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Caiubi, senhor de Geribatiba

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  Caiubi, senhor de Geribatiba
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1480
Atualizado em 31/10/2025 02:10:33
Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay
•  Cidades (4): São Miguel Paulista/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (4): “Antônia Rodrigues”, a índia (n.1502), Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (10 anos), Piqueroby (1480-1552)
•  Temas (13): Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Botocudos, Caciques, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Karaibas, Nheengatu, Piqueri, Rio Uruguai, Rio Ururay, Santa Cruz de Itaparica, São Miguel dos Ururay, Ururay
    8 fontes
  3 relacionadas

1°. João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1886
Há na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias.

Um cronista moderno (Machado de Oliveira, Quadro Histórico da Província de São Paulo), narrando quais eram as nações nativa que habitavam o território da capitania de São Vicente, nos limites da atual província de São Paulo, guayanás, tupis, carijós, além das do sertão, e expondo que os guayanás tinham por principais chefes em serra acima, o cacique Tebyreçá, com aldeias nos campos de Pirá-tininga, e no litoral o cacique Cayubi, ou, melhor, Cahá-uby, com aldeias á margem do rio Gerybatiba e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Paranapiacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, acrescentou:

"A História ainda faz menção a tribo Ururay, pertencente á confederação guayaná, ocupando um dos recantos dos campos de Pirá-tininga, e tendo por chefe o cacique Piqueroby, que déra sua filha por mulher a Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribo fundou-se a opulenta aldeia de São Miguel, que, como as outras, não escapou á comum destruição por que todas elas passaram."

Após essa narração, o mesmo cronista não deixa de mencionar o chefe das tribo Ururay, por ocasião da descida de Tebyreçá e de João Ramalho, com trezentos sagitários, ao encontro de Martim Afonso de Souza: mas, apenas, para assinalar que foi precisa a sua anuência ao plano de bem receber os portugueses da armada.

Assim escreveu ele que João Ramalho "tivera por companheiro nessa empresa a Antonio Rodrigues, que aliara-se á filha de Piqueroby, chefe da tribo Ururay, depois de conseguir deste, á imitação do régulo de Pirá-tininga, sua anuência a favor do desembarque de Martim Afonso".

De então em diante, cronista algum dá notícia de Piqueroby. Ignora-se se recebeu o batismo; se viveu ainda muito tempo; se recusou-se á comunhão social com os portugueses. Apenas a História registra que Antonio Rodrigues, seu genro, obtivera uma sesmaria em terras fronteiras ao porto do Tumiarú, em São Vicente, e aí residia; e que na sesmarias de Pedro de Góes, segundo o respectivo título, fôra encravado o território pertencente á tribo Ururay, figurando de língua ou interprete, e testemunha, na designação das divisas, conjuntamente com João Ramalho, o mesmo já referido Antonio Rodrigues. [p332 a p336]

Seja, porém, Piquiroby o mesmo Ururay, de que trata Machado de Oliveira, ou o Araray de que trata Azevedo Marques, ou seja este chefe de 1562 outro individuo, diverso de Piquiroby não é licito acusa-lo de deslealdade para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão. Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada.

O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:

"Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão" [Página 337]  ver mais

2°. “O Tupi na Geographia Nacional”. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)
1901
URUGUA Y Antigamente Uruay, como se lê na carta de Diogo Garcia, de 1526; assim, Uruay se compõe de Uruá- y ou Uruguá- y, exprimindo o rio dos búzios ou dos caracóis. O Pe. Montoya, no seu Tesouro, explica y- ruguay como sendo o canal por onde vai a madre do rio. [Página 341]  ver mais

3°. Consulta em Wikipedia
6 de setembro de 2022, sexta-feira
Piquerobi era um líder indígena, conhecido como "Cacique Piqueroby, morubixaba (chefe guerreiro) da tribo Guaianá dos Hururahy", suas terras iam da antiga Vila Nossa Senhora da Penha de França até a região que foi nomeada pelos jesuítas de São Miguel dos Ururaí (São Miguel Paulista), na zona leste de São Paulo,[2] atravessando o antigo Cangaíva (Cangaíba) e Jaguaporeruba (Ermelino Matarazzo).  ver mais





  Caiubi, senhor de Geribatiba
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Chegada de Diogo Garcia de Moguer
15 de janeiro de 1527, sábado. Atualizado em 25/10/2025 23:19:23
Relacionamentos
 Cidades (3): Cananéia/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
 Pessoas (6) Bacharel de Cananéa, Cacique Ariró, Diogo Garcia de Moguér, Gonçalo da Costa, Jesus Cristo (f.33), Sebastião Caboto (51 anos)
 Temas (12): Caminho até Cananéa, Caminho do Peabiru, Canibalismo, Carijós/Guaranis, Escravizados, Estradas antigas, Ilha de Barnabé, Porto dos Patos, Rio dos patos / Terras dos patos, Tribo Arari, Tupinaés, Tupis






  Caiubi, senhor de Geribatiba
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1 de dezembro de 1819, sexta-feira
Atualizado em 30/10/2025 10:58:26
Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853)
•  Cidades (3): Itapetininga/SP, Itu/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (8): Auguste de Saint-Hilaire (40 anos), Gertrudes Eufrosina Aires (42 anos), Johann Baptist Spix (38 anos), José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (66 anos), Manoel Fabiano de Madureira, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Afonso de Sousa (1500-1564), Rafael Tobias de Aguiar (25 anos)
•  Temas (18): “o Rio Grande”, Bairro Éden, Sorocaba, Cachoeiras, Caminho do Mar, Caminho Sorocaba-Itapetininga, Capela “Nossa Senhora da Ponte”, Colinas, Guaianás, Pela primeira vez, Pelourinhos, Peru, Pirapitinguí, Pitanguy, Pontes, Rio dos Meninos, Rio Sarapuy, Rio Sorocaba, Vinho
Viagem a provincia de São Paulo e resumo das viagens ao Brasil, Provincia Cisplatina e Missões do Paraguai
Data: 1819
Créditos: Auguste de Saint-Hilaire
Página 226
    2 fontes
  0 relacionadas
    Registros relacionados
25 de janeiro de 1532, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:21
1°. Ramalho aproxima-se á Jerybatuba três dias depois da chegada de Martim Afonso á Bertioga
Dezembro de 1654. Atualizado em 02/06/2025 06:01:51
2°. Balthazar Fernandes se estabeleceu definitivamente na região, com família e 380 escravizados*
Antes mesmo dos europeus terem tomado posse da ilha de São Vicente, o local em que Itú se eleva agora era ocupado por uma tribo de nativos guaianazes. Foram esses nativos do número dos que ocorreram em defesa do país em 1530, quando souberam que Martim Afonso de Sousa quis da mesma se apoderar; mas, vendo que o chefe de todas as tribos guaianazes, o grande Tebireça, tinha feito aliança com o capitão português, retiraram-se para a selva.

Atraídos, um pouco mais tarde, pelo amor que Anchieta e seus companheiros demonstravam pelos homens de sua raça, os nativos de Itú, conduzidos pelo seu cacique reuniram-se à colônia que os jesuítas acabavam de fundar sob o nome de São Paulo de Piratininga.

Foi possivelmente nessa ocasião que alguns portugueses ou mamalucos começaram a fixar-se em Itú; os primeiros habitantes da localidade foram aniquilados ou dispersados, e, desde 1654, a antiga aldeia tornou-se uma vila portuguesa. Essa data foi indicada a um tempo por José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753 - 1830), Spix e Martius e D.P. Muller.
1710. Atualizado em 25/02/2025 04:45:49
3°. Mapa Nova et Accurata Brasiliae totius Tabula de Pieter Schenk
A cidade de Sorocaba está situada em região acidentada, cortada por matas e campos; estende-se pela encosta de uma colina, em cujo sopé corre um rio com o mesmo nome — rio Sorocaba —, mas que os habitantes da região denominam comumente rio Grande, pelo motivo, certamente, de não conhecerem outro maior.




  Caiubi, senhor de Geribatiba
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1937
Atualizado em 31/10/2025 18:24:23
“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
•  Cidades (9): Araçoiaba da Serra/SP, Iguape/SP, Rio de Janeiro/RJ, Santana de Parnaíba/SP, Santos/SP, São Paulo/SP, São Roque/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (38): Afonso Sanches, Américo Vespúcio (1454-1512), André Gonçalves, Antonio Rodrigues (Piqueroby) (1495-1589), Bacharel de Cananéa, Bartholomeu Fernandes Mourão (f.1650), Brás Cubas (1507-1592), Christovam Jacques (1480-1531), Christovão Pires, Diogo Álvares Correia, o Caramuru (1475-1557), Diogo Garcia de Moguér, Domingos Luís Grou (1500-1590), Fernando Colombo (1488-1539), Francisco de Chaves (1500-1600), Francisco de Sousa (1540-1611), Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Gonçalo da Costa, Henrique Montes, Jean de Laet (1571-1649), João Ramalho (1486-1580), José de Anchieta (1534-1597), José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830), Manuel Aires de Casal (1754-1821), Manuel I, o Afortunado (1469-1521), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Lopes Lobo de Saldanha, Mestre Bartholomeu Fernandes, Mestre Bartolomeu Gonçalves (1500-1566), Mestre Domingos Gonçalves Fernandes (1500-1589), Nuno Manoel (1469-1531), Pedro de Mendoza, Pero (Pedro) de Góes, Pero Capico, Pero Correia (f.1554), Piqueroby (1480-1552), Sebastião Caboto (1476-1557), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Vicente Yáñez Pinzón (1462-1514)
•  Temas (29): Assassinatos, Beneditinos, Calçada de Lorena, Caminho do Mar, Cristãos, Curiosidades, Descobrimento do Brazil, Estradas antigas, Gentios, Geografia e Mapas, Graus, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Guerra de Iguape, Ilha de Barnabé, Jurubatuba, Geraibatiba, Morpion, Morro do São Jerônimo, N S do Desterro, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora de Montserrate, Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba, Ouro, Pela primeira vez, Porcos, Rio da Prata, São Paulo de Piratininga, Tordesilhas, Vila de Santo André da Borda
Historia De Santos V. I
Data: 1937
Créditos: Francisco Martins dos Santos
Página 271
    Registros relacionados
1198. Atualizado em 28/10/2025 04:16:24
1°. Primeiro registro da palavra “Brasile”
22 de agosto de 1424, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:47:12
2°. Mapa existente na biblioteca do Duque de Weimar exibe as Antilhas
Essas Antilhas, partes integrantes da America, e que a Colombo pareciam ser a própria índia, por influencia das cartas de Toscanelli, já constavam de um mappa anonymo de 1424 existente na bibliotheca do Duque de Weimar, das cartas de Beeário de 1426, de Andréa Blanco ou Branco de 1436, de Pareto de 1455, de Fra Mauro de 1457, da carta de Toscanelli, escripta a Fernão Martins, em 25 de Junho de 1474, revelada pelo próprio filho de Colombo e por elle authenticada, e finalmente, na carta de Benincasa, de 1476, todas, como se vê, muito anteriores á primeira viagem de Christovam Colombo.
1438. Atualizado em 27/10/2025 02:49:12
3°. Relato de João de Barros
Está provado porem, que muito antes de 1492 não só as terras da futura America do Norte como as terras do Brasil já eram do conhecimento de navegantes portuguezes, tendo se conservado inexplicavelmente, um profundo mitério sobre a existência de ambas.

João de Barros conta em sua primeira "Década 1 — pag. 148), que, quando em 1525 uma armada hespanhóla se dirigia ás Molucas, sob o comando do comendador Loyaisa, tendo por imediato o famoso Delcano, companheiro futuramente de Fernão de Magalhães, descobridor do Estreito do seu nome, cruzara com uma náu portugueza carregada de escravos, cuja náu costeando as zonas brasileiras encontrára a dois graus ao sul do Equador, uma ilha despovoada, com boas aguadas, de que ninguém até então déra noticia.

Desembarcando, ficaram os seus tripulantes surpresos por encontrarem nos troncos das árvores, escrito o ano em que fora a mesma descoberta pelos portugueses, 87 anos antes daquele em que estavam, isto é, no de 1438; e, em sinal de que realmente ela fora roteada e tivera estabelecidos em suas terras aqueles primeiros descobridores, havia pelo emaranhado de suas matas, muitas frutas europeias, especialmente laranjas doces e galinhas como as de Hespanha, em tanta abundância que os espanhóis fizeram provimento delas, mortas á besta nos arvoredos onde pousavam.

