| Luís da Grã  (n.1523) |
|
|
| \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\resumos\p2660\filippo.txt | |
REGISROS: 38teste1 Documento 25/10/1552 1.1 Revista da ASBRAP nº 8. Povoadores de São Paulo: Antonio da Peña. H. V. Castro Coelho Data: 09/10/2022 Segundo os autores, em 1548, com Martim Vaz, de Ilhéus, tinha um navio que navegava pela costa e, em 1552, servia o posto de condestável da fortaleza de Bertioga.
A 25 de outubro do mesmo ano, nessa fortaleza, Pascoal Fernandes, genovês, e sua mulher Margarida Fernandes doaram a seu genro Sebastião Fernandes, em dote de casamento, as terras de São Jerônimo, sendo lavrada a competente escritura pelo tabelião do público e judicial, João Vieira, que servia em ausência de Antonio Pinto (id., 245).
Declararam os outorgantes: que eles casaram "Com a ajuda do Senhor" sua filha Maria Fernandes com Sebastião Fernandes, morador na vila de Santos, aos quais doavam, desse dia para todo o sempre, "umas terras feitas e por fazer" que possuíam nessa vila, com casas e benfeitorias, e assim mais que havia recebido o dito seu genro toda a fazenda que se achou por morte de seu antecessor, Diogo Álvares, marido que foi da dita sua filha Maria Fernandes; assinada a escritura pelas testemunhas Manuel Sobral, Manuel Fernandes e o deão Padre Luís de Gara..., todos moradores e estantes nessa fortaleza "da vila Bertioga", e por não saber assinar a doadora por ela assinou Manuel Sobral (Ordem do Carmo, ANRJ). 2 Partida de Duarte da Costa 08/05/1553 2.1 *Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594) Data: 01/01/1933
3 Chega à Bahia o segundo governador-geral do Brasil 13/07/15534 Carta de Luis da Grã 27/10/1553 4.1 *Novas Cartas Jesuíticas (De Nóbrega a Vieira) Data: 01/01/1940
5 Carta 27/12/1554 5.1 *“A cidade da conversão: a catequese jesuítica e a fundação de São Paulo de Piratininga”, Amilcar Torrão Filho, doutorando na Unicamp Data: 01/01/2004
6 Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola 15/03/1555 6.1 *Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil. vol 1 Data: 01/01/1865
Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil. vol 1 - 01/01/1865:
Não se acordava contudo o pequeno rebanho dos vivos, á vista de tantos, e tais mortos. Tinham fé viva que iam fundar na outra vida novos Colégios, e nova República na Cidade de Deus, cujo costume é substituir iguais, ou mais avantajados aos que leva em empresas semelhantes.
Lidava neste tempo o espírito de Nóbrega incansável na conversão dos nativos em São Vicente, e experimentava neles vários efeitos á medida da variedade de sua natureza inconstante; especialmente o vício de matar, e comer em terreiro os inimigos.
É notável nesta matéria o caso seguinte. Corria o principio de janeiro do presente ano, e foram-se ás escondidas dos Padres quantidade de nativos das aldeias de Piratininga a um lugar por nome Jaraibatigba (Jerybatiba, terras de Cayubi), aonde tinham preparado grandes vinhos para brindarem sobre as carnes de um Tapuya, que haviam de matar, e comer em terreiro.
Obraram seu intento livremente, porque ficavam muito distante dos Padres: porém voltando não se acharam tão folgados; porque o Padre Nóbrega revestido da ira do zelo de São Paulo, depois de repreender gravemente o atrevimento em homens já Cristãos, os mais deles, lhes deus penitências muito graves; e entre elas, que não entrassem na igreja até não irem todos disciplinados de mão comum (como o foram em suas festas abomináveis) pedindo perdão ao Senhor, que tinham ofendido.
Quem vira o arrependimento destes nativos, e a facilidade com que aceitaram as penitências, diria, que não havia gente mais apta para o reino de Deus. Foram todos sem repugnância alguma, disciplinando-se: iam diante deles seus filhos cantando-lhes as Ladainhas, e Psalmo Miserere: e depois de feita a penitência, e reconciliados á antiga graça dos Padres, voltaram logo ao vomito.
