jesus (497 registros) Wildcard SSL Certificates
Caminho do Peabiru (-)
25


Básisco (497) | História |


registros
Ver todos
Modo
Curiosidades



24714

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
1  º de 497
1000
6 registros
*Diáspora carijó / Migração tumpinambá
•  Imagens (1)
•  Fontes (2)
  
  
  

27137*A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja

Posteriormente o litoral, em face dos amplos recursos alimentares de que dispunha, serviu como polo de atração, abrigando populações diversificadas, e por um longo período de tempo. O povoamento do litoral teve início cerca de 2.500 aC., estendendo-se praticamente até a chegada dos europeus. Os grupos humanos, pescadores e coletores, pré-ceramistas, foram substituídos por grupos ceramistas, talvez agricultores, por volta do ano 1000. [p. 59, 1 do pdf]


29119

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
2  º de 497
1343
3 registros
O mareante português Sancho Brandão encontra “Brandam ou Brasil”
•  Imagens (1)
•  Fontes (2)
  
  

29133“Quem descobriu o Brasil? Sancho Brandão?”. Blog Mistérios do Mundo2000.blogspot.com

Quando o Brasil comemorou seus 500 anos, houve quem contestasse. Realmente nossa história registra que o capitão Sancho Brandão já havia estado aqui no século XIV, lá pelos anos 1342.

D. Diniz, que foi um grande rei, em 45 anos de governo preparara o então jovem reino de Portugal para a conquista dos mares e, com tal objetivo, nas terras de Leiria, fizera plantar uma verdadeira floresta de pinheiros e outras madeiras aproveitáveis nas construções navais. Assim, em 1322 a bandeira portuguesa já tremulava nas naves d´El-Rei. Foi neste ano que a majestade lusa mandou a Genova e Veneza, com amplos poderes para firmar contratos, um dos seus melhores ministros.

Destas plagas foram para Portugal marinheiros práticos nas investidas oceânicas, e com eles o fidalgo genovez Manoel Peçanho, afamado capitão dos mares italianos. A este, D. Diniz conferiu o posto de almirante de sua frota galharda. Quis, porém, a sorte que ao rei acadêmico não coubesse a glória de desencantar o misterioso Atlântico, conforme fôra o seu desejo.

No seu leito de morte pediu ao filho que completasse o trabalho tão auspiciosamente principiado, e fizesse a grandeza e a fama de Portugal no desbravamento dos mares desconhecidos. D. Affonso, cognominado o bravo, não se esqueceu do pedido paterno. Cercado de homens de grande valor, como o fidalgo Diogo Pacheco, o bispo do porto, e o almirante Peçanho, investiu contra o mistério dos mares. O fracasso de várias tentativas não o demoveu de sua idéia.

À expedições sucediam-se expedições. Um dia aportou em Lisboa um dos capitães, Sancho Brandão. Desgarrando-se no "mar do ocidente", castigado por tempestades e impelido por uma corrente misteriosa, o capitão Sancho abordara uma nova terra, habitada por homens nús e opulenta em árvores de tinta vermelha. Tentara contorná-la, navegando para o norte. Não o pôde, porém descobriu mais ilhas. Carregando consigo alguns homens e algumas produções da terra, Sancho e seus marinheiros velejaram para Portugal, ansiosos para incrustarem na coroa portuguesa a glória do primeiro descobrimento nos mares do ocidente.

Afonso IV batizou a grande ilha com o nome de "Ilha do Brasil", indicando que era o local onde encontrava-se a árvore pau-brasil. Em 12 de Fevereiro de 1343, como era de praxe, comunicou ao Papa Clemente VI o grande acontecimento, em carta escrita por Montemór-o-Novo. E assim se expressou:

Diremos reverentemente à Vossa Santidade que os nossos naturais foram os primeiros que acharam as mencionadas ilhas do ocidente... dirigimos para ali os olhos do nosso entendimento e, desejando pôr em execução o nosso intento, mandamos as nossas gentes e algumas naos para explorarem a qualidade da terra, as quais, abordando as ditas ilhas, se apoderaram, por força, de homens, animais e outras coisas e as trouxeram com grande prazer aos nossos reinos.

