturuna, Itapeva (Serra de São Francisco), Nossa Senhora da Luz, Ouro, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Rio Tamanduatei, Ybyrpuêra, Apiassava das canoas
  • 42. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas23 de setembro de 1619
 Parnahyba, sendo ainda do termo de São Paulo, principiava a povoar-se no ano de 1619. O descobrimento de minas chamou para aquele lugar muitos povoadores. André Fernandes pediu sesmaria alegando que era lavrador de posses, que andava em serviços de Sua Majestade no descobrimento das minas e que tinha necessidade de terras junto a elas. Concederam-lhe duas léguas aos 23 de setembro de 1619. Balthazar Fernandes, alegando os mesmos serviços, pediu no mesmo lugar uma légua, que se lhe concedeu no mesmo dia e ano. Clemente Alvaro, pelas mesmas e idênticas razões, pediu no dito lugar, junto as minas, sesmaria em Bituruna, águas vertentes para o rio Anhemby, e lhe concederam duas léguas aos 23 de setembro do dito ano. Todas estas sesmarias foram concedidas por Gonçalo Correa e fazem já menção de alguns moradores no dito lugar. As minas era de Bituruna e acham-se as sesmarias registradas no livro 4.°, desde fls. 24, 28 até 30.
 André Fernandes foi o fundador de Parnahyba, Balthazar Fernandes fundou Sorocaba e Domingos Fernandes fundou Ytú: todos três eram filhos de Manoel Fernandes Ramos, fidalgo português, e de Suzana Dias, neta de João Ramalho e bisneta de Tebiriçá. [Página 813 do pdf]
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 23/09/1619 - André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas [19190]
 
 
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 Falecimento de Suzana Dias8 de dezembro de 1634, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:51:02• Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (3): André Fernandes (filho , 1578-1641), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Domingos Fernandes (filho , 1577-1652)
 • Pessoas (1): Gabriel de Lara (f.1694)
 • Temas (2): Ermidas, capelas e igrejas, Espanhóis/Espanha•  Apontamentos historiográficos de 1991-92, revistos e ampliados em 2017, por João Barcellos. Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba consultado em 17.06.2022
 1 de janeiro de 2017, domingo
 Nascida cerca de 1553 e morta em 8 de dezembro de 1634, Suzana Dias. [Apontamentos historiográficos de 1991-92, revistos e ampliados em 2017. por João Barcellos. Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba consultado em 17.06.2022]
 
 
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 Inventário que por morte e falecimento de Susana Dias, dona viúva que mandou fazer o Juiz João Mendes Giraldo18 de Setembro de 1634, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:51:01• Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (7): Agostinha Dias (filho , 1580-1633), André Fernandes (filho , 1578-1641), Angela Fernandes (filho , 1586-1650), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Benta Dias Fernandes (filho , n.1590), Custódia Dias (filho , 1581-1650), Maria Machado (filho , n.1582)
 • Pessoas (2): João Mendes Geraldo, Manoel de Alvarenga
 • Temas (1): Cavalos•  Inventários e testamentos, vol. XXXIII, 1946. Documentos da seção do arquivo histórico
 1 de janeiro de 1946, terça-feira
 Inventário e testamento de Susana Dias (1628-1648)Inventário que por morte e falecimento de Susana Dias, dona viúva que mandou fazer o Juiz João Mendes Giraldo
 18 de setembro de 1634 - Nesta vila de Santa Ana de Pernaiba, Capitania de São Vicente, partes do Brasil etc., nas pousadas do Capitão André Fernandes digo Balthezar Fernandes, aonde o Juiz Ordinário desta vila João Mendes Giraldo veio comigo também a fazer inventário dos bens que ficaram por morte e falecimento de Suzana Dias, dona viúva, defunta que Deus tem em sua presença e logo deu juramento dos Santos Evangelhos a Balthezar Fernandes como testamenteiro e herdeiro, e que juntando-se declara-se todos os herdeiros que haviam e de como assim o prometeu mandou a mim também fazer termo, e mandou a mim também lançasse neste Inventário toda a Fazenda que declarassem ficar e de como assim o mandou fazer este auto e assento em que ambos assinaram e eu Manoel de Alvarenga também e escrivão dos órfãos o escrevi. [Inventários e testamentos, vol. XXXIII, 1946. Documentos da seção do arquivo histórico. Página 11]
 
 (...) ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, de mil seiscentos e vinte oito anos, nas pousadas de morada do Capitão André Fernandes, onde eu também fui chamado e logo e mim foi dito por Suzana Dias dona viúva enferma em sua cama por quanto não sabia o que Deus Nosso Senhor podia dela ordenar, fez este testamento  por quanto estava em seu juízo perfeito, dispunha na forma seguinte:
 
 (...) disse ela testadora que foi casada com Manoel Fernandes Ramos seu legítimo marido em face da Igreja, qual teve dezessete filhos e por morte dele ficaram quinze vivos os quais todos serão herdeiros de seus bens, salvo André Fernandes e Balthezar Fernandes seu irmão que se lhe não satisfez suas legítimas; mando que de minha fazenda como meus herdeiros lhe sejão pagos.  [Inventários e testamentos, vol. XXXIII, 1946. Documentos da seção do arquivo histórico. Página 12]
 
 A Custódia Dias minha filha, Angela Fernandes e a Benta Dias e Augustinha Dias e Maria Machada lhes não deixo nada, porque nos dotes que lhes fiz dei-lhes e satisfiz suas legitimas que de seu pai e de mim podiam herdar.
 
 Só declaro que a Benta Dias devo uma cavalgadura e se lhes satisfará a minha filha Augustinha Dias por festas, cabeças de perús e se lhes dará mil reis em satisfação.
 
 Declaro que a meu filho André Fernandes das peças e serviços que tenho, por lhe estar obrigada, os cinco que me deu, poderá tomar outras cinco as quais quero que logo se entre e assim mais lhe entregará um moço por nome Manoel por outro que deu a Manoel da Costa, por minha ordem, e  meu filho Balthezar Fernandes se lhe entregue um nativo por nome Antônio, por outro que me deu, para dar a sua irmã Custódia Dias, em casamento e um moço que se tem em sua casa por nome Belchior declaro que lhe pertence e ele com seus filhos, por ser assim vontade do nativo que é forro e livre.
 
 Mando, digo quero que o meu corpo seja enterrado na ermida da gloriosa Santa Ana de que meu filho é padroeiro. E se me fará um oficio de nove lições onde corpo estiver enterrado e se me dirá trinta missas rezadas por minha alma para que Deus Nosso Senhor tenha misericórdia com ela, ás confrarias de Nossa Senhora do Rosário e da Conceição, e cada uma deixo um cruzado; a Santo Antônio deixo dois cruzados de esmola; [Páginas 13 e 14]
 
 e por aqui e com estas declarações atras ei este meu testamento por serrado e peso as justiças de Sua Magestade lhe devem inteiro comprimento, por ser esta minha ultima vontade e de rogo a todos os testamentos que se acharem antes deste os quais ei por nulos e de nenhum vigor e pedio ao Reverendo Padre Vigário João Pimentel que o assinasse por mim não saber escrever e as mais testemunhas que se achavam presentes Gaspar de Brito, Thomé Martins, João Fernandes [Página 15]
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 Falecimento de Suzana Dias2 de Setembro de 1634, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:51:01• Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (1): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670)
 • Pessoas (1): Juan del Campo y Medina•  “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
 1 de janeiro de 2014, quarta-feira
 Vale a pena abrir um parênteses, nesta narrativa, a fim de registrar um episódio curioso na vida de Suzana, mãe de Balthazar, contado pelos historiadores Mons. Paulo Florêncio da Silveira Camargo (História de Santana de Parnaíba) e Padre Hélio Abranches Viotti (Anchieta, o Apóstolo do Brasil). E, este detalhe, que vou narrar, agora, ganhou grande notoriedade, neste ano de 2014, quando S. S. o Papa Francisco canonizou o Padre José de Anchieta.
 Quando ainda menina, residindo com seus pais em São Vicente, Suzana Dias foi acometida de uma moléstia grave. Esgotados todos os recursos humanos para a sua cura, Suzana recorreu a Deus, prometendo consagrar-se à vida religiosa, caso ficasse livre da doença, que a atormentava.
 
 Miraculosamente, livre do infortúnio, Suzana cumpria a sua promessa, vivendo uma vida de cristã exemplar, com plano de ingressar num convento. Certo dia, quando estava compenetrada em suas orações, acercou-se dela um irmão leigo jesuíta e sussurrou-lhe aos ouvidos: "Você está liberada da promessa que fez ao Senhor".
 