Não tinham passado muitos dias, quando indo estes mesmos á guerra, tomaram nela um Goayaná contrário; e voltando-se com ele para a aldeia, convidados parece de suas boas carnes, determinaram fazer o mesmo que tinham feito em Jaraibatigba (Jerybatiba, aldeia de Cayubi).
E o que é mais que para prova, que era a causa pública, o próprio Principal já Cristão, por nome Martim Afonso de Mello, mandou alimpar o terreiro defronte das casas dos Padres, com tal resolução, festa, e alarido, como se em seu sertão estiveram (que parece não ficam em si nestes casos, ou arrebatados do ódio do inimigo, ou do amor da carne humana, ou do apetite da honra, que cuidam ganham em semelhante ato).
Já chegava a ser preso em cordas o pobre Goyaná, já corriam os brindes, já se aprestavam as velhas, repartidoras que haviam de ser das carnes do triste padecente: preveniam fogo, lenha, panelas em que coze-las: já finalmente se enfeitava aquele valente triunfador, que havia de ser obrador de tão ilustre feito.
Quando neste comenos sentiu o descomedido e arrogante Principal a força do espírito de Nóbrega: o qual, depois de tentados os meios de brandura sem efeito, mandou religiosos resolutos, que quebraram as cordas, largaram o preso, afugentaram as velhas, desfizeram o fogo, quebraram as panelas, e talhas de vinho.; e o que mais espanta, senhorearam-se da própria maça, ou espada, com que costumam esgrimir, ferir, e matar nestas ocasiões; e é entre eles o maior agravo.
Aqui se deu por afrontado o bom Principal Martim Afonso: gritou, assoviou, bateu o arco, e o pé, apelidou os seus, e ameaçou que lançaria de suas terras gente que não deixava desafrontar-se um Principal de seus inimigos. Pretendeu tornar ao intento; e em lugar da maça, ou espada, houve foice ás mãos, e quis obrar com ela a morte, que com a espada não podia: porém foi-lhe tirada com tal indústria, que ficou frustado seu intento, e o Goayaná livre.
E o fim mais espantoso foi, que quando se podia esperar de um Principal agravado, e vassalos tão inconstantes, um grande desatino; posto distante de todos eles Nóbrega, lhes estranhou com tal resolução, e espirito a fealdade do delito que cometiam homens já da igreja de Deus, que voltando todos as costas se foram como envergonhados meter em suas casas; e passado o furor, e repreendido também o Principal de sua sogra, e mulher, nativas Cristãs, e de bom respeito, tornou em si ele, e os demais caíram no mal que fizeram, e foram lançar-se aos pés dos Padres e pedir-lhes perdão de sua ignorância.
Trazia o Padre Nóbrega tempo havia em seu peito (como já tocamos) grandes fervores de ir assentar sua residência com alguns companheiros entre os nativos Carijós, que habitavam a maior parte da costa marítima até o Rio da Prata, e era grande multidão de gente acomodada para a Fé; e cercada de outras nações, das quais todas se esperava grande colheita.
Estes pensamentos revolvia em seu entendimento, quando chegaram Embaixadores de todas aquelas partes do Paraguai, e Rio da Prata, onde por fama era muito conhecido o zelo de Nóbrega, e de seus companheiros como homens santos: o pediam que quisesse ir, ou mandar alguns dos seus a ensinar-lhes o caminho da verdade.
Vinha entre os mais nativos um grande Principal já Cristão, por nome Antonio de Leiva, cujos desejos de levar os Padres eram tão grandes, que depois de atravessar com muitos trabalhos o sertões de duzentas léguas com seus vassalos, dizia, que ou haviam de ir com ele os Padres, ou ele com todos os seus havia de ficar entre eles.
Davam por razão, que todas as nações daquelas suas partes estavam comprometidas neles, e seria afronta sua tornar com as mãos lavadas: e que se os Padres fossem com ele, todos haviam de ouvir sua doutrina, e sem eles ficavam sem remédio de quem lhes pregasse desenganadamente, e fôra de cobiça.