Juntou-se à carta um mapa da região descoberta e nele se vê a inscrição: "Insula de Brasil". Desde então os portugueses monopolizaram o comércio do pau-brasil. Tanto assim que, em documentos do século XIV constam os nomes Brasil ligado ao de Portugal.

Os grandes mapas do século XIV, posteriores a 1343, inserem uma ilha no Oceano Atlântico, aproximadamente na posição atual da região nordeste da América do Sul e com uma configuração semelhante à desta. Isso significa que após o ano de 1343 a América do Sul foi explorada pelos portugueses e considerada uma possessão.
28082“Bobeira que ainda alguns repetem neste país”, Arthur Virmond de Lacerda

Das inúmeras outra cartas redigidas então, perderam-se algumas no incêndio de 1570, no saque dos arquivos de Lisboa em 1612, no terremoto de 1755, exceto a de Caminha e a de Cabral, que a deste confessa a intencionalidade da rota seguida pela frota e o prévio conhecimento que detinham ele e el-rei, da existência do futuro Brasil, em sua missiva a D. Manuel:

“[…] em obediencia a instruçam de vossa alteza navegamos no Ocidente e tomamos posse, com padram, da Terra de vossa alteza que os antigos chamavam Brandam ou Brasil”, por sua vez encontrada em 1343, pelo mareante português Sancho Brandão.

É extraordinário que este passo da missiva de Cabral, divulgada pelo brasileiro Assis Cintra nos anos 1930, passe despercebida até ao presente. Como arquivei na nota 1, ele foi publicado por dois brasileiros e em duas fontes portugueses; a fonte brasileira mais recente data de 2001.
3946Piabiyu Inca-Guarani - Coacaya a Coacaya... Por João Barcellos*

Da floresta da Paranapiacaba, rio Acutia arriba, passando pela aldeia Guaru, no sopé da Jaguamimbaba, até à foz do Ryo Siará, eis a rota (de sul a nortenordeste) do Império Inca guardada em fase última pelo povo Guarani e suas ramificações geo-linguísticas, como os Guaru e os Kariri.

Em 1342 o capitão Sancho Brandam, da Marinha Mercante lusa, foi apanhado por intensa e prolongada tempestade e arremessado do golfo guineense para a outra banda atlântica: a Ilha do Brasil. Súbito, o capitão Brandam estava ao largo da foz do Ryo Siará, e, desembarcando para consertar o navio, ou os navios, entrou em contato com povos nativos; foi Ryo Siará arriba o encontrou o ´ouro´ da época – um “...páo vermelho para tinta” de melhor qualidade que o ´brasil´ comprado no oriente via Lila Hanseática.

Em entrada triunfal no cais de Lisboa, o capitão Brandam deu a notícia ao rei Afonso IV e, este, em 12 de fevereiro de 1343, enviou carta e mapa ao papa Clemente VI anunciando a descoberta da “Ilha do Brasil, ou de Brandam”. Por isso, o “brazil of oportugal´ é conhecido desde então em todos os cais hanseáticos. Por isso, também, em 1500, uma frota na rota para a Índia fez a volta larga no oceano para fincar o padrão da posse portuguesa sobre a “Ilha do Brasil”, renomeada ali como “Terra de Vera Cruz”.

E assim é que hoje sabemos que da aldeia nativa Coacaya, na foz do Ryo Siará, à Coacaya da serra da Paranapiacaba passando pela Coacaya da serra da Jaguamimbaba, a rota inca-guarani situa-se não somente no Piabiyu a sul, mas de sul a norte-nordeste. Faz-se jus dizer que a Barra do Ryo Siará, na Coacaya, foi e é a ponta do Mundo Novo...


12192

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
3  º de 497
1492
14 registros
“Descobrimento” da América
•  Imagens (1)
•  Fontes (8)
  
  

2450A Passagem de São Thomé pelo Brasil, por Eurico Branco Ribeiro

Antes de tudo não está fora de propósito referir que esta questão da visita de um apóstolo de Jesus ás terras que Colombo veio encontrar em 1492 foi estudada com muito carinho, em dias de 1902, pelo monsenhor dr. Camilo Passalacqua, que chegou á convicção da possibilidade de tal cometimento.


