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Atualizado em 28/10/2025 14:47:43 arvore.net.br/paulistana/Cubas.htm
• 1°. João de Abreu tomou posse, na vila de Santos, prestando juramento a Brás Cubas, provedor da fazenda real da Capitania • 2°. Casamento de Bartholomeu Simões de Abreu com Isabel Paes da Silva, filha do Capitão Pedro Dias Paes Leme e de Maria Leite da Silva • 3°. Falecimento de Paulo de Proença de Abreu em Parnaíba • 4°. Casamento de Francisca Cubas de Brito com seu parente Bernardo de Quadros • 5°. Casamento de João Bicudo de Proença e Izabel Domingues f.ª de André Domingues Vidigal e de Anna Barbosa • 6°. Casamento de Sebastião Bicudo de Proença e Izabel Pedroso do Prado f.ª de João Domingues do Prado e de Catharina Ribeiro. Tit. Domingues • 7°. Casamento de João Bicudo de Almeida e Maria Leite da Annunciação f.ª de Luiz Castanho de Almeida e de Francisca Soares de Araujo • 8°. Casamento de Antonia da Silva Serra e Bartholomeu da Rocha Franco • 9°. Casamento do Sargento-mor Francisco Antonio de Andrade e Ignacia Bueno Franco f.ª de Lourenço Franco da Rocha e de Francisca Margarida Pedroso • 10°. Casamento de Anna Antonia de Almeida e João Ferraz Castanho f.º de João Ferraz de Campos e de Rosa Maria de Siqueira • 11°. Casamento do Alferes (depois Major) José Joaquim de Andrade e Maria Feliciana de Oliveira • 12°. Casamento de José Joaquim de Andrade com sua parenta Maria Franco de Barros • 13°. Casamento de Maria Feliciana de Oliveira e João Antonio do Amaral Castro • 14°. Falecimento de Maria da Silva Falcão, em Parnaíba
Consulta em genearc.net - Capitão Diogo Domingues de Faria 30 de dezembro de 2024, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:40:58 Relacionamentos • Cidades (5): Cuiabá/MT, Paranaguá/PR, Sabará/MG, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (40) Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), Anna Domingues de Faria (n.1648), Anna Maria Raposo da Silveira, Antonio Raposo da Silveira, Bernarda Luís de Oliveira (n.1652), Bernarda Luiz Camacho, Brás Mendes Pais, Calixto da Motta (n.1591), Diogo Bueno (1620-1700), Diogo Domingues de Faria (1618-1690), Felipa Vicente do Prado (n.1580), Francisco Bueno Luís da Fonseca (n.1666), Inês Gonçalves Figueira, Isabel Furtado (Prado) (n.1610), Isabel João, João Carvalho da Silva Aguiar, Luiz Furtado (1590-1636), Manoel Bueno da Fonseca (n.1654), Manoel Cardoso de Almeida (1647-1682), Manoel de Carvalho de Aguiar, Margarida da Silva de Campos Bicudo, Maria Bueno (n.1660), Maria de Oliveira Leme, Maria de Oliveira, a filha, Maria Domingues das Candeias, Maria Jorge Velho, Maria Leite, Maria Moreira Cabral (1663-1706), Maria Raposo de Siqueira (1636-1709), Marianna Bueno de Oliveira, Mathias Cardoso de Almeida II, Mathias Cardoso de Almeida (n.1605), Paulo da Fonseca Bueno (1653-1702), Pedro Leme, o Neto (1566-1640), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Potencia Leite, Rodrigo de Castelo Branco, Salvador Cardoso de Almeida, Salvador Jorge Velho (1643-1705), Simão Furtado • Temas (5): Dinheiro$, Gentios, Ouro, Rio São Francisco, Sabarabuçu
Consulta em amsulpar.com.br 27 de outubro de 2024, domingo. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Bituruna/PR • Temas (2): Biturunas, Nheengatu
Guilherme Pompeu de Almeida, consulta em geni.com 25 de fevereiro de 2024, domingo. Atualizado em 27/10/2025 03:16:35 Relacionamentos • Cidades (3): Potosí/BOL, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (8) Ana de Proença (1624-1644), Guilherme Pompeu de Almeida (n.1615), Jorge Soares de Macedo, Manuel Lobo Pereira (1635-1683), Padre Guilherme Pompeu de Almeida (1656-1713), Pedro II de Portugal (1648-1706), Pedro Taques (1560-1644), Rodrigo de Castelo Branco • Temas (4): Ermidas, capelas e igrejas, Nossa Senhora da Conceição, Peru, Rio Paraguay • 1. Documento 1687
História da Cidade, ibituruna.mg.gov.br (data da consulta) 13 de janeiro de 2024, sábado. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (1): Ibituruna/MG • Pessoas (1) Fernão Dias Paes Leme (1608-1681) • Temas (2): Nheengatu, Pela primeira vez
Consulta em grifon.com.br 14 de novembro de 2022, segunda-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): Bituruna/PR, Curitiba/PR • Temas (2): Biturunas, Nheengatu
“Denominação De Local Nas Origens De Sorocaba Possivelmente Em Hebraico”, 07.11.2022. João Barcellos 7 de novembro de 2022, segunda-feira. Atualizado em 16/07/2025 05:13:05 Relacionamentos • Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Cananéia/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Itapecirica da Serra/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (4) Adolfo Frioli (n.1943), Bacharel de Cananéa, Hernâni Donato (1922-2012), João Barcellos • Temas (13): Bairro Itavuvu, Biturunas, Caaguacu, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Caucaya de Itupararanga, Ilha Brasil, Judaísmo, Maniçoba, Peru, Rio Britida, Serra de Ibituruna, Tordesilhas • 1. Envio de Diogo Leite 1 de fevereiro de 1531 A palavra Sorocaba (conhecida no tupi-guarani e, mais precisamente guarani, pela leitura topográfica das linguagens em migração no corredor inca-guarani chamado Piabiyu (ou ´peabiru´, q.s. ´caminho do peru´), entre os Andes e a Serra do Mar, está muito associada à linha Ibituruna (os ´cerros negros´, de Santa Catarina a Minas Gerais passando por São Paulo) e, no meio do caminho, o Ybiraçoiaba (q.s. ´onde o sol se esconde´), cerro abruptamente erguido entre grandes planícies de terras enfurnadas (ou rasgadas) que os povos nativos chamavam de yby soroc, e das quais o jesuíta Manoel da Nóbrega (que nos certõens y mattos fundou Maniçoba e depois a Sam Paolo dos Campos de Piratininga) soube sediarem veios auríferos e ferríferos, os quais, no mesmo Séc.16, o cristão-novo (das famílias Sardinha, de entre Braga e Barcelos) capitalista, político, militar e montanístico Affonso Sardinha (o Velho), arrematou (minas de Ibituruna, Ybiraçoiaba, Araçariguama e Jaraguá) em leilões da Capitania vicentina para exploração. Foi numa sala anexa à presidência da Vereança cotiana e lá estavam Luiz Wanderley Torres e Hernâni Donato, ambos do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP), e Aziz Ab´Sáber, da Universidade São Paulo (USP); Ab´Sáber expôs acerca da topografia da yby soroc (sorocaba) e o cerro araçoiaba, enquanto Torres e Donato falaram da Villa Sorocaba enquanto região têxtil (até cerca de 1970) na continuidade da tradição nativa e da logística comercial pelos ramais do Piabiyu guarani. Ora, quando Vanderlei da Silva insinua a expressão ki tavovu el aretz, q.s. ´na terra que o teu deus te fez herdeiro´, ele inspira-se no anseio geral da gente hebraica no que diz respeito à ´terra prometida´, e a expressão ´tavovú´ também pode ter significado na descoberta do Piabiyu, não o termo de posse, mas a expressão de se ter alcançado a terra tão procurada!
• 2. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza novembro de 1599
“Afonso Sardinha, o Velho senhor paulistano”, consultado em apagina.pt 28 de outubro de 2022, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 10:46:09 Relacionamentos • Cidades (6): Araçariguama/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Guarulhos/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (3) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Clemente Álvares (1569-1641) • Temas (5): Angola, Estradas antigas, Ouro, Serra de Ibituruna, Serra de Jaraguá • 1. Minas 16 de setembro de 1606 Um dos erros mais evidentes dos pesquisadores é a confusão que geraram em torno da posse das minas de ferro e ouro, principalmente as de Jaraguá, Byraçoiaba [Araçoiaba da Serra] e Byturuna [Vuturuna, núcleo histórico de Araçariguama]. Como foi feita a confusão? Muitos atribuíram ao mameluco o Moço parte das operações siderúrgicas; não levaram em conta que só o Velho poderia ter trazido da Europa os conhecimentos de mineração que veio a repassar, de Guaru [Guarulhos] a Byturuna, e que só o Velho possuía ?cabedais? para comprar terrenos, armas, escravos e minas, tendo sido, inclusive, um dos primeiros compradores de negros de Angola... Foi por isso que alguns pesquisadores menos atentos ao conteúdo histórico dos documentos existentes, deram o Velho como analfabeto e o Moço como comprador/fundador das minas de Byturuna e Biraçoiaba. A leitura do "Registo de minas de quelemente alvares", desconsiderando-se os erros do escrivão, responde à incompetência desses pesquisadores: "Aos dezasseis dias do mes de dezembro do ano de mil e seissentos e seis anos nesta vila de S. Paulo capitania de S. V.te [...] apareceu clemente alveres morador nesta vila pr ele foi dito aos ditos ofisiais e declarado de como vinha manifestar sertas minas que tinha descuberto [...] jaraguá, [...] jaraguamirim [...], e no sertão de sayda do nosso mato no canpo do caminho de ybituruna [...]". Eis parte da ata do "Anno de 1606" da Câmara de São Paulo tendo Domingos Rodrigues como Juiz [in Atas da Câmara, Vol. 2].
• 2. Novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares 16 de dezembro de 1606 Um dos erros mais evidentes dos pesquisadores é a confusão que geraram em torno da posse das minas de ferro e ouro, principalmente as de Jaraguá, Byraçoiaba [Araçoiaba da Serra] e Byturuna [Vuturuna, núcleo histórico de Araçariguama]. Como foi feita a confusão? Muitos atribuíram ao mameluco o Moço parte das operações siderúrgicas; não levaram em conta que só o Velho poderia ter trazido da Europa os conhecimentos de mineração que veio a repassar, de Guaru [Guarulhos] a Byturuna, e que só o Velho possuía cabedais para comprar terrenos, armas, escravos e minas, tendo sido, inclusive, um dos primeiros compradores de negros de Angola. Foi por isso que alguns pesquisadores menos atentos ao conteúdo histórico dos documentos existentes, deram o Velho como analfabeto e o Moço como comprador/fundador das minas de Byturuna e Biraçoiaba. A leitura do "Registo de minas de quelemente alvares", desconsiderando-se os erros do escrivão, responde à incompetência desses pesquisadores: "Aos dezasseis dias do mes de dezembro do ano de mil e seissentos e seis anos nesta vila de S. Paulo capitania de S. V.te [...] apareceu clemente alveres morador nesta vila pr ele foi dito aos ditos ofisiais e declarado de como vinha manifestar sertas minas que tinha descuberto [...] jaraguá, [...] jaraguamirim [...], e no sertão de sayda do nosso mato no canpo do caminho de ybituruna [...]". Eis parte da ata do "Anno de 1606" da Câmara de São Paulo tendo Domingos Rodrigues como Juiz [in Atas da Câmara, Vol. 2].
Atualizado em 28/10/2025 14:47:43 “Havía corrido la voz: Circulação de rumores sobre a existência de minas de ouro na região do Rio da Prata e Paraguai (1647-1680)”, 2020. Fernando Victor Aguiar Ribeiro
• 1°. A vinda de novos habitantes (Paranaguá), atraídos pela mineração, atingiu seu ponto máximo, com a chegada de Lara • 2°. Ouro • 3°. Ybiturun Contudo, uma declaração de um português, residente em Assunção, iria trazer luz à situação e explicar o processo de criação e circulação dessas notícias acerca das minas de ouro. Na data de 17 de abril de 1657, na cidade de Assunção, foi relatado que havia um português, Domingo Farto, que declarava conhecer minas de ouro exploradas pelos padres jesuítas. Diante dessa acusação, o padre do colégio de Córdoba solicitou que ele declarasse o que sabia. No dia seguinte, afirmou que “es de nación portugués que siendo muchacho lo trajeron al Brasil donde se crio y se caso en San Pablo Provincias todas de el Reyno de Portugal”. E, no año de quarenta y siete o el quarenta y ocho se encarvo en el Brasil vn navio de Antonio franco madera en el qual aporto al puerto de Buenos ayres que allí se deservaco y paso a la Provinçia de tucuman desterrado del dicho puerto de Buenos Ayres por don Jacinto de laris que Governaba y mando salir de allí a todos los portugueses con lo qual este declarante paso a cordova ciudad de la Provinçia de Tucumán (AGI, CHARCAS, 120, 17 de abril de 1657, fl. 24r). Afirmou que antes de sua viagem a Buenos Aires havia explorado o território próximo à capitania de São Vicente, na América portuguesa. Relatou que “a estado en las dichas provincias del uruguay y Parana y Reducciones de los Padres de la Compañía” (AGI, CHARCAS, 120, 17 de abril de 1657, fl. 24r). E que em suas andanças, “llegou asta un lugar que llamavan santa thereza de los Piñales y que aviendolo hallado desse volvió este delcarante con la demás gente otra ves a la dicha ciudad de San Pablo” (AGI, CHARCAS, 120, 17 de abril de 1657, fl. 24v). Essa paragem, na qual encontraria as minas de ouro, denominada Santa Thereza, “es de la Provinçia de Uruguay o Paraná y si es los que están a cargo de los Padres de la compañía dixo que el dicho lugar de santa teresa es tiera firme continuada con a de san Pablo y de Aquel distrito que todas se tiene por tierra de los portugueses y que allí son las cabessadas de la Provincia del Uruguay” (AGI, CHARCAS, 120, 17 de abril de 1657, fl. 24v). Foi-lhe questionado mais uma vez a respeito da existência das minas de ouro e do envolvimento dos jesuítas em sua exploração. A esse respeito, Domingo Farto relatou que “no a estado en las Reducciones de los dichos Padres con lo qual no puede saber nada lo que se pregunta mas que la de aver oydo esta voz común de que lo sacaba los dichos padres en la dicha provincia” (AGI, CHARCAS, 120, 17 de abril de 1657, fl. 25v). Assim, declarava que as minas de ouro estavam “en tierras de san Pablo siete leguas de la ciudad en yn cerro de minas llamado Ybiturun y en el puerto de Parnagua dose leguas de Canane para el sur que son los dos parages donde se labra y saca oro por todos los que quiseren ir sacando Porque son minas comunes a todos” (AGI, CHARCAS, 120, 17 de abril de 1657, fl. 26r). Essa última declaração relaciona duas minas de ouro já conhecidas. A primeira, Ybiturun corresponde às minas de Voturuna, próximas à vila de Santana de Parnaíba na capitania de São Vicente. Já as minas próximas ao porto de Paranaguá e à vila de Cananéia correspondem às descobertas auríferas no planalto de Curitiba na década de 1640. • 4°. “(...)ouro em quantidade e como o tirara e lavrara, ele próprio, declarante, de um lugar chamado Ibituruna” Na data de 17 de abril de 1657, na cidade de Assunção, foi relatado que havia um português, Domingo Farto, que declarava conhecer minas de ouro exploradas pelos padres jesuítas. Diante dessa acusação, o padre do colégio de Córdoba solicitou que ele declarasse o que sabia.No dia seguinte, afirmou que “es de nación portugués que siendo muchacho lo trajeron al Brasil donde se crio y se caso en San Pablo Provincias todas de el Reyno de Portugal”. E, no año de quarenta y siete o el quarenta y ocho se encarvo en el Brasil vn navio de Antonio franco madera en el qual aporto al puerto de Buenos ayres que allí se deservaco y paso a la Provinçia de tucuman desterrado del dicho puerto de Buenos Ayres por donJacinto de laris que Governaba y mando salir de allí a todos los portugueses con lo qualeste declarante paso a cordova ciudad de la Provinçia de Tucumán (AGI, CHARCAS, 120, 17/04/1657, fl. 24r).Afirmou que antes de sua viagem a Buenos Aires havia explorado o território próximo à capitania de São Vicente, na América portuguesa. Relatou que “a estado en las dichas provincias del uruguay y Parana y Reducciones de los Padres de la Compañía” (AGI, CHARCAS, 120, 17/04/1657, fl. 24r).E que em suas andanças, “llegou asta un lugar que llamavan santa therezade los Piñales y que aviendolo hallado desse volvió este delcarante con la demás gente otra ves a la dicha ciudad de San Pablo” (AGI, CHARCAS, 120, 17/04/1657, fl. 24v).Essa paragem, na qual encontraria as minas de ouro, denominada Santa Thereza, “es de la Provinçia de Uruguay o Paraná y si es los que están a cargo de los Padres de la compañía dixo que el dicho lugar de santa teresa es tiera firme continuada con a de san Pablo y de Aquel distrito que todas se tiene por tierra de los portugueses y que allí son las cabessadas de la Provincia del Uruguay” (AGI, CHARCAS, 120, 17/04/1657, fl. 24v).Foi-lhe questionado mais uma vez a respeito da existência das minasde ouro e do envolvimento dos jesuítas em sua exploração. A esse respeito,Domingo Farto relatou que “no a estado en las Reducciones de los dichosPadres con lo qual no puede saber nada lo que se pregunta mas que la deaver oydo esta voz común de que lo sacaba los dichos padres en la dichaprovincia” (AGI, CHARCAS, 120, 17/04/1657, fl. 25v).Assim, declarava que as minas de ouro estavam “en tierras de san Pablosiete leguas de la ciudad en yn cerro de minas llamado Ybiturun y en elpuerto de Parnagua dose leguas de Canane para el sur que son los dos parages donde se labra y saca oro por todos los que quiseren ir sacando Porqueson minas comunes a todos” (AGI, CHARCAS, 120, 17/04/1657, fl. 26r).Essa última declaração relaciona duas minas de ouro já conhecidas. Aprimeira, Ybiturun corresponde às minas de Voturuna, próximas à vila deSantana de Parnaíba na capitania de São Vicente. Já as minas próximas aoporto de Paranaguá e à vila de Cananéia correspondem às descobertas auríferas no planalto de Curitiba na década de 1640.Domingo Farto, motivado pelas notícias dessa descoberta que circulavam na região de São Paulo, levaria esses rumores ao porto de Buenos Aires.Em 1647, ano de sua chegada ao porto platino, corresponde à data declaradapelo indígena Ventura na qual conhecera os relatos sobre as minas. Soma--se a isso a hostilidade que os portugueses de São Paulo manifestavam aosjesuítas envolvendo a disputa pela mão de obra indígena. Assim, o relatoda existência de minas de ouro e a exploração oculta dos jesuítas seriamplasmados em uma única notícia que seria introduzida na região platinano porto de Buenos Aires. Ressalta-se que Domingos Farto era marinheiroe Ventura trabalhava de forma esporádica no porto e que esse espaço teriasido um locus privilegiado para a circulação de notícias no período colonial.Circulação de relatos e rumoresO processo de conquista da América teve como impulsionador relatosacerca da existência de territórios ricos em ouro e prata. Em associação aos mitos edênicos europeus, de raízes medievais, as notícias colhidas pelos conquistadores em relação à presença de metais preciosos reforçariam tais mitose encorajaria a penetração europeia ao interior da América (HOLANDA, 1958).Partindo desse cenário, observa-se que a circulação de relatos e notícias encontrou papel de destaque e, portanto, sua compreensão seria uma das chaves para entender a dinâmica de formação das sociedades no Novo Mundo. [Páginas 8, 9 1 10] • 5°. Caminho
“O semeador de horizontes”. Revista da Associação Paulista Medicina outubro de 2018. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (7): Alcácer-Quibir/MAR, Araçoiaba da Serra/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (9) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Diogo de Quadros, Dom Sebastião, o Adormecido (1554-1578), Fernão Cardim (1540-1625), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Lopes Pinto, Frei Vicente do Salvador (1564-1639), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Nicolau Barreto • Temas (7): Bacaetava / Cahativa, Engenho(s) de Ferro, Lagoa Dourada, Medicina e médicos, Ouro, Sabarabuçu, Serra de Jaraguá
Atualizado em 28/10/2025 05:39:47 Itajaí: uma cidade em busca de seu fundador, textos compilados Cidades (3): Curitiba/PR, Itajaí/SC, Sorocaba/SP Pessoas (3): Francisco de Souza e Faria, Francisco Dias Velho, Salvador Pires de Mendonça Temas (3): Estradas antigas, Nheengatu, Serra de Ibituruna
• 1°. Envio de Diogo Leite Quando da abertura da estrada de ligação entre Araranguá e Curitiba, pelo interior (1728), o Sargento-Mor Souza Faria, encarregado dessa empresa, ao alcançar a altura da Ilha de Santa Catarina, encaminhou-se para o norte à procura do morro Tayó; mas debalde. Passava esse cêrro – escreve o mestre Taunay – por abundantíssimo em prata. Em sua informação, disse Faria: "Bons desejos tive de os socorrer, mas a fome e a miséria em que nos aviamos todos, nos obrigou, não só deixar o morro, mas ainda a mesma Serra do mar". Explicava êle que de um rio chamado Santa Luzia, seguiu viagem para os campos e passando neles algumas restingas de matos deu em outro campo mais alto e alísio, de onde avistou "um morro, que pelo roteiro que levava dos sertanistas antigos julgou ser o rico e sempre procurado morro do Tayó e ao mesmo pareceu ao seu Piloto". Da Serra Negra (Ibituruna, Buturuna, Vuturuna), descreve Faria, "corre um ribeirão que vai buscar as cabeceiras do dito morro Tayó, o qual morro é baixo, redondo e agudo com sua campina ao pé e tem este feitio. Tem tambem sua campina da banda do norte e da banda do sul, mato carrasquenho; pelo pé deste morro podem buscar ouro; e quando se queira alongar para as matas do mar, não seja pela parte do sul, seja pela parte do norte, que dali emanam as cabeceiras todas do Tajay-merim, que não poderão deixar de acharem ouro". II – Em o Mapa castelhano de J. C. Cano y Olmedilla, 1775, já figura o monte Tayó. O governador de Santa Catarina, coronel Gama Freitas, oficiava a 2 de maio de 1776 ao Vice-rei, marquês do Lavradio a respeito da jurisdição de sua Capitania sôbre a [Página 105] • 2°. Caminho Quando da abertura da estrada de ligação entre Araranguá e Curitiba, pelo interior (1728), o Sargento-Mor Souza Faria, encarregado dessa empresa, ao alcançar a altura da Ilha de Santa Catarina, encaminhou-se para o norte à procura do morro Tayó; mas debalde. Passava esse cêrro – escreve o mestre Taunay – por abundantíssimo em prata. Em sua informação, disse Faria: "Bons desejos tive de os socorrer, mas a fome e a miséria em que nos aviamos todos, nos obrigou, não só deixar o morro, mas ainda a mesma Serra do mar". Explicava êle que de um rio chamado Santa Luzia, seguiu viagem para os campos e passando neles algumas restingas de matos deu em outro campo mais alto e alísio, de onde avistou "um morro, que pelo roteiro que levava dos sertanistas antigos julgou ser o rico e sempre procurado morro do Tayó e ao mesmo pareceu ao seu Piloto". Da Serra Negra (Ibituruna, Buturuna, Vuturuna), descreve Faria, "corre um ribeirão que vai buscar as cabeceiras do dito morro Tayó, o qual morro é baixo, redondo e agudo com sua campina ao pé e tem este feitio. Tem tambem sua campina da banda do norte e da banda do sul, mato carrasquenho; pelo pé deste morro podem buscar ouro; e quando se queira alongar para as matas do mar, não seja pela parte do sul, seja pela parte do norte, que dali emanam as cabeceiras todas do Tajay-merim, que não poderão deixar de acharem ouro". II – Em o Mapa castelhano de J. C. Cano y Olmedilla, 1775, já figura o monte Tayó. O governador de Santa Catarina, coronel Gama Freitas, oficiava a 2 de maio de 1776 ao Vice-rei, marquês do Lavradio a respeito da jurisdição de sua Capitania sôbre a [Página 105]
Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina fevereiro de 2014. Atualizado em 23/10/2025 17:17:23 Relacionamentos • Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Itapevi/SP, Itu/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (23) 1º visconde de Barbacena (1610-1675), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Anthony Knivet (1560-1649), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Balthazar Fernandes (1577-1670), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Clemente Álvares (1569-1641), Cosme da Silva, Domingos Luís Grou (1500-1590), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Fernão Paes de Barros (n.1632), Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), Francisco de Sousa (1540-1611), Gregória da Silva, Hans Staden (1525-1576), João Moreira (1600-1691), José Custódio de Sá e Faria, Luiz Martins, Manuel de Borba Gato (1649-1718), Orville Derby (1851-1915), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Roque Soares de Medela, Suzana Dias (1540-1632) • Temas (20): Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Bacaetava / Cahativa, Caminho até Cotia, Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Carijós/Guaranis, Cruzes, Estradas antigas, Geografia e Mapas, Jesuítas, Nheengatu, Ouro, Pela primeira vez, Quitaúna, Rodovia Raposo Tavares, Sabarabuçu, Tamoios, Tropeiros, Tupinambás, Tupiniquim ![]() • 1. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas 1589 Quando o marido de Suzana Dias falece em 1589 sua fazenda já estava bem desenvolvida e os laços de parentesco distribuídos em amplos territórios que devem ter contribuído muito para que a região aparecesse como produtora de trigo. À presença dos Fernandes de Santana do Parnaíba se estendem até Itu e Sorocaba. Itu é fundada em 1610 pelos bandeirantes Domingos Fernandes 10 e Cristóvão Diniz de onde os paulistas partiam em busca de ouro nas terras de Cuiabá. Sorocaba foi fundada pelo seu irmão Balthazar Fernandes em 1654.
