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1º
Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay 1480, atualizado em 12/10/2025 03:32:18 • Cidades (4): São Miguel Paulista/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Família (2): “Antônia Rodrigues”, a índia (cônjugue , n.1502), Piqueroby (sogro , 1480-1552) • Pessoas (3): Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Caiubi, senhor de Geribatiba, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562) • Temas (13): Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Botocudos, Caciques, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Karaibas, Nheengatu, Piqueri, Rio Uruguai, Rio Ururay, Santa Cruz de Itaparica, São Miguel dos Ururay, Ururay
• João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” 1 de janeiro de 1886, sexta-feira
Há na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias.
Um cronista moderno (Machado de Oliveira, Quadro Histórico da Província de São Paulo), narrando quais eram as nações nativa que habitavam o território da capitania de São Vicente, nos limites da atual província de São Paulo, guayanás, tupis, carijós, além das do sertão, e expondo que os guayanás tinham por principais chefes em serra acima, o cacique Tebyreçá, com aldeias nos campos de Pirá-tininga, e no litoral o cacique Cayubi, ou, melhor, Cahá-uby, com aldeias á margem do rio Gerybatiba e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Paranapiacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, acrescentou:
"A História ainda faz menção a tribo Ururay, pertencente á confederação guayaná, ocupando um dos recantos dos campos de Pirá-tininga, e tendo por chefe o cacique Piqueroby, que déra sua filha por mulher a Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribo fundou-se a opulenta aldeia de São Miguel, que, como as outras, não escapou á comum destruição por que todas elas passaram."
Após essa narração, o mesmo cronista não deixa de mencionar o chefe das tribo Ururay, por ocasião da descida de Tebyreçá e de João Ramalho, com trezentos sagitários, ao encontro de Martim Afonso de Souza: mas, apenas, para assinalar que foi precisa a sua anuência ao plano de bem receber os portugueses da armada.
Assim escreveu ele que João Ramalho "tivera por companheiro nessa empresa a Antonio Rodrigues, que aliara-se á filha de Piqueroby, chefe da tribo Ururay, depois de conseguir deste, á imitação do régulo de Pirá-tininga, sua anuência a favor do desembarque de Martim Afonso".
De então em diante, cronista algum dá notícia de Piqueroby. Ignora-se se recebeu o batismo; se viveu ainda muito tempo; se recusou-se á comunhão social com os portugueses. Apenas a História registra que Antonio Rodrigues, seu genro, obtivera uma sesmaria em terras fronteiras ao porto do Tumiarú, em São Vicente, e aí residia; e que na sesmarias de Pedro de Góes, segundo o respectivo título, fôra encravado o território pertencente á tribo Ururay, figurando de língua ou interprete, e testemunha, na designação das divisas, conjuntamente com João Ramalho, o mesmo já referido Antonio Rodrigues. [p332 a p336]
Seja, porém, Piquiroby o mesmo Ururay, de que trata Machado de Oliveira, ou o Araray de que trata Azevedo Marques, ou seja este chefe de 1562 outro individuo, diverso de Piquiroby não é licito acusa-lo de deslealdade para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão. Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada.
O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:
"Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão" [Página 337]
• Publicação Oficial de Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo. Vol. IV 1 de janeiro de 1896, quarta-feira
Carta de Pedro Taques de Almeida Pais Leme 1714- 1777) ao Frei Gaspar da Madre de Deus 1715- 1800): Piqueroby, cacique, chefe ou rei de uma das tribos Guaynases, que ocupavam a costa marítima de São Paulo no começo do século XVI. [Página 34]
• Árvore de costado do poeta Carlos Drummond de Andrade, consultado em usinadeletras.com.br 15 de outubro de 2022, sábado
Piquerobi. Indígena brasileiro. Cacique guaianá ou tupi. Inimigo dos portugueses, seria irmão de Tibiriçá e Caiubi. Vivia no Vale de Ururaí. Pai da mulher de Antônio Rodrigues, batizada pelos jesuítas com o nome de Antônia Rodrigues, e de Jagoanharo, o "Cão Bravo", um dos chefes dos índios guaianás, carijós e tamoios do Vale do Paraíba que atacaram a Vila de São Paulo em 1562, sendo morto quando tentava forçar a porta da igreja onde se encontravam mulheres refugiadas.
• “O Tupi na Geographia Nacional”. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937) 1 de janeiro de 1901, terça-feira
URUGUA Y Antigamente Uruay, como se lê na carta de Diogo Garcia, de 1526; assim, Uruay se compõe de Uruá- y ou Uruguá- y, exprimindo o rio dos búzios ou dos caracóis. O Pe. Montoya, no seu Tesouro, explica y- ruguay como sendo o canal por onde vai a madre do rio. [Página 341]
• Piqueriby, consultado em geni.com 27 de fevereiro de 2022, domingo
Indígena brasileiro. morubixaba guaianá, seria irmão de Tibiriçá e Caiubi. Vivia no Vale de Ururaí. Pai da mulher de Antônio Rodrigues, batizada pelos jesuítas com o nome de Antônia Rodrigues, e de Jagoanharo, o "Onça Feroz", um dos chefes dos índios guaianás do Vale do Paraíba que atacaram a Vila de São Paulo em 1562, quando este foi morto pelo tio Tibiriçá ao tentar forçar a porta da igreja em que se encontravam mulheres refugiadas.
Piquerobi era chefe de grande taba localizada em terras que hoje formam o município de São Miguel Paulista. Conforme os costumes da época, os morubixabas tinham muitos filhos.
Pikeroby ("Peixinho Verde" em dialeto tupinikin), morava na na região serrana de Ururaí, mais ao norte da futura cidade de São Paulo. Consta que antes residiu na Vila de São Vicente, no litoral paulista.
• Consulta em Wikipedia 6 de setembro de 2022, terça-feira
Piquerobi era um líder indígena, conhecido como "Cacique Piqueroby, morubixaba (chefe guerreiro) da tribo Guaianá dos Hururahy", suas terras iam da antiga Vila Nossa Senhora da Penha de França até a região que foi nomeada pelos jesuítas de São Miguel dos Ururaí (São Miguel Paulista), na zona leste de São Paulo,[2] atravessando o antigo Cangaíva (Cangaíba) e Jaguaporeruba (Ermelino Matarazzo).
• João Ramalho - Consulta em Wikipedia 11 de outubro de 2025, sábado
Outro dado que torna misteriosa sua chegada ao Brasil e inclusive o seu ano de nascimento, é a existência de uma Carta de Cavaleiro datada de 1487 em nome de um João Ramalho, ou seja, seis anos antes do seu suposto nascimento em 1493. Ela está no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, e significaria que João Ramalho foi "cavaleiro, guarda-mor" do rei D. João II de Portugual.[1] Porém, pode se tratar de outra pessoa.
• João Ramalho - Consulta em Wikipedia 11 de outubro de 2025, sábado
Outro dado que torna misteriosa sua chegada ao Brasil e inclusive o seu ano de nascimento, é a existência de uma Carta de Cavaleiro datada de 1487 em nome de um João Ramalho, ou seja, seis anos antes do seu suposto nascimento em 1493. Ela está no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, e significaria que João Ramalho foi "cavaleiro, guarda-mor" do rei D. João II de Portugual.[1] Porém, pode se tratar de outra pessoa.
• Consulta em Geni.com 2 de maio de 2025, sexta-feira
Antonia Quaresma (1505 - 1613)Data de nascimento: Entre 1505 e 1543Local de nascimento: São Paulo, São Paulo, State of São Paulo, Brazil (Brasil)Falecimento: 1613 (68-108)Família imediata: Filha de João Ramalho e Isabel (Bartira/M’Bicy) (Bartira/M‘Bicy) Dias Bartira MBicy, Bartira MbicyEsposa de Bartolomeu CamachoMãe de Ana Camacho; Antonio Quaresma; Bartolomeu Camacho; Jorge Camacho; Gonçalo Camacho; Beatriz Camacho e Antonia QuaresmaIrmã de André Ramalho; Joana Ramalho; Margarida Ramalho; Victorino Ramalho; Antonio de Macedo; Marcos Ramalho; ? Ramalho e Jordão Ramalho
• Anchieta: O Carrasco de Bolés 1 de fevereiro de 1896, sábado
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7º
João Ramalho 1511, atualizado em 25/02/2025 04:41:08 • Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580)
• Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume LV, 1959 1 de janeiro de 1959, quinta-feira
Casos mais graves, foi acusação frontal de João Ramalho (já estremecido com os Padres de São Vicente e "excomungado pelo Vigário da terra"), contra o Padre Manoel de Paixa e outros Irmãos, no sentido de mau comportamento com as nativas, acusação que levou o Padre Nóbrega a abrir inquérito, começando por afastar todos os Irmãos da Casa do Colégio, só os readmitindo depois de acabada a inquirição.
O episódio que deu lugar a este estremecimento nas relações de João Ramalho com os Padres da Companhia de Jesus (antes da chegada de Nóbrega) tem merecido especial atenção dos que estudam a Paulística. É um dos episódios mais mencionados pelos historiógrafos de São Paulo seiscentista. O que se, colhe na epistolografia Jesuítica está contido em duas locações, uma devida a Pero Correia e outra a Diogo Jácome, em suas respectivas cartas de 1552.
Pero Correia: Carta de 8 de junho (Cartas avulsas, página 92):
"E uma destas (nativas doutrinadas) se achou umas dez léguas daqui, onde quiserem tratar mal o nosso Padre, e o ameaçaram com um pau, e o ameaçador foi um homem que há 40 anos que está nesta terra, e tem já bisnetos, e sempre viveu em pecado mortal, e anda excomungado, e o Padre não quis dizer missa com ele e daqui veio, depois da Missa acabada, a querê-lo maltratar, por que ele é possante; mas a nativa ali pregou muito rijo e com grande fé, oferecendo-se a padecer da companhia com o Padre se cumprisse. Eu não me achei ali, mas contaram-no dois Irmãos muito bons línguas, que iam com o Padre: um deles se chama Manuel de Chaves, e o outro Fernando, moço de 15 até 18 anos..."
A outra passagem é de autoria do Irmão Diogo Jácome (Cartas avulsas, página 104) está vazada em linguagem muito menos clara, por causa da tradução do original italiano, seu idioma:
"contra o Padre que com todo o amor repreende e exorta com todos os meios que pode e para isso busca, e são que há hi tal que sobre ir daqui ha dez léguas sobre uma pessoa que haverá 20 ou 30 anos, que está em pecado mortal sobre com todos os mimos com que primeiro o trouxe, e vendo sua obstinação sobre estar excomungado pelo Vigário da terra, quis o nosso Padre ir lá dizer missa, porque se passa um ano e dois que não veem a Deus, nem no vem a ver, podendo vir; e estando lá dizendo missa, entrou este homem, de maneira que lhe mandou o Padre dizer que se saísse que não podia celebrar com ele e saindo, saíram também dois filhos seus da terra com ele de maneira que se determinaram para, como acabasse, a missa, de lhe darem na cabeça , o qual acabando a missa se saiu, e veio para com ele, o qual lhe rogou que não tivesse conta com ele, que era melhor cristão que ele e que fazia muito boa obras, mas não dizia se estava apartado do pecado para lhe aproveitarem, e assim tiveram mão nele e depois vieram os filhos com suas armas que são uns homens selvagens contra o nosso mesmo Padre e ele assentado de joelho diante deles, aparelhado a receber o que viesse..." [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume LV, 1959. Página 37]
• Afonso d´Escragnolle Taunay: o “Na Era das Bandeiras” 1 de janeiro de 1922, domingo
• Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953 1 de janeiro de 1953, quinta-feira
Lopo Dias. Nascido em Portugal. Foi um dos povoadores de Santo André, onde consta das atas a sua existência nos anos de 1555 e 1558, e onde foi casado, em primeiras núpcias, com Beatriz Dias, que, com discrepância nas tradições e nas opiniões dos linhagistas, se supõe filha de João Ramalho ou de Tibiriçá.
Passou para São Paulo, onde morava na praça, e foi almotacel em 1562, 1563, e 1583; vereador em 1564. sucedendo a João Ramalho, e em 1576. Aqui, não se sabe quando nem com quem, casou segunda vez, esteve ainda muitos anos em grande atividade até 1600; mas em 1608 alegou ser muito velho, para se escusar à curadoria dos seus netos, no inventário do capitão Belchior Dias Carneiro.
Em 1609 já era segunda vez viúvo e, reiterando por escrito a escusa, alegou "ter-se entregue aos padres do Carmo". Aos carmelitas de São Paulo legou ao menos a fazenda do Mogi, em que pouco tempo depois se erigiu a vila de Santa Ana das Cruzes.
Além dos filhos descritos por S. Leme, I, 34, creio que teve, entre outros:
AB) Isaque e Gaspar Dias. Mortos pelos nativos no sertão, respectivamente em 1590 e 1593, na ida e na volta da expedição de Macedo e Grou.
C) Jerônima Dias. Teria sido mulher de Gonçalo Camacho, segundo tradições colhidas por Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777). [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953. Páginas 346 e 347]
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9º
João Ramalho chegou no Brasil e tornou amigo de Tibiriçá, avô de Baltazar Fernandes 1515, atualizado em 25/02/2025 04:45:06 • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580) • Pessoas (2): Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589) • Temas (1): Tupiniquim
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10º
Fernando de Magalhães chega à baía do Rio de Janeiro 13 de dezembro de 1519, sábado, atualizado em 25/02/2025 04:41:47 • Cidades (3): Cabo Frio/RJ, Rio de Janeiro/RJ, Sorocaba/SP • Pessoas (5): Antonio Pigafetta (ou Lombardo) (1491-1534), Domingos Luís Grou (1500-1590), Fernão de Magalhães (1480-1521), Gonçalo Hernandes Eanes (f.1521), João Lopes de Carvalho “Carvalhinho” • Temas (13): Açúcar, Baía de Guanabara, Cabo Verde, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Curiosidades, Galinhas e semelhantes, Geografia e Mapas, Metalurgia e siderurgia, Pau-Brasil, Porto de Santa Luzia, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio
• Auto das perguntas feitas a dois espanhóis qu chegaram a Fortaleza de Malaca 1 de junho de 1522, quinta-feira
Martinho e um Rebelo criado do dito Fernão de Magalhães e outro por nome Estêvão Dias e que dos nomes dos outros não era lembrado e os outros eram castelhanos e homens de fora do reino e foram ter às Canárias onde estiveram seis dias e souberam como as naus de Portugal eram já passadas diante para a Índia e daí foram ter ao porto de Santa Luzia que é na terra do Brasil o qual se dizia quer era já descoberto dos portugueses onde estiveram quinze dias tomando água e lenha no qual porto João Carvalho português achou um filho seu que houvera de uma negra no tempo que aí esteve com um navio português, no qual porto o dito Fernão de Magalhães resgatou alguns paus de brasil para amostra e dali se foram ao longo da costa e foram ter ao porto de Santa Maria e daí passaram por o Cabo Frio e foram ter em uma enseada grande na qual era água doce e entrava muito por a terra a que eles não viram cabo e puseram em passar de uma ponta à outra seis dias onde tomaram água para suas naus e da dita ponta foram costeando um mês e meio até chegarem a um rio a que eles puseram nome São Julião (...)
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11º
Falecimento de Amyipagûana, cacique Guayaná 1520, atualizado em 25/02/2025 04:40:57 • Cidades (1): São Paulo/SP • Família (1): Piqueroby (sogro , 1480-1552) • Pessoas (3): Cacique Amyipaguana (f.0), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Caiubi, senhor de Geribatiba • Temas (3): Caciques, Guaianás, Guaianase de Piratininga
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12º
Falecimento de Gonçalo Rodrigues 4 de janeiro de 1521, terça-feira, atualizado em 25/02/2025 04:40:13 • Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580) • Pessoas (3): Fernão de Magalhães (1480-1521), Gonçalo Hernandes Eanes (f.1521), Tubalcaim • Temas (1): Metalurgia e siderurgia
• Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume LV, 1959 1 de janeiro de 1959, quinta-feira
Casos mais graves, foi acusação frontal de João Ramalho (já estremecido com os Padres de São Vicente e "excomungado pelo Vigário da terra"), contra o Padre Manoel de Paixa e outros Irmãos, no sentido de mau comportamento com as nativas, acusação que levou o Padre Nóbrega a abrir inquérito, começando por afastar todos os Irmãos da Casa do Colégio, só os readmitindo depois de acabada a inquirição.
O episódio que deu lugar a este estremecimento nas relações de João Ramalho com os Padres da Companhia de Jesus (antes da chegada de Nóbrega) tem merecido especial atenção dos que estudam a Paulística. É um dos episódios mais mencionados pelos historiógrafos de São Paulo seiscentista. O que se, colhe na epistolografia Jesuítica está contido em duas locações, uma devida a Pero Correia e outra a Diogo Jácome, em suas respectivas cartas de 1552.
Pero Correia: Carta de 8 de junho (Cartas avulsas, página 92):
"E uma destas (nativas doutrinadas) se achou umas dez léguas daqui, onde quiserem tratar mal o nosso Padre, e o ameaçaram com um pau, e o ameaçador foi um homem que há 40 anos que está nesta terra, e tem já bisnetos, e sempre viveu em pecado mortal, e anda excomungado, e o Padre não quis dizer missa com ele e daqui veio, depois da Missa acabada, a querê-lo maltratar, por que ele é possante; mas a nativa ali pregou muito rijo e com grande fé, oferecendo-se a padecer da companhia com o Padre se cumprisse. Eu não me achei ali, mas contaram-no dois Irmãos muito bons línguas, que iam com o Padre: um deles se chama Manuel de Chaves, e o outro Fernando, moço de 15 até 18 anos..."
A outra passagem é de autoria do Irmão Diogo Jácome (Cartas avulsas, página 104) está vazada em linguagem muito menos clara, por causa da tradução do original italiano, seu idioma:
"contra o Padre que com todo o amor repreende e exorta com todos os meios que pode e para isso busca, e são que há hi tal que sobre ir daqui ha dez léguas sobre uma pessoa que haverá 20 ou 30 anos, que está em pecado mortal sobre com todos os mimos com que primeiro o trouxe, e vendo sua obstinação sobre estar excomungado pelo Vigário da terra, quis o nosso Padre ir lá dizer missa, porque se passa um ano e dois que não veem a Deus, nem no vem a ver, podendo vir; e estando lá dizendo missa, entrou este homem, de maneira que lhe mandou o Padre dizer que se saísse que não podia celebrar com ele e saindo, saíram também dois filhos seus da terra com ele de maneira que se determinaram para, como acabasse, a missa, de lhe darem na cabeça , o qual acabando a missa se saiu, e veio para com ele, o qual lhe rogou que não tivesse conta com ele, que era melhor cristão que ele e que fazia muito boa obras, mas não dizia se estava apartado do pecado para lhe aproveitarem, e assim tiveram mão nele e depois vieram os filhos com suas armas que são uns homens selvagens contra o nosso mesmo Padre e ele assentado de joelho diante deles, aparelhado a receber o que viesse..." [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume LV, 1959. Página 37]
• S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay 1 de janeiro de 1920, quinta-feira
A esse respeito escreve Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958):
"Asselvajar-se tanto este homem – Domingos Luiz Grou, genro do cacique de Carapicuíba que vivia no meio dos índios como um índio. Voltando à Vila de Piratininga, em pouco tempo recuperou prestígio. Em 1575, membro do Conselho da Vila, verberou o ex-vereador Antonio Fernandes que, sem a menor cerimônia surrupiara as portas do muro que defendia Piratininga e as vendera por 250 réis a André Burgos."
Merecem as posturas relativos ao ofício de ferreiro acurada atenção ás Câmaras quinhentistas, o que vem se compreende, tratando-se de assunto interessando diretamente a civilização mais do que qualquer outro, esse do trabalho dos metais.