12783

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
4  º de 497
1519
18 registros
Fernando de Magalhães chega à baía do Rio de Janeiro
•  Imagens (3)
•  Fontes (8)
  
  
  

1549*Mapa de Heinrich Scherer (1702-1703) ilustrando a circunavegação realizada pela frota de Fernão de Magalhães em 1519-1521

No detalhadíssimo mapa de Heinrich Scherer (1702-1703), antes de 14 de fevereiro de 1520, a expedição liderado por Fernão de Magalhães aportou logo abaixo do Trópico de Capricórnio, de onde partia um "Caminho do Mar".


29278

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
5  º de 497
1534
28 registros
*Esiguara
•  Fontes (2)
  
  

21970Carta do Frei Bernardo a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas

"Isto aconteceu pela Divina Providência, pois aqui achamos três cristãos, intérpretes da gente bárbara que falam bem esta língua pelo longo tempo de sua estada. Estes nos referiram que quatro anos antes um nativo, chamado Esiguara (grafado também Etiguara, Origuara, Otiguara), agitado como um profeta por grande espírito, andava por mais de 200 léguas predizendo que em breve haveriam de vir os verdadeiros cristãos irmãos dos discípulos ao apóstolo São Tomé, e haveriam de batizar a todos. Por isto, mandou que os recebessem com amizade e que a ninguém fosse lícito ofendê-los"´.


21896

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
6  º de 497
1549
52 registros
“Já sabe a língua de maneira que se entende com eles, e a todos nos faz vantagem, porque esta língua parece muito à biscainha”
•  Imagens (1)
•  Fontes (3)
  
  
  

25003*“A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística

"Isto aconteceu pela Divina Providência, pois aqui achamos três cristãos, intérpretes da gente bárbara que falam bem esta língua pelo longo tempo de sua estada. Estes nos referiram que quatro anos antes um nativo, chamado Esiguara (grafado também Etiguara, Origuara, Otiguara), agitado como um profeta por grande espírito, andava por mais de 200 léguas predizendo que em breve haveriam de vir os verdadeiros cristãos irmãos dos discípulos ao apóstolo São Tomé, e haveriam de batizar a todos. Por isto, mandou que os recebessem com amizade e que a ninguém fosse lícito ofendê-los"´.
28464*Guia Geográfico de Salvador “Lenda, Capela, Cruzeiro, Pegadas e Procissão de São Tomé” (2015) Jonildo Bacelar

Ainda em agosto de 1549, Nóbrega escreveu aos padres de Portugal, relatando a lenda de Zomé (ou Somé, ou Sumé. Não se sabe como Nóbrega escreveu, pois essa carta original, em português, foi perdida, restando uma tradução em espanhol com a grafia Zomé):

"Dizem eles que S. Thomé, a quem eles chamam Zomé, passou por aqui, e isto lhes ficou por dito de seus passados, e que suas pisadas estão sinaladas junto de um rio, as quais eu fui ver por mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos, quatro pisadas mui sinaladas com seus dedos, as quais algumas vezes cobre o rio quando enche. Dizem também que, quando deixou estas pisadas ia fugindo dos índios, que o queriam flechar, e chegando ali se lhe abrira o rio, e passara por meio dele sem se molhar, e dali foi para a Índia. Assim mesmo contam que, quando o queriam flechar os índios, as flechas se tornavam para eles, e os matos lhes faziam caminho por onde passasse: outros contam isto como por escárnio. Dizem também que lhes prometeu que havia de tornar outra vez a vê-los."

Pelas cartas de Nóbrega, seriam quatro pegadas sobre uma rocha em um rio, "perto" do atual Centro Histórico de Salvador. Seriam provavelmente as pegadas em São Tomé de Paripe, cuja Igreja fica próxima tanto da Baía de Aratu, quanto da Bahia de Todos os Santos. Relatos posteriores indicam que as águas cobriam tanto as pegadas de S. Tomé de Paripe, quanto à de Itapuã, conforme a maré.