Facilitava a petição do Principal, outra ocasião oportuna de serviço de Deus: porque pretendiam passar pelos mesmos sertões ao Rio da Prata parte daqueles Castelhanos, que o Padre Leonardo Nunes de boa memória tinha trazido, na forma que dissemos, dentre o Gentio dos Patos, e não poderão ir com os primeiros. Pediam estes agora ao Padre Nóbrega, quisesse mandar-lhes dar escolta por alguns Religiosos línguas, que franqueassem a passagem entre as nações por onde haviam de passar, que só aos Padres conheciam, e respeitavam.
Todas estas razões eram setas de fogo, que incendeiam em caridade o coração de Nóbrega: por todas elas esteve resoluto a partir-se, e a ponto já de embarcar-se com alguns companheiros em canoa pelo rio abaixo, que retalhando aquele vasto sertão, vai a desembocar no rio Paraguai, e da Prata. Porém o Céu traçava coisas diversas, e foi servido que no próprio dia 15 de maio de 1555 em que havia de partir, chegasse nova que tinha aportado á vila de São Vicente o Padre Luis da Gram seu Colateral, por quem esperava. [26863]
6.2 *Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594) Data: 01/01/1933 De São Vicente, a 15 de março de 1555
Creio que sabereis que estarmos alguns da Companhia em uma terra de nativos, chamada Piratininga, cerca de 30 milhas para o interior de São Vicente, onde Nosso Senhor favorece, com a sua glória, a salvação destas almas: e ainda que a gente seja mui desmandada, algumas ovelhas ha do rebanho do Senhor.
Temos uma grande escola de meninos nativos, bem instruídos em leitura, escrita e em bons costumes, os quais abominam os usos de seus progenitores. São eles a consolação nossa, bem que seus pais já pareçam mui diferentes nos costumes dos de outras terras; pois que não matam, não comem os inimigos, nem bebem da maneira por que antes o faziam.
No outro dia em uma terra vizinha foram mortos alguns inimigos, e alguns dos quais nossos conversos por lá andaram, não para comer carne humana, mas por beber e ver a festa. Quando voltaram não os deixámos entrar na igreja, senão depois de disciplinados; estiveram por isso, e no primeiro de janeiro entraram todos na igreja em procissão, batendo-se com a disciplina e só assim os houvéramos aceitado.
Ocupamo-nos aqui em doutrinar este povo, não tanto por este, mas pelo fruto que esperamos de outros, para os quais temos aqui abertas as portas.
Está conosco um principal dos nativos chamados Carijós (carijis), o qual é senhor de uma vasta terra, e veio com muitos dos seus servidores só á nossa procura, afim de que corramos ás suas terras, para ensinar, dizendo que vivem como bestas feras, sem conhecer as coisas de Nosso Senhor.
Diogo-vos, caríssimos Irmãos, que é um mui bom cristão, homem mui discreto e nem parece ter coisa alguma de nativo. Com ele resolveu-se o nosso Padre Manuel ir ou mandar alguns, e só espera a chegada do Padre Luiz da Grã.
Além desta, outras nações ha, inumeráveis e mui melhores, pelo que dizem pessoas que as tem frequentado, principalmente uma, a que chama Ibirajáras; a esses desejando enviar um, o nosso Padre Manuel escolheu o Irmão Pedro Corrêa, para que fizesse, demais, outros trabalhos do serviço divino na mesma viagem, e especialmente ajudasse certos Castelhanos que tinham de se passar para o Paraguai, aos quais o dito Pero Corrêa désse socorro, se os visse em grande necessidade, de matalotagem, e lhes desse companhia para irem com segurança. E começou pelos nativos dessas paragens, que mui bem receberam a palavra de Cristo e determinaram reunir-se e viver em uma grande terra, onde pudesse mais fácil ser ensinados nas coisas da Fé. Tinham os nativos em prisão para comerem, um Cristão, que era dos Carijós, e pedindo-o Pero Correa, logo lhe fizeram entrega sem taxar preço algum e o mesmo obteve acerca de outro prisioneiro inimigo, o que não é pouco, como sabeis, porquanto nisto põem os Brasis toda a sua honra. [Cartas,informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594), 1933. Páginas 79, 80 e 81]
6.3 *Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969) Data: 01/01/1956