• 2. Belchior Dias recebeu terras em Vuturuna (São Roque), caminho de Ibirapuera, onde teria descoberto as minas de Vuturuna 12 de dezembro de 1598 Suzana Dias após a morte de seu primeiro marido casa-se com Belchior da Costa, este traz para a sua vizinhança os filhos de sua primeira mulher e o irmão de Suzana Dias, Belchior Carneiro. Recebe desta, quinhentas braças de terra e fixa residência na região. Belchior Carneiro foi o descobridor das minas de ouro do Vuturuna, perto de Parnahiba. Falleceu em 1607 no sertão em descobrimento de metaes. [Páginas 48, 49 e 50]
• 3. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza novembro de 1599 Poucos mezes depois retornava ao Araçoiaba e dalli enviava uma bandeira, mais para o interior, da qual fez parte Antonio Knivet. As empresas, porém, de maior vulto realizadas por esse governador geral, nessa sua primeira vinda a São Paulo e attinentes a devassa dos sertões brasileiros, foram as expedições chefiadas por André de Leão e Nicolau Barreto.
• 4. Descobertas das minas paulistas datam em Araçariguama por Afonso Sardinha 1605 Um dos primeiros aldeamentos (MONTEIRO, 1994) foram São Miguel e Pinheiros, no ano de 1580, “ocasião na qual o capitão-mor em São Vicente, concedeu seis léguas em quadra – aproximadamente 1.100km2”. As primeiras descobertas das minas paulistas datam de 1590 no Jaraguá e 1605 em Araçariguama por Afonso Sardinha, momento que deve ter coincidido com o aumento de derrubadas e intensificado a formação de capoeiras. [Página 44]
• 5. São Roque foi fundada em meados do século XVII, provavelmente no ano de 1657 16 de agosto de 1657 O capitão Guilherme Pompeu de Almeida que após o assassinato do pai (PedroTaques) em São Paulo (durante luta entre as famílias paulistanas Pires e Camargo) fixa-se emterras herdadas do mesmo, formando nestas a fazenda Ibituruna.Detalhe mostrando que as terras com maiores influência da Espanha iniciavam logo após o rioPinheiros: “Juntamente com Guilherme Pompeu de Almeida, mudaram-se para afazenda um grande número de amigos, escravos (índios) e parentes deste,fazendo com que houvesse um adensamento populacional na área ondeinicialmente só encontrávamos referências ao garimpo de “ouro de lavagem”.Personagens como Rodrigues Penteado, Fernão Paes de Barros e outroshomens detentores de grandes posses que buscavam se estabelecer emterritório de Santana de Parnaíba. Tal referência se faz necessária porquedentre estes homens encontravam-se o fundador de São Roque (Pedro Vazde Barros) e Francisco Rodrigues Penteado. Entre 1648 e 1650, o capitãoGuilherme Pompeu de Almeida adquirindo novas terras nas proximidades dolocal onde vivia, constituiu outra fazenda denominando-a Araçariguama”.“São Roque foi fundada em meados do século XVII, provavelmente no anode 1657, embora não haja documentação precisa sobre esta data. Sua históriacomeçou na fazenda do bandeirante, Cap. Pedro Vaz de Barros, ou VazGuaçu - “O Grande” - como era chamado pelos índios. Em uma das suas expedições, o Bandeirante alcançou o Alto da Serra doIbaté, de onde avistou toda a natureza do Vale do Carambeí, e ali decidiuplantar um núcleo de civilização. Estabeleceu fazenda ao centro do vale etrouxe famílias, agregados e escravos. Além da pecuária e agricultura, ocapitão cultivava trigo e uva, e pôde ser considerado o primeiro vinhateiro deSão Roque. Toda a família do Capitão teve importante papel para odesenvolvimento da cidade. “No ano de 1681, Fernão Paes de Barros, seu irmão, construiu nas proximidades da Serra Taxaquara a Casa Grande e a Capela de Santo Antônio”. [Páginas 60 e 61]
“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador 2014. Atualizado em 31/10/2025 10:46:16 Relacionamentos • Cidades (19): Araçoiaba da Serra/SP, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Foz do Iguaçu/PR, Guaratinguetá/SP, Iguape/SP, Itu/SP, Lisboa/POR, Mogi das Cruzes/SP, Passo Fundo/RS, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP, Ubatuba/SP • Pessoas (44) Adolfo Frioli (n.1943), Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André Fernandes (1578-1641), Antonio Gomes Preto (1521-1608), Antonio Lopes de Medeiros, Antonio Pedroso de Barros (1610-1652), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (1493-1580), Beatriz Dias Teveriçá ou Ramalho (1502-1569), Belchior da Costa (1567-1625), Benta Dias de Proença (1614-1733), Benta Dias Fernandes (n.1590), Catarina Dias II (1601-1667), Cecília de Abreu (1638-1698), Diogo de Alfaro (f.1639), Diogo de Quadros, Diogo do Rego e Mendonça (1609-1668), Francisco de Paiva, Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco Luís Carneiro de Sousa (1640-1708), Gaspar de Guzmán (1587-1645), Hélio Abranches Viotti, João IV, o Restaurador (1604-1656), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Lopo Dias Machado (1515-1609), Luís Castanho de Almeida (1904-1981), Luís da Grã (n.1523), Manoel Fernandes de Abreu “Cayacanga” (1620-1721), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Maria de Torales y Zunega (n.1585), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Paschoal Leite Paes (1610-1661), Paulo de Oliveira Leite Setúbal (1893-1937), Paulo de Proença e Abreu, Paulo do Amaral, Pedro Dias Correa de Alvarenga (1620-1698), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Suzana Dias (1540-1632) • Temas (55): Algodão, Apiassava das canoas, Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Botocudos, Bugres, Caaçapa, Cachoeiras, Caciques, Caminho de Curitiba, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Capela de Santa Ana de Sorocaba, Capela de São Bento, Carijós/Guaranis, Catedral / Igreja Matriz, Cavalos, Colinas, Cristãos, Curiosidades, Deus, Ermidas, capelas e igrejas, Escolas, Escravizados, Farinha e mandioca, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Guayrá, Ijuí, Inquisição, Jardim Sandra, Jesuítas, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Mosteiro de S. Bento de Sorocaba/SP, Mulas, Música, Papas e o Vaticano, Pela primeira vez, Pelourinhos, Pontes, Porcos, Redução de Santa Tereza do Ibituruna, Rio Anhemby / Tietê, Rio Araguaia, Rio Sorocaba, Rua XV de Novembro, São Bento, São Paulo de Piratininga, Tapuias, Tordesilhas, Tupis, União Ibérica, Villa Rica del Espírito Santo, Vinho ![]() • 1. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas 1589 O pai de Baltazar, Manoel Fernandes, faleceu em 1589 e, em 1608, a mãe Suzana Dias, casada pela segunda vez com Belchior da Costa, já havia deixado São Paulo, residindo então na sua fazenda, às margens do rio Tietê, em Santa Ana de Parnaíba. Não há data precisa para essa mudança, foi depois de 1593 e antes de 1608, conforme atesta a documentação da época (...)
• 2. D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses 23 de maio de 1599 Nas suas idas e vindas ao Paraguai, conheceu a Paragem de Sorocaba, onde os bandeirantes costumavam fazer um pouso, antes de chegarem em casa - Parnaíba ou São Paulo. E foi aí "nessas datas de terras de sesmaria de uma légua de terra em quadra; outra légua de terra nessa mesma paragem de Sorocaba, da outra banda do rio correndo da ponte para cima até a cachoeira", parte doada por sua mãe e por seu irmão André, parte conquistada por ele mesmo, que decidiu se estabelecer com uma fazenda de criação de gado e plantação, o embrião da futura Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba. [Página 65] Essa ponte a que se refere o documento não foi construída por Balthazar, mas já existia desde o final do século XVI, mandada construir por D. Francisco de Souza, governador geral do Brasil, quando em visita às minas do Morro Araçoiaba. Era uma ponte pequena, estreita, porém no mesmo local da atual, na rua XV de novembro. [Página 66] Balthazar não foi o primeiro a se interessar pela região. Antes dele, a história registra duas tentativas de formação de povoado. A primeira foi em 1589, quando os Afonso Sardinha, pai e filho, descobriram minério de ferro no Morro Araçoiaba, instalando nesse local, dois anos depois (1591), uma fundição de ferro. A descoberta atraiu a atenção do Governador Geral do Brasil, Francisco de Souza, que, em 23 de maio de 1599, conforme narrativa do historiador Jesuíno Felicíssimo Júnior: "Acompanhado de grande e imponente séquito, constituído de fidalgos coloridamente trajados, técnicos, infantes e nativos, sob o som de música marcial, partiu para Araçoiaba". Permaneceu entre nós durante sete meses, ocasião em que fundou, oficialmente, no local, a povoação de Nossa Senhora do Monte Serrate. [Páginas 82 e 83]
• 3. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas 23 de setembro de 1619 Nestes limites, à margem esquerda do rio Anhembi, André Fernandes ergueu mais tarde a capela de Santana, e tendo devassado os sertões vizinhos, pesquisando ouro, obteve para si uma sesmaria limítrofe em 23 de setembro de 1619.Antes de ser o homem público ativo e dedicado, Balthazar Fernandes foi, além de lavrador, ferreiro. Essa reveleção é feita por Jeuíno Felicíssimo Junior, autor da "História da Siderurgia de São Paulo - seus personagens, seus feitos".Informa o autor que, em 1619, Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas e levantou, em Parnaíba, um forno para fundição de ferro, que funcionou até 1645, quando foi interditado e desmontado, em consequência de denúncia feita ao juiz ordinário, Paulo do Amaral.Pelas leis de Portugal para o Brasil, na época, as tendas de ferreiros eram proibias, a fim de evitar que as técnicas de preparação e aproveitamento do ferro fossem parar nas mãos dos índios, tornando suas flechas mais perigosas e mortais.Detalha ainda o mesmo autor que a sesmaria de Balthazar era vizinha da de André, no lugar chamado Ibitiruma.
LEI Nº 3297, DE 8 DE AGOSTO DE 2013 8 de agosto de 2013, quinta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP • Temas (2): Leis, decretos e emendas, Capitania de Sergipe
História de Carapicuíba. João Barcellos 25 de março de 2013, segunda-feira. Atualizado em 31/10/2025 08:43:29 Relacionamentos • Cidades (17): Araçariguama/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Buenos Aires/ARG, Cananéia/SP, Carapicuiba/SP, Catalunha/ESP, Cotia/Vargem Grande/SP, Itu/SP, Lisboa/POR, Porto Feliz/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, Santo Amaro/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (24) Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Bacharel de Cananéa, Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Brás Gonçalves, o velho (1524-1606), Braz Gonçalves, velho "Sardinha" (1535-1620), Cacique de Carapicuíba, Clemente Álvares (1569-1641), Diogo Antônio Feijó (1783-1843), Domingos Luís Grou (1500-1590), Gregório Francisco, Jerônimo Leitão, João Barcellos, João Ramalho (1486-1580), Jorge Correa, José de Anchieta (1534-1597), Manuel da Nóbrega (1517-1570), Manuel Preto (1559-1630), Margarida Fernandes (n.1505), Maria Gonçalves "Sardinha" (n.1541), Padre Guilherme Pompeu de Almeida (1656-1713), Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), Tomé de Sousa (1503-1579) • Temas (40): Açúcar, Aldeia de Pinheiros, Ambuaçava, Angola, Araritaguaba, Butantã, Caminho do Padre, Caminho do Peabiru, Caminho Itú-Sorocaba, Caminho Sorocaba-Porto Feliz, Capitania de São Vicente, Carijós/Guaranis, Ermidas, capelas e igrejas, Estradas antigas, Goayaó, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Guaranis, Guerra de Extermínio, Inquisição, Jesuítas, Judaísmo, Jurubatuba, Geraibatiba, Metalurgia e siderurgia, Nheengatu, Ouro, Pela primeira vez, Pontes, Portos, Prata, Rio Anhemby / Tietê, Rio Cubatão, Rio Geribatiba, Rio Pinheiros, Rio Ypané, Rio Ypanema, São Miguel dos Ururay, Serra de Cubatão , Serra de Jaraguá, Ururay • 1. Bras Cubas concede sesmaria ao ferreiro "Mestre Bartolomeu", chamado Domingos, que havia chegando com Martim Afonso em 1531, quando "enganados" pelo "Bacharel" em Cananéia 25 de janeiro de 1555 Em 1555 instala-se na vila jesuítica o capitalista, militar e minerador Afonso Sardinha, dito "o Velho". É este desbravador, que faz mineração em Guaru, Cubatão e na Borda do Campo, que quer conhecer "a aldeia que liga o Piabiyu ao Anhamby", segundo as informações que obtém dos escravizados guaranis, inimigos dos guayanazes que habitam essa aldeia perto da guarany Koty.
• 2. Fundição de Afonso Sardinha começa a funcionar 1591 Em 1591, sob indicações dos nativos guaranis e goayanazes, nos campos de Sorocaba, o capitão Belchior Carneiro encontra veios auríferos no Morro do Byturuna, na aldeia goayanáz. Como a coroa lusa, desde 1580 em mãos dos castelhanos, não faz mineração própria, as minas achadas vão a leilão oficial, e aí, Afonso Sardinha - o Velho arremata a Mina dos Arassarys, no Byturuna, e inicia a mineração com o filho e com Clemente Álvares.