Dai o extenso regimento concedido ao meste Bartholomeu Fernandes, o Tubalcaim paulistano, relativo ás foices roçadeiras "calçadas e descalçadas", enxadas, machados e cunhas de resgate "pregos de solhar, de costado e de cinta, pernetes, verdugos de engenho" cotados por diversos preços, vintenas e dezenas de réis, conforme se fornecesse o ferro, o aço ou carvão.
Tudo quando se lhes pedia era alguma caixa "de seis palmos de comprido com o seu escaninho, coisa para três cruzados" e alguma mesa de seus palmos "com seus pés bem acabados", o que valia seus seis tostões; alguma "cadeira rasa", do preço de seis vintens.
Os "boules" do tempo vinham a ser "as cadeiras de estado, como agora se costumam", avaliadas por um preço de reflexões: "duzentos e cinquenta réis"...
Uma das grandes fontes de renda desses artificies era a confecção de caixas de marmelada, que se vendiam a trinta réis: a sacaria da época, pois n marmelada, residia o principal artigo da exportação paulista antecessora primeva do café.
Não se deve esperar que as "Actas" se refiram ao exato cumprimento das posturas e regimento dos ofícios. No Brasil quinhentista a dóse de tolerância precisava ter alentadas proporções.
Subiram os abusos ao ponto, porêm, de provocar a intervenção municipal. Na sessão de 15 de abril de 1588, chamava o procurador do conselho, Gonçalo Pires, a atenção de seus colegas de vereança para os abusos cometidos pelos mesteirais: "O povo clamava da pouca justiça, mórmente se agravava da grande carestia e desordem do mestre ferreiro", motivo pelo qual mandou a Câmara ao almotacel Antonio de Saavedra que abrisse severo inquérito.
A 28 de maio seguinte, era de novo a questão ventilada; intimava ao ferreiro, Domingos Fernandes, que mandasse seus aprendizes á vila, sob pena de mil réis de multa "para com eles fazer o concelho certas diligências".
Nesta mesma sessão queixou-se novamente Gonçalo Pires, de irregularidades de que ele próprio fôra, no ano transacto, vítima. Funcionava como juiz do ofício dos carpinteiros, quando na sua ausência os vereadores, violentamente, lhe haviam invadido a casa e retirado os padrões de aferimento, entregando-os a Bartholomeu Bueno, que então revelara a mais completa inépcia ao tentar exercer o cargo.
"Aferindo ele uma vara, a não soubera aferir, que lhe não fizera nê a bara nê terças nê sesmas. sóomente marcava nas cabeças". Indignados resolveram S. Mcês á vista de tanta incompetência e filáucia que o aferido intruso restituísse imediatamente e sob graves ameaças os padrões subtraídos ao juiz do ofício.
No inquérito a que procederam sobre as acusações levantadas ao mestre ferreiro verificaram quanto realmente abusara.
Relataram os aprendizes que não só não obedecia ás posturas estabelecidas pelo poder municipal como ainda tivera o desplante de mandar colocar pregão oficial num esteio tão alto que ninguém podia ler. Se alguém lhe fazia reparos, fanfarronava a molejar que os interessados arranjassem escadas para o atingir.
Não dizem as "Actas" como acabou o incidente. Com certeza continuou o Tubalcaim e exorbitar e a blasonar sem que ninguém lhe pusesse cobro aos abusos e desaforos. Era uma avis rara que não podia molestar. Que sucederia á vila se acaso se visse privada do seu único ferreiro? Dava-se provavelmente o mesmo em relação aos demais mestres de ofícios, homens tratados com o maior carinho por indispensáveis e, sobretudo, insubstituíveis. [“S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601”, 1920. Affonso d´Escraqnolle Taunay (1876-1958). Páginas 132, 133 e 134]
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13º
Auto das perguntas feitas a dois espanhóis qu chegaram a Fortaleza de Malaca 1 de junho de 1522, quinta-feira, atualizado em 25/02/2025 04:41:28 • Cidades (5): Cabo Frio/RJ, Leiria/POR, Malaca/MAL, Sevilha/ESP, Lisboa/POR • Pessoas (6): Domingos Luís Grou (1500-1590), Duarte Barbosa, Fernão de Magalhães (1480-1521), João Lopes de Carvalho “Carvalhinho”, Gonçalo Hernandes Eanes (f.1521), Juan Sebastián Elcano (1476-1526) • Temas (12): Biscainhos, Carijós/Guaranis, Espanhóis/Espanha, Estreito de Magalhães, Metalurgia e siderurgia, Galinhas e semelhantes, Ouro, Pela primeira vez, Porto de Santa Luzia, Porto de Santa Maria, Portos, Ilhas Canárias
• 1. Fernando de Magalhães chega à baía do Rio de Janeiro 13 de dezembro de 1519
Martinho e um Rebelo criado do dito Fernão de Magalhães e outro por nome Estêvão Dias e que dos nomes dos outros não era lembrado e os outros eram castelhanos e homens de fora do reino e foram ter às Canárias onde estiveram seis dias e souberam como as naus de Portugal eram já passadas diante para a Índia e daí foram ter ao porto de Santa Luzia que é na terra do Brasil o qual se dizia quer era já descoberto dos portugueses onde estiveram quinze dias tomando água e lenha no qual porto João Carvalho português achou um filho seu que houvera de uma negra no tempo que aí esteve com um navio português, no qual porto o dito Fernão de Magalhães resgatou alguns paus de brasil para amostra e dali se foram ao longo da costa e foram ter ao porto de Santa Maria e daí passaram por o Cabo Frio e foram ter em uma enseada grande na qual era água doce e entrava muito por a terra a que eles não viram cabo e puseram em passar de uma ponta à outra seis dias onde tomaram água para suas naus e da dita ponta foram costeando um mês e meio até chegarem a um rio a que eles puseram nome São Julião (...)
30/08/1519 - Partem das ilhas Canárias para o Porto de Santa Luzia, no Brasil [274]
13/12/1519 - Fernando de Magalhães chega à baía do Rio de Janeiro [12783]
27/12/1519 - Fernando de Magalhães deixa a baía do Rio de Janeiro (ver 13 de dezembro) e prossegue em sua viagem de circunavegação do globo [12823]
29/07/1521 - Gonçalo Fernandes ficou na ilha de Bornéu [293]
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14º
Nascimento de Leonor Domingues 1523, atualizado em 20/08/2025 03:12:56 • Família (1): Leonor Domingues (consogro(a) , n.1523) • Pessoas (1): Maria Domingues D‘Anvers
• Consulta em https://pt.geneanet.org 20 de agosto de 2025, quarta-feira
30/08/1519 - Partem das ilhas Canárias para o Porto de Santa Luzia, no Brasil [274]
13/12/1519 - Fernando de Magalhães chega à baía do Rio de Janeiro [12783]
27/12/1519 - Fernando de Magalhães deixa a baía do Rio de Janeiro (ver 13 de dezembro) e prossegue em sua viagem de circunavegação do globo [12823]
29/07/1521 - Gonçalo Fernandes ficou na ilha de Bornéu [293]
“Estas ilhas (São Vicente e Santo Amaro), os portugueses crêem ficar no continente que lhes pertence, dentro da sua linha de partilha; eles porém se enganam 1530, atualizado em 26/06/2025 06:21:31 • Cidades (6): Cananéia/SP, Guarujá/SP, Iguape/SP, Laguna/SC, São Sebastião/SP, São Vicente/SP • Família (1): Piqueroby (sogro , 1480-1552) • Pessoas (9): Giovanni Caboto, Alonso de Santa Cruz, Bacharel de Cananéa, Caiubi, senhor de Geribatiba, Diogo Garcia de Moguér, Francisco I da Áustria (1768-1835), Gonçalo da Costa, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Sebastião Caboto (1476-1557) • Temas (15): Baia e río do Repayro, Galinhas e semelhantes, Geografia e Mapas, Ilha de Barnabé, Ilha de Santo Amaro, Jurubatuba, Geraibatiba, O Sol, Pela primeira vez, Porcos, Porto dos Patos, Portos, Rio da Prata, Rio dos patos / Terras dos patos, Rio São Francisco, Tordesilhas
• “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos 1 de janeiro de 1937, sexta-feira
O ponto de interferência entre o meridiano de Tordesilhas e a cósta brasileira, nunca foi bem determinado no Sul, surgindo dessa incerteza as constantes questões verificadas, com penetrações portuguezas sobre território hespanhol e hespanhólas sobre território portuguez.
Para muitos o ponto de interferência em apreço, ficava sendo a baia da atual Laguna/SC; porem, em 1530, em seu "YSLARIO", Alonso de Santa Cruz, dirigindo-se ao Rei da Hespanha, dizia que o mesmo ponto ficava situado, conforme verificações feitas antes por geógraphos e cartógraphos caste- lhanos, nas "Sierras de San Sebastian", pouco aquém da atual ilha do mesmo nóme.
Que ele, entretanto, nunca foi bem determinado e reconhecido, quér por uma quer por outra das partes, ahi estão para o provar essa declaração do oficial de Caboto, e a ordem de D. João III, do mesmo ano de 1530, a Martim Affonso de Souza, para que partisse a explorar m regiões austrais do Brasil "e o Rio da Prata!!"
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17º
A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa 3 de dezembro de 1530, quarta-feira, atualizado em 09/10/2025 07:43:14 • Cidades (1): Lisboa/POR • Família (5): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592), Domingos Gonçalves, velho (filho), Gonçalo Camacho (genro/nora , 1525-1600), João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580), Rodrigo Alvares (genro/nora , f.1598) • Temas (8): Assunguy, Ilha de Barnabé, Lagoa Dourada, Metalurgia e siderurgia, Ordem de Cristo, Ouro, Rio da Prata, Vinho
• “São Paulo no século XVI”, Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Correio Paulistano. Página 1 6 de dezembro de 1917, quinta-feira • Araçoiaba da Serra. Esconderijo do Sol: Conto, canto e encontro com os 150 anos da minha história... 2007 1 de janeiro de 2007, segunda-feira
Em 1532, Martim Afonso de Souza trouxe, em sua expedição, o mestre Bartolomeu Fernandes, também conhecido como Bartolomeu Gonçalves ou Bartolomeu Carrasco, que era ferreiro contratado por um período de dois anos, para abastecer a expedição e a colônia das necessidades de ferro. Com o fim do contrato, o mestre Bartolomeu instalou-se em solo paulista, como proprietário do sítio dos Jeribás, às margens do Jurubatuba, afluente do Rio Pinheiros, em Santo Amaro, SP.
Além de Bartolomeu Carrasco, outro ferreiro foi trazido para a terra: o noviço Mateus Nogueira, acompanhando o padre Leonardo Nunes na aldeia do Colégio dos Jesuítas, na Vila de São Paulo, em 1559. O ofício ia sendo passado aos povoadores, mesmo que em pequena escala, o que preocupava as autoridades, visto que os indígenas, em contato com os brancos, poderiam aprender o manejo do ferro para a fabricação de armas, em substituição às rústicas que usavam, feitas de pedra, madeira ou osso.
• Domingos Gonçalves, Mestre Bartolomeu, consultada em geni.com 11 de março de 2023, sábado • Memória Paulistana 1 de janeiro de 1992, quarta-feira • “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
Antes vem o mestre Bartolomeu Fernandes, que o Autor apresenta como Bartolomeu Gonçalves e tinha ainda tratado e respondendo pela alcunha de Bartolomeu Carrasco, ferreiro contratado no Reino para atender, por dois anos, os reclamos de obras de ferro da armada e dos integrantes desse primeiro estabelecimento luso em solo brasileiro.
A alcunha de "Carrasco", no ambiente vicentino de então, era designativa do ofício de "ferreiro". Pondo-se à margem a interpretação dada à alcunha de "Carrasco", o certo é que é Américo de Moura (1881-1953) em "Os Povoadores do Campo de Piratininga", escreve: "Um mestre Bartolomeu, cujo apelido era Carrasco, em 1560, era senhor de terras no planalto à beira do Jurubatuba, e em 1571 já era falecido, tendo deixado herdeiros. [História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página IV]
Quanto a Bartolomeu Gonçalves, a mesma fonte, Américo de Moura (1881-1953), louva-se em Frei Gaspar (1715-1800), frisando: "Como se lê em Frei Gaspar, em nota à descrição d Santos, veio com Martim Afonso, e durante mais de vinte anos FOI O ÚNICO FERREIRO da Capitania, um mestre Bartolomeu, que primeiro se chamava Domingos Gonçalves, o qual em 1555, tendo mulher e filhas, obteve de Brás Cubas grande sesmaria em Santos".
É certo que este "mestre dos primeiros ferreiros que transpuseram a serra" mudou o nome de batismo de tal forma que, diz Américo de Moura (1881-1953), "poderia disputar a Bartolomeu Antunes a identificação por mim suposta como Bartholomeu Camacho"...
Entretanto, há entre os numerosos Fernandes, um Bartholomeu a que uo autor se refere como "um segundo Bartholomeu Fernandes que a História registra, possivelmente descendente em 1a. linha de seu homônimo reinol", como há, também, outro Bartholomeu Gonçalves, este mameluco, filho do Padre Adão Gonçalves (antes de entrar para a Companhia de Jesus), nascido em 1548, que entrou e faleceu na Companhia (Serafim Leite, História I, 576, 577, "Cartas" III, 191, 353).
Américo de Moura (1881-1953) investigando a origem de Bartholomeu Fernandes não conseguiu descobri-la, mas atribuiu a ele e não à mulher o "nome CABRAL que aparece em sua descendência".
Também, foi ferreiro e era analfabeto. O autor está em plena concordância com as melhores fontes, quando refere que o dito ferreiro "foi intimado e não ensinar seu ofício a um mameluco ou nativo de sua adoção". De fato, em 1579, intimaram-no "a não ensinar o oficio a um nativo que tinha em casa".
E em 1580 (Américo de Moura, 1881-1953), a cominação foi mais forte: era ele obrigado a expulsar de casa o nativo Gaspar". Vê-se que não é fácil deslindar o caso do Mestre Bartholomeu: três pessoas distintas ou uma só, como pretende o Autor, com três nomes diferentes? [História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página V]
Mestre Bartholomeu prestou valiosos serviços na fundação de Santos e, afeiçoando-se à nova terra, veio, após cumprir o prazo de sua contratação, fixar-se, para sempre, nos Campos de Piratininga (peixe sêco), tornado-se um dos seus primeiros povoadores e Senhor de grande trato de terras nas bandas de Jeribatuba (sítios dos Jiribás), ás margens do rio deste nome, hoje conhecido por Pinheiros, então encravado nos domínios do grande Cacique Caiubi.
Tudo indica que Mestre Bartholomeu, falecido em torno de 1566, não só deixou descendência ativa, que também se devotou á sua arte produzindo pequenos artefatos de ferro comerciados ao longo do Jurubatuba, do Anhembi e do Tamanduateí, mas ainda instalou forja á margem esquerda do Jurubatuba, cuja existência, em 1554, foi citada por Anchieta, que mais tarde, em torno de 1560, fundou nas proximidades, a aldeia de Santo Amaro. [História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página 1]
• “Um Caso de Apropriação de Fontes Textuais: Memória Histórica da Capitania de São Paulo, de Manuel Cardoso de Abreu, 1796”. Versão Corrigida 1 de janeiro de 2012, domingo • Jornal Correio Paulistano 13 de outubro de 1854, sexta-feira
Também vários escritores antigos falam de um Bartholomeu, ferreiro que veio com Martim Afonso, a quem dizem pertencer o Enguaguaçú; porém também não é exato: Bartholomeu veio com o primeiro donatário, mas viveu sempre em São Vicente, e só em 26 de janeiro de 1555, quando Cubas já era capitão-mór da vila de Santos, é que este lhe deu uma sesmaria de algumas terras de Santos, para a banda do monte, e que está registrado a folhas 9 do livro de registros de 1555, no cartório da provedoria, em São Paulo. Por este documento se vê que Bartholomeu não podia em 1536 ser dono das terras que lhe foram dadas em 1555, por pertição que fez nessa época.
• A História do Vinho no Brasil. Consulta em enologia.org.br 9 de setembro de 2024, segunda-feira • Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira* 1 de dezembro de 1896, terça-feira • “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos 1 de janeiro de 1937, sexta-feira
Em 1650 verifica-se a fundação do Mosteiro de São Bento, efetuada na própria capela de Nossa Senhora do Desterro, capela referida anteriormente e que existia ao que parece desde os anos 1620, em terras que haviam pertencido a Mestre Bartholomeu Fernandes ou Gonçalves, o famoso ferreiro, vindo na Armada de Martim Afonso, e cujo filho Bartholomeu Fernandes Mourão doou-a á Ordem Beneditina.
Em 1656, a 27 de abril, a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco Souza, era doada aos beneditinos. (Página 268)
• História da Capitania de São Vicente. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) 1 de janeiro de 1755, quarta-feira • Memória Paulistana: Os antropônimos quinhentistas na vila de São Paulo do Campo 1 de janeiro de 1992, quarta-feira
• Consultem ancestors.familysearch.org 10 de setembro de 2024, terça-feira
Parents and SiblingsAntônio de MacedoMale1531–1590Francisca RamalhoFemale1532–Deceased
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19º
Bertioga 22 de janeiro de 1531, quinta-feira, atualizado em 25/02/2025 04:45:47 • Cidades (5): Bertioga/SP, Itu/SP, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Família (2): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592), Piqueroby (sogro , 1480-1552) • Pessoas (4): Caiubi, senhor de Geribatiba, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589) • Temas (4): Caminho do Mar, Estradas antigas, Rio Ururay, Fortes/Fortalezas
• João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” 1 de janeiro de 1886, sexta-feira
Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby. visto que a cronica não refere senão três, Tebir-içá, Piquiroby e Cayubi, quando Martim Afonso de Souza aportou á Buriqui-óca, ou, por corrupção, Bertioga. Aliás, foi o chefe que "não preservou em lealdade para com os brancos".
Eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias. Um cronista moderno (Machado de Oliveira, Quadro Histórico da Província de São Paulo), narrando quais eram as nações nativa que habitavam o território da capitania de São Vicente, nos limites da atual província de São Paulo, guayanás, tupis, carijós, além das do sertão, e expondo que os guayanás tinham por principais chefes em serra acima, o cacique Tebyreçá, com aldeias nos campos de Pirá-tininga, e no litoral o cacique Cayubi, ou, melhor, Cahá-uby, com aldeias á margem do rio Gerybatiba e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Paranapiacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, acrescentou: "A História ainda faz menção a tribo Ururay, pertencente á confederação guayaná, ocupando um dos recantos dos campos de Pirá-tininga, e tendo por chefe o cacique Piqueroby, que déra sua filha por mulher a Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribo fundou-se a opulenta aldeia de São Miguel, que, como as outras, não escapou á comum destruição por que todas elas passaram."
Após essa narração, o mesmo cronista não deixa de mencionar o chefe das tribo Ururay, por ocasião da descida de Tebyreçá e de João Ramalho, com trezentos sagitários, ao encontro de Martim Afonso de Souza: mas, apenas, para assinalar que foi precisa a sua anuência ao plano de bem receber os portugueses da armada.
Assim escreveu ele que João Ramalho "tivera por companheiro nessa empresa a Antonio Rodrigues, que aliara-se á filha de Piqueroby, chefe da tribo Ururay, depois de conseguir deste, á imitação do régulo de Pirá-tininga, sua anuência a favor do desembarque de Martim Afonso".