6.4 *“A cidade da conversão: a catequese jesuítica e a fundação de São Paulo de Piratininga”, Amilcar Torrão Filho, doutorando na Unicamp Data: 01/01/2004 Alguns meses depois da primeira missa em Piratininga, Anchieta já não deseja isolar-se dos cristãos, ao contrário, vê neles o caminho da salvação dos índios. A descoberta de metais preciosos pode também disciplinar os “malvados de Santo André”, levando “o Sereníssimo Rei de Portugal a mandar para aqui uma força armada e numerosos exércitos, que dêem cabo de todos os malvados que resistem à pregação do Evangelho e os sujeitem ao jugo da escravidão” [Carta a Inácio de Loiola, março de 1555 (Serafim Leite,Cartas, op. cit., p. 196).]. 7 Baseando-se em missiva de Luís da Grã, de 24 de abril de 1555, sugerindo que tenha sido o Irmão Cipriano; não foram, portanto, dois os enviados 24/04/1555 7.1 *O aldeamento jesuítico de São Lourenço: a herança templária na construção da espacialidade missionária brasileira. Renato Pereira Brandao, Orientador: Costa, Maria Heloisa Fénelon Data: 01/01/1991
8 Chegada 15/05/1555 8.1 *Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594) Data: 01/01/1933 O principal carijó, que veio de suas terras em busca dos jesuítas, chamava-se Antonio de Leiva. No mesmo dia, 15 de maio de 1555, em que Nóbrega devia partir com ele e alguns irmãos, chegou a São Vicente o padre Luiz da Grã. E como os tupis se achavam em guerra, dificultando assim a passagem para as partes do Sul, Nóbrega desistiu da viagem (Simão de Vasconcellos). [Páginas 83 e 84]
8.2 *Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil. vol 1 Data: 01/01/1865 Facilitava a petição do Principal, outra ocasião oportuna de serviço de Deus: porque pretendiam passar pelos mesmos sertões ao Rio da Prata parte daqueles Castelhanos, que o Padre Leonardo Nunes de boa memória tinha trazido, na forma que dissemos, dentre o Gentio dos Patos, e não poderão ir com os primeiros. Pediam estes agora ao Padre Nóbrega, quisesse mandar-lhes dar escolta por alguns Religiosos línguas, que franqueassem a passagem entre as nações por onde haviam de passar, que só aos Padres conheciam, e respeitavam.Todas estas razões eram setas de fogo, que incendeiam em caridade o coração de Nóbrega: por todas elas esteve resoluto a partir-se, e a ponto já de embarcar-se com alguns companheiros em canoa pelo rio abaixo, que retalhando aquele vasto sertão, vai a desembocar no rio Paraguai, e da Prata. Porém o Céu traçava coisas diversas, e foi servido que no próprio dia 15 de maio de 1555 em que havia de partir, chegasse nova que tinha aportado á vila de São Vicente o Padre Luis da Gram seu Colateral, por quem esperava. [Páginas 262 e 263 e 264] 9 Carta do padre jesuíta Luís da Grã a Inácio de Loyola 08/06/155610 *Anchieta e Manuel da Nóbrega teriam instigado o Governador-Geral Mem de Sá a prender um refugiado huguenote 01/01/155911 *“no Colégio [da Bahia] se lesse a arte composta por Anchieta” 01/01/156012 Partida 25/06/1560 12.1 *Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594) Data: 01/01/1933
13 Registro de terras 12/08/1560 13.1 *Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969) Data: 01/01/1956 Posse da Sesmaria de Geraibatiba no campo de Piratininga Campo de Piratininga, 12 de agosto de 1560:
1. Saibam quantos este instrumento de posse de humas terras de dadas, mandada dar por autorydade de justiça com ho teor do auto da pose vyrem:
2. E loguo, por mim tabelião, foy dado pose da dyta terra e mato, que parte de huma banda por uns pinheiros perto de Bartolomeu Carrasco, parte com ha outra parte vyndo pelo caminho ao longo do mato, caminho da Borda do Campo. [Página 270] 14 O Padre Luis da Grã, nomeado Provincial 29/08/1560 14.1 *Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594) Data: 01/01/1933
15 *Itanhaém 01/01/1561 15.1 *Historia da Companhia de Jesus no Brasil. Serafim Soares Leite (1890-1969) Data: 01/01/1938 O documento explícito mais antigo, que se refere aos trabalhos dos Jesuítas em Itanháem, é com data de 1561; e diz Anchieta que eles não residiam na povoação, mas acudiam lá, com fruto. O próprio Anchieta passou em Itanháem a quaresma de 1563, antes de ir a Iperoig com Manuel da Nóbrega. Foi nessa estada, que sucedeu a conversão e morte do velho, que se dizia ter 130 anos, narrada por Simão de Vasconcelos. O qual conta igualmente o seguinte episódio, referido ao tempo em que Anchieta foi Superior da Capitania de São Vicente (1569-1576):
Achava-se Joseh na Igreja da Conceição de Itanháem, cujo devotíssimo era. Queixavam-se-lhe os mordomos da confraria que não havia azeite. Diziam que a botija estava vazia; Anchieta mandou a que a tornassem a ver e encontraram-a cheia.