• 3. Descobertas das minas paulistas datam em Araçariguama por Afonso Sardinha 1605 Em 1605 o arraial mineiro do Byturuna dando outro em pequena escala, mas uma grande fortuna, transforma o arraial em fazenda; e, em 4 de dezembro de 1605, depois da morte (1604) do filho, "o Velho" instala a Capela de Santa Bárbara, tornando-se o fundador luso-católico de mais um povoado colonial que terá continuação com outras capelas, outras devoções, outros pontos geográficos, e até outros focos de interesse comercial, rural e logístico, sendo particularmente um eixo para o desenvolvimento do jeito de "bandeirar"que, a algumas milhas dali, a partir de Araritaguaba (o Porto Feliz dos goyanazes), já faz acontecer o Brasil continental! Obs. 1 - No "ano 1605" não se realizam sessões normais da Vereança paulistana porque os poderosos, latifundiários e para-militares estão ocupados na defesa dos seus bens nos sertões dos guaranis (Piabiyu) e dos tupis (Sorocaba e Ypanen). 2 - Tudo leva a crer que o escandaloso "testamento" de "o Moço", feito no sertão, em 1604, doeu bem no fundo da alma de "o Velho", que passa mais de um ano entre Byraçoiaba e Byturuna, e no arraial-mina do Byturuna manda "fabricar" a capela em honra de Santa Bárbara, ás vezes acompanhado pelo padre jesuíta Antônio da Cruz. 3 - A instalação da Capela de Santa Bárbara é da tradição dos mineradores e militares, como sertanistas, e no caso da Mina-Arraial do Byturuna, no Arassary´i, a história de Afonso Sardinha - o Velho foi passada oralmente, como já havia acontecido com a Capela "fabricada" na Carapocuyba, logo, a História não descarta a Tradição e incorpora-a como registro imaterial pela certeza de que os atos existiram e a arqueologia os mostra, tanto no Parque da Mina de Ouro d´Araçariguama como na Aldeia de Carapicuíba, por exemplo, povoados luso-católicos a partir das ações sertanistas e minerarias do velho Sardinha. A essa tradição não poderia fugir "o Velho" Sardinha, até pela proximidade dos padres jesuítas, muito vigilantes nos atos eclesiásticos informalmente desencadeados nos sertões, como a "fábrica" de uma "alminha" ou de uma "capela". Afonso Sardinha vende a mina, o arraial e a capela do Byturuna, ao sócio-artesão Clemente Álvares, que repassa a informação à Câmara de São Paulo, onde é vereador. A translação é tão verdadeira quanto a declaração do próprio vereador Álvares no plenário do Conselho paulistano. [História de Carapicuíba, 25.03.2013. João Barcellos. Página 20]
Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileiras, séculos XVI-XVII. Rafael Schunk 2013. Atualizado em 23/10/2025 17:17:22 Relacionamentos • Cidades (10): Castro/PR, Ivaiporã/PR, Londrina/PR, Osasco/SP, Salvador/BA, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP, Telêmaco Borba/PR • Pessoas (18) Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), André Fernandes (1578-1641), Balthazar Fernandes (1577-1670), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Cacique Tayaobá (1546-1629), Domingos Fernandes (1577-1652), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Frei Agostinho de Jesus (1600-1661), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Garcia Rodrigues Paes (1659-1738), João Missel Gigante (n.1560), Juan del Campo y Medina, Justo Mancilla Van Surck, Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Manuel Preto (1559-1630), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Mauro Teixeira, Suzana Dias (1540-1632) • Temas (29): Aldeia de Los angeles, Cachoeira do Inferno, Capela de Santa Ana, Cordilheira dos Andes, Ermidas, capelas e igrejas, Gualachos/Guañanas, Itatins, Japão/Japoneses, Mambucaba, Metalurgia e siderurgia, Missões/Reduções jesuíticas, Nossa Senhora de Montserrate, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Nuatinguy, Ouro, Quitaúna, Redução de S Xavier e S Inácio (Itamaracá), Redução Inmaculada Concepción, Rio Anhemby / Tietê, Rio das Velhas, Rio Ivahy (Guibay, Hubay), Rio Paraguay, Serra dos Itatins, Sobrados, Taiati (São Francisco Xavier), Tamboladeiras, Tamoios, Tordesilhas, Ybitiruzú ou Ybiangui ![]() • 1. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas 1589 • 2. “Do lado espanhol” 1628 A ele (Montoya) devemos as instalações de numerosos povoados, posteriormente desaparecidos nas selvas do Paraná: São Francisco Xavier (Tayatí, provavelmente entre as atuais cidades de Santa Cecília do Pavão, Irerê e Londrina, 1622), Nossa Senhora da Encarnação (Nautingui, no posto conhecido como Itapuá, imediações da atual cidade de Telêmaco Borba, 1625), São José (Tucuti, possivelmente próximo a Bela Vista do Paraíso e Sertanópolis, 1625), São Miguel (Ibiangui, perto do município de Laranjeiras, a noroeste de Castro, 1627), São Paulo (Iñieay, em local não identificado, 1627), Santo Antônio (Biticoy, provável região de Ivaiporã, Grandes Rios e Manoel Ribas, 1627), São Pedro e Nossa Senhora da Conceição (Gualacos, 1627-1628), Sete Arcanjos (às margens do rio Ivaí e afluentes, 1627), São Tomé e redução de Jesus Maria (provavelmente próximos dos portos de Planaltina e São Carlos do Ivaí, às margens do rio Ivaí, 1628).
Coleção Barão do Rio Branco 2012. Atualizado em 27/10/2025 05:30:39 Relacionamentos • Cidades (1): Guarapuava/PR • Pessoas (9) Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Francisco Millau y Maraval, João Tibiriçá Piratininga (1829-1888), José Maria da Silva Paranhos Jr (1845-1912), Juan de la Cruz Cano y Olmedilla, Pedro de Siqueira Côrtes, Pedro Lozano (1697-1752), Pedro Lugo y Navarra, Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857) • Temas (12): Ana Maria Bicudo de Proença, Apoteroby (Pirajibú), Caaçapa, Cabeludos/Coroados, Cayacangas, Estradas antigas, Francisco de Arruda e Sá, João de Arruda e Sá, Maria de Almeida Pimentel e Lara, Nheengatu, Rio Guapeí, Yapejú
Atualizado em 28/10/2025 05:39:41 Na Trilha Piabiyu Da Mineração Ao Ato Civilizatório Têxtil Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP Pessoas (1): Manuel da Nóbrega Temas (9): Astronomia, Caminho do Mar, Caminho do Peabiru, Carijós/Guaranis, Caucaya de Itupararanga, Cordilheira dos Andes, Estradas antigas, Jaguamimbava, Maniçoba
• 1°. Manoel da Nóbrega realizou a primeira missa num local próximo da aldeia de Inhapambuçu, chefiada por Tibiriçá fazendo cerca de 50 catecúmenos "entregues à doutrinação do irmão Antonio Rodrigues"
Atualizado em 28/10/2025 05:39:39 Reduções jesuítico-guarani: espaço de diversidade étnica, 2011. André Luis Freitas da Silva. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em História. Área de concentração: História, Região e Identidades. Orientadora: Profa. Dra. Càndida Graciela Chamorro Argüello Cidades (1): Sorocaba/SP Pessoas (14): Antonio Ruiz de Montoya, Cacique Pindoviiú, Cacique Tayaobá, Domingo Martinez de Irala, Francisco Diaz Tanho, Luis de Céspedes García Xería, Nicolas del Techo, Nicolas Mastrillo Duran, Pedro de Espiñosa, Pedro de Molas, Roque Gonzálies de Santa Cruz, Simão Álvares Martins (Jorge), Simão Macetta, Tataurana Temas (33): Aldeia de Los angeles, Bilreiros de Cuaracyberá, Cabeludos/Coroados, Caciques, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Encarnação, Engenho(s) de Ferro, Gados, Gualachos/Guañanas, Guayrá, Jê, Léguas, Metalurgia e siderurgia, Minas de Tambó, Missões/Reduções jesuíticas, Montanhas, Nheengatu, Nossa Senhora de Loreto del Pirapó, Piqueri, Porcos, Redução Inmaculada Concepción, Redução Santo Thomé, Rio Huybay, Rio Iguassú, Rio Latipagiha, Rio Paranapanema, Rio Tepotiata, Rio Uruguai, San Antonio del Iñiay, Taiati (São Francisco Xavier), Vinho, Ybitirembá
• 1°. Chegada a Kariesseba • 2°. Fundação de Ciudad Real or "El Gauirá" • 3°. Nova expedição com 50 homens* Um dado importante sobre os Ybirayara é fornecido pelos jesuítas Thomas Filds e Manoel Ortega, que no ano de 1590 realizaram missões itinerantes nas cidades espanholas de Villa Rica e Ciudad Real. De acordo com esses religiosos, uma peste assolou as populações indígenas que habitavam os arredores dessas cidades. Entre as populações atingidas, estavam os Ybirayara, outrora amigos dos espanhóis, conforme os religiosos da Companhia de Jesus. Se converteram em inimigos ferozes dos mesmos, sendo suas parcialidades calculadas em 10 mil índios de guerra. • 4°. Reduções no Tibagi Fundação de Nuestra Señora de Loreto del Pirapó Guairá. Transmigrou ao final de 1631, chegando ao mês de março de 1632, à margem do Rio Yabebuirí, afluente da margem esquerda do Rio Paraná. [p. 80] Quando os padres jesuítas se estabeleceram efetivamente no Guairá no ano de 1610, iniciou-se uma nova frente expansionista no interior da província em sequência a expansão promovida por Domingo Martinez Irala, em 1557, com a fundação da Ciudad Real. Nessa frente missionária, os religiosos passaram a contatar no Guairá, além das populações falantes do idioma Guarani, outras populações nativas. [p. 97] • 5°. Fundação No Guairá, a organização de reduções com populações consideradas como não pertencentes aos Guarani, inicia-se em 1622 com o deslocamento de um grupo de jesuítas a partir das reduções do Paranapanema para áreas localizadas mais ao sul, nos vales dos rios Ivai, Tibagiba e Piquiri que banhavam terras habitadas por populações Guarani e Guañana. Essas novas povoações organizadas pelos jesuítas se estenderam até a margem direita do Rio Iguaçu, convertendo-se num caminho de ligação entre as reduções do Guairá, Paraná e Uruguai. • 6°. São Roque Gonzales fundou quatro Reduções: Candelária, Caaçapa-Mirim, Assunção do Juí e Caaró Siete Arcángeles del Tayaoba - Foi organizada em 1626 na terra de um poderoso cacique chamado Tayaoba. “Este nombre fue de uno principal cacique gobernador de muchos pueblos, del cual tomó toda aquella provincia el nombre”. Para Cristina dos Santos e Tiago Baptista, “foi na principal redução do Guairá que uma legítima experiência de convívio entre culturas distintas se realizou: Los Angeles de los Tayaobá”, onde “30 caciques são tanto de parcialidade Guarani, quanto Jê”. Sobre esta redução Montoya observou o seguinte: Estão nesta redução os Padres Pedro de Espinosa e Padre Nicolás Ernacio, ardorosos obreiros da vinha do Senhor, que com seu grande zelo e solicitude fizeram muito bem aquela redução, tornando nossa casa e Igreja muito capazes que com ter nesta redução tantos gente, nela cabem todos, trabalhando no espiritual sem cansar e no temporal de uma forma que pode competir com os antigos, já têm vacas, cabras e ovelhas e tudo se faz muito bem, é terra muito fértil e com o cuidado dos Pais, em poucos anos haverá abundância de tudo, plantaram uma boa vinha e um canavial e fizeram um bom pomar com o qual terão muitos presentes. O gado já começa a parir com o fato de já ter leite e manteiga e fazer queijo. Já existe uma multiplicação muito boa do rebanho suíno. (...) Siete Arcángeles del Tayaoba Foi organizada em 1626 na terra de um poderoso cacique chamado Tayaoba. “Este nombre fue de uno principal cacique gobernador de muchos pueblos, del cual tomó toda aquella provincia el nombre”. Para Cristina dos Santos e Tiago Baptista, “foi na principal redução do Guairá que uma legítima experiência de convívio entre culturas distintas serealizou: Los Angeles de los Tayaobá”, onde “30 caciques são tanto de parcialidade Guarani, quanto Jê”. Sobre esta redução Montoya observou o seguinte: Están en esta reducción los Padres Pedro de Espinosa y el Padre NicolásErnacio muy fervorosos obreros de la viña del Señor, los cuales con su grancelo y solicitud han puesto aquella reducción muy buena haciendo nuestracasa e Iglesia muy capaz que con haber en esta reducción tanta gente, todacabe en ella, trabajando en lo espiritual sin cansarse y en lo temporal demanera que puede competir con las antiguas, tienen ya vacas, cabras yovejas y se da todo muy bien, es tierra muy fértil y con el cuidado de los Padres dentro de pocos años habrá mucha abundancia de todo, han plantadouna buena viña y cañaveral y hecho una buena huerta con que tendránmucho regalo. El ganado comienza ya a parir con que tienen ya leche ymanteca y hacen quesos. Hay ya muy buena multiplicación del ganado decerdo274.De maneira semelhante ao caso do cacique Pindoviiú que procurou o padre Montoyapara solicitar redução, também o fez o cacique Tayaoba, mas agindo de outra maneira. Aosaber que religiosos estavam reunindo populações e organizando grandes povoados, Tayaobaenviou uma pequena embaixada liderada por seu filho mais velho, que ia acompanhado de ummorubixaba chamado Maendi para entrarem na redução de São Francisco Xavier a fim dedescobrirem como os padres agiam e como era a vida dos reduzidos. Desta forma, eles entraram na redução dizendo-se serem naturais do Ybitiruna, localonde mais tarde veio a ser organizada a redução de San Miguel, com índios Camperos. “Oshóspedes, sob a capa de desconhecidos, podiam notar tranquilamente tudo quanto se passavano povo reduzido”. No entanto, passado algum tempo o padre Francisco Dias Taño descobriua procedência do grupo. “Já sei, meus filhos, quem sois e não ignoro o motivo de vossa vinda nosso povoado! [...] Ficaram os hospedes ainda oito dias e, como tinham tirado as perucas, dobraram-se as festas e as manifestações de amizades” 275. Tayaoba sabia que os jesuítas vinham se dirigindo para suas terras a fim de contatá-lo e antecipara-se, pois, em tempos passados este cacique juntamente com outros caciques fora enganado por espanhóis de Vila Rica e presos. Os encomendeiros aprisionaram-no, obrigando-o a enviar um grande número de indígenas para trabalharem nas encomiendas. Na prisão, alguns caciques que não quiseram trair seu povo, acabaram perecendo de fome. Tayaoba conseguiu escapar da prisão, e conduziu sua parcialidade para lugares remotos. Proibindo e coibindo a entrada em suas terras de qualquer espanhol 276. Ao enviar uma falsa embaixada, ele tentava descobrir a real intenção dos jesuítas, e dependendo do resultado ele poderia antecipar-se às ações dos mesmos. Tal como ir para guerra contra os padres e seus índios aliados, se evadir novamente ou se reduzir. A última opção foi a escolhida. O cacique Tayaoba tinha 28 filhos com diferentes mulheres e era senhor de 80 caciques, 60 dos quais aceitaram se reduzir. Para marcar o local da redução foi erguida uma cruz de sete braças de altura com acompanhamento de 300 índios277. O padre Montoya observava que os tayaobas, antes inveterados antropófagos, haviam estabelecido fortes laços de amizade com seus antigos inimigos, os Gualachos. Hechóse esto de ver en el trato y acogida que hacen estos indios a los gualachos. Eran estas dos naciones enemigas mortales matándose y cautivándose perpetuamente de una parte y de otra sin remedio alguno que para esto se pusiese. Pero ahora después que han recibido el Santo evangelio así estos como aquellos ya no como enemigos capitales, pero como unos muy grandes amigos se tratan todos ellos, viniendo los gualachos al Tayaoba y estos yendo a la tierra y pueblos de los gualachos. Hiciéronse estas amistades ahora año y medio o cerca de dos años. [p. 104, 105, 106 e 107] • 7°. “Do lado espanhol” Concepción de los Lanceros Guañanas Foi organizada em 1628 albergando uma população considerada exclusivamente não Guarani259. Estava a um dia de caminhada do Tambo das Minas de Ferro, local onde os espanhóis de Villa Rica extraíam minério para confecção de instrumentos de ferro para o uso diário. Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652) observava que “como esta reducción está junto al tambo donde los españoles cultivan el, ha acudido el padre a la administración de los sacramentos así de los españoles como de los indios”. Assim como observou Nicolas del Techo (1611-1680) ao comentar que “gualachíes frecuentaban las minas de hierro que los españoles tenían cerca del Piquiri”. Para o arqueólogo Oldemar Blasi262, as minas do tambo estariam atualmente localizadas no interior do município paranaense de Nova Cantu, às margens do Rio Cantu, afluente da margem direita do Rio Piquiri. Os padres ergueram a redução de Concepción neste local devido à solicitação dos índios Chiqui. Como observamos anteriormente, esta era uma parcialidade de índios Gualacho. Conforme Techo, “los indios chiquitos que vivían al otro lado del Piquiri enviaron un hombre solicitando que los misioneros fundasen una reducción en su país”. Antes de darem início à nova redução, os padres Montoya e Diaz Taño permaneceram oito meses realizando missões nas terras dos Gualachos e na cidade espanhola de Vila Rica, devido a uma peste que assolava essas terras. Após este período, os padres se deslocaram para a região onde seria erguida a nova redução. [Que] estaba situada en las tierras de Cohé, cacique cuyos cinco hijos gobernaban las aldeas próximas. Los habitantes de otros lugares vecinos también querían establecerse en la nueva población. Procedió á erigir la cruz, á lo cual se hallaron presentes innumerables indios, y se echaron los cimientos del pueblo, que fue consagrado á la Inmaculada Concepción. Al poco tiempo se presentó á los religiosos Curiti, cacique poderoso entre los gualachíes, y prometió en nombre de sus vasallos fundar con éstos una población ó unirse á los moradores de la Concepción si esto último parecía mejor. [Páginas 101, 102 e 103] • 8°. Carta do Padre Espinosa ao governador do Paraguai D. Luis de Céspedes Xeria* Além disso, por volta de 1627 o governador do Paraguai Luis de Céspedes esteve em Vila Rica do Espírito Santo, onde pretendia visitar a redução de Sete Arcanjos. Sua intenção era levar como escolta, além do efetivo militar que o acompanhava, mais um esquadrão de Gualachos Ybirayaras. Fato que levou o religioso Pedro Espinosa a tentar “dissuadi-lo de visitar as reduções, como indica acompanhado de 100 soldados e 400 Gualachos; se você não quer que os índios medrosos entrem no mato como veados, com medo na montanha” [Páginas 104, 105 e 106] • 9°. Na mesma ocasião em que Bicudo de Mendonça ocupava a redução de São Miguel, caia, a 20 de março de 1629, uma outra expedição, destacada do exército de Manuel Preto, e comandada por Manuel Mourato, sobre a aldeia de Jesus Maria • 10°. Nuestra Señora de Loreto del Pirapó transmigrou* • 11°. Nuestra Señora de Loreto del Pirapó chegando à margem do Rio Yabebuirí, afluente da margem esquerda do Rio Paraná* • 12°. Publicada em Lieja "Historia de la Provincia del Paraguay y de la Compañía de Jesús"
Genealogia Tropeira - Vol 1 2008. Atualizado em 24/10/2025 03:32:07 Relacionamentos • Cidades (1): Curitiba/PR • Pessoas (5) Baltazar Carrasco dos Reis (1617-1697), Gabriel de Lara (f.1694), Heliodoro Eobanos Pereira (n.1588), Matheus Leme (1560-1633), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688) • 1. Bandeira a Bituruna 1648 Assim, a de Baltazar Carrasco dos Reis, que participara da bandeira de Antonio Domingues, em 1648, aos campos do Bituruna, concedida por Salvador Correa de Sa e Benevides, a 29 de junho de 1661, localizada na paragem de Bangui, onde acabavam as terras de Matheus Leme. Este receberia sua sesmaria, a 1° de setembro de 1668, concedida pelo Capitao Mor Gabriel de Lara. Tambem foram de 1668, as sesmarias concedidas a Domingos Rodrigues da Cunha, a Joao de Carvalho Pinto e a Luiz de Goes. [Página 16 do pdf]
• 2. Balthazar Carrasco obtém sesmaria 29 de junho de 1661 POVOADORES DE CURITIBA (Casa Romário Martins) Boletim Informativo da Casa Romário Martins V.21 N.105 Junho/95 - De Eleodoro Ébano Pereira e dos vereadores de Paranaguá, ao Governador Antonio Galvão, tem-se: Nos campos de Curitiba, sertão desta baía, descobriram outros ribeiros de ouro de lavagem, donde já estive antes e fiz experiências haverá doze anos vindo em visitad estas Capitanias por ordem do Governador Salvador Corrêa de Sá e Benevides de que levei amostras... O ouro encontrado no sertão da baia de Paranaguá, ou seja, no planalto curitibano, atraiu mineradores vindos, sobretudo de São Paulo e São Vice$nte, que se estabeleceram em diversos arraiais, um dos quais seria o de Curitiba, e que não seria abandonado com a descoberta das Gerais, povoado já com moradores eletivos e com diversas sesmarias concedidas. Assim, a de Baltazar Carrasco dos Reis, que participara da bandeira de Antonio Domingues, em 1648, aos campos do Bituruna, concedida por Salvador Corrêa de Sá e Benevides, a 29 de junho de 1661, localizada na paragem de Barigüi, onde acabavam as terras de Matheus Leme. Este receberia sua sesmaria, a 1º de setembro de 1668, concedida pelo Capitão Mor Gabriel de Lara. Também foram de 1668, as sesmarias concedidas a Domingos Rodrigues da Cunha, a João de Carvalho Pinto e a Luiz de Góes. Gabriel de Lara, estando “nesta Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais”, atendeu a requerimento de seus moradores, mandando levantar pelourinho, a 4 de novembro de 1668, em nome do Donatário, Marques de Cascais. Este ato foi procedido com “todas as solenidades necessárias, em paragem e lugar decente nesta praça”. Além do Capitão-Mor, foram signatários da Ata do Levantamento do Pelourinho, dezessete moradores curitibanos: 1. Amaro Pereira. Sem identificação até o momento.2. André Fernandes dos Reis. Filho mais velho de Baltazar Carrasco dos Reis ede Isabel Antunes. Casado com Maria Rodrigues.3. Ângelo Nunes Camacho. Sem identificação até o momento.4. Antonio Martins Leme. Escrivão da Ata do Levantamento do Pelourinho. Filhode Matheus Martins Leme e de sua mulher Antonia de Góes. Foi casado com (...) [Página 16 dol pdf]
• 3. Matheus Leme recebe sesmaria 1 de setembro de 1668 Assim, a de Baltazar Carrasco dos Reis, que participara da bandeira de Antonio Domingues, em 1648, aos campos do Bituruna, concedida por Salvador Corrêa de Sá e Benevides, a 29 de junho de 1661, localizada na paragem de Barigüi, onde acabavam as terras de Matheus Leme. Este receberia sua sesmaria, a 1º de setembro de 1668, concedida pelo Capitão Mor Gabriel de Lara. Também foram de 1668, as sesmarias concedidas a Domingos Rodrigues da Cunha, a João de Carvalho Pinto e a Luiz de Góes.
