jesus (497 registros) Wildcard SSL Certificates
497 registros
Página 1 de 10  (1 à 50)

AtualizadosRegistros  (497)MaisImagens




Exibir recentes



  Caminho do Peabiru
  1º de 497
abrir registro
   
Revista JCorpus
Setembro de 2025. Atualizado em 24/10/2025 02:40:59
Relacionamentos
 Cidades (1): Itu/SP
 Pessoas (7) Adolfo Frioli (n.1943), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Diogo de Unhate (1535-1617), Gilson Sanches (n.1962), João Barcellos, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Vanderlei da Silva
 Temas (15): Aldeia de Tabaobi, Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Cajurú, Caucaya de Itupararanga, Cordilheira dos Andes, Judaísmo, Maniçoba, Metalurgia e siderurgia, Nheengatu, Pontes, Rio da Prata, Rio Pirajibú, Rio Sorocaba, Serra do Mar
Registros mencionados (2)
1. Evidências de que Afonso Sardinha teria "descoberto" o “Araçoiaba”
1578

Itavuvú Maniçoba

Adentrar a cartografia sesmeira dos Sécs 16 e 17 é reler histórias mal contadas que, na maioria dos casos, foram sequestradas por políticas em ambiente d´Ignorância institucional, tanto coloniais como neocoloniais; logo, “uma releitura paleo-historiográfica urge para descolonizar o contexto”, como diria o notável professor uspiano R. R. Blanco. E, ao mesmo tempo, “um comportamento intelectual de ruptura com a narrativa dos poderes instituídos na invasão ibérica e católica”, na opinião do professor Aziz N. Ab´Sáber, outro uspiano.

A ocupação do solo que antes era vivida pelos povos nativos, de entre a Cordilheira dos Andes e a Serra do Mar, via Piabiyu com o La Plata no meio, foi reocupada sob uma visão agro-latifundiária de agressão ao próprio solo e a ´Terra dos Papagaios´ virou Brasil –,até hoje, quiçá, o maior celeiro de matérias-primas (florestais e minerais) desta Terra que nos é chão, vida e tumba.

Absorver esta história por ela mesma é o que faz o pesquisador Varderlei da Silva, yby-sorocabano d´alma genuína para entender o ´quem sou eu, aqui´, e a dar seguimentos aos trabalhos de Adolfo Frioli e Gilson Sanches, entre outros e outras, com a mesma seriedadea ilustrar a leitura yby-sorocabana de raiz.

Vanderlei da Silva, em noética imersão paleohistoriográfica atingiu o ponto nevrálgico geossocial no entorno do Cerro d´Ybyraçoiaba onde Affonso Sardinha (pai e filho) deram início à metalurgia no Novo Mundo.

Ninguém duvida da característica colonial que fez Affonso Sardinha (o Velho) levantar a indústria ybysorocabana no cerro e..., no seu entorno, dar vida a assentamentos que fundaram o ambiente da ´vida sorocabana´. Aliás, tem pouco interesse a igreja-convento ´fabricada´ além Ponte das Canoas, pois, o Cerro d´Ybyraçoiaba foi e é o ponto histórico da Sociedade yby-sorocabana – i.e.,

o que hoje chamamos Sorocaba fugiu à regra colonial ibero-católica:o ponto-zero não nasceu de uma capela, e sim de um arraial de mineração!

Esta questão também está nas entrelinhas da geossociedade estudada tão meticulosamente pelo nato yby-sorocabano Vanderlei da Silva, porque o arremate em leilão (´do ferro´) feito por Affonso Sardinha (o Velho) na Capitania vicentina, não foi um pedido de terras, o ambiente rural-sesmeiro yby-sorocabano só aconteceu em função da mineração na usina de ferro com paralelo à então intensa atividade trigueira das yby sorocs às regiões do Ribeirão da Vargem Grande, Coacaya, Itaqui e Acutia. [p. 7]
2. Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi
7 de março de 1608

Itavuvú Maniçoba

Adentrar a cartografia sesmeira dos Sécs 16 e 17 é reler histórias mal contadas que, na maioria dos casos, foram sequestradas por políticas em ambiente d´Ignorância institucional, tanto coloniais como neocoloniais; logo, “uma releitura paleo-historiográfica urge para descolonizar o contexto”, como diria o notável professor uspiano R. R. Blanco. E, ao mesmo tempo, “um comportamento intelectual de ruptura com a narrativa dos poderes instituídos na invasão ibérica e católica”, na opinião do professor Aziz N. Ab´Sáber, outro uspiano.

A ocupação do solo que antes era vivida pelos povos nativos, de entre a Cordilheira dos Andes e a Serra do Mar, via Piabiyu com o La Plata no meio, foi reocupada sob uma visão agro-latifundiária de agressão ao próprio solo e a ´Terra dos Papagaios´ virou Brasil –, até hoje, quiçá, o maior celeiro de matérias-primas (florestais e minerais) desta Terra que nos é chão, vida e tumba.

Absorver esta história por ela mesma é o que faz o pesquisador Varderlei da Silva, yby-sorocabano d´alma genuína para entender o ´quem sou eu, aqui´, e a dar seguimentos aos trabalhos de Adolfo Frioli e Gilson Sanches, entre outros e outras, com a mesma seriedade a ilustrar a leitura yby-sorocabana de raiz.

Vanderlei da Silva, em noética imersão paleohistoriográfica atingiu o ponto nevrálgico geossocial no entorno do Cerro d´Ybyraçoiaba onde Affonso Sardinha (pai e filho) deram início à metalurgia no Novo Mundo.

Ninguém duvida da característica colonial que fez Affonso Sardinha (o Velho) levantar a indústria ybysorocabana no cerro e..., no seu entorno, dar vida a assentamentos que fundaram o ambiente da ´vida sorocabana´. Aliás, tem pouco interesse a igreja-convento ´fabricada´ além Ponte das Canoas, pois, o Cerro d´Ybyraçoiaba foi e é o ponto histórico da Sociedade yby-sorocabana – i.e.,

o que hoje chamamos Sorocaba fugiu à regra colonial ibero-católica:o ponto-zero não nasceu de uma capela, e sim de um arraial de mineração!

Esta questão também está nas entrelinhas da geossociedade estudada tão meticulosamente pelo nato yby-sorocabano Vanderlei da Silva, porque o arremate em leilão (´do ferro´) feito por Affonso Sardinha (o Velho) na Capitania vicentina, não foi um pedido de terras, o ambiente rural-sesmeiro yby-sorocabano só aconteceu em função da mineração na usina de ferro com paralelo à então intensa atividade trigueira das yby sorocs às regiões do Ribeirão da Vargem Grande, Coacaya, Itaqui e Acutia. [p. 7]

Ao adentrar o eixo cartográfico com releitura páleo-historiográfica, o pesquisador teve, enfim, a percepção do ´algo´ lítero-arqueológico a emergir sob os seus olhos, e nos diz da odisseia “Decifrando a carta de sesmaria de Diogo de Onhate de 1608, Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no campo caminho da aldeia de Tabaobi”:

(...) no campo caminho da aldeia de Tabaobi, que significa "Aldeia Verde" ou "da Cor do Mar", uma légua de terra em quadra tanto de comprido como de largura de matos no sertão da capitania de São Vicente junto ao rio Pirayibig, "rio Pirajibu", significa “Barbatana”, começando da tapera, ruínas, que foi de alguém de sobrenome Corrêa.

Por causa da localização próxima da cidade de Itu, penso serem ruínas da aldeia de Maniçoba, fundada por Nóbrega como um posto avançado, ela teve duração curta, 1553 e 1554, ali o irmão Pero Corrêa foi figura importante (...)

estendendo-se rio Pirajibu abaixo de uma banda e da outra banda do mato ao longo do caminho que ia ao rio Nharbobon sorocaba, significa “Rio Ponte do Rasgão”, sendo completada do outro lado do rio Pirajibu, se necessário.

Este rio Nharbobon Sorocaba é o atual rio Sorocaba, onde o rio Pirajibu deságua, e o córrego Tapera Grande que vem de Itu passa pelo bairro Cajuru, significa “boca do mato”, em Sorocaba e deságua no Pirajibu. Não encontrei o motivo deste córrego e sua área acima em Itu serem chamados por Tapera Grande, mas é muito interessante coincidircom as referências da dita sesmaria.

Foi com a descoberta do topônimo Tabaobi, que finalizei minhas pesquisas de três anos e meio sobre a origem do atual bairro Itavuvu em Sorocaba, sua localização aproximada e analise paleográfica revelaram a evolução da aldeia de Tabaobi que se tornou paragem de Tavovú depois fazenda de Tavovú, tornou-se bairro de Tavovú. Só no final do século XVIII por motivo desconhecido, a palavra Tavovú ganhou um “I” no começo e virou uma pedra desconhecida, Itavovú e depois Itavuvú, veio de maneira equivocada e anacrônica ser usada como sinônimo de Itapebussú, "Pedra Chata e Grande" o verdadeiro "Berço de Ferro" de Sorocaba no Araçoiaba. Mestre Adolfo Frioli está certíssimo em afirmar: "Sorocaba nasceu no meio da Montanha” (...).

Perceba-se nesta tese como a releitura paleográfica sobre documentação cartográfica do ambiente sesmeiro ibero-colonial a oeste da Capitania vicentina e dos Campos de Piratininga adentra a territorialidade de um enigma:

Maniçoba, a aldeia ou sítio jesuítico onde Manoel da Nóbrega queria dar início ao seu projeto Império teocrático, logo interrompido pelo bandeirismo judeo-cristão a partir da vingança de Família Raposo Tavares, cuja matriarca judia foi martirizada pelos inquisidores jesuítas, em Portugal” (J. C. Macedo: palestra, Porto dos Casais, 1992). Até hoje o societarismo jesuítico-vaticano não trouxe à luz do dia toda a história relativa a Maniçoba.

Também por isso, as pesquisas de Vanderlei da Silva abrem mais uma janela para se descolonizar a história e vivê-la tal e qual na sua raiz... [p. 8]
Registros mencionados (5)
29/08/1553 - Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues" [8154]
1575 - J. C. Macedo: palestra, Porto dos Casais [4888]
1578 - Evidências de que Afonso Sardinha teria "descoberto" o “Araçoiaba” [20363]
16/12/1606 - Novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares [20607]
07/03/1608 - Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi [24117]





  Caminho do Peabiru
  2º de 497
abrir registro
   
Caminho de Peabiru - memoriadotransporte.org.br
29 de junho de 2025, domingo. Atualizado em 30/06/2025 00:22:00
Relacionamentos
 Cidades (1): Assunção/PAR
 Pessoas (4) Aleixo Garcia (f.1526), Cristóvão de Colombo (1451-1506), Reinhard Maack, Ulrico Schmidl (1510-1579)
 Temas (4): Geografia e Mapas, Léguas, Nheengatu, Pela primeira vez





  Caminho do Peabiru
  3º de 497
abrir registro
   
Peabiru Ressurge: O Chamado da Terra Ancestral. prnewswire.com
27 de maio de 2025, terça-feira. Atualizado em 15/06/2025 01:21:54
Relacionamentos
 Pessoas (1) Urandir Fernandes de Oliveira





  Caminho do Peabiru
  4º de 497
abrir registro
   
A estrada aberta por fundadores de SP para vencer paredão da Serra do Mar, por Edison Veiga, de Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil
27 de dezembro de 2024, sexta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (2): São Paulo/SP, São Vicente/SP
 Pessoas (1) José de Anchieta (1534-1597)
 Temas (5): Calçada de Lorena, Caminho do Mar, Caminho do Padre, Rio Mogy, Serra do Mar
Registro mencionado
1. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
25 de janeiro de 1554
Registros mencionados (4)
01/01/1553 - Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei [25214]
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]
01/09/1790 - Calçada de Lorena* [28452]
1844 - A primeira rodovia para Santos, vencendo a Serra do Mar, é a chamada Estrada Velha de Santos (ou Estrada da Maioridade de D. Pedro II) [8756]





  Caminho do Peabiru
  5º de 497
abrir registro
   
Eldorado. Consulta em Wikipedia
21 de junho de 2024, sexta-feira. Atualizado em 21/06/2025 02:08:20
Relacionamentos
 Pessoas (2) Francisco Pizarro González (1476-1541), Walter Raleigh (1552-1618)
 Temas (11): Amazônia, Caciques, Cordilheira dos Andes, El Dorado, Estradas antigas, Incas, Lagoa Dourada, Nheengatu, Ouro, Peru, Rio Orinoco
Registros mencionados (5)
29/10/1618 - Walter Raleigh foi executado em Londres [1045]
2024 - Cronistas relatam que, assim que o impulsivo Sebastián de Belalcázar ouviu a história, exclamou "Vamos procurar esse índio dourado!" [21484]
2024 - Walter Raleigh (1552-1618) foi preso por suposto envolvimento em uma conspiração contra o rei Jaime I [853]
2024 - Raleigh foi libertado para conduzir uma nova expedição ao Eldorado [1005]
2024 - Jiménez de Quesada, om 60 anos, recebeu a missão de conquistar Los Llanos ("As Planícies"), a leste dos Andes, com a ideia de encontrar Eldorado [578]





  Caminho do Peabiru
  6º de 497
abrir registro
   
O desafio épico de recriar o caminho de Peabiru é missão de Dakila Pesquisas. Por Rogério Alexandre Zanetti - jornalista e publcitário, midiamax.uol.com.br
15 de abril de 2024, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:38
Relacionamentos
 Cidades (10): Assunção/PAR, Botucatu/SP, Cananéia/SP, Corumbá/MS, Florianópolis/SC, Foz do Iguaçu/PR, Ivaí/PR, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Urandir Fernandes de Oliveira
 Temas (8): Amazônia, Caminho Sorocaba-Botucatu, Estradas antigas, Guaranis, Incas, Léguas, Nheengatu, O Sol
Registros mencionados (1)
10/11/1609 - Sorocaba é citada: as primeiras terras fruto das desapropriações dos homens da “Casa” de Suzana Dias começam a serem concedidas em sesmarias [20086]





  Caminho do Peabiru
  7º de 497
abrir registro
   
De Santa Catarina aos incas: 500 anos da saga de Peabiru
9 de abril de 2024, terça-feira. Atualizado em 09/04/2025 02:55:37
Relacionamentos
 Cidades (7): Corumbá/MS, Florianópolis/SC, Laguna/SC, Palhoça/SC, Ponta Grossa/PR, Potosí/BOL, São Vicente/SP
 Pessoas (3) Aleixo Garcia (f.1526), Juan Diaz de Solís, Ruy Diaz de Guzman (1559-1629)
 Temas (16): Caminho do Mar, Caminhos até São Vicente, Carijós/Guaranis, Cariós, Cordilheira dos Andes, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Incas, Léguas, Nheengatu, Ouro, Paiaguás, Prata, Rei Branco, Rio da Prata, Rio Itapocú
Registro mencionado
1. Armada de João Dias de Solis teria sido "desmantelada"
1524

Pesquisando sobre o Império Inca, a jornalista e escritora Rosana Bond leu em um antigo livro espanhol que um tal de Aleixo Garcia fora o primeiro europeu avistado pelos indígenas dos Andes. E anotou aquela informação despretensiosamente. À medida em que os anos passavam e ela estudava a história da América Latina, mais aquele personagem aparecia em textos e documentos.