27514

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
7  º de 497
1552
51 registros
Carta do P. Leonardo Nunes ao P. Manuel da Nóbrega
•  Imagens (13)
•  Fontes (3)
  
  
  

27512*De Cunhã a Mameluca. A mulher tupinambá e o nascimento do Brasil

Em 1552, o jesuíta Leonardo Nunes criticava asperamente os sacerdotes de Assunção, bem como dava conta da profunda interação entre nativos e adventícios:

“(...) Porque me dizem que ali há dez sacerdotes, e destes só dois ou três não têm sete, oito filhos, como os outros; e estes ainda têm cinco ou seis índias dentro de sua casa, que os atendem, dando muita suspeita de uma vida ruim; e alguns ai de quem não comemora dez anos, e outros 3 ou 4, e seria melhor que outros não comemorassem. Lá, segundo dizem, há setecentos ou oitocentos homens e todos divididos em cinco lados opostos, e cada um tem pelo menos dez índias e algumas até sessenta e setenta.

Oh, quem tem mãe e uma filha, e ambos os filhos; e outros que têm duas irmãs e tias e sobrinhas, e da mesma forma que têm filhos de uma e de outra; e muitos ou quase todos têm muitos parentes, como primos de primeiro grau, e em outros graus de afinidade. E é dito que todos estes, incluindo filhos e filhas, são quatro mil, e todos têm entre quatorze e quinze anos de idade ou menos. Todos estes, segundo os seus pecados, parecem não ter senão o nome de cristãos: e se eu contasse a Vossa Majestade os grandes excessos que cometem nos seus vícios, isso nunca teria fim.
” [Carta do P. Leonardo Nunes ao P. Manuel da Nóbrega, Baía (S. Vicente, 29/06/1552), in Leite, 1954 (I): 337-8]. [Páginas 268 e 269]


26775

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
8  º de 497
1592
70 registros
*Expedições
•  Imagens (1)
•  Fontes (4)
  
  
  

24641Expedição Peabiru - Pay Zumé

Anthony Knivet foi o pirata inglês abandonado por seu capitão no litoral de São Sebastião, em São Paulo. Eram os índios Tamoios que habitavam aquela região. Os Tamoios pertenciam à família dos Tupinambás, que ocupavam quase toda a costa brasileira da Amazônia até Cananéia.

Ao desembarcar no brasil o pirata inglês viu pelo menos dois portugueses sendo devorados pelos pelos Tupinambás em rituais sagrados. Essas cerimônias religiosas eram feitas com os portugueses, já que eles escravizavam e matavam a população indígena.

Anthony Knivet se preparava para ser a próxima vítima quando os nativos avisaram que ele seria salvo. Disseram que Knivet não era português. Os Tamoios sabiam disso, ainda falaram

nós sabemos que os nossos antepassados foram amigos dos seus antepassados

Knivet era inglês, de pele clara. Como era possível essa conexão? Pela tradição Tupinambá, os ancestrais indígenas também vieram pelo mar. Os Tamoios mostraram ao pirata inglês o provável local do desembarque, na região de Cabo Frio, no Rio de Janeiro.

Esses grupos Tupinambás chamavam a si mesmo de Tamoio. Tamoio significa "avô", justamente porque ele diziam ser a tribo mais velha do Brasil.

Mais curioso é que os Tamoios fizeram questão em mostrar a Knivet algumas marcas sagradas pela região, e lá estava a marca de um pé, fincada na pedra.

Os chamados "fincapés" estão em muitos lugares na América. Muito mais do que marcas, eles são a representação de um mito. O mito da passagem de um homem branco, que deixou nas pedras o vestígio de sua existência.

Na época dos descobrimentos foram encontradas mais de doze marcas pelo Brasil. Elas estão na Bahia, em Pernambuco, na Paraíba, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Santa Catarina.
26773*Tese de concurso á cadeira de História do Brasil. Colégio D. Pedro II, 1883. Capistrano de Abreu (1853-1923)

Provavelmente é esta a de Azevedo Coutinho, que, como se sabe, é posterior á de Domingos Martins Cão. Do Rio de Janeiro temos notícias preciosas transmitidas por Knivet de expedições feitas ás cabeceiras do Parahiba e aos sertões de Minas Gerais, entre 1592 e 1600.