Já antes de Vasconcelos, contas Pero Rodrigues "outros casos que na praia de Itanhaém aconteceram", sendo este o próprio título do capítulo 12 da Vida de Anchieta. Também, naquele mesmo ano de 1563, Nóbrega, depois da volta de Iperoig, fêz em Itanháem as pazes entre os Tamoios de Cunhambeba e os nativos Tupis, discípulos dos Jesuítas. "O P. Nóbrega os fêz ajuntar a todos na igreja, onde se falaram e abraçaram e ficaram grandes amigos".
As visitas dos Padres de São Vicente não cessaram nunca à vila de Itanhaém e às Aldeias próximas, que eram pelo menos duas, em 1584: "da outra banda do rio, como uma légua tem duas aldeias pequenas de nativos cristãos" (São João de Peruíbe?).
Nesse tempo a vila não possuía vigária e teria 50 moradores: "Os Padres os visitam, consolam e ajudam no que podem, ministrando-lhes os sacramentos por sua caridade", diz Fernão Cardim.
Não só os Jesuítas, mas todos os Portugueses da Capitania eram sumamente devotos de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém. Concorriam para a sua confraria com esmolas, incorporavam-se nela, faziam-lhe visitas, não a esqueciam nos seus testamentos. Passando por ali, em 1605, os Padres João Lobato e Jerónimo Rodrigues, indo para os Carijós, entregaram ao "mordomo de Nossa Senhora uma esmola de azeite e uma guarda rica com um rosário de cristal, cujos extremos e cruz eram de ouro, que lhe mandou um João de Alvarenga". Tiveram um desgosto. Porque, dizem eles, "foi o mordomo de tal condição que, por mais que lhe pedimos pusesse aquele rosário ao pescoço da Senhora, pera nossa consolação e pera testemunho de lhe ser oferecido, nunca o pudemos acabar com ele; e mais trazendo o Padre Provincial Fernão Cardim esta esmola a seu cárrego, que por nós virmos por ali, e este estar de pressa, a não trouxe".
Nesta data, já Itanhaém possuía vigário, o P. António Fernandes, que fôra da Companhia. Os ministérios dos Jesuítas em Itanhaém e arredores, durante o século XVI, consistiam em missões mais ou menos prolongadas, feitas pelos Padres de São Vicente e de Santos.
Tais missões produziam fruto, que a tradição avultou com o tempo, sobretudo no que se refere a Anchieta. E com perfeito fundamento, neste caso, porque foi ele, não há dúvida, o seu principal apóstolo da praia de Itanhaém a que chamava "o seu Peru, pelo rico minério de almas que nele achava para salvar entre nativos e portugueses".
Benedito Calixto escreve: "Logo que chegaram os primeiros Jesuítas em 1549, foram ali residir (em Itanhaém) entre os nativos e os colonos, antes de fundarem o Colégio de Piratininga; e deram imediatamente começo às obras da Igreja e estabelecimento do Colégio, florescendo a povoação até o ano de 1561".
Calixto chegou a aventar a ideia de haver casa professa em Itanháem antes de 1553. E o próprio Teodoro Sampaio, geralmente tão seguro, diz que os Padres da Companhia possuíam em Peruíbe, desde 1559, "igreja e noviciado e serviço de catequese entre os Carijós". Os documentos históricos não justificam tais afirmações. Em Itanhaém ou Iperuíbe nunca houve Colégio, casa professa ou noviciado da Companhia, nem residência fixa dos Padres em todo o século XVI.