Até que viu uma citação ao seu nome em uma obra sobre Desterro, atual Florianópolis. "Mas o que é que esse sujeito está fazendo aqui num livro de história de Santa Catarina?", perguntou-se.

Bond tinha duas pontas de uma história: um europeu que esteve em Santa Catarina e nos Andes antes que os espanhóis chegassem ao Império Inca. Como se montasse um quebra-cabeças, a escritora foi juntando informações espalhadas em livros e documentos, além de entrevistar e conviver com indígenas. E escreveu, em 1998, o livro A Saga de Aleixo Garcia – o descobridor do Império Inca, ajudando a tornar um pouco mais conhecida a história do marinheiro português e dos guaranis.

Após naufragar em Florianópolis, Garcia foi salvo e passou a viver com os carijós – como eram chamados os guaranis que habitavam a região. Viveu cerca de sete anos entre eles, teve um filho e ouviu histórias de um reino rico em ouro e prata comandado por um rei branco. Com um grupo de indígenas, percorreu o Caminho de Peabiru, um conjunto de trilhas e caminhos indígenas, chegando ao Império Inca, nas proximidades de Potosí.

Os 500 anos da saga pelo Caminho de Peabiru

Em 1524, expedição de Aleixo Garcia e de cerca de 2 mil indígenas chegaram ao Império Inca partindo de Santa Catarina

Teve início nas proximidades de Florianópolis, provavelmente na atual cidade de Palhoça, por volta de 1524. Em San Pedro de Ycuamandiyú, no Paraguai, após cerca de três mil quilômetros de percurso, Aleixo Garcia foi assassinado, provavelmente por indígenas paiaguás.

Caminho percorrido (ida e volta)

Retornou com substantivas riquezas, mas foi morto no atual Paraguai. Sua história motivou outros exploradores a tentarem seguir seus passos, embora ninguém tenha ido tão longe. "Garcia era uma pessoa desimportante. O que o tornou importante foi a amizade com os guaranis. Eles o adotaram e o tornaram índio", avaliou Bond, ao refletir sobre a saga que completa 500 anos neste 2024.

O naufrágio em Florianópolis

O português Aleixo Garcia era marinheiro em uma expedição espanhola comandada por Juan Diaz de Solís, cujo objetivo era encontrar um caminho para o Oriente através do sul da América do Sul. No Rio da Prata, Solís desembarcou de sua caravela para negociar com indígenas, mas foi morto e devorado por eles. No retorno à Espanha, um dos três navios do grupo naufragou ao entrar na baía sul da Ilha de Santa Catarina – Florianópolis é formada pela ilha e mais uma pequena parte do continente.

Garcia era um dos náufragos, que, segundo Bond, sobreviveram graças aos guaranis. Segundo diversos historiadores, o português destacou-se, aprendendo, inclusive, a língua dos indígenas. É provável que tenha tido um filho ainda em Santa Catarina, embora alguns autores acreditem que o menino tenha nascido no Paraguai.

"O que se sabe é que, num certo dia, os índios cariós [a autora usa essa grafia para se referir aos indígenas] revelaram ao português seu maior e mais precioso segredo: conheciam um caminho sagrado que levava a uma terra longínqua, a oeste, com montanhas altas, onde havia muitos objetos que brilhavam, onde o povo usava roupas (ao contrário deles, cariós, que andavam seminus) e havia um rei de pele mais clara que a deles", descreveu Bond no livro. E, além de mostrar peças de prata e ouro, disseram ao náufrago que sabiam chegar até lá por meio do Caminho de Peabiru.

A expedição e o Peabiru

A arqueóloga Claudia Inês Parellada, coordenadora do núcleo de arqueologia do Museu Paranaense, descreveu em um artigo o Peabiru "como um grande conjunto de trilhas indígenas, algumas iniciando na costa Atlântica, entre as atuais São Vicente e Laguna, com ramais que acessavam o interior da América do Sul". O caminho conectava aldeias aliadas e, até por isso, o sistema alternava-se com o tempo.

Peabiru é, provavelmente, um termo de origem tupi-guarani, que significaria "grama amassada". Os indígenas plantavam gramíneas que cobriam o solo, impedindo que árvores e arbustos brotassem novamente. Essa rede, segundo Parellada, encontrava-se com um sistema de caminhos andinos incas, chamado de Qhapaq Ñan. Era possível, portanto, sair do Oceano Atlântico e chegar ao Oceano Pacífico.

Foi por esse caminho que a expedição catarinense seguiu. Teve início nas proximidades de Florianópolis, provavelmente na atual cidade de Palhoça, por volta de 1524 – a data correta não é conhecida. Partiram Garcia, outros três náufragos e os indígenas guaranis, com mulheres e crianças. Dirigiram-se ao norte pelo litoral, penetrando o Peabiru pelo rio Itapocu. Passaram pelo Paraná, entraram no Paraguai e, depois, chegaram à Bolívia. No caminho, foram recrutados outros indígenas: estima-se em dois mil o número de pessoas que formaram a legião.

Andaram a pé e usaram barcos. O paraguaio Ruy Díaz de Guzmán, de pai espanhol e mãe indigena, conheceu remanescentes da expedição – inclusive o filho de Garcia – escreveu que "caminhando na planície daquelas terras encontraram muitos povoados de índios de diversas línguas e nações, com quem tiveram grandes encontros e lutas, ganhando de alguns e perdendo de outros".

Passaram nas proximidades da atual Cochabamba e seguiram ao sul até Sucre, Presto e Tarabuco, cerca de 150 km antes da montanha de prata de Potosí, na época chamada de Alto Peru e pertencente ao Império Inca. Hoje, a região pertence à Bolívia. As comunidades mobilizaram-se contra a tropa e alertaram o rei Huayna Cápac. "O Inca enviou exércitos contra eles, que conseguiram rechaçá-los em alguns pontos, e fez construir fortificações para evitar novos assaltos", narrou o historiador argentino Enrique de Gandia.

A morte

Mesmo tendo que fugir, a expedição retornou com roupas finas, taças, vasilhas e coroas de prata, ouro e outros metais. O grupo chegou até a atual cidade de San Pedro de Ycuamandiyú, no Paraguai, completando cerca de três mil quilômetros de percurso. Alguns emissários foram enviados até o litoral de Santa Catarina – a hipótese é de que o objetivo era retornar ao Andes.

No entanto, Garcia foi assassinado, provavelmente por indígenas paiaguás. A localidade onde ele morreu, segundo Bond, ficou conhecida como Garcia-Cué, algo como "o lugar onde cambaleou Garcia" ou "o lugar que foi de Garcia".

"Esse final trágico de uma das mais fantásticas epopéias americanas não impediu que Aleixo Garcia viesse a ser reconhecido pela história do Paraguai, Bolívia, Argentina e Peru como o primeiro e mais impetuoso explorador de todo o continente sul-americano – ao contrário do que sucede no Brasil, onde é quase um desconhecido", descreveu Bond no livro de 1998. Para a escritora, Garcia continua um quase desconhecido.
Registros mencionados (1)
1524 - Armada de João Dias de Solis teria sido "desmantelada" [19955]





  Caminho do Peabiru
  8º de 497
abrir registro
   
A lenda do Peabiru, de caminho religioso a trajeto guarani. Por Mário Sérgio Lorenzetto, amp.campograndenews.com.br
4 de abril de 2024, quinta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:38
Relacionamentos
 Cidades (6): Malaca/MAL, Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ, Florianópolis/SC, São Vicente/SP, São Paulo/SP
 Pessoas (3) Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Anthony Knivet (1560-1649), Nuno Manoel (1469-1531)
 Temas (9): Deus, Nheengatu, Léguas, Guaranis, Galinhas e semelhantes, Incas, Cordilheira dos Andes, Estradas antigas, Caminho do Mar






  Caminho do Peabiru
  9º de 497
abrir registro
   
De Santa Catarina até o Império Inca: a história de Aleixo Garcia e o caminho de Peabiru. Por Daniela Marinho, socientifica.com.br
março de 2024. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (2): Florianópolis/SC, Palhoça/SC
 Pessoas (1) Aleixo Garcia (f.1526)
 Temas (3): Rio Itapocú, Incas, Cordilheira dos Andes
Registro mencionado
1. Armada de João Dias de Solis teria sido "desmantelada"
1524
Registros mencionados (1)
1524 - Armada de João Dias de Solis teria sido "desmantelada" [19955]





  Caminho do Peabiru
  10º de 497
abrir registro
   
História do Município de Ivaiporã, data da consulta em ivaipora.pr.gov.br
4 de fevereiro de 2024, domingo. Atualizado em 25/10/2025 15:40:33
Relacionamentos
 Cidades (5): Apucarana/PR, Guarapuava/PR, Ivaiporã/PR, São Paulo/SP, Villa Rica del Espiritu Santo/BRA
 Pessoas (5) Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Cacique Tayaobá (1546-1629), Manuel Preto (1559-1630), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)
 Temas (12): Aldeia de Los angeles, Café, Canibalismo, Canôas, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Guaranis, Milho, Missões/Reduções jesuíticas, Nheengatu, Rio Corumbataí, Rio Ivahy (Guibay, Hubay)
Registro mencionado
1. parte de São Paulo a grande bandeira comandada por Raposo Tavares tendo como imediato Manoel Preto que atacou as reduções jesuíticas e aldeias guaranis, com 69 portugueses, 900 mamelucos e 3 mil índios
18 de setembro de 1628

Em 1628 os bandeirantes paulistas, sob a liderança de Manoel Preto e Raposo Tavares e dois mil índios tupis, desceram a serra do Apucarana e destruíram as reduções jesuíticas, Villa Rica, colocaram os espanhóis batendo em retirada Ivaí abaixo e, índios aprisionados em fila indiana rumo à São Paulo.
Registros mencionados (4)
1592 - Os espanhóis instalaram esta vila em 1592, escolhendo esta região pelo imenso número de índios, que poderiam ser convertidos nas reduções e explorados nas encomiendas [763]
1611 - O padre jesuíta Ruiz Montoya, que chegou às terras do cacique Yataobá e empreendeu a instalação de Reduções como as de San Pablo e Los Angeles [940]
1626 - São Roque Gonzales fundou quatro Reduções: Candelária, Caaçapa-Mirim, Assunção do Juí e Caaró [22949]
18/09/1628 - parte de São Paulo a grande bandeira comandada por Raposo Tavares tendo como imediato Manoel Preto que atacou as reduções jesuíticas e aldeias guaranis, com 69 portugueses, 900 mamelucos e 3 mil índios [17700]





  Caminho do Peabiru
  11º de 497
abrir registro
   
2024
Atualizado em 02/11/2025 05:34:47
A Vila de Santos: gênese e morfologia urbana entre os séculos XVI-XVIII
•  Cidades (3): Cananéia/SP, Santos/SP, São Vicente/SP
•  Pessoas (5): Hans Staden (1525-1576), Henrique Montes, João Sanches "Bisacinho", Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Salvador do Valle
•  Temas (9): Bacaetava / Cahativa, Peru, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio Huybay, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Paraná, Tordesilhas, Trópico de Capricórnio, Tupis




  Caminho do Peabiru
  12º de 497
abrir registro
   
Monções, consulta em Wikipédia
6 de dezembro de 2023, quarta-feira. Atualizado em 31/10/2025 11:23:43
Relacionamentos
 Cidades (5): Porto Feliz/SP, Cuiabá/MT, Sorocaba/SP, São Paulo/SP, Santana de Parnaíba/SP
 Pessoas (6) Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Miguel Sutil (1667-1755), Rodrigo César de Meneses, José Custódio de Sá e Faria, Fernando Dias Falcão (1669-1738)
 Temas (15): Araritaguaba, Guayrá, Carijós/Guaranis, Capitania de São Vicente, Estradas antigas, Canôas, Rio Anhemby / Tietê, Rio Paraná, Ouro, Paiaguás, Rio Pardo, Milho, Guerra dos Emboabas, Leis, decretos e emendas, Descobrimento do Brazil
Registro mencionado
1. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
25 de janeiro de 1554

Durante os primeiros anos da colonização do Brasil, apenas regiões ao longo do litoral haviam sido conquistadas. Diferente do que acontecia nas outras capitanias, a capitania de São Vicente, propriedade de Martim Afonso, não se adaptou aos costumes do propriedade rural e, a partir da integração entre forasteiros e nativos, recorreu ao movimento para se consolidar. Além disso, por estarem distantes dos centros de consumo, a compra de negros africanos era mais complicada aos paulistas, que recorreram ao interior para conquistar mão de obra indígena. Um dos benefícios da distancia da Metrópole para a capitania que originou São Paulo foi a adaptabilidade: diferente dos europeus, que implantaram sua realidade em solo brasileiro, os habitantes da capitania de São Vicente usaram o conhecimento da terra e da região ensinado pelos índios para tomar posse.

Os indígenas guiavam os europeus por caminhos que já percorriam antes da colonização. Um exemplo disso é o fato dos Carijós do Guairá plantarem uma variedade de gramíneas em suas estradas para impedir que os caminhos se obstruíssem. Apesar de terem que se adaptar ao desconforto com que os índios exploravam, como ficar descalços e andar em "fila índia", os europeus encontraram refúgios pelos trajetos, já que os índios costumavam deixar apetrechos em lugares estratégicos, como lanças em regiões propicias a caça ou barcos onde haviam rios. Depois de um tempo, esses lugares se tornaram pousos.

Alguns europeus, que não aguentavam aos caminhos primitivos, recorriam a um tipo de veículo rudimentar: redes carregadas por índios. Esse transporte também conotava uma superioridade e liderança diante do resto do grupo e, com o afastamento da civilização, acabava sendo inutilizado. Quando começaram a se deparar com rios maiores, enxergaram ali um obstáculo que, com o passar do tempo, se apresentou como novos caminhos. Embora não fossem a via mais comum de penetração do continente, os rios deixaram de ter um simples papel de acessório.
Registros mencionados (1)
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]





  Caminho do Peabiru
  13º de 497
abrir registro
   
Cresce arqueologia falsa no Sul do Brasil. Por Ângelo de Carvalho, em anovademocracia.com.br
29 de novembro de 2023, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (1): Joinville/SC
 Temas (5): Estradas antigas, Peru, Extraterrestre e sobrenatural, Léguas, Dinheiro$
Registro mencionado
1. Tratado de Ancón, celebrado a 20 de outubro de 1883
20 de outubro de 1883

A chamada pseudoarqueologia, ou arqueologia falsa, está registrando uma fase de crescimento no Paraná e Santa Catarina, notadamente com casos ligados ao Caminho do Peabiru, uma rota milenar indígena que unia o oceano Atlântico ao Pacífico.