De então em diante, cronista algum dá notícia de Piqueroby. Ignora-se se recebeu o batismo; se viveu ainda muito tempo; se recusou-se á comunhão social com os portugueses. Apenas a História registra que Antonio Rodrigues, seu genro, obtivera uma sesmaria em terras fronteiras ao porto do Tumiarú, em São Vicente, e aí residia; e que na sesmarias de Pedro de Góes, segundo o respectivo título, fôra encravado o território pertencente á tribo Ururay, figurando de língua ou interprete, e testemunha, na designação das divisas, conjuntamente com João Ramalho, o mesmo já referido Antonio Rodrigues.
• Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume LXVI 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
Com a brasilidade nativista havida por ocasião da maioridade de D. Pedro 11, Francisco Soares de Abreu reuniu os filhos cultos e estudantes e resolveu acompanhar os nomes indígenas que os patriotas punham em voga; adotou o nome Caiuby para todos os seus. Mas, ao invés de Caa-uby fêz a queda do segundo - a - abrasileirar ou aportuguesar o nome indígena do grande morubixaba do sertão paulista. Pois eram três os chefes da Capitania: Piqueroby, do litoral e nascentes dos rios Tietê e Parahyba; Caa-uby do sertão imenso, e Tibiriçá do planalto piratiningano, que por sua riqueza em caça e pesca era o rei dos reis, o máximo cacique. E com o genro João Ramalho, dominou os tupys.
Foi o início da família Caiuby. O grande bispo ituano D. Antonio Joaquim de Melo construía o grande Colégio Seminário Episcopal, ali perto da estação da [p. 137]
Seus filhos, genros, netos e bisnetos continuam a fibra vigorosa e trabalho honrado dos seus maiores, consolidando ainda mais a reputação do nome tradicional Caiuby. São engenheiros, médicos, advogados, comerciantes, fazendeiros e industriais.
Família originária de companheiros de Martim Afonso de Souza, com bandeirantes notáveis entre seus antepassados, como os Anhanguéra, teve início em Braz Cubas - cuja estatua em Santos é o retrato do primeiro Caiuby - e nos morubixabas CAA-uby e Piqueroby - nos quais se entronca diretamente. É estirpe exclusivamente paulista - de 400 anos. [p. 141]
• Publicação Oficial de Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo. Vol. IV 1 de janeiro de 1896, quarta-feira
Piqueroby, cacique, chefe ou rei de uma das tribos Guaynases, que ocupavam a costa marítima de São Paulo no começo do século XVI. Parece que havia firme propósito da parte dos historiadores em ocultar a origem nativa de (um importante personagem da época).
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20º
A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa avista a costa do Brasil na altura do cabo Percaauri 31 de janeiro de 1531, sábado, atualizado em 10/10/2025 17:57:55 • Cidades (2): Cabo de Santo Agostinho/PE, Recife/PE • Pessoas (4): Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pero Lopes de Sousa (1497-1539) • Temas (2): Açúcar, Franceses no Brasil
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21º
Pero Lopes de Sousa, em seu Diário da navegação, referindo-se a este dia, escreve 13 de março de 1531, sexta-feira, atualizado em 13/02/2025 06:42:31 • Cidades (1): Salvador/BA • Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580) • Pessoas (2): Pero Lopes de Sousa (1497-1539), Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557)
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22º
Mestre retira-se para Iguape julho de 1531, atualizado em 25/02/2025 04:47:11 • Cidades (3): Cananéia/SP, Iguape/SP, Sorocaba/SP • Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580) • Pessoas (4): Bacharel de Cananéa, Domingos Luís Grou (1500-1590), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Duarte Peres • Temas (2): Caminho do Mar, Guerra de Iguape
• “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos 1 de janeiro de 1937, sexta-feira
Deante do que já ficou relatado em nosso histórico sobre Gonçalo da Cósta, retirou-se Mestre Cósme, no ano de 1531 para a região de Iguapé, levando consigo toda a sua vasta parentéla, todos os seus amigos europeus e grande numero de aborígenes, primitivos dominadores de S. Vicente. Só ficaram Antonio Rodrigues e João Ramalho, este, quase sempre sobre as serras, não se sabendo o fim que teria levado o Capitão Antonio Ribeiro, embora suponhamos que ele tenha embarcado com Henrique Montes, em 1530, na Armada de Caboto, de volta a Portugal.
O "bacharel" Méstre Cosme, recebeu em seu retiro de Iguapé, no mesmo ano de sua retirada, em 1531, a visita de Martim Affonso, feita em Agosto, ocasião em que, Francisco de Chaves acompanhando Pero Lobo, partiu chefiando a infortunada bandeira de Cananéa, e ali aguardou apenas o tempo suficiente para amadurecer a desforra projectada ás injustiças e iniqüidades que sofrera. Ao meio do ano de 1534 começaram as manifestações de hostilidade entre a gente do çeducto de Iguapé e os moradores da Villa de São Vicente. Solidarizados os hespanhóes de Mosquera, que ha- viam descido do sul para aquelle logar, com as forças nu- merosas do " bacharel", começaram todos a affrontar os vi- centinos.Pelo que falava elle com mais desembaraço do que devia, e disso resultou que o capitão daquella cósta mandou notificar-lhe que fosse cumprir o seu desterro no logar designado por el-Rei
. . .já estavam os hespanhóes ali em Iguapé dois annos vivendo em paz, quando um fidalgo portuguez, chamado o Bacharel Duarte Peres se lhes veiu metter com toda sua casa, filhos e criados, despeitado e queixoso dos de sua própria nação, o qual havia sido desterrado por el rei D. Manoel para aquela cósta, na qual havia padecido inumeráveis trabalhos".
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23º
Pedro Agnez é enviado a terra 1 de agosto de 1531, sábado, atualizado em 26/06/2025 00:46:51 • Cidades (3): Bertioga/SP, Cananéia/SP, Rio de Janeiro/RJ • Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580) • Pessoas (2): Bacharel de Cananéa, Pedro Annes • Temas (1): Baía de Guanabara
• Heróis Indígena do Brasil. Memórias sinceras de uma raça. Autor: Geraldo Gustavo de Almeida 1 de janeiro de 1988, sexta-feira
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24º
Diário de Pero Lopes 17 de agosto de 1531, segunda-feira, atualizado em 19/03/2025 21:50:55 • Cidades (5): Apiaí/SP, Cananéia/SP, Iguape/SP, Sorocaba/SP, Xiririca (Eldorado)/SP • Família (1): Piqueroby (sogro , 1480-1552) • Pessoas (7): Bacharel de Cananéa, Francisco de Chaves (1500-1600), Maria Leme da Silva (1622-1705), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pedro Annes, Pero Lobo, Salvador Pires (f.0) • Temas (13): Bacaetava / Cahativa, Caminho do Mar, Cananéas, Carijós/Guaranis, Escravizados, Léguas, Nheengatu, Nossa Senhora de Montserrate, Ouro, Pela primeira vez, Peru, Prata, Serra Negra (Piedade)
• “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos 1 de janeiro de 1937, sexta-feira
O "bacharel" Méstre Cosme, recebeu em seu retiro de Iguapé, no mesmo ano de sua retirada, em 1531, a visita de Martim Affonso, feita em Agosto, ocasião em que, Francisco de Chaves acompanhando Pero Lobo, partiu chefiando a infortunada bandeira de Cananéa, e ali aguardou apenas o tempo suficiente para amadurecer a desforra projectada ás injustiças e iniqüidades que sofrera.
• “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP 1 de janeiro de 2008, terça-feira
O outro ramal foi utilizado pelo português Pero Lobo, que em 1532 foi enviado por Martim Áfonos de Sousa, com cerca de 80 indígenas para trazer riquezas do Peru. Esperava retornar dentro de 10 meses, com mais de 400 escravos carregados de ouro e prata, como se lê no diário de Pero Lopes de Sousa. [p. 62]
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25º
De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada? 1 de Setembro de 1531, terça-feira, atualizado em 04/08/2025 03:00:44 • Cidades (8): Apiaí/SP, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Iguape/SP, Piedade/SP, São Miguel Arcanjo/SP, Sete Barras/SP, Sorocaba/SP • Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580) • Pessoas (5): Bacharel de Cananéa, Francisco de Chaves (1500-1600), Henrique Montes, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pero Lobo • Temas (25): Apiassava das canoas, Assunguy, Caminho até Cananéa, Caminho do gado, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Carijós/Guaranis, Ilha de Barnabé, Maria Leme da Silva, Ouro, Peru, Prata, Rio Cubatão, Rio da Prata, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio Iguassú, Rio Paraguay, Rio Paranapanema, Rio Sorocaba, Sabarabuçu, Serra de Cubatão , Serra Negra (Piedade), Tupi-Guarani, Ytutinga
• Os seis primeiros documentos da História do Brasil, 1874. Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo (1846-1901) 1 de janeiro de 1874, quinta-feira
A 1 de setembro de 1531, de Cananéa mandou o mesmo Martim Afonso de uma tropa de quarenta besteiros e quarenta espingardeiros, de Pero Lobo, a descobrir pela terra dentro. Levou-o a dar este passo Francisco de Chaves, companheiro de João Ramalho, que se obrigou a tornar dentro de 10 meses com quatrocentos escravizados carregados de ouro e prata. Tudo quanto se sabe do destino ulterior desta expedição é que foi completamente destroçada pelos Carijós.
• “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil 1 de janeiro de 1957, terça-feira • Bacharel de Cananeia, consultado em Wikipedia 13 de março de 2023, segunda-feira • Heróis Indígena do Brasil. Memórias sinceras de uma raça. Autor: Geraldo Gustavo de Almeida 1 de janeiro de 1988, sexta-feira
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26º
Quando Martin Afonso de Souza subiu ao planalto, Domingos Luiz Grou estava casado com a filha do cacique de Carapicuíba 1532, atualizado em 25/02/2025 04:41:39 • Cidades (5): Bertioga/SP, Carapicuiba/SP, Itanhaém/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Família (4): Cacique de Carapicuíba (consogro(a)), João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580), Margarida Fernandes (genro/nora , n.1505), Piqueroby (sogro , 1480-1552) • Pessoas (4): Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Luís Grou (1500-1590), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562) • Temas (9): Caminho do Mar, Caminhos até Itanhaém, Guaianás, Jurubatuba, Geraibatiba, Rio Geribatiba, Rio Ururay, Serra de Paranapiacaba, Ururay, Porto de Santa Luzia
• “Cubatão: Caminhos da História”. Cesar Cunha Ferreira, Francisco Rodrigues Torres e Welington Ribeiro Borges 1 de janeiro de 2008, terça-feira • “Os pais de Carapicuiba”, Alex Souza 18 de setembro de 2011, domingo
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27º
Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos” 22 de janeiro de 1532, sexta-feira, atualizado em 11/10/2025 23:56:01 • Cidades (5): Itanhaém/SP, Praia Grande/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580) • Pessoas (9): Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Bacharel de Cananéa, Bartolomeu Carrasco (f.1571), Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Luís Grou (1500-1590), Giuseppe Campanaro Adorno (1504-1605), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pero Lopes de Sousa (1497-1539) • Temas (14): Açúcar, Escravizados, Estradas antigas, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Habitantes, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Morpion, Nheengatu, Pela primeira vez, Portos, Rio da Prata, Rio Piratininga
• Camara.sp.gov.br, consultado em 27 de outubro de 2017 27 de outubro de 2017, sexta-feira
Em 1532, João Ramalho se encontrou com Martim Afonso de Sousa na vila de São Vicente, também conhecida como Porto dos Escravos. Martim, que se tornaria posteriormente o primeiro donatário da Capitania de São Vicente, havia acabado de aportar na região, e estava desbravando as terras brasileiras a serviço da Coroa Portuguesa.
Foi recebido por João Ramalho e por Antônio Rodrigues, de quem pouco se sabe, além de que fora casado com uma filha de Piquerobi, o cacique de São Miguel de Ururaí, com quem teria tido muitos filhos.
Martim teria ouvido histórias de que haveria ouro e prata no alto da serra, então Ramalho decidiu guiá-lo por dentro dela por um caminho conhecido entre os índios, e hoje chamado a Trilha dos Tupiniquins.
Ramalho e Martim teriam ido em barcos a remo da Vila de São Vicente até a Piaçaguera de Baixo, local onde hoje fica de Cubatão. Depois, teriam caminhado por terras alagadas até a Piaçaguera de Cima, de onde começaram a subida da Serra de Paranapiacaba (em tupi, lugar de onde se vê o mar). Chegaram até a nascente do Rio Tamanduateí, de onde seguiram o curso da água e chegaram a um campo sem árvores, e posteriormente, a uma colina onde se localizava a Aldeia de Piratininga, local onde seria erguida a Vila de São Paulo.
• João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” 1 de janeiro de 1886, sexta-feira
Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias.
Um cronista moderno (Machado de Oliveira, Quadro Histórico da Província de São Paulo), narrando quais eram as nações nativa que habitavam o território da capitania de São Vicente, nos limites da atual província de São Paulo, guayanás, tupis, carijós, além das do sertão, e expondo que os guayanás tinham por principais chefes em serra acima, o cacique Tebyreçá, com aldeias nos campos de Pirá-tininga, e no litoral o cacique Cayubi, ou, melhor, Coká-uby, com aldeias á margem do rio Gerybatiba e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Paranapiacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, acrescentou:
"A História ainda faz menção a tribo Ururay, pertencente á confederação guayaná, ocupando um dos recantos dos campos de Pirá-tininga, e tendo por chefe o cacique Piqueroby, que déra sua filha por mulher a Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribo fundou-se a opulenta aldeia de São Miguel, que, como as outras, não escapou á comum destruição por que todas elas passaram."
Após essa narração, o mesmo cronista não deixa de mencionar o chefe das tribo Ururay, por ocasião da descida de Tebyreçá e de João Ramalho, com trezentos Sagitários, ao encontro de Martim Afonso de Souza; mas, apenas, para assignalar que foi precisa a sua anuência ao desembarque dos europeus e ao plano de bem receber os portugueses da armada.
Assim, escreveu ele que João Ramalho « tivera por companheiro nessa empreza a António Rodrigues, que aliara-se á filha de Piqueroby, chefe da tribu Uriíray^ depois de conseguir deste, à imitação do régulo de Pirá-tininga, sua anuência a favor do desembarque de Martim Affonso.
De então em diante, cronista algum dá notícia de Piqueroby. Ignora-se se recebeu o batismo; se viveu ainda muito tempo; se recusou-se á comunhão social com os portugueses. Apenas a História registra que Antonio Rodrigues, seu genro, obtivera uma sesmaria em terras fronteiras ao porto do Tumiarú, em São Vicente, e aí residia; e que na sesmarias de Pedro de Góes, segundo o respectivo título, fôra encravado o território pertencente á tribo Ururay, figurando de língua ou interprete, e testemunha, na designação das divisas, conjuntamente com João Ramalho, o mesmo já referido Antonio Rodrigues.Seja, porém, Piqueroby o mesmo Ururay, de que trata Machado de Oliveira, ou o Araray de que trata Azevedo Marques, ou seja este chefe de 1562 outro individuo, diverso dele, não é licito acusa-lo de deslealdade para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão.
Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada. O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:
"Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão".
• De Piratininga a São Paulo de Piratininga, Jornal Diário da Noite, 25.01.1964. Tito Lívio Ferreira 25 de janeiro de 1964, sábado
A 22 de janeiro de 1532, Martim Afonso de Sousa presidiu em São Vicente as primeiras eleições populares realizadas nas Américas e instala a primeira Câmara Municipal, ou seja, primeira Câmara de vereadores no Novo Mundo.
• Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira* 1 de dezembro de 1896, terça-feira
22 de janeiro de 1532, junto á costa oriental da Ilha Indua-guassú - hoje São Vicente - ancorou Martim Afonso a sua armada que havia zarpado de Lisboa a 3 de Dezembro de 1530. Assombrados os nativos pescadores com a perspectiva das náos e temerosos da sua apropriação á costa, retraiam-se a seus alojamentos, pondo de sobre aviso a Cayubi que cauteloso foi logo dar fé desse acontecimento.
Explorado o litoral destas ilhas, e escolhido o da barra da Bertioga como o mais adequado para o desembarque de Martim Afonso e seu séquito, e depois de alijada a gente em terra com promptião, edificou-se na ilha de Santo Amaro em proximidades da barra, uma casa forte tanto para proteger o desembarque, como para alojar a gente que fosse posta em terra, e defende-la assim dos acometimentos das tribos selvagens, cuja existência era ali revelada pelos nativos que foram vistos á aproximação da armada.Concluída a obra e depois de se lhe assestar a artilharia que podia comportar, foi guarnecida de força armada, tomando-se necessário atitude em prevenção a qualquer eventualidade.
E porque toda essa lida fosse ás ocultas espreitada pelos nativos do litoral, chegou isso aos conhecimento de Tebyreçá nos campos de Piratininga, que sem demora fez reunir toda a gente de guerra que lhe sera sujeita, dispondo a partir para a marinha com o fim de repelir o ingresso dos invasores. [Página 574]
• “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
Era óbvio que desde o início do povoamento do Brasil pelos civilizados europeus, o ferro e as atividades de ferreiro seriam de grande importância e imprescindíveis para atender suas solicitações mínimas de bem estar, de produção e defesa.
Já na Expedição de Martim Afonso de Souza, ao desembarcar na barra do Tumiaru, em praias Vicentinas, a 22 de janeiro de 1532, para dar início ao povoamento do Estado do Brasil, deparamos com Bartolomeu Gonçalves, também mais conhecido por Mestre Bartolomeu Fernandes e ainda tratado e respondendo pela alcunha de Bartolomeu Carrasco, ferreiro contratado no Reino para atender, por dois anos, os reclamos de obras de ferro da armada e dos integrantes dêsse primeiro estabelecimento luso em solo brasileiro. A alcunha de “Carrasco”, no ambiente Vicentino de então, era designativa do ofício de ferreiro.
Mestre Bartolomeu prestou valiosos serviços na fundação de Santos e, afeiçoando-se à nova terra, veio, após cumprir o prazo de sua contratação, fixar-se, para sempre, nos Campos de Piratininga — peixe sêco —, tornando-se um dos seus primei-os povoadores e Senhor de grande trato de terras nas bandas de Jeribatuba — sítio dos Jiribás —, às margens do rio dêste nome, hoje conhecido por Pinheiros, então encravado nos domínios do grande Cacique Caiubi.
Tudo indica que Mestre Bartolomeu, falecido em torno de 1566, não só deixou descendência ativa, que também se devotou à sua arte produzindo pequenos artefatos de ferro comerciados ao longo do Jurubatuba, do Anhembi e do Tamanduateí, mas ainda instalou forja à margem esquerda do Jurubatuba, cuja existência, em 1554, foi citada por Anchieta, que mais tarde, em torno de 1560, fundou, nas suas proximidades, a aldeia de Santo Amaro. [p. 1]
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28º
Ramalho aproxima-se á Jerybatuba três dias depois da chegada de Martim Afonso á Bertioga 25 de janeiro de 1532, segunda-feira, atualizado em 25/02/2025 04:46:42 • Cidades (5): Bertioga/SP, Itanhaém/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Família (2): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580), Piqueroby (sogro , 1480-1552) • Pessoas (3): Caiubi, senhor de Geribatiba, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Domingos Luís Grou (1500-1590) • Temas (7): Guaianás, Guaianase de Piratininga, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Piratininga, Guaimbé, Tupis
• Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira* 1 de dezembro de 1896, terça-feira
João Ramalho aproximou-se á Martim Afonso em 25 de janeiro de 1532, três dias depois de sua chegada á Bertioga, e quase ao ponto em Cayubi, coadjuvado pelos Tupys e Itanhaens, ia investir o forte que ali se fizera de improviso; detém a este cacique em seu rompimento, anunciando-lhe que era essa a vontade do régulo, e caminha afouto e abertamente para o forte á frente dos trezentos sagitários de Piratininga, e das tribos que a esse tempo estavam reunidas na ilha do Guaymbê.