5214

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
9  º de 497
1648
75 registros
Expedição liderada por Raposo Tavares partiu do porto de Pirapitingui
•  Imagens (1)
•  Fontes (13)
  
  
  

26761*“Expansão Geográfica do Brasil Colonial”. Basílio de Magalhães

Ao nosso ver, aquela atrevida façanha ressente-se de exageros, de excessiva fantasia, que lhe deturpou os fatos essenciais. Houve, além disso, e por muito tempo, sérias dúvidas sobre si o autor da longa e portentosa expedição teria sido o destruidor da "Província de Guayrá".

Washington Luís, porém, tendo estudado, mercê dos valiosos documentos que se lhe depararam, a personalidade de Antonio Raposo Tavares, não só demonstrou que foi este o comandante do auxílio levado ao norte, em 1639, contra os invasores neerlandezes, como ainda que o herói da conquista das reduções hispano-jesuíticas meridionais foi quem realizou a pasmosa jornada de varar o Brasil de leste a oeste, indo sair quase na foz do nosso rio-mar.

Washington Luís chega a reconstituir o roteiro da derradeira expedição do intrépido sertanista, o qual, segundo o sobredito escritor, saindo de São Paulo, passando por Sorocaba, pela fazenda de Botucatú, que foi dos padres jesuítas, dirigiu-se a São Miguel, junto ao Paranapanema, tocou em Encarnación, San Xavier e Santo Ignacio, entrou no Paraná, subiu o Ivinhema até quase ás suas nascentes [Página 127]
29784Os brutos que conquistaram o Brasil, super.abril.com.br

corrida em busca de ouro

Sem os escravos guaranis, as plantações de São Paulo entraram em declínio. Os recursos passaram a ser canalizados para a busca de ouro e pedras preciosas, como esmeraldas, mais ao norte. As bandeiras se esticaram. Em 1648, Antonio Raposo Tavares (1598-1659) viajou 10000 quilômetros a pé e de canoa, de São Paulo ao Paraguai, e de lá até Mato Grosso, Amazonas e Pará. Andou quatro anos.

Ao mesmo tempo, as expedições de apresamento de índios tornaram-se menores, multiplicando-se as armações, as entradas familiares que reuniam uns vinte homens. Eram modestas, mas eficientes.
25016O Brasil na Monarquia Hispânica (1580-1668) Novas Interpretações*

Porém o chamariz de rol de bens de Fernandes é que, listado entre machados, foices e cunhas, aparece um “torno de emprensar livros”, avaliado em 320 réis (um pouco menos valioso que três cunhas, avaliadas em 360).

A que poderia ter servido tal instrumento a Pedro Fernandes? Teria ele mesmo utilizado ou lhe ficou de herança, encostado em alguma choupana do sítio? O fato é que bem poderia ter animado a produção de algumas cartilhas para alfabetização, panfletos e cartas impressas, como as que no ano de 1639 andaram causando alvoroço na vila de São Paulo por apregoar a volta do rei Sebastião.

O pequeno negócio feito em Itanhaém, e a presença do torno, podem sugerir um esboço de gráfico. De todo modo, lembremos que o Colégio dos Jesuítas servira como principal meio de alfabetização e ensino na vila de São Paulo, e o uso de cartilhas deveria ser o recurso principal desta educação. [Página 130]
26490Introdução à História das bandeiras - XXII. Jaime Zuzarte Cortesão (1884-1960), Jornal A Manhã

Aliás, até à viagem memorável do grande bandeirante domina entre os portuguese a falsa opinião de que Potosí e as demais cidades do Peru estavam muito próximas do Brasil. Para isso contribuiu grave erro de Lisboa na cartografia da América do Sul. Desviando muito para o leste o curso do Prata-Paraguai, para abranger na soberania portuguesa todo ou quase todo o vale platino, resultava que o Tocantins-Araguaia ocupava nas cartas da primeira metade do século XVII o lugar que na realidade pertencia ao Tapajoz e ao Madeira-Guaporé.
24042*Historia geral das bandeiras paulistas: escripta á vista de avultada documentação inédita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes. Afonso de E. Taunay (1876-1958)