Ao mesmo tempo em que a pesquisa científica realiza avanços nos dois estados, surgem episódios de falseamento que prejudicam a compreensão real do significado da trilha de cerca de 4 mil km, que começava no litoral de SC, PR e SP e, após cruzar os Andes, terminava no litoral do Chile (que era sul do Peru, antes da guerra de 1883).
Registros mencionados (1)
20/10/1883 - Tratado de Ancón, celebrado a 20 de outubro de 1883 [2166]





  Caminho do Peabiru
  14º de 497
abrir registro
   
Novidades sobre a Trilha do Peabiru. dakilanews.com.br
12 de outubro de 2023, quinta-feira. Atualizado em 25/10/2025 03:31:41
Relacionamentos
 Pessoas (1) Urandir Fernandes de Oliveira
 Temas (6): Amazônia, Curiosidades, Estradas antigas, Montanhas, Nheengatu, O Sol





  Caminho do Peabiru
  15º de 497
abrir registro
   
MARCAS DO PEABIRU EM SOROCABA
30 de Setembro de 2023, sábado. Atualizado em 21/03/2025 20:53:41
Relacionamentos
 Cidades (1): Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Celso “Marvadão” Ribeiro
 Temas (1): Rua XV de Novembro





  Caminho do Peabiru
  16º de 497
abrir registro
   
Piabiyu Inca-Guarani - Coacaya a Coacaya... Por João Barcellos
Setembro de 2023. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (1): Lisboa/POR
 Pessoas (1) Pedro Álvares Cabral (1467-1520)
 Temas (10): Rio Cotia, Caminho de Paranapiacaba, Papas e o Vaticano, Descobrimento do Brazil, Jaguamimbava, Incas, Guaranis, Serra de Paranapiacaba, Pau-Brasil, Caucaya de Itupararanga
Registro mencionado
1. O mareante português Sancho Brandão encontra “Brandam ou Brasil”
12 de fevereiro de 1343

Da floresta da Paranapiacaba, rio Acutia arriba, passando pela aldeia Guaru, no sopé da Jaguamimbaba, até à foz do Ryo Siará, eis a rota (de sul a nortenordeste) do Império Inca guardada em fase última pelo povo Guarani e suas ramificações geo-linguísticas, como os Guaru e os Kariri.

Em 1342 o capitão Sancho Brandam, da Marinha Mercante lusa, foi apanhado por intensa e prolongada tempestade e arremessado do golfo guineense para a outra banda atlântica: a Ilha do Brasil. Súbito, o capitão Brandam estava ao largo da foz do Ryo Siará, e, desembarcando para consertar o navio, ou os navios, entrou em contato com povos nativos; foi Ryo Siará arriba o encontrou o ´ouro´ da época – um “...páo vermelho para tinta” de melhor qualidade que o ´brasil´ comprado no oriente via Lila Hanseática.

Em entrada triunfal no cais de Lisboa, o capitão Brandam deu a notícia ao rei Afonso IV e, este, em 12 de fevereiro de 1343, enviou carta e mapa ao papa Clemente VI anunciando a descoberta da “Ilha do Brasil, ou de Brandam”. Por isso, o “brazil of oportugal´ é conhecido desde então em todos os cais hanseáticos. Por isso, também, em 1500, uma frota na rota para a Índia fez a volta larga no oceano para fincar o padrão da posse portuguesa sobre a “Ilha do Brasil”, renomeada ali como “Terra de Vera Cruz”.

E assim é que hoje sabemos que da aldeia nativa Coacaya, na foz do Ryo Siará, à Coacaya da serra da Paranapiacaba passando pela Coacaya da serra da Jaguamimbaba, a rota inca-guarani situa-se não somente no Piabiyu a sul, mas de sul a norte-nordeste. Faz-se jus dizer que a Barra do Ryo Siará, na Coacaya, foi e é a ponta do Mundo Novo...
Registros mencionados (2)
12/02/1343 - O mareante português Sancho Brandão encontra “Brandam ou Brasil” [29119]
09/07/1501 - Carta do rei dom Manuel, datada de Sintra, anunciando aos príncipes católicos o descobrimento da terra de Santa Cruz, por Pedro Álvares Cabral [11318]





  Caminho do Peabiru
  17º de 497
abrir registro
   
Sorocaba e a feira do Tropeirismo Por Marco André Briones, consultado em cidadeecultura.com
20 de março de 2023, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:40:54
Relacionamentos
 Cidades (10): Araçoiaba da Serra/SP, Curitiba/PR, Itu/SP, Lisboa/POR, Paranapanema/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (3) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Balthazar Fernandes (1577-1670), Cristovão Pereira de Abreu (1678-1755)
 Temas (12): Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho Itú-Sorocaba, Capela do Divino, Ermidas, capelas e igrejas, Fazenda Ipanema, Itapeva (Serra de São Francisco), Pela primeira vez, Registro de Animais, Rio Anhemby / Tietê, Terremotos, Tropeiros, Tupis
Registro mencionado
1. Havia indígenas transitando
400

Localizada a apenas 90 km da capital paulista, a região de Sorocaba é muito relevante desde a época em que era ocupada pelos índios, pois se situava em uma encruzilhada de rotas indígenas por onde andavam os Tupis do Tietê, os Tupiniquins e Guaianazes de Piratininga, os Carijós dos campos de Curitiba, além dos Guaranis de Paranapanema. Tais caminhos terrestres-fluviais integravam a famosa trilha do Peabiru, que ligava a região de São Vicente até o Paraguai. Posteriormente, as trilhas coloniais criadas pelos europeus quase sempre eram baseadas nas trilhas indígenas já existentes. Algumas delas persistem até hoje e acabaram sendo adaptadas para as construções das estradas que temos por toda parte no Brasil nos dias de hoje.
Registros mencionados (5)
400 - Havia indígenas transitando [20536]
01/02/1732 - Sorocaba: Registro da primeira tropa de muar em Sorocaba* [9656]
03/09/1750 - Instalado o “Registro de Sorocaba” junto a ponte do mesmo nome. Salvador de Oliveira Leme é nomeado o primeiro Administrador [6573]
01/11/1755 - Lisboa foi arrasada por um violento terremoto, seguido de tsunami [14167]
24/06/1883 - Inauguração da Capela do Divino Espirito Santo do Cerrado [9673]





  Caminho do Peabiru
  18º de 497
abrir registro
   
O sertão desconhecido, ybytucatu.net.br/ historia/sertao.html
9 de fevereiro de 2023, quinta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (2): Botucatu/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Bartolomeu Pais de Abreu (1674-1738), José de Almeida Leme (1718-1780)
 Temas (1): Estradas antigas
Registros mencionados (4)
23/03/1720 - Bartholomeu Paes de Abreu propos ao rei abrir um caminho pelo interior [22000]
01/02/1771 - José de Almeida Leme* [1757]
21/02/1771 - Carta do capitão-mor de Sorocaba ao governador da Capitania de São Paulo, Luís António de Sousa Botelho Mourão, solicitando que emitisse portaria concedendo isenções àqueles que participassem da abertura de caminho para a Praça de Iguatemi e que convocasse um índio de grande importância para a empresa [22256]
07/11/1771 - Aberto caminho de terra para o Iguatemi, desde Sorocaba até o Rio Grande [8334]





  Caminho do Peabiru
  19º de 497
abrir registro
   
Curiosidades sobre o Caminhão do Mar
23 de dezembro de 2022, sexta-feira. Atualizado em 21/03/2025 20:56:20
Relacionamentos
 Pessoas (4) Manuel João Branco (f.1641), Mem de Sá (1500-1572), Fernão Cardim (1540-1625), José de Anchieta (1534-1597)
 Temas (3): Cavalos, Estrada da Maioridade, Caminho do Mar





  Caminho do Peabiru
  20º de 497
abrir registro
   
Evolução das vias: Uma visão geral. João Fortini Albano
30 de novembro de 2022, quarta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (4): Curitiba/PR, Sorocaba/SP, Taubaté/SP, Viamão/RS
 Temas (2): Caminho de Curitiba, Estradas antigas





  Caminho do Peabiru
  21º de 497
abrir registro
   
Rio Itapocu, consultado
25 de novembro de 2022, sexta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (3): Araquari/SC, Guaratuba/PR, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Mência Calderon Ocampo (1514-1593)
 Temas (13): Babitonga, Baia e río do Repayro, Bairro Itavuvu, Botocudos, Caminho do Mar, El Dorado, Geografia e Mapas, Goayaó, Nheengatu, Ouro, Porto dos Patos, Rio dos Dragos, Rio Itapocú
Registros mencionados (2)
1630 - Mapa "Novus Brasiliae Typus", de Willem Janszoon Blaeu (1571-1638) [1147]
1633 - Mapa Accuratissima Brasiliæ Tabula, Hendrik Hondius [24811]





  Caminho do Peabiru
  22º de 497
abrir registro
   
20 de novembro de 2022, domingo
Atualizado em 02/11/2025 05:34:46
familysearch.org
•  Cidades (2): Cotia/Vargem Grande/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (1): Hans Staden (1525-1576)
•  Temas (3): Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Rodovia Raposo Tavares
    Registros relacionados
1700. Atualizado em 25/02/2025 04:38:56
1°. A história de Cotia tem início por volta de 1700, quando os viajantes que iam para o interior dos estados, paravam na vila para descansar e alimentar-se por ser um antigo pouso de tropeiros onde circulavam cargas e mantimentos
Cotia era uma povoação de beira de estrada, ponto de parada para os tropeiros, por onde passava uma das principais rotas que interligavam São Paulo ao sul do país e ao oeste do Estado, que corresponde atualmente à rodovia Raposo Tavares cujo nome é uma homenagem aos bandeirantes que estabeleceu esta rota e praticamente definiu as atuais fronteiras do Brasil ao sul. Mais tarde, a cidade passou a chamar-se Cuty e depois Acutia. O primeiro registro em que a localidade é referida como Acutia foi feito por Hans Staden, no século XVI, quando publicou um livro sobre o Brasil.




  Caminho do Peabiru
  23º de 497
abrir registro
   
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 11.11.2022
11 de novembro de 2022, sexta-feira. Atualizado em 06/10/2025 22:16:59
Relacionamentos
 Cidades (7): Assunção/PAR, China/CHI, Curitiba/PR, Guaíra/PR, Lisboa/POR, Madrid/ESP, Sorocaba/SP
 Pessoas (6) Aleixo Garcia (f.1526), Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Clemente XIV, o Rigoroso (1705-1774), Cristóvão de Colombo (1451-1506), Diogo Ribeiro, Domingo Martinez de Irala (1506-1556)
 Temas (17): Apoteroby (Pirajibú), Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Geografia e Mapas, Guayrá, Japão/Japoneses, Jesuítas, Leis, decretos e emendas, Nheengatu, Ordem de Cristo, Papas e o Vaticano, Pela primeira vez, Peru, Rio Paraguay, Rio Paraná, Rio Paranapanema, Tordesilhas
Registros mencionados (2)
1. Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina
29 de março de 1541

1541 - Alvar Nunez Cabeza de Vacca, parte da Ilha de Santa Catarina, alcança o território paranaense, segue por uma linha de cumeada até o Rio Papagaio e daí sempre pelo divisor de águas até as nascentes do Rio Piquiri, desce esse curso d´água até o Rio Paraná e, finalmente, desce o Rio Paraguai até Assuncion.
2. parte de São Paulo a grande bandeira comandada por Raposo Tavares tendo como imediato Manoel Preto que atacou as reduções jesuíticas e aldeias guaranis, com 69 portugueses, 900 mamelucos e 3 mil índios
18 de setembro de 1628

Em 18 de setembro, parte de São Paulo a grande bandeira comandada por Raposo Tavares tendo como imediato Manoel Preto que atacou as reduções jesuíticas e aldeias guaranis, com 69 portugueses, 900 mamelucos e 3 mil índios. Já entre 1590 e 1628 o remédio da pobreza dos bandeirantes ou seu meio de lucro era apresar indígenas, a captura e comércio de índios tornara-se a atividade essencial.
Registros mencionados (9)
636 - Chineses descobrem a América [24]
986 - O navegador Bjarni Herjolsson viajando da Islândia para a Groenlândia foi desviado de sua rota por uma tempestade que o conduziu em direção sul, o levando a novos e desconhecidos lugares [35]
1001 - O navegador Bjarni Herjolsson volta à Groenlândia narrou o fato ao navegador Leif Ericson, que anos após seguiu com uma expedição chegando a Helluland (terra de rochas), Markland (terra de madeira) e Vinland (terra de vinha) na América do Norte [40]
1117 - O bispo islandês Eirik fez a mesma rota e chegou a Vinland [54]
1311 - O rei africano Abudakari II conduziu uma frota de vários barcos da costa ocidental africana em direção ao Oceano Atlântico, anos depois retornou apenas um barco dando conta da descoberta da América [96]
1339 - Mapa de Dulcert [111]
1482 - Portulano de Grazioso Benincasa, Bolonha, Itália [201]
29/03/1541 - Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina [22126]
18/09/1628 - parte de São Paulo a grande bandeira comandada por Raposo Tavares tendo como imediato Manoel Preto que atacou as reduções jesuíticas e aldeias guaranis, com 69 portugueses, 900 mamelucos e 3 mil índios [17700]





  Caminho do Peabiru
  24º de 497
abrir registro
   
historiadomundo.com.br/inca, Por Mariana de Oliveira Lopes Barbosa
19 de outubro de 2022, quarta-feira. Atualizado em 15/02/2025 14:23:48
Relacionamentos

 Temas (7): Estradas antigas, Habitantes, Incas, O Sol, Ouro, Peru, Pontes
Registros mencionados (2)
1. Pachacuti inicia a expansão do império Inca
1438

Os poderes militar e de negociação dos incas foram responsáveis pela conquista dessas outras regiões e povos. O processo de expansão do império foi iniciado com a guerra e vitória contra o povo chanca, em 1438, fazendo com que as regiões conquistadas fossem anexadas ao inca, realizando a taxação de impostos sobre os derrotados e criação de estradas para tais locais. Dessa forma, os incas conseguiram um território vasto, com mais de 4 mil quilômetros de extensão.