Esta ilha, a que João de Barros chama de São Matheus, parece ser a de S. João, situada próximo do Maranhão, a este da Bahia de Tury-Assiú e em frente á foz do rio Turinanga, e, a sua parte mais saliente, está em I o , 17´ de latitude sul.

Óra, quem esteve estabelecido tão próximo da terra firme, e naturalmente como medida de prevenção contra os indios da cósta, não é possível que a não tivesse visitado e percorrido; e. por conseguinte, bem cabida é a supposição de que se guardasse profundo silencio sobre semelhantes descobrimentos, e, que, muito antes das épocas officialisadas, já as terras da futura América do Sul, tivessem sua existência conhecida. Aliás, isso mesmo é o que affirma ao Rei D. Manuel, Duarte Pacheco Pereira em sua famosa carta de 1498, de que trataremos adiante. A Década de João de Barros, em que elle conta o facto ácima, váe devidamente transcripta em appendice, junto a outros documentos, no final desta óbra.
1473. Atualizado em 27/10/2025 03:10:52
4°. Colombo
25 de junho de 1474, sexta-feira. Atualizado em 27/10/2025 11:09:44
5°. Carta de Toscanelli a Fernão Martins
1489. Atualizado em 28/10/2025 08:51:07
6°. Mapa de Henry Martelli
Os mappas de Behaim, Strabão e Marco Polo, com o de Henry Martelli de 1489 (quasi uma copia do Mundo antigo de Strabão e que ainda não considerava a terra redonda e e as cartas geographicas de Pedro d´Ailli e Toscanelli foram os documentos cosmographicos predecessores da éra americana. O confronto deste globo com o mappa dos littoraes americanos da 4.a viagem de Colombo, atráz reproduzido, acaba de revelar a profunda ignorância cosmográphica daquelle "descobridor".
7 de junho de 1494, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 08:58:19
7°. Tratado de Tordesilhas
Essa Convenção foi de facto coroada de êxito, celebrada e assignada em Tordesilhas a 7 de Junho de 1494, e ratifiçada depois em Aeévalo a 2 de Julho e em Setúbal a õ de Setembro do mesmo anno. Por aquelle Tratado ,a linha demarcatória passaria não a cem léguas como ficara pela rectificação de Clemente VI, mas a 370 léguas a partir do ponto mais Occidental das ilhas de Cabo Verde para o Oéste. O apparato da força produzira como se viu e como se havia de ver depois, bastante fructo, mas não tanto quanto poderia produzir. Portugal por ambas as Bulias papaes não encontraria sinão agua dentro de sua zona de direitos, em- quanto que a Hespanha ficaria com toda a America do Sul actual; o que acaba de nos convencer, de que o rei de Portugal não discutia uma hypóthese, e sim a posse de uma re- gião, o mais dilatada possivel, numa terra cujas latitudes e longitudes já lhe eram em parte conhecidas. Com os resul- tados da Convenção, ainda assim cahira D. João numa des- proporção geográphica quanto ás futuras terras do Brasil, desproporção essa desfeita somente duzentos annos depois, primeiro arbitrariamente — pela conquista e penetração bandeirante, e depois, legalmente — por effeito do Tratado efe 1750.
2 de julho de 1494, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:11
8°. Ratificado o Tratado de Tordesilhas em Setúbal
Essa Convenção foi de facto coroada de êxito, celebrada e assignada em Tordesilhas a 7 de Junho de 1494, e ratifiçada depois em Aeévalo a 2 de Julho e em Setúbal a õ de Setembro do mesmo anno. Por aquelle Tratado ,a linha demarcatória passaria não a cem léguas como ficara pela rectificação de Clemente VI, mas a 370 léguas a partir do ponto mais Occidental das ilhas de Cabo Verde para o Oéste. O apparato da força produzira como se viu e como se havia de ver depois, bastante fructo, mas não tanto quanto poderia produzir. Portugal por ambas as Bulias papaes não encontraria sinão agua dentro de sua zona de direitos, em- quanto que a Hespanha ficaria com toda a America do Sul actual; o que acaba de nos convencer, de que o rei de Portugal não discutia uma hypóthese, e sim a posse de uma re- gião, o mais dilatada possivel, numa terra cujas latitudes e longitudes já lhe eram em parte conhecidas. Com os resul- tados da Convenção, ainda assim cahira D. João numa des- proporção geográphica quanto ás futuras terras do Brasil, desproporção essa desfeita somente duzentos annos depois, primeiro arbitrariamente — pela conquista e penetração bandeirante, e depois, legalmente — por effeito do Tratado efe 1750.
13 de novembro de 1499, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:46
9°. A esquadra, composta por quatro caravelas, zarpou de Palos de la Frontera
27 de abril de 1500, sexta-feira. Atualizado em 25/08/2025 08:00:38
10°. Desembarcára com o piloto do Capitão Mór e com o de Sancho de Tovar, na terra que acabavam de descobrir, fazendo nella a prova do descobrimento anterior
Como se sabe, Méstre João, éra o cirurgião e physico da expedição Cabralina, e, em carta de 1.° de Maio de 1500, escreveu elle ao Rei, contando que, na segunda-feira, 27 de Abril, desembarcára com o piloto do Capitão Mór e com o de Sancho de Tovar, na terra que acabavam de descobrir, fazendo nella a prova do descobrimento anterior:

"Quanto, Senoi% al sytyo desta tierra, mande Vosa Alteza traer un napamundj que tjne PERO VAAZ BISAGUDO, e por ay podrra ver Vosa Alteza el sytyo desta tierra; en pero, aquel napamundj non certyfica esta tierra ser habytada, ò no. Es na- pamundy antiguo; e ally f aliara Vosa Alteza escripta tanbyen, etc Fecha en Vera Cruz, a primeiro de Majo de 500." (1)

Comprehendemos por este trecho da carta de Méstre João, que em mappa-mundi antigo já constava o perfil da terra brasileira, mas sem a declaração de ser ou não habitada, conforme poderia o próprio Rei verificar chamando a Pedro Vaz Bisagudo, o portuguez que a possuía. Quem seria o autor de tal carta geographica? De que data e de que expedição proviria ella? Não seria esse mappa, o mesmo de André Blanco que se encontra na Bibliotheca de São Marcos em Veneza? Esse é um dos segredos da Historia, que nunca se desvendará talvez, mas que próva a qualidade do descobrimento de Cabral.
1 de maio de 1500, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 04:53:13
11°. Cartas de Caminha e do Mestre João Emenelau Farás
Como se sabe, Méstre João, éra o cirurgião e physico da expedição Cabralina, e, em carta de 1.° de Maio de 1500, escreveu elle ao Rei, contando que, na segunda-feira, 27 de Abril, desembarcára com o piloto do Capitão Mór e com o de Sancho de Tovar, na terra que acabavam de descobrir, fazendo nella a prova do descobrimento anterior:
9 de julho de 1501, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 22:21:41
12°. Carta do rei dom Manuel, datada de Sintra, anunciando aos príncipes católicos o descobrimento da terra de Santa Cruz, por Pedro Álvares Cabral
Comunicava o Rei D. Manoel a seus sogros, Fernando e Izabel de Espanha o sucesso da segunda viagem á índia, por seu almirante Pedro Alvares Cabral, dizendo no que se referia ao Brasil, o seguinte:

...O dito meu capitão partiu com 13 naus, de Lisboa, a 9 de março do ano passado, e nas oitavas da Pascoa seguinte chegou a uma terra que novamente descobriu, á qual colocou nome de Santa Cruz, na qual encontrou gente nua como na primitiva inocência, mansa e pacifica; a qual terra parece que Nosso Senhor quis que se achasse, porque é muito conveniente e necessária para a navegação da índia, porque ali reparou seus navios e tomou água; e pela grande extensão do caminho que tinha de percorrer, não se deteve afim de se informar das cousas da dita terra, somente me enviou de lá um navio para me noticiar como a achou.
7 de agosto de 1501, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:47:11
13°. Chegou a Armada de Vespucio á costa brasileira
16 de agosto de 1501, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:06
14°. A esquadra portuguesa de André Gonçalves e Américo Vespúcio, vinda de Lisboa, avista o cabo a que se deu o nome de São Roque
Surgiram assim: O cabo São Roque, baptisado a 16-8-1501, o cabo de Santo Agostinho a 28 do mesmo mez, o Rio de São Francisco a 4 de Outubro, a Bahia de Todos os Santos a L° de Novembro (?), o Cabo de São Thomé a 21 de Dezembro, e o Rio de Janeiro a 1.° de Janeiro de 1502; a Angra dos Reis a 6 de Janeiro desse anno. São Sebastião a 20 do mesmo, São Vicente a 22 (actual estuário de Santos) e por fim Cananôr. que é a mesma Cananéa, ultimo ponto da cósta bem estabelecido e descripto por Vespucio, (1) e (2), apezar de saber-se pela primeira carta do florentino, que a Armada desceu até á altura de 32 gráus, visinhanças do Rio da Prata, correndo como se vê, territórios collocados fóra dos direitos de Portugal pelo Tratado de Tordesilhas.
28 de agosto de 1501, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:41:06
15°. A esquadrilha de André Gonçalves entra no Rio de São Francisco
Surgiram assim: O cabo São Roque, baptisado a 16-8-1501, o cabo de Santo Agostinho a 28 do mesmo mez, o Rio de São Francisco a 4 de Outubro, a Bahia de Todos os Santos a L° de Novembro (?), o Cabo de São Thomé a 21 de Dezembro, e o Rio de Janeiro a 1.° de Janeiro de 1502; a Angra dos Reis a 6 de Janeiro desse anno. São Sebastião a 20 do mesmo, São Vicente a 22 (actual estuário de Santos) e por fim Cananôr. que é a mesma Cananéa, ultimo ponto da cósta bem estabelecido e descripto por Vespucio, (1) e (2), apezar de saber-se pela primeira carta do florentino, que a Armada desceu até á altura de 32 gráus, visinhanças do Rio da Prata, correndo como se vê, territórios collocados fóra dos direitos de Portugal pelo Tratado de Tordesilhas.

O eminente Dr. Sophus Ruge, Cathedratiço do Instituto Polytechnico Real de Dresde, em sua preciosa u HISTORIA DA ÉPOCA DOS DESCOBRIMENTOS", prefaciada e annotada pelo Lente de Historia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Manoel de O1iveira Ramos — á pagina 298, apresenta a mesma relação de baptismos vespucianos, citando também o Rio de São Miguel, o de Santa Lúcia (hoje Rio Doce) conforme o mappa de Vaz Dourado, de 1571.
18 de outubro de 1501, sexta-feira. Atualizado em 29/10/2025 21:05:46
16°. Carta de Pietro Pascuáligo
A carta de Pietro Pascuáligo, escripta de Lisboa aos 18 de Outubro de 1501 ao Senado Veneziano narrando a chegada de um dos navios que partiram com Gaspar Corte Real, (M. Sanuto — Diário — Códice Marciano — VII - Pag. 228) mostra como o continente americano éra profundamente conhecido por Corte Real, em contraste com a ignorância de Colombo demonstrada ainda depois dessa data por seu filho e biógrapho, e liga-se com o encontro do marco de pedra encontrado há pouco tempo pelos americanos na praia de Daytona, accusqjido a chegada desse Corte Real, ao continente americano, pela primeira vez, em 1490.

Faz crer também, essa carta de Pascuáligo, que Vespucio andava ligado a essa viagem de Corte Real, visto que a primeira descripção do continente americano feita ao mundo com detalhes e pormenores, foi a desse cosmógrapho florentino, assim como o mappa de Cantino foi o primeiro que ligou os dois continentes americanos num mesmo desenho e numa mesma idéa, mappa esse, como já dissemos, attribuido sem discrepância, ás informações de Vespucio.

Deante desta série de circumstancias históricas, e sabendo-se que em 1492 ou pouco antes, João Fernandes Lavrador e Pero de Barccllos descobriram o ponto do continente americano que até hoje consérva o nome do primeiro (Terra do Lavrador), pouco se pôde reservar a Colombo, a não ser a rutilancia da lenda que o envolveu e o próprio mérito da viagem feita, que trasmittiram o seu nóme á posteridade.
6 de janeiro de 1502, segunda-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:40:26
17°. Descobrimento de Angra dos Reis por André Gonçalves e Américo Vespúcio
7 de setembro de 1502, domingo. Atualizado em 14/07/2025 23:31:15
18°. André Gonçalves e Américo Vespúcio chegam a Lisboa depois de terem feito a primeira exploração do litoral brasileiro, do cabo de São Roque a Cananéia.
1 de janeiro de 1503, sexta-feira. Atualizado em 28/10/2025 03:25:10
19°. "Historia De Santos" Francisco Martions dos Santos
Um problema que se resolve. Revelação geonomica e ethnographica do primitivo nóme tupy da ilha de S. Vicente. A possivel pátria dos Guayanazes. Identificação permittida pelas affirmativas cartographicas de Kunst- mann e Reinei, de 1503 e 1516.