 Suzana levou um susto e, ruborizada e confusa, dirigiu-se ao religioso: - Mas, que promessa, se eu nunca revelei a ninguém, nem a minha mãe, que fiz alguma promessa ou tinha alguma a cumprir?
 
 O irmão leigo insistiu: - Sou apenas um mensageiro da ordem do Senhor. Você está liberada.
 
 Suzana casou-se e teve 17 filhos.
 
 Essa história da mãe de Balthazar Fernandes não é lenda. O irmão citado, na narração anterior é o venerável padre José de Anchieta e essas informações fazem parte do testemunho de Suzana Dias, no processo de santificação do Apóstolo do Brasil em 1621.
 
 Outro livro: "A Causa da Beatificação do Venerável Padre José de Anchieta", de autoria do padre Viotti, traz mais detalhes sobre o depoimento de Suzana:
 
 "Conhece muito bem o Padre Anchieta e o teve por diretor espiritual, abrindo-lhe toda a consciência".
 
 Conhecia-o, deste antes do sacerdócio, e narra o seguinte fato, que deve referir-se ao ano de 1560, quando novamente se encontram, em Piratininga (São Paulo), os padres Luiz da Grã e Manuel da Nóbrega, superiores da Companhia de Jesus.
 
 "Sendo eu menina de poucos anos e indo à igreja desta vila de São Paulo, ouvi muitas vezes das padres Luiz da Grã e Manuel da Nóbrega, outrora provinciais, que o irmão José era santo e, contando alguns sonhos do irmão, afirmavam que eram revelações e que ele os dissimulava, dizendo que eram sonhos".
 
 E reforça mais ainda:
 
 "Sendo eu de 12 anos e estando enferma, desejei morrer, consagrando a Deus a minha virgindade, mas o padre José, sendo que a ninguém eu dissesse, me falou nesse assunto, que só podia saber através de revelação. Não fiz voto!" [Páginas 23 e 24]
 •  Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP|  |  | 
 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
 Dessa maneira, embora não se sabia a idade exata de cada um deles, ficam identificado treze, dos quinze filhos a que se refere Suzana Dias em seu testamento datado de 1628, ditado na casa de Baltazar Fernandes Alvarenga, como testamenteiro de sua mãe, em Santa Ana de Parnaíba.•  Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk 1 de janeiro de 2013, terça-feira
 Suzana Dias faleceu em 2 de setembro de 1634. O vigário de Parnaíba, padre Joan de Ocampo y Medina, sacramentou o corpo da matriarca, acompanhou o enterro, cantou lições e celebrou missas em espanhol, pois ainda não dominava o português. Em 30 de julho de 1635, três herdeiros – capitão André Fernandes, Baltasar Fernandes e Domingos Fernandes – fizeram composição amigável, assinando perante o juiz ordinário João Missel Gigante. O escrivão era Manuel de Alvarenga e testemunhou João de Godói. O prior do Mosteiro de Nossa Senhora do Montesserrate da Vila de São Paulo, frei Álvaro de Caravajal, recebeu dez missas de Baltasar Fernandes pela alma da sua mãe em 21 de fevereiro de 1635.•  Os Campos Bicudos da “Casa” de Suzana Dias. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia n.º 22 (Consultado nesta data) 4 de setembro de 2022, domingo
 Dela sabemos que usava roupas, que viveu em uma casa, que ela confessou a um sacerdote, que ela se casou em uma cerimônia cristã. Podemos supor dos nomes dos seus filhos que eles foram batizados por um sacerdote e na distribuição de dote de casamentos que suas filhas casaram-se segundo a doutrina cristã. Consciente de sua responsabilidade como uma mulher cristã no deserto (sertão) do Brasil, fundou uma capela. Mas em outros aspectos de sua vida, ela pode ter mantido costumes indígenas. Ela falou, sem dúvida, Tupi (guarani), a língua comum do planalto. Possivelmente ela dormiu em uma rede, embora sua vontade começa com a frase "doente na cama"; camas eram escassas e valiosas. Muito provavelmente, sua dieta seguia tradições indígenas, em vez de portuguesas.•  Figuras paulistas que povoam as crônicas do passado; Jornal “Diário da Noite”/SP 25 de janeiro de 1964, sábado
 Suzana Dias ajuda seu esposo na fundação de Santa Ana de Parnaíba. Um dia acusam Manuel Fernandes Ramos, de estar conluiado com os nativos, com bigorna e forja no sertão. Ora, se os silvícolas já eram tão temíveis com suas flechas de ponta de osso ou de madeira endurecida ao fogo, o que não seriam com armas de ponta de aço?
 A denúncia ganha vulto, Suzana Dias não pode vir, pois está ausente. Não pode comparecer para defender-se. Ela surge na Câmara e declara com digna serenidade: "Meu marido não pode vir, pois está ausente, no sertão, cuidando dos interesses da família. Não tem fundamento a acusação. A bigorna e o malho aqui estão. O fole encontra-se emprestado a um amigo."
 
 E a um gesto seu, dois servos atiram ao chão a bigorna e o malho. E com a mesma discreta e altiva dignidade com que entrou, não espera ouvir palavras de desculpas e retira-se. Vai para Santa Ana de Parnaíba, onde passa a viver cercada de respeito. Dizem que seus filhos lhe ofereceram, quando idosa, um divã com pés de ouro. (Jornal “Diário da Noite”/SP, 25.01.1964. Página 26)
 •  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XLII|  |  | 
 1 de janeiro de 1973, segunda-feira
 Também o padre João de1 Campo y Medina, que, se aparece escrevendo em puro espanhol em fins de 1634, no testamento da matrona dos Fernandes, é porque acabava de chegar,o padre Juan de1 Campo y Medina também foi honrosamente incluído naquela ordem de prisão. "Clerigo castellano que fué clerigo cura de Guairá", diz o documento citado acima. Mas a prisão seria "usando de manha e recato possível, afim de evitar autoridades".•  O extremo oeste, Sergio Buarque de Holanda (1902-1982) 1 de janeiro de 1986, quarta-feira
 Depoís de assinalar a presença desses elementos castelhanos na Vacaría, que está no caminho de Xerez, faz referencia, o genealogista, a suspeita de que passariam eles a ser objeto, na capitania paulista, de estar incursos em algum crime de lesa-majestade, que os obrigaria a semelhante transmigração. É fora de dúvida, no entanto, que rapidamente passariam a integrar-se na vida local, como sucedeu igualmente com muitos paraguaios do Guairá, alguns dos quais vão aparecer pouco depois metidos no episódio da aclamação de Amador Bueno.
 Característico, por exemplo, é o caso do beneditino Juan de Ocampo y Medina, que tendo sido vigário de Vila Rica do Espírito Santo antes de 1632, ano em que a destruiriam os paulistas, aparece em 1633 como vigário de Sant´Ana de Parnaíba, em São Paulo. Ainda não tivera tempo de aprender português, pois escreve em castelhano no inventário de Suzana Dias, mãe de André, Domingos e Baltazar Fernandes. Nem era necessário a rigor esse aprendizado, pois se faria entender dos seus fregueses recorrendo a língua geral da terra que, com pouca diferença, era a mesma em São Paulo, no Guairá, e em todo o Paraguai castelhano.
 •  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XLII*|  |  | 
 1 de julho de 1943, quinta-feira
 Em 2 de setembro de 1634, Joáo del Campo y Bledina, redigiu em puro castelhano o termo de testamenteiro a favor de Baltazar Fernandes, "testamentero de su madre defunta que Dias aya . ..por ser verdad y en todo el tiempo constar, firmo este de my nombre. . . ". [p. 211]
 
 
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 Distante 35 km do Piratininga, sob protestos de São Paulo, oficializou um novo núcleo de pressão e concorrência sobre os gentios do sertão, o povoado que cresceu ao redor da capela foi elevado à categoria de vila com a denominação de Santana de Parnaíba14 de novembro de 1625, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:55• Cidades (1): Santana de Parnaíba/SP
 • Família (1): André Fernandes (filho , 1578-1641)
 • Pessoas (3): Francisco de Saavedra (n.1555), Gabriel de Lara (f.1694), Luís de Castro, 5º Conde de Monsanto (1560-1612)
 • Temas (13): Apoteroby (Pirajibú), Bituruna, vuturuna, Capela de Santa Ana, Capitania de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, Capitania de Santo Amaro, Ermidas, capelas e igrejas, Fazendas, Léguas, Ouro, Santa Ana, Santo Antônio (Sorocaba), Vila de Itanhaém, Vila Nossa Senhora do Rosário
 
 
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 Falecimento de Belchior da Costa, filho de Manuel da Costa e Beatriz Diniz1625. Atualizado em 23/10/2025 15:41:55• Cidades (3): Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (1): Belchior da Costa (consogro(a) , 1567-1625)
 • Temas (2): Beneditinos, Mosteiro de São Bento SP•  arvore.net.br
 6 de julho de 2025, domingo•  Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk
 1 de janeiro de 2013, terça-feira
 Por vontade da matriarca Suzana Dias, no ano de 1625 foi entregue aos beneditinos um terreno na vila de Parnaíba, originando a construção de um mosteiro, doação formalizada em 1643 por seu filho André Fernandes.
 