Pontes incas — umas das construções de engenharia mais impressionantes da América pré-colombiana espanhola. Construíram diversas pontes em seu território. Estima-se que havia mais de 200 pontes suspensas.
2. Captura do imperador inca Atahualpa por Francisco Pizarro
16 de novembro de 1532
Registros mencionados (3)
1438 - Pachacuti inicia a expansão do império Inca [29765]
16/11/1532 - Captura do imperador inca Atahualpa por Francisco Pizarro [21973]
15/02/1929 - Estrada Real, Koboyama [28297]





  Caminho do Peabiru
  25º de 497
abrir registro
   
“Caminho das Tropas”, Consultado em Wikipédia
4 de Setembro de 2022, domingo. Atualizado em 25/10/2025 15:40:31
Relacionamentos
 Cidades (7): Ibiúna/SP, Itapetininga/SP, Itapeva/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Vacaria/RS, Viamão/RS
 Pessoas (2) Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Washington Luís Pereira de Sousa (1869-1957)
 Temas (5): Caminho das Tropas, Caminho Sorocaba-Itapetininga, Estrada Real, Estradas antigas, Guayrá
Registros mencionados (5)
1680 - Jesuítas [1437]
1728 - “a estrada que vai da Villa de Sorocaba até Lages e daque para o continente de Viamão hé toda povoada de fazendas de criar, para o que serve quazi toda a terra de huma e outra parte desta estrada. Entre estas fazendas há também alguns campos devolutos, a que chamam de invernada, porque nestes campos costumão parar as tropas e Boyadas” [22477]
1827 - “Estatística da Imperial Província de São Paulo” (1827), José Antônio Teixeira Cabral [24631]
01/01/1844 - Mapa "Brazil" de John Arrowsmith [28298]
26/08/1922 - Rodovia Raposo Tavares foi inaugurada oficialmente [17508]





  Caminho do Peabiru
  26º de 497
abrir registro
   
Os Campos Bicudos da “Casa” de Suzana Dias. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia n.º 22 (Consultado nesta data)
4 de Setembro de 2022, domingo. Atualizado em 23/10/2025 17:19:59
Relacionamentos
 Cidades (8): Araçoiaba da Serra/SP, Avaré/SP, Botucatu/SP, Curitiba/PR, Itapecirica da Serra/SP, Pitangui/MG, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (17) Antônio Bicudo (1580-1650), Antônio Bicudo Carneiro (1540-1628), Antônio Rodrigues "Dias" (f.1616), Balthazar Fernandes (1577-1670), Braz Teves, Catarina Dias (1558-1631), Custódia Dias (1581-1650), Felipe de Campos Banderborg (1618-1681), Filipe de Campos Bicudo (1706-1762), Francisco de Sousa (1540-1611), Gervásio de Campos Bicudo, Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), José de Campos Monteiro, Isabel Rodrigues "Bicudo" (1550-1615), Margarida Bicudo, Nicolau Barreto, Suzana Dias (1540-1632)
 Temas (8): Gentios, Guaranis, Ibiticatu, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Ouro, Rio Paranapanema, Rio Pardo, Sabarabuçu
Registros mencionados (14)
1553 - Nascimento de Suzana Dias. Filha de Lopo Dias e da nativa Bartira [19181]
14/07/1601 - Francisco Rodrigues recebeu de D. Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de “Ibapoara”, topônimo desconhecido [17560]
14/07/1601 - Dom Francisco mudou o pelourinho, enviou moradores mas somente os "Sardinha" tinha autorização de entrar nas minas de "Obiracoyava" [9119]
15/08/1603 - Após a descoberta do ouro em terras brasileiras, Portugal instituiu várias medidas de caráter fiscalizador com o chamado “Primeiro regimento das terras minerais” [21240]
01/06/1610 - Francisco de Souza chega em São Paulo* [26582]
1610 - Sorocaba (data estimada) [20093]
10/06/1611 - O triste destino de D. Francisco de Souza, fundador do Itavuvu e 7° Governador-Geral do Brasil [20084]
16/04/1616 - Inventário e Testamento e Antonio Rodrigues, genro de Suzana Dias e Manuel [21107]
1620 - Antonio Bicudo ganha destaque / início da colonização das Minas de Pitangui [20085]
02/09/1634 - Falecimento de Suzana Dias [20168]
1643 - Casamento de Margarida Bicudo e Felipe de Campos Bander Borth [1251]
01/12/1681 - Testamento de Felipe de Campos [31957]
1759 - Jesuítas são expulsos do Brasil [7216]
19/09/2024 - Quais são as 10 MAIORES TRIBOS INDÍGENAS brasileiras? Conhecendo o Brasil (Youtube.com) [3838]





  Caminho do Peabiru
  27º de 497
abrir registro
   
Celso Marvadão Ribeiro 11 h 100 ANOS DA RAPOSO TAVARES
27 de agosto de 2022, sábado. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (4): Cotia/Vargem Grande/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Itapetininga/SP
 Pessoas (1) Celso “Marvadão” Ribeiro
 Temas (3): Estradas antigas, Estrada Geral, Rodovia Raposo Tavares
Registros mencionados (1)
26/08/1922 - Rodovia Raposo Tavares foi inaugurada oficialmente [17508]





  Caminho do Peabiru
  28º de 497
abrir registro
   
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. LXXI
8 de agosto de 2022, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 17:19:59
Relacionamentos
 Cidades (7): Cananéia/SP, Capão Bonito/SP, Itapetininga/SP, Itapeva/SP, Itu/SP, Sarapuí/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (9) Balthazar Fernandes (1577-1670), Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco Correa (f.1590), José de Anchieta (1534-1597), Manoel Fernandes de Abreu, Manuel da Nóbrega (1517-1570), Serafim Soares Leite (1890-1969), Suzana Dias (1540-1632), Ulrico Schmidl (1510-1579)
 Temas (12): Abayandava, Assunguy, Biesaie, Bilreiros de Cuaracyberá, Caminho até Cananéa, Caminho do Mar, Caminho Sorocaba-Itapetininga, Carijós/Guaranis, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Léguas, Maniçoba
Registro mencionado
1. Chegada a Kariesseba
26 de março de 1553

Partindo de Assunção, desceu o Paraguay e subiu o Paraná até a barra do Iguassú; dai seguiu pela margem direita até a altura do rio Cotegipe; em seguida atravessou os rios Piquery, Cantú e outros afluentes desses rios; transpôs a serra da Esperança, passou pelas cabeceiras do Corumbay, e foi cruzar o Ivahy nas cabeceiras do Tibagy, onde deixou o caminho para Santa Catarina, pelo qual subiu Cabeça de Vaca.

Aí, tomando a esquerda, pendeu para as matas do vale de Assunguy, passou pela Aldeia dos Bilreiros e de Carieseba, onde logo adeante encontrou a encruzilhada do caminho que descia para Cananéa. Prosseguindo, porém, sempre à esquerda, deixou o Vale de Assunguy, e foi sair nos Campos de Faxina, Capão Bonito e Itapetininga, pelos quais seguiu até as proximidades de São Miguel Arcanjo, deixando outra encruzilhada que servia para ligar Cananéa à região de Piratininga.Desse ponto, passando pelos campos de Sarapuhy, e de Sorocaba, foi sair em Bieasaie, mais tarde Maniçoba, ou Japyuba e hoje Itu, donde procurou o rio Tietê por cujas margens seguiu até as proximidades do rio Jurubatuba. Descansou três dias na Aldeia desse nome até que finalmente chegou a Santo André". [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. LXXI. Página 13]
Registros mencionados (9)
26/03/1553 - Chegada a Kariesseba [24787]
12/06/1553 - Carta de Manoel da Nóbrega [31989]
31/08/1553 - Carta de Manoel da Nóbrega á Luís Gonçalves da Câmara: “Vou em frente procurar alguns escolhidos que Nosso Senhor terá entre esses gentios” [21876]
01/12/1568 - Anchieta* [26891]
1570 - Casamento de Suzanna Dias e Manuel Fernandes Ramos [20001]
1575 - “Historia de la fundación del Colegio del Rio de Enero”, Quirino Caxa (1538-1599) [26892]
05/04/1622 - Depoimento, em São Paulo, de Suzana Dias nos “Processos Anchietanos” [9365]
02/04/1628 - Funcionário da Inquisição, vai ao sítio de engenho de ferro [21289]
08/04/2023 - Caminho de São Tomé, hoje chamado Peabiru: Sorocaba-Paranapanema [28727]





  Caminho do Peabiru
  29º de 497
abrir registro
   
Julho de 2022
Atualizado em 02/11/2025 05:34:36
Revista iCorpus*
•  Cidades (5): Itapevi/SP, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (5): Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Balthazar Fernandes (1577-1670), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Suzana Dias (1540-1632), João Barcellos
•  Temas (6): Jeribatiba (Santo Amaro), Maniçoba, Ouro, Rio Geribatiba, Rio Sorocaba, Serra de Jaraguá
Revista iCorpus
Data: 2022
Página 11(rio sorocaba
    Registros relacionados
1580. Atualizado em 24/10/2025 02:38:27
1°. Afonso Sardinha (45 anos) adquiriu uma grande fazenda em São Paulo (o nas serras de Iguamimbaba, que agora se chama Mantaguyra, na de Jaraguá, termo de S. Paulo, na de Vuturuna (São Roque), na de “Hybiraçoyaba (Sorocaba)”
oão Barcelos, autor de Do Fabuloso Araçoiaba ao Brasil Industrial:Da notável mameluca Suzana ao Ferro ybiraçoiabano dos SardinhaA expansão dos lusos de serr´acima pelo planalto piratiningo (oriundos de "fogos" de subsistência no Cubatão e na Paranapiacaba) levou-os do rio Jerybatiba ao rio Anhamby; e, entre o Pico do Jaraguá, aberto que foi por Affonso Sardinha à exploração minerária, aos cerros d´Ibituruna e d´Ybiraçoiaba, eis que surge Suzana Dias, a neta do cacique Tibiriçã, casada com um português. Dona de altos cabedais, decide erguer na região de Paneíbo a vila Santa Anna de Parnahyba na outra mais anhambyana, e é esta vila da notável mameluca Piratininga que vai servir de eixo fluvial e viário entre os ramais do Piabiyu, via estrada d´itapevis, como já havia servido ao jesuíta Manoel da Nóbrega para estabelecer a aldeia de Maniçoba.A cada passo dos portugueses e dos luso-portugueses e da gente mameluca na direção do oeste, os povos nativos (guaranis, tupis e etc.) são empurrados para a imensidão das Ybi Soroc (q.s. "terra rasgada", ou atualmente, "sorocaba"), onde o "velho" Affonso Sardinha vai minerar ferro com o filho ("o moço"), enquanto explora outro no Ibituruna e outro tanto no Jaraguá.Logo, pela importância estratégica da vila da notável mameluca, as Yby Soroc ficam sob sua jurisdição e um de seus filhos, Balthazar Fernandes, val ali erguer a vila Sorocaba margeando o rio Brízida (depois batizado Sorocaba).




  Caminho do Peabiru
  30º de 497
abrir registro
   
Caminho de Peabiru: a fascinante rota indígena que conecta o Atlântico ao Pacífico. Catherine Balston. BBC Travel
27 de junho de 2022, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:36
Relacionamentos
 Cidades (4): Curitiba/PR, Peabiru/PR, Potosí/BOL, Sorocaba/SP
 Pessoas (6) Aleixo Garcia (f.1526), Apóstolo Tomé Judas Dídimo, Cláudia Inês Parellada, Francisco Pizarro González (1476-1541), Juan Diaz de Solís, Ruy Diaz de Guzman (1559-1629)
 Temas (10): Cordilheira dos Andes, El Dorado, Estradas antigas, Incas, Léguas, Nheengatu, O Sol, Payaguás, Peru, Rio da Prata
Registros mencionados (4)
1. Possível abertura do Caminho do Peabiru
400

Eu havia viajado até o Estado do Paraná, não muito longe da fronteira com o Paraguai, em busca dos restos do Caminho de Peabiru — uma rede de trilhas com 4 mil quilômetros de extensão, que liga o Oceano Atlântico ao Pacífico, construída ao longo de milênios pelos povos indígenas sul-americanos.

O Caminho de Peabiru era uma rota espiritual para o povo guarani em busca de um paraíso mitológico. E também se tornou o caminho em direção aos tesouros do continente quando chegaram os colonizadores europeus em busca de acessos ao interior da América do Sul.

Mas a maior parte do caminho original desapareceu, consumido pela natureza ou transformado em rodovias ao longo dos séculos. Somente nos últimos anos, essa fascinante rota começou a revelar seus mistérios para o público, graças ao desenvolvimento de novos passeios turísticos.

É fácil compreender por que essa trilha transcontinental cativa a imaginação das pessoas com tanta facilidade — uma fascinação que vem desde o primeiro europeu conhecido por caminhar por toda a sua extensão: o navegador português Aleixo Garcia.

Garcia naufragou no litoral de Santa Catarina no ano de 1516, depois do fracasso de uma missão espanhola que pretendia navegar pelo Rio da Prata. Ele e meia dúzia de outros navegadores foram acolhidos pelos receptivos indígenas guaranis.

Oito anos mais tarde, depois de ouvir as histórias sobre um caminho que levava até um império nas montanhas, rico em ouro e prata, Garcia viajou com 2 mil guerreiros guaranis até os Andes, a cerca de 3 mil quilômetros de distância.

A pesquisadora brasileira Rosana Bond, no livro A Saga de Aleixo Garcia: o Descobridor do Império Inca, afirma que Garcia foi o primeiro europeu conhecido a visitar o império inca em 1524 — cerca de uma década antes da chegada do conquistador espanhol Francisco Pizarro, amplamente conhecido como "descobridor" do povo originário dos Andes peruanos.

As trilhas que vinham do Brasil conectavam-se à rede de estradas incas e pré-incas através dos Andes, que hoje recebem muitos visitantes, mas o Caminho de Peabiru propriamente dito deixou poucos vestígios.

Essa falta de evidências físicas não só levou a teorias divergentes nos círculos acadêmicos sobre quem o criou e quando, mas também gerou amplas especulações sobre sua possível criação pelos vikings ou pelos sumérios — ou mesmo pelo apóstolo Tomé, supostamente vindo de uma missão evangelizadora na Índia.

Algumas teorias afirmam que a trilha data de cerca de 400 ou 500 d.C., enquanto outras sugerem que ela remonta até 10 mil anos atrás, aos caçadores-coletores paleoindígenas.

"O Caminho de Peabiru foi a estrada transcontinental mais importante da América pré-colombiana, que ligava os povos, os territórios e os oceanos", afirma a arqueóloga Cláudia Inês Parellada, que publicou diversos estudos sobre o assunto e coordena o Departamento de Arqueologia do Museu Paranaense, em Curitiba, onde estão abrigados muitos dos achados das escavações arqueológicas da trilha.

As teorias divergem não apenas sobre a época da sua criação, mas também o local exato por onde a rota passava. "Sempre teremos várias hipóteses", explica Parellada. "É difícil ter certeza sobre o caminho completo porque ele mudou ao longo do tempo."

Mas o nome e a lenda, pelo menos, seguem vivos na cidade de Peabiru, construída na década de 1940, onde o governo local e grupos de voluntários criaram e demarcaram recentemente trilhas de caminhada inspiradas pelo Caminho de Peabiru.

Elas são parte de um plano turístico ambicioso do Paraná lançado em 2022, de mapear um provável trecho do Caminho com até 1.550 quilômetros para ciclismo e caminhada, atravessando o Estado desde o litoral e passando por 86 municípios, até a fronteira com o Paraguai.

Eu viajei até Peabiru para conhecer pelo menos um desses caminhos: uma trilha entre a floresta que inclui sete cachoeiras ao longo do curso de um dos rios da região. As margens do rio quase certamente fizeram parte do Caminho, segundo informou meu guia Arléto Rocha enquanto caminhávamos, passando sobre e abaixo de árvores caídas e depois com as águas frias do rio até os joelhos, tirando as frutas estragadas da sola das minhas botas.

Não contente em ter molhado apenas as botas, Rocha mergulhou com roupas em uma das cachoeiras. Depois, ele indicou locais onde havia encontrado pontas de flechas, argamassa, gravações em pedras e outras joias arqueológicas na última década, que agora estão em exibição no recém-inaugurado Museu Municipal "Caminhos de Peabiru".

A maior parte da caminhada na floresta, como o restante do caminho ao longo do Paraná, é simbólica — a melhor estimativa possível de onde poderá ter ficado a trilha original, apesar da certeza em alguns trechos, especialmente onde existem mapas históricos e sítios arqueológicos.

Esta região do sul do Brasil é um local de escavações arqueológicas desde os anos 1970, em busca de restos do Caminho de Peabiru. Da mesma forma, ali também havia densa população indígena (estima-se um pico de cerca de 2 milhões de pessoas, principalmente guaranis, no século 16).