Só algum tempo depois da chegada do Donatário, em 1532, é que aquelles primitivos habitantes de GOHAYÓ, e portanto os famosos GAYONOS dos Reinei, GUANÁS de Kunstmann, e GUAYANAZES dos portuguezes, começaram a approximar-se em maior numero, integrando muitos o bloco brasílico de Tibiriçá que permaneceu ao lado dos novos dominadores. Cremos nós, aliás, que — gente de GOHAYó, ainda hoje em portuguez corrente, só poderia ser: GOHAYONOS — GOHAYOENSES ou GOHAYONAZES. Dalii, o nóme que ficou na História — GUAYANAZES, que tantos historiadores e ethnógraphos procuram explicar em vão, palpando e tateando a treva de outras raizes ou etymologias.
10 de maio de 1503, domingo. Atualizado em 25/02/2025 04:38:55
20°. Resolveu El-Rei D. Manoel nova expedição, sob o comando de Gonçalo Coelho, com o titulo de capitão-mór
As expedições officiaes e não officiaes se revesáram. João da Nóva sáe em 1501, vem até á altura de S. Vicente e dahi ruma para a Africa; é o primeiro viajante depois de Cabral; lógo em seguida, sáe André Gonçalves trazendo Vespueio para o baptismo da cósta brasileira; Gonçalo Coelho sáe de Lisbôa a 10 de Maio de 1503, vindo ainda Vespucio como commandante de uma das seis náus de que se compunha a esquadra; D. Nuno Manoel, Vasco Gallego de Carvalho e João de Lisbôa saem do Téjo em 1506 e descem á exploração de toda a cósta do Brasil; Christovam Pires deixa Portugal a 22 de Marca de 1511, trazendo como piloto a João Lopes de Carvalho e como escrivão da Armada a Duarte...
1506. Atualizado em 01/10/2025 18:15:43
21°. Expedição de Nuno Manoel
Fique cérto, todavia, que, Acreditamos que o commandante dessa expedição tenha sido mesmo André Gonçalves, porquanto D. Nuno linha por occasião da partida da Armada, acabado de perder o irmão, grande válido do Rei D. Manoel, que por isso mesmo havia de lhe respeitar a dor, e mais, porquê em Outubro de 1502, poucos dias portanto, apóz o retorno da mesma expedição, seguia D. Nuno Ma- noel no séquito do rei de Portugal acompanhando-o a São Thiago de Compostella, na Galliza, como seu Almotacé-Mór, o que não seria natural se elle ainda estivésse sob as canseiras de semelhante viagem ao Brasil. se D. Nuno não veio desta vez ao Brasil, veio pelo menos em 1514 com Ghristovam do Haro, trazendo como piloto a João de Lisboa; e, Capistrano de Abreu diz ainda ser provável que tenha sido elle o capitão-mór da fróta de 1506 (2), e, nesse caso, trazendo como pilotos a Vasco Gallego de Carvalho e João de Lisboa. Quanto a Antonio Rodrigues, ao que já se acha divulgado a seu respeito, accrescentaremos que a sua vinda déve prender-se á Armada de D. Nuno Manoel, Christovam do Haro e João de Lisboa, de 1514, viagem citada por Capistrano de Abreu, á pag. 60 da sua importante óbra "O descobrimento do Brasil", a não ser que se pretenda, que também Rodrigues, tenha sido um dos elementos da expedição de Sólis, o infortunado descobridor do "rio da prata", o que é tão acceitavel quanto a primeira hypóthese.
1510. Atualizado em 27/10/2025 14:30:16
22°. Fundação do primeiro povoado de São Vicente
Gonçalo da Cósta veio para São Vicente em 1510, segundo affirmam alguns autores, onde, pelas alturas de 1520 se uniu a uma das filhas do "bacharel", personagem que já encontrou em terra por occasião da sua chegada, tornando-se desde então o seu braço direito nas lidas a que ambos se applicaram. Esse Gonçalo da Costa, depois de passar uns vinte annos em São Vicente, durante os quaes percorreu toda a cósta sul do Brasil tornando-se um dos maiores conhecedores do "rio da prata" (2), resolveu tornar a Portugal, obtendo para isso, passagem a bordo da "Nossa Senhora do Rosario", nau capitanea da Armada de Diogo Garcia, no anno de 1530.
22 de março de 1511, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:43:03
23°. Parte do porto de Lisboa a nau Bretoa, de que era capitão Cristóvão Pires, escrivão Duarte Fernandes e piloto João Lopes de Carvalho, quem depois acompanhou a Fernando de Magalhães na primeira viagem de circunavegação do globo
As expedições officiaes e não officiaes se revesáram. João da Nóva sáe em 1501, vem até á altura de S. Vicente e dahi ruma para a Africa; é o primeiro viajante depois de Cabral; lógo em seguida, sáe André Gonçalves trazendo Vespueio para o baptismo da cósta brasileira; Gonçalo Coelho sáe de Lisbôa a 10 de Maio de 1503, vindo ainda Vespucio como commandante de uma das seis náus de que se compunha a esquadra; D. Nuno Manoel, Vasco Gallego de Carvalho e João de Lisbôa saem do Téjo em 1506 e descem á exploração de toda a cósta do Brasil; Christovam Pires deixa Portugal a 22 de Marca de 1511, trazendo como piloto a João Lopes de Carvalho e como escrivão da Armada a Duarte...
12 de outubro de 1514, segunda-feira. Atualizado em 25/10/2025 04:44:47
24°. A primeira versão conhecida dessa presença do discípulo de Jesus em terras americanas encontra-se, com efeito, na chamada Nova Gazeta Alemã, referente, segundo se sabe hoje, à viagem de um dos navios armados por Dom Nuno Manuel
Fique cérto, todavia, que, Acreditamos que o commandante dessa expedição tenha sido mesmo André Gonçalves, porquanto D. Nuno linha por occasião da partida da Armada, acabado de perder o irmão, grande válido do Rei D. Manoel, que por isso mesmo havia de lhe respeitar a dor, e mais, porquê em Outubro de 1502, poucos dias portanto, apóz o retorno da mesma expedição, seguia D. Nuno Ma- noel no séquito do rei de Portugal acompanhando-o a São Thiago de Compostella, na Galliza, como seu Almotacé-Mór, o que não seria natural se elle ainda estivésse sob as canseiras de semelhante viagem ao Brasil. se D. Nuno não veio desta vez ao Brasil, veio pelo menos em 1514 com Ghristovam do Haro, trazendo como piloto a João de Lisboa; e, Capistrano de Abreu diz ainda ser provável que tenha sido elle o capitão-mór da fróta de 1506 (2), e, nesse caso, trazendo como pilotos a Vasco Gallego de Carvalho e João de Lisboa. Quanto a Antonio Rodrigues, ao que já se acha divulgado a seu respeito, accrescentaremos que a sua vinda déve prender-se á Armada de D. Nuno Manoel, Christovam do Haro e João de Lisboa, de 1514, viagem citada por Capistrano de Abreu, á pag. 60 da sua importante óbra "O descobrimento do Brasil", a não ser que se pretenda, que também Rodrigues, tenha sido um dos elementos da expedição de Sólis, o infortunado descobridor do "rio da prata", o que é tão acceitavel quanto a primeira hypóthese.
1 de janeiro de 1516, sábado. Atualizado em 28/10/2025 03:20:22
25°. Cristóvão Jacques, no comando de duas caravelas, foi encarregado do patrulhamento da costa brasileira, a fim de desestimular incursões de corsários franceses
Christovam Jacques embarca em Portugal em 1516, trazendo Pero Capico como Capitão da Cósta em S. Vicente; o mesmo Christovam Jacques, tórna a sahir de Lisbôa a 21 de Junho de 1526, passa por São Vicente e ségue até o "rio da prata"; nesta viagem vêm com elle e como pilotos: Diogo Leite, mais tarde commandante da nau "Princeza" da Armada de Martim Affonso, seu irmão Gonçalo Leite e Gaspar Corrêa; Christovam Jacques viéra então, investido das funcções de Guarda da Cósta, Capitão-Mór, como o cita D. Rodrigo de Acuna em sua carta ao Rei de Portugal, ou Governador das Terras do Brasil, como o declara o próprio Rei em documento de 1526, com estabelecimento na feitoria de Itamaracá, em Pernambuco.
1520. Atualizado em 31/10/2025 12:23:11
26°. Caminho do Peabiru
Fallámos em geral sobre os primeiros povoadores europeus de São Vicente, fallemos agóra em particular, historiando o que se sabe a respeito de cada um. Começaremos pelo genro do "bacharel", Gonçalo da Cósta, para melhor explicar certos factos que vão esclarecer os actos de Martim Affonso, praticados em 1532, dando inicio á colonisação regular de São Vicente.

Gonçalo da Cósta veio para São Vicente em 1510, segundo affirmam alguns autores, onde, pelas alturas de 1520 se uniu a uma das filhas do "bacharel", personagem que já encontrou em terra por occasião da sua chegada, tornando-se desde então o seu braço direito nas lidas a que ambos se applicaram. Esse Gonçalo da Costa, depois de passar uns vinte annos em São Vicente, durante os quaes percorreu toda a cósta sul do Brasil tornando-se um dos maiores conhecedores do "rio da prata" (2), resolveu tornar a Portugal, obtendo para isso, passagem a bordo da "Nossa Senhora do Rosario", nau capitanea da Armada de Diogo Garcia, no anno de 1530.
1525. Atualizado em 25/02/2025 04:47:12
27°. Relato de João de Barros
Está provado porem, que muito antes de 1492 não só as terras da futura America do Norte como as terras do Brasil já eram do conhecimento de navegantes portuguezes, tendo se conservado inexplicavelmente, um profundo mitério sobre a existência de ambas.

João de Barros conta em sua primeira "Década 1 — pag. 148), que, quando em 1525 uma armada hespanhóla se dirigia ás Molucas, sob o comando do comendador Loyaisa, tendo por imediato o famoso Delcano, companheiro futuramente de Fernão de Magalhães, descobridor do Estreito do seu nome, cruzara com uma náu portugueza carregada de escravos, cuja náu costeando as zonas brasileiras encontrára a dois graus ao sul do Equador, uma ilha despovoada, com boas aguadas, de que ninguém até então déra noticia.

Desembarcando, ficaram os seus tripulantes surpresos por encontrarem nos troncos das árvores, escrito o ano em que fora a mesma descoberta pelos portugueses, 87 anos antes daquele em que estavam, isto é, no de 1438; e, em sinal de que realmente ela fora roteada e tivera estabelecidos em suas terras aqueles primeiros descobridores, havia pelo emaranhado de suas matas, muitas frutas europeias, especialmente laranjas doces e galinhas como as de Hespanha, em tanta abundância que os espanhóis fizeram provimento delas, mortas á besta nos arvoredos onde pousavam.

Esta ilha, a que João de Barros chama de São Matheus, parece ser a de S. João, situada próximo do Maranhão, a este da Bahia de Tury-Assiú e em frente á foz do rio Turinanga, e, a sua parte mais saliente, está em I o , 17´ de latitude sul.

Óra, quem esteve estabelecido tão próximo da terra firme, e naturalmente como medida de prevenção contra os indios da cósta, não é possível que a não tivesse visitado e percorrido; e. por conseguinte, bem cabida é a supposição de que se guardasse profundo silencio sobre semelhantes descobrimentos, e, que, muito antes das épocas officialisadas, já as terras da futura América do Sul, tivessem sua existência conhecida. Aliás, isso mesmo é o que affirma ao Rei D. Manuel, Duarte Pacheco Pereira em sua famosa carta de 1498, de que trataremos adiante. A Década de João de Barros, em que elle conta o facto ácima, váe devidamente transcripta em appendice, junto a outros documentos, no final desta óbra.
1526. Atualizado em 28/10/2025 11:30:04
28°. De 1525 a 1541 haviam quatro portos
Cousa extraordinária! Pelas conclusões do Snr. Commandante Castro, expostas no recinto do Instituto Histórico e Geographico de São Paulo, São Vicente, dentro de quinze annos, do 1526 a 1541, teria tido nada menos de quatro portos: o primeiro, alli na enseada do Gonzaga e José Menino actuaes; o segundo junto a Tumyarú — o novo Porto de São Vicente, como elle diz, — o terceiro na ponta da Praia (porquê é indiscutível que alli houve um Porto) e o quarto na enseada de Enguaguassú, para onde o da Ponta da Praia foi transferido em 1541, e onde ficou sempre, até hoje. E isto, como se vê, é puramente phantasioso.