A coincidência dos três nomes não vem a ser de tal ordem que se mostre inaceitável mas num núcleo tão pequeno, como o de São Paulo seiscentista, torna-se realmente extraordinário que se possa admitir a coexistência dos dois Antonio Pereira de Azevedo. Na toponímia de São Paulo diversos Pirapitinguy ha. Assim se chama um pequeno afluente do Parahyba, cuja foz se acha no município de Pindamonhangaba, um outro ribeirão, afluente do ainda pequeno Jaguary, no vale do Tietê, e um terceiro, afluente insignificante do próprio Tietê junto a Ytú. O único que apresenta afinidades com a geografia do bandeirismo é este. Em todo caso a sua barra é a montante do Salto, naquele trecho de corredeiras, tão lindo e abaixo da Cabreuva.

Não viriam os bandeirantes escolher porto logo acima do grande obstáculo do Salto, quando se sabe que a sua navegação começava abaixo do Salto algumas léguas, a jusante e mais tarde muito além em Porto Feliz, na antiga Araraytaguaba.

E depois se Antonio Pereira de Azevedo estava em Pirapitinguy devia seguir rumo do oeste e não do Norte. Só se Pirapitinguy era em outro ponto ou ainda que Azevedo haja voltado da Bahia pouco depois sua partida. E com efeito para ali partira em junho de 1647 e estava em Pirapitinguy, a 15 de maio de 1648, prestes a tomar a estrada geral dos preadores de nativos.

Fixa Calógeras a partida da expedição de Antonio Pereira de Azevedo em 1648, mas ha provavelmente ai erro de impressão. Basílio de Magalhães o retifica. Não sabemos porém em que se estriba o autor das "Minas do Brasil" para afirmar que se fez a expedição do São Francisco.
24428*“Os Tupi de Piratininga: Acolhida, resistência e colaboração”. Benedito Antônio Genofre Prezia, PUC-SP

Havia mais dois ramais que corriam paralelos aos rios Tietê e Paranapanema,encontrando-se com a rota-tronco na altura da antiga povoação paraguaia de Vila Rica, na região central do Paraná, como sugerem Chmyz & Maack232. O ramal do Paranapanema levava à região do Itatim, no atual Mato Grosso do Sul, costeando a direita do rio, caminho feito pela tropa de Antônio Pereira de Azevedo, que fez parte da grande expedição de Raposo Tavares, em 1647, e não pelo ramal do Tietê, como sugere Cortesão.

Isto pela simples razão de que os caminhos indígenas costumavam ser em linha reta. Parece ser a mesma rota que foi localizada numa documentação do governador Morgado de Mateus e que apresenta um itinerário mais detalhado:

“Eu tenho um mapa antigo, em que se ve o roteiro de um caminho que seguiam os antigos paulistas, o qual saindo de São Paulo para Sorocaba, vai até a Fazenda de Wutucatú, que foi dos padres São Miguel das Missões junto do Paranapanema, q’ hoje se achão destruido, dahy costiando o rio a esquerda, se hia a Encarnação [redução jesuítica à beira do Tibagi], a St.o X.er [redução S.Francisco Xavier, no médio Tibagi] e a St.o Ignácio [redução no Paranapanema] e desde o salto das Canoas, emté a barra deste rio gastavão 20 dias, dai entrando no rio Paraná, navegavão o R.o Avinhema, ou das três barras, e subindo por elle emté perto das suas vertentes, tornavão a largar as canoas, e atravessavão por terra as vargens de Vacaria [no atual Mato Grosso do Sul.”


29437

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
10  º de 497
1687
36 registros
*Ruiz Montoya en Indias (1608-1652). Francisco Jarque (1609-1691)
  
  
  

26567*“Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda

Francisco Jarque, por sua vez, na biografia que escreveu de Montoya, além de reproduzir o que diz este das origens e fama do mesmo caminho chamado de São Tomé, refere como, por ele, “el Peabiyu, que es el camino que llaman de San Tomé”, tratara o Padre Antônio Ruiz de recolher os catecúmenos que se tinham escapado, em 1628, às garras dos “portugueses dei Brasil”, assim como à servidão a que os queriam sujeitar os espanhóis da Vila Rica iniciando, à beira dele, a fundação de um povoado que teria, afinal, destino idêntico ao dos outros, destruído que foi pelos mamelucos de São Paulo.