Como muitos outros com quem falei, Rocha é fascinado pelo mistério da trilha e chegou a elaborar sua dissertação de mestrado sobre o assunto. Historiadores, astrônomos e arqueólogos também vêm se ocupando desse quebra-cabeça há décadas, reunindo mapas antigos, registros coloniais e histórias orais para tentar entender as origens e o propósito do caminho.

O consenso é que o caminho principal da rede conectava o litoral leste e oeste da América do Sul. Dos seus pontos de partida no litoral brasileiro (onde hoje ficam os Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina), as trilhas se reuniam no Paraná, prosseguindo através do território que hoje forma o Paraguai até a região de Potosí, na Bolívia, que era rica em prata.

Ao chegar ao lago Titicaca (hoje, fronteira entre a Bolívia e o Peru), o caminho seguia até Cusco — a capital do império inca — e, de lá, descia até o litoral peruano e o norte do Chile.

"Grosso modo, pode-se dizer que o roteiro comprido do Peabiru era aquele que acompanhava o movimento aparente do Sol, nascente-poente", segundo Bond, na série literária História do Caminho de Peabiru, publicada em 2021.

Nessa série, a autora analisa diversas hipóteses plausíveis sobre as origens da trilha e conclui que a rede de caminhos provavelmente foi criada e usada por diversos grupos indígenas ao longo dos séculos, mas sua característica principal era o desejo de conectar o Atlântico ao Pacífico.

"Ou seja, não importa quantos e quais povos construíram os trechos, pois o relevante seria que a estrada, num certo momento, passou a ser vista como um caminho homogêneo e específico, que representava na terra o andar do Sol no céu", segundo ela.

Entre os povos a que Bond se refere, encontram-se os guaranis, uma das maiores populações nativas remanescentes na América do Sul. Eles vivem em parte do Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia.

O Caminho de Peabiru é uma rota física e espiritual na cultura guarani, que leva a um paraíso mitológico chamado por eles de Yvy MarãEy, que fica além da água (o Oceano Atlântico), onde nasce o Sol.

Esse paraíso ("a terra sem mal", em tradução livre) é mencionado na tradição oral dos guaranis, nos seus rituais, música, dança, simbologia e em nomes de lugares. As lendas guaranis chegam a dizer que a rede de caminhos é um reflexo da Via Láctea na Terra.

Também se acredita que o nome da trilha venha da palavra guarani peabeyú, que significa "caminho de grama pisada", entre outras traduções.

Mas, para os colonizadores europeus (como o navegador português Aleixo Garcia), o caminho espiritual dos guaranis para o paraíso tornou-se uma via rápida até as riquezas dos incas nas expedições pelo Novo Mundo, que acabaram por causar a morte em massa das populações indígenas da América do Sul pela guerra, pela fome e, principalmente, pelas doenças.

As lendas sobre o Eldorado e a Serra da Prata trouxeram frotas de navios espanhóis e portugueses através do Atlântico e alguns grupos indígenas os ajudaram a penetrar no interior do continente, através do Caminho de Peabiru, segundo Parellada.

"Conhecer as rotas e trilhas principais através das populações nativas tornou-se uma vantagem estratégica, que amplificou o saque, a destruição e a cobiça de novos territórios e riquezas minerais", explica ela.

Ao longo dos séculos seguintes, sucessivas ondas de exploradores, catequizadores jesuítas, bandeirantes, comerciantes e colonizadores também fizeram uso do Caminho de Peabiru para ter acesso ao interior do continente — pavimentando, ampliando e, às vezes, alterando o curso do caminho.

"Os primeiros registros escritos sobre a trilha datam dos séculos 16 e 17", segundo Parellada. "Eles incluem o relato de Ruy Díaz de Guzmán em 1612, sobre a morte de Garcia nas mãos do grupo étnico Payaguás durante seu retorno do Peru para o litoral [brasileiro]."

Para continuar minha pesquisa sobre os vestígios da trilha, viajei para o litoral de Santa Catarina, até a Enseada do Brito, no município de Palhoça - uma baía tranquila onde os historiadores acreditam que Garcia teria morado e dali partido em sua missão até o império inca. Este é o ponto de partida de outra caminhada inspirada pelo Caminho de Peabiru — um trajeto de 25 quilômetros que passa por praias, dunas de areia no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e uma visita a duas aldeias guaranis.

Durante o aquecimento para a caminhada, tento imaginar Garcia e seu grupo de náufragos barbudos, a milhares de quilômetros de casa, e suas novas acomodações com os guaranis depois de perderem seu navio.

Como na caminhada anterior, a trilha é apenas uma estimativa do local onde poderá ter passado o Caminho de Peabiru. Ele foi definido com a pesquisa do empresário local Flávio Santos, que desenvolveu esse projeto de turismo depois de estudar a história da trilha e os sítios arqueológicos locais.

Como muitos outros, ele vê o potencial de atrair turistas o ano inteiro, beneficiando a comunidade local, incluindo as aldeias guaranis próximas, se tudo for feito corretamente.

"Temos esta trilha antiga, então, por que não conectar a história e os povos indígenas locais?"Ç, questiona Santos. "É importante que os moradores locais conheçam essa história e saibam como os povos indígenas viviam e como foram dizimados."

Parellada concorda: "Um passeio pelo Caminho de Peabiru, aliado a atividades educativas, poderá ser uma ponte para a compreensão total do passado colonial da América do Sul, sua biodiversidade e o conhecimento dos povos indígenas".
2. Seguiram em direção a Espanha
abril de 1516

Garcia naufragou no litoral de Santa Catarina no ano de 1516, depois do fracasso de uma missão espanhola que pretendia navegar pelo Rio da Prata. Ele e meia dúzia de outros navegadores foram acolhidos pelos receptivos indígenas guaranis.
3. Armada de João Dias de Solis teria sido "desmantelada"
1524

Garcia naufragou no litoral de Santa Catarina no ano de 1516, depois do fracasso de uma missão espanhola que pretendia navegar pelo Rio da Prata. Ele e meia dúzia de outros navegadores foram acolhidos pelos receptivos indígenas guaranis. Oito anos mais tarde, depois de ouvir as histórias sobre um caminho que levava até um império nas montanhas, rico em ouro e prata, Garcia viajou com 2 mil guerreiros guaranis até os Andes, a cerca de 3 mil quilômetros de distância. A pesquisadora brasileira Rosana Bond, no livro A Saga de Aleixo Garcia: o Descobridor do Império Inca, afirma que Garcia foi o primeiro europeu conhecido a visitar o império inca em 1524 — cerca de uma década antes da chegada do conquistador espanhol Francisco Pizarro, amplamente conhecido como "descobridor" do povo originário dos Andes peruanos. As trilhas que vinham do Brasil conectavam-se à rede de estradas incas e pré-incas através dos Andes, que hoje recebem muitos visitantes, mas o Caminho de Peabiru propriamente dito deixou poucos vestígios. Essa falta de evidências físicas não só levou a teorias divergentes nos círculos acadêmicos sobre quem o criou e quando, mas também gerou amplas especulações sobre sua possível criação pelos vikings ou pelos sumérios — ou mesmo pelo apóstolo Tomé, supostamente vindo de uma missão evangelizadora na Índia.
4. “Historia argentina del descubrimiento, población y conquista de las provincias del Río de la Plata”. Ruy Diaz de Guzman (1559-1629)
1612
Registros mencionados (5)
400 - Possível abertura do Caminho do Peabiru [11]
01/04/1516 - Seguiram em direção a Espanha* [262]
1524 - Aleixo Garcia lidera 2 mil guaranis / carijós (Senhor de Maratayama e dos carijós) [20130]
1524 - Armada de João Dias de Solis teria sido "desmantelada" [19955]
1612 - “Historia argentina del descubrimiento, población y conquista de las provincias del Río de la Plata”. Ruy Diaz de Guzman (1559-1629) [26476]





  Caminho do Peabiru
  31º de 497
abrir registro
   
Caminho de Peabiru: a fascinante rota indígena que conecta o Atlântico ao Pacífico. Por Catherine Balston. bbc.com
26 de junho de 2022, domingo. Atualizado em 21/03/2025 20:54:13
Relacionamentos

 Temas (1): Peru





  Caminho do Peabiru
  32º de 497
abrir registro
   
Especial: O Caminho Velho. manoaexpedicoes.blogspot.com
5 de março de 2022, sábado. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (4): Curitiba/PR, São Francisco do Sul/SC, São José dos Pinhais/PR, Três Barras/SC
 Pessoas (1) Arnoldus Florentius Van Langren (1580-1644)
 Temas (8): Babitonga, Caminho de Curitiba, Caminho do Mar, Cemitérios, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Jesuítas, Rio São Francisco
Registros mencionados (2)
1. A primeira povoação dizem que foi estabelecida em 1.600 por habitantes da parte inferior da Ribeira
1600
2. O Segredo dos Incas, 1978. Jean-Claude Valla
1978
Registros mencionados (4)
01/12/1534 - Mapa da América de Peter Martyr, Veneza* [28152]
1600 - A primeira povoação dizem que foi estabelecida em 1.600 por habitantes da parte inferior da Ribeira [24164]
01/01/1729 - Em 1729, janeiro, ainda não estava pronta a estrada. O governador paulistano, Antônio da Silva Caldeira Pimentel, enviou então Antônio Afonso e Francisco Rodrigues Chaves, com uma boa tropa para ajudarem e servirem de vanguardeiros a Souza Faria* [27734]
1978 - O Segredo dos Incas, 1978. Jean-Claude Valla [24795]





  Caminho do Peabiru
  33º de 497
abrir registro
   
Piqueriby, consultado em geni.com
27 de fevereiro de 2022, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:17:58
Relacionamentos
 Cidades (3): Paranapanema/SP, São Miguel Paulista/SP, São Paulo/SP
 Pessoas (4) Bacharel de Cananéa, José de Anchieta (1534-1597), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Piqueroby (1480-1552)
 Temas (12): Botocudos, Caciques, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Nheengatu, Tamoios, Tupinambás, Tupiniquim, Ururay
Registros mencionados (2)
1. Portugueses romperam o acordo, subiram a Serra do Mar, e fundaram a vila de São Paulo
1554

O antigo acordo de Martim Affonso de Sousa com os tupis, de que os portugueses não subiriam para o planalto, facilitou o estabelecimento pacífico das povoações de São Vicente, Santos e Itanhaém. Mas em 1554, os portugueses romperam o acordo, subiram a Serra do Mar, e fundaram a vila de São Paulo.Em 1560, o padre Anchieta escreveu uma carta para seu superior, o padre Manoel da Nóbrega, informando que havia se encontrado com Piqueroby nas terras de Ururaí.
2. Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi
25 de janeiro de 1554

O antigo acordo de Martim Affonso de Sousa com os tupis, de que os portugueses não subiriam para o planalto, facilitou o estabelecimento pacífico das povoações de São Vicente, Santos e Itanhaém. Mas em 1554, os portugueses romperam o acordo, subiram a Serra do Mar, e fundaram a vila de São Paulo.
Registros mencionados (9)
1480 - Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay [22414]
1502 - Nascimento de Antônia Rodrigues Domingos Gonçalves [232]
1534 - A sua morte, ocorrida em 1534, quando do ataque das forças de Iguape a São Vicente é apresentada como prova final da sua traição ao Bacharel, [22406]
01/01/1553 - Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei [25214]
1554 - Portugueses romperam o acordo, subiram a Serra do Mar, e fundaram a vila de São Paulo [26207]
25/01/1554 - Mudança para Piratininga: Tibiriça e Caiubi [8156]
1560 - O padre Anchieta escreveu uma carta para seu superior, o padre Manoel da Nóbrega, informando que havia se encontrado com Piqueroby nas terras de Ururaí [22415]
11/11/1560 - Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri [15157]
10/07/1562 - Cerco de Piratininga ou A Guerra de Piratininga [8749]





  Caminho do Peabiru
  34º de 497
abrir registro
   
Consulta em Wikwand.com - História do bairro Éden
25 de fevereiro de 2022, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 14:31:29
Relacionamentos
 Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, Itu/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Manuel da Nóbrega (1517-1570)
 Temas (7): Apoteroby (Pirajibú), Bairro Éden, Sorocaba, Caminho Itú-Sorocaba, Estradas antigas, Maniçoba, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Rio Pirajibú
Registros mencionados (1)
01/02/1531 - Envio de Diogo Leite [22014]





  Caminho do Peabiru
  35º de 497
abrir registro
   
Francisco Pizarro y la conquista del Perú
18 de fevereiro de 2022, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:33
Relacionamentos
 Pessoas (2) Francisco Pizarro González (1476-1541), Carlos V (1500-1558)
 Temas (7): Bíblia, Incas, Ouro, Peru, Papas e o Vaticano, Cães, gatos e inofensivos, Galinhas e semelhantes
Registro mencionado
1. Captura do imperador inca Atahualpa por Francisco Pizarro
16 de novembro de 1532
Registros mencionados (2)
28/11/1524 - Francisco Pizzaro, já com cinquenta anos de idade, planejava a busca do “El Dorado” [20371]
16/11/1532 - Captura do imperador inca Atahualpa por Francisco Pizarro [21973]





  Caminho do Peabiru
  36º de 497
abrir registro
   
Trilha do Peabiru: Conheça caminho que levava nativos do Atlântico para o Pacífico. Por Isabelle Lima. portalamazonia.com
7 de janeiro de 2022, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:37:35
Relacionamentos
 Cidades (1): São Vicente/SP
 Pessoas (4) Brás Cubas (1507-1592), Francisco Pizarro González (1476-1541), Luiz Martins, Ulrico Schmidl (1510-1579)
 Temas (3): Caminho do Mar, Caminhos até São Vicente, Geografia e Mapas
Registros mencionados (4)
1. Havia indígenas transitando
400
2. Pelo menos um dos grupos se instalou na costa atlântica, onde a Venezuela
1100

Muitas pessoas pensam nos Incas como a civilização nativa da América espanhola, mas eles não são, nem de longe, os primeiros habitantes dessa região. Acredita-se que a civilização Inca surgiu por volta o ano 1100 DC e devido a impressionantes níveis de desenvolvimento, tenham dominado sistematicamente os povos que os precederam, sendo destituídos apenas pela chegada dos espanhóis no século XVI.
3. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel
12 de outubro de 1514
4. Aleixo Garcia organizou uma expedição com centenas de índios
1525
Registros mencionados (5)
400 - Havia indígenas transitando [20536]
1100 - Pelo menos um dos grupos se instalou na costa atlântica, onde a Venezuela [31439]
12/10/1514 - A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel [22695]
1525 - Aleixo Garcia organizou uma expedição com centenas de índios [20016]
06/10/1534 - Foram criadas 14 capitanias hereditárias, divididas em 15 lotes [6961]





  Caminho do Peabiru
  37º de 497
abrir registro
   
“Espírito Natalino”, Edurado Bueno. youtube.com/watch?v=ehEZi-zdy5I&t=179s
26 de dezembro de 2021, domingo. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (1): Iperó/SP
 Pessoas (1) Eduardo Bueno
 Temas (4): Estados Unidos, Peru, Nheengatu, Galinhas e semelhantes
Registro mencionado
1. Aleixo Garcia organizou uma expedição com centenas de índios
1525
Registros mencionados (3)
1514 - Portugueses recolheram no Rio da Prata um machado de prata, que estava nas mãos dos charruas [23050]
1522 - Portugueses (com a expedição de Aleixo Garcia) e espanhóis passam a procurar a célebre Lagoa subindo o Rio da Prata e Paraguai, mas sem conseguir chegar à sua nascente [27889]
1525 - Aleixo Garcia organizou uma expedição com centenas de índios [20016]