 
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 Depoimento, em São Paulo, de Suzana Dias nos “Processos Anchietanos”5 de abril de 1622, terça-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:55• Cidades (5): Itu/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (1): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670)
 • Pessoas (3): Baltazar Gonçalves, velho (1544-1620), José de Anchieta (1534-1597), Leonor Leme (f.0)
 • Temas (1): Jesuítas•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. LXXI
 8 de agosto de 2022, segunda-feira
 Em 1570, na Igreja de São Paulo de Piratininga, mais uma vez preservada por Anchieta dois anos antes, de um possível ataque de selvagens, realizava-se o matrimônio cristão de Manuel Fernandes Ramos, português de Moura, com Suzana Dias, mameluca nascida em São Vicente. Suzana, por Beatriz sua mãe, descendia de Tibiriça, neta quiçá de João Ramalho. Nesta igreja do Colégio, Anchieta, diretor do catecismo, lhe modelara à jovem Suzana a consciência religiosa. Venerava-o ela. E deu a respeito de sua santidade belo depoimento, a 5 de abril de 1622, no Processo Informativo para sua beatificação.
 Batizou-lhe anos depois o padre José de Anchieta um dos numerosos filhos... Teria sido André, o cofundador de Santana do Parnaíba? Seria Balthazar, o fundador de Sorocaba? E por que não Domingos, o fundador da cidade de Itu? Se foi este, eis um vínculo histórico a mais que, através do Apóstolo do Brasil, viria ligar Itú à Companhia de Jesus. Pelas mãos de um provável bisneto de João Ramalho, quando menos de um primo daqueles temíveis |Ramalhos destruidores de Maniçoba, reimplantava-se nestes lugares predestinados a vida e a civilização. [Páginas 400 e 401]
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 Belchior da Costa aumenta suas terras, “alega ter as filhas Beatriz Diniz e Vicência da Costa para casar. Pede terras em frente às de Suzana Dias, defronte à capela de Santana do Pernaiba, na banda do além Anhembi”26 de dezembro de 1610, domingo. Atualizado em 23/10/2025 15:41:07• Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (3): André Fernandes (filho , 1578-1641), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Belchior da Costa (consogro(a) , 1567-1625)
 • Pessoas (5): Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Gaspar Gonçalves Conqueiro, Jorge Correa, Lopo de Souza (f.1610), Simão Borges Cerqueira (1554-1632)
 • Temas (6): Ermidas, capelas e igrejas, Itapeva (Serra de São Francisco), Mapaxós, Rio Anhemby / Tietê, Rio Goyaó, Rio Juquiri•  Supplemento aos apontamentos para o diccionario geographico do Brazil. Alfredo Moreira Pinto
 1 de janeiro de 1935, terça-feira
 PARNAHYBA. Não se trata de Paranahyba; nem com este nome ha affluente algum do rio Tietê no mun. do Parnahyba, como o pretendeu Azevedo Marques, em seus Apontamentos Históricos, Geographicos, Biographicos, Estatísticos e Noticiosos da Promncia de S. Paulo, á força de querer explicar o nome Parnahyba.•  Sesmarias de 1602-1642, Publicação Oficial do Arquivo do Estado de São Paulo, impresso pela Tipografia Piratininga
 Ao principio suppuz que fosse corruptela de Piâ-nát-bo, logar do porto do caminho: de piâ, caminho; fiái, porto; bo (breve), para exprimir logar.
 
 Com effeito, defronte da banda do rio Juquery, como reza um documento antigo, em que Melchior da Costa pediu uma sesmaria de terras para suas duas filhas, quando já casado com Suzana Dias, devia existir um porto: e alli era estabele- cida com fazenda a dita Suzana Dias, ao passo que o pedido de Melchior da Costa, em 1610, foi para o logar da actual villa.
 
 Sem duvida era ahi o logar da passagem do rio Tietê, de uma para outra margem. Mas, o nome Parnahyba tem outra verdadeira explicação.
 1 de janeiro de 1921, sábado
 Traslado de uma carta de dada de terras de sesmaria de Belchior da Costa e que elle tinha duas filhas para que para ellas tem necessidade de uns maltos maninhos pedindo-me que em nome do senhor Lopo de Sousa e pelos poderes que delle tenho lhe fizesse mercê de uma legua de terra meia para cada uma dellas que se chamam Beatriz Diniz e outra Vicencia da Costa de terra será defronte da fazenda Suzana Dias fez em Parnaiba do rio Juquiri e começava na parte pedaço de terra que a dita Suzana Dias tem carta do capitão Jorge Corrêa de Parahiba digo de Parnahiba defronte da igreja da Senhora Santa Anna da banda de além do rio Anhamby e sendo dada no mais perto logar e será em quadra e que receberia mercê como tudo mais larga mente na dita petição é conteudo e declarado.
 Visto por mim seu pedir ser justo puz na dita petição por meu despacho o seguinte ! Dou ao supplicante em nome do senhor Lopo de Sousa a legua de terra que pede para suas filhas assim e da maneira que em sua petição declara e sendo dada atrás ou adiante para onde houver lo gar Simão Borges tabellião desta villa lhe passe a carta. São Paulo vinte e seis de dezembro de mil e seiscentos e dez annos. Gaspar Conqueiro.
 •  Biografia de André Fernandes, consultado em Wikipedia|  |  | 
 20 de janeiro de 2023, sexta-feira
 André Fernandes (...) Órfão de pai em 1589, acompanhou a mãe e o tio Belchior Dias Carneiro para as terras virgens de Parnaiba onde o capitão-mor Jorge Correia deu sesmaria aos ditos povoadores - doação aumentada com as sesmarias requeridas pelo segundo marido de Susana, Belchior da Costa, em 26 de dezembro de 1610.•  Consulta em projetocompartilhar.org 30 de abril de 2025, quarta-feira
 