• João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” 1 de janeiro de 1886, sexta-feira
Um cronista "moderno", José Joaquim Machado de Oliveira (1790-1867), narrando quais eram as nações nativa que habitavam o território da capitania de São Vicente, nos limites da atual província de São Paulo, guayanás, tupis, carijós, além das do sertão, e expondo que os guayanás tinham por principais chefes em serra acima, o cacique Tebyreçá, com aldeias nos campos de Pirá-tininga, e no litoral o cacique Cayubi, ou, melhor, Cahá-uby, com aldeias á margem do rio Gerybatiba e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Paranapiacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, acrescentou:
"A História ainda faz menção a tribo Ururay, pertencente á confederação guayaná, ocupando um dos recantos dos campos de Pirá-tininga, e tendo por chefe o cacique Piqueroby, que déra sua filha por mulher a Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribo fundou-se a opulenta aldeia de São Miguel, que, como as outras, não escapou á comum destruição por que todas elas passaram."
Após essa narração, o mesmo cronista não deixa de mencionar o chefe das tribo Ururay, por ocasião da descida de Tebyreçá e de João Ramalho, com trezentos sagitários, ao encontro de Martim Afonso de Souza: mas, apenas, para assinalar que foi precisa a sua anuência ao plano de bem receber os portugueses da armada.
Assim escreveu ele que João Ramalho "tivera por companheiro nessa empresa a Antonio Rodrigues, que aliara-se á filha de Piqueroby, chefe da tribo Ururay, depois de conseguir deste, á imitação do régulo de Pirá-tininga, sua anuência a favor do desembarque de Martim Afonso".
então em diante, cronista algum dá notícia de Piqueroby. Ignora-se se recebeu o batismo; se viveu ainda muito tempo; se recusou-se á comunhão social com os portugueses. Apenas a História registra que Antonio Rodrigues, seu genro, obtivera uma sesmaria em terras fronteiras ao porto do Tumiarú, em São Vicente, e aí residia; e que na sesmarias de Pedro de Góes, segundo o respectivo título, fôra encravado o território pertencente á tribo Ururay, figurando de língua ou interprete, e testemunha, na designação das divisas, conjuntamente com João Ramalho, o mesmo já referido Antonio Rodrigues.Seja, porém, Piqueroby o mesmo Ururay, de que trata Machado de Oliveira, ou o Araray de que trata Azevedo Marques, ou seja este chefe de 1562 outro individuo, diverso dele, não é licito acusa-lo de deslealdade para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão.
Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada. O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:
"Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão".
• Publicação Oficial de Documentos Interessantes para a História e Costumes de São Paulo. Vol. IV 1 de janeiro de 1896, quarta-feira
• A fazenda geral dos jesuítas e o monopólio da passagem do Cubatão: 1553-1748, 2008. Francisco Rodrigues Torres 1 de janeiro de 2008, terça-feira
O primeiro porto fluvial que se tem notícia, na região, foi o denominado Peaçaba ou Piaçaguera, no rio Mogi. Exatamente nesse ponto, em 1532, Martim Afonso se encontrou com João Ramalho para subirem a serra do Cubatão. Ramalho serviu de guia e língua da terra nesse episódio. Posteriormente o porto que teve seu movimento intensificado, a partir de 1560, foi o porto das Almadias.
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30º
Martim Afonso concede sesmarias 10 de outubro de 1532, segunda-feira, atualizado em 09/10/2025 02:21:09 • Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Família (3): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592), João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580), Piqueroby (sogro , 1480-1552) • Pessoas (7): Antonio de Aguiar Barriga (1600-1655), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Luís Grou (1500-1590), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pero (Pedro) de Góes, Pero Capico • Temas (30): “o Rio Grande”, Apiassava das canoas, Cachoeiras, Caminho de Piratininga, Caminho do gado, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Colinas, Estradas antigas, Fidalgos "Filhos de algo", Goayaó, Grunstein (pedra verde), Itapeva (Serra de São Francisco), Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Lagoa Dourada, Léguas, Mequeriby, Nheengatu, O Sol, Piaçaguera, Rio Geribatiba, Rio Goyaó, Rio Mogy, Rio Pinheiros, Rio Pirajibú, São Paulo de Piratininga, Serra de Cubatão , Taperovira, Ururay
• S. Paulo nos primeiros anos: 1554-1601 (1920) Affonso d´Escraqnolle Taunay 1 de janeiro de 1920, quinta-feira
O mais antigo trilho que ligava os campos piratininganos ao altiplano, era aquele que imemoravelmente se serviam os nativos. Por ele subiu Martim Afonso de Souza quando em 1532 visitou o planalto em companhia de João Ramalho.
Em 1553 rasgava-se nova estrada feitos pelos nativos sob a direção de Anchieta. Mandado preferir ao primeiro, por ordem de Mem de Sá, diz Azevedo Marques, teve por muito tempo o nome de Caminho do Padre José.[Páginas 179 e 180]
• “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800) 1 de janeiro de 1797, domingo
Nesta viagem não basta chegar-se ao pico, para se ter dado fim às subidas, e vêem-se os caminhantes obrigados a continuá-las, quando as reputam acabadas; porque os cumes dos outeiros servem de base a outros montes, que adiante se seguem, e assim vão prosseguindo, de sorte que é necessário aos viajantes caminharem, como quem sobe por degraus de escadas. Vencido finalmente, este caminho, talvez o pior, que tem no mundo, chegou Martim Afonso ao campo de Piratininga, onde se achava aos 10 de outubro de 1532, e ali assinou nesse dia a Sesmaria de Pedro do Góis, lavrada por Pero Capico, escrivão de el-Rei. Examinou o terreno, quanto lhe foi possível, do qual formou idéia muito vantajosa; mas por isso mesmo, tanto que se recolheu à Vila de S. Vicente, deu uma providência digníssima da sua alta compreensão, ordenando que nem a resgatar com os índios pudessem ir brancos ao campo sem sua licença, ou dos capitães seus loco-tenentes, a qual se daria com muita circunspeção, e unicamente a sujeitos bem morigerados. Desta regra generalíssima só foi excetuado João Ramalho o qual veio situar-se meia légua distante da Borda do Campo no lugar onde hoje existe a Capela de S. Bernardo.
• João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” 1 de janeiro de 1886, sexta-feira
Sesmaria de Pedro de Góes
Martim Afonso de Souza, do conselho de El-Rei Nosso Senhor, governador destas terras do Brasil, etc. Faço saber aos que esta minha carta virem, que havendo respeito em como Pedro Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, serviu muito bem Sua Alteza nestas partes e assim ficar nesta terra para povoador, que com ajuda de Nosso Senhor ficará povoando.
Eu hei por bem de lhe dar e doar as terras de Taquararira com a serra de Taperovira que está da banda d´onde nasce o sol com águas vertentes com o rio Jarabatyba, o qual rio e terras estão defronte da ilha de São Vicente donde chamam Gohayó, a qual terra subirá para serra acima té o cume e dai a buscar o Capetevar, e dai virá entestar com o rio adiante que está da banda norte e por ele abaixo até Ygoar por terra em outro rio que tem ali outeiro e dai tornará a um pinhal que está na banda do campo Gioapê e dai virá pelo caminho que vem de Piratininga a entestar com a serra que está sobre o mar e dai por uma ribeira que vem pelo pé da serra que chamam Mamoré e dai dentro ao pé da serra de Ururay e virá dentro por este rio a entestar com a ilha de Caramacoara e então pelo rio São Vicente tornará a entestar com a dita serra de Taperovira donde começou a partir, e assim os outeiros e cabeças d´águas e todas as entradas e saídas das ditas terras, por virtude de uma doação que para isso tem de El-Rei Nosso Senhor.....
E por virtude da qual doação lhe dou as ditas terras, as quais serão para ele dito Pedro de Góes e para todos os seus descendentes, com declaração que ele as aproveite nesses dois anos primeiro seguintes e, não o fazendo, as suas ditas terras ficarão devolutas para delas fazer aquilo que me bem parecer; e as ditas terras serão forras e isentas sem pagarem nem uns direitos, somente dizimo a Deus: e por este mando que logo seja metido de posse das ditas terras, e esta será registrada no livro do tombo que para isso mandei fazer. Dada em Piratininga a 10 de outubro de 1532. Pedro Capico, escrivão de El-Rei Nosso Senhor e das sobreditas terras o fez. E porquanto aqui não faz declaração onde vão entestar sobre a serra que vem sobre o mar, entender-se-a desde a ponta da serra é uma quebrada, que assim faz por onde Francisco Pinto parte e todo ele com esta.
Saibam quanto este publico instrumento de posse virem, em como, no ano de 1532, dia 15 de outubro, e em a ilha de São Vicente, dentro da fortaleza, por Pedro de Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, foi apresentada a mim escrivão ao diante nomeado uma carta de doação de certas terras que mui magnifico Senhor Martim Afonso de Souza, do conselho de El-Rei Nosso Senhor, governador em todas estas terras do Brazil, e levei comigo a João Ramalho e Antonio Rodrigues, línguas destas terras, já de quinze e vinte anos estantes nesta terra, e conforme o que eles juraram assim fiz o assento, como mais largamento se verá pelo livro do tombo que o dito governador para isso mandou fazer, e com meu poder o meti de posse delas ao dito Pedro de Góes de todas as terras que na carta faz menção, e lhe meti nas suas mãos terra, pedra, paus e ramos de árvores que das ditas terras tomei e pela qual o dei por empossado e dou deste dia para todo o sempre tão solenemente como o direito se pode fazer, e lhe publiquei e notifiquei a doação de El-Rei Nosso Senhor e assim as condições dela para que em nem um tempo possa alegar ignorância, e ele dito Pedro de Góes aceitou a dita posse e se deu por empossado e ficou de cumprir as ditas condições que as hei por declaradas como se claramente as especificasse. Testemunhas que a tudo foram presentes o sobredito João Ramalho, Antonio Rodrigues e Pedro Gonçalves que veio por homem de armas nesta armada, que veio por capitão-mór o dito Senhor Governador, as quais assinaram no livro do tombo comigo escrivão. Em testemunho de verdade, eu como publico escrivão da Fazenda de El-Rei Nosso Senhor e destas sobreditas terras e tabelião público pelo dito Senhor fiz este instrumento; e traslado do sobredito tombo aquelas cláusulas e forças necessárias para dar tudo por instrumento ao dito Pedro de Góes, feito em Yrarabul, onde ora tem feito por virtude da dita posse o dito Pedro de Góes uns tijupares, e o assinei de meu publico sinal que tal é. [“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 1886. João Mendes de Almeida (1831-1898). Páginas 223, 224, 225 e 226]
A história do Brasil refere, entre inumeros outros nomes de chefes, Uirá (tatú-bola), Pirá-uassú (baleia), Ita-gi (machado de pedra), Inajá-guassú (palmeira grande), Acayu-miry (cajú pequeno), Lavara-eté (onça), Metara-uby (pedra verde); e, da capitania de São Vicente, Tebyreçá ou Terbir´-içá (formiga daninha), e Cahá-uby (mato verde, ou floresta).
O nome Piquiroby, assim escrito nas cronicas, não é senão Pi-kì-yrob, "pinheiro". Pi, "pele ou casca", ki, "espinho, ou ponta aguda", yrob, "amargo": "árvore de casca amarga e folhas agudas". Parece que não há outra explicação; tanto considerados os motivos que passamos a expor. Ou, quem sabe, seria Pi-cury-oby?.
A aldeia Ururay, cujo era chefe ou maiorial Piquiroby, estava situada, segundo cronistas, em um recanto dos campos de Pitá-tininga. Não podia deixar de ser á margem de um rio Pi-kì-yrob, cujo nome aparece corrompido em Maqueroby, nas notas que, em 1674, o padre Lourenço Craveiro, reitor do Colégio da Companhia de Jesus em São Paulo, escreveu sobre o título de sesmarias de Pedro de Góes; e esse rio era assim denominado, por correrem suas águas entre extensos pinhais, até entrar no rio Anhemby (Tieté).
A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay. [“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 1886. João Mendes de Almeida (1831-1898). Página 328]
O primeiro título declara: "... pelo caminho de Piratininga (caminho velho do mar para São Paulo) a entestar com a serra que está sobre o mar (Paranapiacaba) e dai por uma ribeira que vem pelo pé da serra que chamam Maroré e dai dentro no pé da serra de Ururay, e virá dentro por este rio a entestar com a ilha Caramoacara (a que está na barra do rio Cubatão, onde vem dar a ribeira Ururay) ... " [“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 1886. João Mendes de Almeida (1831-1898). Página 352]
• “Braz Cubas”, Francisco Corrêa de Almeida Moraes 1 de janeiro de 1907, terça-feira
Braz Cubas obteve do donatário Martim Afonso de Souza, por carta de sesmaria, terras em campos de Piratininga, o que é confirmado pelo erudito Dr. Theodoro de Sampaio, nos seguintes termos: "Bras Cubas, o fundador de Santos, o homem que todos os cargos elevados da Capitania ocupou, o genio operoso e bemfazejo nesse período da história da Colonia, tinha já obtido a sua data de terras nas vizinhanças do Colégio. [Página 11]
• Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XIV 1 de janeiro de 1909, sexta-feira
Antes, porém, de transcrevermos os trechos daquela sesmaria, devemos declarar que encontramos no convento do Carmo de Santos, num maço de documentos que serviram a frei Gaspar para documentação de seus trabalhos históricos, os autos do processo que Braz Cubas, intentou contra os herdeiros de Pedro de Góes, a respeito dessa sesmaria que ai vem na íntegra, mas que difere, na parte referente ás linhas divisórias com o que vem transcrito nos Apontamentos de Azevedo Marques.
Segundo este último escritor, a sesmaria de Pedro de Góes foi concedida com a seguinte confrontação...
"Hei por bem lhe dar e doar as terras de Taquararira com a serra da Taperovira que está da banda onde nasce o sol com as águas vertentes com o rio Jarabativa, o qual rio e terras estão defronte a ilha de São Vicente donde chamam Goyayo, a qual terra subirá para a serra acima até o cume e dai a buscar o Capetevar, e dai virá entestar com o rio adiante que está da banda norte e por ele abaixo até ygoar por terra em outro rio que tem ai o outeiro e dai tornará dentro a um pinhal que está da banda do campo Gioapê e dai virá pelo caminho que vem de Piratininga, e entestar com a serra que está sobre o mar e dai por uma ribeira que vem pelo pé da serra que chamam Mororê e dai dentro no pé da serra de Ururay e virá dentro por este rio a entestar com a ilha Caramacoara e então pelo rio São Vicente a entestar coma dita serra de Taperovira donde começou a partir..."
No manuscrito de Frei Gaspar, vem descrito do seguinte modo:
"... Hei por bem dar e doar as terras de Taquaraopara como será de Tapirovira que está da banda donde nasce o sol com as águas vertentes com o rio Geribatiba, o qual rio e terras estão defronte da ilha de São Vicente onde chama Guassú a qual terra sairá por a serra acima até ao cume, e dai embeiçará com o Poterim e dai virá entestar com o rio adiante que está da banda do norte e por ele abaixo até yguar por terra com outro rio que tem ai o outeiro, dai tornará dentro a um pinhal que está dentro do campo Ijabapé, dai virá pelo caminho que vem de Piratininga entestar com a serra que está sobre o mar e dai por uma ribeira que vem pelo pé da serra que chamam Mororé e ai dentro ao pé da serra Ruirinai e virá dentro por este rio a entestar com a ilha Caramaquera e então pelo rio São Vicente tornará e entestar com a dita serra de Tapirovira donde começou a partir..."
O donatário fizera, concessão a Pedro de Góes das terras de Taquararira, situadas entre a ilha de São Vicente ou Guassú (Engaguassú) e o rio Jabaratyba como vem nos Apontamentos ou Geribatiba como reza o manuscrito e cuja grafia hoje é Jurubatuba também chamado Rio Grande ou Pinheiros.
O ponto inicial das divisas é a barra do rio Jurubatuba de Santos, bem distinto do outro de igual nome afluindo para as águas salgados no largo de Santa Rita. Dai ela subia pela serra da Taquararíra deixando á esquerda o vale do Quilombo e as águas de Jurubatuba. Ao chegar ao alto da serra do Paranápiacaba"ia buscar o Capetevar" ou embeiçar para o Poteriu, que pela disposição topográfica local deve ser o ponto mais alto do contraforte denominado Mourão, que como se sabe pe por onde desce a linha Inglesa e cuja maior elevação fica fronteira á estação do Alto da Serra.
Desse ponto a "entestar com o rio que está da banda do norte" (está da banda e não que core nesse rumo) o que é perfeitamente aplicável ao outro Jurubatuba atualmente conhecido com o nome de Grande ou Pinheiros. Segue por esse rio "abaixo até ygoar (?) por terra (?) em outra que tem ai o outeiro". O termo igoar ou ygoar, aparece ai talvez por erro do próprio original visto as duas cópias serem iguais.
No antigo português igoar era o termo que depois modificou-se para igualar, mas nesse sentido aquela palavra não teria cabimento, porque o outeiro maior que ai existe (Ponto Alto) não margeia rio algum que nesse ponto faça barra no Jurubatuba e com o qual pudesse ser comparado.
É verdade que esse outeiro serve de cabeceira ao rio dos Couros a que nessa época se dava o nome de Tamandatiiba, mas mesmo que se queira dar ao termo igoar a significação de frontear, as palavras "por terra" ficam sem sentido.
Quererá se referir ao rio Pequeno cuja confluência no Jurubatuba se dá cerca de uma légua do ponto onde esta rio fronteia o Ponto Alto.
É porém, certo que de um ponto qualquer do tio ela "tornaria dentro a um pinhal que está dentro do campo Gioapé" ou Ijabapé e que combinam ser os mesmos pinheiros de que fazem menção as sesmarias dos jesuítas e de mestre Bartholomeu, a que nos temos referido.
Dos "pinhais" seguia pelo caminho velho de Piratininga que como já vimos atrás quando nos referimos a sesmaria de Amador de Medeiros, passava pelo Ponto Alto, atravessando depois, dentre esse ponto e o pinhal, porém, muito próximo a este, o rio Jurubatuba.
Deste rio para diante, o caminho seguia em região de campo até a vizinhança da serra de Poço onde entrava na zona da mata que atravessava numa garganta entre essa mesma serra e a outra elevação denominada serra do Cubatão. Ai ganhava as cabeceira do ribeirão Perequê pelo qual descia até o porto das Armadias ou de Santa Cruz.
Frei Gaspar diz que entrava-se pelo "esteiro chamado Piraique o qual faz confluência com o rio Cubatão Geral pouco acima da ilha do Teixeira ... hoje chamam-lhe Piassaguera, nome composto do substantivo piassava que significa "porto" e do adjetivo áquera, "coisa velha" ou para melhor dizer "antiquada".
Essa anotação de Frei Gaspar fez com que Cândido Mendes e outros escritores pretendessem que o Piassaguera é o rio Mogy e que a estrada antiga atingisse o alto da serra pelo mesmo vale por onde hoje sobe a São Paulo Railway. [Páginas 13 e 14]
Se fosse o seu primitivo traçado, grande necessidade teria sido a de Mem de Sá transferindo-a para o vale do rio das Pedras. O próprio frei Gaspar querendo encarecer a impraticabilidade da serra diz que aquele talvez fosse o por caminho que tem o mundo, enquanto que os ingleses, trezentos anos depois, escolheram como única vereda por onde podiam levar a sua estrada de ferro o mesmo vale que não podia ser palmilhado pelos raros pedestres daquela época.
Demais, que razão poderosa poderia haver para forçar uma volta tão grande?