  Caminho do Peabiru
  38º de 497
abrir registro
   
Caminho da Tropas, wiki.pt-pt.nina.az
25 de agosto de 2021, quarta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:31
Relacionamentos
 Cidades (5): Itapetininga/SP, Itu/SP, Lapa/PR, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (1) Antônio Raposo Tavares (1598-1659)
 Temas (6): Caminho das Tropas, Caminho Sorocaba-Itapetininga, Estradas antigas, Gaspar Aires de Aguirre, Guayrá, Rodovia Raposo Tavares
Registro mencionado
1. A expedição de Raposo Tavares percorreu esse caminho (que na época correspondia ao braço principal do antigo caminho indígena do Peabiru, que ligava a atual São Vicente ao Paraná e ao Paraguai), rumo às reduções jesuíticas do Guairá, com a finalidade de captura e escravização de índios, tipo de ação que os historiadores do século XIX passaram a denominar "desbravamento"
1626

A Estrada São Paulo-Paraná foi construída pelo alargamento do antigo Caminho de Sorocaba, com retificação de alguns trechos e construção de pontes, sobre o mesmo tronco do Caminho das Tropas, que prosseguia para Itapetininga, Itapeva, Castro, Guarapuava e Lapa. Em 1954, essa rodovia passou a ser administrada de forma independente do trecho que, de Itapetininga, prosseguia ao Paraná, e recebeu o nome de Raposo Tavares, em referência ao fato de que, em 1626, sua bandeira percorreu esse caminho (que na época correspondia ao braço principal do antigo caminho indígena do Peabiru, que ligava a atual São Vicente ao Paraná e ao Paraguai), rumo às reduções jesuíticas do Guairá, com a finalidade de captura e escravização de índios, tipo de ação que os historiadores do século XIX passaram a denominar "desbravamento". Os trechos da Estrada São Paulo-Paraná que, de Itapetininga, prosseguiam no sentido sudoeste para Itapeva, Castro e Ponta Grossa foram convertidas nas atuais Rodovias SP-127, SP-258 e PR-151.
Registros mencionados (1)
1626 - A expedição de Raposo Tavares percorreu esse caminho (que na época correspondia ao braço principal do antigo caminho indígena do Peabiru, que ligava a atual São Vicente ao Paraná e ao Paraguai), rumo às reduções jesuíticas do Guairá, com a finalidade de captura e escravização de índios, tipo de ação que os historiadores do século XIX passaram a denominar "desbravamento" [22950]





  Caminho do Peabiru
  39º de 497
abrir registro
   
Caminho do Peabiru - Por Marcos Paulo Campos da Costa, professor de História, Filosofia e Sociologia. Consulta no Canal Marcos Ensina
14 de agosto de 2021, sábado. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
Relacionamentos
 Cidades (4): Florianópolis/SC, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Aleixo Garcia (f.1526), Francisco Pizarro González (1476-1541)
 Temas (18): Caminho do Mar, Charruas, Cordilheira dos Andes, Curiosidades, El Dorado, Estradas antigas, Incas, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Neve, Ouro, Peru, Prata, Rei Branco, Rio da Prata, Rodovia Raposo Tavares, Terra sem mal, Tupi-Guarani





  Caminho do Peabiru
  40º de 497
abrir registro
   
História do Município de Ibiúna/SP, por Marcos Pires de Camargo, em ibiuna.sp.leg.br
17 de maio de 2021, segunda-feira. Atualizado em 25/10/2025 18:42:11
Relacionamentos
 Cidades (8): Cotia/Vargem Grande/SP, Ibiúna/SP, Itapeva/SP, Itu/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP, Votorantim/SP
 Pessoas (2) Brás Esteves Leme (1590-1636), Pascoal Moreira Cabral II (1655-1690)
 Temas (16): Caminho até Cotia, Caminho de Pinheiros (Itú-SP), Caminho de São Roque-Sorocaba, Caminho do Mar, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Estradas antigas, Inhayba, Itapeva (Serra de São Francisco), Lagoas, Nossa Senhora da Penha, Pela primeira vez, Represa de Itupararanga, Rio Iuna, Rio Una, Rodovia Raposo Tavares, Serra de Paranapiacaba
Registros mencionados (3)
1. Ordem dada a Fernão de Magalhães
maio de 1518

A história de Ibiúna esta intimamente ligada ao Bandeirantismo no Brasil. Estrategicamente colocada na rota dos desbravadores, sua trajetória histórica remota aos idos de 1618, quando partia de São Paulo a maior bandeira, vindo com 4.000 homens, além de religiosos, cuja a missão era a catequese e conquista de índios. Assim amestrados, tornavam-se braços aprisionados para o trabalho em novas conquistas e escavações minerais.

As Bandeiras tinham três marcos para pontos iniciais de suas penetrações: Parnaíba, Cotia e São Roque, pois esses lugares com serras já possuíam caminhos de penetração, ainda que rudimentares.

A explicação da escolha dessa rota é simples: os primitivos habitantes, nômades por excelência, usavam o dorso das serras para suas procuras de vendas litorâneas. Eram os "peabim" (caminhos de índios). Nesse triângulo de sede de partidas de Bandeiras, havia as serras de São Francisco, contraforte de Paranapiacaba e pequenas serras de penetrações curtas.

A Bandeira que partiu em 1618 encontrou em Cotia dois "peabim", sendo o da direita (São Francisco) e mais para a esquerda a extensão de Paranapiacaba que alcançava Una e avançava rumo ao litoral atlântico. O caminho de São Francisco, mais extenso, tinha já em Itapeva (Pedra Chata) um preador de índios, Brás Esteve Leme, que se fixara na região, caçando índios, num ponto estratégico de passagem desses pelo "peabim".

A curta extensão de peabim que seguia até Una, por assim ser, não tinha continuidade ou ligações que levassem os nômades primitivos até o litoral do Paraná, Santa Catarina, etc. O caminho seria a serra de São Francisco, mas ali já havia um branco caçando e aprisionando. Em função disso, o "peabim" rumo a Una servia como fuga e desvio temporário do implacável caçador Brás Esteve Leme.

Os Bandeirantes que partiam de Cotia para São Roque fundaram Sorocaba. Os que fizeram a rota de Cotia, serra de São Francisco alcançaram até Cuiabá, fundando esta Cidade. Mas no caminho de partida de Cotia, as serras de São Francisco e o contraforte de Paranapiacaba formavam um gigantesco "v", cujo interior era um enorme lago.

E esse enorme alagado formado pelos rios Soroca-Assu, Soroca-Mirim e Una, colocados em um enorme vale, provocava um fenômeno climático. É que as chuvas constantes, A influência litorânea e a própria conotação geográfica, mantinham o vale envolto num enorme lençol de neblina, ofuscando a presença do sol, outra razão para os índios não se fixarem no local, preferindo o "peabim" da serra de São Francisco. Essa constante neblina daria a denominação indígena ao local: Una escuro ou escura, mais tarde com o adendo de Ibi (terra) formaria a definição dos primitivos ocupantes: Terra escura.

Verdade que alguns historiadores definiam o termo significando a terra, propriamente dita, como sendo preta. Julgavam que os índios estavam qualificando a terra e não o lugar. Elimina-se a qualificação da terra, pois os indígenas não a usaram para suas paupérrimas lavouras e nem tampouco o lugar possui terras dessa coloração em quantidade extensa que pudesse chamar a atenção dos primitivos.

Essa própria conotação climatérica talvez tenha impedido uma colonização a partir das primeiras bandeiras (1518 e 1618). No relato histórico, há apenas menção de fixação de colonizadores em Araçariguama, Itapeva (Serra de São Francisco), São Roque, Inhaíba, Parnaíba, etc. Note-se que a fixação foi sempre em redor da terra escura de Ibiúna.
2. Tinha-se conhecimento que as terras do vale escuro de Una
1618

A história de Ibiúna esta intimamente ligada ao Bandeirantismo no Brasil. Estrategicamente colocada na rota dos desbravadores, sua trajetória histórica remota aos idos de 1618, quando partia de São Paulo a maior bandeira, vindo com 4.000 homens, além de religiosos, cuja a missão era a catequese e conquista de índios. Assim amestrados, tornavam-se braços aprisionados para o trabalho em novas conquistas e escavações minerais.

As Bandeiras tinham três marcos para pontos iniciais de suas penetrações: Parnaíba, Cotia e São Roque, pois esses lugares com serras já possuíam caminhos de penetração, ainda que rudimentares.

A explicação da escolha dessa rota é simples: os primitivos habitantes, nômades por excelência, usavam o dorso das serras para suas procuras de vendas litorâneas. Eram os "peabim" (caminhos de índios). Nesse triângulo de sede de partidas de Bandeiras, havia as serras de São Francisco, contraforte de Paranapiacaba e pequenas serras de penetrações curtas.

A Bandeira que partiu em 1618 encontrou em Cotia dois "peabim", sendo o da direita (São Francisco) e mais para a esquerda a extensão de Paranapiacaba que alcançava Una e avançava rumo ao litoral atlântico. O caminho de São Francisco, mais extenso, tinha já em Itapeva (Pedra Chata) um preador de índios, Brás Esteve Leme, que se fixara na região, caçando índios, num ponto estratégico de passagem desses pelo "peabim".

A curta extensão de peabim que seguia até Una, por assim ser, não tinha continuidade ou ligações que levassem os nômades primitivos até o litoral do Paraná, Santa Catarina, etc. O caminho seria a serra de São Francisco, mas ali já havia um branco caçando e aprisionando. Em função disso, o "peabim" rumo a Una servia como fuga e desvio temporário do implacável caçador Brás Esteve Leme.

Os Bandeirantes que partiam de Cotia para São Roque fundaram Sorocaba. Os que fizeram a rota de Cotia, serra de São Francisco alcançaram até Cuiabá, fundando esta Cidade. Mas no caminho de partida de Cotia, as serras de São Francisco e o contraforte de Paranapiacaba formavam um gigantesco "v", cujo interior era um enorme lago.

E esse enorme alagado formado pelos rios Soroca-Assu, Soroca-Mirim e Una, colocados em um enorme vale, provocava um fenômeno climático. É que as chuvas constantes, A influência litorânea e a própria conotação geográfica, mantinham o vale envolto num enorme lençol de neblina, ofuscando a presença do sol, outra razão para os índios não se fixarem no local, preferindo o "peabim" da serra de São Francisco. Essa constante neblina daria a denominação indígena ao local: Una escuro ou escura, mais tarde com o adendo de Ibi (terra) formaria a definição dos primitivos ocupantes: Terra escura.

Verdade que alguns historiadores definiam o termo significando a terra, propriamente dita, como sendo preta. Julgavam que os índios estavam qualificando a terra e não o lugar. Elimina-se a qualificação da terra, pois os indígenas não a usaram para suas paupérrimas lavouras e nem tampouco o lugar possui terras dessa coloração em quantidade extensa que pudesse chamar a atenção dos primitivos.

Essa própria conotação climatérica talvez tenha impedido uma colonização a partir das primeiras bandeiras (1518 e 1618). No relato histórico, há apenas menção de fixação de colonizadores em Araçariguama, Itapeva (Serra de São Francisco), São Roque, Inhaíba, Parnaíba, etc. Note-se que a fixação foi sempre em redor da terra escura de Ibiúna.
3. parte de São Paulo a grande bandeira comandada por Raposo Tavares tendo como imediato Manoel Preto que atacou as reduções jesuíticas e aldeias guaranis, com 69 portugueses, 900 mamelucos e 3 mil índios
18 de setembro de 1628

As Bandeiras tinham três marcos para pontos iniciais de suas penetrações: Parnaíba, Cotia e São Roque, pois esses lugares com serras já possuíam caminhos de penetração, ainda que rudimentares.

A explicação da escolha dessa rota é simples: os primitivos habitantes, nômades por excelência, usavam o dorso das serras para suas procuras de vendas litorâneas. Eram os "peabim" (caminhos de índios).

Nesse triângulo de sede de partidas de Bandeiras, havia as serras de São Francisco, contraforte de Paranapiacaba e pequenas serras de penetrações curtas. A Bandeira que partiu em 1618 encontrou em Cotia dois "peabim", sendo o da direita (São Francisco) e mais para a esquerda a extensão de Paranapiacaba que alcançava Una e avançava rumo ao litoral atlântico.

O caminho de São Francisco, mais extenso, tinha já em Itapeva (Pedra Chata) um preador de índios, Brás Esteve Leme, que se fixara na região, caçando índios, num ponto estratégico de passagem desses pelo "peabim".

A curta extensão de peabim que seguia até Una, por assim ser, não tinha continuidade ou ligações que levassem os nômades primitivos até o litoral do Paraná, Santa Catarina, etc. O caminho seria a serra de São Francisco, mas ali já havia um branco caçando e aprisionando.