Essa palavra Enguaguassú, como designativa da parte mais larga do actual estuário santista (começando do rio da Bertióga até o lagamar do Caneú), sempre significou em tupy — como corruptéla de Y-GOÁ-GUASSÚ — "seio grande de mar", "enseada maiór do rio", "seio de agua grande" ou simplesmente "lagamar", e sempre existiu imemorialmente, antes de existir Martim Affonso ou Braz Cubasi em São Vicente. Sobre ella, o erudito Dr. Theodoro Sampaio, assim como o notável Dr. João Mendes de Almeida, possuem estudos decisivos, o primeiro, nos commentários da ultima edição da "Viagem ao Brasil" do famoso Hans Staden, e em sua grande obra "O Tupy na Geographia Nacional"; e o segundo em seu "Diccionario Geographico da Província de São Paulo". Bocha Pombo também esclarece.
16 de julho de 1526, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:39:02
29°. Pero Capico volta a Portugal
Varnhagem ainda, publica a respeito deste Pero Capico, o seguinte importante documento: "ÁLVARA DE 15 DE JULHO DE 1526" "Eu El-Rei faço saber a vós, Christovam Jacques, que óra envio por Governador ás partes do Brasil, que Pero Capico, capitão de uma das capitanias do dito Brasil, me enviou dizer que lhe era acabado o tempo de sua capitania e que queria vir para este Reino, e trazer comsigo todas as peças de escravos e mais fa- zendas que tivesse, — hei por bem e me apraz que na primeira caravella ou navio que vier das ditas partes, o deixeis vir, com todas as suas peças de escravos e mais fazendas; comtanto que virão direitamente á Casa da índia, para nella pagarem os direitos de quarto e vin- tena, e o mais a que forem obrigados, na forma qu|e costumam pagar todas as fazendas que veem das so- breditas partes". A Capitania a que se refére o Rei neste alvará é a de S. Vicente, onde permanecera Pero Capico por déz annos, havendo naquella época, alem dessa Capitania apenas mais uma — a de Pernambuco ou Itamaracá — cujo primeiro capitão, nomeado ao mesmo tempo de Capico (1516) fôra o seu próprio fundador Christovam Jacques. Por isso é que diz o Rei: "CAPITÃO DE UMA DAS CAPITANIAS DO BRASIL". Este documento, de inilludivel importância, diz Var- nhagem, que foi, aliás, um dos maiores pesquizadores dos archivos portuguezes, ter sido passado em Almeirim a 15 de Julho de 1526, por Jorge Rodrigues, e achar-se á Fl. 25 do Livro de Reformações (anteriormente chamado de Re- portações) da Casa da índia, e por elle vemos confirmado tudo quanto expendemos sobre a S. Vicente que existiu antes da vinda de Martim Affonso, apenas sem o caracter de villa, mas como Capitania.
1 de janeiro de 1527, sábado. Atualizado em 25/10/2025 23:19:23
30°. Chegada de Diogo Garcia de Moguer
Segundo os depoimentos de Diogo Garcia, de 1527, e de Alonso de Santa Cruz, de 1527/1530, "habitavam a Ilha de São Vicente numerosos tupys de boa indole, amigos muito dos portuguezes". Esses indígenas, como se viu no capitulo III desta óbra, por occasião do estremecimento havido entre o rei de Portugal e o famoso "bacharel", fundador do primeiro povoado de S. Vicente, onde por quasi trinta annos foi o dominador europeu, desappareceram dalli, a ponto de fazel-a parecer despovoada por occasião da chegada de Martini Affonso, retirando-se segundo a melhor hypóthese, uma parte para Iguápe acompanhando o "bacharel" desgostoso, e outra parte para as serras, a reunir-se ao grosso da gente de Caiuby, senhor de Jurubatuba, antigo alliado e amigo do "Bacharel". [Página 115]
1527. Atualizado em 25/02/2025 04:47:12
31°. Pero Capico deixa o Brasil
Não lhe teria sido preferível fazer entrar a expedição de Martim Affonso no tradicional fundeadouro de São Vicente indicado por Alonso de Santa Cruz, cujo Mappa XIV esteve em suas mãos, a fazel-a entrar num porto hipotético, jamais descripto por alguém ou localizado em algum mapa em se tratando de navegação de calado?

Tendo voltado para Portugal em 1527; quando Martim Affonso embarcou-se para o Brasil com a Armada de 3 de Dezembro de 1530, Pero Capico veio novamente para S. Vicente, na qualidade de conhecedor da região e Escrivão da mesma Armada, ahi lavrando todas as primeiras escripturas de terras e cartas de doação até princípios de 1533.



Melchior Ramirez éra um dos sobreviventes da expedição Solis, e, durante o tempo de sua permanência no Brasil, desenvolveu sua vida entre S. Vicente, Iguapé, Cananéa e a região do Prata, fazendo parte mais tarde, do núcleo hespanhól de Mosquera, não se sabendo ao cérto o destino que tomou apóz os factos de 1534/35. É possível também, que esta versão não se conforme com a verdade, e que elle tenha voltado para a Hespanha na Armada de Caboto, em companhia de Henrique Montes, visto que tudo a seu respeito, com excepção da sua existência no Brasil, é hipotético.

Um dos grandes factores de desorientação geral brasileira sobre este ponto da Historia paulista, foi exactamente a ignorância de certas particularidades esclarecedoras da vinda de Martim Affonso. Sempre se ignorou que na Armada daquelle fidalgo, viessem vários homens que já haviam residido por longo tempo no povoado de São Vicente e em suas proximidades, como Pero Capico, Pedro Annes, Henrique Montes e

“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
1937, sexta-feira (Há 88 anos)

sendo que este ultimo, na qualidade de pratico da região, como vimos no capitulo anterior, e o primeiro na qualidade de Escrivão da Armada, circunstancia essa que tirava á expedição affonsina, a necessidade dos tacteamentos a ella attribuidos, no contacto com a nossa cósta. [Página 97]
26 de outubro de 1528, sexta-feira. Atualizado em 30/10/2025 05:17:00
32°. Posse de Antonio Ribeiro
1530. Atualizado em 24/10/2025 19:11:28
33°. Resolve voltar a Portugal e para isso obtém passagem a bordo da “Nossa Senhora do Rosário”, nau capitânia de Diogo Garcia de Moguér
1530. Atualizado em 28/10/2025 11:29:36
34°. Armada de Sebastião Caboto passa pela ilha de Santo Amaro
Como dissemos de passagem, quando tratámos de Gonçalo da Cósta, Henrique Montes seguiu para a Europa num dos navios de Caboto, em princípios de 1530, desembarcando no Guadalquivir, permanecendo algum tempo na Hes- panha, de onde observou o resultado das conversas de Gonçalo com o Rei de Portugal.

Ahi, após o rompimento do genro do "bacharel", seguiu elle, imediatamente para sua terra onde foi festivamente recebido, promptificando-se a fazer aquilo a que Gonçalo da Cósta se furtára. Assim, antes mesmo que o antigo companheiro de solidão voltasse ao Brasil a serviço da Hespanha, embarcou elle na Armada de Martim Affonso, como Provedor dos mantimentos, mas em verdade, como prático da região austral da América, sahindo do Tejo no dia 3 de Dezembro de 1530, três mezes completos após sua chegada. [Página 67]
1530. Atualizado em 30/10/2025 06:06:19
35°. “Estas ilhas (São Vicente e Santo Amaro), os portugueses crêem ficar no continente que lhes pertence, dentro da sua linha de partilha; eles porém se enganam
O ponto de interferência entre o meridiano de Tordesilhas e a cósta brasileira, nunca foi bem determinado no Sul, surgindo dessa incerteza as constantes questões verificadas, com penetrações portuguezas sobre território hespanhol e hespanhólas sobre território portuguez.

Para muitos o ponto de interferência em apreço, ficava sendo a baia da atual Laguna/SC; porem, em 1530, em seu "YSLARIO", Alonso de Santa Cruz, dirigindo-se ao Rei da Hespanha, dizia que o mesmo ponto ficava situado, conforme verificações feitas antes por geógraphos e cartógraphos caste- lhanos, nas "Sierras de San Sebastian", pouco aquém da atual ilha do mesmo nóme.

Que ele, entretanto, nunca foi bem determinado e reconhecido, quér por uma quer por outra das partes, ahi estão para o provar essa declaração do oficial de Caboto, e a ordem de D. João III, do mesmo ano de 1530, a Martim Affonso de Souza, para que partisse a explorar m regiões austrais do Brasil "e o Rio da Prata!!"
Agosto de 1530. Atualizado em 25/02/2025 04:39:00
36°. Gonçalo da Costa chega a San Lucas de Barrameda em fins de agosto*
20 de setembro de 1530, sábado. Atualizado em 25/02/2025 04:39:00
37°. Verificada a recusa não declarada de Gonçalo da Costa às propostas do rei, e a sua retirada para a Espanha, o rei de Portugal se apressou em escrever a Martim Afonso de Sousa
16 de novembro de 1530, domingo. Atualizado em 30/10/2025 06:21:03
38°. Segundo alguns historiadores, a prova da traição de Henrique Montes seria a “pressa” com que o rei D. João o nomeou Provedor dos Mantimentos da armada
A ambição parece, foi o que provocou a sua desgraça, levando-o a pôr-se em desacordo com os seus amigos e protetores, por desejar umas terras que estavam em poder do mesmo "bacharel" ou de um dos seus genros. Essas terras éram as de Jurubatuba e principalmente as da atual ilha Barnabé, onde podiam-se fazer todas as criações imagináveis sem necessidade de cercas e sem o perigo dos animais do mato que naquele tempo infestavam todos os lugares. [Página 62]

Com relação a estas terras de Henrique Montes, fronteiras ao local da futura Santos, ocorre uma circunstância interessante, que não deve passar despercebida. No tempo do "bacharel" e de Gonçalo da Costa, os portuguezes, como se depreende do depoimento de Alonso de Santa Cruz, retro-citado e mais do depoimento constante da carta de Diogo Garcia ao Rei já reproduzido também, viviam não só em Jurubatuba como na Ilha Pequena (atual Barnabé) e na própria ilha de São Vicente, em perfeita harmonia com os indios de Cayubi, Piqueroby, Tibiriçá e outros chéfes, que dominavam toda a região; no entretanto, este é um dos raciocínios, que, reunido aos argumentos atrás expendidos sobre o scenario vicentino, leva á definitiva convicção, de que, realmente o chamado PORTO DE SÃO VICENTE ficava onde Alonso de Santa Cruz o localizou em 1530; onde tantos historiadores antigos localisáram-no, desde Rocha Pitta e Simão de Vasconcellos até Frei Gaspar, Varnhagem e Machado de Oliveira, ou seja, junto á actual Ponta da Praia, na região onde existiu até princípios deste século, o fortim da Estacada ou fórte Augusto.
3 de dezembro de 1530, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 08:49:39
39°. A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa
Em 1650 verifica-se a fundação do Mosteiro de São Bento, efetuada na própria capela de Nossa Senhora do Desterro, capela referida anteriormente e que existia ao que parece desde os anos 1620, em terras que haviam pertencido a Mestre Bartholomeu Fernandes ou Gonçalves, o famoso ferreiro, vindo na Armada de Martim Afonso, e cujo filho Bartholomeu Fernandes Mourão doou-a á Ordem Beneditina.

Em 1656, a 27 de abril, a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco Souza, era doada aos beneditinos. (Página 268)
Julho de 1531. Atualizado em 23/10/2025 15:32:20
40°. Mestre retira-se para Iguape*
Deante do que já ficou relatado em nosso histórico sobre Gonçalo da Cósta, retirou-se Mestre Cósme, no ano de 1531 para a região de Iguapé, levando consigo toda a sua vasta parentéla, todos os seus amigos europeus e grande numero de aborígenes, primitivos dominadores de S. Vicente. Só ficaram Antonio Rodrigues e João Ramalho, este, quase sempre sobre as serras, não se sabendo o fim que teria levado o Capitão Antonio Ribeiro, embora suponhamos que ele tenha embarcado com Henrique Montes, em 1530, na Armada de Caboto, de volta a Portugal.