Ibiúna: no rio da terra negra a certeza do verde futuro. João Barcellos 1993. Atualizado em 30/10/2025 17:16:17 Relacionamentos • Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Cananéia/SP, Ibiúna/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (6) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Bacharel de Cananéa, Brás Cubas (1507-1592), João Barcellos, Pedro de Sousa Pereira (1643-1687), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) • Temas (16): Angola, Bacaetava / Cahativa, Caminhos/Estradas até Ibiúna, Escravizados, Goayaó, Itapeva (Serra de São Francisco), Léguas, Metalurgia e siderurgia, Nossa Senhora do Pópulo, Ouro, Pela primeira vez, Piratininga, Portos, Prata, São Paulo de Piratininga, Serra de Jaraguá • 1. Envio de Diogo Leite 1 de fevereiro de 1531 Na ascensão social e econômica e militar dos dois forma-se essa primeira linha liberal no Porto das Naus, em Gohayó, na Piratininga de serra acima, e, logo, em tal rastro é que chegam, primeiro Brás Cubas, e depois Afonso Sardinha (o Velho); estes dois últimos saem do litoral, 50 anos depois do Bacharel de Cananéia, e buscam ouro e prata no Pico do Jaraguá e na Serra da Cahatyba, esta, na Bacia do Una, com ligação a Ybiraçoiaba e Ybituruna. é a penetração da mineração e agropecuária no sertão guarani em pleno século 16 que faz os portugueses percorrerem e conhecerem a Bacia do Una e os povos que aqui tem vida naturalíssima.
• 2. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas 1589 1589 - Família Sardinha (o Velho e o Moço) assenta arraial de mineração e dá início, também, ao primeiro arraial em pelo Morro Berasucaba/Hibiracoiaba. Ele mesmo, o Velho, compra negros-ferreiros diretamente em Angola pela experiência que tem no ofício. [Do arquivo da Vereança paulistana, p. 36v no ano 1600, sabemos que "pelos anos de 1597 veio Afonso Sardinha a estabelecer engenho de ferro em Hibiracoiaba, ou Byraçoiava. Entretanto, o conhecimento da região e do material é conhecido desde os tempos de Brás Cubas, pelo que se depreende que cerca de 1589, quando o "velho" Sardinha investe cabedais na prospecção de minerais ao longo do "sertam dos carijó", ele tenha arrematado em leilão da Capitania vicentina a autorização para mais tarde minerar no local por conta própria. Não por acaso, Pedro Taques, na "Nobiliarquia das Principais Famílias da Capitania de São Vicente", e embora trocando o filho pelo pai, refere-se ao "achado" das minas "pelos annos de 1589"]. As andanças do "velho" Sardinha pelo Piabiyu levam dezenas de aventureiros a penetrarem nas regiões oestes e sudeste além de Piratininga e é neste período que a bacia do Una mais recebe europeus. O movimento de colonos e garimpeiros adensa os fogos, transforma-os em fazendas e, logo, escravizados ou mortos, os povos nativos desapareceram. Também, é das primeiras levas de negros de N´gola [Angola] comprados pelo "velho" Sardinha que chegam à bacia do Una os primeiros escravos africanos que trabalharam nas lavouras.
Caracterização estratigráfica e estrutural da sequência vulcano. Sedimentar do grupo São Roque - Na região de Pirapora do Bom Jesus, estado de São Paulo. Dissertação de Mestrado, 1988. Magda Bergmann. Orientador: Prof. Dr. Georg R. Sadowski, Universidade de São Paulo, Instituto de Geociências 1988. Atualizado em 30/10/2025 08:57:24 Relacionamentos • Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Guarulhos/SP, Pirapora do Bom Jesus/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Pandiá Calógeras (1870-1934) • Temas (4): Bacaetava / Cahativa, Minas do Geraldo, Ouro, Pela primeira vez • 1. Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri 11 de novembro de 1560 • 2. Pandiá Calógeras (1938) cita, com base na pesquisa de documentos históricos, entre as várias lavras de ouro em atividade no início do período colonial, as de "Voturuna", na "Vila de Parnahyba", Lagoas Velhas do Geraldo, em Guarulhos, "Byraçoiaba" em Araçoiaba da Serra e Cahatiba, em Sorocaba 1938
Tese de John Manuel Monteiro. São Paulo in the seventeenth century: economy and society. Chicago: s.n., 1985. 473 p. -Illinois junho de 1985. Atualizado em 23/10/2025 17:17:16 Relacionamentos • Cidades (7): Araçoiaba da Serra/SP, Carapicuiba/SP, Guarulhos/SP, Itu/SP, Mogi das Cruzes/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (11) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André Fernandes (1578-1641), Balthazar Fernandes (1577-1670), Benta Dias Fernandes (n.1590), Braz de Piña (1565-1643), Clemente Álvares (1569-1641), Diogo de Unhate (1535-1617), Gaspar Cubas Ferreira (1564-1648), Gaspar de Godói Moreira, João de Godoy Moreira (n.1610), Maria Alvares (1554-1628) • Temas (9): Apiassava das canoas, Cabusú, Jatuabi, Pirapitinguí, Rio Anhemby / Tietê, Rio Goyaó, Rio Paraíba, Rio Pinheiros, Serra de Jaraguá • 1. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas 23 de setembro de 1619
Tombamento 4 de março de 1983, sexta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP • Temas (1): Serra de Ibituruna
Atualizado em 28/10/2025 15:53:00 “A posse e o uso da terra”. Modernização agropecuária de Guarapuava, 1981. Alcioly Therezinha Gruber de Abreu
• 1°. A primeira grande investida dos nativos contra o forte Atalaia foi realizada a 28 de agosto de 1810 pelos nativos Camés que, em grande número sustentaram luta por mais de 6 horas contra "as armas de fogo do Tenente Antonio da Rocha Loures e 36 soldados" A primeira grande investida dos nativos contra o forte Atalaia foi realizada a 28 de agosto de 1810 pelos nativos Camés que, em grande número sustentaram luta por mais de 6 horas contra "as armas de fogo do Tenente Antonio da Rocha Loures e 36 soldados". Segundo o Padre Chagas Lima, existiam em Guarapuava três nações bárbaras, inimigas entre sí: os Camés, que no idioma da terra queria dizer tímidos ou medrosos; os Votorões, habitantes do Morro Vuturuna e os Cayeres ou macacos. Dessas tribos, os Camés e Votorões reuniram-se em 1812, quando convocados por Antonio José Pay, cacique dos Camés e se sujeitaram à expedição localizada no Atalaia. [“A posse e o uso da terra”. Modernização agropecuária de Guarapuava, 1981. Alcioly Therezinha Gruber de Abreu. Página 38]
Atualizado em 28/10/2025 15:53:00 História das bandeiras paulistas - Tomo II, 1975. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) ![]() Data: 1975 Créditos: Afonso de E. Taunay Página 202
• 1°. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas Segundo nos relata Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) na Informação Sobre as Minas de São Paulo, foi o segundo Afonso Sardinha quem entre 1589 e 1597 localizou grandes jazidas nas serras de Jaguamimbaba, Vuturuna e Araçoiaba. D. Francisco de Sousa, amante de quanto se ligasse à mineração, animou-o a explorar o ferro no Araçoiaba. • 2°. D. Rodrigo chega na vila de São Paulo Em meados de junho de 1680 entrou em São Paulo, onde a 2 de julho presidiu uma assembléia a que comparecem os camaristas e muitos sertanistas, várias dos quais eminentes como Matias Cardoso, Brás de Arzão, Jerônimo de Camargo. Foi o escopo de tal reunião "assentar com acerto o mais útil e conveniente para a função (sic) de Sabarabuçu". Muito desconfiavam os paulistas dos atos do Administrador-Geral e com muita má vontade a Câmara e os particulares atenderam às suas requisições de nativos e mantimentos. Enquanto isto inspecionava as faisqueiras do Jaraguá e da Vuturuna. [História das bandeiras paulistas - Tomo II, 1975. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958). Página 162] • 3°. Ouro Aos que se aplicam à exegese de tais papéis recomendamos a leitura de um que data de antes de 1711. Certo Antônio Mendes legou-o aos pósteros: o "Aranzel ou rotel de haver ouro e pedras preciosas dos campos de Apreatuba entre o Sul e o Leste". [Página 202] • 4°. Os irmãos João e Lourenço Leme da Silva chegavam a Sorocaba, com os seus índios, negros, bastardos e carijós. Vinham adquirir mais escravos e novos elementos necessários ao maior êxito de sua prospérrima mineração Em janeiro de 1723 chegavam a Sorocaba, com os seus índios, negros, bastardos e carijós. Vinham adquirir mais escravos e novos elementos necessários ao maior êxito de sua prospérrima mineração. Convidou-os Rodrigo César de Meneses a se apresentarem, em palácio, o que recusaram, quiçá receosos das conseqüências dos crimes ou desejosos de não terem contato com o Delegado Régio. Empregou este todos os esforços para que viessem à sua presença multiplicando convites, ordens, rogos. • 5°. ??? • 6°. Rodrigo Cesar de Menses escreve ao irmão Vice-rei do Brasil Ao irmão Vice-rei do Brasil, a 15 de junho de 1723 confidencíalmente escrevia Rodrigo que no Cuiabá viviam os dois irmãos, despòticamente governando o novo território aurifero. Convidara-os a vir à sua presença, o que fora difícil, tratando-se de homens a quem tanto repugnava obedecer. Conhecia-lhes, porém, a extraordinária vaidade, e assim haviam correspondido ao convite, embora a protestar, que o faziam somente por quererem prestar grande serviço ao seu monarca. • 7°. Proibia o Governador que quem quer que fosse partisse para o Cuiabá antes de a expedição seguir A 10 de junho de 1733 proibia o Governador que quem quer que fosse partisse para o Cuiabá antes de a expedição seguir.84 Alegara Gabriel Antunes Maciel ter encontrado em suas expedições à Vacaria, indícios veementes de ouro. Se não prosseguira na averiguação de tão auspiciosa perspectiva é que não se sentira com forças para enfrentar os paiaguás. Declarou-lhe o General que Sua Majestade era infenso a que se fizessem novas descobertas auríferas. No momento o que interessava era mover rija guerra aos canoeiros.Comunicou o General ao Provedor em Taubaté, da Fazenda Real,que em junho faria partir a expedição. Disporia de doze bocas de fogo(pedreiros) e 400 espingardas, abundância de munições e ferramenta.Enorme regimento redigiu o Conde General para a tropa em campanha.Entre as recomendações nele consignadas, avultavam as que recomendavam a Carvalho a maior parcimônia nos gastos.Mantimentos encontraria a coluna em Camapoã. Em Cuiabá também receberia farto aprovisionamento dos moradores ricos ali existentes a quem já se pedira auxílio. Em suma: escusar-se-ia o comandante de gastos que onerassem a fazenda real, pois só tinha que recolher as ofertas de mantimentos.Ia comandando a tropa, cujos componentes marchavam à própria custa, para fazer serviço a Sua Majestade. Impossível seria conceber-se guerra mais forretamente conduzida. Baratíssima empresa!Depois de recomendar ao Tenente General que destruísse os paiaguás do modo mais exterminador, incitou-o Sarzedas a que prosseguisse em campanha contra os mais gentios infestadores do Cuiabá, sobretudo quanto aos bororós.Evitasse, e com o máximo cuidado, qualquer incursão em terras da coroa de Espanha, a fim de se evitar a desarmonia entre os dois monarcas ibéricos. Qualquer infração a esta ordem severamente se castigasse. Quanto à repartição dos prisioneiros fosse feita do modo mais eqüitativo, a fim de contentar quanto possível a todos os expedicionários. Houvesse, contudo, o maior cuidado em se respeitar o quinto das presas, devido a Sua Majestade.Pouco depois endereçou Távora uma como que circular intimativa a diversos sorocabanos. Convidava-os a que partissem por serem homens de capacidade, préstimo e cabedais.
Diário da Noite 28 de novembro de 1969, sexta-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:57:18 Relacionamentos • Cidades (8): Barueri/SP, Campinas/SP, Osasco/SP, Pirapora do Bom Jesus/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Roque/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (7) Álvaro Luís do Valle, André Fernandes (1578-1641), Antônio Raposo Tavares (1598-1659), Lopo Dias Machado (1515-1609), Manoel de Alvarenga, Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Mateus Luís Grou (n.1577) • Temas (6): Assunguy, Cachoeiras, Ouro, Pelourinhos, Rio Anhemby / Tietê, Senhor Bom Jesus ![]()
“História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”. Jesuíno Felicíssimo Junior 1969. Atualizado em 25/10/2025 06:20:42 Relacionamentos • Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (34) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Américo de Moura (1881-1953), Baltazar Carrasco dos Reis (1617-1697), Baltazar Gonçalves, velho (1544-1620), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartholomeu Fernandes Cabral (1518-1594), Bartolomeu Carrasco (f.1571), Clemente Álvares (1569-1641), Cornélio de Arzão (f.1638), Domingos Luís Grou (1500-1590), Emerenciano Prestes de Barros Filho (60 anos), Francisco de Sousa (1540-1611), Francisco de Souza Neto (1610-1674), Francisco Lopes Pinto, Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Jacques Oalte, José de Anchieta (1534-1597), Leonardo Nunes, Luis de Sousa, 4º senhor de Beringel (f.1577), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Manuel Fernandes Ramos (1525-1589), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Matheus Nogueira, Mestre Bartolomeu Camacho (n.1500), Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, Sen. Vergueiro (1778-1859), Orville Derby (1851-1915), Pedro Sardinha (1580-1615), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Serafim Soares Leite (79 anos), Suzana Dias (1540-1632), Theodoro Knecht, Wilhelm Ludwig von Eschwege (1777-1855) • Temas (20): Apoteroby (Pirajibú), Bairro Itavuvu, Dinheiro$, Engenho(s) de Ferro, Fazenda Ipanema, Jesuítas, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Pela primeira vez, Pontes, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Rio Pinheiros, Rio Pirajibú, Rio Sorocaba, Rio Tamanduatei, São Paulo de Piratininga, Serra de Ibituruna, Ybyrpuêra ![]() • 1. Bras Cubas concede sesmaria ao ferreiro "Mestre Bartolomeu", chamado Domingos, que havia chegando com Martim Afonso em 1531, quando "enganados" pelo "Bacharel" em Cananéia 25 de janeiro de 1555 Quanto a Bartolomeu Gonçalves, a mesma fonte (Américo de Moura) louva-se em Frei Gaspar, frisando: "Como se lê em Frei Gaspar, em nota à descrição d Santos, veio com Martim Afonso, e durante mais de vinte anos FOI O ÚNICO FERREIRO da Capitania, um mestre Bartolomeu, que primeiro se chamava Domingos Gonçalves, o qual em 1555, tendo mulher e filhas, obteve de Brás Cubas grande sesmaria em Santos". [Página V]
• 2. Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri 11 de novembro de 1560 Mestre Bartholomeu prestou valiosos serviços na fundação de Santos e, afeiçoando-se à nova terra, veio, após cumprir o prazo de sua contratação, fixar-se, para sempre, nos Campos de Piratininga (peixe sêco), tornado-se um dos seus primeiros povoadores e Senhor de grande trato de terras nas bandas de Jeribatuba (sítios dos Jiribás), ás margens do rio deste nome, hoje conhecido por Pinheiros, então encravado nos domínios do grande Cacique Caiubi. Tudo indica que Mestre Bartholomeu, falecido em torno de 1566, não só deixou descendência ativa, que também se devotou á sua arte produzindo pequenos artefatos de ferro comerciados ao longo do Jurubatuba, do Anhembi e do Tamanduateí, mas ainda instalou forja á margem esquerda do Jurubatuba, cuja existência, em 1554, foi citada por Anchieta, que mais tarde, em torno de 1560, fundou nas proximidades, a aldeia de Santo Amaro.
• 3. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas 23 de setembro de 1619 Em 23 de setembro de 1619, André Fernandes, que em 1580, ao lado de seu pai e de sua mãe, participou da fundação de Santa Ana de Parnaíba, obteve do Capitão-Mór de São Vicente, Gonçalo Correia de Sá, uma sesmaria de terras com minas em Ibituruna. Nessa ocasião, seu irmão Balthazar Fernandes também obteve sesmaria no Porto das Canoas, vizinha da de André, e levantou em Parnaíba um forno para fundição de ferro que, em 1645, foi sequestrado e desmontado em consequência de denúncia e representação de Francisco Jorge ao Juiz Ordinário paulo do Amaral. Foi mais um Fernandes e talvez o último, que viu seu pendor de ferreiro e fundidor embaraçado pela autoridade local.