 
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 Sorocaba (data estimada)1610. Atualizado em 23/10/2025 15:41:07• Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Caeté/MG, Carapicuiba/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (5): Brás Gonçalves, o velho (consogro(a) , 1524-1606), Cristovão Diniz (neto* , f.0), Custódia Dias (filho , 1581-1650), Domingos Fernandes (filho , 1577-1652), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (genro/nora , 1575-1611)
 • Pessoas (7): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Clemente Álvares (1569-1641), Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Francisco de Sousa (1540-1611), Gaspar Gonçalves Conqueiro, Henrique da Costa (1573-1616), Simão Álvares Martins (Jorge) (1573-1636)
 • Temas (17): Alemães, Bairro Itavuvu, Beneditinos, Carijós/Guaranis, Fortes/Fortalezas, Léguas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Pelourinhos, Pirapitinguí, Pontes, Portos, Rio Anhemby / Tietê, Rio Sorocaba, Rio Ypané, Sabarabuçu, São Filipe•  Os Campos Bicudos da “Casa” de Suzana Dias. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia n.º 22 (Consultado nesta data)
 4 de setembro de 2022, domingo
 Custódia Dias casou-se com Geraldo Beting, o mineralogista alemão de Geldres que vem a São Paulo na equipe solicitada por D. Francisco de Sousa. Mas foi assassinado pelos paulistas quando retornava de uma de suas pesquisas com muitos metais da região de Sabarabussu, entre 1610-1611. Isto mesmo! [Página 284]•  História de Carapicuíba. João Barcellos 25 de março de 2013, segunda-feira
 E, na prática colonial, os jesuítas seguem os passos do político e minerador que, ao morrer em 1616, lhes deixa tudo em doação, com exceção do Sítio Embuaçava, que coube como herança em vida ao filho (mameluco) Affonso Sardinha - o Moço, que morre em 1604 no meio de uma batalha com nativos. É assim que a Aldeia & Porto Carapocuyba tem, entre 1557 e 1610, tanto valor estratégico quanto a Santa Anna de Parnaíba, que cresce despovoando São Paulo.•  Inventario dos documentos relativos ao Brasil existentes no Archivo de Marinha e Ultramar de Lisboa 1 de janeiro de 1913, quarta-feira
 “(...) o sucesso que teve D. Francisco de Souza, quando foi aquela Capitania, pois acompanhando os Paulistas ao mineiro que mandou á serra de Sabarabussú, para saberem a parte donde ela ocultava as minas, depois de achadas, de que se fez aviso ao dito D. Francisco, e tiradas muitas cargas de pedra, que o mineiro trazia com grande contentamento, ponderando eles a mesma escravidão, que agora temem seus netos, mataram no caminho ao mineiro, e esconderam a pedra, disseram a D. Francisco que morrera no caminho, e se enganava no que havia escrito a S. Senhoria, de que resultou morrer o dito D. Francisco em breves dias e se perpetuar a suspensão daquelas minas, a tradição de haver muito ricas (...)” [Páginas 198 e 199]•  Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo, volume VI 1 de janeiro de 1895, terça-feira
 O trabalho da fabrica real de Biraçoyaba, e o transporte do ferro, dos materiaes e do pessoal entre esse logar e a villa de S. Paulo não tinham conseguido estabelecer uma estrada permanente, ao longo da qual os pouzos balisassem o centro das futuras povoações. Sorocaba, por exemplo a cujo termo pertenciam as minas, só em 1610 foi fundada. Não é de estranhar, portanto, que pouco a pouco se perdesse a noção dessas jazidas metalliferas, em uma epocha na qual as vistas se voltavam preferencialmente para as pesquizas do ouro, que ia sendo descoberto em quantidades cada vez mais crescentes.
 É muito explicável, portanto, que, por 1680, Luiz Lopes Carvalho, Capitao-mór de N. S. da Conceição de Itanhaem, por provisão de Príncipe D. Pedro, insinuasse a este a conveniência de ser verificado a procedência dos dizeres vagos que corriam sobre o valor dessa região. Essa exposição de Pedro Taques parece mais exacta do que a narrativa do Senador Vergueiro, pela qual Lopes de Carvalho se teria inculcado como descobridor da minas de ferro (5), entregando-as em 14 de Março de 1681 á Camará da villa de Sorocaba.
 •  “Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII” de Francisco de Assis Carvalho Franco|  |  | 
 1 de janeiro de 1954, sexta-feira
 (..) para encontrar metais nobres na Sabaráboçú e no morro do Araçoiaba, D. Francisco determinou, para o primeiro efeito uma expedição chefiada por Simão Álvares, o velho, conforme verifica do torno de "Concêrto que houve entre Simão Álvarez e a viúva Custódia Lourença", no inventário de Henrique da Costa, em 1616 e que partiu de São Paulo em 1610 e atingiu o sertão "denominado" "Cahaetee", o qual se no formos cingir exclusivamente à toponímia, era o sertão da Casca, em plena Minas Gerais.
 Conseguiu, também, pelo Espírito Santo, visando a mesma Sabarábocú, uma expedição cujo cabo foi Marcos de Azevedo, o velho, que trouxe, em 1611, amostrar de esmeraldas.
 
 Em São Paulo continuava na faina de buscar prata no Araçoiaba, que até então e sempre apenas revelou possuir ferro. Curiosa, sobre tal ponto, a notícia que dava em 1612 e portanto contemporaneamente, o escritor Rui Diás de Gusman, na sua "Argentina".
 
 
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 Sorocaba é citada: as primeiras terras fruto das desapropriações dos homens da “Casa” de Suzana Dias começam a serem concedidas em sesmarias10 de novembro de 1609, terça-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:06• Cidades (6): Botucatu/SP, Mauá/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP, Tucumán/ARG
 • Família (1): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670)
 • Pessoas (8): Antônio de Oliveira (1510-1580), Antônio de Siqueira, Diogo de Unhate (1535-1617), Francisco Luís Carneiro de Sousa (1640-1708), Gaspar Vaz Guedes (n.1560), Lopo de Souza (f.1610), Luís Carneiro de Sousa (1610-1653), Tomé de Lara de Almeida (Moraes) (1643-1710)
 • Temas (19): Caaguacu, Caaguacu, Caminho do Paraguay, Caminho Sorocaba-Botucatu, Caminho velho, Canguera, Carmelitas, Cemitérios, Ciclo da Paraupava, Estradas antigas, Léguas, Ouro, Paiol Velho, Paranaitú, Rio da Prata, Rio Goyaó, Rio Paraguay, Rio Paranapanema, Ytacurubitiba•  Descobrindo o Brasil, por Manoel Rodrigues Ferreira. Jornal da Tarde, Caderno de Sábado. Página 4
 4 de dezembro de 1993, sábado
 Após a expedição de Grou-Macedo teve início, na vila de São Paulo, um imenso movimento de expedições em direção ao Sertão do Paraupava, o que é natural, considerando as notícias que foram trazidas à existência de ouro à esquerda dos Martírios, na hoje região de Serra Pelada, dominada pelos ferozes e guerreiros Bilreiros (hoje Caiapós). Houve até tentativa de famílias de São Paulo mudarem-se para lá, o que não se efetivou devido à belicosidade desses nativos.•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXV, 1927
 Mas, após a expedição de Grou-Macedo (1590-1593), e até 1618, portanto durante 24 anos, dez expedições se dirigiram ao Sertão do Paraupava, explorando-o intensamente, chegando à conclusão de que a célebre Lagoa Paraupava não existia, era um mito nativo, e que os rios Paraguai, São Francisco e Paraupava (hoje Araguaia) não nasciam em lagoa alguma, tendo os três suas nascentes independentes entre sí.
 1 de janeiro de 1927, sábado
 O mais remoto documento, que conseguimos descobrir, foi a carta de sesmaria concedida, em 10 de novembro de 1609 pelo Conde da Ilha do Príncipe, por seu procurador Thomé de Almeida Lara, sendo aquele donatário da capitania de São Vicente. Essa concessão foi feita a João de Campos e ao seu genro Antonio Rodrigues e nela se lê:
 - ... seis léguas de terras, no distrito de vila de Nossa Senhora da Ponte (Sorocaba) na paragem denominada Ribeirão de Tatuí, com todos os campos e restingas para pastos de seu gado, como também Tatui-mirim até o Canguera, com a largura que tiver, com mais três léguas em quadra no Tauty-guassú e Canguary, três léguas para a banda do caminho de Intucatú, seis léguas correndo Paraguay abaixo para a parte do Paranapanema, com a condição de pagar os dízimos a Deus Nosso Senhor dos produtos que delas colherem".
 
 Este precioso documento está registrado no livro do tombo do Hospício do Carmo de Itú, por apresentação de frei Pedro do Nascimento, como procurador da Província Carmelita, o que quer dizer que os frades de Itú houveram tais terras, assim como foi registrado no livro do respectivo cartório, em Sorocaba, folhas 36 e 37.
 
 Compreende todas as terras do Paiol, assim denominado, posteriormente, porque era aqui o celeiro de todos os retiros que constituíam a vasta propriedade agrícola posteriormente.
 
 Nos seus arredores estavam as sesmarias de Pederneiras Pretas, tirada por Antonio Bicudo de Barros, em 19 de julho de 1768, cuja carta assim começa: - "D. José, por graça de Deus El-rei de Portugal e dos Algarves d´aquem e d´além mar, em Africa, Senhor de Guiné e das Conquista, Navegação Comercio Etiopia, Arabias, Persia, e da India. Faço saber..." [Página 138]
 •  “Razias”, Celso E Junko Sato Prado|  |  | 
 1 de janeiro de 2020, quarta-feira
 Atalho pela Serra Botucatu à Paranan-Itu (Salto Grande) no Paranapename
 Júlio Manoel Domingues, em sua obra A História de Porangaba (2008: 21), transcreve levantamento histórico sobre a primeira concessão sesmarial em Tatutí, publicado pelo advogado e historiador Laurindo Dias Minhoto, onde a primeira menção de um caminho para Botucatu - citado Intucatu, no ano de 1609:
 
 - "O mais remoto documento, que conseguimos descobrir, foi a carta de sesmaria concedida em 10 de novembro de 1609, pelo Conde da Ilha do Príncipe, por seu procurador Thomé de Almeida Lara, sendo aquele donatário da Capitania de São Vicente. Essa concessão foi feita a João de Campos e ao seu genro Antônio Rodrigues e nela se lê: "seis léguas de terras no distrito da vila de Nossa Senhora da Ponte (Sorocaba), na paragem denominada RIbeirão de Tatuí, com todos os campos e restingas para pastos de seu gado, como também Tatuí-mirim até o Canguera, com largura que tiver, com mais três léguas em quadra no Tatuí-guassú e Canguary, três léguas para o caminho de Intucatú, seis léguas correndo Paraguary abaixo pra a parte do Paranapanema, com condição de pagar os dízimos a Deus Nosso Senhor dos produtos que delas colherem"."
 