O "bacharel" Méstre Cosme, recebeu em seu retiro de Iguapé, no mesmo ano de sua retirada, em 1531, a visita de Martim Affonso, feita em Agosto, ocasião em que, Francisco de Chaves acompanhando Pero Lobo, partiu chefiando a infortunada bandeira de Cananéa, e ali aguardou apenas o tempo suficiente para amadurecer a desforra projectada ás injustiças e iniqüidades que sofrera. Ao meio do ano de 1534 começaram as manifestações de hostilidade entre a gente do çeducto de Iguapé e os moradores da Villa de São Vicente. Solidarizados os hespanhóes de Mosquera, que ha- viam descido do sul para aquelle logar, com as forças nu- merosas do " bacharel", começaram todos a affrontar os vi- centinos. Pelo que falava elle com mais desembaraço do que devia, e disso resultou que o capitão daquella cósta mandou notificar-lhe que fosse cumprir o seu desterro no logar designado por el-Rei

. . .já estavam os hespanhóes ali em Iguapé dois annos vivendo em paz, quando um fidalgo portuguez, chamado o Bacharel Duarte Peres se lhes veiu metter com toda sua casa, filhos e criados, despeitado e queixoso dos de sua própria nação, o qual havia sido desterrado por el rei D. Manoel para aquela cósta, na qual havia padecido inumeráveis trabalhos".
17 de agosto de 1531, segunda-feira. Atualizado em 23/10/2025 15:32:21
41°. Diário de Pero Lopes
O "bacharel" Méstre Cosme, recebeu em seu retiro de Iguapé, no mesmo ano de sua retirada, em 1531, a visita de Martim Affonso, feita em Agosto, ocasião em que, Francisco de Chaves acompanhando Pero Lobo, partiu chefiando a infortunada bandeira de Cananéa, e ali aguardou apenas o tempo suficiente para amadurecer a desforra projectada ás injustiças e iniqüidades que sofrera.
10 de outubro de 1532, segunda-feira. Atualizado em 09/10/2025 02:21:09
42°. Martim Afonso concede sesmarias
Pero Capico, na Carta de Sesmaria e Auto de posse das terras de Pero de Góes, em 1532, diz o seguinte:

"... fui eu escrivão ás ditas terras com o dito Pedro de Góes e lhas divisei e demarquei, puz todos os nómes das mais terras e confrontações, E LEVEI COMMIGO A JOÃO RAMALHO E ANTONIO RODRIGUES, LÍNGUAS DESTA TERRA, Já DE QUINZE E VINTE ANNOS ESTANTES NESTA TERRA, e conforme o que elles juraram assim fiz o assento."
1533. Atualizado em 28/10/2025 02:24:15
43°. Adorno assassina Henrique Montes
A morte de Henrique Montes, em nossa opinião, ou foi promovida por Paulo Adorno em 1533, o qual sabe-se ter cometido um crime naquela altura, motivo porquê fugiu para a Bahia, logo em seguida, onde ficou e constituiu família casando com uma filha de Diogo Alvares, o Caramuru, ou o foi pelas forças de Iguapé, sob o commando do "bacharel" Mestre Cosme e do hespanhól Mosquera, por ocasião da invasão de São Vicente, o que é ainda mais provável e lógico.
1 de setembro de 1534, sábado. Atualizado em 30/06/2025 05:58:06
44°. Armada parte para fundar Buenos Aires
Março de 1536. Atualizado em 25/02/2025 04:38:53
45°. Fundação de Buenos Aires*
25 de setembro de 1536, sexta-feira. Atualizado em 31/10/2025 05:32:25
46°. Concessão a Bras Cubas / Pascoal Fernandes e Domingos Pires já tinham estabelecido, a leste do ribeiro de São Jerônimo, depois chamado de “Montserrate”
PALAVRAS NECESSÁRIAS existem obras mais officiaes no momento, como todos sabem, do que as Corographias do Brasil do Snr. Mário da Veiga Cabral e a Geographia de J. M. Lacerda, adoptadas como são em todos os collégios do Brasil, em todas as escolas militares e superiores e no Gymnasio Pedro II do Rio de Janeiro. Pois bem, nessas obras, tratando do Estado de S. Paulo, dizem os seus autores, que a cidade de Santos foi fundada por Braz Cubas a 25 de Setembro de 1536!

Quantos milhares de alunos, contados pelos milhares de exemplares já vendidos das referidas óbras (mais de 200.000 ou 300.000) aprenderam assim nas escolas apontadas? E no entanto, a 25 de Setembro de 1536, estava Braz Cubas, pacatamente, na cidade de Lisboa, diante do Tabelião da cidade, do Escrivão, de Da. Anna Pimentel, mulher e procuradora de Martim Affonso, e das testemunhas legais, recebendo em doação as terras de Jurubatuba e Ilha Pequena (actual Barnabé), fronteiras á futura Santos, de onde só voltaria ao Brasil, para tomar posse delas, quatro anos depois, no ano de 1540, como se lê no respectivo Auto de Posse daquele anno! "... logo fez ao dito Braz Cubas livre e pura irre- vogável doação entre vivos valedoira deste dia para todo o sempre para elle e para todos os seus herdeiros e successores que depois delle viérem, DE TODA A TERRA QUE TINHA E POSSUÍA NO BRAZIL UM HENRIQUE MONTES, QUE MATARÃO NO BRAZIL, a qual terra está na Povoação de São Vicente do dito senhor Martini Affonso e a ditta terra poderá ser de grandura de duas legoas e meia pouco mais ou menos... e que está onde chamão JARABATYBA, assim que pelo braço de mar dentro E MAIS LHE FAZ DOAÇÃO DE HUA ILHA PEQUENA QUE LHE ESTA" JUNTA DA DITTA TERRA QUE OUTRO SIM ERA DO DITTO HENRIQUE MONTES... POSTO QUE 0 DITO HEN- RIQUE MONTES TINHA DO DITTO SENHOR MAR- TIM AFFONSO SEM TER DELLE ESCRIPTURA, etc..." Neste importantíssimo documento, tão pouco debatido pelos nossos historiadores, vemos confirmado o assassi- nato de Henrique Montes, algum tempo antes daquelle anno de 1536 e o seu domínio sobre as mesmas terras da ilha, onde, no depoimento de Alonso de Santa Cruz, OS PORTU- GUESES CRIAVAM PORCOS alguns annos antes da vinda de Martim Affonso.

Cayubi e Piqueroby, os dois grandes chéfes guaianazes, não approváram as felonias praticadas contra seu amigo comraum "o bacharel", e não collaboráram na obra inicial da colonisação affonsina. Cayubi retirou-se temporariamente para o fundo das serras evitando contacto com os portuguezes e hostilisando os primeiros agricultores, como vemos na escriptura de 25 de Setembro, acima transcripta, e Piqueroby acompanhou com uma parte da sua gente, o " bacharel" Mestre Cósme em sua retirada para a região de Iguapé. [Página 67]

PUBLICA FORMA OFFBRECIDA AO INSTITUTO HISTOUICO DE S. PAULO PELO SÓCIO 3Í. PEREIRA GUIMARÃES XXIV Quanto á ilha Barnabé (antiga ilha Pequena, depois ilha de Braz Cubas, depois ainda ilha dos Padres e por fim ilha Barnabé) esta sim, podemos garantir, sempre foi tradicionalmente habitada, povoada e plantada, desde antes de 1532 Pela gente do "bacharel"; de 1532 a 1534 por Henrique Montes, de 1537 a 1540, com intervallos, por João Pires Cubas, de 1540 em diante por Braz Cubas (como se vê pela es- criptura de 25 de Setembro de 1536, transcripta ao final desta óbra), depois pelos padres do Carmo, e assim pelo tempo a dentro até que Barnabé Vaz de Carvalháes, que no século passado foi Presidente da Camara de Santos e vereador algumas vezes, nella residiu e teve fazenda, deixando-lhe o nóme. [Página 98]
10 de agosto de 1540, sábado. Atualizado em 24/10/2025 02:42:24
47°. Terras para Bras Cubas
"... Requeria elle Braz Cubas a elle Antonio de Oliveira Capitão lhe demarcasse a ditta terra e metter posse delia por quanto ora vinha para aproveitar com gente e fazenda sem embargo de passar já de tres annos que gastara só sua fazenda para a aproveitar o que não se pudera fazer POR A TERRA QUE LHE ASSI É DADA SER POVOADA DE GENTIOS E PARA OS LANÇAR FÓRA E SE POVOAR A DITA TERRA HA MISTÉR MUITO CUSTO, O QUE AGóRA TRAZIA PARA ISSO e por elle ditto Braz Cubas foi também pedido a elle Capitão mandasse a mim Tabellião que desse aqui minha fé em como haviam tres annos que João Pires Cubas, seu pae viéra a esta terra com fazenda e gasto para aproveitar as ditas terras e tomado posse delias e aproveital-as O QUE TODA DEIXOU DE FAZER POR A DITA TERRA SER HABITADA POR GENTIOS NOSSOS CONTRÁRIOS E POR ESSE RESPEITO AS NÃO PUDÉRA NEM PODIA APROVEITAR e sei que a dita terra HÉ MUI PERIGOSA POR PARTE DO GENTIO QUE NELLA HABITA QUE SÃO NOSSOS CONTRÁRIOS POR ESSE RESPEITO ELLE JOÃO PIRES NÃO OUSOU NEM PODE FAZER OBRA EM A DITA TERRA "
17 de dezembro de 1548, sexta-feira. Atualizado em 13/10/2025 21:14:00
48°. Regimento (instruções) dado por dom João III a Tomé de Sousa, primeiro governador-geral nomeado para o Brasil: “Primeira Constituição do Brasil”
1 de janeiro de 1553, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:38:06
49°. Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei
Verificando até que ponto ia a verdade do que afirmaram alguns chronistas e autorizava a tradição sobre esse novo caminho, encontramos um documento que paréce contrariar e desfazer a quasi lenda do "padre José". É o seguinte:

"Vindo o ouvidor geral de Sam Vicente me disse que na dita Capitania avia hum caminho de cinco ou seis léguas, ho qual era laa mao e áspero por causa dos lameiros e grande ladeiras que se não podia caminhar por ele, o que era grande perda da dita capitania pela necessidade que ha do campo e das fazendas dos moradores que nele tem pera onde he o dito caminho poios muitos mantimentos que ha do campo de que se sustenta a dita capitania o qual caminho se nam podia fazer sem muito dinheiro E QUE HUM JOAM PEREZ O GAGO DALCUNHA MORADOR DA DITA CAPITANIA sendo acusado pela justiça perante o dito ouvidor geral por se dizer que matara hum seu escravo do gentio desta terra com açoutes cometeu o dito ouvidor que queria fazer o dito caminho á sua custa e por logar por onde se bem pudesse caminhar e a contentamento dos moradores contanto que se nam procedesse contra ele polo dito caso, pareceo bem ao dito ouvidor por razão da obra ser tam necessária e tam custosa dise me que o escrevesse a Vosa Alteza o que Vosa Alteza deve de haver por bem polo grande proveito que á terra diso vem e peio muito que custa. ..."

Por este trecho da carta de D. Duarte da Costa, vê-se que o ouvidor geral de São Vicente (deve tratar-se do Capitão-mór Braz Cubas, que governou pela segunda vez, de 1552 a 1554) acceitou o offerecimento de João Perez ou Pires adiantando-se ao "referendum" do Rei, como cousa cérta.

Assim, como a época coincide exactamente com a atribuída pelos chronistas e pela tradição, á feitura do referido caminho (1553), é de suppôr, que, em verdade, quem abriu o segundo caminho do mar, o celebrado "caminho do Padre José", foi esse João Perez ou Pires, sujeito rico como se deprehende da informação do Governador, utilisando-se dos seus indios, cm tróca da impunidade pela morte do escravo, motivo, como se vê, bastante, para que elle se empenhasse na realisação daquella óbra, siabido que um degredo na Bertióga naquella época, pena muito usada então, valia por uma condemnação á mórte, infestado como estava aquele logar pelas hordas tamoyas, açuladissimas contra os portugueses.

O nome de "Caminho do Padre José" ou a ligação desse caminho com o Padre Anchieta, pôde ser devido a outro qualquer motivo; uma homenagem, por exemplo, do autor do caminho ao apóstolo de Piratininga; uma recommendação do jesuíta em favor da nóva communicação, feita ao* habitantes das duas regiões; o seu uso immediato por elle, em suas peregrinações de catechése; emfim, qualquér acto De onde pudésse gerar-se a denominação popular e a opinião dos chronistas.