Atualizado em 28/10/2025 05:16:37 Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP. Secretaria da Educação. Vol. 9. Apontamentos para história da Fábrica de Ferro do Ipanema (1959) Prof. João Lourenço Rodrigues Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Rio de Janeiro/RJ, Roma/ITA, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP Pessoas (26): Afonso Sardinha, o Velho, Amaro Domingues, André de Leão, André Fernandes, Antônio Gonçalves (Pires), António José da Franca e Horta, Clara Fernandes, Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen, José Bonifácio de Andrada e Silva, José Francisco da Rocha Pombo, Luís António de Sousa Botelho Mourão, Luís Castanho de Almeida, Luís Gonzaga da Silva Leme, Manuel Requeixo, Martim Francisco Ribeiro de Andrada, Martim Garcia Lumbria, Nicolau Barreto, Orville Derby, Pandiá Calógeras, Pedro Domingues, o velho, Pero Domingues 2°, Rafael Tobias de Aguiar, Rodrigo de Souza Coutinho, 1° Conde de Linhares, Rodrigues Alves, Serafim Soares Leite, Wilhelm Jostten Glimmer Temas (22): África, Biscainhos, El Dorado, Ermidas, capelas e igrejas, Fábrica Santa Cruz, Fazenda Ipanema, Ferrovias, Grunstein (pedra verde), Guaramimis, Jesuítas, Lagoa Dourada, Léguas, Marumiminis, Nossa Senhora das Dores de Campo Largo, Ouro, Ribeirão das Furnas, Rio Amazonas, Rio Paraupava, Rio São Francisco, Rio Ypanema, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, Apóstolo Tomé Judas Dídimo ![]() Data: 1959 Créditos: Prof. João Lourenço RodriguesPágina 19
• 1°. Por falecimento de Manoel Rodrigues lhe ficou um filho por nome Balthezar de idade de dez até onze anos vai com o Capitão André Fernandes com as peças que ficaram do dito defunto as quais são estas: Manoel, Paulo, Loreta, Tomé, Quinaimguaia, uma moça apuatyara, hoje 22 de fevereiro de 1615 eu escrivão o escrevi por mandado do capitão André Fernandes. • 2°. Tamboladeira • 3°. Aberto o inventário de Antônio Gonçalves (Pires) • 4°. Pero Domingues obteve uma sesmaria • 5°. Carta de Luís António de Sousa Botelho Mourão a Sebastião José de Carvalho e Melo O governo colonial, empenhado no desenvolvimento da siderurgia no Brasil, procurava incentivá-la de toda a maneira ao seu alcance. Outorgava privilégios, concedia isenção de impôs tos, prometia recompensas, mas tudo inutilmente. A indústria não prosperava. Escrevendo ao Marquês de Pombal em 3 de janeiro de 1768, assim se exprimia D. Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão, governador da capitania de São Paulo: "A Fábrica de Ferro é uma das cousas que me tem dado maior trabalho, sem que até agora conseguisse o desejado fruto, ou seja pela pouca experiência do mestre, ou por demasiada malícia dêle, porque para tudo pode ter lugar a suspeita." • 6°. Fábrica Em 1797 entrava ele êle para o Ministério Português, na qualidade de Ministro da Guerra. No trono sentava- se então D. Maria I, mas, dada a demência da Soberana, era seu filho, o Príncipe D. João, herdeiro presuntivo da corôa, quem governava de fato, embora com o título de regente. D. Rodrigo foi encontrar na sua pasta, à espera de solução, a proposta dos Capitães-mores de Sorocaba e Itú para a restauração da fábrica de ferro do morro Araçoiaba, e não repugna admitir que tal proposta fosse o ponto de partida das suas cogitações sôbre aquele negócio. A proposta continuou sem solução, pois o Ministro, enfronhando - se cuidadosamente do assunto, chegou à convicção de que aos proponentes faltariam recursos para uma tentativa mais viável do que as anteriores; e no seu espírito se esboçou desde logo um plano de exploração encabeçado pelo governo da Metrópole. O influxo benéfico do novo ministro não tardou a se fazer sentir; temos uma prova disso nas providências que assinalaram o governo do Capitão General Antonio Manoel de Melo Castro e Mendonça, providências já sumariadas no precedente capítulo. D. Rodrigo procurou a colaboração de alguns brasileiros de mérito, ouvindo- os de bom grado e facilitando- lhes a imprensa. A história do Brasil, diz o Visconde de Porto Seguro, não pode evocar o nome de Linhares sem reconhecimento sem ver nele um grande patriota, pois do próprio Brasil descendia ele pelo lado materno. Um dos brasileiros por ele distinguido foi José Bonifácio de Andrada e Silva , o futuro Patriarca da Independência. D. Rodrigo fez dele o Intendente Geral das minas de Portugal, onde José Bonifácio então residia. • 7°. Martim Francisco visitou a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata, e que devia datar de 1684 Em 1803 o Coronel Martim Francisco Ribeiro de Andrada, irmão de José Bonifácio, era inspetor das minas e matas da província de São Paulo e, nas viagens ao Morro do Ferro, examinou cuidadosamente as suas jazida. Em sua monografia sobre Rafael Tobias (pág . 120), diz o Cônego Luís Castanho de Almeida (1904-1981) que Martim Francisco, em sua viagem de 1803, ficou conhecendo o reizinho (apelido familiar de Tobias). Ao mesmo deu aulas de francês, latim e filosofia , quando fundou um curso gratuito em 1805. O primeiro encontro é plausível, porque Tobias, tendo nascido em 1794, não estava longe dos 10 anos quando o Andrada passou por Sorocaba. Pode-se mesmo conjeturar que ele fosse hóspede de seus progenitores. [p. 32, 33 e 34] • 8°. Escola Em sua monografia sobre Rafael Tobias (pág . 120), diz o Cônego Luís Castanho de Almeida (1904-1981) que Martim Francisco, em sua viagem de 1803, ficou conhecendo o reizinho (apelido familiar de Tobias). Ao mesmo deu aulas de francês, latim e filosofia, quando fundou um curso gratuito em 1805. O primeiro encontro é plausível, porque Tobias, tendo nascido em 1794, não estava longe dos 10 anos quando o Andrada passou por Sorocaba. Pode-se mesmo conjeturar que ele fosse hóspede de seus progenitores. [p. 32, 33 e 34] • 9°. Casamento • 10°. Chega em Sorocaba o sueco Frederico Luiz Guilherme de Varnhagem* Em 1808, como é sabido, a família real já havia transmigrado para o Brasil, e esse fato ensanchou o Conde de Linhares feliz oportunidade para levar avante os seus planos relativos à siderurgia em nosso país. Terminada que foi a faina da instalação da real comitiva, o Ministro Linhares chamou ao Brasil o Capitão Varnhagen, o qual chegou ao Rio de Janeiro em meados de setembro de 1809, trazendo as melhores recomendações. • 11°. Ipanema* • 12°. Visita a Sorocaba Enquanto na Europa se recrutavam os artífices suecos, para a futura Fábrica de Ferro do Ipanema, o Conde de Linhares dava providências para que eles viessem encontrar desbravado o terreno. E assim , logo no começo do ano seguinte ( 1810) por ordem do ministro, o Capitão Varnhagen seguia para Sorocaba, em companhia de Martim Francisco, Inspetor das Minas de São Paulo. Fizeram a viagem por mar até Santos, e dali subiram a São Paulo , onde se apresentaram ao Governador Horta . Este os recebeu com tanto ugrado que os acompanhou ao Ipanema, disposto a fazer tudo para o bom êxito, da expedição. Passemos por alto os incidentes da viagem; notemos apenas que Varnhagen e Martim Francisco ficaram no morro do Ferro nada menos de 3 semanas em estudos. Varnhagen levava instruções para examinar cuidadosamente as jazidas do metal e apresentar minucioso relatório do que alí encontrasse. Deveria, outrossim (página 36) • 13°. “Processo sobre a fábrica de ferro da vila de Sorocaba e das minas de São João do Ipanema, da capitania de São Paulo. Constam ofícios, informações e relações trocadas relativas ao assunto em causa” Em aviso de 17 de julho do mesmo ano, dirigido ao Governador Horta, informa o Conde de Linhares que prevalecera a ideia de uma Companhia em que entrasse S.M., como parte; o número das ações seria de 128, e estas poderiam ser tomadas no Rio de Janeiro. Entendia, porém, o Ministro que deveriam ter preferência os paulistas (...) [Página 37] • 14°. Primeira referência à capelania do Ipanema Numa das atas da Junta encontra-se a seguinte nota: "Cumpriram o despacho que provê de capelão o povoado da Fábrica: o Padre Francisco de Paula Mendonça". Essa reunião foi entre 1 e 8 de julho de 1811. Tal é a primeira referência à capelania do Ipanema. Sendo protestantes, os suecos não frequentavam a capela. Esta aproveitava contudo aos demais habitantes do burgo industrial. [Página 47] • 15°. Corria a lenda “Por volta de 1870 corria a lenda (...) É uma Mãe de Ouro. No tempo de dantes ela já morou alí no morro: havia lá então uma lagôa dourada e, à roda dela, ouro em tal abundância que era só ajuntar no chão. Mas eram muito raros os homens que a isso se animavam, porque essas riquezas da Mãe de Ouro eram defendidas por uns fantasmas que infundiam pavor. Outras pessoas sedentas de novidade, entre as quais alguns tropeiros, foram- se aproximando de nós, e meu avô, animando-se mais e mais, fez -nos uma preleção em regra”. (Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP. Secretaria da Educação. Vol. 9. Apontamentos para história da Fábrica de Ferro do Ipanema, 1959. Prof. João Lourenço Rodrigues) • 16°. Apontamentos para a História da Fábrica de Ferro do Ipanema, 03.12.1942. Prof. João Lourenço Rodrigues (1869-1954), Itapetininga/SP No tempo em que a estrada de ferro só chegava até Sorocaba, esta cidade era o empório comercial de tôda a zona sul paulista (...) Meu saudoso avô tinha por costume, ao escurecer, ir sentar - se à porta da sua vivenda de Campo Largo. O céu ali era de uma limpidez maravilhosa e José dos Santos dava -me noções encantadoras sôbre astros e constelações; e daí sem dúvida o meu pendor para os estudos uranográficos. Ora, uma dessas noites sucedeu que o nosso colóquio viesse a ser interrompido pela passagem de um esplêndido bólide, cujo clarão alumiou tôda a paisagem. O brilhante meteoro tinha uma côr esverdeada e, no seu trajeto de sul para o norte, ia lançando fagulhas e deixando ouvir um fragor longinquo, como aquele que anuncia a aproximação de uma das chamadas chuvas de pedras ou granizos. A tal fragor, seguiu - se um estampido surdo, de curta duração. - Foi cair no morro da Fábrica, exclamou meu avô.O que é aquilo, padrinho ? perguntei cheio de curiosidade.É uma Mãe de Ouro . No tempo de dantes ela já morou alí no morro : havia lá então uma lagôa dourada e, à roda dela, ouro em tal abundância que era só ajuntar no chão. Mas eram muito raros os homens que a isso se animavam , porque essas riquezas da Mãe de Ouro eram defendidas por uns fantasmas que infundiam pavor. Outras pessoas sedentas de novidade, entre as quais alguns tropeiros, foram - se aproximando de nós, e meu avô, animando - se mais e mais, fez -nos uma preleção em regra.Houve contudo, continuou ele, um canhembora mais animoso do que os caipiras da vizinhança. Era um negro da Costa já bastante idoso, um escravo fugido de qualquer fazenda distante. Quando fazia bom tempo, o tal canhembora saía lá do seu esconderijo , e andava à cata das pedrinhas que lhe parecia conterem ouro. Punha - as num canudo feito de um gômo de taquarussú ; mas à proporção que o canudo se ia enchendo, minguava sua provisão de mantimentos. Que fazia então o negro canhembora?Tratava de vender sua colheita a um ourives de Sorocaba, seu freguês e protetor, o qual fazia com isso magnífico negócio. O negro chegava à cidade alta noite e se dirigia à casa do ourives onde ficava escondido enquanto o seu hospedeiro se encarregava de fazer-lhe, durante o dia, a compra de comestíveis. Chegada a noite, o pobre preto, tendo as malas cheias de mantimentos, regressava para a sua paragem da Lagoa Dourada, onde recomeçava a sua faina, escapando à vigilância solerte dos capitães de mato.Parece, porém, que o tal ourives de Sorocaba deu com a língua nos dentes, a propósito da mina de ouro do morro Araçoiaba.A notícia correu célere e sucedeu o que era de esperar : os bravos aventureiros surgiram um dia lá no morro , à procura da mina da Lagôa Dourada. O canhembora abandonou aquelas bibocas, procurando novo refúgio, e os aventureiros levaram um lôgro. Por que, padrinho ? perguntei. Porque a Mãe de Ouro também se mudou para outro ponto, onde ocultou de novo os seus tesouros. Agora ei-la de volta , e hão de vêr que a Lagôa Dourada, sêca por longos anos, vai encher - se de novo. E quem nos dizque ouro não vai abundar de novo no serro azul do Araçoiaba ? !— Então vovô, quando os buavas vieram ao morro não encontraram mais ouro ? perguntei.Nem sinal! Puzeram -se então a procurar prata, efoi novo trabalho perdido. Só encontraram pedras deferro, fáceis de reconhecer porque atraem agulhas.Pedras de ferro, sim, havia - as em abundância, e por issoos intrusos mudaram o nome do morro, o qual ficou sendoconhecido por Morro do Ferro .E que fizeram eles depois ?- Levantaram nas fraldas do morro um pequeno forno para derreter as pedras. Foi assim que surgiu nomorro Araçoiaba a primeira fábrica de ferro. Eis porque êle se chama tambem Morro da Fábrica.Nesse relato , algumas inexatidões existem a pedir correção. Há, em primeiro lugar, um anacronismo. Éfato histórico bem averiguado que a povoação de Sorocaba foi fundada no correr dos trabalhos de mineraçãono Morro do Ferro. Ora se o canhembora citado por meu avô alí estacionou antes da irrupção dos portuguesesno local, é obvio que nesse tempo Sorocaba ainda não existia; e assim sendo a história do ourives fica reduzida a uma lenda. Mas não só nesse ponto se achava equi vocado o narrador : vê- lo- emos através da resenha que vamos fazer, dos ensaios siderúrgicos do morro Araçoiaba. Seguiremos nela a ordem cronológica. • 17°. Aberto testamento de Pero de Araujo
“Na capitania de São Vicente” II. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil 1957. Atualizado em 30/10/2025 09:47:55 Relacionamentos • Cidades (5): Mogi das Cruzes/SP, Pitangui/MG, São José dos Campos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (26) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), André de Leão, Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Cacique Tayaobá (1546-1629), Diogo do Rego e Mendonça (1609-1668), Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Francisco de Sousa (1540-1611), Frederico de Melo (f.1633), Jean de Laet (1571-1649), João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), Justo Mancilla Van Surck, Lopo de Souza (f.1610), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Manuel Mourato Coelho, Orville Derby (1851-1915), Pedro de Molas, Pedro Sardinha (1580-1615), Pedro Vaz de Barros (Vaz Guaçu - “O Grande”) (1581-1644), Rio Paraíba, Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Simão Álvares Martins (Jorge) (1573-1636), Simão Macetta (n.1582), Tataurana, Taubici, Vitória Corrêa de Sá (f.1667) • Temas (17): Cachoeiras, Caminho do Peabiru, Capitania de São Vicente, Guayrá, Léguas, Ouro, Paranambaré, Rio Anhemby / Tietê, Rio Jaguari, Rio Pinheiros, Rio São Francisco, Rio Sorobis, Santiago de Xerez, Serra da Mantiqueira, Serra de Ibituruna, Serra dos Guaramumis ou Marumiminis, Tamoios • 1. Daí seguiram alcançando a barra do rio das Velhas / Pirapora/MG 13 de dezembro de 1879
Na Capitania de São Vicente 1957. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (6): Araçoiaba da Serra/SP, Carapicuiba/SP, Itanhaém/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (9) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Cacique de Ybyrpuêra, Damião Simões, Domingos Luís Grou (1500-1590), Francisco de Sousa (1540-1611), Gaspar Gonçalves Conqueiro, Pedro Sardinha (1580-1615), Maria Gonçalves "Sardinha" (n.1541) • Temas (10): Ambuaçava, Butantã, Caciques, Habitantes, Jesuítas, Pontes, Rio Geribatiba, Rio Pinheiros, Serra de Jaraguá, Ybyrpuêra
Revista Marítima Brazileira/RJ 1955. Atualizado em 23/10/2025 15:57:15 Relacionamentos • Cidades (7): Araçoiaba da Serra/SP, Cabo Frio/RJ, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Tucumán/ARG • Pessoas (12) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio Salema, Diogo Botelho, Dom Sebastião, o Adormecido (1554-1578), Estácio de Sá (1520-1567), Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Francisco de Sousa (1540-1611), Jerônimo Leitão, João III, "O Colonizador" (1502-1557), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), Mem de Sá (1500-1572) • Temas (11): Carijós/Guaranis, Escravizados, Gentios, Guayrá, Guerra de Extermínio, Ouro, Serra de Jaraguá, Tamoios, Tupinaés, Tupinambás, Tupiniquim ![]() • 1. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) 25 de abril de 1562 Em 1561 fazia-se a primeira incursão paulista contra os desgraçados ameríndios, figurando, então, na expedição para tal fim organizada, como como intérprete, o jesuíta José de Anchieta, hoje chamado pelos seus irmãos de hábito o "Apóstolo do Brasil". No ano seguinte, o velho João Ramalho, patriarca dos mamelucos, punha-se também à testa de nova expedição belicosa e predadora. Foi nesse tempo, assim parece, que se descobriram as minas de ouro de Jaraguá.
Genealogia Guaratinguetaense, 1952. Adalberto Ortmann 1952. Atualizado em 24/10/2025 04:15:56 Relacionamentos • Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Guaratinguetá/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (3) Afonso d´Escragnolle Taunay (76 anos), Francisco de Sousa (1540-1611), Washington Luís Pereira de Sousa (83 anos) • Temas (4): Bacaetava / Cahativa, Ouro, Prata, Serra de Jaraguá
Meio Século de Bandeirismo, de Alfredo Ellis Jr. 1948. Atualizado em 26/10/2025 00:39:45 Relacionamentos • Cidades (7): Araçoiaba da Serra/SP, Barueri/SP, Guarulhos/SP, Iguape/SP, Juquiá/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (33) Afonso Sardinha "Moço" (f.1604), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Alfredo Ellis Júnior (52 anos), Anthony Knivet (1560-1649), Antonio da Cunha Gago, o Gambeta (1600-1671), Balthazar Fernandes (1577-1670), Bartyra/M´Bcy (Isabel Dias) (1493-1580), Beatriz Dias Teveriçá ou Ramalho (1502-1569), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Brás Cubas (1507-1592), Clemente Álvares (1569-1641), Cornélio de Arzão (f.1638), Diogo de Quadros, Diogo Gonçalves Lasso (f.1601), Diogo Martins Cam, Francisco de Assis Carvalho Franco (62 anos), Francisco de Sousa (1540-1611), Gabriel Soares de Sousa (1540-1591), Gaspar Gomes Moalho, Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Jerônimo Leitão, Jerônimo Pedroso de Barros, Luís Eanes Grou (1573-1628), Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Manoel Pinheiro Azurara (n.1570), Manuel Teles Barreto (1520-1588), Martim Correia de Sá (1575-1632), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Mateus Luís Grou (n.1577), Nicolau Barreto, Orville Derby (1851-1915), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Sebastião Gonçalves • Temas (18): Açúcar, Ambuaçava, Assunguy, Bacaetava / Cahativa, Bairro Itavuvu, Dinheiro$, Guayrá, Lagoa Dourada, Metalurgia e siderurgia, Ouro, Peru, Rio Araguaia, Rio da Ribeira, o Isubay, Rio Tibagi, Sabarabuçu, São Filipe, Serra da Mantiqueira, Serra de Jaraguá ![]() • 1. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza 13 de janeiro de 1606
Gênese Social da Gente Bandeirante, 1944. Tito Lívio Ferreira do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo 1944. Atualizado em 28/10/2025 04:03:51 Relacionamentos • Cidades (4): Lisboa/POR, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (14) Amador Bueno de Ribeira (1584-1649), Andreza Dias (1607-1681), Ascenso Luiz Grou (1575-1653), Belchior Dias Carneiro (1554-1608), Caethana/Catharina Ramalho, Domingos Luis Carvoeiro (1540-1615), Domingos Luís Grou (1500-1590), Gonçalo Camacho (1525-1600), Guiomar Rodrigues (f.1625), Helenas Dias, Hilaria Luis Grou, Iria Camacho (f.1653), João Ramalho (1486-1580), Margarida Fernandes (n.1505) • Temas (3): Nossa Senhora da Luz, Ordem de Cristo, Ouro ![]()
Jornal Correio da Manhã 31 de dezembro de 1943, sexta-feira. Atualizado em 13/02/2025 06:42:31 Relacionamentos • Cidades (2): São Roque/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Fazenda Santo Antônio
No tempo dos bandeirantes. Benedito Carneiro Bastos Barreto, "Belmonte" (1896-1947) 1939. Atualizado em 23/10/2025 17:29:22 Relacionamentos • Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Lisboa/POR, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (6) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Benedito Carneiro Bastos Barreto (43 anos), Cornélio de Arzão (f.1638), Elvira Rodrigues Tenório, Francisco de Paiva, Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612) • Temas (10): Engenho(s) de Ferro, Inquisição, Metalurgia e siderurgia, Milho, O Sol, Óptica, Prata, Capitania de Sergipe, Ybyrpuêra, Minas do Geraldo ![]() • 1. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas 1589 As minas de ouro só serão exploradas mais tarde, na segunda metade do século, embora o Jaraguá, ainda em 1606, haja entremostrado os seus tesouros a Clemente Álvares que, muito alvoroçado, corre á Câmara para registrar sua descoberta: ". . appareceu clemente álveres morador nesta villa por ele foi dito aos ditos ofisiais e declarado de como vinha manifestar sertas minas que tinha descoberto de betas de hüa manta de ouro a saber oslugares primeiramente a de manta em Jaraguá ao sopê da primeira serra" etc. Ou, então, a Afonso Sardinha que, já em 1589 explora minas de ouro, não só no Jaraguá, mas ainda no sítio Lagoas Velhas, no Votoruna e em Biraçoiaba. [p. 105]
• 2. Minas 16 de setembro de 1606 As minas de ouro só serão exploradas mais tarde, na segunda metade do século, embora o Jaraguá, ainda em 1606, haja entremostrado os seus tesouros a Clemente Álvares que, muito alvoroçado, corre á Câmara para registrar sua descoberta: ". . appareceu clemente álveres morador nesta villa por ele foi dito aos ditos ofisiais e declarado de como vinha manifestar sertas minas que tinha descoberto de betas de hüa manta de ouro a saber oslugares primeiramente a de manta em Jaraguá ao sopê da primeira serra" etc. Ou, então, a Afonso Sardinha que, já em 1589 explora minas de ouro, não só no Jaraguá, mas ainda no sítio Lagoas Velhas, no Votoruna e em Biraçoiaba. [p. 105]
Atualizado em 28/10/2025 19:14:34 Jornal Correio Paulistano. Página 6 ![]() Data: 1938 Página 6
• 1°. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) Outrora, era o ouro que ateava a cobiça, que acenava para os aventureiros e para os grandes capitães, com as dádivas da abundância; hoje são os minérios menos luxuosos, o ferro, o cobre, o chumbo, o estanho, o manganês e outros que tais, que despertam, nos espíritos utilitários, o desejo de os descobrir e industrializar como fonte de renda e de progresso. E todo o Brasil é imensamente opulento de jazidas desses produtos. Em São Paulo encontram-se numerosas. Tanto nos arredores da capital, como na região de Sorocaba, onde é célebre o ferro de Ipanema; como no Apiahy, de onde, nos tempos coloniais, se canalizaram para a metrópole sequiosa cerca de trezentas arrobas de ouro; como em Iporanga, nas cercanias de Xiririca, onde existem maravilhosas calcarias; como no Jaraguá e mesmo em Mogy das Cruzes, onde agora se vai procurar estanho. • 2°. Já adoecido, João Ramalho chamou o tabelião Lourenço Vaz, e ditou para ele seu testamento O presidente da República assinou um decreto na pasta da Agricultura autorizando, a título provisório, Odilon Loureiro da Cunha a pesquisar cassiterita, que é um minério de estanho, em terras situadas no bairro de São João de Caputera, município e comarca de Mogi das Cruzes, neste Estado. Outrora, era o ouro que ateava a cobiça, que acenava para os aventureiros e para os grandes capitães, com as dádivas da abundância; hoje são os minérios menos luxuosos, o ferro, o cobre, o chumbo, o estanho, o manganês e outros que tais, que despertam, nos espíritos utilitários, o desejo de os descobrir e industrializar como fonte de renda e de progresso. E todo o Brasil é imensamente opulento de jazidas desses produtos. Em São Paulo encontram-se numerosas. Tanto nos arredores da capital, como na região de Sorocaba, onde é célebre o ferro de Ipanema; como no Apiahy, de onde, nos tempos coloniais, se canalizaram para a metrópole sequiosa cerca de trezentas arrobas de ouro; como em Iporanga, nas cercanias de Xiririca, onde existem maravilhosas calcarias; como no Jaraguá e mesmo em Mogy das Cruzes, onde agora se vai procurar estanho. Em Mogy das Cruzes teve Bras Cubas uma das suas fazendas, e em suas terras, descobriu ele ouro, depois de ter também encontrado nos lados do Vuturuna, além dos outeiros históricos da Frequesia do Ó, onde Manuel Preto, em 1610, fundou o seu pouso, nele vindo a possuir cerca de mil nativos. Mogy, o antigo Bougi das chronicas e actas quinhentistas, habitado pelas tribos avançadas dos contrários do Parahyba, onde João Ramalho foi viver e acabar os seus dias, volta assim a exercer uma influência mineralógica na aspiração dos pesquisadores, sendo de desejar que as buscas resultem frutíferas e que daquele velho solo dos primeiros povoadores saia com efeito o metal procurado, em escalas comerciais, de modo a poder constituir as bases de uma nova e grande industria nacional. • 3°. Frei Mauro Teixeira ausentando-se da vila deixa como procurador e protetor da pequena capela de São Bento nada menos que o temível bandeirante Manuel Preto O presidente da República assinou um decreto na pasta da Agricultura autorizando, a título provisório, Odilon Loureiro da Cunha a pesquisar cassiterita, que é um minério de estanho, em terras situadas no bairro de São João de Caputera, município e comarca de Mogi das Cruzes, neste Estado. Outrora, era o ouro que ateava a cobiça, que acenava para os aventureiros e para os grandes capitães, com as dádivas da abundância; hoje são os minérios menos luxuosos, o ferro, o cobre, o chumbo, o estanho, o manganês e outros que tais, que despertam, nos espíritos utilitários, o desejo de os descobrir e industrializar como fonte de renda e de progresso. E todo o Brasil é imensamente opulento de jazidas desses produtos. Em São Paulo encontram-se numerosas. Tanto nos arredores da capital, como na região de Sorocaba, onde é célebre o ferro de Ipanema; como no Apiahy, de onde, nos tempos coloniais, se canalizaram para a metrópole sequiosa cerca de trezentas arrobas de ouro; como em Iporanga, nas cercanias de Xiririca, onde existem maravilhosas calcarias; como no Jaraguá e mesmo em Mogy das Cruzes, onde agora se vai procurar estanho. Em Mogy das Cruzes teve Bras Cubas uma das suas fazendas, e em suas terras, descobriu ele ouro, depois de ter também encontrado nos lados do Vuturuna, além dos outeiros históricos da Frequesia do Ó, onde Manuel Preto, em 1610, fundou o seu pouso, nele vindo a possuir cerca de mil nativos.