Felizmente ai está a sesmaria de Pedro de Góes cuja demarcação poderá se transformar em enigma aos que quiserem traçal-a pelo vale do Mogy. Felizmente subisse como magnífico atestado da sua existência o leito antigo da primitiva estrada, em parte francamente visível no campo Ijabapé hoje do Zanzalá, com seus profundos sulcos, alguns de mais de dois metros de profundidade e onde como padrão de sua antiguidade aparecem, no centro do caminho, madeiras de aparência tri-secular, como passareira, com diâmetro de cinquenta centímetros.
Por ela ainda transitam peças de gado que se desgarram das boiadas em Santos e que atingem o campo pelo vale do Perequê.
Além desta provas, poderemos apresentar uma outra e de cunho científico, assinalada num mapa raro pertencente hoje á Biblioteca Pública do Pará e confeccionado pelo cosmógrafo João Teixeira em 1640 e denominada - Descrição de todo o marítimo da terra de Santa Cruz, chamado vulgarmente o Brasil.
Nesse trabalho e na folha que corresponde ao porto de Santos, se vê assinalado em posição que se identifica perfeitamente a do Perequê, um ribeirão que traz a legenda de Esteiro do João Ramalho.
Do porto das Armadias, a linha perimétrica da esmaria continuava pelo Ururay ou Cubatão até a ilha deCaramaquara ou atual Casqueirinho, de onde pelo rio São Vicente seguia até o ponto inicial.
Antes de passarmos as divisas da sesmaria de Bras Cubas, voltaremos ainda um instante ao caminho velho para fizermos que das margens do Jurubatuba até as proximidades do Zanzalá, ele ia ora paralelo, ora cruzando os pontos atualmente seguidos pela estrada do Vergueiro. Dai para diante, seguia em direção diferente para procurar a garganta da serra do Poço. [Página 15]
• “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos 1 de janeiro de 1937, sexta-feira
Pero Capico, na Carta de Sesmaria e Auto de posse das terras de Pero de Góes, em 1532, diz o seguinte:
"... fui eu escrivão ás ditas terras com o dito Pedro de Góes e lhas divisei e demarquei, puz todos os nómes das mais terras e confrontações, E LEVEI COMMIGO A JOÃO RAMALHO E ANTONIO RODRIGUES, LÍNGUAS DESTA TERRA, Já DE QUINZE E VINTE ANNOS ESTANTES NESTA TERRA, e conforme o que elles juraram assim fiz o assento."
• História das missões orientais do Uruguai. Aurélio Pôrto. 1 de janeiro de 1954, sexta-feira • “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil 1 de janeiro de 1957, terça-feira
A outra vila, feita a nove léguas do litoral para o sertão, à borda de um rio que se chamava Piratininga, mencionada por Pero Lopes de Sousa, nem sequer se lhe indicou o nome, nem foi ela posta sob invocação religiosa, numa época em que o intenso fervor católico dava nome de “santos” a todos os acidentes geográficos do litoral e do interior nos descobrimentos feitos.
Apesar de investigações cuidadosas e de minuciosos exames locais, até agora não se sabe onde tal vila foi situada, ou mesmo se foi situada; o rio Piratininga jamais foi identificado, e com esse nome talvez não tivesse existido rio algum.
Piratininga (nenhuma etimologia satisfatória para essa palavra), era uma região situada no planalto. A Câmara da Vila de S. Paulo, que às vezes se denominava “S. Paulo do Campo”, “S. Paulo de Piratininga”, “S. Paulo do Campo de Piratininga”, concedeu datas de terras em “Piratininga, termo desta vila” no “caminho de Piratininga”, “indo para Piratininga”, “no caminho que desta vila vai para Piratininga” etc. (Atas da Câmara de S. Paulo, vol. 3.º, pág. 168, Registro Geral, vol. 1.º, págs. 10, 72, 88, 98, 100, 108, 129, 283).
“Índios de Piratininga”, qualificam as sesmarias de terras concedidas aos índios de Pinheiros e aos de S. Miguel de Ururaí, por Jerônimo Leitão em 12 de outubro de 1580 (Reg. Geral, vol. 1º, pág. 354), o que não deixa a menor dúvida que Piratininga estendia-se desde Carapicuíba, incluindo Pinheiros, até Ururaí. Piratininga era, pois, uma vasta região do campo vagamente indicada no planalto.
É por isso que, em Piratininga, sem que se fizesse menção da qualidade de vila, como era de uso nesses documentos, foi concedida à sesmaria de Pero de Góis, sendo a respectiva posse dada alguns dias depois na ilha de S. Vicente. Martim Afonso teria nessa ocasião chegado até a morada, a povoação de João Ramalho, pela vereda de índios que, então, ligava o planalto ao litoral. Aí nessa zona, nos campos de Piratininga, vizinhos da sesmaria de Ururaí, por Jaguaporecuba, não se sabe bem onde, já afeiçoado aos costumes da terra, João Ramalho vivia maritalmente com filhas de morubixabas, tendo numerosa descendência e dispondo de grande influência sobre Tibiriçá e outros.
Martim Afonso, quando de S. Vicente subiu ao Planalto, reconheceu talvez que a povoação de João Ramalho constituiria um posto avançado de importância no caminho, que por ela passava, trilhado pelos índios, e que ia até o Paraguai, onde se imaginavam situadas as fabulosas minas que ele procurava, pelo sertão adentro, desde o Rio de Janeiro e de Cananéia. Por esse caminho transitaria mais tarde Ulrico Schmidt.
Foi a pretensa vila a que se referiu a complacência de Pero Lopes, foi o lugar que Martim Afonso primeiro povoou segundo se escreveu mais tarde. [Páginas 101 e 102]
• “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP 1 de janeiro de 2008, terça-feira
Entretanto, este não foi o espírito da sesmaria implantada no Brasil. O que havia de comum entre as duas era apenas a existência de uma terra sem aproveitamento, inexplorada.
A sesmaria doada a Pero de Góes era vasta, começando no litoral, no rio Jurubatuba, próximo à atual Piaçaguera, subia a serra, alcançando um rio da banda norte [Anhemby/Tietê], indo até um pinhal na banda do campo do Guapé [localização incerta], alcançando o caminho que vem de Piratininga [caminho velho do mar], passando pela serra de Taperovi, na serra do Mar, até chegar no rio de São Vicente.
Se o proprietário não a utilizasse no prazo de dois anos, o donatário poderia “dar aoutras pessoas que as aproveitem”, rezava o termo de doação537. Esta cessão foi passada em Piratininga, a 10 de outubro de 1532, sendo testemunhas João Ramalho e Antonio Rodrigues, “línguas desta terra já de quinze e vinte annos estantes nesta terra” e Pedro Gonçalves, homem d´armas da expedição vicentina.
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31º
Martim Afonso de Sousa concedeu uma sesmaria a João Ramalho / Ele informa sobre o "Caminho do Peabiru" 12 de outubro de 1532, quarta-feira, atualizado em 25/02/2025 04:41:35 • Cidades (3): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580) • Pessoas (4): Bacharel de Cananéa, Antônio Rodrigues de Almeida (Cap.) (1520-1567), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Pero (Pedro) de Góes • Temas (3): Caminho do Peabiru, Ouro, Tupinambás
• João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” 1 de janeiro de 1886, sexta-feira
Saibam quanto este publico instrumento de posse virem, em como, no ano de 1532, dia 15 de outubro, e em a ilha de São Vicente, dentro da fortaleza, por Pedro de Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, foi apresentada a mim escrivão ao diante nomeado uma carta de doação de certas terras que mui magnifico Senhor Martim Afonso de Souza, do conselho de El-Rei Nosso Senhor, governador em todas estas terras do Brazil, e levei comigo a João Ramalho e Antonio Rodrigues, línguas destas terras, já de quinze e vinte anos estantes nesta terra, e conforme o que eles juraram assim fiz o assento, como mais largamento se verá pelo livro do tombo que o dito governador para isso mandou fazer, e com meu poder o meti de posse delas ao dito Pedro de Góes de todas as terras que na carta faz menção, e lhe meti nas suas mãos terra, pedra, paus e ramos de árvores que das ditas terras tomei e pela qual o dei por empossado e dou deste dia para todo o sempre tão solenemente como o direito se pode fazer, e lhe publiquei e notifiquei a doação de El-Rei Nosso Senhor e assim as condições dela para que em nem um tempo possa alegar ignorância, e ele dito Pedro de Góes aceitou a dita posse e se deu por empossado e ficou de cumprir as ditas condições que as hei por declaradas como se claramente as especificasse. Testemunhas que a tudo foram presentes o sobredito João Ramalho, Antonio Rodrigues e Pedro Gonçalves que veio por homem de armas nesta armada, que veio por capitão-mór o dito Senhor Governador, as quais assinaram no livro do tombo comigo escrivão. Em testemunho de verdade, eu como publico escrivão da Fazenda de El-Rei Nosso Senhor e destas sobreditas terras e tabelião público pelo dito Senhor fiz este instrumento; e traslado do sobredito tombo aquelas cláusulas e forças necessárias para dar tudo por instrumento ao dito Pedro de Góes, feito em Yrarabul, onde ora tem feito por virtude da dita posse o dito Pedro de Góes uns tijupares, e o assinei de meu publico sinal que tal é. [Páginas 223, 224, 225 e 226]
• Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte, 1949 1 de janeiro de 1949, sábado
Flz 17 vem o Auto de posse desta terra, o qual diz assim. Saibam quantos este instrumento de posse virem, como ano de 1532, dia 15 de outubro em a Ilha de São Vicente dentro da Fortaleza por Pedro de Góes Fidalgo da Casa del Rel nosso Senhor fora apresentada a mim Escrivão ao diante nomeado uma Carta de Doação de certas terras, que o mui magnífico o Senhor Martim Afonso de Souza do Concelho del Rei nosso Senhor e Governador em todas estas terras do Brasil ao dito Pedro de Góes por virtude de um poder, que para isso lhe deu Sua Alteza, as quais terras se chamam TIQUAPARA, e a serra de Tabuybytera, que está da banda, donde nasce o sol, águas vertentes no Rio de Geribatiba. [Páginas 232 e 233]
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33º
Hoje não resta dúvida de que o fundador do primeiro núcleo de povoação em Piratininga foi Martim Afonso de Souza 30 de novembro de 1532, quarta-feira, atualizado em 25/02/2025 04:38:53 • Cidades (3): Potosí/BOL, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Família (1): Piqueroby (sogro , 1480-1552) • Pessoas (3): Caiubi, senhor de Geribatiba, Lopo Dias Machado (1515-1609), Martim Afonso de Sousa (1500-1564) • Temas (9): Caminho do gado, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Ouro, São Paulo de Piratininga, Ururay, Vila de Santo André da Borda, Rio Piratininga, Mequeriby
• João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” 1 de janeiro de 1886, sexta-feira
A tribo Ururay ocuparia o território desde o vale de Ururay, da banda do norte, na serra de Paranapiacaba, seguindo o curso do Piquiroby (ora Rio Grande até que, encontrando o Rio Pequeno, toma o nome dos Pinheiros), a afluir no Anhemby (Tieté). A aldeia, portanto estaria á margem do Piquiroby, mais adiante, no vale de Ururay.
Alguns chronistas referem que os indigenas desta aldea foram transferidos posteriormente para S. Miguel que por isso foi denominado de Ururay; sendo capitão-mór, loco-tenente do então donatário Lopo de Souza, Jeronymo Leitão, o qual «concedeu-lhes terras por uma só sesmaria lavrada aos 12 de Outubro de 1580, na qual consignou aos Índios dos Pinheiros seis léguas em quadro na paragem chamada Carapicuiva, e outras tantas aos de S. Miguel em Ururay.
Parece que a antiga aldeia de Ururay de 1531, fora fraccionada em duas, logo que João Ramalho edificou a villa de Santo André e que os padres da Companhia de Jesus, fazendo demolir esta, fundaram a de S. Paulo, 1554 — 1560; pois que o titulo da sesmaria de 12 de Outubro de 1580 os presuppõe já estabelecidos nos dous lugares, Pinheiros e S. Miguel. E tanto mais provável é isso, quanto é sabido o costume dos indigenas de não manterem suas aldeãs muitos anos, no mesmo lugar.
Também Pedro Taques, Nobiliarchia Paulistana, na Revista do Instituto Histórico, Geográfico e Ethnographico do Brazil, XXXIV, parte primeira, página 31, referindo-se a João Pires, bisneto de Piqueroby, escreveu:
"Foi abundante em cabedaes, com estabelecimento de uma grandiosa fazenda de terras de cultura em uma légua de testada até o rio Macoroby, que lhe foi concedida de sesmaria em 1610, com o seu sertão para a serra de Juquery."
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34º
Caminho da Serra dezembro de 1532, atualizado em 31/05/2025 23:59:22 • Cidades (5): Carapicuiba/SP, Jundiaí/SP, Piracicaba/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580) • Pessoas (3): Domingos Luís Grou (1500-1590), João Capistrano Honório de Abreu (46 anos), Martim Afonso de Sousa (1500-1564) • Temas (12): Cachoeiras, Caminho do gado, Caminho do Mar, Estradas antigas, Léguas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Jundiaí, Rio Juquiri, Rio Paraná, Rio Pinheiros, Rio Piracicaba, Rio Sorocaba
• Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II, 1883. Capistrano de Abreu (1853-1923) 1 de janeiro de 1883, segunda-feira
Os Paulistas começaram a descer o Tietê desde os primeiros tempos, provavelmente antes do meiado do seculo XVI. Uns foram subindo pelos seus afluentes, Juquiry, Jundiahy, Piracicaba, Sorocaba. Outros foram até o Paraná.
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35º
Martim Afonso retorna a Cananéia descobre que Cosme sumiu; parte p/ São Vicente janeiro de 1533, atualizado em 13/02/2025 06:42:31 • Cidades (3): Cananéia/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580) • Pessoas (2): Bacharel de Cananéa, Martim Afonso de Sousa (1500-1564) • Temas (1): Ouro
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36º
Meste Bartholomeu frequentara estas paragens 1535, atualizado em 25/02/2025 04:40:03 • Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, Santo Amaro/SP, Sorocaba/SP • Família (1): Afonso Sardinha, o Velho (neto* , 1531-1616) • Pessoas (1): Domingos Luís Grou (1500-1590) • Temas (2): Metalurgia e siderurgia, Montanha Sagrada DO Araçoiaba
• “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
Sendo certo que Meste Bartholomeu frequentara estas paragens de 1535 a 1566, é admissível, que sua curiosidade, habilidade de improvisação e conhecimento da arte aliadas ao fato de que também se reduzia minério em forjas de ferreiro, possivelmente, o levaram a utilizar este minério para sua conversão em artefatos de ferro, ficando aceitável a suposição de poder ter sido este local o verço do 1° empreendimento siderúrgico do Brasil e das Américas. Se tal suposição, não for exata, tal galardão continuará com Araçoiaba, mantendo-se Ibirapuera, em 2° lugar, como geralmente se considera.
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37º
Nascimento de Bartholomeu Fernandes Cabral em Portugal 1535, atualizado em 22/08/2025 00:48:10 • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Família (1): Ana Gonçalves ou Rodrigues (filho , 1548-1592) • Pessoas (5): Antônio Rodrigues "Dias" (f.1616), Antonio Rodrigues Cabral (1580-1661), Bartholomeu Fernandes Cabral (1518-1594), Domingos Luís Grou (1500-1590), Pedro Rodrigues Cabral (1580-1621)
Concessão a Bras Cubas / Pascoal Fernandes e Domingos Pires já tinham estabelecido, a leste do ribeiro de São Jerônimo, depois chamado de “Montserrate” 25 de Setembro de 1536, sexta-feira, atualizado em 23/10/2025 03:07:03 • Cidades (7): Araçoiaba da Serra/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Cubatão/SP, Ivaiporã/PR, Santo Amaro/SP, Santos/SP, Sorocaba/SP • Família (2): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592), Piqueroby (sogro , 1480-1552) • Pessoas (9): Antônio de Oliveira (1510-1580), Bacharel de Cananéa, Bartolomeu Carrasco (f.1571), Caiubi, senhor de Geribatiba, Domingos Luís Grou (1500-1590), Henrique Montes, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mestre Bartholomeu Fernandes, Paschoal Fernandes • Temas (13): Apiassava das canoas, Banana, Capitania de Santo Amaro, Capitania de São Vicente, Fidalgos "Filhos de algo", Francisco Loureiro de Almeida, Gentios, Ilha de Barnabé, Jurubatuba, Geraibatiba, Morro do São Jerônimo, Nossa Senhora de Montserrate, Rio Geribatiba, Serra de Cubatão
• “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos 1 de janeiro de 1937, sexta-feira
PALAVRAS NECESSÁRIAS existem obras mais officiaes no momento, como todos sabem, do que as Corographias do Brasil do Snr. Mário da Veiga Cabral e a Geographia de J. M. Lacerda, adoptadas como são em todos os collégios do Brasil, em todas as escolas militares e superiores e no Gymnasio Pedro II do Rio de Janeiro. Pois bem, nessas obras, tratando do Estado de S. Paulo, dizem os seus autores, que a cidade de Santos foi fundada por Braz Cubas a 25 de Setembro de 1536!
Quantos milhares de alunos, contados pelos milhares de exemplares já vendidos das referidas óbras (mais de 200.000 ou 300.000) aprenderam assim nas escolas apontadas? E no entanto, a 25 de Setembro de 1536, estava Braz Cubas, pacatamente, na cidade de Lisboa, diante do Tabelião da cidade, do Escrivão, de Da. Anna Pimentel, mulher e procuradora de Martim Affonso, e das testemunhas legais, recebendo em doação as terras de Jurubatuba e Ilha Pequena (actual Barnabé), fronteiras á futura Santos, de onde só voltaria ao Brasil, para tomar posse delas, quatro anos depois, no ano de 1540, como se lê no respectivo Auto de Posse daquele anno!"... logo fez ao dito Braz Cubas livre e pura irre- vogável doação entre vivos valedoira deste dia para todo o sempre para elle e para todos os seus herdeiros e successores que depois delle viérem, DE TODA A TERRA QUE TINHA E POSSUÍA NO BRAZIL UM HENRIQUE MONTES, QUE MATARÃO NO BRAZIL, a qual terra está na Povoação de São Vicente do dito senhor Martini Affonso e a ditta terra poderá ser de grandura de duas legoas e meia pouco mais ou menos... e que está onde chamão JARABATYBA, assim que pelo braço de mar dentro E MAIS LHE FAZ DOAÇÃO DE HUA ILHA PEQUENA QUE LHE ESTA" JUNTA DA DITTA TERRA QUE OUTRO SIM ERA DO DITTO HENRIQUE MONTES... POSTO QUE 0 DITO HEN- RIQUE MONTES TINHA DO DITTO SENHOR MAR- TIM AFFONSO SEM TER DELLE ESCRIPTURA, etc..." Neste importantíssimo documento, tão pouco debatido pelos nossos historiadores, vemos confirmado o assassi- nato de Henrique Montes, algum tempo antes daquelle anno de 1536 e o seu domínio sobre as mesmas terras da ilha, onde, no depoimento de Alonso de Santa Cruz, OS PORTU- GUESES CRIAVAM PORCOS alguns annos antes da vinda de Martim Affonso.