Era o que nos cumpria dizer, de passagem, em beneficio da verdade histórica.
3 de abril de 1555, domingo. Atualizado em 24/10/2025 02:35:05
50°. Carta de D. Duarte da Cósta ao Rei escrita de São Salvador da Bahia
Verificando até que ponto ia a verdade do que afirmaram alguns chronistas e autorizava a tradição sobre esse novo caminho, encontramos um documento que paréce contrariar e desfazer a quasi lenda do "padre José". É o seguinte:

"Vindo o ouvidor geral de Sam Vicente me disse que na dita Capitania avia hum caminho de cinco ou seis léguas, ho qual era laa mao e áspero por causa dos lameiros e grande ladeiras que se não podia caminhar por ele, o que era grande perda da dita capitania pela necessidade que ha do campo e das fazendas dos moradores que nele tem pera onde he o dito caminho poios muitos mantimentos que ha do campo de que se sustenta a dita capitania o qual caminho se nam podia fazer sem muito dinheiro E QUE HUM JOAM PEREZ O GAGO DALCUNHA MORADOR DA DITA CAPITANIA sendo acusado pela justiça perante o dito ouvidor geral por se dizer que matara hum seu escravo do gentio desta terra com açoutes cometeu o dito ouvidor que queria fazer o dito caminho á sua custa e por logar por onde se bem pudesse caminhar e a contentamento dos moradores contanto que se nam procedesse contra ele polo dito caso, pareceo bem ao dito ouvidor por razão da obra ser tam necessária e tam custosa dise me que o escrevesse a Vosa Alteza o que Vosa Alteza deve de haver por bem polo grande proveito que á terra diso vem e peio muito que custa. ..."

Por este trecho da carta de D. Duarte da Costa, vê-se que o ouvidor geral de São Vicente (deve tratar-se do Capitão-mór Braz Cubas, que governou pela segunda vez, de 1552 a 1554) acceitou o offerecimento de João Perez ou Pires adiantando-se ao "referendum" do Rei, como cousa cérta.

Assim, como a época coincide exactamente com a atribuída pelos chronistas e pela tradição, á feitura do referido caminho (1553), é de suppôr, que, em verdade, quem abriu o segundo caminho do mar, o celebrado "caminho do Padre José", foi esse João Perez ou Pires, sujeito rico como se deprehende da informação do Governador, utilisando-se dos seus indios, cm tróca da impunidade pela morte do escravo, motivo, como se vê, bastante, para que elle se empenhasse na realisação daquella óbra, siabido que um degredo na Bertióga naquella época, pena muito usada então, valia por uma condemnação á mórte, infestado como estava aquele logar pelas hordas tamoyas, açuladissimas contra os portugueses.

O nome de "Caminho do Padre José" ou a ligação desse caminho com o Padre Anchieta, pôde ser devido a outro qualquer motivo; uma homenagem, por exemplo, do autor do caminho ao apóstolo de Piratininga; uma recommendação do jesuíta em favor da nóva communicação, feita ao* habitantes das duas regiões; o seu uso immediato por elle, em suas peregrinações de catechése; emfim, qualquér acto De onde pudésse gerar-se a denominação popular e a opinião dos chronistas.

Era o que nos cumpria dizer, de passagem, em beneficio da verdade histórica.
1557. Atualizado em 25/02/2025 04:47:02
51°. História Geral das Índias Ocidentais, Frei Antonio de São Romão
Assim, lemos — em Frei Antonio de São Romão, na "HISTORIA GERAL DAS ÍNDIAS O CCIDENTAES escripta em 1557, que Colombo foi á América servindo-se dos papéis de cérto marinheiro famoso que lhe morrera nos braços (Affonso Sanches).
31 de março de 1560, sexta-feira. Atualizado em 31/03/2025 02:57:26
52°. Rio de Janeiro, São Vicente ou Santos: Onde estava Mem de Sá?
Em março de 1560 verifica-se a chegada de Mem de Sá á vila de Santos. Dois fatos importantes se registram: é extinta a vila de Santo André da Borda do Campo, onde Ramalho entravava o desenvolvimento da colonização de serra-acima com a sua extranha adesão aos trabalhos portugueses e dificultava a obra da catequese com os seus exemplos de desenfreada poligamia, erigindo-se em vila o povoado de 1554, São Paulo de Piratininga, fruto dos trabalhos de Nóbrega e da dedicação dos seus companheiros; e, junto á vila de Santos, próximo ao ribeirão de Itotoró, é construído o Forte da Vila, para sossego dos moradores. Nessa ocasião, partindo Mem de Sá, levou do Porto de Santos e da vizinha vila de São Vicente, algumas forças e embarcações ligeiras para combate aos francese de Villegaignon que infestavam o Rio de Janeiro. [Páginas 258 e 259]
1594. Atualizado em 25/02/2025 04:46:43
53°. Diálogos da Varia História
Garcilaso de La Vega, autôr da mesma época, nos "Commentarios Reales" affirma que Affonso Sanches foi o primeiro descobridor da América. Pedro de Mariz, nos "DIÁLOGOS DA VARIA HISTORIA" de 1594, faz a mesma afirmação.
2 de agosto de 1599, segunda-feira. Atualizado em 24/10/2025 02:36:03
54°. “Estando em Biraçoyaba, passou ordem ao provedor Braz Cubas, para fazer cobrar 200$000 do fiador dos flamengos João Guimarães e Nicolau Guimarães, para as despezas que estavam fazendo com a gente do trabalho, com que se achava naquelas minas e com os soldados de infantaria que o acompanhavam”
A 23 de maio de 1599 saiu de São Paulo a examinar as minas do sertão de Sorocaba e serra de Biraçoyaba (...) e mais:

“Estando em Biraçoyaba, passou ordem, datada de 2 de agosto, ao provesor Braz Cubas, para fazer cobrar 200$000 do fiador dos flamengos João Guimarães e Nicolau Guimarães, para as despezas que estavam fazendo com a gente do trabalho, com que se achava naquelas minas e com os soldados de infantaria que o acompanhavam.” (História do Brasil, História de São Paulo, História de Santos, 1937. Francisco Martins dos Santos. Página 280)
1600. Atualizado em 25/02/2025 04:46:57
55°. Tordesilhas
Dois séculos e meio depois, o famoso Tratado de 1750, veio desfazer as deficiências do de Tordesilhas. A acção di- plomática do grande santista Alexandre de Gusmão e a ca- pacidade politica de Pombal levaram-no á conclusão entre Portugal e Hespanha, consagrando e mantendo as conquis- tas realizadas pelos paulistas sobre território hespanhól por todos aquelles annos anteriores e desde a época de 1600. Os artigos 13 e 14 do novo Tratado de 1750 estabelece- ram as concessões mutuas feitas entre ambos os paizes e fixaram os novos limites entre os seus territórios, ficando para sempre desfeito o mal concebido Tratado de 1494, cujos erros de apreciação geographica, muito naturáes, em que se baseára, reduziam o Brasil, ou seja a parte portu- gueza naquella época, á pequena proporção indicada. Éra o Tratado de Madrid, celebrado a 13 de Janeiro de 1750 entre D. João V de Portugal e D. Fernando VI de Hespanha, e ractificado por ambas as côrtes em 26 do mesmo mez e em 7 de Fevereiro seguinte.
1602. Atualizado em 24/10/2025 04:14:59
56°. a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco Souza
Em 1650 verifica-se a fundação do Mosteiro de São Bento, efetuada na própria capela de Nossa Senhora do Desterro, capela referida anteriormente e que existia ao que parece desde os anos 1620, em terras que haviam pertencido a Mestre Bartholomeu Fernandes ou Gonçalves, o famoso ferreiro, vindo na Armada de Martim Afonso, e cujo filho Bartholomeu Fernandes Mourão doou-a á Ordem Beneditina.Em 1656, a 27 de abril, a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco Souza, era doada aos beneditinos. [Página 268]
1620. Atualizado em 23/10/2025 15:41:54
57°. Desde os anos 1620, em terras que haviam pertencido a Mestre Bartholomeu Fernandes ou Gonçalves, o famoso ferreiro, vindo na Armada de Martim Afonso, e cujo filho Bartholomeu Fernandes Mourão doou-a á Ordem Beneditina
Em 1650 verifica-se a fundação do Mosteiro de São Bento, efetuada na própria capela de Nossa Senhora do Desterro, capela referida anteriormente e que existia ao que parece desde os anos 1620, em terras que haviam pertencido a Mestre Bartholomeu Fernandes ou Gonçalves, o famoso ferreiro, vindo na Armada de Martim Afonso, e cujo filho Bartholomeu Fernandes Mourão doou-a á Ordem Beneditina.

Em 1656, a 27 de abril, a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco Souza, era doada aos beneditinos. (Página 268)
27 de abril de 1656, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 04:15:35
58°. Em 1656, a 27 de Abril, a Igreja do Monte Serrate, edificada em 1602 por D. Francisco de Souza, éra doada aos benedictinos
1675. Atualizado em 25/02/2025 04:46:57
59°. História da Nova Luzitânia, Brito Freire
1681. Atualizado em 24/10/2025 04:07:43
60°. Em 1681, governando a Capitania o Capitão-Mór Diogo Pinto do Rego, o famoso paulista Lourenço Castanho Taques com Luiz P. Penedo e João Francisco Veigas assignaram um contracto
1728. Atualizado em 25/02/2025 04:46:49
61°. Évora Gloriosa
O Padre Manoel Fialho, em "ÉVORA GLORIOSA", de 1728, diz que Affonso Sanches adoeceu na casa de Christovam Colombo, genovês que morava no Funchal, onde tinha casa de pasto, vivendo disso e de ilustrar cartas geográficas para o que tinha muita habilidade, onde sentindo-se morrer, como gratidão por quanto lhe proporcionára Colombo, a elle fizéra entréga "in articulo mortis", como presente de grande valor e que lhe pagaria de tudo, das suas cartas de marear e do roteiro que tinha feito desde a Terra-Nóva até á Ilha da Madeira onde morava. Explica também aquele autôr, que Affonso Sanches vivia de viagens em barco próprio, de Lisboa para os Açores, commerciando entre as ilhas e o continente, e que, numa dessas viagens em 1486, apanhado por violentos temporais se afastára tanto da róta costumeira, que acabára por descobrir uma nova terra, que certamente por isso denominára de Terra Nova.
13 de janeiro de 1750, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 15:40:10
62°. Fernando VI da Espanha e Dom João V de Portugal assinam Tratado de Madrid
Dois séculos e meio depois, o famoso Tratado de 1750, veio desfazer as deficiências do de Tordesilhas. A acção di- plomática do grande santista Alexandre de Gusmão e a ca- pacidade politica de Pombal levaram-no á conclusão entre Portugal e Hespanha, consagrando e mantendo as conquis- tas realizadas pelos paulistas sobre território hespanhól por todos aquelles annos anteriores e desde a época de 1600. Os artigos 13 e 14 do novo Tratado de 1750 estabelece- ram as concessões mutuas feitas entre ambos os paizes e fixaram os novos limites entre os seus territórios, ficando para sempre desfeito o mal concebido Tratado de 1494, cujos erros de apreciação geographica, muito naturáes, em que se baseára, reduziam o Brasil, ou seja a parte portu- gueza naquella época, á pequena proporção indicada. Éra o Tratado de Madrid, celebrado a 13 de Janeiro de 1750 entre D. João V de Portugal e D. Fernando VI de Hespanha, e ractificado por ambas as côrtes em 26 do mesmo mez e em 7 de Fevereiro seguinte.
1775. Atualizado em 25/02/2025 04:40:01
63°. O Capitão-General Martim Lopes Lobo Saldanha, foi quem mandou, depois de 1775, construir o primeiro aterrado que houve entre os rios Grande e Pequeno
O Capitão-General Martim Lopes Lobo Saldanha, foi quem mandou, depois de 1775, construir o primeiro aterrado que houve entre os rios Grande e Pequeno, devendo-se ao Governador interino José Raymundo Chichorro da Gama Lobo a feitura do caminho que vae do sopé da serra até o rio Cubatão, e ao Capitão-General Bernardo José de Lorena, a construcção da serra chamada: VELHA CALÇADA EM ZIG-ZAG, OU DO LORENA, cuja gravura estampamos.