Em função disso, o "peabim" rumo a Una servia como fuga e desvio temporário do implacável caçador Brás Esteve Leme.Os Bandeirantes que partiam de Cotia para São Roque fundaram Sorocaba. Os que fizeram a rota de Cotia, serra de São Francisco alcançaram até Cuiabá, fundando esta Cidade. Mas no caminho de partida de Cotia, as serras de São Francisco e o contraforte de Paranapiacaba formavam um gigantesco "v", cujo interior era um enorme lago.
Registros mencionados (5)
01/05/1518 - Ordem dada a Fernão de Magalhães* [26979]
1618 - Tinha-se conhecimento que as terras do vale escuro de Una [20613]
18/09/1628 - parte de São Paulo a grande bandeira comandada por Raposo Tavares tendo como imediato Manoel Preto que atacou as reduções jesuíticas e aldeias guaranis, com 69 portugueses, 900 mamelucos e 3 mil índios [17700]
1640 - No atual leito da barragem de Itupararanga, divisória com o Município de Votorantim, em 1640 esteve Pascoal Moreira Cabral, com homens e índios [24571]
10/07/1811 - Documento [25469]





  Caminho do Peabiru
  41º de 497
abrir registro
   




  Caminho do Peabiru
  42º de 497
abrir registro
   
Debates Paralelos, volume 16/2021 - Viver História
2021. Atualizado em 24/10/2025 02:17:57
Relacionamentos
 Pessoas (9) Afonso IV (1291-1357), Aleixo Garcia (f.1526), Bacharel de Cananéa, Cosme Fernandes Pessoa (n.1480), Duarte Pacheco Pereira, João Barcellos, João Ramalho (1486-1580), Juan Diaz de Solís, Vicente Yáñez Pinzón (1462-1514)
 Temas (9): Goayaó, Incas, Mamelucos, Meiembipe, Nheengatu, Papas e o Vaticano, Peru, Serra de Paranapiacaba, Tordesilhas
Registros mencionados (1)
1524 - Aleixo Garcia lidera 2 mil guaranis / carijós (Senhor de Maratayama e dos carijós) [20130]





  Caminho do Peabiru
  43º de 497
abrir registro
   
“Um problema histórico-geográfico”: Emergências de um saber geográfico no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Uma geografia para e das bandeiras. 1894-1954. Gerson Ribeiro Coppes Jr.
2021. Atualizado em 07/06/2025 00:26:39
Relacionamentos
 Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Cuiabá/MT, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (7) Anthony Knivet (1560-1649), Bartolomeu Pais de Abreu (1674-1738), João Coelho de Souza (f.1574), Manuel Godinho de Lara, Orville Derby (1851-1915), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), Ulrico Schmidl (1510-1579)
 Temas (10): Estradas antigas, Grunstein (pedra verde), Juerichsabaie, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Montanhas, Peru, Rio Anhemby / Tietê, Rio Jaguari, Rio São Francisco, Sabarabuçu
Registro mencionado
1. Neste local, porta de entrada para a “Cidade de Santo Amaro” onde aportou a primeira expedição, que consta ter sido em 1552
1552

No entanto, Derby pontua que nessa exploração faltava aquilo que estava ausente na maioria das bandeiras, uma pessoa que soubesse como e onde se devia procurar o “precioso metal” [Derby, 201 Ibid., p. 248.]. Tal notícia teria iniciado a lenda sobre a serra das pedras verdes por referir-se a uma serra “mui formosa e resplandecente”. Utilizando a hipótese de Teodoro Sampaio de que “Serra resplandecente” na língua tupi era Itaberaba ou Iaberaba-bussú, sua corruptela Ituberá-bussú por fim se tornou Sabará-bussú202:

[...] a fabulosa montanha de tesouros que por cerca de dois séculos encheu a imaginação dos colonos europeus e seus descendentes edeu motivos para diversas entradas no sertão, ora na região entre os rios Doce e Jequitinhonha, onde esta lenda a coloca, ora na do altoS. Francisco203 [“Um problema histórico-geográfico”: Emergências de um saber geográfico no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Uma geografia para e das bandeiras. 1894-1954, 2021. Gerson Ribeiro Coppes Jr. Páginas 75, 76 e 77]
Registros mencionados (2)
1552 - Neste local, porta de entrada para a “Cidade de Santo Amaro” onde aportou a primeira expedição, que consta ter sido em 1552 [23620]
1915 - Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937) [29360]





  Caminho do Peabiru
  44º de 497
abrir registro
   
19 de agosto de 2020, sexta-feira
Atualizado em 02/11/2025 05:34:14
O Caminho de Peabiru e o Paraná Espanhol (Cláudia Inês Parellada, arqueóloga do Museu Paranaense). GEAR Unicentro
•  Cidades (26): Antonina/PR, Apiaí/SP, Apucarana/PR, Araçoiaba da Serra/SP, Assunção/PAR, Avaré/SP, Botucatu/SP, Capivari/SP, Castro/PR, Curitiba/PR, Fartura/SP, Florianópolis/SC, Ibiúna/SP, Iporanga/SP, Itapeva/SP, Lapa/PR, Paranaguá/PR, Piracicaba/SP, Piraju/SP, Ponta Grossa/PR, São Francisco do Sul/SC, São Vicente/SP, Sevilha/ESP, Sorocaba/SP, Tatuí/SP, Xiririca (Eldorado)/SP
•  Pessoas (9): Alvaro Nuñez Cabeza de Vaca (1500-1560), Diego de Sanabria, Estanislao Severo Zeballos (1854-1923), José Maria da Silva Paranhos Jr (1845-1912), Juan de Sanabria e Alonso de Hinojosa (1504-1549), Mência Calderon Ocampo (1514-1593), Stephen Grover Cleveland, Ulrico Schmidl (1510-1579), Willem Jansz Blaeu (1571-1638)
•  Temas (15): Assunguy, Caminho Sorocaba-Botucatu, Caminho Sorocaba-Itapetininga, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Gualachos/Guañanas, Missões/Reduções jesuíticas, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio Itapocú, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Paranapanema, Rio Tibagi, Serra de Paranapiacaba, Tupiniquim
Mapa
Data: 2020
    Registros relacionados
400. Atualizado em 31/10/2025 07:04:22
1°. Possível abertura do Caminho do Peabiru
Cláudia Inês Parellada, arqueóloga do Museu Paranaense

E aqui para vocês verem o tamanho da dificuldade, vocês veem um mapa do final do século XIX, tentando interpretar qual seria a rota que Alvaro Nunes Cabeza de Vaca, que foi um adelantado do Rio da Prata, que acabou sendo deposto pelo Irala, cujo um dos assessores era Ulrich Schimdel. Então vocês vêem que o Cabeza de Vaca e o Schimdel, apesar dos dois terem descrito o Caminho do Peabiru, na verdade eles são de lados diferentes, pelo menos no momento em que Cabeza de Vaca é deposto. Então, tanto essa linha vermelha, que um dos autores o Dominguez, aliás, os dois foram autores argentinos, nesse mapa que está numa série de documentos bastante interessantes, referente a disputa entre Brasil e Argentina sobre a parte sudoeste do Paraná, que acabou ficando para o Brasil. Foi arbitrado pelo Cleveland. Na ocasião, o Barão do Rio Branco faz uma compilação de quase 40 mapas, e são muito interessantes para quem estuda o Caminho do Peabiru, são bem importantes.

Então você vêem que nessa linha vermelha e na preta, são hipóteses da mesma rota. Eu não estou falando de duas viagens diferentes, estou falando da mesma viagem, que dois autores, que dominavam a língua castelhana, eram argentinos. Eles traçaram de uma forma totalmente diferente. Por que isso aconteceu? Porque na verdade a base era uma base descritiva, e tinha um mapa inicial feito pelo Blaeu em 1638, então a partir desse foi traçado aquele outro.

Então, a gente sabendo aonde se localizava algumas das Missões, conseguimos ter uma noção melhor de onde provavelmente eles passaram. Em minha opinião, eu acho o traçado vermelho é o mais correto. E se vocês entrarem na Internet, tem milhares de mapas e de autores falando sobre o Caminho de Peabiru, porque tem toda essa parte de pesquisa Histórica, mas também tem uma questão mística, uma questão turística. Eu, por muito tempo achava que aquilo batia de frente com a pesquisa histórica, depois com o tempo fui analisando, e vendo que você conseguir se comunicar com pesquisadores que tem uma vontade de proteger, eu acho que tem que ter um diálogo e que pode contribuir para proteger muitas dessas áreas.
2 de novembro de 1541, domingo. Atualizado em 02/11/2025 04:11:51
2°. O governador partiu com o restante dos homens, para uma jornada de 19 dias
Abril de 1550. Atualizado em 25/02/2025 04:42:35
3°. Mencia Caldéron partiu*
16 de dezembro de 1550, sábado. Atualizado em 25/10/2025 00:18:47
4°. Mência Caldéron chegou em Florianópolis
1553. Atualizado em 25/02/2025 04:45:00
5°. Mência Caldéron está em São Vicente
Novembro de 1555. Atualizado em 25/10/2025 02:33:09
6°. Mência Caldéron parte de São Francisco do Sul*
Maio de 1556. Atualizado em 25/10/2025 01:29:15
7°. Mencia Caldéron chega em Assuncion*
1640. Atualizado em 30/10/2025 11:04:09
8°. “Americae pars Meridionalis”, Johannes Janssonius, colaboração de Hendrik Hondius (1597-1651)
1662. Atualizado em 25/02/2025 04:47:07
9°. “Paraquaria vulgo Paraguay: cum adjacentibus”. Joan Blaeu (1596-1673) e Geraerd Coeck
1730. Atualizado em 25/02/2025 04:43:25
10°. Mapa "Paraquaria vulgo Paraguai cum, Adjacentibus. Adm. Rdo. F. Tamburini", por Matthãus Seutter
5 de fevereiro de 1895, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:42:55
11°. Laudo Arbitral




  Caminho do Peabiru
  45º de 497
abrir registro
   
O Casarão “Quinzinho de Barros” e o espaço museológico como principal artefato de seu acervo. Tami Coelho Ocar
2020. Atualizado em 23/10/2025 17:29:26
Relacionamentos
 Cidades (4): Araçariguama/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (4) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Balthazar Fernandes (1577-1670), Clemente Álvares (1569-1641), João de Almeida Pedroso (1740-1850)
 Temas (5): Escravizados, Fazenda Ipanema, Rio Ypanema, Rio Paranapanema, Ouro
Registros mencionados (1)
1780 - Escravizados de João de Almeida Pedroso constroem o Casarão do atual zoológico Quinzinho de Barros com ouro do Paranapanema [6069]





  Caminho do Peabiru
  46º de 497
abrir registro
   
Forjando "Máquina Grande" nos sertões do Atlântico: Dimensões centro-africanas na história da exploração das minas de Ipanema e na instalação de uma Real Fábrica de Ferro no Morro do Araçoiaba - 1597-1810. Franciely das Luz Oliveira
2020. Atualizado em 24/10/2025 02:17:56
Relacionamentos
 Cidades (10): Araçoiaba da Serra/SP, Barueri/SP, Cananéia/SP, Guarulhos/SP, Iguape/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP
 Pessoas (7) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Diogo de Quadros, Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Vidal, João Ramalho (1486-1580), Mem de Sá (1500-1572)
 Temas (21): Açúcar, Aldeia de Pinheiros, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Bilreiros de Cuaracyberá, Caiapós, Carijós/Guaranis, Gentios, Geografia e Mapas, Guaianás, Guaramimis, Marumiminis, Nheengatu, Nossa Senhora da Escada, Pories, Rio Pinheiros, Sabarabuçu, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, Tupinambás, Tupiniquim, Vale do Paraíba, Vila de Santo André da Borda
Registros mencionados (2)
1. Os “Atumuruna”, em 1350, teriam sido os construtores do Peabiru
1350
2. Mais um parente do capitão-mor Antônio de Oliveira, representante do "proprietário" das terras adquiriu em Assumpção trinta e dois índios guaranys, a troco de ferro, para vende-los nas capitanias do norte
30 de junho de 1553

A “miúda” Vila de São Paulo estava situada num dos pontos mais íngremes da serra adjacente à principal trilha utilizada pelos Tupiniquim ao longo de seus acessos ao litoral, o Peabiru. O caminho também possibilitava um amplo ingresso ao enorme interior ao sul e a oeste. Não tardou para que os portugueses explorassem a rota. John Monteiro localizou o caso de um viajante por nome Francisco Vidal, que em 1553, por exemplo, foi para o Paraguai valendo-se desse trajeto. Quando retornou estava em posse de vinte escravos de origem Guarani.
Registros mencionados (8)
1350 - Os “Atumuruna”, em 1350, teriam sido os construtores do Peabiru [23444]
30/06/1553 - Mais um parente do capitão-mor Antônio de Oliveira, representante do "proprietário" das terras adquiriu em Assumpção trinta e dois índios guaranys, a troco de ferro, para vende-los nas capitanias do norte [19958]
20/05/1560 - A vila de Santo André da Borda do Campo é extinta e incorporada a “nova” São Paulo de Piratininga [29269]
11/11/1560 - Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri [15157]
1596 - André de Lião, fidalgo de Beringel, comunica Francisco de Sousa da "prata de Sabarabuçú" [20178]
14/11/1598 - Afonso Sardinha, o moço, encontrava-se em pleno sertão acompanhado de “alguns mancebos e mais de cem índios cristãos” em demanda de ouro e outros metais / Metalúrgicos se estabeleceram na região / Carijós fogem para Paranapanema [20600]
03/11/1609 - D. Francisco registra nos livros da Câmara quatorze provisões régias que lhe davam na Repartição do Sul poderes idênticos ao do Governador-Geral do Brasil [20270]
1954 - Vida e Morte do Índio: São Paulo Colonial. Por John Manuel Monteiro (1956-2013) [31356]





  Caminho do Peabiru
  47º de 497
abrir registro
   
Qual a relação dos Tupinambás com o bairro Vila Helena?
1 de janeiro de 2020, quarta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:30
Relacionamentos
 Cidades (5): São Paulo/SP, São Vicente/SP, Cubatão/SP, Ouro Preto/MG, Sabará/MG
 Pessoas (2) Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Antônio Raposo Tavares (1598-1659)
 Temas (8): Caminho do Mar, Diamantes e esmeraldas, Léguas, São Paulo de Piratininga, Estradas antigas, Tupis, Rio das Velhas, Ribeirão das Mortes
Registros mencionados (1)
11/02/1719 - Em razão da lei numerosas outras casas de fundição foram criadas em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Bahia [21239]





  Caminho do Peabiru
  48º de 497
abrir registro
   
Atlas Escolar de Sorocaba - História, Geografia e Ambiente
2020. Atualizado em 24/10/2025 02:40:50
Relacionamentos
 Cidades (3): Iperó/SP, Santa Rita de Cássia/MG, Sorocaba/SP
 Pessoas (2) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Francisco de Sousa (1540-1611)
 Temas (9): Bairro Itavuvu, Dinheiro$, Escolas, Leis, decretos e emendas, Música, Nossa Senhora de Montserrate, Ouro, Rio Sorocaba, Tropeiros





  Caminho do Peabiru
  49º de 497
abrir registro
   
“Razias”, Celso E Junko Sato Prado
2020. Atualizado em 24/10/2025 02:59:01
Relacionamentos
 Cidades (10): Avaré/SP, Botucatu/SP, Cananéia/SP, Londrina/PR, Ourinhos/SP, Peabiru/PR, Ponta Grossa/PR, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (11) Aleixo Garcia (f.1526), Bacharel de Cananéa, Balthazar Fernandes (1577-1670), Filipe III, o Piedoso (1578-1621), Francisco de Chaves (1500-1600), Luís Castanho de Almeida (1904-1981), Pero Lobo, Salvador Jorge Velho (1643-1705), Sebastião Caboto (1476-1557), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), Tomé de Sousa (1503-1579)
 Temas (27): Abarê, Caminho do Mar, Caminho Sorocaba-Botucatu, Caminho Sorocaba-Paranapanema, Caminho velho, Caminhos até Cuiabá, Caminhos até São Vicente, Carijós/Guaranis, Estradas antigas, Incas, Jesuítas, Léguas, Maria Leme da Silva, Nheengatu, Paranaitú, Peru, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Rio Capitininga, Rio Guarei, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Pardo, São Filipe, Serra de Ibotucatu, Vikings
Registros mencionados (10)
1. Os “Atumuruna”, em 1350, teriam sido os construtores do Peabiru
1350

Não se sabe, com certeza, quem foram os realizadores daquelas estradas. Os difusionistas apontam os Incas, ignorados os motivos para uma estrada transoceânica.

Pelas exposições de Valla tais feitos cumprem aos Atumurama, em meado do século XIV, quando refugiado em territórios do Brasil e Paraguai.

A nação Atumuruna, que estudos apontam descender de escandinavos (vikings) na América do Sul, teria sido a fundadora do grande império Tiahuanaco, instalado no século XI/XII, com diversas tribos nativas tributárias ou agregadas, a exemplo dos revoltosos Araucano (Chile) que, por volta de 1350, à frente de outros confederados insurretos derrotam o Império, colocando em fuga seus sobreviventes que chegaram ao Paraguai, por via terrestre, e ao Brasil pela transposição do Rio Paraná ou por este descer ao Atlântico, para depois abeirar-se em determinados pontos do litoral brasileiro, Santa Catarina e São Vicente, princípios das futuras veredas Atlântico-Paraguai-Andes e Pacífico.