 Os autores SatoPrado contestam a data de 10 de novembro de 1609 para o documento analisado por Dias Minhoto, sem prejuízos quanto as demais citações. Ora, o título nobiliárquico de Conde da Ilha do Príncipe somente foi criado pelo Rei D. Felipe IV da Espanha e III de Portugal e Algarves, por Carta Régia de 4 de fevereiro de 1640, a favor de Luís Carneiro de Sousa.
 
 Para o estudioso jesuíta, monsenhor Aluísio de Almeida, entre os anos 1608 e 1628 eram comuns as viagens subindo a Serra e daí ao baixo Paranapanema, tendo o rio Pardo como referência (Memória Histórica de Sorocaba - I, Revistas USP, 2016: 342). Também o estudioso, igualmente jesuíta, Luiz Gonzaga Cabral, ao mencionar Aleixo Garcia informa que os padres abriram estradas desde o litoral a São Paulo e outras rumo ao interior, inclusa aquela, que pela Serra Botucatu levava ao aldeamento no Paranapanema, com comunicação fluvial para o Paraná e Mato Grosso (Apud Donato, 1985: 35); sendo certo que os padres, no início colonial, foram usuários e reformadores de estradas e trilheiras nativas preexistentes, valendo-se de nativos pacificados que bem conheciam os feixes de caminhos, de onde saíam e para qual destino.
 
 Aluísio de Almeida, explica o melhor curso deslocado da Peabiru, em Botucatu:
 
 "A tal estrada subiu a serra, ganhou as cabeceiras do Pardo (Pardinho) antigo Espírito Santo do rio Pardo e desceu aquele rio até as alturas de Santa Cruz do rio Pardo, donde passou para o afluente Turvo e saiu nos Campos Novos do Paranapanema (nome mais novo)" - (O Vale do Paranapanema, Revista do Instituto Histórico e Geográfico - RJ, volume 247 - abril/junho de 1960: 41), sem prejuízos ao trecho prosseguinte ao Salto das Canoas (Paranan-Itu), desde onde possível a navegabilidade do Paranapanema em direção às Reduções Jesuíticas (1608/1628), e ao Rio Paraná.
 
 Os autores, SatoPrado, apontam que o antigo caminho jesuítica, rumo aos aldeamentos no Paranapanema, era pelo Tietê desde onde a trilha rumo às cabeceiras do paulista Cuiabá (AESP, BDPI: Cart325602), daí a margeá-lo até o Paranapanema. Somente após 1620, com a expedição de Antonio Campos Bicudo no alto da serra e os detalhamentos das nascentes do rio Pardo, então Capirindiba, se fez comum o trecho desde a Serra ao Paranapanema, onde o Salto das Canoas (também Quebra Canoas, Paranitu, Yucumã e Salto do Dourado), em atual município Salto Grande, pela mesma cartografia, caminho dos expedicionários e sertanistas.
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 Casamento de Suzana Dias e Belchior da Costa1608. Atualizado em 23/10/2025 15:41:05• Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (2): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Belchior da Costa (consogro(a) , 1567-1625)•  “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
 1 de janeiro de 2014, quarta-feira
 
 
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 Ebirapoeira, na qual se fabricavam coisas para resgate: Testamento de “Belchior casado com Hilária Luís Grou, tio de Domingos Fernandes”8 de março de 1607, quinta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:04• Cidades (3): Guaíra/PR, Santo Amaro/SP, Sorocaba/SP
 • Família (4): Antônio de Macedo (ou Saavedra) (primo , 1531-1590), Belchior da Costa (consogro(a) , 1567-1625), Domingos Fernandes (filho , 1577-1652), Lopo Dias Machado (pai/mãe , 1515-1609)
 • Pessoas (8): Andreza Dias (1607-1681), Antonio Raposo, o Velho (1557-1633), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Jaques Felix, o velho (n.1570), Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco de Saavedra (n.1555), Francisco de Sousa (1540-1611), Luís Eanes Grou (1573-1628)
 • Temas (5): Metalurgia e siderurgia, Ouro, Pirapitinguí, Temiminós, Ybyrpuêra•  “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil
 1 de janeiro de 1957, terça-feira
 
 
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 Belchior Dias recebeu terras em Vuturuna (São Roque), caminho de Ibirapuera, onde teria descoberto as minas de Vuturuna12 de dezembro de 1598, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:41:03• Cidades (5): Pirapora do Bom Jesus/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santo Amaro/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (3): Baltazar Gonçalves, o moço (1544-1619), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Baltazar Gonçalves, velho (1544-1620)
 • Temas (9): Bituruna, vuturuna, Cachoeiras, Caminho do Ibirapuera/Carro, Caminho SP-Santo Amaro, Itapeva (Serra de São Francisco), Morro Negro, Ouro, Ybyrpuêra, Estradas antigas•  Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina*
 1 de fevereiro de 2014, sábado
 Suzana Dias após a morte de seu primeiro marido casa-se com Belchior da Costa, este traz para a sua vizinhança os filhos de sua primeira mulher e o irmão de Suzana Dias, Belchior Carneiro.
 Recebe desta, quinhentas braças de terra e fixa residência na região. Belchior Carneiro foi o descobridor das minas de ouro do Vuturuna, perto de Parnahiba. Falleceu em 1607 no sertão em descobrimento de metaes. [Páginas 48, 49 e 50]
 
 
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 Antonio Rodrigues vendeu chãos defronte ao pelourinho a Marcos Sanches de Paredes (Manuel Ramos falecido)30 de junho de 1594, quinta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:41:02• Cidades (1): Sorocaba/SP
 • Família (6): Antônio Rodrigues Velho ´o Araá´ (genro/nora , f.1616), Catarina Dias (filho , 1558-1631), Domingos Fernandes (filho , 1577-1652), Garcia Rodrigues (consogro(a) , 1510-1590), Manuel Dias Machado (filho ,  , 1510-1590), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Pessoas (3): Antônio Rodrigues "Dias" (f.1616), Fernão d’Álvares (n.1500), Marcos Sanches de Paredes
 • Temas (1): Pelourinhos•  Consulta em projetocompartilhar.org
 13 de janeiro de 2024, sábado
 Antonio Rodrigues – 30 de junho de 1594 - Filho de Garcia Rodrigues (defunto) e irmão de Garcia Rodrigues vendeu chãos defronte ao pelourinho a Marcos Sanches de Paredes. Tinha recebido de sua sogra Suzana Dias, mulher de Manuel Fernandes, defunto. Manuel Dias era seu cunhado e morador do R.J. Presente também Domingos Fernandes, cunhado do vendedor.•  Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP
 Nota: Os originais destas três ultimas cartas estavam no meio de uns papéis pertencentes a livro de tabelião público de São Paulo quinhentista. Augusto de Siqueira Cardoso os deu a A. Taunay, dizendo que os recebera de uma parenta de Pedro Taques. Isto é mais um registro de que papéis públicos foram, desde data remota, parar em mãos de particulares, devidamente “retirados” dos cartórios e arquivos públicos.
 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
 O mesmo documento que citamos acima, datado 30 de junho de 1594, talvez identifique mais um filho de Manuel Fernandes Ramos e Susana Dias, de nome Manuel Dias Machado. Na carta de venda das casas de Antônio Rodrigues assinam como testemunhas seu cunhado Domingos Fernandes e um outro cunhado, Manuel Dias Machado, morador Rio de Janeiro. [p. 175]
 
 
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 Requeria a suas mercês os mandassem tapar e entupir, a saber, mandasse a Susana Dias que entupisse duas covas que estão na praça que seu filho Francisco Dias fez seu filho Francisco Dias fez e um beco que esta junto com ela17 de julho de 1593, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:41:02• Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (4): Antônio Rodrigues Velho ´o Araá´ (genro/nora , f.1616), Catarina Dias (filho , 1558-1631), Garcia Rodrigues (consogro(a) , 1510-1590), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Pessoas (2): Antônio Rodrigues "Dias" (f.1616), Francisco Dias Velho (f.1689)•  Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP
 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
 Segundo Américo de Moura, Antônio Rodrigues teria o mesmo nome de seu pai, o que explica os dois nomes Antônio Rodrigues e Garcia Rodrigues em documentos diferentes, referindo-se à mesma pessoa. De qualquer maneira, Antônio Rodrigues estaria identificado como genro de Susana Dias, por uma ata de 17 de julho de 593, e que é empossado como almotacel e citado pelo escrivão Belchior da Costa como "genro de Suzana Dias".
 Francisco Dias está perfeitamente identificado por uma ata de 17 de julho de 1593, a propósito de "bequos e covas destampadas", da seguinte maneira:
 