A seguir, ao Capitão-General Antonio Manoel de Mello, coube a construcção de alguns ranchos na Estrada, para abrigo seguro dos tropeiros e cargas em transito; cabendo por fim, ao primeiro presidente da Província de São Paulo, Lucas Antonio Monteiro de Barros, a gloria da conclusão do caminho de terra entre o Cubatão e Santos, entregue á alta competência technica do Engenheiro, mais tarde Marechal Daniel Pedro Muller, de tanto nóme nos factos paulistas da Independência, como membro do Governo Provisório de 1821, realisando o difficilimo aterrado de toda a vasta região de mangues, gamboas e lamarões, com uma ponte de madeira sobre o Rio São Jorge ou Casqueiro (...)
1798. Atualizado em 25/02/2025 04:46:59
64°. NOTICIAS DOS ANNOS EM QUE SE DESCOBRIU O BRASIL





  Caiubi, senhor de Geribatiba
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1570
Atualizado em 31/10/2025 02:10:56
Possível Casamento de Bras Gongalves Velho com Margarida Fernandes, filha do cacique da aldeia dos Virapueras
•  Cidades (3): Santo Amaro/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (9): Francisco de Saavedra (n.1555), Brás Gonçalves, o velho (46 anos), Braz Gonçalves, velho "Sardinha" (35 anos), Cacique de Ybyrpuêra, Domingos Luís Grou (70 anos), Margarida Fernandes (n.1505), Margarida Fernandes (Alvares), Margarida Fernandes Ybyrpuera, Raul (fictício)
•  Temas (1): Ybyrpuêra
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  Caiubi, senhor de Geribatiba
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22 de janeiro de 1532, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 02:10:42
Fundação da vila de São Vicente, conhecido como “Porto dos Escravos”
•  Cidades (5): Itanhaém/SP, Praia Grande/SP, São Paulo/SP, São Vicente/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (10): Antonio Rodrigues (Piqueroby) (37 anos), Bacharel de Cananéa, Bartolomeu Carrasco (f.1571), Domingos Luís Grou (32 anos), Giuseppe Campanaro Adorno (28 anos), João Ramalho (46 anos), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (62 anos), Martim Afonso de Sousa (32 anos), Mestre Bartolomeu Gonçalves (32 anos), Pero Lopes de Sousa (35 anos)
•  Temas (14): Açúcar, Escravizados, Estradas antigas, Guaianás, Guaianase de Piratininga, Habitantes, Jurubatuba, Geraibatiba, Léguas, Morpion, Nheengatu, Pela primeira vez, Portos, Rio da Prata, Rio Piratininga
Diário da Noite
Data: 1964
Página 14
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1°. João Mendes de Almeida (1831-1898) - “Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”
1886
Ha na História silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piqueroby, eis que Martim Afonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininga e começou a distribuir sesmarias.

Um cronista moderno (Machado de Oliveira, Quadro Histórico da Província de São Paulo), narrando quais eram as nações nativa que habitavam o território da capitania de São Vicente, nos limites da atual província de São Paulo, guayanás, tupis, carijós, além das do sertão, e expondo que os guayanás tinham por principais chefes em serra acima, o cacique Tebyreçá, com aldeias nos campos de Pirá-tininga, e no litoral o cacique Cayubi, ou, melhor, Coká-uby, com aldeias á margem do rio Gerybatiba e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Paranapiacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, acrescentou:

"A História ainda faz menção a tribo Ururay, pertencente á confederação guayaná, ocupando um dos recantos dos campos de Pirá-tininga, e tendo por chefe o cacique Piqueroby, que déra sua filha por mulher a Antonio Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribo fundou-se a opulenta aldeia de São Miguel, que, como as outras, não escapou á comum destruição por que todas elas passaram."

Após essa narração, o mesmo cronista não deixa de mencionar o chefe das tribo Ururay, por ocasião da descida de Tebyreçá e de João Ramalho, com trezentos Sagitários, ao encontro de Martim Afonso de Souza; mas, apenas, para assignalar que foi precisa a sua anuência ao desembarque dos europeus e ao plano de bem receber os portugueses da armada.

Assim, escreveu ele que João Ramalho « tivera por companheiro nessa empreza a António Rodrigues, que aliara-se á filha de Piqueroby, chefe da tribu Uriíray^ depois de conseguir deste, à imitação do régulo de Pirá-tininga, sua anuência a favor do desembarque de Martim Affonso.

De então em diante, cronista algum dá notícia de Piqueroby. Ignora-se se recebeu o batismo; se viveu ainda muito tempo; se recusou-se á comunhão social com os portugueses. Apenas a História registra que Antonio Rodrigues, seu genro, obtivera uma sesmaria em terras fronteiras ao porto do Tumiarú, em São Vicente, e aí residia; e que na sesmarias de Pedro de Góes, segundo o respectivo título, fôra encravado o território pertencente á tribo Ururay, figurando de língua ou interprete, e testemunha, na designação das divisas, conjuntamente com João Ramalho, o mesmo já referido Antonio Rodrigues.Seja, porém, Piqueroby o mesmo Ururay, de que trata Machado de Oliveira, ou o Araray de que trata Azevedo Marques, ou seja este chefe de 1562 outro individuo, diverso dele, não é licito acusa-lo de deslealdade para com os brancos, pois que entendia defender a pátria e sua raça, ameaçadas de servidão.

Talvez o chefe de 1562, vendo Tebýriça instalado na nascente vila de S. Paulo, tivesse o mesmo pensamento do bárbaro germano Arminio, quando Júlio César, conseguindo a submissão de Segestes, outro chefe naquela antiga nação barbara da Europa, assegurou-lhe um asilo permanente na mesma sua província conquistada. O chefe brazilico de 1562 teria dito aos nativos de Pirá-tininga:

"Que pai magnifico! Que valente general! Muito embora Tebir-içá vá viver em um terreno conquistado, os filhos da guerra nunca poderão perdoar a um homem que, entre os rios Yryri-piranga e Anhemby, não sente pejo de haver concorrido para se verem todas as insignias do poder lusitano. Assim, se entre vós ainda existem ânimos bizarros, que a novos senhores e a novas colônias prefiram a pátria, os parentes, os costumes antigos, segui-me pelo caminho da gloria e da liberdade, e abominae Tebiriçá, que vos prepara os ferros de uma torpe escravidão".  ver mais

2°. Boletim do Grande Oriente do Brasil, jornal oficial da maçonaria brasileira*
Dezembro de 1896
22 de janeiro de 1532, junto á costa oriental da Ilha Indua-guassú - hoje São Vicente - ancorou Martim Afonso a sua armada que havia zarpado de Lisboa a 3 de Dezembro de 1530. Assombrados os nativos pescadores com a perspectiva das náos e temerosos da sua apropriação á costa, retraiam-se a seus alojamentos, pondo de sobre aviso a Cayubi que cauteloso foi logo dar fé desse acontecimento.

Explorado o litoral destas ilhas, e escolhido o da barra da Bertioga como o mais adequado para o desembarque de Martim Afonso e seu séquito, e depois de alijada a gente em terra com promptião, edificou-se na ilha de Santo Amaro em proximidades da barra, uma casa forte tanto para proteger o desembarque, como para alojar a gente que fosse posta em terra, e defende-la assim dos acometimentos das tribos selvagens, cuja existência era ali revelada pelos nativos que foram vistos á aproximação da armada.Concluída a obra e depois de se lhe assestar a artilharia que podia comportar, foi guarnecida de força armada, tomando-se necessário atitude em prevenção a qualquer eventualidade.

E porque toda essa lida fosse ás ocultas espreitada pelos nativos do litoral, chegou isso aos conhecimento de Tebyreçá nos campos de Piratininga, que sem demora fez reunir toda a gente de guerra que lhe sera sujeita, dispondo a partir para a marinha com o fim de repelir o ingresso dos invasores. [Página 574]  ver mais





  Caiubi, senhor de Geribatiba
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22 de fevereiro de 2023, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 05:28:59
17 de Julho dia do Anahngá venha celebrar no Anahngabaú, ameobrasil.blogspot.com
•  Cidades (3): Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (2): João Ramalho (1486-1580), Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562)
•  Temas (9): Guaianás, Curiosidades, Inhapambuçu, Rio Pinheiros, Serra de Jaraguá, Tupinambás, Tupiniquim, Nheengatu, Tapuias





  Caiubi, senhor de Geribatiba
  atualizados  8º de 54
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1901
Atualizado em 31/10/2025 02:11:06
“O Tupi na Geographia Nacional”. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)
•  Cidades (16): Araçoiaba da Serra/SP, Avaré/SP, Bertioga/SP, Botucatu/SP, Cananéia/SP, Cotia/Vargem Grande/SP, Curitiba/PR, Iperó/SP, Itapeva/SP, Itararé/SP, Juquiá/SP, Peruíbe/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Votorantim/SP, Xiririca (Eldorado)/SP
•  Pessoas (15): Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652), Coaracy, Diogo Garcia de Moguér, Francisco de Saavedra (n.1555), Francisco de Sousa (1540-1611), Hans Staden (1525-1576), Jean de Laet (1571-1649), Leonardo Nunes, Martim Afonso de Melo Tibiriçá (1470-1562), Martim Francisco Ribeiro de Andrada (1775-1844), Pero de Magalhães Gândavo (1540-1580), Piqueroby (1480-1552), Simão de Vasconcelos (1597-1671), Teodoro Fernandes Sampaio (46 anos), Wilhelm Jostten Glimmer (1580-1626)
•  Temas (68): Abarê, Abayandava, Ambuaçava, Apereatuba, Apiassava das canoas, Apoteroby (Pirajibú), Assunguy, Bacaetava / Cahativa, Bairro de Aparecidinha, Bairro Itavuvu, Bituruna, vuturuna, Botocudos, Caaguacu, Cães, gatos e inofensivos, Caminho do Paraguay, Caminhos até Ypanema, Cananéas, Canguera, Carijós/Guaranis, Caucaya de Itupararanga, Cavalos, Cemitérios, Fortes/Fortalezas, Franceses no Brasil, Gentios, Grunstein (pedra verde), Itapeva (Serra de São Francisco), Jaguamimbava, Jeribatiba (Santo Amaro), Jurubatuba, Geraibatiba, Mapaxós, Minas de Itaimbé, Montanha Sagrada DO Araçoiaba, Montanhas, Nheengatu, Nossa Senhora de Montserrate, O Sol, Olhos D´água, Otinga, Ouro, Papagaios (vutu), Peróba, Pitanguy, Pontes, Portos, Represa de Itupararanga, Rio Anhemby / Tietê, Rio Cubatão, Rio dos Meninos, Rio Geribatiba, Rio Jaguari, Rio Paraíba, Rio Uruguai, Rio Ururay, Rio Verde, Rio Ypanema, Sabarabuçu, São Miguel dos Ururay, Serra de Jaraguá, Serra dos Itatins, Tupinambás, Tupis, Ururay, Vale do Anhangabaú, Vossoroca, Vutucavarú, Ybitirembá, Ytutinga
“O Tupi na Geographia Nacional”
Data: 1901
Créditos: Teodoro Sampaio
Página 129
    1 fonte
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    Registros relacionados
1470. Atualizado em 25/10/2025 00:41:58
1°. Nascimento de Tibiriçá, filho do Cacique Amyipaguana
Tibireçá (T-yby-re-chá), o chefe da terra, o principal ou maioral. Os nomes de mulher que chegaram até nós trazem um sinete de lenda ou de poesia que talvez não existisse no ânimo do gentio: TIBEREÇÁ corr. T-yby-reçá, contração de tyby-reçaba, a vigilância da terra; o vigia da terra; o maioral ou principal. Não se deve escrever Tebireçá, que tem mau sentido. Nome do maioral do gentio catequizado em São Paulo de Piratininga pelos jesuítas, no século XVI.
1480. Atualizado em 28/10/2025 04:27:31
2°. Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay
URUGUA Y Antigamente Uruay, como se lê na carta de Diogo Garcia, de 1526; assim, Uruay se compõe de Uruá- y ou Uruguá- y, exprimindo o rio dos búzios ou dos caracóis. O Pe. Montoya, no seu Tesouro, explica y- ruguay como sendo o canal por onde vai a madre do rio. [Página 341]
1592. Atualizado em 24/10/2025 02:38:33
3°. Registros de construção de fortificações, como a de Emboaçava
EMBOAÇABA corr. Mbo-açaba, faz que atravesse, a ação de atravessar, a passagem. Designa um lugar, à margem do Tietê, vizinho de São Paulo, onde se passava o rio na estrada do sertão e onde se mandou levantar um forte ou trincheira para defesa da cidade, no século XVI. Ali. Emboaçava, Boaçava. São Paulo.
1600. Atualizado em 30/10/2025 17:35:52
4°. Sardinha, o moço, ainda teria construído dois engenhos para fundição de ferro em Araçoiaba, sendo um deles doado ao próprio governador
ITAPEBOCÚ c. Itapeb-uçú, a laje grande; o lajeado. Nome da primeira povoação fundada por D. Francisco de Sousa, ao pé do morro de Araçoiaba, em 1600. São Paulo.
Fevereiro de 1600. Atualizado em 24/10/2025 02:38:56
5°. Segunda visita a Nossa Senhora de Montsserrat / Adiante desta vila quatro léguas (19km), no sitio chamado serra de Biraçoiaba*
ITAAPEBOÇÚ e. Itapeb-uçú, a laje grande; o lajeado. Nome da primeira povoação fundada por D. Francisco de Sousa, ao pé do morro de Araçoiaba, em 1600. São Paulo.
1 de abril de 1600, sábado. Atualizado em 23/10/2025 17:21:30
6°. Clemente Álvares comparece em casa de Bernardo de Quadros
ITAPEBOÇÚ e. Itapeb-uçú, a laje grande; o lajeado. Nome da primeira povoação fundada por D. Francisco de Sousa, ao pé do morro de Araçoiaba, em 1600. São Paulo.
16 de dezembro de 1606, sábado. Atualizado em 28/10/2025 12:31:53
7°. Novo Regimento das Minas de São Paulo após o testemunho ocular de Clemente Alvares
Dava-se aos mananciais, às fontes, ou nascentes, o nome de ypú, que, no Norte do Brasil, tão parcamente irrigado, se conhece por olho-d´água, e representa, ali, importantíssimo papel na distribuição dos povos.