2 - Um pouco ao sul de Itanhaém, fica a vila de Iguape. Da estada dos primeiros Jesuítas nela não se conservou memória explícita. Passou por lá com certeza o P. Leonardo Nunes, quando foi recolher as senhoras castelhanas naufragadas no "Rio dos Patos". Também por ali passaram os irmãos Pedro Correia, João de Sousa e Fabiano de Lucena, na sua ida para os Carijós.
Pouco depois destes fatos, entrou na Companhia Adão Gonçalves. Trazia ele certa questão com um procurador seu. Encarregara-o de requerer algumas terras em Iguape e o procurador pediu-as para si. Nóbrega, escrevendo de São Vicente em 1561 expõe o caso ao P. Francisco Henriques, Procurador do Brasil em Lisboa, nos seguintes termos:
"Um irmão novo entrou agora na Baía, que tem nesta Capitania boa fazenda, e não tem mais que um filho, que lhe aqui temos, o qual ele deseja que também sirva o Nosso Senhor, e que fique tudo a èste Colégio de São Vicente.
Este deixou encomendado aqui o seu procurador que lhe pedisse uma terra para trazer seu gado, mas, como são amigos do mundo, pediu-a para si. Aqueixando-me eu disto ao Capitão, o qual nos é afeiçoado e devoto, me aconselhou que mandasse pedir a Martim Afonso nesta forma:
que a desse, se a podia dentro do tempo da sesmaria, aproveitar, por estar longe daqui, adonde se não permite ninguém morar, por temor dos nativos; mas se for nossa, assim por rezão, porque não se perderá por não fazer bemfeitura, pois temos alvará para isso, como porque poderemos lá logo trazer o gado, pois nos é lícito andar entre os nativos, nos ficará esta terra pera as criações de gado do Colégio, porque a melhor coisa de que cá se pode fazer conta pera renda dos Colégios é criações de vacas que multiplicam muito e dão pouco trabalho; porque ater-se tudo a El-Rei não sei quanto durará ou se bastará para manter tanta gente como a conversão de tanta gentilidade requere.
E o mesmo aviso se deverá dar à Baía, ao P. Luiz da Grã, para que acrescente e não diminua a criação de gado, que lá deixei. E a terra, que há-de pedir a Martim Afonso é esta, nempe: ao longo do mar do Rio de Iguape até o Rio de Ibaí, légua e meia pouco mais ou menos, da costa, e pera o sertão 3 ou 4 léguas. E se Martim Afonso for propício, podem pedir mais, nempe, do Rio de Iguape três ou quatro léguas, ao longo do mar, e outras tantas pera o sertão de largura, e se for caso que esta seja dada, que nos encham esta dada ao diante, donte não estiver dado". [Historia da Companhia de Jesus no Brasil, 1938. Serafim Soares Leite (1890-1969). Páginas 315, 316, 317, 318 e 319] 16 Luis da Grã, achando na aldeia de São Paulo, depôs no auto de culpas instaurado contra João de Bolés 21/01/1561 16.1 *Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594) Data: 01/01/1933 Conhecia perfeitamente a língua brasílica, de que foi mestre na Baía, tendo ordenado em 1560 que no Colégio se lesse a arte comporta por Anchieta. A 21 de janeiro de 1561, achando na aldeia de São Paulo, depôs no auto de culpas instaurado contra João de Bolés, preso na Baía desde dezembro do ano anterior. [Páginas 50 e 51] 17 Partiu do Tejo uma armada de três galeões comandada por Cristóvão Cardoso de Barros* 01/05/156618 Embarcam para o Sul o Padre Visitador Ignacio de Azevedo e mais os Padres Provincial Luis da Grã, Antônio Rodrigues, Antônio da Rocha, Balthazar Fernandes e Joseph de Anchieta, de novo ordenado* 01/11/1566 18.1 *Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628) Data: 01/01/1607 Por ordem deles veio a este Colégio da Baia o irmão José de Anchieta e tomar ordens de missa, e no ano de 1567 se tornou a Capitania de São Vicente em companhia do Padre Inácio de Azevedo, que governava a Província, com título de visitador, e do bispo D. Pedro Leitão, que ia visitar as partes do sul, por ainda, então não haver Administrador, a cujo cargo hoje estão.