 "... requeria a suas mercês os mandassem tapar e entupir, a saber, mandasse a Susana Dias que entupisse duas covas que estão na praça que seu filho Francisco Dias fez seu filho Francisco Dias fez e um bequo que esta junto com ela..." [p. 175]
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 1515 - Nascimento de Lopo Dias Machado (1515-1609) em Portugal, viria ao Brasil e se casaria com Beatriz, uma das filhas do cacique Tibiriça Foi pai de três filhos Belchior Dias Carneiro, Isaac Dias Carneiro e Gaspar Dias. E três filhas, Isabel, Suzanna, Jerônima e Antônia Dias [20192]
 
 
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 “Manoel Fernandes falecido (...) requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de Ipiranga, Birapoeira, Pinheiros e da Ambuasava” [Atas da Câmara de São Paulo (7.12.1589) p. 374 e 275]7 de dezembro de 1589, quinta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:39:23• Cidades (3): Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (13): Agostinha Dias (filho , 1580-1633), André Fernandes (filho , 1578-1641), Angela Fernandes (filho , 1586-1650), Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Belchior da Costa (consogro(a) , 1567-1625), Benta Dias Fernandes (filho , n.1590), Catarina Dias (filho , 1558-1631), Custódia Dias (filho , 1581-1650), Domingos Fernandes (filho , 1577-1652), Francisco Dias Fernandes (filho , n.1583), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589), Margarida Dias (filho , n.1584), Maria Machado (filho , n.1582)
 • Pessoas (9): Américo de Moura (18 anos), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Diogo Fernandes (1543-1610), Francisco de Assis Carvalho Franco (13 anos), Gonçalo Madeira (1552-1636), Jorge Madeira (f.1644), Jorge Moreira (n.1525), Luís Gonzaga da Silva Leme (47 anos), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878)
 • Temas (12): Almotacel, Ambuaçava, Caminho do Ibirapuera/Carro, Estradas antigas, Ipiranga, Piqueri, Ponte Grande, Pontes, República, Rio Ypiranga, Teju-guassu, Ybyrpuêra•  “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador
 1 de janeiro de 2014, quarta-feira
 O pai de Baltazar, Manoel Fernandes, faleceu em 1589 e, em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...)•  Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina* 1 de fevereiro de 2014, sábado•  Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk
 1 de janeiro de 2013, terça-feira
 Provavelmente em 1578 nasce André Fernandes o filho primogênito de Manuel Fernandes e Suzana Dias. Ainda em 1588, apesar da saúde frágil, Manuel Fernandes Ramos continuava exercendo atividades como vereador na Câmara de São Paulo, falecendo em 1589. Após sua morte, as terras de Parnaíba são transferidas por herança ao primogênito André Fernandes, que por ser menor deidade, passam a ser administradas sob tutela da matriarca Suzana Dias.•  Atas da Câmara da cidade de São Paulo: 1562-1596, volume I, 1967. Prefeitura do município de São Paulo 1 de janeiro de 1967, domingo
 Ao 7 dias do mês de dezembro de 1589 se ajuntaram em câmara os juízes a saber Manoel Ribeiro e Diogo Fernandes e Gonçalo Madeira "pdor." do conselho para acordarem coisas pertencentes para o bem da república e não se acharam mais que Jorge Moreira vereador desta vila por ser falecido Manoel Fernandes, seu parceiro // e logo assentaram que service de almotacel este presente mês de dezembro Estevão Ribeiro, o moço ao que deram logo juramento nesta dita câmara sobre a cruz da vara de Manoel Ribeiro juiz ordinário e o vereador Jorge Moreira lhe deu o dito juramente perante mim escrivão adiante nomeado para que ele bem e verdadeiramente sirva o dito ofício de almotacel e ele prometeu fazer segundo nosso senhor lhe desce a entender o que assinou com os ditos oficiais / e assim assentaram os ditos oficiais a requerimento do procurador do conselho Gonçalo Madeira que se fizesse a ponte grande que esta caminho de tejuguasu e que se consertassem todas as mais pontes e caminhos de ipiranga e birapoeira e pinheiros e da ambuasava e a fonte se alimpasse e que cada um dos moradores que tiverem chãos perto desta vila alimpen cada um suas testadas dentro e fora dos muros e isto com pena de cen rés cada um que o contrário fizer para o conselho desta dita vila e que por isso o proceder com brevidade "mãde" fazer o ... que é o que os moradores fação os caminhos e pontes como dito é e que quando o mesmo farão e assim mais os mais para a ponte grande e mandarão que todos os moradores de tejuguasu e pequiri e os de piratiningua e os que trazem guado nos campos do conselho estarão ao fazer da dita ponte sob a dita pena e que para isso esta posta em rol ao procurador do conselho e se lançasse pregão por o dito rol e se fizesse a saber os ditos moradores de que obedecerão sem (...) (...) e de como assim o mandaram e assentaram assinaram aqui eu Belchior da Costa tabelião por não haver escrivão da câmara o escrevi - Jorge Moreira - Manoel Ribeiro - Manoel Fernandes - Fernão Dias - Gonçalo Madeira. [Páginas 374 e 375] •  Novos elementos para a história de São Paulo Paulistas cristãos-novos contra os jesuítas - Anita Novinsky Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas|  |  | 
 1 de janeiro de 2005, sábado•  Biografia de André Fernandes, consultado em Wikipedia
 20 de janeiro de 2023, sexta-feira
 Órfão de pai em 1589, acompanhou a mãe e o tio Belchior Dias Carneiro para as terras virgens de Parnaiba onde o capitão-mor Jorge Correia deu sesmaria aos ditos povoadores - doação aumentada com as sesmarias requeridas pelo segundo marido de Susana, Belchior da Costa, em 26 de dezembro de 1610.
 
 
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 “Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes”14 de Setembro de 1583, quarta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:38:08• Cidades (4): Assunção/PAR, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (2): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Pessoas (2): Gaspar Fernandes Dias, Gonçalo Madeira (1552-1636)
 • Temas (4): Gentios, Guayrá, Metalurgia e siderurgia, Mineralogia•  “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga
 1 de janeiro de 2010, sexta-feira
 Um Gaspar Fernandes, acusado de traficar gentios do Paraguai para São Vicente na década de 1580, e um Manuel Fernandes, casado com uma integrante da família Adorno de São Vicente, que tinha um representante vivendo em Assunção e também frequentava o Guairá nesta década, mostram que mesmo uma incursão mais regular era possível nestes tempos.•  Figuras paulistas que povoam as crônicas do passado; Jornal “Diário da Noite”/SP 25 de janeiro de 1964, sábado
 Suzana Dias ajuda seu esposo na fundação de Santa Ana de Parnaíba. Um dia acusam Manuel Fernandes Ramos, de estar conluiado com os nativos, com bigorna e forja no sertão. Ora, se os silvícolas já eram tão temíveis com suas flechas de ponta de osso ou de madeira endurecida ao fogo, o que não seriam com armas de ponta de aço?
 A denúncia ganha vulto, Suzana Dias não pode vir, pois está ausente. Não pode comparecer para defender-se. Ela surge na Câmara e declara com digna serenidade: "Meu marido não pode vir, pois está ausente, no sertão, cuidando dos interesses da família. Não tem fundamento a acusação. A bigorna e o malho aqui estão. O fole encontra-se emprestado a um amigo."
 
 E a um gesto seu, dois servos atiram ao chão a bigorna e o malho. E com a mesma discreta e altiva dignidade com que entrou, não espera ouvir palavras de desculpas e retira-se. Vai para Santa Ana de Parnaíba, onde passa a viver cercada de respeito. Dizem que seus filhos lhe ofereceram, quando idosa, um divã com pés de ouro. (Jornal “Diário da Noite”/SP, 25.01.1964. Página 26)
 •  Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social, do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História. Área de Concentração: História Social Orientadora: Profa. Dra. Nanci Leonzo|  |  | 
 1 de janeiro de 2012, domingo
 Em 1583 ainda persistia essa preocupação. O procurador Gonçalo Madeira apresentou denúncia na sessão de 14 de setembro de 1583 de que Manuel Fernandes, homem branco, antigo morador de São Paulo, estava no sertão com uma forja com os gentios, devendo ser castigado. Porém, a denúncia era infundada, porque o martelo e a bigorna estavam na casas dele e os foles estavam com seu cunhado, Gaspar Fernandes. [Entre a memória coletiva e a história “cola e tesoura”: as intrigas e os malogros nos relatos sobre a fábrica de ferro de São João de Ipanema, 2012. Eduardo Tomasevicius Filho. Página 40]•  Araçoiaba e Ipanema. José Monteiro Salazar 1 de janeiro de 1997, quarta-feira
 Assim, o ofício de ferreiro ia sendo mantido em pequena escala pelos povoadores. Havia o medo de que esse ofício fosse ensinado aos nativos os quais poderiam produzir armas de ferro, em substituição às rústicas que usavam, de pedra, madeira ou osso. E isso era fundado pois que, até 1583, os Procurador da Justiça do Rei, Gonçalo Madeira, havia acusado um tal Manoel Fernandes de conviver com os nativos no sertão fabricando armas de ferro para eles, e acrescentava que "isso era de muito prejuízo para a terra".•  “Sorocaba: Cidade Industrial” Geraldo Bonadio 1 de janeiro de 2004, quinta-feira
 