Pandiá Calógeras (1938) cita, com base na pesquisa de documentos históricos, entre as várias lavras de ouro em atividade no início do período colonial, as de "Voturuna", na "Vila de Parnahyba", Lagoas Velhas do Geraldo, em Guarulhos, "Byraçoiaba" em Araçoiaba da Serra e Cahatiba, em Sorocaba 1938. Atualizado em 25/02/2025 04:46:32 Relacionamentos • Cidades (3): Araçoiaba da Serra/SP, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Pandiá Calógeras (1870-1934) • Temas (3): Bacaetava / Cahativa, Ouro, Capitania de Sergipe
Correio Paulistano 27 de março de 1935, quarta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:40:21 Relacionamentos • Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Mairinque/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Votorantim/SP • Pessoas (3) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Francisco de Sousa (1540-1611), Jorge Correa • Temas (14): Açúcar, Capitania de São Vicente, Casas de Fundição, Gentios, Guerra de Extermínio, Jaguamimbava, Jurubatuba, Geraibatiba, Metalurgia e siderurgia, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nossa Senhora de Montserrate, Pela primeira vez, Rio Jaguari, Rio Pinheiros, Serra da Mantiqueira ![]() • 1. Fundação da Usina de Ferro do Vale das Furnas 1589 • 2. Afonso Sardinha começou a escavar em Araçoyaba 2 de agosto de 1592
Atualizado em 28/10/2025 05:39:48 Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Sexto - Ocupação do Sul de Motta Grosso - Agrande jornada Esmeraldina de Fernão Dias Paes - Pesquiza Infructifera da prata - A connquista do Nordeste e a "Guerra dos Barbaros". Cidades (6): Caeté/MG, Itu/SP, Paranaguá/PR, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP Pessoas (23): 1º visconde de Barbacena, Afonso d´Escragnolle Taunay, Afonso VI, André Fernandes, Balthazar Fernandes, Custódia Dias, Domingos Fernandes, Fernão Dias Paes Leme, Francisco Pedroso Xavier, Garcia Rodrigues Velho, Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting, Jerônimo Ferraz de Araújo, João da Rocha Pita, João de Mongelos, Luís Gonzaga da Silva Leme, Manuel de Borba Gato, Maria Betting, Maria Garcia Rodrigues Betting, Martim Afonso de Sousa, Mathias Cardoso de Almeida, Orville Derby, Pedro Taques de Almeida Pais Leme, Rodrigo de Castelo Branco Temas (9): Caminho do Mar, Gentios, Grunstein (pedra verde), Léguas, Redução de Santa Tereza do Ibituruna, Rio Amambahy, Sabarabuçu, Serra de Ibituruna, Serra de Jaraguá ![]() Data: 1930 Créditos: Afonso de E. TaunayPágina 39
• 1°. Envio de Diogo Leite Entendemos contudo forçada a aproximação entre os dois itinerários, o de 1601 e o de 1673. Na sua ânsia pela fixação toponímica chega Orville Derby (1851-1915) a não achar “de todo despropositada a hipótese de que a aldeia de Ibituruna haja sido a que os emissários de Martim Afonso em 1531 tenham visitado”. • 2°. Concedidas terras a Bras Cubas “que for da conquista de El-Rey nosso Senhor e que está onde chamam Jarabatyba” Entendemos contudo forçada a aproximação entre os dois itinerários, o de 1601 e o de 1673. Na sua ânsia pela fixação toponímica chega Orville Derby (1851-1915) a não achar “de todo despropositada a hipótese de que a aldeia de Ibituruna haja sido a que os emissários de Martim Afonso em 1531 tenham visitado. [Página 95] • 3°. Cotia Cometendo a mais grosseira das cincadas confunde o Dr. Lomonaco Parnahyba, a 36 quilômetros de Sorocaba, com Parahyba do Norte. Ao falar da fundação de Sorocaba, realizada pelo parnahybano Balthazar Fernandes, também chegando Balthazar Fernandes Ramos, filho de Manuel Fernandes Ramos, o Povoador, e fundador de Parnahyba, deixou o Dr. Lomonaco esta preciosidade (...) • 4°. Nascimento de Balthazar Fernandes no Ibirapuera, filho de Manuel Fernandes Ramos (português) e Suzana Dias Cometendo a mais grosseira das cincadas confunde o Dr. Lomonaco Parnahyba, a 36 quilômetros de Sorocaba, com Parahyba do Norte. Ao falar da fundação de Sorocaba, realizada pelo parnahybano Balthazar Fernandes, também chegando Balthazar Fernandes Ramos, filho de Manuel Fernandes Ramos, o Povoador, e fundador de Parnahyba, deixou o Dr. Lomonaco esta preciosidade (...) • 5°. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados* Esta Maria, como escreve Silva Leme (cf. Gen. Paul., 7, 452) vinha a ser filha de Geraldo Betting o mineito trazido para o Brasil por D. Francisco de Souza, em companhia de Jacques de Oalte, e holandes de Duysburgo na Gueldria. Mas pela mãe, Custódia Dias, tinha sangue nativo por Custódia, irmã dos três famosos Fernandes, André, Balthazar e Domingos. Descendia portanto de Tibyriçá. [ Páginas 100 e 101] Admite Coriolano de Medeiros uma migração parahybana para terras de São Paulo, tangida pela terrível seca que durante vários anos calcinou todo o Nordeste a ainda durava em 1654. Mas a notícia desta migração é totalmente fantasiosa. Por ela contudo não é responsável o escritor parahybano que se abeberou á turvíssima fonte das informações de um italiano o Dr. Emmanuel Lomonaco, autor de certa obra: Usi e costumi del Brasile. Cometendo a mais grosseira das cincadas confunde o Dr. Lomonaco Parnahyba, a 36 quilômetros de Sorocaba, com Parahyba do Norte. Ao falar da fundação de Sorocaba, realizada pelo parnahybano Balthazar Fernandes, também chegando Balthazar Fernandes Ramos, filho de Manuel Fernandes Ramos, o Povoador, e fundador de Parnahyba, deixou o Dr. Lomonaco esta preciosidade: [Página 271] • 6°. Surge o apelo de D Afonso VI para que Fernão Dias partisse em busca do Sabarabussu O velho paulista não era sonhador de riquezas fabulosas, o “caçador de esmeraldas”, que a lenda criou; vemô-lo, ao contrário, frio organizador de uma empresa difícil, a que o animavam a lealdade e devoção ao seu rei. Cuidava não só das pedras preciosas do Sabarábuçu, mas também da prata de Paranaguá e de Iguape, e partia consolado com a idéia “que lá e cá ha prata”. • 7°. Visconde de Barbacena rejubilava, agradecendo, por escrito, a Agostinho de Figueiredo a boa nova de que as minas de Paranaguá eram ferteis "e duas barretas de prata revelaram a sua fineza." Visconde de Barbacena rejubilava, agradecendo, por escrito, a Agostinho de Figueiredo a boa nova de que as minas de Paranaguá eram ferteis "e duas barretas de prata revelaram a sua fineza." • 8°. Escrevia a Camara de S. Paulo ás de Parnahyba, Mogy e Taubaté pedindo-lhes mandassem representantes, homens de bom -conselho e experiencia “para com acerto assentarem o mais util e conveniente para a função (sic) de Soberabussú” • 9°. D. Rodrigo enviou sete nativos para procurar a Serra do Jaraguá. Seria N.S. Monserrate do Itapevucu? Em 7 de setembro de 1680, mandou 17 nativos a Jaraguá a diligência de uma Mina, que se dizia haver nesta Serra, onde só trabalharam 3 dias e não consta que produzisse este limitado exame o efeito apetecido; sendo certo, que a haver constancia e grande experiência desta matéria se descobrira a riqueza do ouro bruto, chamado de folhetas, que depois disto se tem extraído de Jaraguá. E no sopé da primeira serra, que vai entestar com o novo Altas Jaraguá, toparão os escravizados mineiros de José da Silva Ferrão, ouro bruto com a figura de pencas gengibre e de um só buraco que se lavrou, extraiu-se acima de 18 arrobas de ouro; até se aprofundar o dito buraco, vulgo cata, porém depois ninguém prosseguiu com o menor exame, o qual conforme o conselho de Mineiros experimentados dos Morros das Minas Geraes, deve ser um rasgão que atravesse de Norte a Sul do Morro.(Historia Geral das Bandeiras Paulistas, 1930. Afonso de E. Taunay. Página 185) • 10°. Rodrigo de Castelo Branco encarregou o padre frei João ("Julião", segundo Silva Lisboa) Rangel do descobrimento de umas minas de prata, que lhe constara haver em Itú Informa Basílio de Magalhães que o encarregado destas pesquisas em Ytú foi um padre. Frei João Rangel, a quem Balthazar da Silva Lisboa chama Julíão) e cuja comissão data de 13 de janeiro de 1681. Entende o autor mineiro que estas pesquisas foram a causa da longa demora de Dom Rodrigo em São Paulo. [Página 186] • 11°. Queixava-se D. Rodrigo, amargamente, das dificuldades de sua recruta. Não obstante a pe- na formidável de dous mil reis, diários, por cabeça de indio sonegado, muitas expedições sertanistas se tinham organizado contemporaneamente e se organizavam empregando numerosos bugres. Assim requeria que a pena fosse elevada a seis mil reis A 20 de janeiro de 1681 queixava-se D. Rodrigo, amargamente, das dificuldades de sua recruta. Não obstante a pe- na formidável de dous mil reis, diários,- por cabeça de indio sonegado, muitas expedições sertanistas se tinham organizado contemporaneamente e se organizavam empregando numerosos bugres. Assim requeria que a pena fosse elevada a seis mil reis. Quanta e quão doce illusão! [Página 187] • 12°. Nova queixa A 21, devido a nova queixa de D. Rodrigo de que “alguns moradores desta vila levavam em sua companhia para o sertão àlguns indios que faziam muita falta á expedição Real”, a Camara fulminou-lhes a pedido a prodigiosa multa de seis mil reis diários por cabeça! Era o caso do risum teneatis si ainda fosse possível recordar tão velho brocardo. • 13°. Apresentou o hespanhol a lista dos seus servos A 27 de janeiro apresentou o hespanhol a lista dos seus servos, organizada de accordo com Mathias Cardoso “conforme a experiencia que tinha do dito e mais sertoins e por ser pessoa que tomava a sua conta dar calor a este Real Serviço.” Queria que S. Mercês viessem e examinassem si o numero dos indios hera superfluamente ou necessariamente pedidos.” Concordaram os camaristas que tudo fora feito criteriosamente. Deviam partir cento e vinte indios. Foram ouvidos neste particular os officiaes de administração: escrivão João da Maya, contador Manuel Castanho e o mineiro João Alvares Coutinho. Inesperada surpresa trouxe a attitude deste ultimo expressa no seguinte e pavoroso aranzel: “Foi dito pelo dito mineiro que estava pronto para todo o serviço Real porem que pa. a ditta diligência de Sabarabuçú erão os obstáculos patentes por ser homem de sessenta e oito anos e pela esterilidade do dito sertão se não poder ha- ver o sustento que lhe he necessário, por serem os de aquele Gentilico e dependerem de homens robustos que só estes se podem valer delles, e por conheser a que a fragozidade, conhesidam.te lhe oucazionara a morte p.la fraqueza que a sobredita hidade lhe ocaziona não podia acompanhar ao ditto administrador.” [Página 188] • 14°. Np dia seguinte requeria D. Rodrigo que Suas Mercês não sahissem da villa antes de sua partida “estivesen os srs. officiaes da Camera autoalmente na villa para o que se offeresece aliás não assistindo não poderia conseguir sua viagen.” No dia seguinte requeria D. Rodrigo que Suas Mercês não saissem da villa antes de sua partida “estivesen os srs. officiaes da Camera autoalmente na villa para o que se offeresece aliás não assistindo não poderia conseguir sua viagem.” Continuavam as difficuldades com ou sem a presença de Suas Mercês[Página 188] • 15°. Na sessão de 5 de fevereiro, lastimava-se D. Rodrigo que os jesuítas escondessem em suas aldeias diversos indios de Baruery Na sessão de 5 de fevereiro, lastimava-se D. Rodrigo que os jesuítas escondessem em suas aldeias diversos indios de Baruery. Até os jesuítas! a se opporem ao serviço real! Neste mesmo dia, sob pena de seis mil reis de multa, intimava a Camara aos particulares não alugassem indios nem se servissem delles, dada a próxima jornada do fidalgo. [Página 188] • 16°. D. Rodrigo volta à Câmara pedindo que esta providencie os 120 índios necessários à sua jornada. Mostrando o regimento que lhe fôra dado por Sua Alteza Real e as ordens do Governador Geral do Estado do Brasil, requereu que os oficiais da Câmara reunissem indígenas necessários valendo-se para tal dos aldeamentos reais A 18 de fevereiro novas lamúrias do administrador: Antonio da Cunha Gago lhe promettera cento e cincoenta indios seus, que se compromettera a apresentar até Natal passado e entretanto a nenhum trouxera! Dera-lhe a Camara um rol de 120, capazes de o acompanharem (...) [Página 188] • 17°. O procurador o Conselho reconhece a necessidade da Câmara de agir de maneira mais eficaz, pois já se expedira várias ordens para as aldeias e vilas circunvizinhas reconduzirem os índios que estavam nas casas dos moradores, porém sem resultados práticos. Requer que os oficiais da Câmara saiam, com a maior presteza possível, percorrendo as aldeias e casas da vila e "levando Alsadas para que toda sorte tenha effeito a ditta deligencia" O procurador o Conselho reconhece a necessidade da Câmara de agir de maneira mais eficaz, pois já se expedira várias ordens para as aldeias e vilas circunvizinhas reconduzirem os índios que estavam nas casas dos moradores, porém sem resultados práticos. Requer que os oficiais da Câmara saiam, com a maior presteza possível, percorrendo as aldeias e casas da vila e "levando Alsadas para que toda sorte tenha effeito a ditta deligencia". [Página 82] • 18°. A primeiro de março de 1681 reclamava D. Rodrigo novamente Fazia saber aos que homisiavam indios que estava dis- posto a lhes applicar o confisco dos bens em justa represália a quem assim, consciente e perversamente pretendia prejudicar o Real Serviço. E não só: apontava também aos mais vassallos a facul- dade de que disunha de os pode mandar encarcerar em cala- bouço como rebeldes a Sua Magestade. As notificações a estes péssimos portuguezes seriam feitas em nome de Sua Alteza e as certidões passadas no verso dos documentos. [Página 189] • 19°. Expediram os Oficiaes as ordens exigidas pelo administrador geral Obedientes, no dia seguinte, expediram os Oficiaes as ordens exigidas pelo administrador geral. Infelizmente não se declara a quem foram, o que seria curioso nem quantas intimações se fizeram e que também se mostraria muito elucidativo. Depois de patenteado Mathias Cardoso foram escolhidos outros Officiaes. Escreve Pedro Taques (Inf. 142) : “Para sargento Mór foi eleito Paulista Estevão Sanches de Pontes, de que teve patente de D. Rodrigo datada em 2 de Março de 1681, declarando nella a nomeação da Camara porter pratica da disciplina militar das conquistas do certão (Quad. do Ponto pag. 52 Cam. tt.° 1675 pag. 103). Foram eleitos para Capitaens de Infantaria desta Leva os paulistas João Dias Mendes, e André Furtado por terem grandes experiencias dos certões e provado nelles com valor contra os barbaros Gentios; a cada hum dos quaes passou carta patente o Administrador Geral D. Rodrigo (Quad. do Ponto pag. 50 V. e 54 Cam. Liv. cit. 1675 Pag- 68).” Manuel Cardoso de Almeida, irmão de Mathias e de Salvador, foi dos capitães de infantaria escolhidos para a leva de Sabarabussú. Muito embora declare Pedro Taques que gozou de “igual respeito e veneração com seus irmãos” inclusive o Mestre de Campo, temol-o como personagem secundário. “Recolhido do sertão do reino de Mapaxós passou a servir no terço do irmão em suas lutas contra os barbaros do nordeste e parece que ficou nos Curraes da Bahia. Declarou a Camara paulistana que André Furtado ia a sua custa e sem interesses nenhuns da fazenda real. Sempre a mesma cousa. [Página 190] • 20°. Na sessão de 12 de março ficamos sabendo os resultados desta "tour de force" dos oficiais da Câmara: estes regressaram com 100 indígenas, dentre os quais D. Rodrigo selecionou 82 pois os restantes mostraram-se incapazes por serem velhos, coxos ou mancos A questão da recruta deu motivo a scenas violentas. Na sessão de doze de março se conta que os officiaes haviam - regressado de sua visita ás aldeias e fazendas a busca dos es- condidos “valendo-se do infantaria do Administrador”, Dom Rodrigo de Castel Blanco. Voltavam os camaristas com cem indios Mais fora impossivel encontrar. De les excluiu o fidalgo dezoito por “encapazes de comboy” notificando á Camara que agora ficava com 130 homens. Fizeram os camaristas notar-lhe quanto haviam obrado de notável a bem do serviço de Sua Magestade, deixando até a villa sem seus magistrados. Faziam o possivel para continuar a promover o bom exito de sua jornada. Sómeníe se encontrariam agora nas aldeias os mancos e os aleijados. [1] • 21°. Sempre em hespanhol, passava D. Rodrigo um recibo ao capitão João Paes Rodrigues de um mulato por nome João Pinto Ferreira, de quem era depositário, por ordem do desembargador Rocha Pitta Como se vê, ha ahi um erro de semana, agora para menos. A 24 de março de 1681, sempre em hespanhol, passava D. Rodrigo um recibo ao capitão João Paes Rodrigues de ummulato por nome João Pinto Ferreira, de quem era depositário, por ordem do desembargador Rocha Pitta. Recebia-o “por serbisso de S. A.” e declarava: “me obligo trazendo-me Dios combien entregarlo en el mismo deposito, saibo se isiere el dicho algüna ausiensia o Dios le lebare.” Pelo estylo deduz-se que o Administrador Geral poucas le- tras tinha. Este recibo passado em Atibaia é precioso para a fixação de itinerários da Jornada. Seria João Pinto o mesmo capataz que tanto serviu ao famoso creso parahybano o padre Guilherme Pompeu? Com todo o acerto escreve Ellis (C. o Retiro do Meridiano, 219). “É fácil se deprehender que uma vez asignalada a presença da expedição em Atibaia, cinco dias após a partida de S. Paulo, despresou ella o caminho do Parahyba, divergindo, portanto, do roteiro de André de Lião, no começo do século e talvez, da esteira deixada por Fernão Dias, si é que o grande bandeirante, também, já não havia penetrado nas geraes, por Atibaia, o que, aliás, é opinião do grande Capistrano. De Atibaia, D. Rodrigo devia ter seguido o curso do Camandocaia, entrando em Minas, com o Lopo á direita, para. chegar em meiados de abril ao Sapucahy, onde estacou, com a fuga de 27 indios da expedição que lhe roubaram muito material e armamento.” [Página 195] • 22°. Carta de Fernão Dias em que dá diversas informações a respeito da sua viagem, na exploração das minas No documento de 27 de março de 1681 ha a este respeito preciosas referencias do próprio Fernão. Numa de suas irradiações do Sumidouro, ao regressar a um de seus pontos de parada, constatou que se haviam ido dalli “Manuel da Costa com seus camaradas, os capitães Manuel de Góes e João Bernal com suas tropas, diziam-lhe que também o capitão Balthazar da Veiga, no que não cria, e o bastardo Belchior da Cunha.” Todas estas deserções insufladas por- Antônio do