Cayubi e Piqueroby, os dois grandes chéfes guaianazes, não approváram as felonias praticadas contra seu amigo comraum "o bacharel", e não collaboráram na obra inicial da colonisação affonsina.Cayubi retirou-se temporariamente para o fundo das serras evitando contacto com os portuguezes e hostilisando os primeiros agricultores, como vemos na escriptura de 25 de Setembro, acima transcripta, e Piqueroby acompanhou com uma parte da sua gente, o " bacharel" Mestre Cósme em sua retirada para a região de Iguapé. [Página 67]
PUBLICA FORMA OFFBRECIDA AO INSTITUTO HISTOUICO DE S. PAULO PELO SÓCIO 3Í. PEREIRA GUIMARÃES XXIVQuanto á ilha Barnabé (antiga ilha Pequena, depois ilha de Braz Cubas, depois ainda ilha dos Padres e por fim ilha Barnabé) esta sim, podemos garantir, sempre foi tradicionalmente habitada, povoada e plantada, desde antes de 1532 Pela gente do "bacharel"; de 1532 a 1534 por Henrique Montes, de 1537 a 1540, com intervallos, por João Pires Cubas, de 1540 em diante por Braz Cubas (como se vê pela es- criptura de 25 de Setembro de 1536, transcripta ao final desta óbra), depois pelos padres do Carmo, e assim pelo tempo a dentro até que Barnabé Vaz de Carvalháes, que no século passado foi Presidente da Camara de Santos e vereador algumas vezes, nella residiu e teve fazenda, deixando-lhe o nóme. [Página 98]
• Jornal Correio Paulistano 13 de outubro de 1854, sexta-feira
É de supor que estes sócios se estabeleceram em Enguaguaçu, pelo correr do ano de 1533, porque, em 152, não havia ainda habitação alguma nesse lugar, e só depois desta época é que em alguns escritos se fala dos moradores do Enguaguaçu; julgamos também, que de 1533 a 1536 foram eles os únicos habitantes; tanto mais que em 1536, D. Anna Pimentel, como procuradora de seu marido, o primeiro donatário, Martim Afonso de Souza, concedeu a Braz Cubas as terras de Geribatyba, fronteiras a Enguaguaçú, e muito distantes de São Vicente; e Cubas, querendo evitar o incomodo de largas viagens, quando lhe fosse necessário á vila, lembrou-se de formar outra povoação perto de suas terras, e para este fim comprou a um dos sócios (Pascoal ou Domingos, porque não ha bastante certeza a qual deles foi), parte das terras que tinha reservado para seu quinhão, e que ainda estavam virgens, compreendendo nelas o outeirinho, mais tarde denominado de Santa Catarina (...)
Ora em 1536, D. Anna Pimentel concedia a Braz Cubas, os terrenos de Geribatyba, e Cubas no mesmo ano, ou no imediato, comprava os terrenos para a fundação da nova povoação, sem que em documento algum se fale em Botelho: o capitão-mór Oliveira, reparte a ilha de São Vicente, em 1539, e Botelho não aparece contemplado, em nenhuma carta de sesmaria, e só em 1541, é que lhe é concedida a sesmaria, de que teve carta com essa data: ainda mesmo que se alegue que a carta de Botelho foi passada mediante algum prazo entre ela, e a concessão, ainda assim não é argumento, porque Oliveira foi nomeado capitão-mór em 1538, havendo já um ou dois anos que Cubas tinha efetuado a compra dos terrenos, aos únicos habitantes que ali havia.
Também vários escritores antigos falam de um Bartholomeu, ferreiro que veio com Martim Afonso, a quem dizem pertencer o Enguaguaçú; porém também não é exato: Bartholomeu veio com o primeiro donatário, mas viveu sempre em São Vicente, e só em 26 de janeiro de 1555, quando Cubas já era capitão-mór da vila de Santos, é que este lhe deu uma sesmaria de algumas terras de Santos, para a banda do monte, e que está registrado a folhas 9 do livro de registros de 1555, no cartório da provedoria, em São Paulo.
Por este documento se vê que Bartholomeu não podia em 1536 ser dono das terras que lhe foram dadas em 1555, por pertição que fez nessa época.[Jornal Correio Paulistano, 13.10.1854. Página 3]
• Efemérides Brasileiras, José Maria da Silva Paranhos Jr. (1845-1912) 1 de janeiro de 1938, sábado
Dona Ana Pimentel, procuradora de seu marido Martim Afonso de Sousa, concede nesta data ao fidalgo cavaleiro Brás Cubas as terras de Geribatiba (hoje Jurubatuba), entre a serra do Cubatão e o mar.
Por esse tempo, já Pascoal Fernandes e Domingos Pires, associados, se tinham estabelecido, sem cartas de sesmaria, na costa fronteira, isto é, na ilha de São Vicente, a leste do ribeiro de São Jerônimo, depois chamado de Montserrate.
Em 1o de setembro de 1539, por carta passada em São Vicente, Antônio de Oliveira, representante do donatário, regularizouessa posse. Brás Cubas comprou a Pascoal Fernandes o seu quinhão, e pelo ano de 1543 começou a fundação de Santos. A 19 de junho de 1545, sendo capitão-mor da capitania de São Vicente, concedeu ao porto de Santos o predicamento de vila (ver 8 de junho de 1545).
• A Capitania de São Paulo, data da consulta 22 de janeiro de 2024, segunda-feira • História das missões orientais do Uruguai. Aurélio Pôrto. 1 de janeiro de 1954, sexta-feira
O fidalgo Bras Cubas, que veio na armada de Martim Afonso, e que mais tarde é o fundador de Santos. Data a concessão de 10 de outubro de 1532 a que, em 1536, agrega as terras de Jerebatiba. [Página 247]
• Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo vol. XVIII 1 de janeiro de 1913, quarta-feira
Bras Cubas (...) e, mais tarde, em 1536, obteve de Anna Pimentel, mulher e procuradora de Martim Afonso de Souza, referido donatário, doação de terras nas margens do rio Jeribatiba, hoje denominado Jurubatuba, terras estas fronteiras ao local onde hoje se assenta a cidade de Santos (...) [Página 16]
• Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. VI (1900-1901) 1 de janeiro de 1902, quarta-feira
Doação das terras de Jarabatyba a Braz Cubas
Publica forma oferecida ao Instituto Histórico de São Paulo pelo sócio M. Pereira Guimarães
Primeiro Tabelionato da Cidade de Santos - Publica Forma - Em nome de Deus - Amém. Saibam quantos este instrumento de doação virem que no ano de 1536, dia 25 de setembro na cidade de Lisboa junto do Mosteiro de São Francisco dentro nas casas de morada da Senhora Dona Anna Pimentel, mulher do Senhor Martim Afonso de Souza, que anda na Índia, que nosso Senhor, traga a este Reino - Amém - estando ai presente a dita Senhora Dona Anna Anna como procuradora bastante e abondosa do dito Senhor Martim Afonso, segundo logo amostrou e fez certo por um publico instrumento de sua procuração do qual o traslado é o que ao adiante se segue.
- Procuração. - Saibam os que este instrumento de procuração virem que no ano de 1534, dia 3 de março, na cidade de Lisboa nas casas do Duque de Bragança, em que ora pousa o Senhor Martim Afonso de Souza do Conselho de El Rei nosso Senhor, morador na dita Cidade, estando ele dito Martim Afonso de Souza, hi a isto presente e por ele foi dito que ele fazia como logo de feito fez por seu certo procurador abastante na melhor forma e modo que o ele pode e devesse e por direito mais valer a Senhora Dona Anna Pimentel... e posto que esta escritura fosse continuada em três dias do mês de março do dito ano nas casas sobreditas - Testemunhas que presente foram Jacome Luiz morador em Bragança e Diogo de Meirelles, seu criado e Antonio Gonçalves morador nesta Cidade e eu Antonio de Amaral Tabelião Publico por El-Rei Nosso Senhor nesta cidade de Lisboa e seus termos que este instrumento escrevi e assinei aqui do meu público sinal a qual procuração fica na mão da dita Senhora; e trasladada a dita procuração como já vai declarado logo por ela senhora Dona Anna foi dito que ela em seu nome e em nome e como procurador que é do dito Senhor Martim Afonso e pelo poder e virtude da dita procuração por este instrumento público e do seu prazer e boa e livre vontade por muita obrigação em que o dito Senhor Martim Afonso e ela senhora são a Bras Cubas seu criado, que no presente estava e por lhe querer todo galhardear e satisfazer, disse que lhe fazia ora como de feito logo fez ao dito Bras Cubas livre e pura e irrevogável doação entre vivos valedora deste dia para todo e sempre para ele e para todos os seus herdeiros e sucessores que depois dele virem de toda a terra que tinha e possuía no Brasil um Henrique Montes, que mataram no Brasil a qual terra está na Povoação de São Vicente do dito senhor Martim Afonso e a dita terra poderá ser de grandura de duas léguas e meia pouco mais ou menos até três léguas por costa e por dentro quanto se puder estender, que for da conquista de El-Rei nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba, assim que (1) (estava a margem: Dentro do porto - Com esta sesmaria se prova que o porto de São Vicente ficava no de Santos porque as terras de Jurubatuva ficam dentro do Rio de Santos por ele acima) - pelo braço de mar dentro e mais lhe faz doação de uma Ilha Pequena que lhe está junta da dita terra, que outro sim era do dito Henrique Montes que tudo lhe assim doa e faz ele merce por duas direitas confrontações com que parte e de direito deve de partir com todas suas entradas e saídas e direitos pertenças - serventias e logradouros possessões assim e pelo modo e maneira que todo está par a ele e para todos os seus herdeiros e sucessores que depois dele vierem e com tal condição e declaração que nem o dito Bras Cubas nem os seus herdeiros que ao diante sucederem a não poderão vender dar ou dar nem trocar nem escambar nem fazer dela nenhum partido, mas sempre andará na geração e linha assim transversal como direta do dito Bras Cubas e mais com outra condição que se acaso for, o dito Bras Cubas ou quem quer que á dita terra suceder, fizerem alguma coisa que não for em serviço do dito Martim Afonso ou do Senhoria que á dita terra suceder, que por este caso as terras desta doação se perderão p.a. o senhoria e poderão dar a quem quiser.
E porém logo a dita Senhora em seu nome e em nome do dito Martim Afonso e por poder, e virtude da dita procuração tirou logo e demitiu e renunciou de si todo o direito de ação, posse e propriedade, uso e fruto, e útil domínio, e senhoria, que ambos tinham e podiam ter na terra desta doação e em todas as suas pertenças, e todo jus. E se deu logo e transpassou em mão e poder do dito Bras Cubas, e em todos seus herdeiros, sucessores, que depois deles vierem para que hajão, e logrem e possuirão de hoje em diante para sempre, e que fação nela benfeitorias, e aproveitem; e lhe deu logo lugar e poder para que ele por poder e virtude deste instrumento, e sem mais sua autoridade dela Senhora nem do dito Martim Afonso possa dela tomar posse realmente com efeito por instrumento publico. E por este mandou Gonçalo Monteiro vigário, e feitor do dito Senhor Martim Afonso, e assim quem seu cargo tiver, e este instrumento for apresentado que lhe entreguem a dita terra, e lha seja do dito Bras Cubas, e prometeu e se obrigou a lhe fazer boa esta doação, a lha guardar e defender a fazer boa, livre e segura e de paz e de quem lhe sobre ela algum embargo puzer e lhe será ele autor e defensor para o qual obrigou todos seus bens do dito Senhor Martim Afonso por poder da dita procuração e em testemunho da verdade assim e outorgou e lhe mandou dele ser feito este instrumento e qual Bras Cubas que presente estava a todo assim pediu e aceitou a ela Senhora prometeu a mim Tabelião, como pessoa estipulante e assistente em nome a quem isto pertence, de lha toda asim cumprir, manter como este instrumento se contem; e disse mais a dita Senhora D. Anna que ela faz mercê e doação ao dito Bras Cubas posto caso que o dito Henrique Montes não tivesse título nem escritura da dita terra porque Henrique Montes tinha do dito senhor Martim Afonso sem ter dele escritura e que por este caso que a ele Henrique Montes tivesse e a tivessem seus herdeiros que com todas estas clausulas ela faz mercê e doação ao dito Bras Cubas de todas ditas três léguas por costa e para dentro quanta terra puderem que sejam da conquista del Rey nosso Senhor, e mais a dita Ilha declarada que está defronte dela, a qual terra está onde chamam Jarabahitybassú, e ela deu com a condição e declaração da doação e foral, por onde el Rey nosso Senhor [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. VI (1900-1901). Páginas 294, 295 e 296]
(...) este instrumento publico de demarcação e posse dado por autoridade de justiça virem que no ano de 1540, aos 10 de agosto nesta vila de São Vicente, costa do Brasil em a Capitania em que é Governador o senhor Martim Afonso de Souza e perante Antonio de Oliveira Capitão e logo-tenente por o dito Senhor e seu auxiliar com alçada pareceu Bras Cubas moço da Comarca de El-Rei Nosso Senhor morador em ela e a ele Capitão apresentou um instrumento de dada de terras que a senhora Dona Ana Pimentel deu ao dito Bras Cubas... requeria ele Bras Cubas a ele Antonio de Oliveira Capitão lhe demarcasse a dita terra e meteu de posse dela por quanto ora vinha para aproveitar com gente e fazendo sem embargo de passar já três anos que gastara com sua fazenda para a aproveitar o que não se pudera fazer por a terra que lhe assim é dada ser povoada de gentios e para os lançar fora e se povoar a dita terra há mister muito custo o que agora trazia para isso, e visto por ele Capitão mandou logo em dito dia a demarcar a dita terra e ao meter de posse dela... em qual a terra por boca desde o dito rio de Jerebati até o dito oiteiro ele Capitão fez pergunta a Antonio Rodrigues o língua desta terra e a Mestre Bartholomeu Ferreira e a Rodrigo de Lucena feitor do Senhor Governador aos quais pelo juramento dos Santos Evangelhos... e com esta dita terra já demarcada lhe foi também dada a dita Ilha que na sua data disse, a qual está defronte das ditas suas terras e de fronte nesta Ilha de São Vicente onde chamam Emguaçú das ditas terras assim da terra firma como da outra ele Capitão lhes houve por demarcados pelas demarcações já ditas e meteu logo de posse delas realmente em feito visto já a obra que na dita Ilha tem de canaviais e mantimentos... e por ele dito Bras Cubas foi também pedido a ele Capitão mandasse a mim tabelião que desse aqui minha fé em como haviam três anos que João Pires Cubas, seu pai viera a esta terra com fazenda e gasto para aproveitar as ditas terras e tomado de posse delas e aproveita-las o que toda deixou de fazer por a dita terra ser habitada por gentios nossos contrários e por esse respeito as não pudera nem podia aproveitar e porém que [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. VI (1900-1901), 1902. Páginas 297 e 298]
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40º
Casamento de Rodrigo Alvares e Catarina Ramalho 1540, atualizado em 02/10/2025 15:19:38 • Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Família (9): Afonso Sardinha, o Velho (neto* , 1531-1616), Ana Camacho (filho , f.0), Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (consogro(a) , 1493-1580), Caethana/Catharina Ramalho (filho , , 1493-1580), Fernão d’Álvares (consogro(a) , n.1500), Gonçalo Camacho (genro/nora , 1525-1600), João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580), Rodrigo Alvares (genro/nora , f.1598), Domingos Luis Carvoeiro (genro/nora , 1540-1615) • Pessoas (8): Alvaro Rodrigues, Antônia Quaresma (1505-1613), Catarina Fernandes das Vacas, Domingos Luís Grou (1500-1590), Izabel Tibiriça, Luís Gonzaga da Silva Leme (47 anos), Margarida Ramalho, Mestre Bartolomeu Camacho (n.1500) • Temas (1): Metalurgia e siderurgia
• Domingos Gonçalves, Mestre Bartolomeu, consultada em geni.com 11 de março de 2023, sábado
Domingos Gonçalves, Mestre Bartolomeu - Vol. 1.o Introdução pág. 22 CD-Rom pág. (CORREÇÃO E ACRÉSCIMO) Marta Amato Cap. 4.o Começa este capítulo com Domingos Gonçalves, conhecido como Mestre Bartolomeu, que foi o primeiro ferreiro que veio à Capitania de São Vicente com Martim Afonso de Sousa em 1532. Segundo declaração de seu filho Baltazar, no processo de beatificação do Padre Anchieta, foi C.c. Antonia Rodrigues. Américo de Moura diz ter ele tido mais de uma mulher, mas não se encontrou provas documentais que confirmem. Mestre Bartolomeu já era falecido em 1589 e teve, não se sabe se de um só leito, pelo menos os seguintes filhos:
- Cap. 1 Maria Gonçalves, foi C.c. Afonso Sardinha, o descobridor das minas de Jaraguá*
- Cap. 2 Apolônia Vaz, foi casada 2 vezes, 1a. vez com Rodrigo Álvares cc2 Antonio Gonçalves dos Quintos*
Cap. 3 Beatriz Gonçalves, foi C.c. o mestre de açúcar Sebastião Fernandes Freire*
Cap. 4 Margarida Fernandes, foi C.c. Brás Gomes Alves, *
Cap. 5 Catarina Gonçalves, foi casada com Domingos Pires.*
Cap. 6 Ana Rodrigues, já +1624, foi 1.a vez C.c. Antonio de Proença cc2 Capitão Pedro Cubas, *
Cap. 7 Brás Gonçalves, foi C.c. Margarida Fernandes,
Cap. 8 Baltazar Gonçalves cc Maria Álvares
Cap. 9.o Marcos Fernandes
• Santo André da Borda do Campo foi aclamada em vila em nome do donatário Martim Afonso de Sousa, e provisão do seu capitão-mor governador e ouvidor Antônio de Oliveira 8 de abril de 1553, quarta-feira
Nos Anais do Museu Histórico Nacional, vol. XIV – 1953 publicado pelo MEC em 1964, tem um artigo escrito por J.F. de Assumpção Santos em 1961 com o titulo de Domingos Antunes Maciel – Autos de Nobilitate Probanda, Lisboa, 1756. Inclui o translado da Justificativa de Nobreza de Domingos Antunes Maciel-1756 – Arquivo Nacional da Torre do Tombo-Arquivo dos Feitos Findos-Justificação de Nobreza, Maço 9, doc.22.
À pag. 222 consta:
“…Donna Anna Camacho filha de Gonçalo Camacho e de sua mulher Donna Caetana Camacho digo Donna Caetana Ramalho que hera filha de João Ramalho natural de Bouzellas Comarca de Vizeu, Cappitam mor e (3 v.) Alcaide mor da Villa de Santo André do Campo primeira povoassão de Serra acima como consta dos livros da Camara de Sam Paullo livro da Camara de Santo Andre, ano de 1553 a folhas huma e dezouto …”
À pag. 242 consta:
“…Domingos Luis cavalleiro da ordem de christo e de sua molher Anna Camacha ambos naturaes do Reyno”.
À pag. 248 tem:
“…Donna Anna Camacho a qual hera filha de Gonçallo Gamacho e de Catharina Ramalha filha de João Ramalho que foi capitão mor e Alcaide Mor da Villa de Santo Andre…”
Ao pé da pag. 251 tem:
“ … Sabe elle Testemunha que a dita Anna Camacha fora filha de Gonçallo Camacho e de sua molher Catharina Ramalho a qual hera filha de joão Ramalho natural de Bouçellas comarca de Vizeu como elle Testemunha Leo no seu Testamen(46) to feito no anno de mil quinhentos e tantos digo de mil quinhentos e outenta…”
• “Memórias Para a História da Capitania de São Vicente”, Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800) 1 de janeiro de 1797, domingo
Segundo Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800) em seu livro Memórias para a História da Capitania de S.Vicente, pag. 8: “Esta Ana Camacho era filha de Catarina Ramalho, neta de João Ramalho e bisneta de Tibiriça”. E na pag. 232 “Eu tenho uma cópia do testamento original de João Ramalho, escrito nas notas da Vila de S. Paulo pelo tabelião Lourenço Vaz, aos 3 de maio de 1580”.
• Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II, 1883. Capistrano de Abreu (1853-1923) 1 de janeiro de 1883, segunda-feira
A questão de João Ramalho é uma das mais embaraçadas da História primitiva do Brasil. Ainda ninguém tornou bem claro que nos primeiros tempos São Paulo houve pelos menos dois João Ramalho. Um é o bacharel de Cananéa, deixado em 1502 pela primeira expedição exploradora, pai dos mamelucos, inimigo dos jesuítas. Outro, sogro de Jorge Ferreira, é um cavaleiro português, que veio para o Brasil muito mais tarde, com Martim Afonso ou logo depois. Taques Paes Leme, que no trecho acima citado dá notícia do primeiro e torna assim bem clara a distinção, em outros lugares perde-se de vista. [Página 50]
• “Catharina Ramalho, filha de João Ramalho” 1 de janeiro de 1952, terça-feira
“Catharina Ramalho, filha de João Ramalho”. [Rev. Gen. Lat IV, 1952. O coronel João José Palmeiro (1774-1830) e sua descendência. Genealogia de uma família do Rio Grande do Sul. Uma família sem tradições é como uma árvore sem raízes, 28.06.2011]
• Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953 1 de janeiro de 1953, quinta-feira
Rodrigo Álvares, qualificado às vezes como piloto e uma como mestre de navios, era ferreiro. Estabeleceu-se em Santos cerca de 1540 e casou com Catarina Ramalho, filha de Bartolomeu Gonçalves. Participou de guerras contra os tamoios e os franceses. Teve muitas terras em Santos, por herança e por compra, vindo a ser sua quase todas as que tinham sido do sogro e outras. [Páginas 302 e
1. Bartolomeu Camacho. Se fosse casado com filha de Jerônima Dias e neta materna de João Ramalho, como quer uma das tradições colhidas pelo general José Arouche de Toledo Rendon (1756-1834), deveria ter existido no terceiro quartel do século XVI e estender-se em ramos apreciáveis somente nas proximidades de 1600. Melhor, invertendo as gerações, genro de João Ramalho e sogro de Jerônima Dias, como informa o padre Guilherme Pompeu, que se considerava seu quinto e não quarto neto; e, consequentemente, de existência presumível no segundo quartel do século XVI. Só por si, a opinião do Creso parnaibano é de muito maior valor no caso de que as tradições que chegaram até já muito deformadas ao tempo do general José Arouche de Toledo Rendon (1756-1834). A circunstância de não se achar na documentação da época nenhuma referência ao nome de Bartolomeu Camacho, longe de infirmá-la, vem dar-lhe maior força. E o que é decisivo é o fato de se terem registrado nas atas da câmara de São Paulo, nada menos de três vezes, informações genealógicas referentes a diversos dos seus netos, as quais, embora não lhe mencionem o nome, convergem todas nele, pelo apelido Camacho dos diferentes ramos (II, 192, III, 18 e 127). Bartolomeu Camacho foi, portanto, um dos genros de João Ramalho, embora Silva Leme, depois de admiti-la, haja repudiado essa afirmação. E a pre-paulistana com quem casou, se não foi de outro leito de João Ramalho, pode ter sido Antonio Quaresma, referida no testamento do pai, da qual Silva Leme não descobriu o estado.
Antes ou depois desta teve outra mulher, conforme as citadas informações, - Talvez se possa identificar Bartolomeu Camacho com algum dos que na mesma época, tendo esse prenome, foram conhecidos outros apelidos, de que temos notícia. (V. Antunes, Carrasco e Gonçalves). Apesar da nebulosidade em que fica o seu nome, nele entroncam as mais antigas famílias paulistas, e é por uma de suas mulheres que quase todas elas se prendem a João Ramalho e aos tupiniquins de Piratininga. Embora talvez nascido no litoral, os seus filhos e netos, principalmente as filhas e netas, muito contribiram para o povoamento das primeiras vilas do campo. Foram suas filhas:
A) Fulana Camacho. Creio que casou com Baltazar Nunes. Esta foi mãe de Paula Camacho e creio que de Gaspar Nunes e de Isabel Nunes, e sogra de João Maciel e Pedro Martins. Ao contrário do que dizem Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) e S. Leme, segundo os quais Paula Camacho veio casada de Portugal com João Maciel, este declarou que era casado na capitania com filha de povoador ("Reg.", I, 14 e 183).
B) Fulana Camacho. Casou com Jerônimo Dias. Era meia irmã da precedente, conforme informação de Matias de Oliveira. Foi mãe de Ana Camacho e sogra de Domingos Luis Carvoeiro.
C) Ana Camacho. Casou com Domingos Afonso. Irmã inteira da precedente.
D) Maria Camacho. Casou depois de 1560 com Cristóvão Diniz.
E) Beatriz Camacho. Casou cerca de 1573 com Francisco Farel.
F) Fulana Camacho. Casou com Fernão Álvares. Foi a mãe de Antonio Camacho, Esperança Camacho, José Álvares e Apolonia Domingues.
G?) Fulana Camacho (F?). Casou primeira vez com Fernão Abreu ou Álvares, e segunda vez com Francisco Maldonado.
H) Gonçalo Camacho. Em 1588 morava em São Paulo (I, 345) e de 1590 a 1593 esteve no sertão na bandeira de Macedo e Grou (1, 476). Segundo a tradição alcançada pelo general José Arouche de Toledo Rendon (1756-1834), foi casado com Jerônima Dias, filha de Lopo Dias. Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), no começo de seus estudos, admitiu essa tradição. Mais tarde, porém, passou a considerar Gonçalo Camacho como natural de Viana, irmão de Paula Camacho e casado em Santos com filha de Jorge Ferreira. As hipóteses dos dois casamentos em rigor não se excluem, pois eles poderiam ser subsequentes. Admitirei, portanto, ambas. Também admito a de que fosse ele irmão de Paula Camacho. Mas, para admitir a de naturalidade no reino, seria preciso verificar se Bartolomeu, casado ou viúvo, trouxe do reino filha, casada ou viúva, e os dois netos. Gonçalo Camacho deixou geração em Santos, como diz Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777). [Páginas 317, 318 e 319]
Bartolomeu Gonçalves. "Como se lê em Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), em nota à descrição da fundação de Santos, veio com Martim Afonso, e durante mais de vinte anos foi o único ferreiro da capitania, um mestre Bartolomeu, que primeiro se chamava Domingos Gonçalves, o qual, em 1555, tendo mulher e filhas, obteve de Braz Cubas grande sesmaria em Santos. Assumiu mestre Bartolomeu considerável importância, depois de morto, em quase todas as questões de Santos. Tem-se também na história e na genealogia, até do planalto. Foi ele o mestre dos primeiros ferreiros que transpuseram a serra, e não teria sido exclusivamente magistral o seu parentesco com esses e outros povoadores do planalto. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XLVII. Triênio de 1951-1953. Página 375 e 376]
• “História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior 1 de janeiro de 1969, quarta-feira
Quanto a Bartolomeu Gonçalves, a mesma fonte, Américo de Moura (1881-1953), louva-se em Frei Gaspar (1715-1800), frisando: "Como se lê em Frei Gaspar, em nota à descrição d Santos, veio com Martim Afonso, e durante mais de vinte anos FOI O ÚNICO FERREIRO da Capitania, um mestre Bartolomeu, que primeiro se chamava Domingos Gonçalves, o qual em 1555, tendo mulher e filhas, obteve de Brás Cubas grande sesmaria em Santos".
É certo que este "mestre dos primeiros ferreiros que transpuseram a serra" mudou o nome de batismo de tal forma que, diz Américo de Moura (1881-1953), "poderia disputar a Bartolomeu Antunes a identificação por mim suposta como Bartholomeu Camacho"...
Entretanto, há entre os numerosos Fernandes, um Bartholomeu a que uo autor se refere como "um segundo Bartholomeu Fernandes que a História registra, possivelmente descendente em 1a. linha de seu homônimo reinol", como há, também, outro Bartholomeu Gonçalves, este mameluco, filho do Padre Adão Gonçalves (antes de entrar para a Companhia de Jesus), nascido em 1548, que entrou e faleceu na Companhia (Serafim Leite, História I, 576, 577, "Cartas" III, 191, 353).
Américo de Moura (1881-1953) investigando a origem de Bartholomeu Fernandes não conseguiu descobri-la, mas atribuiu a ele e não à mulher o "nome CABRAL que aparece em sua descendência".
Também, foi ferreiro e era analfabeto. O autor está em plena concordância com as melhores fontes, quando refere que o dito ferreiro "foi intimado e não ensinar seu ofício a um mameluco ou nativo de sua adoção". De fato, em 1579, intimaram-no "a não ensinar o oficio a um nativo que tinha em casa".
E em 1580 (Américo de Moura, 1881-1953), a cominação foi mais forte: era ele obrigado a expulsar de casa o nativo Gaspar". Vê-se que não é fácil deslindar o caso do Mestre Bartholomeu: três pessoas distintas ou uma só, como pretende o Autor, com três nomes diferentes? [Página V]
• Revista do Arquivo Municipal, CLXXX. Edição comemorativa do 25o. aniversário da morte de Mário de Andrade, 1970 1 de janeiro de 1970, quinta-feira
Em São Paulo, moradia à rua Direita, então ainda sem denominação. A referência é clara na petição que frei João de Carvalho prior do Convento de Nossa Senhora do Carmo de Santos, vindo a São Paulo, fez ao juiz Manuel Fernandes. E do qual consta: "desse juramento a pessoas antigas e sem suspeitas para declararem o caminho de Piratininga que vinha da vila velha de Santo André".
João Maciel e Pascoal Dias depuseram que o caminho vinha de Santo André pelo curral que foi de Aleixo Jorge, penetrava à ponte do Tabatinguera, seguia direito pela rua onde estava o mosteiro dos Padres da Companhia, passava pelas portas que foram de Afonso Sardinha, Rodrigo Álvares, e Martim Afonso (Tibiriça elucida monsenhor Silveira de Camargo) e ia sair no ribeiro (Tamamduateí) até o rio grande (Tietê). [Revista do Arquivo Municipal, CLXXX. Edição comemorativa do 25o. aniversário da morte de Mário de Andrade, 1970. Páginas 604 e 605 do pdf]
• Os Povoadores do Campo de Piratininga. Américo de Moura 1 de janeiro de 1952, terça-feira
Segundo uma informação que encontramos no “Povoadores do Campo de Piratininga” Bartolomeu Gonçalves faleceu antes de 1572 porque neste ano, diz Américo de Moura (1881-1953), Baltazar Gonçalves e Maria Alvares passaram uma escritura ao cunhado Rodrigo Alvares de terras pertencentes ao espólio de Bartolomeu. (Verbete transcrito abaixo). Rodrigo Alvares é identificado pelo mesmo autor como marido de Catarina Ramalho, filha de Bartolomeu. Isso parece indicar também que Baltazar foi herdeiro de Bartolomeu Gonçalves, confirmando a mudança do nome de Domingos para Bartolomeu.
• Consulta em gw.geneanet.org 4 de janeiro de 2024, quinta-feira
Rodrigo Álvares, filho de Fernando ou Fernão Álvares e Margarida Marques, falecido em 1598, casado após 1560 com Catarina Ramalho.
• “Ana Camacho, descendente de João Ramalho, Décio Martins de Medeiros”, 18.01.2018 18 de janeiro de 2018, quinta-feira
Segundo o estudo, das duas fontes apresentadas a seguir, chega-se à conclusão de que Ana Camacho seria filha de Gonçalo Camacho e Caethana(Catharina) Ramalho, esta filha de João Ramalho com Catarina Fernandes das Vacas.
Observe , na segunda fonte, que da relação de filhos apresentada se vê que Catharina Ramalho, não foi filha do João Ramalho com a índia Izabel. Observe , na segunda fonte, que a Catharina Fernandes das Vacas ficara prenhe.
Observe, na primeira fonte, que a Caethana/Catharina Ramalho era filha do João Ramalho.
Então juntando as informações destas duas fontes, temos a Catharina como filha do João Ramalho com a Catarina Fernandes das Vacas e os demais 8 filhos do João Ramalho com a índia Bartira (Isabel Dias)
Primeira fonte:
Nos Anais do Museu Histórico Nacional, vol. XIV – 1953 publicado pelo MEC em 1964, tem um artigo escrito por J.F. de Assumpção Santos em 1961 com o titulo de Domingos Antunes Maciel – Autos de Nobilitate Probanda, Lisboa, 1756. Inclui o translado da Justificativa de Nobreza de Domingos Antunes Maciel-1756 – Arquivo Nacional da Torre do Tombo-Arquivo dos Feitos Findos-Justificação de Nobreza, Maço 9, doc.22.
À pag. 222 consta:
“…Donna Anna Camaxo filha de Gonçalo Camaxo e de sua molher Donna Caetana Camaxo digo Donna Caetana Ramalho que hera filha de joão Ramalho natural de Bouzellas Comarca de Vizeu, Cappitam mor e (3 v.) Alcaide mor da Villa de Santo Andre do Campo primeira povoassão de Serra assima como consta dos livros da Camara de Sam Paullo livro da Camara de Santo Andre, anno de mil quinhentos cincoenta e tres a folhas huma e dezouto …”
À pag. 242 consta:
“…Domingos Luis cavalleiro da ordem de christo e de sua molher Anna Camacha ambos naturaes do Reyno”
À pag. 248 tem:
“…Donna Anna camacho a qual hera filha de gonçallo camacho e de Catharina Ramalha filha de joão Ramalho que foi capitão mor e Alcaide Mor da Villa de Santo Andre…”
Ao pé da pag. 251 tem:
“ … Sabe elle Testemunha que a dita Anna camacha fora filha de gonçallo camacho e de sua molher Catharina Ramalho a qual hera filha de joão Ramalho natural de Bouçellas comarca de Vizeu como elle Testemunha Leo no seu Testamen(46) to feito no anno de mil quinhentos e tantos digo de mil quinhentos e outenta…”
Segunda fonte: Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), na Genealogia Paulistana vol. 9, adenda geral ao final da pag 66 e começo da pag. 67 diz:
“Entretanto, o dito general termina aceitando como verdadeira e mais segura a 2.ª opinião de Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), baseada em documentos, e nós neste ponto o acompanhamos; vem ser: que Anna Camacho (mulher de Domingos Luiz) foi f.ª de Gonçalo Camacho, natural de Viana (irmão de Paula Camacho que veio ao Brasil casada com João Maciel) e de N… Ferreira, por esta neta do capitão-mor Jorge Ferreira e de Joanna Ramalho, por esta bisneta de João Ramalho e de Izabel Dias.
Esta 2° opinião de Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), além de baseada em documentos como sejam cartas de sesmaria, escrituras de dote e procurações, está de acordo com o testamento de João Ramalho, cuja cópia é a substância do 2.º documento que vamos descrever.
O 2.° documento é uma cópia do testamento de João Ramalho, datado em 1580, na parte que interessa à genealogia, extraída do Cartório de Notas, caderno rubricado por João Soares, tit. 1580, fls. 10, e pertenceu ao arquivo do velho José Bonifácio.
Diz a cópia: ser João Ramalho natural de Bouzella, comarca de Viseu, f.° de João Velho Maldonado e de Catharina Affonso de Balbode e que ao tempo que a esta terra (Brasil) viera, se casara com uma moça que se chamava Catharina Fernandes das Vacas, a qual lhe parece que ao tempo que se dela partiu para vir para cá, que ficara prenhe e que isto haverá alguns 90 anos (eu leio 70 anos, observa o copista aludindo à interpretação que desse algarismo fez o padre mestre autor das Memórias Impressas) que ele nesta terra está. Da índia Izabel, que ele chamava sua criada, teve os seguintes f.ºs:
1.º André Ramalho 2.° Joanna Ramalho 3.° Margarida Ramalho 4.° Victorio Ramalho 5.º Antonio de Macedo 6.° Marcos Ramalho 7:º Jordão Ramalho 8.° Antonia Quaresma
Sobre o testamento de João Ramalho, existe o interessante artigo à pagina 563 do volume 9 da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, disponível na internet em http://archive.org
Segundo Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800) em seu livro Memórias para a História da Capitania de S.Vicente, pag.8:
“Esta Ana Camacho era filha de Catarina Ramalho, neta de João Ramalho e bisneta de Tibiriça”.
O Frei Gaspar diz na pag. 232 “Eu tenho uma cópia do testamento original de João Ramalho, escrito nas notas da Vila de S. Paulo pelo tabelião Lourenço Vaz, aos 3 de maio de 1580”
Segundo Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), em seu artigo Marginando Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) e Silva Leme, in Revista Genealógica Latina, página 113, a Ana Camacho que foi casada com Domingos Luis (o Carvoeiro) , era filha de Gonçalo Camacho e Catarina Ramalho, e esta Catarina era filha de João Ramalho.
No livro No tempo dos Bandeirantes, de Benedito Bastos Barreto, <>, publicado pela Editora Melhoramentos, relata o caso das meias-irmãs que foram mães das sogras de Amador Bueno e André Lopes:
‘Com os vereadores Amador Bueno e André Lopes, impedidos de tomar posse “porque as molheres ambas delles ditos vereadores herão parentas dentro do quarto gráu“, o caso se complica porque dá margem a atrapalhante inquérito, no qual depõem pessoas das relações de ambos e cidadãos antigos da vila. A Câmara, muito empenhada no problema, procura “destrinçar o dito parentesquo“, pois, pessoas dignas de fé asseguram “que as sogras dos dois vereadores erão primas“. Matias de Oliveira, “homë ãtigo“, comparece à Câmara e, sob juramento, afirma “que a mãe da sogra da molher de amador bueno e a mãe da sogra do dito andre lopes herão meias irmãs filhas de pai e de duas mães“. Amador Bueno confirma, lealmente, estas declarações e, meio resolvido o grave problema, trata-se de saber então, qual dos dois vereadores continuará na Câmara. Como, dos dois, André Lopes é mais velho, resolvem os senhores oficiais excluir Bueno e eleger outro em seu lugar.’
Amador Bueno foi casado com Bernarda Luiz Camacho e sua sogra foi Anna Camacho.
André Lopes foi casado com Justa Maciel e sua sogra foi Paula Camacho. Segundo as fontes do artigo
Ana Camacho foi filha de Caetana/Catharina Ramalho casada com Gonçalo Camacho. E Caetana/Catharina Ramalho foi filha de João Ramalho com Catarina Fernandes das Vacas.
Se estiver correta a declaração de Matias de Oliveira constante às paginas 17 a 19 do volume 3 das Atas da Câmara da Cidade de São Paulo, então a Paula Camacho seria filha de uma mulher casada com um homem de sobrenome Camacho, e esta mulher seria filha de outra esposa do João Ramalho, sendo assim, as mães de Ana Camacho e Paula Camacho seriam irmãs por parte paterna.
Na Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, ano 1936, página 23, e na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, ano 1947, pagina 318, Américo de Moura (1881-1953) , em “Os povoadores do campo de Piratininga” diz que “Ao contrário do que dizem Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) e S.Leme, segundo os quais Paula Camacho veio casada de Portugal com João Maciel, êste declarou que era casado na capitania com filha de povoador (“Reg.”, I, 57 e 72), e era cunhado de Gaspar Nunes (“Actas, I, 125), o qual, por sua vez, também declarou que tinha casado aqui (“Reg”, I, 14 e 183). “
Para Américo de Moura (1881-1953), a Paula Camacho seria filha de de Baltazar Nunes e Fulana Camacho…
J.F. de Assumpção Santos , no livro Um linhagem sul rio-grandense: os “Antunes Maciel”, ano 1957 , à página 70 diz:
“Não julgamos suficientes as afirmativas de Américo de Moura (1881-1953) no tocante à linhagem ascendente de Paula Camacho, pois vão contra tôda a pesquisa de Tacques e Silva Leme, quase quatrocentos anos depois…”Será que existe alguma fonte primaria revelando os nomes dos pais da Paula Camacho??
• Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia nº 16, Povoadores de São Paulo - Marcos Fernandes, velho (Adendas às primeiras gerações), consultado em 18.10.2022 18 de outubro de 2022, terça-feira
Faleceu Mestre Bartolomeu cerca de 1556/57 e foi inventariado em Santos (“Povoadores de São Paulo – Mestre Bartolomeu Gonçalves – adendas às primeiras gerações” – artigo a ser publicado na revista da ASBRAP).Pais de:
1(II)- Apolônia Vaz, nascida por volta de 1539, casada com Rodrigo Álvares, mestre de navios, e segunda vez c. ANTÔNIO GONÇALVES DOS QUINTOS, grande sesmeiro no litoral, que instituiu herdeira de seus bens a Ordem do Carmo.
2(II)- MARIA GONÇALVES, n. por 1541, C.c. AFONSO SARDINHA. Foram os fundadores da capela de Nossa Senhora da Graça, no Convento de Santo Inácio, em São Paulo, com doação de patrimônio.
3(II)- BALTAZAR GONÇALVES, n. em 1540/44, membro da Câmara de São Paulo, C.c. MARIA ALVES. Em 1623, no “Instrumento de Abonação”, requerido pelo Cap. Vasco da Mota e seus irmãos ao Rei D. Filipe III, depôs com oito testemunhas, todas declaradas “pessoas antigas, nobres e qualificadas fidedignas”.
4(II)- BEATRIZ GONÇALVES, n. por 1543, C.c. SEBASTIÃO FERNANDES FREIRE, mestre de açúcar.
5(II)- BRÁS GONÇALVES, n. por 1545, almotacel em 1576, genro de Fernão Álvares, que lhe doou terras em São Paulo.
6(II)- (?) DOMINGOS GONÇALVES, n. por 1547, que deve ser o almotacel de São Paulo, em 1583 (em estudo).
7(II)- ............... GONÇALVES, n. por 1549, C. por 1565 c. JOÃO PIRES, o ruivo, alcaide em 1560, com dois filhos de tenra idade, em 1569.
8(II)- .............. GONÇALVES, n. por 1551, C. por 1566 c. MARCOS FERNANDES, o velho, viúvo de ............... Medeiros.
9(II)- VITÓRIA GONÇALVES, n. por 1553, C.c. ANDRÉ RIBEIRO. [Página 10 do pdf]
Nascimento do "Caçador do Eldorado", parente do de João Ramalho 1540, atualizado em 24/08/2025 08:38:15 • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Família (1): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580) • Pessoas (2): Belchior Dias Moréia (1540-1619), Cristóvão de Barros • Temas (1): Ouro
• “A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística 1 de janeiro de 2005, sábado
Com exceção de João Ramalho e sua filha mamaluca e de um ou outro mais raro colono, vindo de São Vicente e ali radicado desde tempo anterior, os moradores restantes não estavam suficientemente aculturados pelo modo de vida dos indígenas, de maneira a tirar partido da base oferecida pelos aborígines, e única em que podiam assentar a sua subsistência. Não conheciam a língua tupi; não tinham ainda o paladar afeiçoado aos quitutes do regime tupi; nem a pele de europeus bastante curtida para suportar as agruras dum clima físico, social e ético, tão diferente do seu, de origem.
• Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXXII, 1937. Diretor: Paulo Duarte. Textos: Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) 1 de janeiro de 1937, sexta-feira
P.s. Custodia Dias acima referida era filha de Manoel Fernandes Ramos, natural de Moura em Alentejo e Guardador da Capela de Santa Anna de Parnaíba, que depois vigairaria, é hoje vila, e de s. mer. Suzana Dias filha do referido João Ramalho, e de sua mer. Beatris Dias, filha do Cacique Teberisa, que batizando-se se chamou Martim Affonso. [Página 27]
• Consulta em https://pt.geneanet.org 20 de agosto de 2025, quarta-feira
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45º
Antonio de Macedo. Em 1540 morava com seus irmãos na ilha de Guaibé 1540, atualizado em 25/02/2025 04:46:49 • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Família (2): João Ramalho (consogro(a) , 1486-1580), Antônio de Macedo (ou Saavedra) (genro/nora , 1531-1590) • Temas (1): Guaimbé
• João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” 1 de janeiro de 1886, sexta-feira
O padre José de Anchieta, na carta de 16 de abril de 1563 ao padre-mestre Diogo Laynez, prepósito geral, não nomeia este chefe nativo. Referindo-se a Tebir´-içá, o qual, logo que soube do assalto planejado contra a nascente vila de São Paulo, "juntou logo toda a sua gente, que estava repartida por três aldeias pequenas, desmanchando suas casas e deixando todas as suas lavouras para serem destruídas pelos inimigos", o padre José de Anchieta escreveu em seguida:
"e ainda que alguns de seus irmãos e sobrinhos ficaram em uma aldeia sem o querer seguir, e um deles vinha juntamente com os inimigos, e lhe mandou incutir grande medo, que eram muitos e haviam de destruir a vila, todavia teve em mais o amor de nós outros e dos cristãos do que os de seus próprios sobrinhos, que tem em conta de filhos, levantando logo a bandeira contra todos eles, e uma espada de pau mui pintada e ornada de pena de diversas cores, que é sinal de guerra".
Aludindo ao assalto, escreveu:
"Chegando pois o dia, que foi o oitavo da visitação de Nossa Senhora, deram de manhã sobre o rio Piratininga com grande corpo de inimigos pintados e emplumados, e com grandes alaridos, ... sendo coisa maravilhosa que se achavam ás flechadas irmãos com irmãos, primos com primos, sobrinhos com tios, e, o que mais é, dois filhos, que eram cristãos detestavam conosco contra seu pai, que era contra nós."
O mesmo padre José de Anchieta escreveu que Tebir´-içá falecera de câmaras de sangue; e não faz referência a ferimentos que ele houvesse recebido nos combates. [Páginas 335 e 336]
• “Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP 1 de janeiro de 2008, terça-feira
Outras aldeias Sobre as demais aldeias do Tamanduateí, não há referências. Por ocasião do ataque à missão, em 1562, ao citar os familiares de Tibiriçá, Anchieta escreveu que este cacique “recolheu toda a sua gente, que estava repartida em três aldeias” [ANCHIETA, Carta ao Pe. Diogo Laínes, 16.04.1563, CAP, p. 194], sendo que a tradição identifica apenas a aldeia de Ururay. Desta forma, não se pode afirma se seus parentes viviam nas aldeias do Tamanduateí ou do Tietê. [“Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”, 2008. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP. Página 45]
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49º
Ata 15 de outubro de 1589, domingo, atualizado em 23/10/2025 15:39:23 • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Família (1): Antônio de Macedo (ou Saavedra) (genro/nora , 1531-1590) • Pessoas (3): Belchior da Costa (1567-1625), Jorge Moreira (n.1525), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589)
• Atas da Câmara da cidade de São Paulo: 1562-1596, volume I, 1967. Prefeitura do município de São Paulo 1 de janeiro de 1967, domingo
Dia 15 de outubro de 1589 nesta vila de São Paulo se ajuntaram em câmara os oficiais dela a saber juiz Manoel Ribeiro e vereadores Jorge Moreira e Manoel Fernandes para fazerem um juiz por ser ausente Domingos Fernandes juiz ordinário e por maiores vozes que deram os da governança da terra saiu por juiz Antonio de Saiavedra morador nesta dita vila por levar mais vozes que todos os outros moradores ao qual foi dado juramento perante mim tabelião dos santos evangelhos sobre um livro deles para que ele sob digo sob dito juramento service o cargo de juiz em ausência do dito Diogo Fernandes e ele o prometeu fazer o que assinou com os ditos oficiais e mandaram ser feito este termo por mim tabelião por não haver escrivão da câmara e ter desistido do ofício e eu Belchior da Costa o escrevi - Jorge Moreira - Antonio de Saiavedra - Manoel Fernandes - Manoel Ribeiro - Geo. Mandra. [p. 373]
• Entre faisqueiras, catas e galerias: Exploração do ouro, leis e cotidiano das Minas do Século XVIII (1702-1762), 2007. Flávia Maria da Mata Reis, Belo Horizonte, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG 1 de janeiro de 2007, segunda-feira
No ano de 1595, foi enviado pelo governador à Capitania de São Vicente onde, juntamente com outros dois mineiros (um deles alemão), diz ter descoberto a serra de “Sirasoyaba” [Araçoiaba] (A historiografia dos descobrimentos geralmente reconhece Afonso Sardinha como o descobridor dessa serra, o que teria ocorrido nos últimos anos do século XVI. Sem necessidade de aprofundar este debate, resta dizer que nada impede que o espanhol e os Afonso Sardinha (pai e filho) tenham empreendido juntos expedições de descobrimentos em Araçoiaba.), cujas amostras, enviadas à Espanha em 1600, revelaram ser a mesma riquíssima em ferro e ouro, e não em prata como a princípio se acreditava.
• “Os companheiros de D. Francisco de Souza”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953) 1 de janeiro de 1929, terça-feira
Sebastião de Freitas veio com d. Francisco da Metrópole, tendo tomado parte na expedição de Gabriel Soares de Sousa (1591). Natural de Alagôa, da cidade de Silves, no Algarve, filho de Manuel Pires, passou, logo após o fracasso do senhor de engenho bahiano, para a Capitania de São Vicente, tendo se casado com d. Maria Pedroso, filha de Antonio Rodrigues de Alvarenga, tronco dos Alvarengas de São Vicente.
Exerceu os cargos de almotacel (1596-1598), juiz da Câmara (1600), vereador (1604-1609) e capitão da vila de São Paulo: a primeira vez por provisão de 22 de junho de 1606 e a segunda vez pela provisão datada de 12 de janeiro de 1609. Obteve várias dadas de chão, e uma sesmaria concedida pelo capitão-mór Pedro Vaz de Barros. Por alvará de 6 de junho de 1600, foi armado cavaleiro por d. Francisco de Sousa e nesse documento se faz referência aos serviços que prestara.
Assim, no ano de 1594, acompanhou ao capitão-mór Jorge Corrêa ao sertão - "desta Capitania a dar guerra ao inimigo, tendo vindo a esta vila de São Paulo a dar-lhe guerra e pô-la em cêrco. E no ano de 1595 acompanhou o capitão Manuel Soeiro ao sertão todo o tempo que lá andou e, no ano de 1596, acompanhou ao capitão João Pereira de Sousa ao sertão com sua pessoa e escravizados a uma guerra que para bem da dita Capitania foi dar; e, no ano de 1599 acompanhou ao capitão Diogo Gonçalves Laço, indo de socorro desta vila de São Paulo para o porto e vila de Santos a um rebate que houve de quatro velas inimigas que ali andavam e alí assistiu todo o tempo que o dito capitão esteve até se tornar para esta vila. E, outrossim, me acompanhou com suas armas e escravizados ao descobrimento das minas de ouro e prata e mais metais á serra de Biraçoiaba e ás mais partes por onde andei e, depois disto, me acompanhou até o porto e vila de Santos, indo eu de socorro por ter novas andarem na ilha de São Sebastião quatro velas inimigas..."
Sebastião de Freitas parece ter falecido depois da expedição de ataque ao Guairá (1628).
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51º
Francisca Cardoso, doente de cama, ditou seu testamento 11 de março de 1611, sexta-feira, atualizado em 24/10/2025 02:36:10 • Cidades (2): Rosana/SP, Sorocaba/SP • Família (1): Antonio de Proença (genro/nora , 1540-1605) • Pessoas (1): Gaspar Vaz Guedes (n.1560)
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52º
Bandeirantes reclamam dos Jesuítas perante o Conselho 10 de junho de 1612, domingo, atualizado em 24/10/2025 02:39:05 • Cidades (1): São Paulo/SP • Família (1): Amador Bueno de Ribeira (neto* , 1584-1649) • Pessoas (5): Antônio de Oliveira (1510-1580), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Belchior da Costa (1567-1625), Gonçalo Madeira (1552-1636), Sebastião Leme "Ghost" • Temas (1): Jesuítas
Revista do Museu Paulista 1895, atualizado em 24/10/2025 02:36:37 • Cidades (7): Bertioga/SP, Cubatão/SP, Jacareí/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592) • Pessoas (5): Ana Pimentel Henriques Maldonado (1500-1571), Anthony Knivet (1560-1649), Antonio de Aguiar Barriga (1600-1655), João Pires Cubas (n.1460), José de Anchieta (1534-1597) • Temas (22): Bocaína, Boigy, Cabusú, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Cayacangas, Estradas antigas, Guaianás, Ilha de Barnabé, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Montanhas, Nossa Senhora da Escada, Rio Cubatão, Rio Cubatão em Cubatão, Rio Geribatiba, Rio Mogy, Serra da Mantiqueira, Serra de Paranapiacaba, Tamoios, Taperovira, Ururay
• 1. Concedidas terras a Bras Cubas “que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba” 3 de março de 1531
Nas sesmarias concedidas a Braz Cubas por d. Anna Pimentel, a 3 de março de 1531 ha referências a essa ilha, que hoje se denomina Barnabé.Passemos a transcrever alguns tópicos: "... a qual terra (sesmaria) está na povoação de São Vicente (Santos ainda não existia nesse tempo) do dito sr. Martim Afonso e a dita terra poderá ser de grandura de duas léguas e meia, pouco mais ou menos, até três léguas por costa e por dentro quanto se puder estender, que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba, assim que pelo braço de mar dentro e mais lhe fazemos doação.
Estas terras de Braz Cubas segundo confrontações do referido documento, conforme se vê no mapa, eram duas e meia a três léguas de costa, desde a foz do Jurubatuba, até o outeiro Guanique, que neste tempo também era ilha, e que se acha á margem esquerda do Rio Cabaçú, no largo do Candinho, costeando as montanhas que ficavam sobre o mar.
Como em todo esse sertão oriental, compreendida esta sesmaria, que estava ainda nessa época infestada pela tribo indômita de Ururay, que se aliavam aos tamoyos no ódio e hostilidades aos portugueses, houve dificuldade em povoar e cultivar essa região, conforme declara o mesmo documento. [Páginas 514 e 515]
• 2. Sesmaria 24 de abril de 1537
A data da Sesmaria de Pedro de Góes é de 24 de abril de 1537 e acha-se transcrita em diversas crônicas e monografias. Confrontava para o oriente, na serra de Taperovira com as ditas terras de Braz Cubas, pelo rio Jurubatuba; dai, costeava o lagamar até a ponta ocidental desta serra até o ponto hoje denominado Pedreira, e dali cortava em linha reta até a illha do Caramacôara (Casquerinho) onde o rio Cubatão tem uma de suas barras. [Revista do Museu Paulista, 1895. Página 515 e 516
03/03/1531 - Concedidas terras a Bras Cubas “que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba” [25971]
Anais revista 1929, atualizado em 24/10/2025 02:40:06 • Família (1): Afonso Sardinha, o Velho (neto* , 1531-1616) • Temas (2): Sabarabuçu, Ouro
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56º
Manual do Tio Patinhas 1972, atualizado em 24/10/2025 02:37:06 • Cidades (2): São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Família (1): Brás Cubas (consogro(a) , 1507-1592) • Temas (4): Bacaetava / Cahativa, Ouro, Pela primeira vez, Serra de Jaraguá
• 1. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) 25 de abril de 1562
O ouro apareceu pela primeira vez no Brasil em Caatiba (atualmente Bacaetava) ou Jaraguá, conforme carta de Brás Cubas data de 1562.
25/04/1562 - Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) [19976]
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57º
Consulta e Google.com 7 de Setembro de 2019, sábado, atualizado em 24/10/2025 02:40:33 • Cidades (1): Sorocaba/SP • Família (1): Afonso Sardinha, o Velho (neto* , 1531-1616) • Temas (4): Pelourinhos, Pela primeira vez, Fazenda Ipanema, São Filipe
21/04/1611 - D. Francisco elevou o novo local com o nome de vila de São Filipe: “Entre 1611 e 1654, tudo é silêncio, menos as sesmarias de André Fernandes, uma das quais êle doou antes de 1648, ano de sua morte, a Baltazar” [21509]
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58º
Biografia de Lopo Dias Machado, consultada em genearc.net 9 de maio de 2022, segunda-feira, atualizado em 23/10/2025 17:19:58 • Cidades (4): Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Mogi das Cruzes/SP • Família (2): Gonçalo Camacho (genro/nora , 1525-1600), Antônio de Macedo (ou Saavedra) (genro/nora , 1531-1590) • Pessoas (7): Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Isabel Dias Carneiro (1556-1636), Isac Dias Carneiro (1558-1590), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Lopo Dias Machado (1515-1609), Rui Dias Machado, Antonio Nogueira • Temas (4): Guayrá, Gados, Léguas, Embiacica
• 1. “mameluco” Domingos Luiz Grou o moço, Belchior Dias e seu tio Antonio de Saavedra lideram uma expedição, que conseguir seguir em "boa paz" agosto de 1587
Em 1590 Belchior Dias Carneiro participou da bandeira de seu tio, Antonio de Macedo, que atacou os índios tupiães de Mogi.
• 2. Nova expedição com 50 homens janeiro de 1590
Belchior foi "dos mais notáveis bandeirantes de seu tempo". Em 1590, participou da bandeira de seu tio, Antonio de Macedo, que atacou os índios tupiães de Mogi.
• 3. A população de São Paulo recebia a notícia através de dois participantes de uma entrada 17 de março de 1590
Isaac Dias Carneiro. Isaac não se casou, mas teve uma filha natural com Maria Nunes. Isaac foi morto no sertão (com seu irmão Gaspar), atacado pelos índios Mogi.
Gaspar Dias. Gaspar foi morto no sertão (com seu irmão Isaac), atacado pelos índios Mogi.
• 4. Retorno da bandeira de Antonio de Saavedra, Diogo de Unhate e Fernão Dias dezembro de 1590
Em 1590, Belchior Dias participou da bandeira de seu tio, Antonio de Macedo, que atacou os índios tupiães de Mogi.
1554 - Nascimento de Belchior Dias Carneiro em São Vicente. Filho de Lopo Dias e Beatriz Dias, em São Vicente [19982]
28/12/1562 - Lopo Dias foi eleito almotacel da Câmara da vila de São Paulo, “funcionário de confiança dos concelhos na Idade Média responsável pela fiscalização de pesos e medidas e da taxação dos preços dos alimentos; sendo encarregado também da regulação da distribuição dos mesmos em tempos de maior escassez” [20073]
01/08/1587 - “mameluco” Domingos Luiz Grou o moço, Belchior Dias e seu tio Antonio de Saavedra lideram uma expedição, que conseguir seguir em "boa paz"* [19965]
01/01/1590 - Nova expedição com 50 homens* [26190]
17/03/1590 - A população de São Paulo recebia a notícia através de dois participantes de uma entrada [22292]
30/12/1590 - Retorno da bandeira de Antonio de Saavedra, Diogo de Unhate e Fernão Dias* [19966]
12/12/1598 - Belchior Dias recebeu terras em Vuturuna (São Roque), caminho de Ibirapuera, onde teria descoberto as minas de Vuturuna [20077]
08/09/1602 - Liderada pelo “mameluco” Belchior Dias Carneiro, bandeira de Nicolau Barreto partiu sabendo da existência de ouro em “Sabarabúçú” [19186]
09/03/1607 - Belchior Dias Carneiro comandou uma bandeira de cerca de 50 homens brancos e muitos nativos. Esta expedição partiu de Pirapitingui, no rio Tietê, rumo ao sertão dos nativos bilreiros e caiapós. O objetivo explícito era o descobrimento de ouro e prata e mais metais [23982]
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