1549

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
11  º de 497
1703
20 registros
*Mapa de Heinrich Scherer (1702-1703) ilustrando a circunavegação realizada pela frota de Fernão de Magalhães em 1519-1521
•  Imagens (2)
•  Fontes (1)
  
  
  


9051

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
12  º de 497
1733
33 registros
*Abertura da estrada de Curitiba no Paraná e no Rio Grande do Sul que possibilitou o ciclo do Tropeirismo. Coincidentemente, nesse ano ocorre o final do bandeirantismo
•  Fontes (8)
  
  
  

28650*“Poder local e educação na Primeira República: O primeiro ginásio público de Sorocaba”. Julio Cesar Gonçalves, Programa de Pós-Graduação da UNISO

(...) uma outra atividade também do Brasil Colônia vai marcar, além da indústria têxtil, da estrada de ferro e da cultura de algodão, presença na história econômica da Sorocaba republicana: o tropeirismo.

Iniciada com o ciclo de mineração, essa atividade transformou a cidade num dos principais entrepostos para a compra e venda de muares, animais utilizados como meio para o transporte de viveres e minério durante o auge daquela atividade econômica. E até 1897 foram realizadas na cidade as Feiras de Muares que, por cerca de 150 anos, acentuaram sua vocação mercantil e fizeram dela um centro de referência comercial. Mas podem ter feito mais do que isso.

Caio Prado Junior, em um estudo sobre a formação histórica do Brasil, ao abordar o sistema de transporte e comunicação durante o período colonial para tratar da importância das comunicações na construção da vida social, observa que foram duas as formas de interiorização do país. Uma, a partir das vias marítimas; outra, partido do interior.

Nesse segundo caso, ele identifica quatro setores – o quarto e último, o do Extremo Sul, tem Sorocaba como ponto de partida, fazendo a interligação e integração do atual estado do Paraná, e penetrando Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. Esse setor exerceu “modesta e obscura, mas talvez não menos significativa” função: o comércio de muares.

[...] Isso dava a Sorocaba, lugarejo pacato e amortecido a maior parte do ano, o aspecto animado e intenso de um grande centro bulhento e agitado. Enchiam-se as suas numerosas hospedarias; nas ruas e praças debatiam-se e se fechavam as transações; era um trânsito ininterrupto de homens de negócio e animais, que à noite dava lugar a não menos animadas diversões, em que o jogo, a bebida e a prostituição campeavam neste ajuntamento fortuito de tropeiros, mercadores, mulheres e aventureiros de toda classe, estimulados pelo lucro ou pelo deboche. (ABREU MEDEIROS apud PRADO JUNIOR, P. 237-254)

Já no período Colonial, portanto, Sorocaba vivia períodos de acentuado burburinho citadino, o que pode ter acentuado as características urbanas que vão marcá-la no início da República. Mas as Feiras de Muares também fermentaram as disputas políticas, conforme observa uma análise sobre a vida social em Sorocaba entre os séculos XVIII e XIX: [Página 51]
27876Dagoberto Mebius - A História de Sorocaba para crianças e alunos do Ensino Fundamental I*

Em 1733, o povo vila de Sorocaba vê passar pelas suas ruas poeirentas e estacionar próximo a velha ponte de madeira do rio, um bando de homens tropeando uma infinidade de animais com grande alvoroço. Correrias, um misto de espanto e medo se apossou das pessoas.

Uma coisa como nunca se vira antes. Tantos homens e animais juntos. Foi à passagem da primeira tropa de muares com destino as Minas Gerais. Seu patrão é Cristóvão Pereira de Abreu, que trazendo esses animais do sul do país, inaugura inconscientemente um dos mais ricos e duradouro ciclo econômico de Sorocaba, o tropeirismo.