Prado da Cunha “que fôra seu camarada e antes nunca o houvesse sido”. Haviam permanecido fieis o capitão Diogo Barbosa Leme e seu irmão, Pedro Leme do Prado e Antonio Bicudo de Alvarenga, escrivão do arraial. Estavam estes de caminho para ir buscar Marcellino Telles, que se achava numa grande roça de milho com o capitão Joseph de Castilho. Vendo esta dispersão, declarou Fernão Dias Paes ser-lhe forçoso fazer saber a todos os debandados quanto era nefasto o seu procedimento, agora que se achavam abertas as covas de esmeraldas, outrora descobertas por Marcos de Azeredo Coutinho, o que deveria cobrir as enormes despesas da jornada. A redacção do bandeirante é a mais confusa e queremos crer que a sua letra má fez com que se reproduzisse com erros o documento portuguez, hoje estampado na “Revista do (...) [Página 111] "Hoje 27 de março de 1681, mando a todos os capitães que lá se acharem fóra Joseph de Castilho e o capitão Diogo Basbosa que lá não assistirem no dito cerro e não buscar outro gentio, onde quizerem, o que mando em nome de Sua Alteza, sob pena que o dito senhor manda dar aos desobedientes e rebeldes para isso mandei passar dois mandados de um teor assignados por mim”. [112] • 23°. Fuga de 27 indios da expedição que lhe roubaram muito material e armamento.” (...) o que, aliás, é opinião do grande Capistrano. De Atibaia, D. Rodrigo devia ter seguido o curso do Camandocaia, entrando em Minas, com o Lopo á direita, para. chegar em meiados de abril ao Sapucahy, onde estacou, com a fuga de 27 indios da expedição que lhe roubaram muito material e armamento.” A deserção se deu a 20 de abril (Actas, VII, 126). A paragem do Sapucahy está indicada pelo termo da pagina 125, do tomo VII das Actas. [Página 195] • 24°. Carta de D. Rodrigo felicitando Fernão Dias pelos seus serviços no descobrimento das esmeraldas Nas roças (plantas) do Paraopeba, a que chamou Paraubipeba, arraial de S. Pedro, mandou don Rodrigo de Castel Blanco, aviso de sua presença ao bandeirante, datado de 4 de junho de 1681. Dizia-lhe que lhe escrevera varias cartas desde que chegara ao Brasil, havia tres annos. De nenhuma tivera (...) [Página 113] • 25°. A Camara de S. Paulo, numa precatória tratou do caso, abrindo então uma carta do fidalgo castelhano A Camara de S. Paulo, numa precatória tratou a 5 de junho do caso, abrindo então uma carta do fidalgo castelhano. Talvez fosse ella expedida uns 15 ou 20 dias antes, ou mesmo um mez. Noticiou D. Rodrigo a fuga de dois indios de Guarulhos, tres de S. Miguel, doze de Baruery e cinco de S. João, entre os quaes o mulato João Pinto Ferreira. E o peor era que elles lhe haviam caregado nada menos (..) [Página 195] • 26°. Ordem expedida do Arraial de São Pedro, sertão de Parahibipeva A ordem expedida do Arraial de São Pedro, sertão de Parahibipeva a 10 de julho de 1681 pelo Administrador Geral scientificava á Camara que até aquella data lhe haviam fugido 27 indios, vários dos quaes com espingardas, apetrechos, ferramentas e mantimentos. Causava sua ausência grande transtorno ao serviço e para “fazerem plantas”. Si estas plantações não se efectuassem, nem em seis annos seriam attingidos os cerros das Esmeraldas.” Requeria pois D. Rodrigo reforço de quarenta indios e intimava a Camara a não só lh’os arranjar como a fazer todas as diligencias para que os desertores fossem entregues ao seuthesoureiro Vieira da Silva assistido do apontador Francisco João da Cunha e do soldado Ambrosio de Araújo. [Página 198] • 27°. Primeira notícia do falecimento Apezar de tudo, .depois do achado das suas pedras verdes, dava agora Fernão Dias Paes por bem empregado todo aquelle terrível esforço, aquella somma prodigiosa de sacrifícios! Estava de posse da golconda sul americana! Pouco lhe devia durar o sonho ; logo depois morria em dia que se não conhece, depois de 27 de março e antes de 26 junho de 1681. Daquella data, como vimos, procede o curioso documento que Feu de Carvalho trouxe a lume na “Revista do Archivo Publico Mineiro”, communicado que lhe foi por Capistrano e a que nos reportámos. Soubera Fernão Dias Paes da próxima chegada, á região onde operava, da expedição official de don Rodrigo de Castel Blanco. Julgava próximo o encontro com o comissario regio das minas e esperava avistai-o com certo receio, quiçá, pois já estavam os brasileiros habituados á pouca lealdade dos delegados da corôa para com elles. [p. 113] A primeira nova da morte de Fernão Dias Paes nos dá um documento de 26 de junho de 1681 em que vemos perante Dom Rodrigo Castelo Branco comparecer Garcia Rodrigues Paes no "arraial de São Pedro em os matos de Paraíbipeva" e nas pousadas do Administrador Geral. Exibiu a Dom Rodrigo, ao seu lugar-tenente Mathias de Cardoso e ao escrivão da Administração João da Maia, umas pedras verdes as quais disse serem esmeraldas que o Governador Fernão Dias Paes, seu pai, que Deus houve, havia mandado "tirar de uns cerros que antigamente tinham tirado os Azeredos em reinos dos patachós as quais ditas esmeraldas as fizesse presentes á Sua Alteza por duas vias para que no reino se viesse se tinham dureza e fineza e que entretanto vinha em resposta do dito senhor administrador mandasse tomar posse em nome de Sua Alteza dos ditos cerros adonde se tiraram as ditas plantas digo pedras para que nenhum pessoa pudesse ter direito nelas visto que ele dito have-las manifestado nesta administração para que o dito administrador desse conta a Sua Alteza de como ele dito as manifestava." (cf. Reg. Geral da Câmara de São Paulo, 3, 308). [p. 128] Seguiu também um ról de indios fugidos para ser entregue ao thesoureiro Manuel Vieira e outro de indios requisitados. “Não se podem estar sem elles lá.” O ajudante só tinha licença para se demorar em S. Paulo 20 dias. Em carta, posterior a esta, de tres dias, pedia D. Rodrigo aos officiaes que mandassem as mulheres, de seus indios ao arraial. “Creio que assim estarão mais seguros.” Solicitava também milho e datava a missiva das “Plantas de Parahibipava”, ao passo que na primeira escrevera Parabipeva. A 26 de junho de 1681, “nos mattos de Paraibipeva, e arraial de S. Pedro” fazia Garcia Rodrigues Paes nas pousadas do administrador geral publico manifesto relativo ás descobertas de seu recem fallecido pae (R. G. III, 307) Presente estava, a tão importante acto, Mathias Cardoso. Salvaguardando direitos sobre direitos obteve publico manifesto do Administrador Geral de que lhe confiara umas tantas pedras verdes “que o Governador seu Pae, que Deus houvesse, mandara tirar de uns cerros que antigamente tinham tirado os Azeredos em reinos dos Patachós as quaes ditas esmeraldas se manifestava em esta administração para que o dito administrador as fizesse presentes a Sua Alteza por duas vias para que no reino se visse e tinham a dureza e fineza e que entretanto que vinha resposta do dito senhor administrador mandasse tomar posse em nome de Sua Alteza os ditos cerros adonde se tiraram as ditas pedras para, que nenhuma pessoa descobrindo-as poudesse ter direito nellas visto elle dito havei-as manifestado nesta administração para que o dito administrador desse conta a Sua Alteza de como elle dito as manifestara e de como se manifestaram ditas pedras.” E mais (cf. P. Taques, Inform., 144) : “D. Rodrigo tomasse posse em nome de S. Alteza dos ditos Serros, prohibindo que pessoa a^ua fosse a elles; e ao mesmo tempo D. Rodrigo fez entrega da Feitoria do Arrayal [p. 197] • 28°. Já defunto A primeiro de setembro de 1681, reunidos os officiaes da Camara em vereação, perante elles compareceu o Padre João Leite da Silva, pedindo registro de um protesto escripto, com vehemencia e nulla grammatica. “Eu o Padre João Leite da Silva, por mim e como irmão do defunto, o capitam Fernão Dias Paes, descobridor das esmeraldas, e em nomeada viúva, sua mulher, Maria Garcia, como seu procurador, e de seus filhos, requeiro a suas merces hua e muitas vezes da parte de Sua Alteza que deus gde. e das nossas atalhem e proivão, pellos meios mais combenientes, a dom Rodrigo Castell Branquo os ententos que consta tem de mandar apoderarçe das minas das esmeraldas que o dito meu irmão descobriu.” Insinua o protesto grave accusação de deslealdade e velhacaria a Mathias Cardoso, ingrato para com o seu grande primo e antigo chefe. Escrevera elle ao irmão Salvador, contando que, das esmeraldas esperava “tirar os gastos da jornada” e ainda ao (...) [Página 199] • 29°. Expedia Diogo Pinto do Rego, capitão maior e governador das Capitanias de São Vicente e São Paulo um bando a propósito da descoberta atribuída a Fernão Dias Paes A 3 de setembro de 1681 expedia Diogo Pinto do Rego, capitão maior e governador das Capitanias de São Vicente e São Paulo um bando a propósito da descoberta atribuída a Fernão Dias Paes. "Porquanto por notícia certa que tenho haver descoberto Fernão Dias Paes as minas de esmeraldas, onde foi enviado por Sua Alteza, que Deus guarde, vindo a dar parte ao dito senhor faleceu da vida presente deixando as notícias de amostrar de tais esmeraldas com que estão hoje públicas e se saber certamente onde é a paragem delas com que facilmente se poderá ir a elas, e tirarem-se quantidade o que será em grande prejuízo da fazenda real e para se atalhar este dano em nome do príncipe nosso senhor ordeno e mando a toda a pessoa de qualquer qualidade que seja não faça jornada áquela paragem." [Página 129] • 30°. Já defunto Tão importante era o caso que três dias depois mandava a Câmara de São Paulo afixar o bando do capitão-mór. A 8 de setembro de 1681 passava Dom Rodrigo "del Serton del Sumidoro" uma atestação interessante, a Garcia Rodrigues Paes, contando que visitara o arraial de Fernão Dias e recebera de seu filho pedras verdes que tinha como esmeraldas. • 31°. Registravam os officiaes um mandado do desembargador syndicante da Repartição do Sul dr. João da Rocha Pitta Informa Basiho de Magalhães que o encarregado destas pesquizas em Ytú foi um padre. Frei João Rangel, a quem Balthazar da Silva Lisboa chama Julíão) e cuja commissâo data de 13 de janeiro de 1681. Entende o autor mineiro que estas pesquizas foram a causa da longa demora de Dom Rodrigo em S. Paulo. A 27 de setembro seguinte registravam os officiaes um mandado do desembargador syndicante da Repartição do Sul dr. João da Rocha Pitta. Ordenava o magistrado ás Camaras de S. Paulo, Santos e mis vilas do Sul que entregassem ao administrador geral todos os efeitos dos donativos reunidos, ou que se fossem vencendomediante recibo que eile lhes passaria. A ordem estendia-se aoproducto dos quintos e o desembargador significava muito es- trictamente aos camaristas quizessem pôr todo o empenho emauxiliar a empresa de d. Rodrigo. “Favoreçam este negocio (síc) pois nelle tem o Príncipe Nosso .Senhor empenhada a sua fazenda e o seu gosto que é mais que tudo. Fico com a esperança de que Vossas Mercêsnão hão de faltar nesta occasião com aquelles soccorros queestiverem em seu poder.”[Página 186] • 32°. Revelou este grave acontecimento: fugira-lhe o companheiro! fugira o Soldado Ambrosio de Araújo! No dia seguinte, 17 de outubro de 1681, nova e longa conferencia dos Officiaes com o Apontador. Revelou este grave acontecimento : fugira-lhe o companheiro ! fugira o Soldado Ambrosio de Araújo! Vinha, pois, fazer presente a sua “impossibilidade de seguir viagem” e por "correr risco de suavida em poder dos indiós e do gentio que continhão os caminhos do sertão.” Tinha, aliás, ordens expressas do administrador para ir em companhia de Vieira e de Araújo e julgava-se, á vista da deserção do soldado escusado de tal cumprimento d; instrucções. Mas a Camara o intimou “da parte de sua alteza, que Deus ;esse a dita jornada visto estar no serviço real”. [Página 205] • 33°. Parece-nos que Fernão Dias Paes não entrou em territó- rio hoje de Minas Geraes pela garganta do Embahú, como se deduzirá da approximação tentada por Derby • 34°. Falecimento de Fernão Dias Paes Leme (data estimada) • 35°. O espolio mineralógico de Fernão Dias, cuidadosamente "cosido" e lacrado em um saquinho, foi solenemente aberto pela câmara de S. Paulo O espolio mineralógico de Fernão Dias, cuidadosamente "cosido" e lacrado em um saquinho, foi solenemente aberto pela câmara de S. Paulo em n de dezembro de 1681, e do auto que se lavrou nada constia além das suppostas esmeraldas. A expedição transitou por muitas léguas por terrenos que depois foram reconhecidos como ricamente auríferos, mas, com a preoccupação de prata e pedras preciosas, parece que não foi lembrado o expediente de levar na comitiva alguns faiscadores de ouro de lavagem, que nesta epoca não faltavam em S. Paulo. [131] Viera este executar uma comissão especial com a qual nada tinha. Assim o deixasse a Camara em paz que não iria de modo algum. E não foi! “non segiu viaje”, que era mais amigo da integridade de sua rica pele do que do serviço real. A intimação relativa ás esmeraldas sonegadas surtiu efeito. Compareceram perante a Camara vários indivíduos “para manifestarem” as que possuíam. Exibiu Luiz Porrate Penedo três pedras pesando menos de 5 grammas; Diogo Bueno uma deste peso, Domingos Cardoso duas que declarou pertencerem ao thesoureiro Vieira, tão pequenas que mal pesavam gramma e meia. Supomos que a ausência do thesoureiro denuncia algumapressão sobre elle exercida pelos officiaes. Teria partido pa- ra a selva a cumprir com a sua obrigação? Provavelmente, mais que provavelmente, não! Com certe- za se retirara para o littoral. Mandou a Camara que os dfec’a- rantes conservassem as pedras até chegar ordem especial de Sua Alteza a tal respeito. Depois destes factos silenciam as Actas e o Registo Geralsobre as passadas de Dom Rodrigo de Castel Blanco em São Paulo. A onze de dezembro de 1681 se deu um acontecimento do maior vulto na vida paulistana. Exhibia Garcia Rodrigues Paes, á Camara, quarenta e sete pedras verdes, grandes e equenas, algumas delias transparentes pesando uma arratel e cinco oitavas (47Ógrs.930) ; um sacco de agulhas finas pesando 552grs.23Ó; outro de pedras meudas, e mais nove grandes imperfeitas com quasi kilo e meio, outro das meudas com quasi um kilo. Uma das peças principaes da colecção, vinha a ser certa “pedra seistavada, comprida, branca, de seis oitavas.” Explicava o moço bandeirante : Aceitassem Suas Mercês as esmeraldas que “apresentava e manifestava descubertas por seu pay, o governador Fernão Dias Pais, as quais lhe restarão das que tinha oferecido ao administrador geral dom Rodrigo [206] • 36°. D. Rodrigo procurou achando em seu lugar, no sumidouro, a tétrica figura da morte* • 37°. Al Brasile / Dott. Alfonso Lomonaco Admite Coriolano de Medeiros uma migração parahybana para terras de São Paulo, tangida pela terrível seca que durante vários anos calcinou todo o Nordeste a ainda durava em 1654. Mas a notícia desta migração é totalmente fantasiosa. Por ela contudo não é responsável o escritor parahybano que se abeberou á turvíssima fonte das informações de um italiano o Dr. Emmanuel Lomonaco, autor de certa obra: Usi e costumi del Brasile.Cometendo a mais grosseira das cincadas confunde o Dr. Lomonaco Parnahyba, a 36 quilômetros de Sorocaba, com Parahyba do Norte. Ao falar da fundação de Sorocaba, realizada pelo parnahybano Balthazar Fernandes, também chegando Balthazar Fernandes Ramos, filho de Manuel Fernandes Ramos, o Povoador, e fundador de Parnahyba, deixou o Dr. Lomonaco esta preciosidade: [Página 271] "Verso l’anno 1654 il villaggio si amplió considerabilmente, per che soppraggiunsero in esso alcuni coloni guidati da un tale Baldassare Fernandes Mourão (sic), suo genero Andrea de Zuniga e da Bartolomeu Zuniga (quest‘ultimi spagnuoli) i quali tutti emigrarono colle loro famiglie dalla Parahyba del Nord, dove resiedevano, per questa nueva localitá." • 38°. Balthazar Fernandes: Culpado ou Inocente?
Jornal Correio Paulistano: “As minas de ouro do Jaraguá”, tema da conferência realizada em 21 de junho de 1929, no Instituto Histórico e Geográfico, pelo coronel Pedro Dias de Campos 22 de junho de 1929, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:29:21 Relacionamentos • Cidades (8): Araçoiaba da Serra/SP, Cananéia/SP, Lisboa/POR, São Paulo/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP, São Vicente/SP, Santos/SP • Pessoas (10) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Antônio Bicudo (1580-1650), Antonio Gomes Preto (1521-1608), Antonio Raposo, o Velho (1557-1633), Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), Clemente Álvares (1569-1641), Francisco de Sousa (1540-1611), Manuel Preto (1559-1630), Pedro Sardinha (1580-1615), Robério Dias (n.1600) • Temas (9): “o Rio Grande”, Bacaetava / Cahativa, Itapeva (Serra de São Francisco), Léguas, O Sol, Ouro, Peru, Serra de Jaraguá, Portos ![]() • 1. Tem minas de ouro de lavagem nas chamadas de Vuturuna, em cuja terra as descobrio no anno de 1597 o Paulista Afonso Sardinha, como fica referido 1597 Corria o ano de 1597, cheio de dificuldades financeiras para a península ibérica e de aperturas para a brilhante e fútil côrte de Felippe III, rei de Castella, quando as descobertas de minas de ouro se amiudavam, na Capitania de São Paulo. Só a uma esperança se apegavam os cortezãos e o próprio monarca espanhol, eram as famosas minas de ouro assinaladas no Jaraguá e no Araçoiaba e a lendária mina de prata, que Robério Dias dissera, ao próprio rei, ter descoberto a Bahia. Nomeado a Dom Francisco de Sousa para o governo do Brasil, incumbira-lhe o monarca de averiguar e descobrir o roteiro da mina de Robério e de impulsionar a exploração do ouro do Jaraguá e do Araçoiaba, prometendo a D. Francisco o marquesado que Robério Dias exigira, para entregar o roteiro. Não tardou o governador em dar inicio a tarefa que lhe havia sido imposta e que lhe sorria, por estar no seu propósito vindo ao Brasil, providenciar bandos para o descobrimento do ouro. Achando-se D. Francisco de Sousa no Rio de Janeiro, dirigiu-se para o planalto de Piratininga em fins de 1598. Foi a Araçoiaba acompanhado por Antonio Raposo Tavares, onde examinou as minas de pedras, e, em seguida, fundou uma povoação no vale das furnas, a que deu o nome de São Felippe, em homenagem ao monarca que o nomeara. Ali fez levantar pelourinho, simbolizando o predicamento de Villa. Essa povoação foi pouco depois transferida para a margem esquerda do Rio Sorocaba, onde está edificada a cidade desse nome.