 
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 Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias1580. Atualizado em 23/10/2025 15:38:06• Cidades (5): Itaguara/MG, Osasco/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (2): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Pessoas (5): Américo de Moura (18 anos), Bartholomeu Fernandes Cabral (1518-1594), Bartholomeu Fernandes Mourão (f.1650), Domingos Luís Grou (1500-1590), Pedro Rodrigues Cabral (1580-1621)
 • Temas (14): Cachoeira do Inferno, Cachoeiras, Ermidas, capelas e igrejas, Guaianase de Piratininga, Guayrá, Léguas, Mandiy, Metalurgia e siderurgia, Quitaúna, Rio Anhemby / Tietê, Santa Ana, Santo Antônio (Sorocaba), Tordesilhas, Ybyrpuêra•  DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
 12 de agosto de 2004, quinta-feira•  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), consultado em biblioteca.ibge.gov.br
 20 de fevereiro de 2022, domingo
 A Igreja Matriz da Cidade, é considerada o marco mais importante do município, de acordo com os registros históricos, em meados de 1560, foi erguida na cidade a primeira capela, dedicada a Santo Antônio. A pequena igreja era feita de pau-a-pique e coberta de folhagens. No ano de 1580, a segunda capela, dedicada a Sant´Ana, foi construída. Em 1610 uma terceira capela foi construída, também por André Fernandes, e, em 1625, foi elevada a Matriz, hoje conhecida como Paróquia de Sant´Ana. A edificação atual data de 1882, e seu estilo é eclético, possuindo piso em canela preta e altares que acompanham a liturgia. É tombada pelo CONDEPHAAT.•  “Edição de documentos oitocentistas e estudo da variedade linguística em Santana de Parnaíba”. Camila Mota 1 de janeiro de 2007, segunda-feira
 Em sua fazenda, mandou construir uma capela em louvor a Santo Antônio, cuja estrutura frágil não resistiu às constantes enchentes do rio Tietê e ruiu. Em 1580, surge a fazenda denominada Parnaíba (em tupi, lugar de muitas ilhas), comandada por Manoel Fernandes Ramos e suas esposa Suzana Dias que, por esse tempo, mandou construir uma segunda capela, agora em louvor a Sant´ana, a avó de Jesus Cristo. Conta uma lenda que Suzana, sendo uma mulher bastante religiosa, ao rezar, certa vez começou a ouvir uma voz suave, pronunciando-lhe o nome de Sant´ana, com Ana separado em alusão ao seu próprio nome, sendo Sant-Ana alusivo a Suz-Ana. Fez-se a capela que existe até hoje, ficando a Santa como padroeira da cidade.•  Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros". 1 de janeiro de 1930, quarta-feira
 Cometendo a mais grosseira das cincadas confunde o Dr. Lomonaco Parnahyba, a 36 quilômetros de Sorocaba, com Parahyba do Norte. Ao falar da fundação de Sorocaba, realizada pelo parnahybano Balthazar Fernandes, também chegando Balthazar Fernandes Ramos, filho de Manuel Fernandes Ramos, o Povoador, e fundador de Parnahyba, deixou o Dr. Lomonaco esta preciosidade (...)•  “Red Gold: The Conquest of the Brazilian Indians”. John Hemming, Cambridge: Harvard University Press 1 de janeiro de 1978, domingo
 Em 1580, Manoel Fernandes Ramos [...] seguiu o rio Tietê jusante algumas sete léguas a Oeste (cerca de 40 quilômetros). Lá ele alcançou uma Cachoeira dos nativos conhecida como "paranaiba."•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo: “Nossos Bandeirantes - Baltazar Fernandes” (1967) Luiz Castanho de Almeida
 Não viriam os bandeirantes escolher porto logo acima do grande obstáculo do Salto, quando se sabe que a sua navegação começava abaixo do Salto algumas léguas, a jusante e mais tarde muito além em Porto Feliz, na antiga Araraytaguaba.
 
 Plínio Ayrosa (1930: 267), em um parecer para o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, contestou a origem indígena do vocábulo, afirmando que o nome Tietê não fora atribuído por índios, mas por portugueses, mesmo porque, nem pelo seu volume, nem pela comparação com outros cursos d´água, os índios seriam levados a atribuir-lhe o significado de rio grande. Ayrosa defendia esta posição devido ao fato que o Tupi foi língua falada no século XVI e XVII por todos os habitantes, indígenas, brancos e mamelucos. [27939]
 1 de janeiro de 1967, domingo
 Sob o título “Nossos Bandeirantes - Baltazar Fernandes”, na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo:•  Estudos Regionais Paulistas: História da Instrução em Sorocaba (1660-1956) Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba. Aluísio de Almeida, Jahyra B. Arrua, Jair T. Veiga, Néglio F. Arruda e Oswaldo Cambiaghi
 "Nascido em 1579 ou no máximo 1580, Baltazar Fernandes estava pois com 65 anos de idade em 1654. Era ainda um homem forte, por sem dúvida. Fundador na idade em que merecia o descanso."
 1 de janeiro de 1989, domingo
 Balthazar Fernandes era filho de Manuel Fernandes Ramos, português, e de Suzana Dias, paulistana, bisneta de Tibiriçá. Teria nascido no Ibirapuera e acompanhada a família a Parnaíba. Mesmo que aí nascesse, antes de 1624, tinha de ser paulistano. Não há assentamento de batismo. Um cálculo aproximado dá o ano de 1580 para o natal do homem que fundou Sorocaba. Octagenário.•  Adolfo Frioli, em palestra proferida no Instituto Genealógico Brasileiro, em São Paulo 1 de janeiro de 1986, quarta-feira
 Baltazar Fernandes, nascido em 1580, no Ibirapuera, acompanhou sua mãe e os irmãos na mudança para o sertão. Deveria estar menino, pelo menos com 9 anos e, no contato com a vida agreste, formou a sua mentalidade sertanista, esperando seguir, um dia, para o oeste desconhecido, na trilha dos seus parentes mais velhos. Na mocidade, participou do chamado bandeirismo escravagista.•  Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk 1 de janeiro de 2013, terça-feira
 Além das inusitadas relações de habitantes convivendo com as mais variadas etnias e credos, devemos aos aventureiros de Santana de Parnaíba a ideia de expansão territorial do Brasil. Desafiando o Tratado de Tordesilhas e invadindo o imenso território devoluto no centro do continente, os sertanistas dessa localidade foram fundando povoados ao longo de suas expedições. Em bandeiras de reconhecimento por imensos territórios, garantiram as futuras fronteiras do país. Mitificados como heróis por antigos historiadores, a exemplo de Affonso de Taunay, Varnhagen ou Belmonte, hoje são recolocados como bandidos ferozes, reforçando as visões que os jesuítas desenvolveram a respeito dos mamelucos do planalto, no século XVII.
 (...)Em 1580, o então vereador da Câmara de São Paulo, Manuel Fernandes Ramos recebe uma sesmaria nesta área, famosa devido um grande acidente geográfico no Rio Tietê chamado de Cachoeira do Inferno, construindo uma capela em louvor a Santo Antônio e iniciando os preparativos para instalação de uma fazenda. O português Manuel Fernandes Ramos era natural da região de Moura,Portugal e casado com Suzana Dias, filha de Lopo Dias, um pioneiro que emigrou com a frota de Martim Afonso de Souza e que por sua vez amasiou-se com uma das filhas de Tibiriçá. João Ramalho também foi casado com outra filha do Cacique Tibiriçá e, por conseguinte, Suzana Dias era, por afinidade, sobrinha de Ramalho e neta de Tibiriçá, linhagem respeitada no meio social do planalto. [p.181]
 
 Nessas incursões, a família dos Fernandes, povoadores instalados em Santana de Parnaíba, engajou-se em diversas expedições contra as reduções do Guairá (aldeamentos que transpuseram o rio Paraná), Tape (instaladas para além do rio Uruguai) e Itatim (fixadas na parte oriental do rio Paraguai). André Fernandes foi capitão de grandes bandeiras e participou de quase todas as expedições contra as missões jesuíticas na região Sul do país. Era sócio de Raposo Tavares,44 outro grande mestre de campo, chamado de O Conquistador dos Andes e dono de uma fazenda em Quitaúna, situada nos arrabaldes de Parnaíba, hoje município de Osasco (SP).
 