Foi a partir desse fato que a Vila cresceu, ficou rica e famosa. Por quase duzentos anos o movimento de dinheiro e a fartura que corriam durante as feiras de muares, fez de Sorocaba uma mistura de pólo capital de fortunas e cultura. Para cá vieram grandes companhias de teatro lírico, passaram grandes personagens da nossa História, floresceram o comércio e pequenas indústrias, até uma siderúrgica foi criada pelo regente D. João, tamanha era a importância estratégica e econômica da Vila de Sorocaba.

Sorocaba passou a cobrar impostos sobre os muares. O que tornou a vila um dos melhores negócios para o governo da época. Grandes fortunas sorocabanas tiveram inicio com o arrendamento das cobranças dos impostos de “barreiras” como eram chamados.

Estrangeiros conheciam Sorocaba e não ligavam a mínima para a Vila de São Paulo. Grandes casarões e sobrados foram construídos pelos ricos comerciantes de muares e outros bens. Sorocaba construiu um belo teatro, chegou a ter 5 escolas de primeiras letras e um grande “Collegio”, era procurada pelos seus artigos de couro e ferragens produzidos nessa época. Enfim, Sorocaba era uma estrela de primeira grandeza no cenário brasileiro.

Os habitantes só tinham olhos e ouvidos para o tilintar dos “patacões ou doblones” dinheiro que corria solto das bodegas aos armazéns, das “quitandeiras” as casas de pousos. Durante um período até as pequenas lavouras desapareceram, tornando muito caro a rala alimentação da vila.

Muitas famílias colocavam os filhos mais fortes para “tropear”. Curioso é que poucos sorocabanos de origem foram “patrões” ou comerciantes de tropas. A maioria deles eram fazendeiros ou “haciendeiros” de São Pedro do Rio Grande.

Por volta de 1897 um surto de febre amarela interrompe de vez o ciclo tropeiro e tudo acaba como por encanto. Até hoje muitas pessoas pensam que Sorocaba nasceu do ciclo tropeiro. Isso é um erro, pois Sorocaba já existia, cresceu por ele e se firmou com a ferrovia até meados da década de 60 no século XX. [Página 25 do pdf]


24672

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
13  º de 497
1747
21 registros
*A new and accurate map of Brazil, de Emanuel Bowen
•  Imagens (2)
•  Fontes (1)
  
  


28021

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
14  º de 497
1863
69 registros
*Revista trimensal do Instituto Histórico, Geográphico e Etnográphico Brasileiro, tomo XXVI
    
    
    
     Fontes (1)


24356

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
15  º de 497
1915
47 registros
*Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas
•  Imagens (25)
  
  
  


2605

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
16  º de 497
1952
77 registros
*Mapa “Sobre o Itinerário de Ulrich Schimidel”, de Reihnard Maack
•  Imagens (34)
  
  
  


26567

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
17  º de 497
1969
121 registros
*“Visão do Paraíso - Os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil”. Sérgio Buarque de Holanda
•  Imagens (80)
  
  
  


29331

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
18  º de 497
2001
75 registros
*Darcy Ribeiro
  
  
  


29314

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
19  º de 497
2003
67 registros
“Porta para as riquezas do Paraíso Terrestre: 1”. Carlos Pimentel Mendes, em novomilenio.inf.br
•  Imagens (4)
  
  
  


25003

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
20  º de 497
2005
269 registros
*“A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
•  Imagens (9)
  
  
  


3336

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
21  º de 497
2009
94 registros
*A Vila de São Paulo em seus primórdios – ensaio de reconstituição do núcleo urbano quinhentista
•  Imagens (17)
  
  
  


30572

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
22  º de 497
2019
252 registros
Encontradas pirâmides em Rondônia, afirmam pesquisadores -folhaderondonianews.com
•  Imagens (1)
  


27843

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
23  º de 497
2021
211 registros
Caminho do Peabiru - Por Marcos Paulo Campos da Costa, professor de História, Filosofia e Sociologia. Consulta no Canal Marcos Ensina
  
  
  


27763

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
24  º de 497
2022
329 registros
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 11.11.2022
  
  
  


3993

  Caminho do Peabiru
Curiosidades
25  º de 497
2023
538 registros
Novidades sobre a Trilha do Peabiru. dakilanews.com.br
  
  

modo: 0  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.