Começou o Padre José de ai por diante e exercitar os ministérios da Companhia com mais autoridade e fruto, usando de admoestações públicas com muito zelo, e de secretas com muita brandura, com que reduzia os pecadores ao caminho de sua salvação, nem se esquecia da caridade com os nativos, antes os ajudava mais no espiritual e defendia no temporal. [Página 6] 19 Chegada 24/07/156720 CARTA DE BALTHAZAR FERNANDES (233), DO BRASIL, DA CAPITANIA DE S. VICENTE DE PIRATININGA AOS 5 DE DEZEMBRO DE 1567. 05/12/1567 mancionado eM: Chegada Data: 24/07/156721 4° Congregação provincial 25/05/159222 *Vida do Padre José de Anchieta. Padre Pedro Rodrigues (1542-1628) 01/01/1607 mancionado eM: Embarcam para o Sul o Padre Visitador Ignacio de Azevedo e mais os Padres Provincial Luis da Grã, Antônio Rodrigues, Antônio da Rocha, Balthazar Fernandes e Joseph de Anchieta, de novo ordenado* Data: 01/11/156623 *Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil, 1663. Simão de Vasconcelos (1597-1671) 01/01/166324 *Chronica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil. vol 1 01/01/1865 mancionado eM: Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola Data: 15/03/1555 mancionado eM: Chegada Data: 15/05/155525 *Apontamentos para a história dos jesuítas no Brasil, Antônio Henriques Leal 01/01/187426 *Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Volume XIV 01/01/190927 *Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594) 01/01/1933 mancionado eM: Partida de Duarte da Costa Data: 08/05/1553 mancionado eM: Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola Data: 15/03/1555 mancionado eM: Chegada Data: 15/05/1555 mancionado eM: Partida Data: 25/06/1560 mancionado eM: O Padre Luis da Grã, nomeado Provincial Data: 29/08/1560 mancionado eM: Luis da Grã, achando na aldeia de São Paulo, depôs no auto de culpas instaurado contra João de Bolés Data: 21/01/156128 *Historia da Companhia de Jesus no Brasil. Serafim Soares Leite (1890-1969) 01/01/1938 mancionado eM: *Itanhaém Data: 01/01/156129 “A profecia de Anchieta”, Dalmo Belfort Matos. Correio Paulistano/SP. Página 4 25/01/193830 *“Viagem à provincia de São Paulo e Resumo das viagens ao Brasil, provincia Cisplatina e missões do Paraguai”. Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853) 01/01/194031 *Novas Cartas Jesuíticas (De Nóbrega a Vieira) 01/01/1940 mancionado eM: Carta de Luis da Grã Data: 27/10/155332 *Monumenta Brasiliae, 1956. Serafim Soares Leite (1890-1969) 01/01/1956 mancionado eM: Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola Data: 15/03/1555 mancionado eM: Registro de terras Data: 12/08/156033 *O aldeamento jesuítico de São Lourenço: a herança templária na construção da espacialidade missionária brasileira. Renato Pereira Brandao, Orientador: Costa, Maria Heloisa Fénelon 01/01/1991 mancionado eM: Baseando-se em missiva de Luís da Grã, de 24 de abril de 1555, sugerindo que tenha sido o Irmão Cipriano; não foram, portanto, dois os enviados Data: 24/04/155534 *“A cidade da conversão: a catequese jesuítica e a fundação de São Paulo de Piratininga”, Amilcar Torrão Filho, doutorando na Unicamp 01/01/2004 mancionado eM: Carta Data: 27/12/1554 mancionado eM: Carta de José de Anchieta ao Padré Inácio de Loyola Data: 15/03/155535 *“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador 01/01/201436 José de Anchieta não matou um cara. Postado por A Catequista, em ocatequista.com.br 02/04/201437 História dos bairros paulistanos - SANTO AMARO Por Renato Roschel do Banco de Dados Santo Amaro, consultado em almanaque.folha.uol.com.br 24/01/202138 Revista da ASBRAP nº 8. Povoadores de São Paulo: Antonio da Peña. H. V. Castro Coelho 09/10/2022 mancionado eM: Documento Data: 25/10/1552 |
 |
Sobre o Brasilbook.com.br
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. |