 A grande sesmaria que outrora formava o território parnaibano abrangia terras nos atuais municípios de Araçariguama, Itu, São Roque e Sorocaba. Pertenciam a Suzana Dias e foram desmembrados aos seus familiares, descendentes e agregados. Um dos seus maiores desejos era que seu corpo fosse enterrado na “ermida da gloriosa Santana”, da qual seu filho André Fernandes foi patrono benfeitor. A grande matrona paulista, em testamento realizado no ano de 1628, dividia seus bens com filhos, enteados, netos, escravos forros incorporados à família e com confrarias de irmandades religiosas do seu povoado, manifestando uma preocupação em distribuir os pertences com afeto e a maior equidade possível (Camargo, 1971, p.39-40): “a residência de Suzana Dias era uma casa à margem do rio Tietê. Ficava em frente à antiga Santa Casa, propriedade posterior da família Aquilino de Morais. A tradição fantasiara que seus filhos lhe ofereceram riquíssimo sofá engastado de ouro, prata e pedras preciosíssimas, para repousar sobre os frutos das canseiras de seus descendentes ilustres os bandeirantes parnaibanos notáveis e respeitados. Lá residiu Suzana” (idem, p.32). [p.202 e 203]
 •  “Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador|  |  | 
 1 de janeiro de 2014, quarta-feira
 Baltazar Fernandes nasceu por volta de 1580, em São Paulo, nas proximidades do atual Ibirapuera, onde seu pai tinha fazenda. Ou pode ter nascido em Santa Ana de Parnaíba, onde viveu a família dos Fernandes por muitos anos. (...) Outra suposição: era setuagenário, cerca de 74 anos, quando se transferiu para a paragem de Sorocaba, em 1654.•  Biografia de Pedro Rodrigues Cabral, consultado em pt.rodovid.org/wk/Pessoa:1123471 12 de fevereiro de 2022, sábado
 Nascimento de Pedro Rodrigues Cabral em São Paulo filho do ferreiro Bartholomeu Fernandes Cabral e Anna Rodrigues. Bartholomeu era ferreiro.Veio para o Brasil nos primeiros anos da colonização.Em 1578, residia em São Paulo, onde "tinha chãos no Caminho da Cruz e fazenda na banda do Ipiranga".•  “História Antiga da Abadia de São Paulo 1598-1772”. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Tipografia Ideal 1 de janeiro de 1927, sábado
 “Desde casal (Manuel Fernandes Ramos, português, e de Suzanna Dias, mameluca filha de João Ramalho) nasceram três tipos de singular robustes e excepcional energia: André, Domingos e Balthazar, os fundadores de Parnaíba, Itu e Sorocaba”.•  Biografia de Manuel Fernandes Ramos, consultada em pt.rodovid.org/wk/Pessoa:70169 19 de fevereiro de 2023, domingo
 Fundada a povoação de Parnaíba pelos anos de 1580 (cuja primitiva capela foi levantada sob a invocação de Santo Antonio numa ilha do rio Anhembi ou Tietê, e mais tarde mudada para a colina e construída sob a invocação de Santa Anna) por André Fernandes, segundo uns, por Manoel Fernandes Ramos com o concurso de sua mulher e filhos, segundo outros, passou Suzanna Dias a residir nessa povoação onde vivia no princípio do século 17.º com seus filhos.•  “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”.  Jesuíno Felicíssimo Junior 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
 E em 1580 Américo de Moura, 1881- 1953) a cominação foi mais forte: era ele obrigado a expulsar de casa o nativo Gaspar". Vê- se que não é fácil deslindar o caso do Mestre Bartholomeu: três pessoas distintas ou uma só, como pretende o Autor, com três nomes diferentes? [História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página V]•  Dagoberto Mebius - A História de Sorocaba para crianças e alunos do Ensino Fundamental I*
 André Fernandes que em 1580, ao lado de seu pai e de sua mãe, participou da fundação de Santa Ana de Parnaíba. [Página 15]
 1 de novembro de 2003, sábado
 Filho de Manuel Fernandes Ramos e Suzana Dias, era bisneto por parte de mãe do famoso João Ramalho e da índia Bartira. Baltasar Fernandes, nasceu em São Paulo, onde hoje está situado o bairro do Ibirapuera, em 1580. Fez várias entradas nos sertões em busca de nativos. Mão de obra escrava de alto valor naqueles tempos.•  João Ramalho e Bartira: Os Patriarcas da Paulistânia e do Brasil Meridional - Facebook/Paulistânia Tradicional 23 de maio de 2025, sexta-feira
 
 
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 Nascimento de Balthazar Fernandes2 de abril de 1577, sábado. Atualizado em 23/10/2025 15:38:04• Cidades (3): Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 • Família (3): Balthazar Fernandes (filho , 1577-1670), Domingos Fernandes (filho , 1577-1652), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Pessoas (2): Afonso d´Escragnolle Taunay (23 anos), Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)•  Consulta em gw.geneanet.org
 4 de abril de 2024, quinta-feira•  Inventários e testamentos, vol. XXXIII, 1946. Documentos da seção do arquivo histórico
 1 de janeiro de 1946, terça-feira•  Revista do Arquivo Municipal de São Paulo CLXXVI. Prefeitura do Município de SP
 1 de janeiro de 1969, quarta-feira•  O extremo oeste, Sergio Buarque de Holanda (1902-1982)
 1 de janeiro de 1986, quarta-feira•  “A dúvida dos pelourinhos Pródromos da Fundação e os Beneditinos”. Otto Wey Netto é professor, advogado e ex-redator deste jornal. Membro da Academia Sorocabana de Letras e Instituto Histórico Sorocabano (Jornal Cruzeiro do Sul)
 20 de fevereiro de 2014, quinta-feira•  Biografia de Maria de Zunega Ponce de Leon y Contreras, consultado em My Heritage
 12 de fevereiro de 2022, sábado
 MyHeritage é uma plataforma de genealogia online. Usuários da plataforma podem criar árvores genealógicas, subir fotos e visualizá-las, bem como pesquisar 9 bilhões de registros históricos globais, entre outras funções. Atualmente a empresa conta com 6.2 bilhões de perfis e 54 milhões de árvores genealógicas. Milhões de famílias no mundo inteiro usam o MyHeritage para explorar suas histórias.
 
 
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 Casamento de Suzanna Dias e Manuel Fernandes Ramos1570. Atualizado em 23/10/2025 15:36:42• Cidades (3): Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (4): Belchior da Costa (consogro(a) , 1567-1625), Custódia Dias (filho , 1581-1650), Isabel Fernandes Cabral (consogro(a) , 1565-1634), Manuel Fernandes Ramos (cônjugue , 1525-1589)
 • Pessoas (1): Bartholomeu Fernandes Cabral (1518-1594)
 • Temas (2): Ermidas, capelas e igrejas, Jesuítas•  Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. LXXI
 8 de agosto de 2022, segunda-feira
 
 
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 Primeira Missa em São Vicente1567. Atualizado em 23/10/2025 15:36:41• Cidades (2): São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 • Pessoas (4): Inácio de Azevedo, José de Anchieta (1534-1597), Leonor Leme (f.0), Pedro Leitão
 • Temas (3): Capitania de São Vicente, Colégios jesuítas, Pela primeira vez•  Depoimento, em São Paulo, de Suzana Dias nos “Processos Anchietanos”
 5 de abril de 1622, terça-feira•  "Milagres de São José de Anchieta" Jornal O São Paulo (03/04/2014)
 3 de abril de 2014, quinta-feira•  JOSÉ DE ANCHIETA - Padre Jesuita - San Cristóbal de La Laguna - Espanha - Peixes. recantodasletras.com.br
 15 de março de 2015, domingo
 
 
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 O Milagre de Suzanna Dias 12 anos de idade (s/ dia confirmada)junho de 1563. Atualizado em 23/10/2025 15:36:39• Cidades (5): Ilhéus/BA, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 • Família (1): Martim Afonso de Melo Tibiriçá (avô(ó) , 1470-1562)
 • Pessoas (1): José de Anchieta (1534-1597)
 • Temas (2): Gentios, Iperoig•  Papa Francisco assina decreto que torna santo o padre José de Anchieta. Eduardo Carvalho, G1 (Globo)
 3 de abril de 2014, quinta-feira
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