O mesmo vocábulo aparece, algumas vezes, como a forma "ybu", entrando na composição de outro, como se verifica no nome "Putribú", da povoação antiga, situada entre Itu e Sorocaba, e que, decerto, provém da corruptela de "Potyraybu", que se traduz "fonte das flores".

Se a grafia "Apoteroby", usada em velhos documentos já nos chega viciada, como é bem possível, o nome "Putribú" passou primeiro pela corruptela "Apotera-obú", aliás procedente de ainda de "Potyra-ybú".
1639. Atualizado em 25/02/2025 04:47:01
8°. Mapa “America noviter delineata” teve a contribuição de Jodocus Hondius (1563-1612)
Referem os cronistas e viajantes antigos que o gentio denominava Anhemby ao rio que banha a capital paulista e traz hoje o nome Tietê. De fato, examinando-se velhos documentos, verifica-se que aquele nome não só era o que comumente se dava ao rio histórico que foi, em outro tempo, a vereda dos bandeirantes e conquistadores de sertões, como que a grafia do vocábulo, com pequenas variantes, se conservou quase intacta. No mapa dos jesuítas, de 1639, lê-se Anyembi,
1639. Atualizado em 24/10/2025 20:40:10
9°. “Tesoro de la lengua guaraní”, Antonio Ruiz de Montoya (1595-1652)
1720. Atualizado em 25/02/2025 04:45:15
10°. Demonstraçam topographica do curso do rio Tieté desde a cidade de S. Paulo, thé a confluencia que forma com o rio Paraná, e desta the a barra do rio Yguatemi & a direção deste, thé as suas origens, bdlb.bn.gov.br/ acervo/handle/ 20.500.12156.3/15628
1748. Atualizado em 18/04/2025 00:51:50
11°. Mapa de Jean Baptiste Bourguignon d´Anville (1697–1782)
No mapa de d´ Anville, publicado em 1734, conserva-se a grafia dos jesuítas: Aniembi; ou Anhembi -, mas, já na edição de 1748, lê-se Anhambi, ou Tietê.
1749. Atualizado em 11/07/2025 21:50:12
12°. Mapa dos confins do Brazil com as terras da Coroa da Espanha na America Meridional, 1749
No célebre mapa das Cortes, de 1749, lê-se Anhambu ou Tietê.
1775. Atualizado em 24/10/2025 02:36:33
13°. Mapa de America Meridional, dispuesto y gravado por D. Juan de la Cruz Cano y Olmedilla
No de Olmedilla, de 1775, o vocábulo conserva a primitiva grafia dos jesuítas - Anemby.
1 de janeiro de 1775, domingo. Atualizado em 25/10/2025 01:35:11
14°. Nossa Senhora e Carlo Acutis: por que santos são celebrados no mesmo dia? - g1.globo.com
No de Olmedilla, de 1775, o vocábulo conserva a primitiva grafia dos jesuítas - Anemby.
Julho de 1780. Atualizado em 25/02/2025 04:45:15
15°. Expedição*
No último quartel do século passado, deram os habitantes de Sorocaba de buscar minas de ouro para os lados da Serra do Mar, de cujo cimo divisavam em longínquo horizonte, monte altíssimo, coroado de nuvens. Os roteiros do tempo davam-lhe sete a oito léguas de comprido e o qualificavam disformemente alto. Tal era o lendário Botucavarú, descoberto por João Batista Victoriano, em 1780. [Páginas 127 e 128]

CABARÚ-PARARANGA O relincho ou nitrido do cavalo. São Paulo. [“O Tupi na Geographia Nacional”, 1901. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937). Página 210]

CAVARÚ-PARARANGA s. O relincho do cavalo. São Paulo.

"Da mesma procedência é o nome Botucavaru (lbytú-cabarú)que quer dizer cavalo das nuvens, aplicado a uma montanha alta sobre a qual as nuvens constantemente pousam ou ficam a cavaleiro. A idéia de cavalo-(cabarú) os nativos não a tiveram senão depois da invasão européia.

"O nome Tupã teve, decerto, dois ou mais sentidos, desde o tupiprimitivo até a língua geral, esta já profundamente influenciada pela cultura européia. Tupã, no tupi primitivo, genuinamente indígena, é tuh-ã,o que fica alto ou erguido, o que está no alto; e assim, tupã-beraba é oque está no alto reluzindo, o relâmpago; tupã-cynynga, o que está noalto roncando, o trovão. Na língua geral, já influenciada pelo missionário,pela religião nova, Tupã (de tub = o que fica, permanece ou reside; ã =alto, erguido), por uma extensão naturalíssima do significado, vai até exprimir: o que domina, o que fica superior, Deus, o Altíssimo. O missionário
1791. Atualizado em 25/02/2025 04:46:36
16°. Mapa Corográfico da Capitania de São Paulo que por ordem do Ilustríssimo e Exm° Sr. Bernardo Jozé de Lorena Governador e Capitão General da mesma Capitania, 1791
103 - Dava-se aos mananciais, às fontes, ou nascentes, o nome de ypú, que, no Norte do Brasil, tão parcamente irrigado, se conhece por olho-d´água, e representa, ali, importantíssimo papel na distribuição dos povos.

O mesmo vocábulo aparece, algumas vezes, como a forma "ybu", entrando na composição de outro, como se verífica no nome "Putribú", da povoação antiga, situada entre Itu e Sorocaba, e que, decerto, provém da corruptela de "Potyraybu", que se traduz "fonte das flores".

Se a grafia "Apoteroby", usada em velhos documentos já nos chega viciada, como é bem possível, o nome "Putribú" passou primeiro pela corruptela "Apotera-obú", aliás procedente de ainda de "Potyra-ybú".
18 de julho de 1817, sexta-feira. Atualizado em 25/10/2025 23:58:05
17°. Chegada da comitiva nupcial de dona Leopoldina
22 de outubro de 2024, sexta-feira. Atualizado em 24/10/2025 20:40:28
18°. Será que São Tomé esteve mesmo no Brasil há quase 2.000 anos? pt.aleteia.org





  Caiubi, senhor de Geribatiba
  atualizados  9º de 54
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17 de maio de 1590, sexta-feira
Atualizado em 31/10/2025 02:10:57
“Antonio Arenso chegou quinta-feira a sua fazendo fugindo do sertão”
•  Cidades (3): Itu/SP, São Paulo/SP, Sorocaba/SP
•  Pessoas (7): Afonso Dias (35 anos), Afonso Sardinha, o Velho (59 anos), Belchior da Costa (23 anos), Cairobaca, Isac Dias Carneiro (32 anos), Jerônimo Leitão, Konyan-bébe
•  Temas (7): Aldeia de Tabaobi, Bairro Itavuvu, Estradas antigas, Guerra de Extermínio, Pirapitinguí, Rio Anhemby / Tietê, Rio Jaguari
Atas da Câmara da cidade de São Paulo
Data: 1590
página 388, 389 e 390
    6 fontes
  0 relacionadas
    Registros relacionados
27 de dezembro de 2022, sexta-feira. Atualizado em 25/02/2025 04:46:58
1°. Itavuvu





  Caiubi, senhor de Geribatiba
  atualizados  10º de 54
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10 de setembro de 2018, segunda-feira
Atualizado em 31/10/2025 02:11:24
Fundação da Vila de Piratininga e do Colégio de S. Paulo, Povoamento, Fauna, Flora, Geografia, Clima, Bugres, Bandeiras, Trogloditas Canibais e Invasores Colonialistas
•  Cidades (4): Carapicuiba/SP, Itapecirica da Serra/SP, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP
•  Temas (8): Geografia e Mapas, Inhapambuçu, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Rio Pinheiros, São Paulo de Piratininga, Ybyrpuêra, Colinas
Mapa: A vila Piratininga de Anchieta
Data: 1601
Créditos: pauliceias.blogspot.com (2018)
01/01/1601





  Caiubi, senhor de Geribatiba
  atualizados  11º de 54
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Revista da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro. Tomo XXXV
1932. Atualizado em 31/10/2025 02:08:20
Relacionamentos
 Cidades (3): Rio de Janeiro/RJ, Santo Amaro/SP, São Paulo/SP
 Pessoas (7) Mestre Bartolomeu Camacho (n.1500), Domingos Luis Carvoeiro (1540-1615), Gonçalo Camacho (1525-1600), Padre Guilherme Pompeu de Almeida (1656-1713), Joanna Ramalho (n.1520), José de Anchieta (1534-1597), Luís Gonzaga da Silva Leme (1852-1919)
 Temas (17): “o Rio Grande”, Aldeia de São Miguel (Guarapiranga), Cachoeiras, Carijós/Guaranis, Goayaó, Guaianás, Guaianás, Habitantes, Itapeva (Serra de São Francisco), Jurubatuba, Geraibatiba, Juru-Mirim, Nossa Senhora dos Pinheiros, Rio Anhemby / Tietê, Rio Geribatiba, Rio Tamanduatei, Serra de Paranapiacaba, Ybyrpuêra
Registros mencionados (3)
1. Quando Martin Afonso de Souza subiu ao planalto, Domingos Luiz Grou estava casado com a filha do cacique de Carapicuíba
1532
2. Santo Amaro
15 de janeiro de 1560

A aldeia de Geribatuba ou Gerivatiba, nome do rio a cuja margem direita se ostenta, numa elevada campina verdejante, e quilômetros a S.O. de Piratininga, foi onde Caá-ubi estabeleceu a sua nova vivenda e de sua gente. Por volta de 1560 o padre José de Anchieta foi procurá-lo no seu retiro, combinando lá instalar uma obra de catequeses. [Página 28]
3. Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri
11 de novembro de 1560

A concorrência dos portugueses e nativos á nascente Piratininga, levando os guayanãs e outros aborígenes que aí moravam a abandonar suas terras, eles foram fundar duas novas aldeias, que edificaram com os títulos de Geribatuba e de São Miguel.

A aldeia de Geribatuba ou Gerivatiba, nome do rio a cuja margem direita se ostenta, numa elevada campina verdejante, e quilometros a S.O. de Piratininga, foi onde Caá-ubi estabeleceu a sua nova vivenda e de sua gente. Por volta de 1560 o padre José de Anchieta foi procurá-lo no seu retiro, combinando lá instalar uma obra de catequeses.

O aldeamento prosperou sob o nome de Ibirapoêra, que foi mudado no século passado pelo de Nossa Senhora dos Pinheiros, até quando uma colônia de alemães aí estabeleceu, dando um novo impulso á localidade, a ponto de ser elevada a Distrito de Paz por provisão de 14 de janeiro de 1681 e a Município por decreto de 10 de julho de 1832 com o nome atual de Santo Amaro.
Registros mencionados (3)
1532 - Quando Martin Afonso de Souza subiu ao planalto, Domingos Luiz Grou estava casado com a filha do cacique de Carapicuíba [20665]
15/01/1560 - Santo Amaro [27129]
11/11/1560 - Padre José de Anchieta ergueu a Capela de Nossa Senhora da Escada em Barueri [15157]



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