• 2. Minas 6 de janeiro de 1620 Em carta que dirigiram ao donatário, em 6 de janeiro de 1620, afirmavam os mineradores, aos juízes e vereadores, "que havia na serra de Araçoyaba, 25 léguas daqui para o sertão, em terra mais larga e abastada, e perto dali com três léguas está a Cahatyba de onde se tirou o primeiro ouro e desde ali ao Norte haverá 60 léguas das cordilheiras de terra alta, que toda leva ouro principalmente a serra do Jaraguá, Nossa Senhora do Monserrata, a de Voturuna e outras".
Historia Geral das Bandeiras Paulistas Escripta á vista de avultada documentação inedita dos archivos brasileiros, hespanhoes e portuguezes Tomo Quinto - Jornadas nos sertões bahianos - Os inventarios da selva - Primordios da mineração - O cyclo do ouro de lavagem - As esmeraldas e a prata, 1929. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) 1929. Atualizado em 23/10/2025 17:29:21 Relacionamentos • Cidades (4): Araçoiaba da Serra/SP, Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (15) Afonso d´Escragnolle Taunay (53 anos), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Álvaro Rodrigues do Prado (1593-1683), Antônio de Sousa (1584-1631), Baltazar Gonçalves, o moço (1544-1619), Clemente Álvares (1569-1641), Diogo Botelho, Diogo de Quadros, Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878), Francisco de Sousa (1540-1611), Frei Vicente do Salvador (1564-1639), João Capistrano Honório de Abreu (1853-1923), João IV, o Restaurador (1604-1656), Pandiá Calógeras (59 anos), Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) • Temas (7): Bacaetava / Cahativa, Capitania de São Paulo, Dinheiro$, Nossa Senhora de Montserrate, Ouro, Pirapitinguí, Ybyrpuêra ![]() • 1. Afonso Sardinha (45 anos) adquiriu uma grande fazenda em São Paulo (o nas serras de Iguamimbaba, que agora se chama Mantaguyra, na de Jaraguá, termo de S. Paulo, na de Vuturuna (São Roque), na de “Hybiraçoyaba (Sorocaba)” 1580 Alvaro Rodrigues do Padro, filho de Clemente Alvarez (...) Ele e os dois Afonso Sardinha, já dissemos, são os patriarcas da mineração do ouro no Brasil. Vemol-o numa expedição em 1610 ao sertão dos carijós e fazendo base de operações em Pirapitinguy; em 1615 associado á grande bandeira trouxe imenso número de nativos carijós a São Paulo, etc.
• 2. A expedição de Salvador, Martim de Sá e o pirata Anthony Knivet, enviada por D. Francisco de Souza novembro de 1599 Em novembro de 1599, fazia sacar do Almoxarifado da Fazenda de Santos mais de seis contos de réis, soma no tempo avultadíssima, para o pagamento da tropa que o seguia "em meio das minas". Depois de "ocularmente as ter examinado e adiantado o estabelecimento delas, que denominou de Nossa Senhora de Monserrate, onde mandou levantar o pelourinho, voltou a São Paulo.
• 3. Provisão 20 de agosto de 1606 Bem pouco animadora devia ter sido esta visita ás jazidas escassas do Ypanema. Que valiam minas de ferro e "aço"? Ouro e ouro era o que se queria, o que queria Sua Majestade! Sabedor de que Diogo de Quadros, a pretexto de ajuntar homens para a mineração do ferro, andava a cativa gentio, ordenava o Governador-Geral, por provisão de 20 de agosto de 1606, que a Câmara reprimisse os excessos deste minerador escravista.
• 4. Minas 16 de setembro de 1606 A dezesseis de setembro de 1606 vinha Clemente Alvares perante a Câmara registrar achados de jazidas "um descuberto de betas e uma manta de ouro", primeiramente a de manta em Jaraguá ao sopé da primeira serra quando se ia de São Paulo para Jaraguamirim. E assim localizou diversos outros filões "de outra banda de Jaraguamirim, outra no limite de Parnahyba, no caminho do Ybituruna do nosso rio de Angemim, etc.". Estas declarações eles as fazia para em tempo ressalvar direitos. Interessante seria saber como, com aquele documento ultra sibilino, se poderia localizar os achados dos tais veios. Ao voltar D. Francisco de Souza era natural de recrudescesse a faina mineradora. Já na Europa preparava ele elementos para recomeçar logo a campanha com intensidade. [Página 157]
Polyanthéa em homenagem ao tri-centenario da creação do municipio de Parnahyba, 1925. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) 1925. Atualizado em 24/10/2025 04:08:25 Relacionamentos • Cidades (3): Santana de Parnaíba/SP, São Roque/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (4) Afonso d´Escragnolle Taunay (49 anos), André Fernandes (1578-1641), Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), Padre Guilherme Pompeu de Almeida (1656-1713) • Temas (2): Fazenda Santa Quitéria, Tordesilhas ![]()
“História Geral das Bandeiras Paulistas, escrita á vista de avultada documentação inédita dos arquivos brasileiros, hespanhois e portugueses”, Tomo I. Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958) 1924. Atualizado em 23/10/2025 17:29:21 Relacionamentos • Cidades (6): Apiaí/SP, Araçoiaba da Serra/SP, Itanhaém/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (35) Afonso d´Escragnolle Taunay (48 anos), Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Aleixo Leme (1564-1629), André de Escudeiro, André de Leão, Antônio de Añasco Melgarejo (n.1559), Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Balthazar Fernandes (1577-1670), Belchior da Costa (1567-1625), Cacique Tayaobá (1546-1629), Clemente Álvares (1569-1641), Diogo de Quadros, Dom Sebastião, o Adormecido (1554-1578), Domingos Fernandes (1577-1652), Fernão Dias Paes Leme (1º) (1550-1605), Fernão Dias Paes Leme (1608-1681), Filipe II, “O Prudente” (1527-1598), Francisco de Sousa (1540-1611), Gerhart Bettinck ou Geraldo Betting (1575-1611), Jacques Oalte, João Bernal, João Fernandes Saavedra (f.1667), João Pedro Gay (1815-1891), Manuel João Branco (f.1641), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Martim Rodrigues Tenório de Aguilar (1560-1612), Nicolau Barreto, Orville Derby (1851-1915), Pandiá Calógeras (54 anos), Paschoal Leite da Silva Furtado (1570-1614), Rafael de Proença, Roque Barreto, Ruy Díaz Ortiz Melgarejo (1519-1602), Simão Leitão, Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626) • Temas (29): Aldeia de Los angeles, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Apiassava das canoas, Bacaetava / Cahativa, Caminho do Mar, Carijós/Guaranis, Ciudad Real, Gentios, Gentios, Grunstein (pedra verde), Gualachos/Guañanas, Guayrá, Jesuítas, Lagoas, Léguas, Minas de Tambó, Missões/Reduções jesuíticas, Ouro, Pirapitinguí, Rio Huybay, Rio Iguassú, Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Pequeno, Rio São Francisco, Sabarabuçu, Tordesilhas, Ybyrpuêra, Ytutinga ![]() • 1. Carta de Brás Cubas (1507-1592) ao rei de Portugal, Dom Sebastião (1554-1578) 25 de abril de 1562 Em 1560 partia Braz Cubas levando Martins consigo e grande séquito, tudo a sua custa. Caminharam 300 léguas, voltando com amostra de minerais. Como tornasse "muito doente do campo" não pôde acompanhar Luiz Martins que, a 30 léguas de Santos, achou ouro excelente, tão bom como o da Costa Mina. Entende Basílio de Magalhães que a viagem deve ter ocorrido de fins de 1561 a princípios de 1562. Julga Calogeras que esta expedição tomou o rumo do sul, demandando terras provavelmente do vale da Ribeira pois se refere a Cahatyba que um documento de 1606 dizia estar a 25 léguas do Araçoyaba. Que percurso terá feito Braz Cubas? Entendem os autores que se internou em terras hoje mineiras observando Calogeras que, se tal foi o seu rumo, quando muito chegou ao curso médio do rio das Velhas, contrariando pois uma hipótese de Francisco Lobo L. Pereira. Assim também pensa que as amostras minerais enviadas ao Rei tirou-as da região de Apiahy. Segundo ele próprio declara enviou ao soberano "pedras verdes parecendo esmeraldas". Continua ser o roteiro de Braz Cubas até agora o mais hipotético. [p. 169 e 170]
• 2. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza 13 de janeiro de 1606 • 3. André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado ouro / Balthazar obteve sesmaria no Porto de Canoas 23 de setembro de 1619 • 4. “South America America Meridionale”, Vincenzo Maria Coronelli 1690 • 5. Mapa “America Meridionale”, Vincenzo Maria Coronelli 1692
Atualizado em 28/10/2025 05:16:37 Inventários e testamentos XIII Cidades (5): Araçoiaba da Serra/SP, Itu/SP, Lisboa/POR, Santana de Parnaíba/SP, Sorocaba/SP Pessoas (34): Ana da Costa, a Moça, Ana de Freitas, Ana do Prado, Anastácio da Costa, Anna da Costa, Antonio de Aguiar Barriga, Antônio Gomes Borba, Ascenso Luiz Grou, Belchior da Costa, Belchior Rodrigues, Bernardo Bicudo, Catharina Diniz, Cláudio Furquim "Francês", Clemente Álvares, Cristovão Diniz, Domingos Fernandes, Domingos Gomes Albernás, Fernão Dias Paes Leme (1º), Francisco João Leme, Francisco Rendon de Quevedo, Gaspar Gonçalves Conqueiro, Innocência Dias, Izaque Dias Grou, Manoel de Alvarenga, Manuel da Costa do Pino, Manuel de Borba Gato II, Manuel João Branco, Maria Leme, Maria Tenório, Mateus Luís Grou, Sebastião Fernandes Camacho, Simão Borges Cerqueira, Simão de Toledo Piza, Tomé Fernandes da Costa Temas (11): Bois e Vacas, Bulas da Santa Cruzada, Caucaya de Itupararanga, Cavalos, Gados, Guaramimis, Jatuabi, Ouro, Pirapitinguí, Rio Juquiri, Tamboladeiras ![]() Data: 1921 Créditos: Página 695 do pdf
• 1°. Autuamento de testamento que o juiz ordinario Martim da Costa mandou fazer Auto de inventario que o juiz ordinario Martim da Costa mandou fazer por morte e fallecimento de Clemente Alveres.Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil e seiscentos e quarenta e um annos em os vinte e sete dias do mez de maio capitania de São Vicente partes do Brasil etc. nesta fazenda que foi do defunto Clemente Alveres que Deus haja em gloria o dito juiz mandou fazer este auto de inventario para por elle dar e fazer partilhas entre a viuva e os herdeiros do dito defunto e dar a cada um o seu e de tudo fiz este auto de inventario e para se fazer mandou o dito juiz dar juramento á viuva Anna de Freitas para declarar a fazenda toda que entre seu marido o dito defunto possuia e lhe deu juramento sobre um livro delles e prometteu de dizer e declarar toda a fazenda que possuia e de tudo fiz este auto onde o dito juiz se assignou eu Ascenso Luiz Grou tabellião que o escrevi. Martim da Costa.Herdeiros nesta fazenda filhos que ficaram do defunto Clemente Alveres:Alvaro Rodrigues do PradoAmaro AlveresBento Rodrigues TenorioAntonio Alveres TenorioClemente Alveres TenorioAnna TenorioCatharina GonçalvesMaria GonçalvesMaria TenorioJoão TenorioAnna do Prado • 2°. O procurador Manuel de Freitas requereu ao dito juiz que sua irmã não sabia se tinha declarado toda a fazenda • 3°. Juiz dos órfãos “mandou a aprazimento dos herdeiros do dito defunto botar de fora uma saia de pano apassamanado que o dito defunto tinha dado a sua filha Barbara Alves quando se casou ...” e os herdeiros “todos juntos disseram que haviam por bem se desse a dita saia a dita Barbara Alves”... • 4°. Inventário de Antonio Gomes Borba, vila da Parnaiba se apresentou este testamento no juízo do senhor visitador o licenciado Sebastião Caldeira
Registro Geral da Câmara Municipal de São Paulo, vol. VII, 1919 1919. Atualizado em 24/10/2025 04:31:11 Relacionamentos • Cidades (3): Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP • Pessoas (1) Belchior da Costa (1567-1625) • Temas (4): Bacaetava / Cahativa, Ouro, Pela primeira vez, Serra de Jaraguá • 1. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza 13 de janeiro de 1606 (...) da vila e haver muito metal de ferro mais ha na serra de Biraçoiaba 25 léguas daqui para o sertão em terra mais larga e abastada e perto dali como três léguas está a Cahatiba de onde se tirou o primeiro ouro e desde ali ao norte haverá sessenta léguas de cordilheira de terras que todas levam ouro principalmente a serra de Jaraguá de Nossa Senhora do Monserrate e a de Voturuna e outras. Pode vossa mercê fazer aqui um grande reino a Sua Majestade / há grande meneio (ato ou efeito de menear(-se); balanço, oscilação. 2. movimento do corpo ou de uma de suas partes.) e trato para Angola, Perú e outras partes (...) [Página 112] Nosso Senhor guarde a vossa mercê e sua família e casa da sua Câmara da vila de São Paulo capitania ide São Vicente 13 de janeiro, Belchior da Costa escrivão o fez no ano 1606. E não há mais humilde e obediente que nós neste estado conforme ao que sofremos. [Pgina 114]
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volumes 20-21 1918. Atualizado em 24/10/2025 02:40:04 Relacionamentos • Cidades (18): Xiririca (Eldorado)/SP, Angra dos Reis/RJ, Araçoiaba da Serra/SP, Bananal/SP, Cananéia/SP, Curitiba/PR, Guaratinguetá/SP, Iguape/SP, Paranaguá/PR, Paraty/RJ, Peruíbe/SP, Pindamonhangaba/SP, Porto Feliz/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Taubaté/SP • Pessoas (21) Afonso Sardinha, o Velho (1531-1616), Bacharel de Cananéa, Balthazar Fernandes (1577-1670), Calixto da Motta (n.1591), Diogo de Quadros, Diogo Vaz de Escobar, Dionisio da Costa, Duarte Correia Vasqueanes, Fr Anselmo da Anunciação (1615-1705), Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), João Pereira de Souza (f.1605), José Ortiz de Camargo, Luís Carneiro de Sousa (1610-1653), Luiz Lopes de Carvalho (1623-1711), Manoel Fernandes de Abreu “Cayacanga” (1620-1721), Nicolau Barreto, Pedro Nolasco, Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777), Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688), Simão de Vasconcelos (1597-1671) • Temas (26): Açúcar, Bacaetava / Cahativa, Bairro Itavuvu, Buraco de Prata, Caminho do Mar, Caminhos até Itanhaém, Capitania de Itamaracá, Capitania de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, Capitania de Santo Amaro, Carijós/Guaranis, Córrego Supiriri, Estradas antigas, Fazenda Ipanema, Habitantes, Jesuítas, Lagoa Dourada, Léguas, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Nheengatu, Nossa Senhora das Neves, Ouro, Papagaios (vutu), Peru, Pontes, Serra de Jaraguá, Vutucavarú ![]() • 1. Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza 13 de janeiro de 1606 CARTA AO DONATÁRIO DA CAPITANIA Com o capitão João Pereira de Souza, que Deus levou, recebemos nesta câmara uma carta de V.mercê o ano passado, na qual nos manda que lhe escrevamos miudamente tudo o que parecer. Alguns treslados de cartas se acham aqui das que escrevemos a Vme; nos parece que não lhe foram dadas. O que de presente se poderá avisar, muito papel e tempo seria necessário, porque são tão várias e de tanta altura as coisas que diariamente sucedem, que não falta matéria de escrever e avisar e se, poderá dizer, de chorar. Só fazemos lembrança a Vme. que se sua pessoa, ou coisa muito sua, desta Capitania, não acudir com brevidade pode entender que não terá cá nada, pois estão as coisas desta terra com a "candeia na mão" e cedo se despovoará, porque assim os Capitães e Ouvidores que Vme. manda, como os que cada quinze dias nos "mettem" os governadores gerais, em outra coisa não entendem, nem estudam, senão como nos hão de esfolar, destruir e afrontar, e nisto gastam o seu tempo. Eles não vêm nos governar e reger, nem aumentar a terra que o sr. Martim Afonso de Souza ganhou, e S. Magestade deu com tão avantajadas mercês e favores. Vai isto com tal maneira e razão, que pelo eclesiastico e pelo secular, não ha outra coisa senão pedir e apanhar; e um que nos pedem e outro que nos tomam, tudo é seu e, ainda lhes fiamos devedor. E, se falamos, prendem e excomunam-nos, e fazem de nós o que querem, que como somos pobres e temos remédio tão longe, não há outro rccurso senão baixar e servir e sofrer o mal que nos põem. Assim, Senhor, acuda, veja, ordene e mande o que lhe parecer, que muito tem a terra que dar: é grande, fértil de mantimentos, muitas águas e lenhos, grandes campos e pastos, tem ouro, muito ferro e açuar e esperamos que haja prata pelos muitos indicios que há, mas faltas mineiros e fundidores destros. E o bom governo é o que nos falta, de pessoa que tenha consciência e temor de Deus, e valia; que nos mandem o que for justo e nos favoreçam no bem e castiguem o mal quando o merecermos, que tudo é necessário. Diogo de Quadros é ainda provedor das minas; até agora tem progredido bem: anda fazendo um engenho de ferro a três léguas desta vila, e como se perdeu no Cabo Frio, tem pouca posse e vai devagar, mas acabado, será de muita grande importância por estar perto daqui com três léguas, e haverá metal de ferro; mas há na serra de Byraçoiaba 25 léguas daqui para o sertão, em terra mais larga, e abasta, e perto dali com três léguas está a Cahatyba de onde se tirou o primeiro ouro, e desde ali ao Norte gaverá 60 léguas de cordilheira de terra alta, que toda leva ouro, principalmente a serra de Jaraguá, de Nossa Senhora do Monte Serrate, a de Voturuna, e outros. Pode Vmc. fazer aqui um grande reino a S.M,; há grande menero e trato para Angola, Perú e outras partes, podem-se fazer muitos navios que só o bem se pode trazer de lá, pois ha muito algodão, muitas madeiras e outros achegos. Quanto a conservação dos nativos que não convém termos a vexar-nos, assim como nos fazem a nós o faremos a ele, e os cristãos vizinhos são quase acabados, mas no sertão ha infinidade deles e muitas nações, que vivem a lei de brutos animais, comendo-se uns aos outros, que se os descermos, com ordem para serem cristãos será coisa de grande proveito; principalmente os nativos Carijós, que estão a oitenta léguas daqui por mar e por terra e se afirma que são 200.000 homens de arco. Esta é uma grande empresa e Vmc. ou coisa muito sua lhe está bem que S.M. lh concedesse, e lhe importaria de 100.000 cruzados, afora os de seus vaçalos, o que pelo tempo adiante pode abundar nesta Capitania, além do particular do mesmo nativo vindo ao gremio da Santa Madre Igreja. Tornamos a lembrar, acuda Vmc. porque de Pernambuco e da Bahia, por mar e por terra, lhe levam os nativos do sertão e distrito, e muito cedo ficará tudo ermo com as árvores e as ervas do campo somente; porque os portugueses, bem sabe Vmc. que são homens de pouco trabalho, principalmente fora do seu natural. Não tem Vmc. cá tão pouca posse, que das cinco vilas que cá tem, com a Cananéa, pode por em campo para os Carijós mais de 300 homens portugueses, foram os seus nativos escravizados, que são mais de 1.500, gente usada ao trabalho do sertão, que com bom caudilho passam ao Perú por terra, e isto não é fábula. Já Vmc. será sabedor como Roque Barreto, sendo capitão, mandou ao sertão 300 homens brancos a descer os nativos e gastou dois anos na viagem, com muitos gastos e mortes, e por ser contra uma lei de El-Rey que os padres da Companhia trouxeram, o governador Diogo Botelho mandou provisão para tomarem o terço para ele, e depois veio a ordem para o quinto. Sobre isso houve aqui muito trabalho e grandes devassas e ficaram muitos homens encravados, que talvez ha nesta vila hoje mais de 65 homiziados, não tendo ela mais de 190 moradores. Se lá for alguma informação de que a gente desta terra é indômita, creia Vmc. o que lhe parecer, com o resguardo que deve aos seus, que há quem sofra tantos desaforos. [Páginas 731 e 732]
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