Lembranças históricas apontam presenças de Atumuruna no Paraguai, até bem pouco tempo ainda encontradas nos Guayaki, os nativos louros do Paraguai (Valla, 1978: 75-76); também nos nativos brasileiros de pele clara, os chamados Auati - gente de cabelos claros, vinculados aos guaranis e citados em crônicas dos primeiros tempos do Brasil português, excluídos aqueles originados ou com eles confundidos, nascidos das relações nativos com espanhóis e holandeses.

Caminhos, portanto, não faltaram aos Atumuruna para suas escapadas, segundo especialistas citados por Valla (1978: 91-102), inclusive por via oceânica, a exemplos dos "Kaole" no Taiti e dos "Ehu" no Havaí, mais misteriosos "homens louros" de algumas das ilhas polinésias (Valla, 1978: 71-73).

Não se trata de concepção isolada. Relatos de expedições a serviço de Espanha mostram o uso fluvial dos rios Prata, Paraná e Paraguai, como conhecidos caminhos da Rota Cone Sul, para se chegar à estrada Peabiru, do lado paraguaio (Carvalho, 2012) e adiante, por terra, até os Andes e Pacífico.

Por conseguinte, admite-se a rota terrestre Paraguai-Andes-Pacífico desde a fundação do Império Tiahuanaco - século XII, enquanto os trajetos do lado brasileiro são construções mais recentes, ou seja, depois da entrada Atumuruna em terras do Brasil, por volta do ano de 1350, então eles os construtores das duas principais rotas (Peabiru), São Vicente e Santa Catarina, em busca do retorno aos Andes.

Alguma similaridade existente entre as estradas Peabiru, baseada em antigos relatos, com certas construções observáveis em sítios arqueológicos do Império Tiahuanaco, como aterros, calçamentos, ruas e estradas, apontam pelo menos para uma origem comum daquelas construções. Recentes estudos arqueológicos sobre aquele império, comparados àquilo que resta da Peabiru, assinalam semelhanças entre elas que, em absoluto, podem ser vistas como meras coincidências. [p. 36 e 37]
2. A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia
24 de janeiro de 1502

6.1.2 - Uma trilha bastante movimentada - Se os primeiros indesejados portugueses foram deixados numa das ilhas em Cananeia, entre os anos 1490 e 1502, cabe pressupor tenham sido eles os precursores a atingir o continente, interiorizando-se pelas matas, alguns bem-sucedidos, outros trucidados pelos selvagens.

Desconhecendo-se os pioneiros europeus, também não se sabe quando tais caminhos pré-cabralinos foram percorridos pela primeira vez, nem qual o tamanho de alguma possível incursão inaugural, mas a mais importante e longa viagem certamente ocorreu entre 1502 e 1513, a partir de São Vicente para se chegar aos Andes, em pleno centro do Império Inca. Trata-se do trajeto mais citado da antiga senda, São Vicente às costas Pacífico, com um ou outro historiador a acrescer ou excluir ramais como partes da via principal, por exemplo, o uso do ramal desde Sorocaba a Ponta Grossa.

Dessa viagem é o que entende o Cortesão, ao mencionar que o galo trazido com outras espécies animais da Europa para Cananeia, em 1502, já no ano de 1513 aparecia na corte inca, levado numa expedição via Peabiru, causando pasmo tanto que o futuro governante adotaria o nome Atahuallpa, isto é, Galo. "Esta rapidez na disseminação dum elemento cultural prova quanto eram rápidas e ativas as comunicações através do continente" (Donato, 1985: 30).
3. galo
1513

Desconhecendo-se os pioneiros europeus, também não se sabe quando tais caminhos pré-cabralinos foram percorridos pela primeira vez, nem qual o tamanho de alguma possível incursão inaugural, mas a mais importante e longa viagem certamente ocorreu entre 1502 e 1513, a partir de São Vicente para se chegar aos Andes, em pleno centro do Império Inca.

Trata-se do trajeto mais citado da antiga senda, São Vicente às costas Pacífico, com um ou outro historiador a acrescer ou excluir ramais como partes da via principal, por exemplo, o uso do ramal desde Sorocaba a Ponta Grossa.

Dessa viagem é o que entende o Cortesão, ao mencionar que o galo trazido com outras espécies animais da Europa para Cananeia, em 1502, já no ano de 1513 aparecia na corte inca, levado numa expedição via Peabiru, causando pasmo tanto que o futuro governante adotaria o nome Atahuallpa, isto é, Galo. "Esta rapidez na disseminação dum elemento cultural prova quanto eram rápidas e ativas as comunicações através do continente" (Donato, 1985: 30).

Os autores Sato-Prado não desprezam possibilidades que tal ave tenha chegado ao império inca pelo Pacífico, também por volta de 1513, quando Vasco Nuñez de Balboa aportou pela primeira vez às costas do Pacífico Sul, e o galo, se componente daquela expedição, poderia ter sido introduzido em terras equatorianas por algum batedor nativo e, de pronto, levado às mãos dos incas, cujo império então se estendia até o Equador.
4. Falecimento
1549
5. Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam”
1 de junho de 1553

06.1.5. - Da Peabiru São Vicente - o trecho pelo Vale do Paranapenama

Da estrada, a partir de São Vicente, o governador geral Tomé de Souza proibiu-lhe trânsito, em 1º de junho de 1553, com justificativas ao rei português:

- "Achei que os de São Vicente se comunicavam muito com os castelhanos e tanto que na Alfândega rendeu este ano passado cem cruzados de direitos de coisas que os castelhanos trazem a vender. E por ser com esta gente que parece que por castelhanos não se pode V. A. desapegar deles em nenhuma parte, ordenei com grandes penas que este caminho se evitasse, até o fazer saber a V. A. e por nisso grandes guardas e foi a causa por onde julguei de fazer as povoações que tenho dito no campo de São Vicente de maneira que me parece o caminho estará vedado" (Apud: Donato, 1985: 30).
6. A primeira povoação dizem que foi estabelecida em 1.600 por habitantes da parte inferior da Ribeira
1600
7. Caminho
1608

Para o estudioso jesuíta, monsenhor Aluísio de Almeida, entre os anos 1608 e 1628 eram comuns as viagens subindo a Serra e daí ao baixo Paranapanema, tendo o rio Pardo como referência (Memória Histórica de Sorocaba - I, Revistas USP, 2016: 342). Também o estudioso, igualmente jesuíta, Luiz Gonzaga Cabral, ao mencionar Aleixo Garcia informa que os padres abriram estradas desde o litoral a São Paulo e outras rumo ao interior, inclusa aquela, que pela Serra Botucatu levava ao aldeamento no Paranapanema, com comunicação fluvial para o Paraná e Mato Grosso (Apud Donato, 1985: 35); sendo certo que os padres, no início colonial, foram usuários e reformadores de estradas e trilheiras nativas preexistentes, valendo-se de nativos pacificados que bem conheciam os feixes de caminhos, de onde saíam e para qual destino.

Aluísio de Almeida, explica o melhor curso deslocado da Peabiru, em Botucatu:

"A tal estrada subiu a serra, ganhou as cabeceiras do Pardo (Pardinho) antigo Espírito Santo do rio Pardo e desceu aquele rio até as alturas de Santa Cruz do rio Pardo, donde passou para o afluente Turvo e saiu nos Campos Novos do Paranapanema (nome mais novo)" - (O Vale do Paranapanema, Revista do Instituto Histórico e Geográfico - RJ, volume 247 - abril/junho de 1960: 41), sem prejuízos ao trecho prosseguinte ao Salto das Canoas (Paranan-Itu), desde onde possível a navegabilidade do Paranapanema em direção às Reduções Jesuíticas (1608/1628), e ao Rio Paraná.

Os autores, SatoPrado, apontam que o antigo caminho jesuítica, rumo aos aldeamentos no Paranapanema, era pelo Tietê desde onde a trilha rumo às cabeceiras do paulista Cuiabá (AESP, BDPI: Cart325602), daí a margeá-lo até o Paranapanema. Somente após 1620, com a expedição de Antonio Campos Bicudo no alto da serra e os detalhamentos das nascentes do rio Pardo, então Capirindiba, se fez comum o trecho desde a Serra ao Paranapanema, onde o Salto das Canoas (também Quebra Canoas, Paranitu, Yucumã e Salto do Dourado), em atual município Salto Grande, pela mesma cartografia, caminho dos expedicionários e sertanistas.
8. “História do Brasil”, Antônio José Borges Hermida
1958

Do lado português tem-se o registro da viagem de Francisco de Chaves aos Andes, sob autorização do colonizador Martim Afonso de Souza. Chaves, genro de Cosme e igualmente degredado, partiu de São Vicente em 1º de setembro de 1631, com o capitão Pero Lobo, mais acerca de cem homens armados e um sem número de nativos escravizados, rumo aos Andes via Paranapanema, prometendo grande carregando de ouro e prata além de escravizados, mas quatro meses depois, na travessia do Rio Paraná, a expedição foi destroçada pelos nativos guaranis. (Borges Hermida, 1958). [Páginas 36 e 37]
9. O Segredo dos Incas, 1978. Jean-Claude Valla
1978

As fortes quedas d´água e correntezas não favoreciam as navegações pelo Rio Paraná, e então, por terra, se fazia este o melhor e confiável caminho até às proximidades do Iguaçu, onde o encontro com a "estrada catarinense".

Ambas as vias se uniam em Iguaçu [PR] para a transposição do rio Paraná, passando pelas terras de Paraguai e chegar aos Andes - localidade de Cuzco [Bolívia], o coração do Império Inca na época da conquista ibérica, com ramais para as costas do Pacífico em Peru e Equador.
10. “O Segredo dos Incas”. Valla
1978

Outro caminho Peabiru originava-se em São Vicente, litoral de paulista, para perfazer trecho aproximado de 200 léguas apenas em território brasileiro, ou seja, mil trezentos e vinte quilômetros, largueza de oito palmos (1,76 metros), coberto de gramíneas especiais que impediam crescimento de árvores, arbustos e ervas daninhas.

O curso, a partir de São Vicente, subia a serra para chegar no Planalto Piratininga e seguir aditante, passando pelos atuais municípios de São Paulo e Sorocaba, até o pé da serra em Botucatu, de onde:

- "(...) se dirigia ao vilarejo que tem ainda o malsoante nome de Avaré - (Abaré, o desagradável sobrenome do padre Zumé), a duzentos e setenta quilômetros, aproximadamente, ao nordeste. De lá ele obliquava em direção ao oeste, depois ao sudoeste, passava pelas atuais cidades de Ourinhos, onde transpunha o Paranapané (hoje Paranapanema), de Cambaré (Cambará) e (Cornélio) Procópio, atravessava o rio Tibagi, atingia Londrina, depois, por Apucarana, após ter transposto o Huybay (mais corretamente Ivaí), burgo que se chama ainda hoje Peabiru. Descia em seguida em direção sul-sudoeste até a embocadura do Iguaçú. Ou seja, por alto, um percurso de mil quilômetros (...)" (Valla, O Segredo dos Incas), 1978: 90).

(...)

Também o estudioso, igualmente jesuíta, Luiz Gonzaga Cabral, ao mencionar Aleixo Garcia informa que os padres abriram estradas desde o litoral a São Paulo e outras rumo ao interior, inclusa aquela, que pela Serra Botucatu levava ao aldeamento no Paranapanema, com comunicação fluvial para o Paraná e Mato Grosso (Apud Donato, 1985: 35); sendo certo que os padres, no início colonial, foram usuários e reformadores de estradas e trilheiras nativas preexistentes, valendo-se de nativos pacificados que bem conheciam os feixes de caminhos, de onde saíam e para qual destino.

Aluísio de Almeida, explica o melhor curso deslocado da Peabiru, em Botucatu:

"A tal estrada subiu a serra, ganhou as cabeceiras do Pardo (Pardinho) antigo Espírito Santo do rio Pardo e desceu aquele rio até as alturas de Santa Cruz do rio Pardo, donde passou para o afluente Turvo e saiu nos Campos Novos do Paranapanema (nome mais novo)" - (O Vale do Paranapanema, Revista do Instituto Histórico e Geográfico - RJ, volume 247 - abril/junho de 1960: 41), sem prejuízos ao trecho prosseguinte ao Salto das Canoas (Paranan-Itu), desde onde possível a navegabilidade do Paranapanema em direção às Reduções Jesuíticas (1608/1628), e ao Rio Paraná.

Os autores, SatoPrado, apontam que o antigo caminho jesuítica, rumo aos aldeamentos no Paranapanema, era pelo Tietê desde onde a trilha rumo às cabeceiras do paulista Cuiabá (AESP, BDPI: Cart325602), daí a margeá-lo até o Paranapanema. Somente após 1620, com a expedição de Antonio Campos Bicudo no alto da serra e os detalhamentos das nascentes do rio Pardo, então Capirindiba, se fez comum o trecho desde a Serra ao Paranapanema, onde o Salto das Canoas (também Quebra Canoas, Paranitu, Yucumã e Salto do Dourado), em atual município Salto Grande, pela mesma cartografia, caminho dos expedicionários e sertanistas.
Registros mencionados (14)
1350 - Os “Atumuruna”, em 1350, teriam sido os construtores do Peabiru [23444]
24/01/1502 - A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia [21460]
1513 - galo [24720]
1549 - Falecimento [27030]
01/06/1553 - Tomé de Souza escreve ao Rei D. João III: “nomeei João Ramalho para vigiar e impedir o trânsito de espanhóis e portugueses entre Santos e Assunção e vice-versa; e assegurar a soberania portuguesa no campo de Piratininga e sobre os caminhos de penetração que dali partiam” [8742]
30/03/1554 - Anchieta* [25645]
1600 - A primeira povoação dizem que foi estabelecida em 1.600 por habitantes da parte inferior da Ribeira [24164]
1608 - Caminho [26144]
10/11/1609 - Sorocaba é citada: as primeiras terras fruto das desapropriações dos homens da “Casa” de Suzana Dias começam a serem concedidas em sesmarias [20086]
21/07/1628 - Conduzido por André Fernandes, Luis Céspedes e sua comitiva chegam no “Porto misterioso": Nossa Senhora de Atocha [9120]
1791 - Antigo mapa, provavelmente do final do século XVIII, mostrando dados cartográficos entre os anos 1608/1791, nele notadas as fazendas jesuíticas em Guareí - São Miguel e Botucatu - Santo Inácio [24854]
1958 - “História do Brasil”, Antônio José Borges Hermida [27884]
1978 - O Segredo dos Incas, 1978. Jean-Claude Valla [24795]
1978 - “O Segredo dos Incas”. Valla [24567]





  Caminho do Peabiru
  50º de 497
abrir registro
   
3 de julho de 2019, sexta-feira
Atualizado em 29/10/2025 09:45:16
O Caminho do Peabiru e sua importância para a urbanização da Sorocaba pré-industrial
•  Cidades (1): Sorocaba/SP
•  Temas (6): Estradas antigas, Tupiniquim, Rio Sorocaba, Geografia e Mapas, Bairro de Aparecidinha, Avenida São Paulo

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.